Gestao de Compras
Gestao de Compras
Gestao de Compras
Compras
Professor Esp. Heider Jeferson Gonçalves
2021 by Editora Edufatecie
Copyright do Texto C 2021 Os autores
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Revisão Textual
Beatriz Longen Rohling
Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
Geovane Vinícius da Broi Maciel
Kauê Berto
Prezado (a) aluno (a), se você se interessa por estes assuntos ligados a adminis-
tração de empresas e logística empresarial, e mais especificamente, em questões ligadas
a gestão de compras, quero lhe dizer que isso é uma ótima notícia, pois o mercado está
precisando muito de profissionais capacitados e bem preparados para lidar com estas
questões, e você já está dando o primeiro passo de uma importante jornada que vamos
trilhar juntos a partir de agora.
Convido-lhe para que juntos possamos construir o conhecimento sobre os conceitos
que aqui serão apresentados, e que são fundamentais para a correta gestão das compras,
sejam elas em que empresas forem, pois, comprar bem é fundamental e estratégico para a
sobrevivência e sucesso de qualquer empresa.
Na Unidade I, iremos iniciar nossos estudos fazendo uma Introdução a Gestão
de Compras, abordando inicialmente a Logística Empresarial e a Cadeia de Suprimentos,
assim como a questão da Função de Compras na empresa e sua importância. Iremos
também abordar a questão da Centralização e descentralização das compras, assim como
a velha dúvida que existe entre fabricar, comprar ou alugar. A questão da terceirização
também será abordada nesta unidade, em que não deixaremos de fora o entendimento
sobre o Core Business da empresa.
Já na Unidade II, iremos focar nas Variáveis da função compras, em que veremos
a importância da compra na qualidade e quantidade certa, a questão do tempo como uma
variável chave e a importância da confiabilidade nas compras. Abordaremos também sobre
a Especificação de materiais, a Classificação de fornecedores e a importância do Relacio-
namento com os mesmos.
Depois, na Unidade III, vamos estudar sobre a Gestão de Estoques, envolvendo
diversos pontos relacionados a eles, como a função dos estoques na empresa, os tipos de
estoques mais importantes, saber sobre os principais custos dos estoques e também as
formas de controle de estoques mais utilizadas. Abordaremos também sobre Estoque Mínimo
ou de segurança, assim como sobre Ponto de pedido e revisões periódicas de estoques.
E por fim, na Unidade IV, vamos falar um pouco sobre Transportes, as Modalidades
de transportes ou Modais, como está a Infraestrutura de transportes no país em compara-
ção com outros países do mundo, a Intermodalidade e a Multimodalidade. Iremos abordar
também sobre os Operadores Logísticos e sua importância para a logística, a importância
da Unitização e das Embalagens. E para finalizar, trataremos um pouco sobre Estratégias
e Composição de rede de Distribuição e Abastecimento.
UNIDADE I....................................................................................................... 4
Introdução à Gestão de Compras
UNIDADE II.................................................................................................... 37
Variáveis da Função Compras
UNIDADE III................................................................................................... 68
Gestão de Estoques
UNIDADE IV................................................................................................... 95
Transportes
UNIDADE I
Introdução à Gestão
de Compras
Professor Esp. Heider Jeferson Gonçalves
Plano de Estudo:
● Logística Empresarial e cadeia de suprimentos;
● A função de compras na empresa;
● Centralização e descentralização;
● Fabricar, comprar ou alugar;
● Terceirização;
● Core Business.
Objetivos da Aprendizagem:
● Estudar sobre a Logística Empresarial e cadeia de suprimentos;
● Compreender a importância da função de compras na empresa;
● Conhecer sobre os processos de Centralização e descentralização;
● Analisar a decisão entre Fabricar, comprar ou alugar;
● Conhecer sobre Terceirização e Core Business.
4
INTRODUÇÃO
Caro (a) acadêmico (a), atualmente a Gestão de compras tem um papel estratégico
e fundamental nos negócios e nas organizações, visto o grande volume de recursos finan-
ceiros envolvidos nessas atividades, influenciando diretamente em estoques, produção,
logística e no relacionamento com os clientes e fornecedores.
O processo de compras tem papel primordial nas organizações, nos setores pú-
blico e privado, onde o ambiente externo e interno exerce forças sobre todos os setores
organizacionais e exigem respostas rápidas com intensidade e força para o equilíbrio entre
o que o mercado e a sociedade exigem e o que essas organizações podem realmente
oferecer para atender essas demandas.
Hoje a gestão de compras é vista como uma parte integrante da chamada cadeia de
suprimentos (supply chain), em que muitas organizações passaram a utilizar a denomina-
ção gerenciamento da cadeia de suprimentos (SCM), sendo importante para o processo de
compras focado nas transações ocorridas entre os participantes do processo de compras,
logística e produção. É importante destacar que a gestão dos níveis de estoques é também
uma responsabilidade dos profissionais de compras, onde altos níveis de estoque geram
altos custos de manutenção, gerando também muitas outras despesas com o espaço de
estoque ocupado e custo do capital paralisado investido na sua aquisição. Entretanto, níveis
de estoque muito baixos podem trazer sérios problemas e geração de diversos riscos, pois
qualquer detalhe, nesse sentido, pode vir a prejudicar a organização por falta de materiais
ou produtos para os clientes.
Nesta primeira unidade de nosso material, vamos trabalhar alguns pontos im-
portantes a respeito da gestão de compras, como o planejamento das compras e sua
importância para as organizações, fazendo uma introdução geral, inicialmente sobre a
Logística Empresarial e a Cadeia de Suprimentos, assim como a questão da Função de
Compras na empresa e sua importância. Iremos também abordar a questão da Centra-
lização e descentralização das compras, assim como a velha dúvida que existe entre
fabricar, comprar ou alugar.
A questão da terceirização também será abordada nesta unidade, em que não
deixaremos de fora o entendimento sobre o Core Business da empresa.
Vamos em frente, pois temos muito a aprender. Desejo a você, ótimos estudos!
Antes de falar qualquer coisa sobre compras, é preciso entender um pouco sobre a
logística nas empresas e também sobre a cadeia de suprimentos. Veremos que isso não é
nenhum “bicho de sete cabeças”, são termos que na verdade devem estar em seu dia-a-dia
se você já trabalha em uma empresa, e que cada vez mais serão comuns em nossas vidas,
pois são extremamente essenciais nos dias de hoje.
O que encontramos com muita facilidade no mundo corporativo hoje em dia, é que
logística e cadeia de suprimentos (ou supply chain) são termos bastante familiares, mas
que, ainda, existem muitas dúvidas sobre a extensão de cada um desses conceitos. Sendo
assim, podemos dizer que a logística abrange processos mais relativos ao transporte e ao
armazenamento de materiais, mercadorias, matérias-primas, produtos e insumos.
É papel da logística garantir que o bem vá do fornecedor à empresa e da empresa
para o consumidor final, com rapidez, segurança e baixos custos, mas levando em conta
as necessidades internas da organização. Ela também diz respeito à movimentação de
produtos e matérias-primas durante o processo de produção, ou seja, dentro das indústrias
de transformação.
A logística teve sua interpretação inicial ligada à estratégia militar, onde o termo
“logística” foi usado, conforme definições do dicionário Aurélio, para identificar as atividades
militares de aquisição, transporte, estocagem e manutenção de materiais, equipamentos e
pessoal, relacionada a movimentação e coordenação de tropas, armamentos e munições
Segundo Ballou (1998), a logística estuda como a administração pode prover me-
lhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através
de planejamento, organização e controle efetivo para as atividades de movimentação e
armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos.
Já para Pires (1999), a logística engloba o processo de planejamento, implementa-
ção e controle da eficiência, custos efetivos de fluxos e estoque de matéria-prima, estoque
circulante, mercadorias acabadas e informações relacionadas do ponto de origem ao ponto
de consumo com a finalidade de atender aos requisitos do cliente.
Novaes (2007) comenta que a Logística moderna procura coligar todos os elemen-
tos do processo – prazos, integração de setores da empresa e formação de parcerias com
fornecedores e clientes – para satisfazer as necessidades e preferências dos consumidores
finais. Aqui podemos ver o quanto a logística é importante para as empresas em geral, mas
principalmente para o processo de compras.
O gerenciamento da cadeia de suprimentos é muito mais amplo, pois envolve
pesquisa de fornecedores, pesquisas de satisfação, controle de inventários, de qualidade
e também o planejamento das compras, de forma estratégica, envolvendo também os pró-
prios processos logísticos, como uma grande corrente de entes envolvidos e processos, em
que segundo o autor Bertaglia (2009):
Todo este processo de controle feito pela cadeia de abastecimento tem como
facilitadora a tecnologia da informação (TI), pois a TI é para os executivos de logística
uma ferramenta de melhoria da produtividade e da competitividade, onde historicamente, a
comunicação era a parte falha dessa área empresarial (BOWERSOX, 2010).
Dessa forma, é possível dizer que a logística seria então uma etapa técnica e es-
pecializada dentro do gerenciamento de cadeia de suprimentos que é algo maior e mais
complexo.
REFLITA
Logística
Chamamos de logística tudo o que está relacionado com o movimento do produto.
Ou seja, é o processo que acompanha os produtos da fábrica, por exemplo, até o seu
cliente final.
Normalmente, esse controle é feito de forma interna e tem como principal objetivo
baratear os seus custos, sem comprometer a agilidade ou a experiência do cliente.
Cadeia de suprimentos
Já a cadeia de suprimentos tem uma definição muito mais ampla e está relacionada
com todos os métodos e operações ligados ao produto. Ou seja, desde a compra de maté-
ria-prima até a confirmação da satisfação do cliente final com o bem adquirido. Entre esses
processos, há o transporte do material, ou seja, o uso de soluções logísticas. Por isso, a
logística faz parte da cadeia de suprimentos e tem papel fundamental nela!
Mas e a descentralização das compras? Deve ser ignorada? Não deve ser levada
em questão? Claro que não, vejamos sobre a descentralização.
Como podemos notar, todos os tipos de compras, tanto centralizadas como des-
centralizadas possuem suas vantagens e desvantagens. Cabe destacar que as compras
descentralizadas também permitem maior agilidade e imediatismo nas requisições de
compras, pois, quando acontecer da equipe de compras sentir a falta de algum produto, é
possível correr atrás desse item logo que a necessidade aparece.
Mas é importante deixar claro que tal ação, exige a participação de toda a equipe
do setor da empresa que estiver envolvido na necessidade da compra, onde as compras
descentralizadas podem ter um efeito muito positivo na relação dos colaboradores envolvi-
dos no processo, pois ao se envolverem e ser engajarem nas atividades em comum, com
um objetivo específico e comum a todos, a comunicação interna fui e todos tem muito a
ganhar, principalmente a organização.
Mas afinal, qual é a melhor solução para compras empresariais? Centralizar ou
descentralizar? A resposta é qualquer uma! Pois depende de cada situação, empresa e
necessidades.
O sistema híbrido ou misto pode ser uma boa opção, ou seja, centralizado e
descentralizado ao mesmo tempo. Mas como isso é possível? É possível sim mesclar as
duas estruturas de compras. Algumas empresas, por exemplo, deixam para a equipe de
centralização de compras as de maior custo e volumes. Já as compras do dia a dia, de
menor preço e volumes, são realizadas através do sistema de compras descentralizadas.
Ou seja, as compras com maior valor adquirido são centralizadas e as de menor valor, para
o dia-a-dia, descentralizadas. O importante na verdade está em conhecer os processos
internos de compras, analisar os dados e estruturar um modelo que seja mais adequado
para a empresa.
Uma questão que gera muitos conflitos e dúvidas dentro das empresas quando o
assunto é o uso de insumos e equipamentos, versa sobre a possibilidade de fabricação
ou aluguel de alguns itens ao invés de comprar. Então temos aquela difícil tarefa como
gestor, de decidir se fabricamos, alugamos ou compramos algo que é necessário para
o funcionamento do negócio, da organização. Mas é claro que isso depende muito das
possibilidades que a empresa tem, pois nem todas possuem a condição de fabricar algo ao
invés de comprar ou alugar.
Então vejamos, segundo Barroso (2013), o processo de compras dentro de uma
organização significa reunir várias áreas administrativas atuando para obter serviços e
produtos com preços acessíveis, disponibilizando à linha de produção tudo na hora certa e
apropriada, garantindo inclusive preço final competitivo e mercado consumidor favorável.
Então surge a necessidade de decidir entre comprar, alugar ou fabricar. E fazer
tal escolha entre comprar ou fabricar é uma questão bastante antiga, que sempre foi uma
questão polêmica e uma difícil tomada de decisão por parte dos gestores. No entanto,
durante muitos anos, e no decorrer de todo esse tempo, a maioria das empresas na hora de
tomar tal decisão, sobre a fabricação ou terceirização de um produto, acaba por fazer sua
escolha, ou tomada de decisão considerando muitas vezes apenas o aspecto dos custos.
Para Barroso (2013), ela pode envolver vários outros critérios mais subjetivos, como:
● Risco: Trabalhos que possam trazer grandes riscos para o orçamento ou crono-
grama do projeto ou ainda para a estratégia e saúde financeira da organização
podem ser terceirizados como forma de minimizar ou transferir por completo
certos riscos.
● Qualidade: Para eliminar a possibilidade de desvios na qualidade, a organiza-
ção pode optar por contratar uma empresa com maior conhecimento técnico
sobre o trabalho a ser realizado.
● Disponibilidade: No caso de recursos não disponíveis no momento em que o
projeto precisa deles. Neste caso a melhor opção, ainda que saia mais caro,
pode ser fazer aquisição para que o cronograma do projeto não seja afetado.
● Tipo de Contrato: tipos de contratos disponíveis junto aos departamentos de
Aquisições ou Jurídico podem nortear a decisão por fazer ou comprar.
● Propriedade Intelectual ou Informação Sensível Estratégica: um trabalho
pode custar mais barato se terceirizado, porém dependendo da idoneidade do
fornecedor, da sensibilidade da informação e das leis de proteção à propriedade
intelectual do país do fornecedor, pode-se optar por fazer o trabalho internamente.
● Custos: O critério do custo, comumente o mais considerado, é muito simples,
se fazer for mais barato então a empresa opta por fazer, caso comprar seja mais
barato, então a empresa opta por comprar.
A realidade é que todo gestor, que precisa tomar essa difícil decisão, geralmente
pensa que a estratégia certa é, que se escolher por terceirizar, reduz os custos de investi-
mento e também de pessoal, pois não precisará comprar maquinários e muito menos con-
tratar tantos funcionários. Já se ele escolher por fabricar, todo lucro é da própria empresa,
pois não precisará repartir com fornecedores.
REFLITA
Atualmente, vemos que o mundo dos negócios apresenta cada vez mais transfor-
mações muito rápidas e uma evolução sem precedentes, em que o gestor precisa estar
preparado e conectado com essas transformações, para compreender tudo o que ocorre e
ter a melhor tomada de decisões. Sobreviver nesse ambiente de extrema incerteza, exige das
organizações uma necessidade cada vez maior de busca pela maximização de processos
na produção, melhor aproveitamento e uso de materiais, logística e minimização dos custos.
Mas o que pode fazer uma grande diferença diante de todo esse cenário, é a otimi-
zação dos recursos e o aumento na eficiência do fluxo de materiais dentro das empresas e
em toda a cadeia de suprimentos, no qual sem dúvida alguma a logística se encontra em
plena evidência, como uma vantagem competitiva.
Muitas ferramentas estão surgindo em busca da tal “vantagem competitiva”, que
podemos destacar a terceirização, no qual tem sido muito utilizada nessa busca nos mais
diversos setores e organizações.
Falando em terceirização, esta surgiu no mercado, como propósito de facilitação
de processos para muitas empresas, na verdade como uma forma resolutiva para focar
seus esforços em seu “Core Bussines”, ou seja, em sua competência central, repassando
assim outras ocupações e preocupações para terceiros, sendo atividades secundárias, em
que, com tal prática, maximizou-se ainda mais a importância dos prestadores de serviços,
principalmente os da área logística.
Tanto Martins quanto Fleury evidenciam a terceirização como estratégia para au-
xiliar as organizações em suas atividades secundárias e não as principais, como objetivo
essencial da empresa, onde Fleury destaca a importância das parcerias com estes forne-
cedores terceirizados.
Gaona (1995, p. 28) ressalta que:
a terceirização se investe de uma ação mais caracterizada como sendo uma
técnica moderna de administração e que se baseia num processo de gestão,
que leva a mudanças estruturais da empresa, a mudanças de cultura, proce-
dimentos, sistemas e controles, capilarizando toda a malha organizacional,
com um objetivo único quando adotada, atingir melhores resultados, concen-
trando todos os esforços e energia da empresa para a sua atividade principal.
A visão de Gaona contribui com o que afirma Fleury, onde ambos destacam que a
terceirização surge como uma técnica moderna de gestão que apresenta inúmeros benefí-
cios em favor das empresas.
Outro ponto que não podemos deixar de lado com relação aos processos de tercei-
rização, é o chamado “BPO” de compras. Mas o que é o BPO de compras?
A sigla BPO significa “business process outsourcing”, ou seja, terceirização de
processos de negócios. De maneira simples, podemos dizer que BPO é um processo
de delegação de tarefas a terceiros, que podem ser empresas ou profissionais, pessoas
físicas e jurídicas parceiras da organização.
Essas atividades terceirizadas, serão então sempre atividades secundárias e/ou
burocráticas, nunca atividades centrais, pois assim a organização, o gestor e sua equipe
direta de trabalho poderá focar no que é realmente essencial, central e mais importante
para os negócios da empresa.
Vamos destacar aqui que as atividades estratégicas centrais para a empresa
(o core business), ou atividade primárias, são aquelas geralmente relacionadas a produ-
ção, marketing, compras e vendas, claro que isso dependerá muito do tipo de empresa
e seu ramo de atividades. Mas, partindo desse pressuposto, a terceirização não deverá
tratar sobre esses quesitos ou atividades citadas, mas deverá ter seu foco em tarefas mais
operacionais, onde a logística se encaixa em muitas dessas tarefas. É aí que a organização
tem como resultado, um ganho de produtividade e a redução de custos, pois quando foca
no que é central para os negócios, as atividades secundárias fluem em harmonia e melhor,
pelas mãos de terceiros.
Mas é claro que para isso acontecer, é necessário muita confiança e transparência
nos processos, entre um e outro, já que outras empresas e profissionais estarão integrados
e executando atividades da sua organização.
É interessante destacar que o BPO pode ser considerado como um tipo de ter-
ceirização, mas que na verdade são procedimentos diferentes, pois o BPO abrange uma
avaliação mais aprofundada dos processos, da infraestrutura e procedimentos internos da
organização, e assim, o BPO garante uma melhor performance da empresa, aumento na
qualidade de seus produtos e serviços, o que nem sempre é uma garantia na terceirização.
Uma outra questão importante a ser abordada sobre a terceirização, é sobre a cha-
mada “Lei da Terceirização”, que veio para trazer muitos benefícios e facilidades para as
organizações tanto públicas como privadas, contribuindo significativamente para a melhoria
e eficiência dos processos de compras. Veremos um pouco mais sobre esse assunto no
material logo abaixo em nossa sessão.
SAIBA MAIS
02 set. 2021.
Comprar é uma atividade muito importante para qualquer tipo de organização, pois
influencia diretamente em sua vida financeira e em sua atuação mediante a sociedade e o
mercado em que está inserida. É tão importante quanto saber comprar é saber qual é seu
“Core Business”.
Mas o que é core business? O core business de uma organização, nada mais é
que seu foco de atuação no mercado, no caso, o foco principal. Pode-se dizer que é como
o coração da organização, em que todas as ações e estratégias do seu negócio serão
baseadas. Core business é uma expressão em inglês que significa “a parte central ou
nuclear de um negócio”. É um conceito que muitas vezes é confundido com “modelo de
negócios”, e que não é.
Vamos então definir ‘core business’ como sendo a “sacada” ou “ideia básica” do
negócio, “eureca”. Ou ainda, podemos definir Core Business como um termo usado para
descrever a principal atividade de uma empresa, sua grande sacada, o que faz de melhor,
onde inova, sendo o seu principal ativo intelectual.
Podemos dizer por exemplo que o core business de um banco é fazer empréstimos
de dinheiro, e que o de uma indústria calçadista é produzir sapatos e outros tipos de calça-
dos e assim por diante, como uma lavanderia que é de lavar as roupas sujas.
Estas são perguntas que irão nortear e identificar com mais clareza qual o real
propósito da empresa, sua atividade central, o centro ou núcleo do negócio, ou seja, o core
business, e que possibilitará o planejamento e execução de compras muito mais assertivas
e adequadas para cada momento do negócio.
Caro (a) acadêmico (a), nesta unidade de estudos, pudemos verificar que a Gestão
de compras exerce um papel fundamental nas organizações atualmente, principalmente
considerando as questões logísticas e da cadeia de suprimentos. Considerando o imenso
volume de recursos financeiros envolvidos nas compras, assim como a enorme gama de
informações tratadas neste processo, é fundamental a boa gestão das compras e consciên-
cia de sua importância estratégica.
Ficou muito claro que a gestão das compras é uma atividade fundamental para
as organizações, e que esta impacta diretamente nos lucros e resultados delas, e que,
impactam na qualidade dos serviços prestados aos clientes, o que supera aquela velha
imagem de que a gestão de compras é apenas uma atividade secundária, vimos então que
esta visão está sendo superada, onde a gestão de compras passa então a ser vista como
uma parte fundamental do processo organizacional, e integrante da cadeia de suprimento
(supply chain), o mais novo conceito para o processo de compras.
Nesta primeira unidade estudamos sobre alguns pontos importantes a respeito da
gestão de compras, como o planejamento das compras e sua importância para as orga-
nizações, fazendo uma introdução geral sobre a Logística Empresarial e a Cadeia de Su-
primentos, assim como a questão da Função de Compras na empresa e sua importância.
Também abordamos a questão da Centralização e descentralização das compras, assim
como a velha dúvida entre fabricar, comprar ou alugar. A questão da terceirização também
foi abordada nesta unidade, em que não deixamos de fora o entendimento sobre o Core
Business da empresa.
Na próxima unidade iremos mergulhar nas Variáveis da Função Compras. Até lá.
LIVRO
Título: Manual do comprador: Conceitos, Técnicas e Práticas
Indispensáveis em um Departamento de Compras
Autor: Roberto Figueiredo Costa e Mario Dias.
Editora: Saraiva Uni; 5ª edição.
Sinopse: Ao longo dos anos, houve tantas modificações introdu-
zidas no âmbito empresarial, que parece ter transcorrido mais de
um século, a tecnologia e a informatização provocaram mudanças
organizacionais em todos os lugares. Estruturas foram enxuga-
das, paradigmas foram rompidos. Hoje exige-se mais e mais da
parte dos colaboradores que, além de se especializarem, também
precisam ter uma visão de todo o conjunto de atividades que de-
terminada empresa abrange. Não se concebe mais um comprador
preocupado unicamente com a conclusão de uma compra de
material, sem avaliar o impacto dessa operação em relação aos
demais processos integrados à cadeia produtiva ou operativa das
organizações. Diante disso, os autores trazem esta edição revista
e atualizada do Manual do Comprador a fim de atender às necessi-
dades do profissional de hoje que trata das aquisições industriais,
de serviços e comerciais. Em razão de sua abrangência, este livro
também é fundamental para aprender sobre o funcionamento da
área de suprimentos ou de logística de uma organização. Portanto,
esta obra continua a ser útil tanto para os profissionais iniciantes
quanto para aqueles que já possuem experiência de muitos anos
na área. Essa é uma obra de referência.
FILME / VÍDEO
Título: Um Senhor Estagiário
Ano: 2015.
Sinopse: O filme, estrelado por Anne Hathaway e Robert De Niro,
mostra a operação de um e-commerce de moda bem-sucedido,
com detalhes interessantes: a proprietária faz as compras em sua
própria loja virtual a fim de avaliar a logística do empreendimento,
pois monitorar constantemente esse processo é um dos segredos
do sucesso no e-commerce. Isso é mostrado em detalhes neste
que está entre os filmes que abordam a logística. De Niro, por sua
vez, vive um executivo aposentado e viúvo de cerca de 70 anos,
desmotivado e entediado, que começa a estagiar na startup online.
A obra aborda também a relevante questão das mulheres ocupan-
do a liderança, a importância da convivência entre gerações e de
trabalhar com pessoas inspiradoras e motivadas.
Plano de Estudo:
● A Compra na qualidade e quantidade certa;
● O Tempo como uma variável chave;
● Confiabilidade;
● Especificação de materiais;
● Avaliação, seleção e classificação de fornecedores;
● Relacionamento com fornecedores.
Objetivos da Aprendizagem:
● Estudar sobre a compra na qualidade e quantidade certa;
● Analisar o Tempo como uma variável chave assim como a Confiabilidade;
● Conhecer sobre Especificação de materiais;
● Entender sobre avaliação, seleção, classificação e relacionamento com fornecedores.
● Ampliar o conhecimento sobre os departamentos hoteleiros.
37
INTRODUÇÃO
Caro (a) acadêmico (a), já sabemos que a gestão de compras tem um papel es-
tratégico e fundamental para as organizações, e que influencia diretamente em estoques,
produção, logística e no relacionamento com os clientes e fornecedores. Justamente, pon-
tos importantes que iremos tratar nesta unidade de estudos.
O processo de compras impacta diretamente na saúde econômico-financeira de
uma empresa, pois envolve a movimentação de muitos recursos, principalmente financei-
ros e humanos, sendo uma atividade fundamental para suprir as necessidades de uma
organização, com todos os insumos necessários para a realização de suas atividades.
É um processo comum nas empresas, mas que precisa de muita atenção, princi-
palmente com algumas variáveis que se bem compreendidas, podem fazer toda a diferença
nos resultados das compras organizacionais, dentre elas a qualidade, o volume de compras
e os prazos.
Nesta unidade de estudos, iremos tratar sobre as variáveis da função compras,
que abrangem diversos pontos relacionados às compras na qualidade e quantidade certa,
assim como o tempo como uma variável chave e também a confiabilidade como variável
essencial para o processo de compras. Vamos conhecer um pouco sobre a especificação
de materiais, e procurar entender mais sobre avaliação, seleção, classificação e relaciona-
mento com fornecedores.Vamos juntos nessa nova etapa, que promete muito aprendizado e
novos conhecimentos.
Vamos em frente!
Fonte: BLOG Linkana. Como calcular lote econômico de compras: como economizar e lucrar bem mais. Dis-
SAIBA MAIS
Vejamos no link abaixo, um vídeo como exemplo prático de como calcular o LEC, no-
meado “Cálculo do LEC - Lote Econômico de Compras:
Qual a importância do tempo na sua vida? Você costuma cumprir prazos e entregar as
coisas no tempo certo? Imagine uma empresa que não cumpre com seus prazos e que
não respeita o tempo tão valioso de seus clientes. Você continuaria sendo seu cliente?
ou seja, leia com atenção a descrição das características do produto antes de fechar a
compra para reduzir as chances de receber um produto totalmente diferente do que você
exigem registro em órgãos específicos, como é o caso dos telefones celulares e tablets,
que devem ter registro na Anatel, por exemplo. Já produtos e serviços de saúde, estética e
De acordo com Aquino e Campos (2010), o consumidor se preocupa com vários fa-
Logo, essa decisão de compra depende tanto da qualidade da empresa em passar in-
formações precisas sobre o produto, bem como da sua confiabilidade, segurança e facilidade de
negociação, onde a falta desses requisitos, muitas vezes, é motivo para perda de muitos clientes
uma boa negociação de vendas, sendo necessário que as empresas entreguem o produto
Autores como Daugherty, Autry e Ellinger (2001, p. 30) reforçam tal afirmativa ao
nal em relação aos serviços de logística têm significativos links positivos para a satisfação
do cliente. É importante destacar também, que para que a confiabilidade seja realmente
departamento de Compras e que devem ser consideradas para sua estruturação são elen-
patrimoniais: uma abordagem logística (6a ed.). São Paulo: Atlas, 2010.
Vejamos com atenção, que falhas na especificação dos materiais podem gerar
duplicidade de itens nos estoques, assim como divergências nos saldos físicos, descontrole
ou controles duplos e assim um aumento de trabalho no setor de classificação, entre outros
malefícios gerando prejuízos a organização.
REFLITA
SAIBA MAIS
Caro (a) acadêmico (a), nesta segunda unidade de estudos, verificamos que a
Gestão de compras necessita de muita atenção sobre as chamadas variáveis da função
compras, que envolvem questões cruciais como quantidade, qualidade e tempo, por exem-
plo, fatores que influenciam diretamente no bom desempenho do processo de compras.
Ficou evidente que diversas variáveis devem ser consideradas dentro desse con-
texto, e que ter bons fornecedores selecionados e a relação de parceria com estes, faz uma
enorme diferença nos resultados da empresa quando o assunto é compras, pois a gestão
das compras é uma atividade fundamental para as organizações, que impacta diretamente
nos lucros e resultados da empresa.
Tratamos sobre as variáveis da função compras, que abordam diversos pontos
relacionados às compras na qualidade e quantidade certa, assim como o tempo como
uma variável chave e também a confiabilidade como algo essencial para o processo de
compras. Conhecemos um pouco sobre a especificação de materiais, e a importância sobre
avaliação, seleção, classificação e relacionamento com fornecedores.
Na próxima unidade iremos tratar sobre a Gestão de Estoques, algo fundamental
para qualquer organização.
Vamos em frente!
● Método 10 C’s
Existe um método para a avaliação de fornecedores conhecido como 10 C’s. Cada
“C” representa uma palavra (em inglês) que remete a um ponto a ser avaliado. Conheça um
pouco mais sobre cada um deles.
● Competency (competência)
Entenda o quão competente o fornecedor é por meio de uma avaliação das capa-
cidades dele em relação ao que você precisa e, principalmente, com base na experiência
de outros clientes.
É importante buscar clientes que apresentem valores parecidos com os seus, pois
o que não funciona bem em outra empresa, pode funcionar para você — e vice-versa.
● Capacity (capacidade)
Avalie se o fornecedor realmente tem capacidade para lidar com as necessidades
da sua empresa de forma ágil, sendo flexível e se adaptando a possíveis mudanças.
● Commitment (compromisso)
De que forma o fornecedor prova seu comprometimento em entregar bons padrões
de qualidade? Esse ponto é de suma importância, principalmente para quem está buscando
uma relação de longo prazo.
● Control (controle)
Busque saber quanto seu fornecedor domina sobre suas políticas, procedimentos,
cadeia de suprimentos e processos. Mesmo que seja feito o uso de um software de controle,
é necessário manter uma gestão sobre essa ferramenta.
● Cash (dinheiro)
É importante que o fornecedor tenha uma boa saúde financeira, pois as empresas
sólidas, financeiramente falando, enfrentam de uma forma positiva os altos e baixos da eco-
nomia. Esse ponto se torna ainda mais importante se o fornecedor em questão contribuir
para a atividade principal da sua empresa.
● Consistency (consistência)
Por mais que ninguém consiga atingir a perfeição a todo tempo, é imprescindível
que o fornecedor aplique processos e procedimentos que garantam a consistência do seu
trabalho, entregando produtos em conformidade com o padrão acordado.
● Culture (cultura)
As relações mais duradouras acontecem quando as duas partes compartilham
de valores parecidos. Afinal, uma incompatibilidade pode significar uma entrega fora dos
padrões para sua empresa. Quando uma organização preza por qualidade, por exemplo, e
a outra parte preza por preço baixo, o produto final pode não ser de seu agrado.
● Clean (limpeza)
É preciso levar em consideração a reputação do fornecedor no que concerne
ao compromisso com a sustentabilidade e à adesão às leis e práticas de meio ambiente.
Qual a contribuição do fornecedor para o ambiente e a sociedade? Ele cumpre as leis
ambientais?
● Communication (comunicação)
Quais são os canais de comunicação entre vocês? Como o fornecedor vai lidar com
as comunicações em momentos de crise ou emergência? Esse ponto avalia basicamente
sobre como o fornecedor pretende manter contato com você.
● Mais eficiência
Assim como acontece com qualquer outra relação, à medida que o vínculo entre o
fornecedor e a empresa se desenvolve, a comunicação melhora. Ou seja, quanto mais o
fornecedor conhece sobre a política e as práticas da organização, mais ele está apto a
aumentar a eficiência de seus serviços.
Fonte: Suprivix - Gestão de compras e fornecedores: veja como organizar na sua empresa.
LIVRO
Título: Compras estratégicas: Construa parcerias com fornecedo-
res e gere valor para seus negócios
Autor: Fabio Luíz Peres Miguel; Walter Freitas; et al.
Editora: Saraiva Uni; 1ª edição.
Sinopse: Um livro dinâmico e prático para qualquer profissional
que esteja se iniciando em funções de abastecimento e que queira
conhecer a base teórica e prática dos processos de negociações,
de relacionamento com fornecedores e de construção das estra-
tégias de compras. (Giuseppe Musella, diretor de Operações do
Grupo Boticário) O nível de competitividade atual, associado à
busca da sustentabilidade de longo prazo, exige controle absoluto
de suas despesas e dispêndio de investimentos. Por este motivo,
as grandes organizações estão investindo nos profissionais da
área de Compras Estratégicas, importante para o bom desem-
penho dos resultados operacionais. Este livro irá fornecer ferra-
mentas e subsídios para o bom preparo dos executivos para os
desafios atuais e futuros. (Carlos Oyama, diretor de Suprimentos e
Logística do SBIB Hospital Albert Einstein) Este livro, certamente
um dos mais completos e atualizados que já conheci, contribuirá
para a capacitação diferenciada de nossos times de Procurement
e consequentemente para sua atuação estratégica, solidificando a
importância da gestão eficaz da cadeia de suprimentos em todas
as modernas organizações nacionais e globais. (Gilson Maistro
Ross, CPO da BRF S/A).
FILME / SÉRIE
Título: Breaking Bad
Ano: 2008.
Sinopse: A série de sucesso pode ensinar bastante aos empreen-
dedores e a quem atua no mundo corporativo, principalmente
sobre logística. Misto de drama e humor negro, a obra conta a
vida de Walter White (Bryan Cranston), um professor de química
frustrado que descobre estar com câncer em estágio avançado e
resolve fabricar e traficar metanfetamina para garantir a situação
financeira da família. Os episódios mostram a movimentação
eficiente dos produtos, desde a fabricação ao contato com os for-
necedores e distribuidores. A série entra para o rol dos filmes que
abordam a logística de forma interessante e mostra, na prática, a
importância real do cumprimento dos prazos. Apesar de lidar com
substância ilegal, a trama, bem construída, traz reflexões valiosas
para gerentes de logística.
Plano de Estudo:
● Função dos estoques;
● Tipos de estoques;
● Custos dos estoques;
● Controle de estoques;
● Estoque Mínimo ou de segurança;
● Ponto de pedido e revisões periódicas.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender sobre a Função dos estoques, os tipos e seus custos;
● Conhecer sobre as principais técnicas de Controle dos estoques;
● Entender sobre Estoque Mínimo ou de segurança,
ponto de pedido e revisões periódicas.
68
INTRODUÇÃO
Caro (a) acadêmico (a), vimos na unidade anterior, que diversas variáveis devem
ser consideradas dentro do processo de compras, e que ter bons fornecedores e a relação
de parceria com estes, faz uma grande diferença nos resultados da empresa quando o
assunto é compras.
Agora veremos que a gestão dos estoques é algo essencial para qualquer orga-
nização que trabalhe com bens de consumo, mas também para empresas prestadoras de
serviços, que se utilizam de diversos insumos para realizar seus serviços e atender seus
clientes satisfatoriamente.
Nesta terceira unidade de estudos, iremos estudar sobre a importância dos esto-
ques e sua gestão para as empresas e a relação direta com as compras, onde iremos com-
preender questões relacionadas a Função dos estoques, alguns dos tipos mais comuns e
seus custos. Também iremos tratar sobre as principais técnicas de Controle dos estoques,
abordando questões sobre Estoque Mínimo ou de segurança, Ponto de pedido e revisões
periódicas.
A gestão dos estoques é essencial para qualquer organização que trabalhe com
bens de consumo, mas também para empresas prestadoras de serviços, que utilizam-se
de certos insumos para realizar seus serviços.
Planejamento e controle são duas das funções básicas da administração, sendo
fatores primordiais para uma boa gestão dos estoques, pois, para ao setor de estoque o
controle é fundamental, onde seu objetivo é não deixar faltar materiais, e insumos diversos,
evitando assim que esses recursos financeiros investidos nos estoques fiquem parados,
gerando prejuízo.
Para que o processo de compras possa apresentar resultados satisfatórios, é
necessária uma conferência contínua dos estoques e das vendas, sempre aferindo suas
quantidades, para que ocorra tudo como planejado sem prejuízos para a empresa.
Para Costa (2007, p. 17), estoque “[...] é o conjunto de materiais adquiridos com
fins de armazenamento futuro”.
De acordo com Ballou (2006), estoques são pilhas de matérias-primas, insumos,
componentes, produtos em processo e produtos acabados que aparecem em numerosos
pontos por todos os canais logísticos e de produção da empresa.
Já Martins e Alt (2009), afirmam que estoque é o acúmulo armazenado de recursos
materiais em um sistema de produção e/ou operações.
A gestão de estoques tem a função de controlar tudo aquilo que entra na empresa
através da compra de produtos e insumos de vários segmentos e fontes de fornecimento, onde
este sairá por meio das vendas para o consumidor, ou ainda, pelo uso como insumo, matéria
prima para a produção, portanto, em todo esse período tais materiais que ficam nos depósitos
ou também em processo, dentro do ambiente produtivo são considerados como estoques.
É de conhecimento das organizações que precisam ter um almoxarifado, ter um
controle de seus produtos e insumos para consumo ou produção, ou seja, ter seus esto-
ques em um lugar certo, para poder administrar bem tudo que entra e saí da organização.
Por isso, o controle e gerenciamento de estoques é tão importante para as organizações.
O tempo necessário para repor materiais, geralmente é maior que o tempo para o
consumo dos mesmos, onde a decisão de guardar materiais para consumo futuro representa
uma política ou estratégia de atendimento aos usuários do material, diminuindo ou até mes-
mo eliminando, em alguns casos, o tempo total de espera pela reposição. Entretanto, por
se tratar de um ativo da empresa, os materiais que ficam parados, esperando para serem
consumidos, devem ser muito bem guardados e controlados. Assim, surgem os almoxarifa-
dos, que é definido como um local responsável pela guarda dos materiais, visando garantir
sua disponibilidade no momento certo, em que ocorra sua solicitação, e que seja necessário.
Essa não é uma discussão tão simples quanto parece, pois, a opção por um maior
volume de estoques acarretará em menos recursos financeiros disponíveis no caixa da
empresa, ficando imobilizados em estoque. Fato este que pode implicar em falta de recur-
sos financeiros para pagamentos de outras obrigações da empresa já contratada, como
por exemplo salários de funcionários, ou até dívidas com os fornecedores dos materiais
essenciais para a produção ou funcionamento operacional da empresa.
Você já se perguntou sobre a importância dos estoques para a sobrevivência das orga-
nizações? Imagine se não existissem os controles e a tipificação desses estoques.
Seria um verdadeiro caos!
Podemos conferir ainda que, de acordo com Dias (2008), ao contrário do custo de
obtenção, o custo de armazenagem varia em função da quantidade que é guardada, em
que o gerenciamento do giro e da cobertura é feito com a intenção principal de minimizar o
custo de armazenagem.
Não podemos nos esquecer também de um custo que muitas vezes é desconside-
rado por grande parte dos gestores, que é o chamado Custo da Falta de Estoques.
Esse custo por falta de estoques surge com perdas ou atrasos no atendimento da
demanda por exemplo, e geralmente são resolvidos através de penalidades contratuais,
multas, e muitas vezes com o desgaste da imagem da organização no mercado em que ela
está inserida.
E para fechar essa questão dos custos, temos que considerar o cálculo do custo
total, em que somamos os custos de obtenção ou aquisição do pedido, como o de arma-
zenagem, e caso ocorra a falta de estoques, esse custo deverá ser adicionado igualmente
para obtenção do Custo Total.
O método PEPS (também conhecido como First In First Out – FIFO), é o método
onde as primeiras mercadorias que entraram no estoque, são igualmente as primeiras que
sairão delas, ou seja, o Primeiro que Entra, é o Primeiro que Sai! Os primeiros produtos
estocados são aqueles que serão vendidos primeiro.
E para fortalecer tal afirmação acima, Padoveze (2000, p. 178) ressalta que:
Este critério é aparentemente o mais lógico, já que indica o que deveria ser
na realidade. Neste critério, supõe-se que as mercadorias adquiridas em pri-
meiro lugar devem sair primeiro, ficando sempre as mercadorias das compras
posteriores em estoque, até se esgotarem as quantidades da primeira com-
pra, e assim sucessivamente.
E por esses aspectos o modelo UEPS não pode ser praticado no Brasil.
O custo médio ou custo médio ponderado, é usado com frequência nas empresas,
onde este método avalia as atividades através de um cálculo mensal das compras, no
qual é a divisão do total resultante pela soma das quantidades iniciais e as adquiridas,
Assim, o custo médio age como um moderador de preços, e Maher (2001, p. 165)
comenta que: “[...] os custos unitários são calculados mediante combinação dos custos do
estoque inicial com os custos incorridos no período. Esse método é considerado o de mais
fácil aprendizagem e de mais fácil aplicação na prática.”
Então podemos assim concluir que, o custo médio é um dos métodos mais utiliza-
dos pelas empresas, pois quando um novo produto é adquirido e entra no estoque, o custo
total é dividido pelos demais produtos do estoque, fazendo com que os preços variem com
frequência conforme as novas aquisições e entradas no estoque.
O uso de índices como giro de estoques e nível de serviço, são muito utilizados no con-
trole e gestão dos estoques, em que o nível de serviço é entendido como aquele que apura o
atendimento das requisições de materiais e seus resultados, pois se uma solicitação de material
feita pelo usuário, for atendida imediatamente, temos aí um nível de serviço de 100%.
E quanto ao giro de estoques, esse está diretamente ligado à eficiência do mesmo
em termos econômicos, pois relaciona-se com a quantidade de recurso financeiro investido na
manutenção do estoque e as vendas. Mas quando tais índices não são observados, um dos
problemas mais comuns gerados é o desperdício na produção e pelo excesso de estoques.
Segundo Dias (2008, p. 140), como uma alternativa, temos a filosofia just in time,
que visa a busca e eliminação do desperdício na produção, associada ao planejamento e
às compras, “ao contrário da abordagem tradicional dos sistemas de produção, que em-
purram os estoques, o JIT caracteriza-se como um sistema de puxar a produção ao longo
do processo, de acordo com a demanda.”
Assim vimos que o método JIT contribui muito para a redução significativa dos
desperdícios, sendo uma opção interessante, mas temos ainda outras opções tão interes-
santes quanto, como a classificação ou curva ABC.
Quando é notado que determinados itens de estoque apresentam custo de manuten-
ção maior do que outros, é interessante pensar em algumas formas de se classificar esses
itens, considerando algum de importância. A classificação ABC ou curva ABC é uma opção.
EMin = CMM x K
Considerando:
EMin = Estoque Mínimo;
CMM = Estoque Médio Mensal;
K = Fator de segurança arbitrário (grau de cobertura desejado)
Para Dias (2009, p. 77), “a determinação do estoque mínimo é uma das questões
fundamentais na gestão de estoques, pois representa a definição de uma parcela de imobi-
lização financeira a ser utilizada para garantir o funcionamento organizacional”.
O mesmo autor ainda afirma que esse estoque é a menor quantidade de materiais
armazenados, necessária à absorção de eventuais falhas, como as listadas a seguir.
● Oscilação do consumo: o consumo não se comporta conforme o estimado.
● Não cumprimento de prazos de fornecimento: as oscilações nos prazos de entrega
podem comprometer a operacionalidade organizacional.
● Qualidade: variações nas especificações dos materiais e rejeição de recebimentos.
● Divergências nas remessas: remessas com quantidades diferentes das solicitadas.
● Diferenças de inventário: o saldo contábil difere do saldo físico.
REPOSIÇÃO DE MATERIAIS
PP = (C.TR) + Emin
Onde:
PP = Ponto de Pedido;
C = Consumo previsto do material;
TR = Tempo de Reposição do material; e
Emin = Estoque mínimo necessário à manutenção da atividade organizacional.
Dessa maneira, conforme indicado por Dias (2008, p. 59), pode-se concluir que o
Ponto de Pedido atua como um indicador, de forma que, quando o estoque real é alcança-
do, será necessário dar início ao processo de reposição do material, onde a quantidade de
saldo em estoque no momento do pedido deverá suportar o consumo durante o Tempo de
Reposição. Vejamos agora um exemplo prático:
Vamos supor que você comercialize, em média, 300 unidades de um produto por
mês e o seu fornecedor demore cerca de 5 dias para fazer a entrega. Se o seu Emn for de
200 unidades, o ponto de pedido seria calculado da seguinte maneira:
Ou seja, o próximo pedido deverá ser feito quando você tiver 250 unidades no seu
estoque, e não 200, como poderia sugerir apenas o Emin, pois essa margem de segurança
é fundamental para evitar ficar sem os produtos durante o tempo de ressuprimento da
entrega do fornecedor.
Para Tadeu (2010), nenhum pedido pode ser feito entre dois intervalos de revisão. A
revisão periódica permite a redução de custos de controle de estoques, especialmente em
ambientes pouco informatizados.
Caro (a) acadêmico (a), nesta unidade que acabamos de estudar, verificamos que
a Gestão dos Estoques é fundamental para o sucesso na gestão das compras, e que é
necessária muita atenção sobre todas essas questões relacionadas com os estoques.
Entendemos que a gestão dos estoques é realmente essencial para qualquer orga-
nização que trabalhe com bens de consumo, mas também para empresas prestadoras de
serviços, que se utilizam de diversos insumos para realizar seus serviços e atender seus
clientes dentro do que é esperado.
Nesta terceira unidade de estudos, tratamos sobre a importância dos estoques e sua
gestão para as empresas e a relação direta com as compras, onde buscamos explanar sobre
as questões relacionadas a Função dos estoques, os Tipos mais comuns e seus custos.
Também abordamos sobre as principais técnicas de Controle dos estoques, assim como
questões sobre Estoque Mínimo ou de segurança, Ponto de pedido e revisões periódicas.
Na próxima e última unidade dos nossos estudos, iremos trabalhar o assunto dos Trans-
portes, extremamente importante para o contexto organizacional, logístico e para as compras.
O estoque é um dos ativos mais valiosos da empresa que o possui. Nos setores de
varejo, manufatura, food service e outros, os insumos e os produtos acabados representam
a essência do negócio e má gestão de estoque pode comprometer, inclusive, a sobrevi-
vência do empreendimento. Ao mesmo tempo, o estoque pode ser considerado como um
passivo (não no sentido contábil).
Manter um estoque grande acarreta, em certa medida, diversos riscos para as em-
presas, tais como risco de deterioração, roubo, danos, obsolescência ou perda, em caso de
produtos perecíveis.
Por essas razões, o gerenciamento de estoque é de grande importância para todas
as empresas, independentemente de seu tamanho. Saber quando reabastecer certos itens,
a necessidade de compra e produção, o preço de compra – assim como o de venda – é
essencial para a manutenção das atividades, o que torna essa tarefa, além de complexa,
muito delicada.
Para gerenciar os estoques, as empresas utilizam diferentes ferramentas, tais
como controles manuais, planilhas, softwares ERP e, mais recentemente, aplicativos SaaS
(Software as Service, ou software como serviço, em português).
Nesse conteúdo, serão abordados os principais temas referentes à gestão de es-
toques, tais como sua importância, principais erros cometidos pelas empresas, como evitar
perdas de estoque, entre outros. Desejamos uma boa leitura!
Fonte: CAKE. Gestão de Estoques: Tudo o que você precisa saber! Cake ERP
LIVRO
Título: Gestão de Estoques: Planejamento, Execução e Controle
Autor: Bráulio Wilker Silva.
Editora: Independently Published.
Sinopse: A Gestão de Estoques é uma das atividades mais rele-
vantes para qualquer empresa, pois, se por um lado os estoques
geram segurança operacional para as empresas em situações de
variação de demanda, o que possibilita a manutenção de um nível
ótimo de serviço, por outro lado, estoques excessivos podem gerar
perdas em função do capital investido.Numa economia dinâmica,
como a brasileira, especialmente nos últimos anos, após a esta-
bilização monetária (no início da década de 1990), ficou evidente
para as empresas a necessidade de desenvolver estratégias
operacionais globais, especialmente no que concerne à gestão de
estoques. O livro Gestão de Estoques: Planejamento, Execução
e Controle apresenta, além de diversos modelos decisórios em
gestão de estoques para empresas industriais, comerciais e pres-
tadoras de serviços, tópicos como logística e cadeia de suprimen-
tos, gestão de compras e seus principais modelos, classificação e
codificação de materiais, manuseio, armazenagem, distribuição,
condições de compra e venda de mercadorias, contabilidade de
estoques, auditoria de estoques e indicadores de desempenho da
gestão de estoques.
FILME
Título: Fome de Poder (The Founder)
Ano: 2017.
Sinopse: A história da ascensão do McDonald ‘s. Após receber
uma demanda sem precedentes e notar uma movimentação de
consumidores fora do normal, o vendedor de Illinois Ray Kroc
(Michael Keaton) adquire uma participação nos negócios da lan-
chonete dos irmãos Richard e Maurice “Mac” McDonald no sul da
Califórnia e, pouco a pouco eliminando os dois da rede, transforma
a marca em um gigantesco império alimentício.
Plano de Estudo:
● Modalidades de transportes;
● Infraestrutura de transportes;
● Intermodalidade e Multimodalidade;
● Operadores Logísticos;
● Unitização e Embalagens;
● Estratégias e Composição de rede de Distribuição e Abastecimento.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conhecer sobre as modalidades de transportes e a infraestrutura brasileira;
● Entender sobre Intermodalidade, Multimodalidade e Operadores Logísticos;
● Compreender a importância da unitização e das embalagens;
● Estudar as Estratégias e Composição de rede de Distribuição e Abastecimento.
95
INTRODUÇÃO
Caro (a) acadêmico (a), estudamos na unidade anterior, que a gestão dos estoques
é algo essencial para qualquer organização, independente do porte ou setor, que produza
bens de consumo, ou que sejam empresas prestadoras de serviços, pois todas se utilizam
de diversos insumos para produzir, vender ou para realizar seus serviços e atender as
necessidades de seus clientes, por isso a gestão de estoques é fundamental.
Nesta quarta e última unidade de nossos estudos, iremos conhecer sobre as
modalidades de transportes e a infraestrutura logística brasileira em relação aos modais,
entender a importância da Intermodalidade, Multimodalidade e dos Operadores Logísticos.
Também iremos abordar sobre a importância da unitização e das embalagens para o arma-
zenamento e transporte de mercadorias, assim como estudar as Estratégias e Composição
de rede de distribuição e abastecimento nos canais logísticos.
Então vamos lá! É a reta final agora. Juntos alcançaremos nosso objetivo.
Conte comigo!
UNIDADE IV Transportes 96
1. MODALIDADES DE TRANSPORTES
UNIDADE IV Transportes 97
A Logística tem em sua base de conceito o objetivo de agregar ou adicionar valor de
tempo e lugar ao produto/serviço que será entregue ao consumidor, além de ser a atividade
mais importante para concretizar a entrega de valor ao consumidor final. Lembremos que a
logística é responsável pela entrega de bens e serviços, desde a origem da matéria prima
até a indústria, o transporte interno e armazenamento de produtos semi ou acabados e a
entrega até o consumidor, tudo isso é logística e depende dos meios de transportes.
Considerando ainda a logística de transportes, temos os modos de transportes, ou
modais, onde, modal de transporte nada mais é que a modalidade escolhida para que o produto
chegue do ponto de origem ao ponto de destino, e muitas vezes, se fará necessário à integração
de modais para que essa finalidade seja atendida (BOWERSOX; CLOSS e COOPER, 2006).
Ainda de acordo com Bowersox, Closs e Cooper (2006), existem cinco modais para
o transporte de cargas: rodoviário, ferroviário, aquaviário, aéreo e dutoviário.
Para Scandolara (2010), as opções conhecidas para os meios de transporte são:
a) Transporte rodoviário: destinado a cargas que exigem prazos relativamente rápi-
dos de entrega. O transporte rodoviário caracteriza-se pela simplicidade de funcionamento.
b) Transporte ferroviário: destinado a cargas maiores, cujo fator tempo para entrega
não será preponderante. A malha ferroviária brasileira possui aproximadamente 29.000 km.
c) Transporte hidroviário e marítimo: destinado a cargas cujo tempo de entrega
não seja fator preponderante. O transporte marítimo é o modal mais utilizado no comércio
internacional ou longo curso refere-se ao transporte marítimo internacional.
d) Transporte aeroviário: destinado a cargas, cujo prazo de entrega seja preponde-
rante. É o transporte mais rápido, porém com menor capacidade de carga
e) Transporte dutoviário: Utilizado em movimentos de petróleo, derivados e gás.
Custo baixo de movimentação, oferece linha de produto limitada.
Scandolara (2010), finaliza com a premissa de que estratégias de atendimento ao
canal de vendas, distribuição física e limitações de recursos, exigem que cada empresa
defina as mais eficientes e produtivas decisões de escolha de modalidade de transporte.
Já para Platt e Klaes (2010), os modais de transportes são destacados da seguinte forma:
● Rodoviário: Modal de alta flexibilidade, pois oferece o serviço porta a porta, porém
com capacidade limitada de carga de acordo com a lotação do caminhão, reco-
mendado para distâncias médias de 300 quilômetros. Apresenta custo elevado,
pois precisa de motorista para cada veículo, além do alto consumo de combustível,
sendo que a má conservação das estradas provoca maior desgaste e consequen-
temente maior manutenção. Em geral atende todo o tipo de mercadorias.
UNIDADE IV Transportes 98
● Hidroviário: Podendo ser classificado em: fluvial que é o transporte feito em
rios, Lacustre que é o transporte feito em lagos e Marítimo que é o transporte
feito pelo mar, podendo ser de Cabotagem feito entre portos de um mesmo país,
ou internacional feito entre portos de países diferentes. De custo bem mais bai-
xo do que as outras modalidades, porém, com baixa velocidade e dependente
de integração com outras modalidades de transportes, pois o navio só chega
ao porto e precisa de uma integração para que sua carga chegue ao destino
final. Sua capacidade de transporte é bem grande e pode-se usar o tempo de
transporte como uma forma de armazenagem em trânsito.
● Aéreo: Limitação de carga e custo alto caracteriza este modal, porém, para
cargas urgentes ou produtos com alto valor agregado é muito indicado, pois apre-
senta uma significativa redução no tempo de transporte. Tendo como limitação os
aeroportos precisam de integração de outros modais, quase sempre o rodoviário
para que a carga chegue ao seu destino final. Esta modalidade reduz o tempo de
armazenagem e administração de estoques.
● Ferroviário: Não é um modal com muita agilidade, porém, garante custos bem
menores que o rodoviário, além de uma concentração de carga muito grande,
ótimo para transportes de longa distância e grandes quantidades, mas também
depende de integração com outros modais, como o hidroviário e rodoviário. Du-
toviário: Pode ser usado para transportes de grãos, líquidos e gases, funcionam
24 horas por dia e nos sete dias da semana. Caracteriza-se por um custo alto
de construção e manutenção, porém depois de construídos não sofrem inter-
rupções por fatores climáticos, e apresentam índices muitos baixos de perdas e
danos aos produtos.
Gomes e Ribeiro (2011) afirmam que para organizar um sistema de transporte é preciso
ter uma visão sistêmica que envolva planejamento, e para isso deve-se considerar os parâme-
tros de cargas que são: peso, volume, dimensões, fragilidade de carga e ciclo do produto.
Para Viana (2000) a escolha da modalidade do transporte varia em função de di-
versos fatores, tais como: Tempo - que varia simplesmente pelas características de cada
transporte. Custo - cada modalidade tem o seu próprio componente de custos, o qual
implicará no valor do frete. Manuseio - cada transporte possui suas operações de carga
e descarga e a embalagem pode facilitar o manuseio e reduzir perdas. Rotas de viagem -
cada modalidade de transportes possui um número maior ou menor de viagens, a empresa
pode mesclar o tipo de transporte sempre que necessário.
Vejamos na tabela a seguir algumas vantagens e desvantagens de cada modal de
transporte:
UNIDADE IV Transportes 99
TABELA 1 - VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS MODAIS DE TRANSPORTES
Fonte: Confederação Nacional dos Transportes. Mudanças à vista na matriz de transportes de cargas brasileira.
Como se vê, os dois sistemas são parecidos. Mas o maior desafio, portanto, não é es-
colher a melhor opção para o serviço de transporte, mas sim quais são os melhores mo-
dais a serem utilizados, de acordo com a carga e o tipo de operação que será realizada
— questão que envolve, principalmente, uma análise bem detalhada.
Sendo assim, para definir quais são as vantagens e desvantagens de cada modal e sa-
ber qual é a melhor escolha para seu modelo de negócio, é necessário levantar todos os
aspectos e definir qual deles vai proporcionar a melhor relação custo-benefício.
Transporte multimodal e intermodal são dois conceitos que surgiram a partir da necessi-
dade de otimizar as operações logísticas e melhorar a disponibilidade de transporte em
determinadas regiões ou para determinados tipos de cargas.
Conhecer as diferenças entre eles é fundamental para tomar decisões mais acertadas e
saber qual é a melhor escolha para cada momento.
Fonte: AZEVEDO, Jane Oliveira. Terceirização da Logística: um estudo de caso na indústria de cosméticos.
SAIBA MAIS
Normalmente costuma ser usado em Inglês um termo conhecido como Party Logistics,
ou fornecedores de logística. Eles são separados em 5 classes:
● 1PL (primeira classe): São responsáveis pela distribuição dos produtos da contra-
tante. Geralmente a empresa já possui os equipamentos de armazém próprios.
● 2PL (segunda classe): Nesse estágio, o operador logístico cuida do transporte e
também do armazenamento de produtos, e costumam ser operadores nacionais que
se encarregam de atuar nesse processo.
● 3PL (terceira classe): Trata-se do fornecimento de material, e se encarrega de cui-
dar da parte do transporte e também da armazenagem.
● 4PL (quarta classe): Eles atuam como otimizadores da cadeia de suprimentos, fa-
zendo um elo com o 3PL, criando interações entre si.
● 5PL (quinta classe): Normalmente possui a integração do 3PL e 4PL, e são altamente
customizáveis para otimizar operações complexas, a exemplo do e-commerce.
Em sua maioria os produtos são distribuídos com algum tipo de embalagem – al-
gumas exceções como matéria-prima a granel, automóveis e artigos imobiliários – e são
vários os fatores para a preocupação com esse item, razões que vão de despesas aos
impactos ambientais causados pelas embalagens.
Para Ballou (2009), o uso de embalagens está relacionado à:
• Facilidade de armazenamento e manuseio; • Promover uma melhor utilização do
equipamento de transporte; • Proteger o produto; • Promover a venda do produto; • Alterar
a densidade do produto; • Facilitar a utilização do produto; • Proporcionar ao cliente o valor
da reutilização; • Impactar o mínimo o meio ambiente.
Muitas vezes esses objetivos não são alcançados em sua totalidade, principalmente
os de alteração da densidade do produto, valor de reutilização e impacto ao meio ambiente.
A questão embalagem apresenta muitas faces. E podemos resumir os objetivos
das embalagens de um produto em: Contenção; Proteção; Comunicação e Utilidade. Onde
são considerados Tipos de embalagens: para o consumidor; para a indústria e secundárias
(unitização).
Temos muitos exemplos de embalagens usadas para diversos fins, entre transpor-
tes, armazenagem, proteção etc, sendo caixas de papelão e metal, containers, bombonas
de plástico e tonéis de metal, bags, sacolas plásticas, caixotes de madeira e pallets, engra-
dados, entre outros.
SAIBA MAIS
Embalagem e Unitização
Embalagem: Via de regra, as mercadorias devem ser embaladas pelo vendedor, tendo
em vista a proteção durante transporte, movimentação, armazenagem, comercialização
e consumo.
Embalagem de prateleira: Integra o preço e tem finalidade estética e de proteção simples.
Embalagem de transporte (acondicionamento): Proporciona maior proteção e facilitação
do manuseio e deslocamento.
Unitização: Corresponde à alocação de um conjunto de mercadorias em uma única
unidade com dimensões padronizadas, o que facilita as operações de armazenamento
e movimentação da carga sob forma mecanizada. Não constitui propriamente uma em-
balagem, é um acessório para o deslocamento ou transporte de carga, não integrando
o produto ou o conjunto de produtos armazenados.
A realidade da logística empresarial mostra que não existe o modelo certo, nada é
definitivo, porém somente um estudo mais aprofundado pode levar a otimização de como
chegar de forma mais eficiente ao cliente final e a sua satisfação total.
Caro (a) acadêmico (a), nesta quarta e última unidade de nossos estudos, nós
conhecemos sobre as modalidades de transportes e a infraestrutura logística brasileira em
relação aos modais, abordamos sobre a importância da Intermodalidade, da Multimodalida-
de e dos Operadores Logísticos para a logística e a gestão de compras. Também tratamos
sobre a importância da unitização e das embalagens para o armazenamento e transporte
das mercadorias, assim como sobre as Estratégias e Composição de rede de distribuição
e abastecimento nos canais logísticos.
Nesse momento, encerramos nossas unidades de estudo, e portanto, o que nos
resta agora é finalizar essa incrível jornada do conhecimento e reforçar algumas informa-
ções que compartilhamos durante esse tempo juntos.
Nesse período verificamos que, a Gestão de compras exerce um papel fundamental
nas organizações atualmente, sejam elas públicas ou privadas, grandes ou pequenas, fá-
bricas de produtos ou prestadoras de serviços. Considerando o imenso volume de recursos
financeiros envolvidos nas compras, assim como a enorme gama de informações tratadas
neste processo, é fundamental e estratégico a boa gestão das compras e a consciência de
sua importância dentro de todo o processo da gestão logística e empresarial como um todo.
Enfim, meus parabéns! Você é um vencedor! Esperamos ter atendido as expecta-
tivas, onde juntos chegamos ao final desse processo, na certeza do dever cumprido e na
esperança de que não iremos parar por aqui, mas, continuar buscando cada vez mais o
conhecimento e a aplicação do que foi aprendido. Lembre-se: Somente a ação transforma
o mundo! Desejo-lhe muito sucesso em sua carreira, e na vida! E nunca se esqueça de que
a Gestão de Compras é essencial para qualquer tipo de organização.
Fonte: ATCOM - Comunicação Corporativa. Apesar dos gargalos na infraestrutura brasileira, o setor
de logística projeta crescimento em 2021. Disponível em: https://agenciaat.com/apesar-dos-gargalos-na-in-
fraestrutura-brasileira-setor-de-logistica-projeta-crescimento-em-2021/. Acesso em: 20 agosto. 2021.
LIVRO 1
Título: Logística de transporte: Gestão estratégica no transporte
de cargas
Autor: Alexandre de Campos e Verci Douglas Garcia Goulart.
Editora: Érica/Saraiva.1ª ed, 2018.
Sinopse: Este livro aborda os fundamentos da logística de trans-
portes, enfatizando seu processo, estruturação e planejamento,
e a interconexão dessa cadeia com outras operações. Trata das
particularidades de cada modal, tamanho do lote, disponibilidade,
frequência, valor do frete, entre outros aspectos. Destaca o modal
rodoviário, suas normas e os procedimentos para sua regularização,
assim como explica sua formação de preços. Os tipos de seguros
de diferentes modais, tanto no transporte de cargas quanto no de
passageiros, também são explanados. A obra elucida a Resolução
Conama nº 418/2009, que dispõe sobre os critérios para a elabora-
ção de Planos de Controle de Poluição Veicular, para implantação
do Programas de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso.
Também é estudada a gestão de frotas, incluindo as questões do
dimensionamento e da qualidade. Por fim, são apresentados os
sistemas de informações logísticas e os principais indicadores de
desempenho estabelecidos por uma empresa e as métricas para
monitorar custo, valor, serviço e desperdício.
LIVRO 2
Título: Logística, transporte e infraestrutura: Armazenagem, Ope-
rador Logístico, Gestão via TI e Multimodal.
Autor: Marco Aurélio Dias.
Editora: Atlas.
Sinopse: Num mundo sem fronteiras, plugado pela internet, vi-
ciado em informação e velocidade, entregar o produto certo, na
hora certa e com o menor custo é vital para a sobrevivência de
qualquer negócio. Ganha muita importância em todo esse cenário
a logística de transportes, fundamental para a competitividade da
economia brasileira.
FILME / VÍDEO
Título: O Senhor das Armas (Lord of War)
Ano: 2005.
Sinopse: Ação e suspense na trama estrelada por Nicolas Cage,
Jared Leto e Ethan Hawke. Ela gira em torno do traficante de
armamentos Yuri Orlov (Cage), que leva seus produtos a diver-
sos lugares do mundo e tenta estar sempre à frente da Interpol.
Mesmo tratando de guerras, tráfico de drogas e geopolítica, esse
também está entre os filmes que abordam a logística. É possível
destacar cenas a respeito de procedimentos de fabricação, cadeia
de fornecimento e entrega ao cliente final.
AQUINO, Simone Azevedo Bandeira de Melo; CAMPOS, Ana Jéssica Souza. Usabilidade
da interface de sites e-commerce. Revista Eletrônica Multidisciplinar Pindorama do Instituto
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CONCLUSÃO GERAL
Prezado (a) aluno (a), neste material, busquei trazer para você os principais concei-
tos sobre a Gestão de Compras, sua importância para as organizações atualmente e seu
uso estratégico para o sucesso empresarial.
Lembremos que o mercado atual está precisando muito de profissionais capacitados
e bem preparados para lidar com a gestão de compras e logística, e você já deu o primeiro
passo de uma importante jornada que deverá trilhar rumo ao seu sucesso profissional.
Juntos podemos construir o conhecimento sobre os conceitos aqui abordados,
sobre a correta gestão das compras, seja a empresa a qual for, pois comprar bem é funda-
mental e estratégico para a sobrevivência e sucesso de qualquer empresa.
Na Unidade I, focamos nossos estudos na Introdução a Gestão de Compras, abor-
dando inicialmente a Logística Empresarial e a Cadeia de Suprimentos, assim como a questão
da Função de Compras na empresa e sua importância. Também abordamos a questão da
Centralização e descentralização das compras, assim como a velha dúvida que existe entre
fabricar, comprar ou alugar. A questão da terceirização também foi abordada nesta unidade,
em que não deixaremos de fora o entendimento sobre o Core Business da empresa.
Já na Unidade II, focamos nas Variáveis da função compras, onde vimos a importância
da compra na qualidade e quantidade certa, a questão do tempo como uma variável chave e
a importância da confiabilidade nas compras. Abordamos também sobre a Especificação de
materiais, a Classificação de fornecedores e a importância do Relacionamento com os mesmos.
Depois, na Unidade III, nós estudamos sobre a Gestão de Estoques, envolvendo
diversos pontos relacionados a eles, como a função dos estoques na empresa, os tipos
de estoques mais importantes, e sobre os principais custos dos estoques e as formas de
Controle de estoques mais utilizadas. Abordamos também sobre Estoque Mínimo ou de
segurança, assim como sobre Ponto de pedido e revisões periódicas de estoques.
E por fim, na Unidade IV, nós tratamos sobre Transportes, as Modalidades de trans-
portes ou Modais, como está a Infraestrutura de transportes no país em comparação com
outros países do mundo, a Intermodalidade e a Multimodalidade. Abordamos também sobre
os Operadores Logísticos e sua importância para a logística, a importância da Unitização
e das Embalagens, e para finalizar, tratamos sobre Estratégias e Composição de rede de
Distribuição e Abastecimento.
Enfim, meus parabéns! Você é um vencedor!!! Espero ter contribuído para seu
crescimento pessoal e profissional. Te desejo muito sucesso na sua carreira.
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