Formaçao Continuada Vanusa

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ

NÚCLEO DE EDUAÇÃO A DISTÂNCIA FAG


CURSO DE PEDAGOGIA

VANUZA TERESA DOS SANTOS

A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO


CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

CAMPINAS DO SUL/RS
2023
2

VANUZA TERESA DOS SANTOS

A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO


CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Artigo apresentado ao curso de


Graduação do Centro Universitário
Assis Gurgacz, como requisito parcial
para obtenção do grau de licenciado em
Pedagogia.

Orientação: Tatiana Peres de Assis


Maia.

CAMPINAS DO SUL/RS
2023
3

A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO CONTEXTO DA


EDUCAÇÃO INFANTIL

Vanuza Teresa dos Santos


Tatiana Peres de Assis Maia

RESUMO

A formação continuada para o professor de educação infantil permite a reflexão para elaborar novas
estratégias de ensino. Sendo assim, objetivo do estudo é analisar qual a importância da formação de
professores no contexto da educação infantil, a metodologia utilizada é do tipo bibliográfica descritiva,
e os resultados demostraram que a formação continuada tem como função levantar questões que
precisam ser melhoradas a partir da pratica pedagógica, por meio de troca de conhecimentos unindo
a teoria com a prática, está troca de experiências possibilita planejar ações como foco na
aprendizagem das crianças. Se tratando do docente na educação infantil, a formação continuada de
professores é essencial para que os profissionais se atualizem e compreendam como ajudar os
pequenos a se relacionarem com outras pessoas, adquiram conhecimentos diferentes daqueles
vivenciados dentro do ambiente familiar, experimentem a ludicidade e desenvolvam habilidades
motoras e cognitivas significativas para o seu processo de aprendizagem. Nesse sentido, conclui-se
que a formação continuada dos professores de educação infantil é uma oportunidade de ampliar os
saberes, recriar metodologias, estratégias, replanejar o trabalho equilibrando os instrumentos teóricos
e práticos, buscando por meios de reflexões, respostas para possíveis problemas relacionados a
educação das crianças dentro e fora da sala de aula.

PALAVRAS-CHAVE: Docentes. Prática. Teoria. Formação continuada. Educação Infantil.

1 INTRODUÇÃO

A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica, visa o


desenvolvimento integral da criança até 6 anos de idade, nos aspectos psicológico,
físico, social e intelectual, atua como um complemento das atividades desenvolvidas
pela família e pela sociedade.
Desde o ano de 1996, após o surgimento da nova Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional - Lei 9394/96, a educação infantil passou a fazer parte da
educação básica, juntamente com o ensino fundamental e ensino médio. Sendo
assim, além do âmbito afetivo, protetivo, as instituições de Educação Infantil
passaram a ser consideradas espaços formativos e educativos, com o compromisso
de desenvolver e ampliar as possibilidades de desenvolvimento da criança, a fim de
contribuir com sua formação.
A Educação Infantil é essencial na vida da criança, pois além do processo
educativo ela aprende a socializar com outras pessoas, nessa fase os professores
são a base para a educação, sendo assim o presente trabalho levanta a seguinte
problematização: qual a importância da formação de professores no contexto da
educação infantil?
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A formação do professor que trabalha na educação infantil merece atenção


especial e tem sido tema recorrente de estudos e debates. Sendo assim, é de
extrema importância desenvolver um trabalho nesse âmbito, além da aquisição de
novos conhecimentos, contribuirá para a formação e capacitação profissional.
O presente trabalho é uma é uma pesquisa bibliográfica descritiva, realizada
por meio de artigos científicos, livros, revistas eletrônicas, sites da internet como
Scielo, ABEPRO, RAE e FGV e Google acadêmico. As palavras chaves utilizadas
para a pesquisa foram: educação infantil, LDB, professores, formação continuada.
O trabalho estará estruturado da seguinte forma: introdução, referencial
teórico com assuntos sobre a educação infantil, formação continuada para
professores da educação infantil e estratégias de formação que propiciam o saber
na educação infantil, por fim a metodologia do trabalho, discussão dos resultados e
a conclusão respondendo o objetivo do trabalho que é analisar qual a importância da
formação de professores no contexto da educação infantil.

2 HISTORIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Durante muitos anos a família era responsável pela educação da criança,


pois, convivendo com adultos e outras crianças ela aprendia a viver em sociedade e
era educada de acordo com suas tradições e culturas. Na sociedade moderna, a
criança passa a ter a oportunidade de socializar com outras crianças em escolas
para crianças com idade de zero a seis anos.
No Brasil, a educação infantil começa a ser percebida por volta de 1875, com
a instalação de jardins de infância, asilos infantis e orfanatos, faziam parte da
educação infantil crianças de zero a seis anos, também vale destacar que foi no
século XIX que se deu a origem a instituições de educação infantil, em virtude das
mudanças e da crescente globalização nos centros urbanos da época (BRASIL,
2010).
Vigotsky (2016) cita que foi a Constituição Federal de 1988 que deu origem
nas instituições de educação infantil fazendo com que elas tenham caráter
educacional, passando a ser direito da criança e dever do Estado manter, integrar,
valorizar, cuidar, educar, sendo estes elementos fundamentais na educação da
criança,
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Também destaca-se que a Constituição Federal de 1988 reconhece o dever


do Estado e o direito da criança de ser atendida em creches e pré-escolas e vincula
esse atendimento à área educacional. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional Nº. 9394 de 1996 complementa a ação trazendo a educação infantil para
Educação Básica (BRASIL, 2023).
A LDB regulamentou a educação infantil no Brasil dando direito à criança
permanecer nas instituições e destaca ainda que ao tratar da composição dos níveis
escolares, inseriu a educação infantil como primeira etapa da Educação Básica.
Para a LDB a finalidade da educação infantil é promover o desenvolvimento integral
da criança até seis anos de idade, complementando a ação da família e da
comunidade (BRASIL, 1996).
Neste sentido é importante a participação da família na educação infantil,
pois, a escola é uma segunda família, o autor ainda destaca que as instituições de
educação infantil necessitam de uma organização pedagógica que vise às
experiências infantis, as especificidades e diversidades, que valorize e invista em
uma docência de qualidade e eficaz, o que requer estruturas curriculares abertas e
flexíveis (OLIVEIRA, 2015).
Com isso, para oferecer uma educação de qualidade é preciso de docentes
com capacitação profissional em educação infantil para oferecer a criança uma
educação onde ela seja capaz de criar as suas descobertas e consigam desenvolver
suas competências e habilidades.
Na educação infantil é preciso se pensar em estratégias pedagógicas que
promovam o desenvolvimento integral, priorizem a sua essência lúdica, sua
constante curiosidade, seu desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e social, sua
dependência e ou necessidade de ajuda no cuidado com seu corpo, com sua
alimentação e seus pertences (CLAPARÈDE, 2020).
Por fim, a educação infantil deverá contar com atividades educativas que
estejam preocupadas com o desenvolvimento global da criança, e que estejam
planejadas de forma clara e prática, que estejam de acordo com as suas
necessidades físicas, emocionais e sociais da criança.

2.1 Formação Continuada Para Professores Da Educação Infantil


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A formação continuada é importante para os docentes em todas as áreas,


sendo uma forma de adquirir e aprofundar conhecimentos. O documento Referencial
Pedagógico-Curricular para a Formação de Professores da Educação Infantil e
Séries Iniciais do Ensino Fundamental do MEC tem como premissa o saber, saber
fazer e ao saber explicar o fazer (BRASIL, 1988).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 em seu


artigo 61, § único, instaura que: A formação de profissionais da educação,
de atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às
características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como
fundamentos: I- a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a
capacitação em serviço; II- aproveitamento da formação e experiências
anteriores em instituições de ensino e outras atividades. III- o
aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de
ensino e em outras atividades (BRASIL, 1996, p. 78).

Sendo assim, destaca-se que fazem parte dos princípios da formação


continuada, ações humanísticas, culturais e educativas, portanto é importante que o
professor faça uma reflexão sobre suas práticas pedagógicas para poder produzir e
disseminar os conhecimentos adquiridos.
Percebe-se que o debate democrático é essencial para a efetivação da
formação continuada, pois o professor deve estar sempre em constante evolução e
estar aberto para o desenvolvimento de novas práticas e estratégias das ações
educativas. Sendo assim, entende-se que a formação do profissional da educação é
inacabada.
Para Freire (1997) a educação toma consciência do inacabamento, o
inacabamento do ser ou inconclusão é próprio da experiência vital, onde há vida, há
inacabamento. Por tanto, entende-se que esta ideia de inacabamento traz a
sensação de movimento, de busca contínua.
A formação continuada pode ser definida como processo de qualificação e
empoderamento epistemológico do profissional, por meio de aprendizagens que
devem ocorrer sistematicamente, no ambiente de trabalho, a fim de construir uma
sólida identidade profissional (ANDRADE, 2013).
Para que a formação continuada aconteça atinja seus objetivos deve ser
significativa para o professor, não adianta o professor seguir apenas as orientações
da coordenação pedagógica, é preciso que ele entenda teoricamente as razões
pelas quais se prioriza determinada ação educativa (CARVALHO et al., 2016). Isso
faz parte do processo de reflexão sobre sua prática pedagógica.
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Pimenta (2012) destaca que as novas tendências investigativas valorizam o


profissional reflexivo, pois, os professores reelaboram os saberes iniciais em
confronto com as suas experiências práticas, cotidianamente vivenciadas nos
contextos escolares. É nesse confronto e num processo coletivo de troca de
experiências e práticas que os professores vão constituindo seus saberes, ou seja,
aquele que constantemente reflete na e sobre a prática.
A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação
teoria/prática, reflexão dos profissionais sobre suas ações e resultados fará com que
repensem sua prática e proporcionem às crianças condições de agir com autonomia
para ampliar seus conhecimentos, potencializando suas capacidades de
comunicação e participação social (FREIRE, 1997). Um exercício que deve ser
permanente, pois potencializa a cada dia a formação e a condição do profissional
para atuar na Educação Infantil.
De acordo com Alarcão (2010) o professor reflexivo baseia-se na consciência
da capacidade de pensamento e reflexão que caracteriza o ser humano como
criativo e não como mero reprodutor de ideias e prática que lhe são exteriores, neste
sentido, o profissional deve estar atento às situações profissionais, tantas vezes
incertas e imprevistas, para que possa atuar de forma inteligente e flexível. Essa
flexibilidade é necessária para atuar na primeira etapa da educação básica Brasil,
determinada como Educação Infantil.

A instituição de Educação Infantil pode ser definida como um lugar de


convergência entre o universo do conhecimento e o mundo da subjetividade
humana e, portanto, terreno fértil para a imaginação, para o
desenvolvimento da sensibilidade e da inteligência. As ações pedagógicas
lastreadas na cultura servem de interface entre o conhecimento social e o
indivíduo na sua busca pela aprendizagem. Uma das maiores
especificidades da Educação Infantil, como já foi dito, é que o cuidar e
educar são indissociáveis nessa etapa, que deve ser rica em aprendizagens
significativas. O cuidar na Educação Infantil, pede uma visão ampla e
dinâmica do educar. É uma ação integrada que envolve conhecimentos
sobre a criança e suas famílias e seu desenvolvimento nas diferentes
dimensões e vínculos afetivos (CARVALHO et al., p. 88).

Dessa forma, as ações pedagógicas desenvolvidas em salas de atividades


também compreendem todas as ações que estão na questão do cuidado (limpar,
lavar, trocar, alimentar, dormir etc.) e à forma como essas ações são realizadas.
Sendo assim, pode-se dizer que o pedagógico está relacionado tanto ao cuidado
como à educação.
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Para Ostetto (2018) o educador/professor que atua na Educação Infantil é


aquele que caminha junto com as crianças, observando/registrando, discutindo e
refletindo sobre suas ações e sobre seus modos de expressão. Assim ele rompe
com a educação centralizada somente no adulto e passa a ter a crianças como foco,
adotando, então uma postura não só de observador, mas também de investigador
das várias maneiras de ser e viver a infância.
Todas as ações desenvolvidas dentro da sala de atividades devem ser
pensadas e planejadas antecipadamente, levando em consideração a fase que a
crianças está vivendo, os objetivos que se pretende alcançar e a intencionalidade na
prática pedagógica ofertada.
Esse processo de reflexão assertiva da praxis diária e aprimoramento das
competências técnicas do professor fazem parte da Formação Continuada em
serviço e do planejamento do professor (ALARCÃO, 2010). Neste sentido, o
planejamento está relacionado com o compromisso que cada professor tem com a
sua profissão, com o respeito que ele tem para com o grupo de crianças e com os
valores nos quais ele acredita (OSTETTO, 2018).

A profissão de professor requer saberes e conhecimentos científicos,


pedagógicos, educacionais, sensibilidade, indagação teórica, e criatividade
para encarar as situações ambíguas, incertas, conflituosas e, por vezes,
violentas, presentes no contexto de uma sala de atividade. É da natureza da
atividade docente proceder à mediação reflexiva e crítica entre as
transformações sociais concretas e a formação humana das crianças,
questionando os modos de pensar, sentir, agir e produzir e distribuir
conhecimento. Os diferentes saberes apresentam-se integrados e são
constantemente ressignificados à luz da prática que se encarrega de
produzir novas perguntas e algumas respostas, promovendo a criação de
novos saberes. Portanto, a formação continuada envolve um duplo
processo: o de autoformação dos professores, a partir da reelaboração
constante dos saberes que realizam em sua prática, confrontando suas
experiências em sala (PIMENTA, 2012, p. 88).

Com isso, destaca-se que ampliar seus conhecimentos é fundamental para


que o educador realize sistematicamente uma reflexão sobre suas ações
desenvolvidas junto às crianças. Para Ostetto (2018) que a formação do professor
envolve muito mais que uma racionalidade teórico-técnica, marcada por
aprendizagens conceituais e procedimentos metodológicos.
Sabe-se que existe na prática pedagógica e na Formação Continuada, muito
mais que um domínio teórico ou competência técnica, lá estão histórias de vida,
crenças, valores, afetividade, enfim, a subjetividade dos sujeitos implicados.
9

2.2 Estratégias De Formação Que Propiciam o Saber Na Educação Infantil

São três os eixos que representam os elementos necessário nas estratégias


de formação para que haja a mobilização da reflexão no professor, sendo eles:
significação, socialização e contextualização, como descritos nos tópicos a seguir. A
prática reflexiva pode ser considerada como uma permanente busca de significado
para as experiências docentes vividas pelo professor. Tardif (2012) destaca, para
que haja a reflexão é preciso que as estratégias propiciem significado para as
experiências cotidianas do professor por meio de um repensar permanente sobre
suas concepções e sobre seu modo de agir.
Para que a pessoa se mobilize intelectualmente é preciso que a situação de
aprendizagem tenha um sentido, possa produzir prazer, possa responder a um
desejo e esse sentido tem uma significação. Partindo destes pressupostos, a prática
reflexiva é decorrente de um permanente processo de significação para as
experiências docentes vividas pelos professores (CHARLOT, 2015).
É importante destacar que os docentes têm a necessidade de articulação e
ampliação de saberes teóricos e práticos, entretanto, procuram nas propostas de
atividades práticas um sentido para resolver os problemas do dia a dia. Diante disso,
Tardif (2012), diz que a prática do professor integra diferentes saberes, com os quais
mantêm diferentes relações.
Entende-se que para os professores os saberes da experiência parecem ter
maior relevância é através deles que julgam e apreciam o que está a sua volta. O
móbil da formação de professores advém do desejo de resolver os problemas que
se encontram na sua prática cotidiana (ALARCÃO, 2013).

Assim, os saberes da prática são mais valorizados porque, de certa forma,


estão relacionados às dificuldades do fazer pedagógico. Entretanto, a
formação continuada precisa promover a formação de professores capazes
de entender, questionar e transformar a sua prática e não apenas a
formação de professores focados em objetivos meramente instrumentais.
Nesse sentido a estratégia interlocução teoria e prática pode mobilizar a
reflexão, pois possibilita que os saberes teóricos se articulem aos saberes
da prática, ao mesmo tempo ressignificando‐os e sendo por eles
ressignificados (PIMENTA, 2016, p. 149).
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Nota-se que na formação continuada de professores a aprendizagem


significativa se opõe à aprendizagem mecânica ou superficial e ocorre quando os
saberes apresentados nos cursos se relacionam de modo substantivo aos
conhecimentos prévios dos professores (SCARPA, 2018).
Assim, quando há a articulação da teoria com os saberes da prática dos
professores e quando lhes são oferecidas oportunidades de experienciar ações,
atitudes, modos de organização que podem ser desenvolvidos no trabalho educativo
com as crianças, são construídas aprendizagens significativas e mobilizadas
reflexões sobre a prática pedagógica.
As estratégias de formação precisam favorecer também a socialização, pois,
a reflexão não é um processo somente individual que pode ser desvinculado do
contexto social em que está inserido, é também um processo coletivo, por meio do
qual se descobre e se transforma com o outro (CHARLOT, 2015). Portanto, destaca-
se que é impossível aprender sem se socializar com o mundo, portanto, é importante
para os docentes momentos a trocam de experiências e as discussões com os
colegas nos momentos de estudos e planejamentos.

As estratégias de formação que podem atender a necessidade de trocar


informações, discutir, analisar e refletir sobre situações de ensino são: 1) A
estratégia análise de bons modelos consiste em não apenas ampliar o
repertório dos professores acerca de diferentes práticas que podem ser
desenvolvidas com as crianças, mas desenvolver uma reflexão teórica para
relacionar os bons modelos às propostas vigentes para que elas possam ser
reelaboradas. Os modelos precisam ser apresentados aos professores
como uma estratégia que mobiliza a reflexão por meio da socialização de
saberes. 2) A estratégia tematização de práticas oportuniza aos professores
a reflexão sobre as suas próprias atuações e de outros professores e assim
construir e identificar dificuldades para buscar novas alternativas de ação.
3) A estratégia redação e análise de casos consiste em registros de
acontecimentos da prática pedagógica que permitem a análise, a discussão
e a reflexão sobre as situações descritas pelos professores. Com base num
conhecimento teórico, a análise de casos possibilita a partilha de pontos de
vista sobre uma mesma situação, que poderá ser interpretada de modo
diferente por cada um dos intervenientes nesse estudo, uma vez que os
conhecimentos teóricos, adquiridos ou construídos, possibilitam essa
diversidade (CARVALHO et al., 2016, p. 46).

Percebe-se que na formação continuada para os docentes todas as


estratégias objetivam a socialização da teoria com a pratica e a troca de saberes.
Sobre as estratégias de formação que propiciam a contextualização, torna-se
necessário a reflexão, por meio de práticas reflexivas. Para Alarcão (2013) a
estratégia supervisão pedagógica pode propiciar a construção de um contexto para
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a prática reflexiva, o papel do pedagogo será então o de facilitar a aprendizagem, de


encorajar, valorizar as tentativas e erros do professor e incentivar a reflexão sobre a
sua ação.
Assim, além de se pensar em estratégias que deem significado para as ações
dos professores e que favoreçam a socialização de saberes, é preciso fortalecer e
consolidar o papel do pedagogo como mobilizador de um contexto favorável à
prática reflexiva nas próprias instituições de Educação Infantil.
Nesse sentido, os eixos significação, socialização e contextualização não se
dão isoladamente, eles se integram no processo de formação continuada, portanto,
um eixo não exclui o outro, eles se complementam, pois, para mobilizar a reflexão é
preciso que haja um significado para as experiências vividas nesse processo
(SCARPA, 2018). Este significado é construído na socialização de saberes e ocorre
num contexto favorável à sua prática.

3 METODOLOGIA

A presente pesquisa é bibliográfica e descritiva, pois será feito um


levantamento bibliográfico sobre a formação continuada dos professores na
educação infantil em livros, revistas, sites da internet como Scielo, ABEPRO, RAE e
FGV, Google acadêmico, livros da biblioteca on line da UNIFACVEST e artigos
científicos.
Uma pesquisa bibliográfica baseia-se basicamente da coleta de material de
diversos autores sobre um determinado assunto. A pesquisa descritiva exige do
investigador uma série de informações sobre o que deseja pesquisar (GIL, 2010).
Após todo o desenvolvimento da pesquisa será feito um artigo seguindo a análise e
discussão dos dados, bem como, feito a conclusão da pesquisa respondendo os
objetivos propostos.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a elaboração de todo o embasamento teórico sobre a formação


continuada de professores da educação infantil, destaca-se que os resultados
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encontrados foram positivos, pois possibilita a reflexão crítica dos professores a


partir da socialização das experiências e desafios vivenciados na prática pedagógica
com os colegas de trabalho (ANDRADE, 2014).
Observou-se que a formação continuada tem como função levantar questões
que precisam ser melhoradas a partir da pratica pedagógica, por meio de troca de
conhecimentos unindo a teoria com a prática, está troca de experiências possibilita
planejar ações como foco na aprendizagem das crianças.
Sendo assim, concorda-se com Miranda (2016) que a formação continuada é
um processo contínuo e inacabado que deve ser alimentado pela troca de
experiências práticas entre os professores, com discussões, a partir de saberes
teóricos que dão embasamentos para planejar novas ações pedagógicas para
intervir na prática.
Esse processo de reflexão e planejamento deve caminhar junto com o
professor no decorrer de sua carreira. Saviani (2020) fala que a formação
continuada é necessária para que os professores estejam em constante formação e
atualização, buscando assim, construir novos conhecimentos, necessários à sua
prática de forma que efetive o seu trabalho para formar cidadãos ativos e críticos na
sociedade.
Se tratando do docente na educação infantil, a formação continuada de
professores é essencial para que os profissionais se atualizem e compreendam em
mais profundidade como ajudar os pequenos a se relacionarem com outras pessoas,
adquiram conhecimentos diferentes daqueles vivenciados dentro do ambiente
familiar, experimentem a ludicidade e desenvolvam habilidades motoras e cognitivas
significativas para o seu processo de aprendizagem.
Montanher e Furlan (2022) citam que ao atuar na Educação Infantil, o(a)
docente tem o compromisso de promover o desenvolvimento da criança, de cuidar e
de educar ao mesmo tempo em que se utiliza de práticas educativas lúdicas,
interativas e brincantes. Para tanto, o(a) profissional docente precisa estar
preparado(a) para os desafios que irá encontrar em sala de aula, visto que ali se
apresentam culturas divergentes, necessidades específicas, entre tantos outros
desafios.
Saito e Oliveira (2018) destacam que uma ação docente coerente e de
qualidade só é possível quando há uma formação competente dos profissionais que
atuam com tais crianças. Essa formação competente deve ser incentivada pela
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equipe pedagógica, ou seja, pedagogo e gestor, eles devem promover cursos,


oficinas, seminários, palestras, aulas e congressos, sejam eles presenciais, híbridos
ou virtuais.
Esses eventos educacionais são essenciais para renovar a prática, atualizar
conhecimentos e trocar ideias que ajudarão a aprimorar o desenvolvimento
profissional e as metodologias empregadas para ensinar e dar o suporte necessário
às crianças na Educação Infantil.

A formação continuada do ponto de vista da Base Nacional Comum


Curricular é uma pauta imprescindível a ser seguida nas escolas, fazendo
com que as formações se torne ainda mais importante para as instituições
de educação infantil, elas devem ser o espaço para que a formação
continuada aconteça, por possibilitar melhor articulação com as condições
de trabalho e o tempo dos docentes, pois, é no cotidiano escolar que as
propostas de mudanças devem ser abordadas, debatidas e efetivadas.
Desse modo, garante-se um grupo formativo consciente da importância de
se construir a democratização da escola (SAVIANI, 2020, p. 96).

Nesse sentido, percebeu-se que que a formação continuada na educação


infantil, é fundamental para despertar mudanças na prática educativa, pois somente
a partir dela os professores tornam-se capazes de contemplar a própria prática e
buscar inovações sempre que for preciso.
Imbernón (2019) fala que a formação é o momento de destampar a teoria
para aprofundar, organizar, revisar, reconstruir o conhecimento e equilibrar os
instrumentos teóricos e práticos. Sendo assim, a formação continuada possibilita
preencher as lacunas que surgem na prática pedagógica, possibilita reflexões que
visam novos saberes para enriquecem o processo educacional na educação infantil.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final do trabalho percebe-se que o objetivo foi alcançado, pois, a formação


de professores na educação infantil é essencial para o professor entenda a
importância do seu papel como mediador do conhecimento e a necessidade de se
manter atualizado para acompanhar as transformações sociais e oferecer uma
educação diferenciada daquela que a criança recebe ou recebeu no ceio familiar.
Sendo assim, afirma-se que a formação continuada para o professor de
educação infantil auxilia diretamente na relação entre a teoria e a prática
pedagógica, ampliando os conhecimentos bem como, contribui para a melhoria da
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qualidade do processo de ensino e aprendizagem, sendo imprescindível para inovar


os procedimentos pedagógicos.
Nesse sentido, conclui-se que a formação continuada dos professores de
educação infantil é uma oportunidade de ampliar os saberes, recriar metodologias,
estratégias, replanejar o trabalho equilibrando os instrumentos teóricos e práticos,
buscando por meios de reflexões, respostas para possíveis problemas relacionados
a educação das crianças dentro e fora da sala de aula.
Acredita-se que a pesquisa servirá de base para novos estudos relacionados
ao tema, pois, os professores precisam se manter atualizados, seguros para sempre
renovarem suas práticas e acompanhar as mudanças que estão ocorrendo no
mundo de um modo geral.

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