Fundamentos Psicanalíticos Eliane

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FUNDAMENTOS PSICANALÍTICOS:

TEORIA, TÉCNICA E CLINICA

Pesquisadora: ******
Curso: Psicologia
Área:

O presente resumo é sobre o capitulo 4, 5, 7, 41 do livro Fundamentos


Psicanalíticos: Teoria, técnica e clínica, uma abordagem didática escrita pelo autor
David Zimerman. A obra descreve sobre a terapia psicanalítica como uma forma de
preservar as necessárias distinções entre aquelas duas e, ao mesmo tempo,
também para encurtar as enormes distâncias que ainda hoje muitos estabelecem de
forma radical entre psicanálise e psicoterapia psicanalítica.

Capitulo 4: A Psicanálise Contemporânea

Nesse capitulo Zimerman cita que a psicanálise completou um século de


existência e isso se deve não só ao crescimento do número de correntes
psicanalíticas, cada uma delas com concepções contestadoras, inovadoras ou
ampliadoras, mas também pelo fato de que cada uma delas também vem passando
por sucessivas mudanças, desde as suas formulações originais.
Destaca-se neste capitulo que a psicanálise pode ser dividida em três
períodos, com os seus respectivos paradigmas mais característicos: a ortodoxa, a
clássica e a contemporânea. A psicanálise ortodoxa, que caracteriza aquela que foi
praticada por Freud e algumas gerações de seguidores, privilegiava mais o aspecto
da investigação dos processos psíquicos. O período da psicanálise clássica coincide
com a abertura de novas correntes de pensamento psicanalítico, na literatura
psicanalítica, começa a transparecer a presença de uma crescente e forte
valorização dos aspectos referentes ao desenvolvimento emocional primitivo.
E a psicanálise contemporânea, prioriza os vínculos emocionais e relacionais
de amor, ódio e conhecimento, que permanentemente permeiam a dupla analítica.
Na psicanálise contemporânea começa a abrir as portas para outras ciências, como
a linguística, a teoria sistêmica, as neurociências, a psicofarmacologia, etologia, etc.
Também no capitulo 4 cita-se sobre os paradigmas da psicanálise que
transitam de um paradigma para outro, e o autor faz um apanhado sintético das
principais transformações que importantes postulados de Freud, sofreram a partir
das concepções de M. Klein, como são as seguintes: pulsão de morte, tipo de
angústia, mecanismos de defesa, formação do ego, fases e posições, superego,
complexo de Édipo, sexualidade narcisismo e repercussão na técnica.
Por tudo isso, tais analistas adotaram uma postura interpretativa bastante
mais ativa e precoce, o que, por si só, evidencia o quanto uma transformação
paradigmática igualmente promove transformações na ideologia da psicanálise e na
forma de o analista analisar. Da mesma forma como Klein promoveu mudanças no
paradigma freudiano, também Bion efetivou profundas transformações na teoria
kleiniana e, consequentemente, na prática clínica, porquanto teoria e técnica são
indissociáveis.
A psicanálise contemporânea prossegue conservando os ideais e os
princípios básicos concebidos por Freud (noção do inconsciente, pulsões,
ansiedades, fenômenos do campo analítico, etc.), embora apresente profundas
transformações nas concepções teóricas, notadamente nas que dizem respeito ao
desenvolvimento emocional primitivo. Igualmente, existem mudanças na forma de
compreender os pacientes, e também existem sensíveis modificações nos aspectos
técnicos que vão desde os critérios de seleção do paciente, intervenções no
tratamento, comunicação e nos critérios de cura.

Capitulo 5: A Estrutura e o Funcionamento do Psiquismo

nesse capitulo o autor descreve sobre a estrutura e o funcionamento do


psiquismo, que baseia-se nos princípios que são bastante utilizados nas ciências em
geral, e designa um “ponto de partida” para a construção de um sistema ideativo-
cognitivo que mantenha uma certa lógica. Pode-se depreender a existência de
vários e distintos princípios que estejam agindo simultaneamente e interagindo entre
si, embora cada um deles mantenha uma autonomia conceitual, com regras e leis
específicas.
No campo da psicologia e da psicopatologia, rastreando historicamente as
então revolucionárias concepções de Freud, o autor enumera os seguintes princípios
do psiquismo: existência das pulsões, princípio do prazer e da realidade, princípio da
constância, princípio da compulsão à repetição, narcisismo primário e secundário,
masoquismo primário e sadismo, princípio do determinismo psíquico, séries
complementares, processo primário e processo secundário.
Também descreve sobre os modelos de funcionamento do aparelho psíquico
que são dois:
Modelo topográfico (1ª tópica): nesse modelo tópico, o aparelho psíquico é
composto por três sistemas: o inconsciente (Ics), o pré-consciente (Pcs) e o
consciente (Cs). Algumas vezes, Freud denomina a este último sistema de sistema
percepção-consciência O sistema consciente tem a função de receber informações
provenientes das excitações provenientes do exterior e do interior, que ficam
registradas qualitativamente de acordo com o prazer e/ ou, desprazer que elas
causam, porém ele não retém esses registros e representações como depósito ou
arquivo deles. Assim, a maior parte das funções perceptivo-cognitivas-motoras do
ego – como as de percepção, pensamento, juízo crítico, evocação, antecipação,
atividade motora, etc., processam-se no sistema consciente, embora esse funcione
intimamente conjugado com o sistema Inconsciente, com o qual quase sempre está
em oposição.
Modelo Estrutural (2ª Tópica): Insatisfeito com o modelo topográfico, Freud
vinha gradativamente elaborando uma nova concepção, diferentemente da 1ª
Tópica, que sugere uma passividade, a 2ª Tópica é eminentemente ativa, dinâmica.
Essa concepção estruturalista ficou cristalizada em o ego e o id (1923) e consiste
em uma divisão tripartide da mente em três instâncias: o id, o ego e o superego.
O id que compõe o aparelho psíquico de cada ser humano, o ego, para
Freud, no princípio tudo era id, no entanto, desde M. Klein até os autores modernos,
predomina amplamente a convicção de que o ego não se forma desde o id, mas sim
que ele é inato, tem energia própria e, ainda que de forma rudimentar, desde recém-
nascido o ego do bebê já está interagindo com a mãe.
E o superego que também se caracteriza por ser quase totalmente de
origem inconsciente, é composto e ditado pelos objetos internos; o seu maior efeito
é o de ser um gerador de culpas, com as consequentes angústias e medos, e a sua
pressão excessiva no psiquismo é a maior responsável pelos quadros melancólicos
e obsessivos graves.

Capitulo 7: O Grupo Familiar: Normalidade e Patologia da Função Materna


No capítulo 7 o autor descreve que

Capitulo 41: Condições Necessárias para um Analista

Por fim, no capitulo 41 Zimerman cita as condições necessárias para um


analista, pois, na atualidade, é impossível a compreensão dos fenômenos psíquicos
a partir de um enfoque centrado unicamente no indivíduo. Cada vez mais, a
convicção de que, desde os primeiros estágios evolutivos até o pleno funcionamento
em todas áreas de sua vida, o psiquismo de cada sujeito interage permanentemente
com outras pessoas, sofrendo influências, às vezes passivamente, ao mesmo tempo
em que ele também é um, ativo, agente modificador do seu entorno familiar, social,
profissional.
Sendo assim, o autor destaca que a formação de uma indispensável atitude
psicanalítica interna, resultante da aquisição das condições mínimas necessárias,
implica na condição de que o analista discrimine as seguintes transformações na
situação analítica:
• Ouvir não é o mesmo que escutar;
• Olhar é diferente de ver, enxergar;
• Entender não é o mesmo que compreender;
• Ter a mente saturada com a posse das verdades é bem distinto de um
estado mental de amor pelas verdades; • simpatia não é o mesmo que
empatia;
• Recipiente não é o mesmo que continente;
• Ser “bonzinho” não deve ser confundido com ser bom;
• Interpretar corretamente não significa que houve um efeito eficaz;
• Adivinhar ou palpitar não é a mesma coisa que intuir;
• Falar não é o mesmo que dizer;
• Saber não é o mesmo que, de fato, ser!

Percebeu-se que Zimerman tentou ao máximo estabelecer um


entrelaçamento entre a teoria, a técnica e a prática clínica e, de forma análoga,
buscou entrelaçar os pontos de vista das diferentes escolas acerca de um
determinado assunto, especialmente com os referenciais pioneiros de Freud.

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