PPP Canabidiol

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APÊNDICE C – PROPOSTA PRELIMINAR DE PROJETO – PPP (7º semestre)

PROPOSTA PRELIMINAR DE PROJETO


Projeto Interprofissional de Pesquisa em Saúde

Título do Projeto:

Percepções, entraves e desafios encontrados pelos profissionais da Medicina


Veterinária na utilização do canabidiol no tratamento de pequenos animais

Campos de ação: (Inserir os campos de ação presentes no perfil dos diferentes cursos, que serão abordados no
projeto)

Clínica Médica de Pequenos Animais – Medicina Veterinária

PESQUISADOR PRINCIPAL
Dados do pesquisador principal (pesquisador responsável)
Nome Completo: Érica Tupiniquim Freitas de Abreu
CPF: 018.838.595-90 Telefone: (71) 99404-0340
Lattes:
E-mail institucional: [email protected]
http://lattes.cnpq.br/4549246606707604

ASSISTENTES DE PESQUISA
Assistentes de pesquisa 1:
Nome completo: Aleciane Boaventura Silva CPF: 006.029.375-66
E-mail institucional: [email protected] Telefone: (71)9 9105-0920
Lattes (link de acesso): http://lattes.cnpq.br/5137978555860326
Assistentes de pesquisa 2:
Nome completo: Andréia Castro Moinhos CPF: 542.647.405-25
E-mail: [email protected] Telefone: (71)9 9982-4563

Lattes: http://lattes.cnpq.br/1352427390660497

Resumo: (fazer uma síntese do projeto proposto / de 180 a 250 palavras)

A Cannabis Sativa, pertence à família Cannabaceae, possui diversos benefícios


terapêuticos para os animais, auxiliando no tratamento de condições como dor
neuropática, inflamatória e osteoartrose. A dor é um problema frequente na prática
clínica e sua gestão adequada é essencial para proporcionar uma vida de maior
qualidade e conforto ao paciente. Em alguns países, a Cannabis e seus derivados
são legalmente usados para fins medicinais em humanos. No entanto, na Medicina
Veterinária, as pesquisas sobre seu uso ainda estão em estágios iniciais, devido à
ampla diversidade química de sua composição e às ações no sistema fisiológico de
diferentes animais, sendo conhecida como uma das práticas aplicadas na medicina
não convencional. Portanto, existem poucos relatos in vivo da Cannabis em animais,
mas sua aplicação como analgésico e anticonvulsivante é relevante. O estudo do
Cannabidiol, derivado da planta, como analgésico em cães desperta interesse,
principalmente por não ser aditivo nem alucinógeno. Em conclusão, é importante
buscar conhecimento sobre o uso da Cannabis em cães e gatos, já que tem ação
analgésica nessas espécies. No entanto, são necessários mais estudos para afirmar
a segurança de sua aplicação terapêutica nesses animais.

Palavras-chaves: (conforme DECs)


1 Canabidiol 2 Medicina não convencional 3 Cannabis sativa
4 Medicina Veterinária 5 Clínica

Introdução: (Este item deve conter uma breve apresentação do tema, problema de pesquisa, justificativa, revisão
bibliográfica com citações, conforme as normas da ABNT)

O termo não convencional ou alternativo se refere ao conjunto de práticas


medicinais que não pertencem à medicina convencionalmente aplicada à Medicina
Veterinária. Dessa forma, é possível utilizá-las nas enfermidades que não exista um
tratamento eficaz para amenizar a doença, dentre esses, a fisioterapia veterinária, a
laserterapia, cinesioterapia, a hidroterapia, a eletroterapia, a magnetoterapia, a
acupuntura e o uso da Cannabis Sativa têm se destacado atualmente (ALVES;
STURION; GOBETTI, 2019).
Dentre as técnicas da medicina não convencional, encontra-se a cannabis
sativa, uma planta constituída por mais de 100 compostos, com muitas propriedades
medicinais, que vem sendo estudada desde meados do século XX. Em meio a todos
os compostos, dois se destacam: Tetra-hidrocanabinol (THC) e o Canabidiol (CBD).
Na medicina humana, o uso de canabinóides como função terapêutica já é uma
realidade, porém, em animais, foram feitas pesquisas que demonstram resultados
promissores em se tratando do alívio de dor, dos processos inflamatórios, da
osteoartrite, epilepsia e até do câncer. No tratamento das sequelas da cinomose em
cães, a cannabis sativa pode ser utilizada através do extrato canabidiol, componente
capaz de agir no sistema nervoso central com finalidade de diminuir a dor,
inflamação e agir como anticonvulsivante (LANDA; SULCOVA; GBELEC, 2016).
Os compostos Tetra-hidrocanabinol (THC) e o Canabidiol (CBD) atuam no
sistema endocanabinoide presente em todos os mamíferos, visto que possuem
receptores CB1, identificado no sistema nervoso, e CB2 em células do sistema
imune, tanto humano quanto animal (LANDA; SULCOVA; GBELEC, 2016). No
entanto, ainda existe uma grande temática relacionada ao uso desses compostos no
Brasil, visto que ela não possui utilização inteiramente aceita no país, principalmente,
na veterinária, contudo, em outros países, não é novidade e a utilização desses
compostos no tratamento de animais vem apresentando grandes benefícios.
Grupos de pesquisas científicas gradativamente passam a se movimentar país
afora, enfrentando, porém, aspectos culturais, relativos a mitos e preconceitos e,
socialmente, desinformação generalizada sobre o uso da maconha medicinal. Além
da busca pelo conhecimento científico da planta e suas utilizações, é de fundamental
importância que as descobertas fitoquímicas a respeito sejam publicadas, com o
objetivo de esclarecimento clínico, tanto humano quanto veterinário.
No Brasil, ainda não haviam robustos levantamentos acerca do conhecimento
da população sobre o uso da maconha medicinal em condutas veterinárias. Desta
feita, o presente estudo buscou sistematizar o entendimento sobre o tema a partir de
uma pesquisa exploratória que analisou a quantidade/qualidade de conhecimentos,
por parte de brasileiros, sobre Cannabis Sativa L. (maconha) e seu uso terapêutico
na medicina veterinária, bem como avaliar o conhecimento da população no que se
refere aos princípios bioquímicos dos componentes da maconha e os
desdobramentos que sua utilização pode promover (PEREIRA, 2020).
Na medicina humana, pelos resultados de seu uso empírico, a utilização de
canabinoides com finalidade terapêutica já é uma realidade. Estudos
contemporâneos preliminares descrevem a eficácia dessa planta em condições
clínicas como epilepsia (SANTOS; SANTOS; CARVALHO, 2010), doenças
neurodegenerativas (FRANCO, 2017) e glaucoma (VIANA, 2020). Os princípios
ativos desse arbusto auxiliam no tratamento dos efeitos colaterais da quimioterapia,
funcionando como analgésico para dor crônica, quando as terapias convencionais
não são efetivas (DINIZ-OLIVEIRA, 2019).
Na medicina veterinária, inspirada pelos resultados observados no tratamento
de humanos, os extratos de C. sativa já são prescritos. Gyles (2016) descreveram o
uso terapêutico do canabidiol em animais de estimação, em tratamentos de
glaucoma, processos inflamatórios em geral e doenças respiratórias. Há relatos
promissores sobre os efeitos benéficos da substância, principalmente no tratamento
da dor, processos inflamatórios, doenças dermatológicas, doenças imuno mediadas,
osteoartrite, câncer (KOGAN et al., 2019), glaucoma, epilepsia e até raiva em cães
(VIANA 2020).
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o órgão
responsável pela regulamentação do registro de medicamentos para uso humano
(BRASIL, 1999). No que concerne aos medicamentos de uso exclusivamente
veterinário, compete ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
as normas complementares referentes à fabricação, ao controle de qualidade, à
comercialização e ao emprego dos produtos de uso veterinário, e demais medidas
pertinentes para a normatização (BRASIL, 2004). O Art. 38 da Portaria n° 344/98,
permite a prescrição por parte de médicos-veterinários de medicamentos humanos
de uso controlado para o tratamento de animais, salvo algumas exceções. Cabe ao
Conselho Regional de Medicina-Veterinária (CRMV) a regulamentação e fiscalização
da prescrição de medicamentos por parte de médicos-veterinários (CRMV, 2022). 12
A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 26, de 13 de maio de 2014, da
ANVISA, regulamenta o registro de medicamentos fitoterápicos e sinaliza que são
produtos obtido de matéria-prima ativa vegetal, exceto substâncias vegetais isoladas,
incluindo medicamentos fitoterápicos, podendo ser proveniente de uma única ou
mais espécies vegetais. Ainda conforme essa RDC, são considerados medicamentos
fitoterápicos os obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais
cuja segurança e eficácia sejam baseadas em evidências clínicas e que sejam
caracterizados pela constância de sua qualidade. Não incluindo nesta classificação
compostos de substâncias ativas isoladas ou altamente purificadas e nem
associações dessas com outros extratos, sejam vegetais ou animais (BRASIL, 2014).
O Decreto Federal N° 8.840, 24 de agosto de 2016, Artigo 2°, inciso XX,
define como produto veterinário ‘’Toda substância química, biológica, biotecnológica
ou preparação manufaturada cuja a administração seja aplicada de forma individual
ou coletiva… E todos os produtos que, utilizados nos animais ou no seu habitat,
protejam, restaurem ou modifiquem suas funções orgânicas e fisiológicas…’’
(BRASIL, 2016). Consonante a isso, a Resolução N° 1.318, de 06 de abril de 2020,
no artigo 2°. inciso II, descreve como produto de uso animal: ‘’Qualquer
medicamento, insumo ou correlato, fabricado para uso humano ou animal, que seja
distribuído, guardado, prescrito, manipulado ou usado com a finalidade exclusiva de
atenção à saúde dos animais’’ (BRASIL, 2020).
Conforme descrito pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (2022) não
há Lei que regulamente o uso de canabinóides por médicos veterinários, conferindo
a ausência de respaldo jurídico desses profissionais. De acordo com o órgão, para
prescrição de substâncias com tais princípios ativos, devem os médicos veterinários
delimitar de forma objetiva o diagnóstico do paciente e obter autorização judicial para
realizar a prescrição necessária, garantindo, assim, a segurança jurídica. No entanto,
de acordo com o órgão, os profissionais já possuem autorização para prescrever
substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial, previstos no Art. 38 da
Portaria n° 344/98. Conforme regulamenta a RDC n° 327, de 09 de dezembro de
2019, Art. 3°, inciso IX, produto à base de Cannabis é definido como: ‘’produto
industrializado, objeto de Autorização Sanitária pela ANVISA, destinado à finalidade
medicinal, contento como ativos, exclusivamente, derivados vegetais ou fitofármacos
da Cannabis sativa…’’. Ainda, a prescrição do produto de Cannabis com teor de THC
até 0,2% deve ser acompanhada da Notificação de Receita ‘’B’’. Já a prescrição de
produtos com teor de THC acima de 0,2%, deve ser acompanhada de Notificação de
Receita ‘’A’’ (BRASIL, 2019).
Desde 2014, os médicos foram liberados para prescrever o canabidiol para
uso terapêutico. Segundo a RDC n° 327, de 09 de dezembro de 2019, a prescrição
deve ser feita por profissional devidamente habilitado, diretamente responsável pelo
paciente, em condições clínicas de ausência de alternativas terapêuticas, seguindo a
ética médica e em receituário sujeito a controle especial do tipo B, para produtos com
até 0,2% de THC, e A, para produtos com teor de THC superior a 0,2%. Ainda
segundo a RDC n° 327 (2019), os pacientes ou seus responsáveis legais devem
assinar duas vias do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), onde uma
será portada pelo paciente e outra pelo médico responsável pela prescrição. A
indicação e forma de uso dos produtos são de responsabilidade do médico, que por
sua vez, deve informar os pacientes dos riscos à saúde, condições regulatórias do
produto, possíveis efeitos adversos e cuidados na utilização. Os produtos devem ser
dispensados exclusivamente por farmácias ou drogarias mediante apresentação de
receituário e por profissionais farmacêuticos. A mesma resolução também determina
os procedimentos para a importação de produtos da Cannabis (BRASIL, 2019).
A Cannabis sativa é composta por mais de 400 substâncias, abrangendo 60
tipos de canabinóides (CBs), destacando-se pela finalidade terapêutica: o canabidiol
(CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC), sendo o este último o principal responsável
pelos efeitos psicotrópicos (HONÓRIO; ARROIO; SILVA, 2006). O termo
‘’canabinóide’’ foi atribuído ao grupo de compostos com 21 átomos de carbono
presentes na Cannabis sativa, além dos ácidos carboxílicos, análogos e possíveis
produtos de transformação. Os compostos CBs podem ser classificados como
terpenofenóis e são encontrados exclusivamente no gênero Cannabis (ELSOHLY et
al., 2017). A concentração dos CBs na Cannabis varia conforme fatores genéticos,
ambientais, tempo de cultivo (maturação) e tratamento da amostra 18 (secagem,
estocagem, extração e condições de análise (HONÓRIO; ARROIO; SILVA, 2006).
A distribuição por via inalatória ou oromucosal evita ou reduz o metabolismo
de primeira passagem observado após a administração oral. A via de administração
oromucosal promove rápida absorção, produzindo concentrações no plasma
relativamente mais altas do que quando comparada a via oral, porém menores
quando comparadas a inalação (BRIOSCHI et al., 2020). O CBD e o THC são
altamente lipofílicos e possuem baixa biodisponibilidade quando administrados por
via oral, estimada em 6%. Após a administração oral, esses canabinóides exibem
absorção variável e sofre extenso metabolismo hepático de primeira passagem,
culminando em menor concentração plasmática quando comparada a expressa pela
inalação e requerendo tempo mais longo para atingir-se o pico de concentração, por
volta de 120 minutos (DEABOLD et al.,2019). Em cães, enquanto a administração do
CBD não possui efeitos colaterais significantes, este quando em combinação ao
THC, de maneira dose-dependente, promove diversos eventos adversos e sinais
neurológicos, como hiperestesia e déficits proprioceptivos.
Tais alterações sugerem que a administração sinérgica desses dois
canabinóis potencializa os efeitos psicoativos e fisiológicos do THC (YU;
RUPASINGHE, 2021). Os CBs são rapidamente propagados em órgãos bem
vascularizados, como fígado, coração, pulmões e cérebro, sendo essa distribuição
prejudicada em doenças que dificultam a permeabilidade das barreiras sangue-
tecido. O uso crônico pode ocasionar acúmulo dessas substâncias nos tecidos
adiposos. No contexto de subnutrição, a liberação e a redistribuição pode ocorrer por
várias semanas ou meses (CORRÊA et al., 2020).

Objetivo primário:

- Identificar as características da utilização medicinal do uso de Cannabis Sativa na


Medicina Veterinária, utilizando um dos seus princípios ativos, canabidiol (CBD), bem
como enfatizar acerca dos benefícios do mesmo, como forma de minimizar os
entraves encontrados por profissionais veterinários.

Objetivo secundário:

- Expor os entraves e desafios a serem enfrentados por Médicos Veterinários


para incluir o uso do CBD na medicina não convencional, sendo pautados e
protegidos pelas leis que regem o presente assunto;
- Conhecer os diversos protocolos de administração do fármaco, bem como
doses, efeitos e concentrações;
- Analisar os pontos positivos e negativos da indicação do medicamento
supracitado e apontar a viabilidade e importância no uso na Medicina
Veterinária.

Metodologia proposta:

Trata-se de um estudo observacional, descritivo, qualitativo, realizado através


de entrevista estruturada através de questionário eletrônico, estruturado, na
plataforma google forms, disponível no link (Pesquisa_Canabidiol - Formulários
Google) para levantamento de dados sobre a percepção de médicos veterinários que
já promovem a indicação do uso do medicamento supracitado com autorização
judicial para o uso em pequenos animais. Os links do questionário serão enviados a
médicos veterinários e solicitado o encaminhamento a colegas, através da
metodologia snowball.

Este estudo será submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro


Universitário UNIFTC no mês de dezembro de 2023 para a apreciação conforme a
Resolução Nº 466 de 12 de dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde, que
visa assegurar direitos e deveres, sobretudo sigilo ético, para seres humanos que
participam de pesquisas acadêmicas, à comunidade e ao Estado. A pesquisa será
realizada entre os meses de março a julho de 2024, após a aprovação do CEP.
Todos os participantes da pesquisa serão convidados a participar da pesquisa
e serão informados dos riscos,benefícios e de que a participação será voluntária e
podem sair do estudo em qualquer momento, através do Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE).

Critério de inclusão:

Médico veterinário com autorização judicial para uso de CBD no tratamento de


pequenos animais em cidades baianas.

Critério de exclusão:

Os critérios de exclusão utilizados foram os artigos que, mesmo coincidindo com as


palavras-chave usadas, não correspondiam a “cannabis”, “medicina alternativa”, ou
“fitoterapia veterinária”, bem como os que não se caracterizavam como artigos
científicos.

Riscos:

As consequências inerentes a essa atividade limitam-se a interpretações


errôneas de textos e dados, considerando que o tema em questão se trata de uma
discussão atual e com alguns questionamentos a serem discutidos.

Benefícios:

Compreender e apresentar que, por meio de pesquisas baseadas em teorias


confiáveis, os ganhos da utilização do Canabidiol na área da Medicina Veterinária
são de suma importância na evolução dos tratamentos de variadas doenças
crônicas.

Metodologia de análise de dados:

Os dados obtidos através das respostas dos médicos veterinários nos


questionários eletrônicos serão analisados através de análise qualitativa de dados,
onde será realizada a leitura atenta e na íntegra das respostas qualitativas para
posterior separação em blocos temáticos e análise das narrativas.

Desfecho primário: (É a variável mais importante e relevante do estudo (normalmente uma variável de eficácia, bem
como segurança de uso e tolerabilidade); Só pode haver uma; deve ser definida antes do início do estudo; está atrelada ao
objetivo principal da pesquisa).

Conforme descrito na revisão integrativa e exploratória realizada, é possível


considerar o extrato canabidiol da Cannabis sativa como grande potencial
terapêutico, inclusive, na Medicina Veterinária, para melhora dos pacientes com
diversas patologias clínicas desde mais simples a mais severas, por desempenhar
ações anti-inflamatória, anticonvulsivantes e analgésicas. Entretanto, apensar de
inúmeros estudos tratando acerca do potencial terapêutico da cannabis sativa,
encontram-se, ainda, condições que limitam a utilização do canabidiol, a exemplo do
estigma social e das questões legais. Assim, são fundamentais ensaios em animais,
tanto pré-clínicos como clínicos, usando o CBD com o intuito de entender melhor as
propriedades farmacológicas e terapêuticas. Ademais, é fundamental verificar os
efeitos em longo prazo, bem como o desenvolvimento de novas pesquisas para
tornar-se real a aplicabilidade terapêutica dos compostos da cannabis em animais.
Baseado nas informações apresentadas, as técnicas da Medicina Veterinária não
convencional são capazes de oferecer aos animais uma melhor qualidade de vida,
sem que eles sejam eutanasiados, a depender do quadro.

Desfecho secundário: (São variáveis não tão importantes, relacionadas ao objetivo primário. Por exemplo, se o estudo
está testando uma droga na Fase III ele provavelmente vai utilizar a eficácia como desfecho primário, pois a fase III existe
justamente para se testar essa eficácia. O desfecho secundário, nesse caso, será algum outro fator relativo a essa eficácia.
NÃO é obrigatório.)

Considerando que tudo que diz respeito a temática relacionada à utilização da


Cannabis Sativa e seus derivados, estimamos que surgirão novas perspectivas
positivas em torno da aplicabilidade desta substância nos mais variados contextos
médico veterinário.

Embora o CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária), já tenha contribuído de


forma técnica e jurídica para o Projeto de Lei que Regulamenta o uso veterinário da
Cannabis sativa e seus derivados para promover e resguardar a saúde dos animais e
dar segurança jurídica aos profissionais que prescrevem a substância, temos a
expectativa de levantar novas descobertas, obstáculos e desafios acerca deste tema.

Tamanho da amostra: (previsão do número de participantes da pesquisa)

Amostra não probabilística por conglomerado, espera-se conseguir 10 respostas.

Uso de fontes secundárias de dados (prontuários, dados demográficos, etc): (Informar o tipo de
informações secundárias que será utilizada (se houver)

Não se aplica.
ATIVIDADE 2023 2024
JU
AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI
N

ESCOLHA DO TEMA DA PESQUISA X


ESCOLHA DO ORIENTADOR X

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA X x
ELABORAÇÃO DO PROJETO X x
ENTREGA DO PROJETO x
SUBMISSÃO AO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA x
(CEP)

COLETA DE DADOS APÓS APROVAÇÃO DO CEP x


CONSTRUÇÃO DO BANCO DE DADOS x x
ANÁLISE ESTATÍSTICA x x
ANÁLISE DOS DADOS x x
ELABORAÇÃO DA PESQUISA FINAL x
DEFESA DA PESQUISA

ENTREGA DO RELATÓRIO PARCIAL AO CEP

ENTREGA DO RELATÓRIO FINAL AO CEP

Orçamento detalhado (Toda pesquisa envolve despesas/custos, sejam eles: transporte, material para entrevistas
(gravador, papel, caneta, xerox) e esses dados devem ser informados no estudo.)
Item Valor
Plano de Internet R$90,00/mês
Impressões e Xerox R$40,00
Transporte R$150,00
Total Valor R$ 280,00

Os custos para a execução desta pesquisa serão de responsabilidade dos


próprios pesquisadores, ou seja, financiamento próprio. E, os participantes não
receberão nenhum tipo de compensação financeira pela participação nessa
pesquisa.

Bibliografia: (conforme as regras da ABNT)

ALVES, Maria Victória de Luca Delgado; STURION, Marco Aurélio Torrencilas;


GOBETTI, Suelen Tulio de Córdova. Aspectos gerais da fisioterapia e reabilitação na
medicina veterinária. Ciência Veterinária UniFil, v. 1, n. 3, p. 69-78, 2019.
LANDA, L.; SULCOVA, A.; GBELEC, P. The use of cannabinoides in animals and
therapeutic implications for veterinary medicine: a review. Veterinární medicína, v. 61,
n. 3, p. 111-122, 2016.

PEREIRA, Helder Camilo da Silva. Análise do conhecimento de brasileiros acerca da


cannabis sativa e seu uso terapêutico na Medicina Veterinária - Areia:UPPB/CCA,
2020.

SANTOS, M. P.; SANTOS, C. C.; CARVALHO, M. P. Cannabis sativa e Salvia


divinorum: uso irresponsável de plantas medicinais com atividades psicoativas”, in
Pesquisa Saúde. v. 1, n. 2. p.1-7, 2010.

FRANCO, G. R. R.; VIEGAS JR., C. “A contribuição de estudos do Canabidiol e


análogos sintéticos no desenho de novos candidatos a fármacos contra transtornos
neuropsiquiátricos e doenças neurodegenerativas”, in Revista Virtual de Química, v.
9, n. 4, p. 1773-1798, ago, 2017.

VIANA, S. M. T. et al. “Aplicações clínicas oftalmológicas dos derivados da planta


Cannabis sativa: uma revisão da literatura”, in Revista de Medicina e Saúde de
Brasília. v. 8, n. 3, p. 338-348, dez, 2019.

DINIS-OLIVEIRA, R. J. “A Perspetiva da Toxicologia Clínica Sobre a Utilização


Terapêutica da Cannabis e dos Canabinoides”, in Acta Médica Portuguesa, v. 32, n.
2, p. 87- 90, fev, 2019.

GYLES, C. “Marijuana for pets?”, in The Canadian Veterinary Journal, v. 57, n. 12, p.
1215-1218, 2016.

KOGAN, L. R. et al. “US veterinarians’ knowledge, experience, and eerception


regarding the use of Cannabidiol for canine medical conditions”, in Frontiers in
Veterinary Science, v. 5, n. 338, p. 1-11, jan, 2019.

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https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1999/lei-9782-26-janeiro-1999-344896-
publicacaooriginal-1-pl .html. Acesso em: 19 de setembro de 2023.

BRASIL, Decreto n° 5053, de 22 de abril de 2004. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5053.htm. Acesso
em: 23 de setembro de 2023.

BRASIL, RDC nº 26, de 13 de maio de 2014. Disponível em:


https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf.
Acesso em: 23 de setembro de 2023.

BRASIL, Decreto n° 8.840, de 24 de agosto de 2016. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/decreto/D8840.htm. Acesso
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