EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA
Nomes: Tutor
Ancha Rufino
Felismina Rosário
Irene Dauce
Sherina Olusegum
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 3
DEFINIÇÕES ................................................................................................................................. 4
OBJETIVO ..................................................................................................................................... 4
Geral ............................................................................................................................................ 4
Específicos .................................................................................................................................. 4
IMPORTÂNCIA ............................................................................................................................. 4
Notificação .................................................................................................................................. 6
Os critérios que devem ser aplicados no processo de seleção para notificação de doenças são..... 6
CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................... 14
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INTRODUÇÃO
O controle das doenças transmissíveis baseia-se em intervenções que, atuando sobre um ou mais
elos conhecidos da cadeia epidemiológica de transmissão, sejam capazes de vir a interrompê-la.
Entretanto, a interação do homem com o meio ambiente é muito complexa, envolvendo fatores
desconhecidos ou que podem ter se modificado no momento em que se desencadeia a ação. Assim
sendo, os métodos de intervenção tendem a ser aprimorados ou substituídos, na medida em que
novos conhecimentos são aportados, seja por descobertas científicas (terapêuticas,
fisiopatogênicas ou epidemiológicas), seja pela observação sistemática do comportamento dos
procedimentos de prevenção e controle estabelecidos. A evolução desses conhecimentos contribui,
também, para a modificação de conceitos e de formas organizacionais dos serviços de saúde, na
contínua busca do seu aprimoramento.
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DEFINIÇÕES
Epidemiologia é a ciência que estuda a distribuição e os determinantes dos problemas de saúde
(fenômenos e processos associados) em populações humanas, segundo definem Almeida e
Rouquayrol.
OBJETIVO
Geral
• Fornecer orientação técnica permanente para os profissionais de saúde. Eles que têm a
responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos,
tornando disponíveis.
Específicos
IMPORTÂNCIA
• ocorrência de agravos,
• fatores relacionados a sua ocorrência,
• medidas de controle,
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Dessa forma, é um instrumento fundamental no planejamento, estruturação e ações dos mais
diversos serviços de saúde. Para que isso seja possível, tem-se um trabalho contínuo focado na
coleta e análise de dados
É importante salientar que o fluxo, a periodicidade e o tipo de dado que interessa ao sistema de
vigilância estão relacionados às características de cada doença ou agravo.
Tipos de Dados
Os dados e informações que alimentam o Sistema de Vigilância Epidemiológica são os seguintes:
Dados Demográficos e Ambientais Permitem quantificar a população: número de habitantes e
características de sua distribuição, condições de saneamento, climáticas, ecológicas, habitacionais
e culturais. Dados de Morbidade Podem ser obtidos através de notificação de casos e surtos, de
produção de serviços ambulatoriais e hospitalares, de investigação epidemiológica, de busca ativa
de casos, de estudos amostrais e de inquéritos, entre outras formas. Dados de Mortalidade São
obtidos através das declarações de óbitos que são processadas pelo Sistema de Informações sobre
Mortalidade. Mesmo considerando o sub-registro, que é significativo em algumas regiões do país,
e a necessidade de um correto preenchimento das declarações, trata-se de um dado que assume
importância capital como indicador de saúde. Esse sistema está sendo descentralizado, objetivando
o uso imediato dos dados pelo nível local de saúde. Notificação de Surtos e Epidemias A detecção
precoce de surtos e epidemias ocorre quando o sistema de vigilância epidemiológica local está
bem estruturado com acompanhamento constante da situação geral de saúde e da ocorrência de
casos de cada doença e agravo sujeito à notificação. Essa prática possibilita a constatação de
qualquer indício de elevação do número de casos de uma patologia, ou a introdução de outras
doenças não incidentes no local, e, consequentemente, o diagnóstico de uma situação epidêmica
inicial para a adoção imediata das medidas de controle. Em geral, deve-se notificar esses fatos aos
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níveis superiores do sistema para que sejam alertadas as áreas vizinhas e/ou para solicitar
colaboração, quando necessário.
Fontes de Dados
A informação para a vigilância epidemiológica destina-se à tomada de decisões - INFORMAÇÃO
PARA AÇÃO. Este princípio deve reger as relações entre os responsáveis pela vigilância e as
diversas fontes que podem ser utilizadas para o fornecimento de dados. As principais são:
Notificação
Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à
autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de
medidas de intervenção pertinentes. notificação compulsória tem sido a principal fonte da
vigilância epidemiológica a partir da qual, na maioria das vezes, se desencadeia o processo
informação-decisão-ação.
Dada a natureza específica de cada doença ou agravo à saúde, a notificação deve seguir um
processo dinâmico, variável em função das mudanças no perfil epidemiológico, dos resultados
obtidos com as ações de controle e da disponibilidade de novos conhecimentos científicos e
tecnológicos. As normas de notificação devem adequar-se no tempo e no espaço, às características
de distribuição das doenças consideradas, ao conteúdo de informação requerido, aos critérios de
definição de casos, à periodicidade da transmissão dos dados, às modalidades de notificação
indicadas e a representatividade das fontes de notificação.
Os critérios que devem ser aplicados no processo de seleção para notificação de doenças são:
Magnitude - doenças com elevada frequência que afetam grandes contingentes populacionais, que
se traduzem pela incidência, prevalência, mortalidade, anos potenciais de vida perdidos.
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evento através da estigmatização dos doentes, medo, indignação quando incide em determinadas
classes sociais; e as que podem afetar o desenvolvimento, o que as caracteriza como de relevância
econômica devido a restrições comerciais, perdas de vidas, absenteísmo ao trabalho, custo de
diagnóstico e tratamento, etc.
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• O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de
casos, configurando-se o que se denomina notificação negativa, que funciona como um
indicador de eficiência do sistema de informações.
A equipe local de saúde deve planejar os aspectos operacionais do trabalho de campo. Em geral, é
importante prestar especial atenção a três tipos de requerimentos:
Aspectos logísticos. Deve ser estabelecida uma coordenação de campo que garanta os recursos
mínimos, organize as pessoas, distribua adequadamente as tarefas e supervisione a execução geral
do trabalho de campo.
Aspectos técnicos. É fundamental contar com informação técnica pertinente, incluindo os dados
de notificação, dados demográficos, mapas e cartografia mínima, modelos de questionários,
manual de normas e procedimentos vigentes, informação clínica e de laboratório relevantes e
assessoramento estatístico e epidemiológico.
Uma definição de caso é uma padronização de critérios empregada para decidir se cada indivíduo
suspeito de ter a doença objeto da investigação é classificado ou não como caso. Por isso, é
importante empregá-la sistemática e uniformemente para a busca de casos adicionais e a
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determinação da magnitude real do surto. Em geral, a definição operacional de caso leva em conta
uma série de condições de inclusão, exclusão ou restrição em relação aos três tipos de critérios a
seguir:
Critérios clínicos: que levam em consideração os sintomas e sinais da doença mais frequentemente
observados nos casos notificados; podem incluir a sequência com a qual se apresentam e a duração
média dos mesmos.
Se o surto já foi confirmado, a equipe local já está organizada e já foi estabelecida uma definição
operacional de caso, o próximo passo, é buscar os casos, o que representa literalmente o trabalho
de campo. A primeira medida para aumentar a identificação de casos é pôr em prática um sistema
de vigilância intensificada que possa incluir a conversão da vigilância passiva para vigilância ativa,
a ampliação da frequência e modo de notificação (normalmente diária e telefônica), a inclusão de
fichas de investigação de caso e contatos e outras ações imediatas.
Tempo O instrumento básico para caracterizar um surto no tempo é a curva epidêmica. Caracterizar
um surto no tempo envolve o estabelecimento da duração do surto, a definição da sua natureza e
estimar o período provável de exposição. A duração de um surto ou epidemia depende,
basicamente, dos seguintes fatores:
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• A intensidade de exposição da população suscetível.
• O período de incubação da doença.
• A efetividade das medidas de controle imediato.
Lugar (espaço)
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Pessoa
A caracterização do surto pela variável pessoa inclui a descrição da distribuição dos casos
conforme as características relevantes dos indivíduos. Tipicamente, esse passo envolve a
elaboração de uma tabela resumo da distribuição dos casos por sexo e faixa etária
• A informação médica geral sobre as doenças e danos à saúde (o “quê”) que poderia estar causando
o surto observado.
Essa informação deve ser sintetizada em hipóteses, ou seja, conjeturas plausíveis ou explicações
provisórias sobre três grandes aspectos:
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• A exposição associada a um maior ou menor risco de adoecer
Com os resultados dos estudos analíticos, torna-se necessário outro esforço de síntese. Toda a
evidência disponível deve ser revisada, incluindo a atualização da caracterização do surto no
tempo, lugar e pessoa, bem como a avaliação preliminar dos resultados da aplicação das medidas
de controle imediato adotadas
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CONCLUSÃO
A identificação dos fatores de risco, individuais e coletivos, que participam na ocorrência de
doença na população é a base para o desenvolvimento de intervenções voltadas para a promoção
da saúde e a prevenção e controle da doença. Em situações de alerta epidemiológico, as medidas
de controle devem ser implementadas de forma rápida e eficiente e devem estar dirigidas para
suprimir ou eliminar as fontes de infecção ou exposição, interromper a transmissão na população
e reduzir a suscetibilidade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Módulo de Princípios de Epidemiologia para o Controle de Enfermidades (MOPECE);
investigação epidemiológica de campo: aplicação ao estudo de surtos, Brasil
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