Polvo de Colada Microscopia Optica
Polvo de Colada Microscopia Optica
Polvo de Colada Microscopia Optica
Resumo
Os pós fluxantes consistem de uma mistura de minerais que em contato com o aço
líquido, devem fundir e gerar uma escória líquida com características específicas
para cada condição de lingotamento. Possuem, como base, o sistema CaO-SiO2-
Al2O3-Na2O-CaF2 e podem conter MgO, Li2O, K2O e B2O3. Este trabalho propõe
caracterizar os pós fluxantes comerciais baixo carbono e peritético através da
microscopia ótica de luz transmitida usando os mesmos procedimentos de descrição
de lâminas delgadas para rochas e minerais. Os resultados mostraram a formação
de grãos e fase cristalina bem definidas para o peritético e a fase amorfa para o
baixo carbono. Em trabalhos futuros esta técnica melhor desenvolvida poderá servir
para quantificar o nível de cristalinidade dos fluxantes com maior precisão.
Palavras-chave:Pós Fluxante; Lâmina Delgada; Lingotamento; Microscopia óptica.
Abstract
The casting powder consists of a mixture of minerals in contact with the liquid steel must
merge and produce a liquid slag with specific characteristics for each casting condition.
Feature based on the CaO-SiO2-Al2O3-Na2O-CaF2 system and may contain MgO, Li2O,
K2O, B2O3. This work aims to characterize the post commercial low carbon fluxes and
peritectic through the optical transmitted light microscopy using the same Description of
thin sections of procedures for rocks and minerals. The results showed the formation of
grains and well-defined crystalline phase to the amorphous phase and peritectic to low
carbon. In future work best developed this technique may serve to quantify the level of
crystallinity of the fluxes accurately.
Keywords: Flux powder; solid slag film; casting; optical microscopy.
1
Bolsista de Pós-Doutorado do Programa de mestrado em metalurgia e materiais do Instituto
Federal do Espírito Santo – IFES, Vitória – ES, Brasil.
2
Técnico Metalurgia, Técnico de laboratório/ metalurgia, Instituto Federal de Espírito Santo (IFES),
Vitória, ES, Brasil.
3
Engenheiros Metalurgistas e Mestrandos em Engenharia Metalúrgica e de Materiais do Programa
de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica e de Materiais, PROPEMM, Vitória, ES, Brasil.
4
Engenheiros Metalurgistas e Mestrandos em Engenharia Metalúrgica e de Materiais do Programa
de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica e de Materiais, PROPEMM, Vitória, ES, Brasil
5
Mestre em Engenharia de materiais Doutorando em engenharia de Materiais do Programa de
Pós-Graduação em Engenharia e Ciência dos Materiais. Campos dos Goytacazes, Rj, Brasil.
6
Especialista em preparação de lâminas delgada. Técnico do laboratório de caracterização daFaci-
Faculdade Cachoeiro de Itapemirim – ES, Brasil.
7
Engenheiro Metalúrgico, Prof. Dr. Professor do Programa de Mestrado em Engenharia
Metalúrgica e Materiais do Instituto Federal de Espírito Santo (IFES), Vitória, ES, Brasil.
* Contribuição técnica ao47º Seminário de Aciaria – Internacional, parte integrante da ABM Week,
realizada de26 a 30 de setembro de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 621
ISSN 1982-9345
1 INTRODUÇÃO
A luz emitida pelo microscópio é constituída por ondas que vibram em direções
aleatórias, mas com a adição de polarizador a luz se polariza em uma direção e
quando atravessa o mineral é repartida em duas direções perpendiculares entre si,
permitindo identificar minerais biaxial e uniaxiais. As cores observadas ao
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2 MATERIAIS E MÉTODOS
O presente estudo utilizou lâmina delgada para caracterização de dois pós fluxantes
comerciais, um deles utilizado para aços peritéticos e outro para aços baixo carbono,
cujas composições químicas estão apresentadas na Tabela 1. Os resultados foram
calculados por meio de balanço de massa a partir de análises obtidas por
espectroscopia por energia dispersiva (EDS). As análises foram feitas em um
equipamento da Marca Oxford acoplado a um microscópio eletrônico de varredura
(MEV) da Marca Zeiss Mod. Evo 10 pertencente ao Laboratório de Microscopia
Eletrônica de Varredura do IFES, campus Vitória. As composições obtidas
provavelmente possuem erros que podem variar de 5% a 20% especialmente para
elementos em menor concentração e mais leves. No entanto, as análises mostram
concentrações que estão de acordo com o esperado, pois menores concentrações
de F e de CaO foram identificadas para o fluxante baixo carbono.
Tabela 1. Composição química dos fluxantes comerciais peritético e baixo carbono obtidas via
balanço de massa a partir dos resultados de EDS.
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Lixamento
Primerio as faces das amostras foram lixadas em politrizes, com auxílio de pasta de
abrasivo e água, até ficarem completamente planas. Foi utilizado abrasivos de
carbeto de silício na granulometria de 180 e 320 mesh, nivelando a base para ser
colada na lâmina. Usando-se resina epóxi uniu-se a escória de fluxante fundido à
uma lâmina de vidro. Durante a cologem deve-se fazer fricções laterais para eliminar
todas as bolhas de ar retidas entre escoria/lâmina. Para uma colagem perfeita, as
lâminas devem estar livres de impurezas e vestígios de gordura [12,13]. A Figura 2
mostra o aspecto macroscópico obtido para ambas as amostras. As amostras foram
cortadas/desbastadas com auxílio de uma máquina da marca Polipan-2 Pantec
220v, do IFES, campus Vitória [12,13].
Figura 2. Amostras planificadas e coladas na lâmina, (a) fluxanteperitético e (b) fluxante baixo
carbono.
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Corte e Desbaste
Polimento
O polimento final teve como objetivo a diminuição da espessura das amostras até
aproximadamente 100 micra através do uso de abrasivos de carbeto de silício,
preparados sob a forma de pasta, de números 180, 320, 600 e 1700 mesh. O
polimento final foi feito usando-se abrasivos de carbeto de silício de 3000 mesh,
onde atingiu-se uma espessura de aproximadamente 0,03 mm. A verificação da
espessura e do paralelismo da amostra na lâmina foi feita com microscópio
petrográfico, seguindo a referência da birrefringência máxima dos minerais cuja
espessura correspondente encontra-se na Figura 1 [12,13]. Os polimentos foram
realizados em uma máquina da marca Polipan-2 Pantec 220V, do IFES, campus
Vitória.
As lâminas delgadas e polidas foram analisadas no microscópio petrográfico de luz
transmitida, Leica DM750P pertencente ao IFES, campus Vitória, para análise das
propriedades ópticas. Foi utilizado recursos como a polarização, rotação da platina,
compensador de 1λ e captura das imagens com ajuda do software Laz EZ.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Na Figura 5 podemos ver que as secções polidas do fluxante peritérico com nicois
cruzados. Em análise mais detalhada presume-se que os mineralóides formados são
de 4ª ordem com birrefringência extrema de 0,17, relevo baixo, uniaxial negativo
[14,16]. Quando foi acrescentado o compensador, as cores passaram de pleocróicas
para cores extremas de 2ª ordem, características típicas da calcita (CaCO3) [15,16].
Pôde-se confirmar a formação da calcita ao se adicionar ácido clorídrico 25% sobre
a escória, onde notou-se a “fervura” do material, efeito que caracteriza a liberação
do carbono para a atmosfera, característica típica dos carbonatos.
Figura 5. Escoria em lâmina delgada usando nicois cruzados e compensador de 1λ. Em destaque os
mineralóides de Calcita.
Outro fator importante é o elevado teor de CaO e SiO2, que foi mostrado na Tabela
1. Estes elementos são a base para a formação da Cuspidina (Ca4Si2O7F), mineral
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do grupo dos sorosilicatos. Este composto não foi identificado no microscópio, mas
sabe-se da sua existência já que o mesmo foi identificado através da análise por
difração de Raios-X conforme pode ser visto na Figura 6 (a). Por fim, sabe-se que os
fluxantes peritéticos devem possuir uma maior tendência a formar fases cristalinas
quando comparado com fluxantes baixo carbono [1,7]. A figura 6 (b) mostra há
formação de fases cristalinas no fluxante baixo carbono, mas estas fases formadas
estão em menor quantidade e intensidade, portanto, não foi possível visualizar no
microscópio, figura 3 (a).
Desta forma, a presente técnica aqui apresentada pode ser uma alternativa para
fazer estudos comparativos com composições químicas variadas. Este tipo de
análise pode viabilizar um estudo quantitativo de fases presentes e estas podem ser
correlacionadas com as propriedades físicas do fluxantes em campo permitindo
assim o desenvolvimento de composições que favoreçam um determinado tipo de
aplicação específica.
Figura 6. Análises de Raio-x após aquecimento do (a) Fluxante baixo carbono comercial, (b) Fluxante
peritético.
4 CONCLUSÃO
Agradecimentos
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realizada de26 a 30 de setembro de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 627
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* Contribuição técnica ao47º Seminário de Aciaria – Internacional, parte integrante da ABM Week,
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