Sequência Didáticas - Colabore e Inove

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m at e r ia l d o p r of e ssor

S E Q U Ê NCI A S D I D Á TI CAS

DISCIPLINA
COLABORE
E INOVE
Governador
JOÃO AZEVÊDO LINS FILHO

Vice-Governadora
ANA LÍGIA COSTA FELICIANO

Secretário de Estado da Educação, da Ciência e da Tecnologia


CLÁUDIO FURTADO

Secretário Executivo de Gestão Pedagógica


GABRIEL DOS SANTOS SOUZA GOMES

Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq)


ROBERTO GERMANO COSTA

Coordenadora de Educação Integral


AUDILÉIA GONÇALO DA SILVA

Diretora de Operações Comerciais da Universidade de Ciências Aplicadas de Tampere (TAMK)


CARITA PROKKI

Autores
ALÉSSIO TRINDADE DE BARROS
LUIZA IOLANDA PEGADO CORTEZ DE OLIVEIRA
GIOVÂNIA DE ANDRADE LACERDA LIRA
FHELIPY ARRUDA ROCHA

Capa, Projeto Gráfico e Diagramação


FHELIPY ARRUDA ROCHA

Sequência Didática 12, fevereiro de 2020


OLÁ, EDUCADOR(A)

O
material que você encontrará a das aos temas Inovação e Criatividade. Estes te-
seguir constitui-se em uma orien- mas devem ser abordados como “conceitos ân-
tação que servirá de guia para os coras”, que permeiam a disciplina no decorrer
primeiros encontros da disciplina do ano letivo e que irão fazer parte do debate de
Colabore e Inove (Ci9). Entendemos uma maneira difusa, estando sempre presente
que os primeiros meses de ativi- no desenvolvimento dos projetos que irão nas-
dades será um período de familia- cer ao longo do ano.
rização, para docentes e discentes, do que a
disciplina oferta. É importante que esse perío- Em seguida, você irá construir com os estu-
do seja construído com paciência, disposição, dantes o Contrato de Aprendizagem (Learning
criatividade e mente aberta ao novo. Contract), ação que orientamos para quatro au-
las. Os dois temas iniciais trabalhados referem-
No primeiro semestre da disciplina, propuse- -se ao entendimento de si e ao gerenciamento
mos no plano a imersão nas chamadas meto- de sua própria aprendizagem. Esse primeiro
dologias ativas da educação. A ideia é que o(a) caminho será importante para elaborar uma
estudante possa, paulatinamente, vivenciar sequência de compreensão do seu próprio co-
uma mudança de postura em relação ao geren- nhecimento: primeiramente, o(a) estudante dá
ciamento do seu conhecimento. Ao adquirir os primeiros passos para o entendimento de si
confiança e desenvolver autonomia, ele(a) po- e o que é importante para sua aprendizagem.
derá ter uma aprendizagem mais cheia de sig- Ao longo do ano, ele(a) irá caminhar para o en-
nificados e mais próxima da sua vida. tendimento do que é trabalho colaborativo por
meio de times e como elaborar uma perspectiva
Se há uma mudança do papel do(a) estudante, de conhecimento compartilhado em equipes.
também se faz necessário que haja uma mu-
dança do papel do(a) professor(a). É essencial Importante ressaltar que, na medida em que as
que você, educador(a), visualize que sua atua- formações para professores forem acontecen-
ção será diversa: na disciplina Colabore e Ino- do, novas sequências serão compartilhadas. No
ve, você atuará como um mentor, ou seja, um(a) final deste material, há um glossário com uma
guia, um(a) orientador(a) que não dará respos- breve explicação de alguns termos e expressões
tas prontas, mas irá ajudar os(as) estudantes usadas ao longo do texto. Em cada tema traba-
no processo de ensino e aprendizagem. Você lhado, vocês encontrarão, além do conteúdo e
terá mais informações sobre a performance dos objetivos, conexões com outras disciplinas
do(a) educador(a) mentor durante as forma- da base propedêutica e da parte diversificada,
ções, nos materiais de apoio e nas sequências assim como habilidades exigidas por Língua
didáticas. Portuguesa e Matemática.

As quatro primeiras aulas deverão ser dedica- E a razão é simples: a disciplina Colabore e Ino-
ve nasceu a partir de uma aula de Matemática conteúdos e estimular competências no corpo
e uma de Língua Portuguesa, para as turmas discente.
das 1ª séries, que foram cedidas para a parte
diversificada do currículo. Desse modo, o in- A seguir, você poderá ter uma visão macro do
tuito é que essa cessão não represente uma conteúdo abordado ao longo do ano de 2020,
perda, mas uma nova maneira de trabalhar correspondente a 201 dias letivos.

1º parte 2º parte

Construção de um ambiente colaborativo & Inovação aplicada: a Agenda 2030 em projetos


Aprendizagem centrada no estudante empreendedores

A MAIOR VIAGEM É A INTERIOR TEMA 6: Educação Empreendedora e


“Conhece-te a ti mesmo” Arquiteturas Pedagógicas
(Atribuída a Sócrates) TEMA 7: Conceitos Básicos de Educação
Financeira Aplicados a Projetos
TEMA 1: Inovação e criatividade: alguns TEMA 8: Construindo um Ecossistema de
conceitos iniciais para ancorar a Impacto Social
disciplina
TEMA 2: Contrato de Aprendizagem A proposta do conteúdo curricular da Colabore
- Learning Contract e Inove foi pensado cuidadosamente a partir de
estudos realizados entre a Paraíba e a Finlân-
“É DOS SONHOS QUE NASCE A INTELIGÊNCIA” dia, por intermédio da Secretaria de Estado da
(Rubem Alves) Educação, da Ciência e da Tecnologia (SEECT),
da Comissão Executiva de Educação Integral
TEMA 3: Aprendizagem baseada em equi- (CEEI) e da Universidade de Ciências Aplicadas
pes - TBL (Team-Based Learning) de Tampere (TAMK), na Finlândia .
TEMA 4: Aprendizagem centrada em pro-
blemas- PBL (Problem Based Learning) O objetivo principal é que possamos desenvol-
TEMA 5: Aprendizagem por projetos ver uma cultura empreendedora nas escolas
- PrBL (Project Based Learning) cidadãs integrais, com contribuições significa-
tivas ao autogerenciamento da aprendizagem e
As três metodologias descritas acima (TBL, PBL estímulo às competências do século XXI (pen-
e PrBL) fazem parte do conjunto denominado samento crítico, comunicação, criatividade,
de Metodologias Ativas da Educação. O Design colaboração, resolução de conflitos e adapta-
Thinking será uma abordagem metodológica bilidade). Pretendemos que nossos estudantes
que se encontrará nessas três metodologias, tenham preparo e qualificação para o desenvol-
sendo usado durante todo o ano, sobretudo no vimento de atividades cotidianas da vida, pes-
primeiro semestre. soais e profissionais, e que possam conhecer e
se integrar ao mundo do trabalho.
Importante ressaltar que, ao longo do primeiro
semestre, os(as) estudantes vivenciarão prá- Assim, fazemos o convite para que você, profes-
ticas de linguagem em diferentes mídias (im- sor(a), embarque nessa viagem rumo ao conhe-
pressa, digital e analógica) situadas em campos cimento, em prol do nosso grande tesouro:
de atuação social diversos, vinculadas a práti-
cas cidadãs de compreensão e intervenção nos
Uma educação
espaços comunitários, como orienta a Base Na- autêntica e
cional Comum Curricular (BNCC). transformadora.

6
L u i z a I o l a n d a P. C o r t e z d e O l i v e i r a
Giovânia de Andrade Lacerda Lira
INOVAÇÃO E
CRIATIVIDADE
tema 1

CONTEÚDO

Conceitos iniciais de criatividade e inovação.

OBJETIVO

Aproximar os conceitos de criatividade e inova-


ção dos estudantes, por meio de metodologias
ativas de aprendizagem.

CONEXÕES

Estudo Orientado; Filosofia; Sociologia; Língua


Portuguesa; Arte.

O futuro já está aqui. Só HABILIDADES IDEPB

não está uniformemente Matriz de referência de Língua Portuguesa

distribuído. I - Práticas de Leitura


-William Gibson D07: Inferir informação em um texto
D08: Inferir o sentido de palavra ou
expressão a partir do contexto
D10: Distinguir fato de uma opinião
D11: Interpretar textos não verbais e
textos que articulam elementos verbais
e não verbais

III - Relações entre textos


D14: Reconhecer semelhanças e/ou

“If innovation is the big diferenças de ideias e opiniões na


comparação entre textos que tratem
answer you seek, what is the da mesma temática

question that you’re trying to VI - Variação Linguística


solve for?” D26: Identificar as marcas linguísticas que
evidenciam o locutor e/ou o interlocutor.
(Se inovação é a grande res-
posta que você procura, qual a PÚBLICO
questão que você está tentan-
1ª série do Ensino Médio das Escolas
do resolver?”) Cidadãs Integrais.

10
tema 1

DURAÇÃO

2 aulas geminadas semanais (100 min/50 min


cada uma). Para este encontro, recomenda-
mos que a atividade seja realizada em duas
semanas, totalizando 4 aulas geminadas, sen-
do 2 por semana.

ADAPTAÇÃO DO PROFESSOR
COM O TEMA

Joi Ito, diretor do MIT Media Lab, traz em seu chados de laboratórios ou universo acadêmi-
livro “Disrupção e Inovação: como sobreviver co. Do exercício radical de colaboração entre
ao futuro incerto” uma fala bastante interes- estudantes, professores e trabalhadores do
sante de Randy Rettberg, ex-cientista do MIT: mercado produtivo podem nascer soluções
“Houve um tempo em que a ciência avançava para os mais variados problemas que afligem
trancando pequenas equipes de pesquisado- nosso cotidiano.
res em seus laboratórios até que produzissem
um mínimo de avanço. A ciência não funcio- Tudo começa com uma ideia. Criatividade é
nará dessa forma no futuro [...]” (RETTBERG uma habilidade humana universal para ge-
apud ITO; HOWE, 2018, p.35) rar novas ideias, habilidade esta que pode ser
influenciada por condições socioculturais e
O futuro, apesar da sua incerteza, não se cons- econômicas. O processo de gerar novas ideias
titui em algo desvinculado do momento atual. pode ter um caráter romântico, mas nem sem-
Ele é fruto das ações intrincadas entre o pas- pre útil ou prático. Inovação, por sua vez, é um
sado e o presente. Assim, entender a enxur- conceito mais amplo. Refere-se a todo proces-
rada de informações, novidades, tecnologia so pelo qual ideias são geradas, desenvolvi-
e inovações que nos cercam pode soar como das e convertidas em valor. Inovação, então,
tarefa difícil - e é -, mas nos ajudam a nos situ- seria o conceito “guarda-chuva””, que se asso-
armos no que vem a ser o futuro. Partindo da cia à criatividade. Ela é necessária para gerar
citação de Rettberg, nós já vivenciamos uma novas ideias, mas é importante perceber que
expectativa de futuro que traz inúmeras mu- para que uma ideia criativa atinja seu poten-
danças. cial, é necessário que seja exequível e esteja
vinculada a habilidades empreendedoras.
Vivenciamos, nos períodos mais recentes,
duas revoluções: uma na tecnologia e outra Retomando a epígrafe sobre inovação, pode-
nas comunicações; estas se juntaram, desen- mos afirmar que inovação é sempre a respos-
cadeando uma força explosiva que mudou a ta para uma questão e, como tal, precisa ter um
própria natureza da inovação, realocando-a propósito. Assim, é necessário que haja ques-
do que era percebido como centro (governos tões significativas que guiem o processo inova-
e grandes corporações) para a “periferia” (es- tivo, encorajando-o em um caminho eficaz.
colas, grupos de jovens estudantes, jovens da
geração Z). Desse modo, ideias e projetos ino- Estudantes, em geral, podem associar criati-
vadores não estão mais restritos a espaços fe- vidade a uma série de pré-concepções, desde
tema 1

que é inata a algumas pessoas ou a algo que enquanto tomamos banho ou sonhamos acor-
surge como um fenômeno externo e inde- dados.
pendente da vontade, como uma lâmpada lu-
minosa que aparece de maneira aleatória. Na Claro, isso não significa que toda ideia será
verdade, a experiência mostra que criativida- de grande valor, mas essa perspectiva não
de é uma habilidade que pode ser aperfeiçoa- desmerece ou desencoraja o processo criati-
da, na medida em que é desenvolvida e prati- vo. É importante corrigir a percepção de que
cada. Ela integra uma série de competências apenas algumas pessoas são criativas, assim
que podem ser direcionadas para a consecu- como também é necessário distinguir as no-
ção de um objetivo, operando em diversos ní- ções de criatividade e talento. Todas as pesso-
veis: as são criativas, porém nem todas são extre-
mamente talentosas, como Leonardo da Vinci
• individual; ou os Beatles (e não há problema ou defeito
• interpessoal,ou seja, que ocorre entre nisso).
pessoas, a exemplo da dinâmica entre
equipes (teams) e organizações; Desse modo, você, docente, tem em mãos um
• e na sociedade como um todo. material que irá ajudá-lo(a) no processo de
estimular a criatividade do estudante, de ma-
Um dos pontos mais delicados e comuns diz neira orientada e colaborativa, a fim de parti-
respeito ao fato de muitos estudantes não se cipar de um processo de inovação na maneira
considerarem criativos. A boa notícia é: todos de pensar, estudar, criar e/ou viver.
os seres humanos são criativos. Nós estamos
constantemente gerando novas ideias na for- A criatividade realmente ganha vida quando
ma de brainstormings ou insights, pensamen- serve a um propósito e, ao fazê-lo, torna-se
tos aleatórios que surgem em nossas cabeças verdadeiramente transformadora.

SUGESTÕES DE VÍDEOS PARA


ESTUDO DO(A) PROFESSOR(A)
Documentário: Como o Cérebro Cria
Disponível em: Netflix

Em Como o Cérebro Cria (The Creative Brain, documentário,


52 minutos, Netflix, 2018), o neurocientista David Eagleman
leva o público a uma jornada para encontrar profissionais
talentosos de todo o espectro criativo, desvendar o processos
de criação e encorajar, todos nós, a sermos mais criativos e
utilizarmos esse potencial em nossas ações.

12
tema 1

DESENVOLVIMENTO
DAS ATIVIDADES
As próximas atividades visam Identificar os conceitos prévios sobre criatividade e inovação dos estu-
dantes e estimulá-los, por meio de warm-ups (aquecimentos) e atividades que provoquem novas ideias.

ATIVIDADE 01 4 COISAS EM COMUM


Duração: 2 AULAS - 1 SEMANA

A primeira atividade implementada A turma deve ser dividida em pares, de preferência en-
deve ser um quebra-gelo, a fim de
tre estudantes que ainda não se conhecem. Cada dupla
estimular o diálogo entre os estu-
deve conversar e encontrar quatro coisas que tenham
dantes, a criatividade e um espaço
favorável à imaginação.
em comum. As coisas em comum não devem ser as-
pectos óbvios, tais como “nós duas somos mulheres”.
Antes de se aprofundar em um traba- Estipule 5 minutos de diálogo e peça que cada dupla
lho e começar um processo criativo, se apresente e fale o que descobriram de afinidade en-
é de extrema importância criar uma tre si. O propósito dessa dinâmica é facilitar a comuni-
aAtmosfera relaxante e leve. Uma
cação e a possibilidade de identificação, em um nível
pequena brincadeira, a resolução
mais alto, entre duas pessoas. É uma dinâmica muito
de um problema, antes de come-
çar a aula, pode ajudar os alunos a interessante para ser utilizada em grupo que está se
esquecer tarefas anteriores e outros conhecendo, situação bastante comum para estudan-
trabalhos que tragam distrações. tes da 1ª série do Ensino Médio.
podem incluir: jogos, resolução de
problemas, vídeos, jogos mentais,
Regras importantes a serem seguidas:
tarefas em grupo, ou qualquer outra
coisa divertida, que faça todos os
participantes interagirem entre si.
• Criar uma atmosfera relaxante;
• Abrir discussões
• Fazer a apresentação entre os participantes;
• Certificar-se que todos participarão;
• Pensar em diferentes maneiras de deixar os
alunos relaxados e sempre compartilhe algo novo.

Após a atividade, realizem uma sondagem para saber quais são as expectativas dos estudantes em rela-
ção à Colabore e Inove. Registre, anote e reflita sobre como as observações pontuadas pelos estudantes
poderá ajudá-lo(a) no planejamento do componente. Em seguida, passe para a próxima atividade.

SE VIRA NOS 3!

Organização da turma: Aconselha-se que a O docente, após dividir a turma em pequenos


sala esteja disposta em ilhas de aprendizagem grupos, deve disponibilizar, para cada um, três
de até 6 alunos e que o professor mentor seja objetos ( 1 régua, 1 folha de papel A4 e 1 clipe de
um guia, um referencial. Importante procurar, papel). Cada grupo terá que criar um novo obje-
ao máximo, não dar respostas prontas. to utilizando apenas esses três itens. O tempo
tema 1

para essa criação deverá ser de 6 minutos (pro- sendo exibido em um comercial de Tv. O grupo
fessor, cronometre o tempo e, assim que finali- pode definir um nome para o produto, o preço e
zar, peça que todos levantem as mãos). os benefícios.

ATENÇÃO!! O propósito dessa técnica é enxergar coisas


Os estudantes não devem usar caneta, lápis, convencionais e autoexplicativas de uma ou-
tesoura e nenhuma outra ferramenta. Apenas tra perspectiva, e assim quebrar associações
as 3 indicadas para a atividade! mentais convencionais, que podem ficar no
caminho de criar novas ideias. Também pode
Depois, cada grupo fará um pitch (pequena ser um momento divertido, para praticar habi-
apresentação de 2 minutos cronometrados) lidades de vendas, oferecendo seu produto aos
para vender o seu produto como se estivesse outros colegas.

ATIVIDADE 02 MÃOS NA MASSA!


Duração: 2 AULAS - 1 SEMANA

Nessa atividade, você, professor(a), Agora que você, professor(a), já se familiarizou com o
irá guiar uma atividade de brains-
“esqueleto” do Brainstorming, vamos partir para uma
torming com a turma. Os estudantes
atividade prática que deverá ser realizada com os
já vivenciaram uma prévia desse
processo de estímulo com a chuva
estudantes.
de ideias na aula anterior. Agora, o
propósito é utilizar essa técnica para O exercício é o seguinte: peça que os estudantes
provocá-los a pensar sobre os proble- rememorem o caminho de casa para a escola, e
mas locais. anotem 7 coisas que eles observaram como um
possível problema. Pode ser pessoas andando em uma
calçada quebrada, uma placa ao contrário, um rasgo
na cadeira da frente do ônibus. Importante realizar
uma lista individual a partir dessas observações.

OBS: Professor(a), é possível também fazer essa


atividade a partir de observações realizadas na
própria escola. Durante a aula, leve os estudantes para
dar uma volta na escola, durante 05 minutos, e peça
para que observem atentamente o espaço escolar.

Individualmente, os estudantes devem fazer


anotações sobre os 7 potenciais problemas
encontrados, seja no caminho de casa para a escola
ou seja na própria escola. Estipule, no máximo, 10
minutos para a tarefa.

Pode parecer banal, mas esse exercício dá margem a infinitos pensamentos e conexões acerca de proble-
mas simples, mas que podem ser usadas para problemas complexos também. Agora, o ponto que pode ser
o mais difícil: oriente os estudantes a criarem PELO MENOS UMA conexão entre os 7 fatos! Essa conexão
poderá ser feita na forma de um infográfico ou mapa mental.

14
tema 1

Daí, deve sair uma resposta que possa atender Estipule o tempo que precisa investir nesse
a todos eles, ou pelo menos 3 deles. Esses pro- momento (em torno de 6 minutos). Após os es-
cedimentos servem para aguçar a criatividade tudantes terem feito a conexão dos fatos, suge-
dos estudantes, servindo como um aquecimen- rimos a divisão das próximas atividades em 3
to para a sessão de BRAINSTORMING. etapas.

01 Na primeira, a pessoa que conduzirá


a sessão - você, professor(a) - pode se 03 do brainstormer (você, professor
que está guiando a atividade) e dos
apresentar e pedir para que todos se apresen- stormers (pessoas que estão vivenciando
tem (isso no caso de haver pessoa desconhe- o processo do brainstorming. Nesse caso,
cidas umas para as outras), mas deve ser jogo são os estudantes). Vocês irão explici-
rápido. tar as ideias, para debaterem entre si. Em
paralelo e se possível, é bom que algum

02 Depois, os estudantes devem apresentar


os resultados e as conexões que encon-
membro do grupo possa fazer anotações
das ideias, conexões surgidas ou aspectos
traram para o exercício das 7 coisas. Isso pode relevantes da sessão.
levar um tempinho, mas é uma forma excelente
de ver como cada um pensa e quais são as dife-
rentes conclusões a que podem ter chegado.
A terceira etapa destina-se à livre expressão
Um pouco
mais sobre
aBrainstorming
técnica do
16
tema 1

O que é Brainstorming?

O significado literal de Brainstorm é “tempesta- Brainstorming não deve ser realizado como
de de ideias”, que remete a uma técnica de dei- um bate-papo, no qual as ideias simplesmente
xar fluir pensamentos sem julgamentos entre podem “cair do céu”. É importante ter um am-
uma equipe. Essa técnica foi criada em 1942 e biente propício para que as contribuições dos
pode ser utilizada em diversos ambientes e si- participantes aconteçam, sendo melhor exe-
tuações, com o objetivo de criar novas maneiras cutado quando há um roteiro mediado pelo
de enxergar novas definições, além de explorar mentor/brainstormer (no caso, o/a professor/a
a iniciativa dos participantes para o surgimento responsável). Dessa forma, um Brainstorming
de novas ideias. bem construído é uma técnica útil em agregar
conhecimento para os participantes e auxiliar
Ao contrário do que se costuma pensar, o na aprendizagem.

O BRAINSTORMING
(passo a passo)

1. Defina o problema. 4. Geração de Ideias

Emoldure (por escrito) em um local onde a. Estabeleça o tempo máximo de duração


todos possam ver. da sessão de geração de ideias;
b. Anote as ideias exatamente como foram
2. Reúna um Grupo. faladas. Não as interprete;
c. Todas as ideias apresentadas serão ouvi-
Utilize de preferência a reunião no forma- das por todos;
to de um círculo em que todos possam se d. Apenas uma ideia é apresentada por vez,
ver, explique o problema e então as regras deixe o processo organizado.
do brainstorming a serem seguidas.
5. Conclusão do Processo
3. Sigam as Regras (importante!)
a. Esclareça o significado de todas as ideias;
CRÍTICAS SÃO REJEITADAS! b. Descarte as ideias não úteis;
Não há discussão sobre nenhuma ideia c. Agrupe as ideias em categorias;
apresentada, qualquer uma será aceita. d. Elimine duplicatas de ideias;
e. Transforme as similares em uma única
CRIATIVIDADE É ESSENCIAL! ideia;
Por mais louca que seja a ideia, fale ou a f. Enfim, selecione as melhores ideias/
encoraje. soluções.

QUANTIDADE IMPORTA!
Solte o máximo de ideias que vier na sua
cabeça. No processo do brainstorming,
quantidade pode gerar qualidade.

COMBINAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO
SÃO NECESSÁRIOS!
Utilize das ideias apresentadas pelos
colegas, mude, melhore e crie a sua.
REFE
RÊN
CIAS

CARVALHO, Henrique. Como estimular sua criatividade em apenas alguns segundos. https://
www.youtube.com/watch?v=KvTIr1LG4SE> Acesso em: 02 jan 2019.

CIARLINI, Juliana Raposo. Brainfood, dude: manual criativo e ilustrado de brainstorming para
comunicadores organizacionais. 2014. ix, 36 f., il. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em
Comunicação Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014. Disponível em: <http://bdm.unb.br/
handle/10483/9843> Acesso em: 02 jan. 2019.

EDGE makers studio. Introduction to creativity & innovation. Disponível em: <https://www.edge-
makersstudio.com/courses/2> Acesso em: 10 dez. 2018.

ITO, Joi; HOWE, Jeff. Disrupção e inovação: como sobreviver ao futuro incerto. Trad. Carlos
Bacci. Rio de Janeiro: Alta Books, 2018.

KEITA, Ricardo. Brainstorming em 5 passos: crie um ambiente favorável para o desenvolvimento


de ideias, utilize-o como uma dinâmica de grupo e explore o potencial criativo de cada um para en-
contrar soluções inovadoras. Disponível em:< http://www.institutoeu.org/brainstorming> Acesso em:
02 jan.2019.

RELANDER, Janita; HAAPANIEMI, Maria. Ideaguide 2. 2nd edition Tampere: Idema, 2017.

18
A APRENDIZAGEM
COMEÇA QUANDO AS
PESSOAS INVESTEM NO
SEU AUTOCONHECIMENTO.”
- Heikki Toivanen
tema 2

CONTEÚDO

Elaboração do contrato de aprendizagem,


reflexão sobre si.

OBJETIVO

Promover um ambiente de reflexão, no qual os


alunos serão estimulados a avançar em direção
aos seus alvos e propósitos;

Empoderar os alunos por meio de uma visuali-


zação clara desses objetivos.

Conheça seus menores CONEXÕES

problemas, suas maiores Projeto de vida; Língua Portuguesa; Filosofia;


Arte; História.
questões. Aquilo que é
desde o mais superficial HABILIDADES IDEPB
até o mais profundo.
Matriz de referência de Língua Portuguesa
-Musashi
IV - Coesão e Coerência
D16: Estabelecer relação de causa e
consequência entre partes de um texto.
D17: Estabelecer relações lógico-
discursivas entre partes de um texto,
marcadas por locuções adverbiais ou
advérbios.
D18: Reconhecer relações entre partes
de um texto, identificando os recursos
coesivos que contribuem para sua
continuidade (substituições e repetições).
D19: Identificar a tese de um texto.

PÚBLICO

1ª série do Ensino Médio das Escolas Cida-


dãs Integrais.

20
tema 2

DURAÇÃO

2 aulas geminadas semanais (100 min/50 min


cada uma). Para este encontro, recomenda-
mos que a atividade seja realizada em duas
semanas, totalizando 4 aulas geminadas, sen-
do 2 por semana.

ADAPTAÇÃO DO PROFESSOR
COM O TEMA
“A aprendizagem começa quando as pessoas encadeamento de trabalho, torna-se mais
investem no seu autoconhecimento” é uma perceptível ao estudante tecer fios de
apresenta uma transversalidade muito condução dos seus sonhos, mediante o
forte com o projeto de vida, especificamente fluxo da sociedade contemporânea. Assim,
com a Temática 1 - Identidade. Esse leque objetivamos uma abordagem que leva em
de encontros propõe ao estudante da consideração os sonhos e possibilita caminhos
primeira série refletir sobre sua identidade, para a realidade, visando a satisfação e a
no sentido de estimulá-lo a construir um realização pessoal.
ambiente reflexivo e que seja propício para o
desenvolvimento do autoconhecimento. Isto O que é o contrato de Aprendizagem?
é, um conhecimento de si próprio de forma
otimista e, sobretudo, realista. Isto significa Segundo Heikki Toivanen (2018), a atitude
que o sonho necessita ser transformado em para aprender e se desenvolver é um fator
projeto de vida, para que não se torna uma determinado pelo próprio ser humano. Essa
utopia ou apenas mais uma ideia, mas que não atitude inclusive é desenvolvida durante toda a
se encaminha para uma efetivação. vida. Os seres humanos devem encontrar o seu
próprio “estilo” e “estratégia” de aprendizagem.
Desta forma, o contrato de aprendizagem - Para isso é básico o autoconhecimento, para
assim como o Projeto de Vida -, pretendem que esse gerenciamento de pensamento,
despertar no estudante de ensino médio uma aprendizagem e desenvolvimento seja
visão pessoal de mundo, na qual seja possível otimizado e possibilite a consecução dos alvos
caminhar com autonomia e reconhecer sua e propósitos almejados.
própria personalidade. Isso não significa criar Então, aceitar quem somos e desenvolver-
uma visão pejorativa ou depreciativa das se é o cerne do contrato de aprendizagem.
gerações anteriores, ou das profissões não É importante que se deve considerar que
reconhecidas na atualidade, mas perceber o autoconhecimento significa “mergulhar
que em cada época há perguntas, valores e fundo” em si, em um processo contínuo. Para
costumes que têm sua importância e a sua que se atinja esse nível de domínio próprio,
peculiaridade no seu tempo, sendo necessário faz-se necessário um exercício de disciplina
ponderar sempre. contínuo de aprofundamento da sua visão
pessoal. O intuito é aprender como focar
Nessa perspectiva que se propõe o energia no que se quer conquistar.
tema 2

Questões abordadas no contrato de


aprendizagem

Quando se escreve sobre a própria história,


a ideia é realmente conhecer a si mesmo de
maneira genuína, se analisar e se compreender.
É necessário entender como o seu passado foi
valioso. Que, embora se carregue algumas cica-
trizes, foram elas que o deixaram mais forte. É
importante entender-se como uma obra de arte
em desenvolvimento contínuo.

O objetivo do contrato de aprendizagem é se


abrir para possibilidades de desenvolvimento
individual. Portanto, pedir ajuda aos colegas,
familiares e pessoas próximas é importante. É
preciso pensar com cuidado sobre qual é o seu
sonho e o que fazer para atingi-lo.

Estimule aos alunos a usar algumas técnicas


como:

• Fazer anotações;
• Reproduzir o contrato em algum lugar
visível diariamente;
• Achar alguém que esteja próximo do so-
nho do(a) estudante, talvez entrevistá-lo,
mas construir seu próprio caminho para
esse sonho, baseado em si mesmo;
• O aluno pode ser estimulado a fazer dese-
nhos, colagens, histórias em quadrinhos.
O objetivo é estimular a criatividade do
aluno, mas tendo atenção para que o mes-
mo não fuja das perguntas norteadoras.

22
tema 2

DESENVOLVIMENTO
DAS ATIVIDADES
As atividades desse tema girarão em torno Para as atividades seguintes, você irá pre-
da elaboração do contrato de aprendizagem cisar de:
e de estimuladores da criatividade. Além
disso, serão sugeridos vídeos de apoio para • Computador, data-show e caixa de som
os estudantes. para a exibição do curta;
• Cartolina (1 por grupo);
ORGANIZAÇÃO DA TURMA: • Canetas coloridas;
• Post-it´s ou papéis cortados em pedaços
Aconselha-se que a sala esteja disposta em de tamanho médio (¼ de uma folha de pa-
círculo (roda de conversa) e que o professor pel tamanho A3), com fita adesiva colada
(mentor) seja também participante, no in- na parte de trás.
tuito de introduzir o conceito de uma Edu-
cação Horizontalizada.

ATIVIDADE 01
Duração: 2 AULAS - 1 SEMANA

WARM-UP Divida os estudantes em grupos (máximo de 6 pessoas


(Dinâmica inicial de por grupo) e exiba o vídeo sugerido a seguir:
estímulo à criatividade)
Vídeo sugerido para apresentação:
A VACA: Um dia, você acorda com
uma vaca ao lado da sua cama. Você Alike, Curta-metragem
tem 24 horas para ganhar o máximo
de dinheiro possível com ela. O que
disponível no link:
você faria? Os estudantes terão 3 mi-
nutos cronometrados para escrever,
https://www.youtube.com/watch?v=kQjtK32mGJQ
individualmente, todas as ideias que Direção:
surgirem. Quando o tempo acabar, Daniel Martínez Lara & Rafa Cano Méndez
eles devem compartilhar o que pen-
saram. O propósito dessa dinâmica Em uma vida agitada, Copi é um pai que tenta ensinar o
é estimular a criatividade a partir do
caminho certo para seu filho, Paste. Mas qual é o cami-
absurdo e do imprevisto, facilitando o
nho correto?
pensamento rápido.

Após a exibição, com os estudantes divididos em gru-


Em seguida, professor(a), é importan- pos (no máximo 6 por grupo), realize um rápido debate
te explicar que a atividade que será sobre as impressões trazidas pelo vídeo. Solicite que
feita é de profunda importância para
eles escrevam palavras-chaves nos post-it´s - ou pa-
o autoconhecimento do estudante,
péis cortados - e colem na cartolina as respostas para a
aproximando-o do seu projeto de vida.
seguinte pergunta: como a escola pode ajudá-los a rea-
lizar o sonho de cada um?
tema 2

ATIVIDADE 02
Duração: 2 AULAS - 1 SEMANA

Para as atividades seguintes,


você irá precisar de:
O Contrato de Aprendizagem

Papéis para o contrato de Os alunos devem receber as perguntas relacionadas ao


aprendizagem; contrato de aprendizagem impressas ou reproduzi-las
Canetas coloridas; e devem ser estimulados a procurar um local sem dis-
Barbante;
tração, onde eles possam respondê-lo (a atividade tam-
Folhas de revista para a
bém pode ser realizada na sala de aula). Cabe ao pro-
colagem.
fessor mentor provocá-los(as) com questionamentos
Os alunos devem ser estimulados a:
que possam ajudá-los(as) nesse processo que será de
muita reflexão (o modelo do contrato de aprendizagem
Responder o seu contra- segue em anexo).
to de aprendizagem com
sinceridade;
Tentar desenhar o contrato de
Reescrita do Contrato de
maneira criativa.
Aprendizagem
Os processos que envolvem o contrato
de aprendizagem vão aprofundar as O aluno deve ser estimulado a reescrever o seu con-
questões centrais dos alunos. Para trato de aprendizagem após uma reflexão em conjun-
que isso aconteça, diversas formas de to. Instigue o debate após a construção do contrato em
abordagem são bem-vindas. O objeti- sala de aula. Após o diálogo e troca de informações
vo é guiá-los no desenvolvimento de
com os colegas em sala, é necessário refazer o contra-
um caminho novo.
to? Quais pontos mudariam? É importante destacar
Algumas formas de abordagem são
que esse contrato é um compromisso do(a) estudante
sugeridas abaixo: consigo próprio. A troca de relatos e experiências com
os colegas pode ajudá-lo(a) a entender melhor qual o
Roda de Conversa; espaço que ocupa no mundo e como as vivências dos
Local com pouca distração; outros poderá auxiliar na compreensão de si próprio.
Usar recursos audiovisuais;
Criar uma atmosfera de
segurança.

Observação: é importante que apenas


as perguntas do Contrato de Apren-
dizagem fiquem visíveis para os
estudantes no material a ser exibido
em sala. A construção do Contrato é
individual, devendo existir um respei-
to à individualidade do(a) estudante
nesse momento.

24
SUGESTÕES PARA
AVALIAÇÃO ATIVIDADES EXTRAS
Professor, a avaliação deve ser processual. Professor(a), sabemos que diversos elementos
Observe, a cada atividade desenvolvida: da cultura pop influenciam na atenção
e interesse dos estudantes. Animações,
• O envolvimento dos alunos; jogos, filmes e HQs podem ser instrumentos
• O entrosamento dos indivíduos nas interessantes para cativar o(a) estudante e
atividades em grupo; sensibilizá-lo(a) para uma reflexão sobre si e o
• A desenvoltura no processo de seu lugar no mundo.
debate.
Nas produções escritas (Produção do Con- Quadrinhos de super heróis como Homem-
trato de Aprendizagem) considere: Aranha, X-Men, dentre outros, trazem questões
relevantes enfrentadas na adolescência, tais
1. a adequação ao tema e a proposta do como autoaceitação, conflitos, convivência
contrato; com o outro e compreensão de si. Estimulá-
2. o uso de elementos de coesão e los a ter contato com essas mídias incentiva
coerência; habilidades de leitura, além de sensibilizar para
3. a relação entre o texto e os visuais diversas formas de manifestações artísticas.
produzidos;
4. o empenho na reescrita. Documentários, filmes e animações também
são instrumentos interessantes para fomentar
Sinalize os problemas que você encontrar o debate em sala de aula. O média metragem
na produção textual e teça comentários. Pense Grande (https://www.videocamp.com/
Procure sempre levar em consideração as pt/movies/pense-grande#) mostra histórias
habilidades da matriz de Língua Portugue- inspiradoras de jovens que estão usando seu
sa, para o IDEPB, indicadas na abertura do potencial e talento para transformar suas
tema da sequência didática. Nos anexos, vidas e as comunidades onde vivem. O anime,
há um material que lhe dará suporte para que também é de grande aceitação entre
realizar uma avaliação por competências. adolescentes, pode ser usado como referência.

Sugerimos Crianças Lobo (2012), no


catálogo da Netflix, retrata parte da vida
de Hana, uma mulher humana, e sua
relação com seus filhos e com o mundo ao
qual ambos também pertencem, isto é, o
mundo dos lobos. O filme trata de temas
como identidade, autoconhecimento e
superação de adversidades; e Miyori e a
Floresta Mágica (https://www.youtube.com/
watch?v=3riVdZamaLs), conta uma história
de fantasia tratando o tema de preservação da
natureza, com a jovem protagonista Miyori
tentando impedir o projeto de construção de
uma represa sobre a floresta, além de abordar
temas como solidão e construção de afetos.
REFE
RÊN
CIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base nacional comum curri-
cular. Brasília, DF, 2018. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uplo-
ads/2018/04/BNCC_EnsinoMedio_embaixa_site.pdf> Acesso em: 15 jan 2019.

CORTES, Marta Torres. Learning contract. Disponível em: < https://youtu.be/gAa1VuH8GVs> .


Acesso em: 14 jan 2019.

ESCOLA DA ESCOLHA. Recife: ICE, 2016.

KARNAL, Leandro. Conhece a ti mesmo. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=LR-


BYmsuyFYI> Acesso em: 05 jan 2019.

KERANEN, Ville. Learning contract introduction. Disponível em: <https://youtu.be/


DFPYQRcdVvQ>

LUTHANS, F.; YOUSSEF, C.M. Human, social, and now positive psychological capital management:
investing in people for competitive advantage. In: Organizational Dynamics. Oxford: Elsevier, 2004.

RELANDER, Janita; HAAPANIEMI, Maria. Ideaguide 2. 2nd edition Tampere: Idema, 2017.

TOIVANEN, Heikki; KOTAMÄKI, Maija. Friend leadership: a visual inspiration book. Transl.: Tim
Whale. Jyväskylän: JAMK/Pellervo, 2014.

ULLA; RIIKKA; ESSI. Idea deck: team coaching.Turku: Ideapakka, 2016.

26
material de apoio

CONTRATO DE APRENDIZAGEM

“Dream big. Start small. But


most of all, start.”(Sonhe grande, comece deva-
gar. Mas, acima de tudo, comece.)

-Simon Sinek

1. Onde eu estava?
(Conte um pouco sobre a sua história de
vida, reflita como as suas escolhas o leva-
ram para onde você está).

2. Onde eu estou agora?


( Reflexão sobre o seu presente, como sua
vida se encontra nesse exato momento.)

3. Aonde eu quero chegar?


(Aqui você pode refletir sobre o seu futuro,
seus sonhos, o que você pretende ser e
fazer.)

A
4. Como farei para chegar lá?
(Reflita aqui nas suas estratégias para
essa jornada, quais são suas metas de
curto, médio e longo prazo. )

NE 5. Como saber se eu já cheguei no lugar


desejado?

XOS
(Reflita sobre a sua futura jornada, e se
você será capaz de cumprir os passos
estabelecidos para cumpri-la. Impor-
tante traçar estratégias fugir do seu foco
principal.)

30
material de apoio

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

O que é competência? Portanto, é fundamental haver a ligação neces-


sária entre COMPETÊNCIA e CONTEXTO.
Segundo Philippe Perrenoud, competência é a
faculdade de mobilizar um conjunto de recursos Podemos também associar o conceito de Com-
cognitivos (saberes, capacidades, informações petência ao CHA (Conhecimento, Habilidade
etc) para solucionar com pertinência e eficácia e Atitude). Ou seja, essa é a tríade base para a
uma série de situações. Competência ser desenvolvida na educação e
Três exemplos: no mundo do trabalho.

• Saber orientar-se em uma cidade desco-


nhecida mobiliza as capacidades de ler Oito grandes categorias de competências fun-
um mapa, localizar-se, pedir informações damentais para a autonomia das pessoas, se-
ou conselhos; e os seguintes saberes: ter gundo Philippe Perrenoud
noção de escala, elementos da topografia
ou referências geográficas. 1. Saber identificar, avaliar e valorizar suas
• Saber curar uma criança doente mobiliza possibilidades, seus direitos, seus limites
as capacidades de observar sinais fisioló- e suas necessidades;
gicos, medir a temperatura, administrar 2. Saber formar e conduzir projetos e desen-
um medicamento; e os seguintes saberes: volver estratégias, individualmente ou
identificar patologias e sintomas, primei- em grupo;
ros socorros, terapias, os riscos, os remé- 3. Saber analisar situações, relações e cam-
dios, os serviços médicos e farmacêuticos. pos de força de forma sistêmica;
• Saber votar de acordo com seus interesses 4. Saber cooperar, agir em sinergia, partici-
mobiliza as capacidades de saber se in- par de uma atividade coletiva e partilhar
formar, preencher a cédula; e os seguintes liderança;
saberes: instituições políticas, processo de 5. Saber construir e estimular organiza-
eleição, candidatos, partidos, programas ções e sistemas de ação coletiva do tipo
políticos, políticas democráticas etc. democrático;
6. Saber gerenciar e superar conflitos;
A onda atual de competências está ancorada em 7. Saber conviver com regras, servir-se de-
duas constatações: las e elaborá-las;
8. Saber construir normas negociadas de
• A transferência e a mobilização das capa- convivência que superem diferenças
cidades e dos conhecimentos não caem culturais.
do céu. É preciso trabalhá-las e treiná-las.
Isso exige tempo, etapas didáticas e situa- O que o professor deve fazer para modificar sua
ções apropriadas. prática?
• Na escola não se trabalha suficientemen-
te a transferência e a mobilização não Trabalhar por problemas e por projetos, propor
se dá tanta importância a essa prática. O tarefas complexas e desafios que incitem os
treinamento, então, é insuficiente. Os alu- alunos a mobilizar seus conhecimentos e, em
nos acumulam saberes, passam nos exa- certa medida, completá-los.
mes, mas não conseguem mobilizar o que
aprenderam em situações reais, no traba- Isso pressupõe uma pedagogia ativa, coopera-
lho e fora dele (família, cidade, lazer etc). tiva, aberta para a cidade ou para o bairro, seja
material de apoio

na zona urbana ou rural. É importante que os um projeto como modo de trabalho


professores atuem como organizadores de regular;
situações didáticas e de atividades que têm • Saber identificar e modificar aquilo que
sentido para os alunos. dá ou tira o sentido aos saberes e às ati-
vidades escolares;
Qualidades profissionais que o professor • Saber criar e gerenciar situações pro-
deve ter para ajudar os alunos a desenvolver blemas, identificar os obstáculos, anali-
competências: sar e reordenar as tarefas;
• Saber observar os alunos nos trabalhos;
Antes de tudo, o professor deve ser capaz de • Saber avaliar as competências em
identificar e de valorizar suas próprias com- construção.
petências, dentro de sua profissão e dentro de
outras práticas sociais. Isso exige um traba- (Material adaptado de: Construindo compe-
lho sobre sua própria relação com o saber. [...] tências - Entrevista com Philippe Perrenoud,
Universidade de Genebra, por Paola Genti-
O principal recurso do professor é a postura le e Roberta Bencini https://www.unige.ch/
reflexiva, sua capacidade de observar, de re- fapse/SSE/teachers/perrenoud/php_main/
gular, de inovar, de aprender com os outros, php_2000/2000_31.html)
com os alunos, com a experiência.
Observar que
Algumas outras capacidades que Perrenoud
aponta são: • Nem todas as pessoas têm os mesmos
interesses e habilidades, nem apren-
• Saber gerenciar a classe como uma co- dem da mesma maneira;
munidade educativa; · • Ninguém pode aprender tudo o que há
• Saber organizar o trabalho no meio dos para ser aprendido;
mais vastos espaços-tempos de forma- • A tarefa dos docentes perpassa a com-
ção (ciclos, projetos da escola); preensão das capacidades e dos inte-
• Saber cooperar com os colegas, os pais resses dos estudantes;
e outros adultos; • Um novo conjunto de papéis para os
• Saber conceber e dar vida aos dispositi- educadores deve ser construído para
vos pedagógicos complexos; transformar essas visões em realidade.
• Saber suscitar e animar as etapas de (GARDNER, 2000).

Fique atento(a)!
É fundamental realizar um levantamento diagnóstico, a fim de conhecer as diversas origens dos seus es-
tudantes, assim como suas realidades. Para isso, é de suma importância analisar os dados do questioná-
rio socioeconômico, em conjunto com seu(sua) Coordenador(a) Pedagógico(a) e a equipe docente!

32
REFE
RÊN
CIAS

GARDNER, Howard. Inteligência: um conceito reformulado. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.

GENTILE, Paola; BENCINI, Roberta. Construindo competências - Entrevista com Philippe Perre-
noud, Universidade de Genebra. In: Nova Escola (Brasil), Setembro de 2000, pp. 19-31. Disponível
em: <https://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/perrenoud/php_main/php_2000/2000_31.html>
Acesso em: 23 jan 2020.

FUNDAÇÃO Lemann. BNCC na sala de aula: guia de orientações para professores sobre a base
nacional comum curricular. Disponível em: <http://movimentopelabase.org.br/wp-content/uplo-
ads/2020/01/Guia-digital-BNCC-na-sala_2019_12_vFinal-1.pdf> Acesso em: 16 jan 2020.
34
material de apoio

SUPORTE PARA UMA AVALIAÇÃO


POR COMPETÊNCIAS
Professor(a), a disciplina Colabore e Inove se Uma maneira de fazer isso é aplicar uma técni-
propõe a trazer métodos inovadores para a sala ca japonesa chamada Kanban, que é um cartão
de aula. Assim, é necessário que a avaliação de sinalização que controla os fluxos de ativi-
acompanhe as metodologias abordadas ao lon- dades de determinado local. Há três divisões no
go da disciplina a fim de que o processo avaliati- quadro do Kanban: Fazer/ Fazendo/Feito. Isso
vo seja legítimo e significativo. A avaliação não pode ser feito em um quadro, cartolina ou folha
é um fim em si mesmo. Ela deve ser fruto de um A3, com caneta ou post-it. É um instrumento vi-
processo autêntico vivenciado durante as au- sual muito interessante para colocar tarefas a
las. Em alguns momentos, inclusive a autoava- serem feitas, encaminhadas e já finalizadas em
liação será utilizada. A seguir, você encontrará destaque.
um suporte para ajudá-lo(a) a refletir sobre as- Veja um exemplo em: https://www.devmedia.
pectos importantes da disciplina. com.br/kanban-4-passos-para-implementar-
-em-uma-equipe/30218
Avaliar por competências, neste primeiro mo-
mento de adaptação com a disciplina, pode ser Coaching:
um desafio, pois alunos e mentor ainda estão
se conhecendo. Portanto, é fundamental que • As ferramentas e técnicas do método são
o mentor seja um guia no sentido de ajudá-los capazes de melhorar o desempenho do
como as atividades a serem feitas e se esforçar aluno, proporcionando alinhamento de
para enturmar o grupo. Um exemplo: não dei- competências, avaliação dos pontos de
xar que nenhum aluno fique sozinho durante melhoria, desenvolvimento da produtivi-
os encontros semanais. Pequenos gestos fa- dade e da alta performance.
zem a diferença!
Planejamento:
ASPECTOS ESSENCIAIS PARA O BOM
DESENVOLVIMENTO DA COLABORE • Planejar é preciso, sobretudo quando o
E INOVE (CI9) aluno tem vários projetos para desenvol-
ver ao mesmo tempo;
Comunicação clara: • Fazer um bom planejamento ajuda a or-
ganizar cada etapa do processo, assim
•A comunicabilidade entre os mentores, como é determinante para a entrega das
alunos e os diferentes setores da escola demandas no tempo certo.
deve fluir de maneira contínua. Isso evita
mal-entendidos que possam trazer preju- Otimismo:
ízos ao trabalho. Além disso, torna as ins-
truções e feedbacks de atividades mais • Sim, pensar positivo é um elemento-chave do
objetivos. aluno - e professor - dinâmico. É necessário
estar aberto aos desafios e recebê-los de for-
Acesso à informação: ma positiva. A abordagem metodológica do
Design Thinking, usada na Colabore e Inove,
• O desenvolvimento de listas e planilhas é pontua a necessidade de uma ótica otimista
capaz de otimizar a rotina dos times; para a resolução de problemas. É fundamen-
• O fácil acesso às informações e o detalha- tal que docentes e estudantes sintam-se mo-
mento das atividades ajudam no cumpri- tivados, e que possam fazer seus trabalhos
mento de prazos. com bom humor, otimismo e a confiança.
material de apoio

Resiliência e Proatividade: COMPETÊNCIAS A SEREM AVALIADAS


PELO(A) DOCENTE RESPONSÁVEL DA
• Uma boa dose de resiliência, para lidar DISCIPLINA COLABORE E INOVE (CI9)
com os momentos de dificuldade;
• Proatividade para agir no momento certo: Autonomia:
o dinamismo no trabalho se tornará uma
referência positiva para todos ao redor e • A autogestão e autoliderança devem pro-
fonte de bons resultados. porcionar autonomia aos alunos para que
eles sejam capazes de desenvolver suas
Engajamento: habilidades e trabalharem em prol da so-
lução dos problemas;
• Acontecerá quando os alunos e mentores • Os mentores devem ficar atentos ao que
conseguirem aderir aos valores da disci- está acontecendo e se manterem dispo-
plina Colabore e Inove. Não é uma tarefa níveis para ajudar na resolução de possí-
fácil ter alunos e professores que se iden- veis dúvidas que aparecerem ao longo do
tifiquem ao ponto de se destacarem dos processo;
demais pela entrega e comprometimento. • O importante é não “colar” no estudante
É uma construção diária. para que ele tenha espaço de aprender, er-
rar, corrigir e evoluir.
Gerenciamento do tempo:
Práticas de Linguagem e Competências
• O tempo precisa ser um aliado dos alunos Socioemocionais:
e professores que têm muitas tarefas a fa-
zer. Por isso, o gerenciamento do tempo é • Habilidades comunicativas (ouvir, escre-
essencial para que todas as demandas se- ver e falar): exercitadas nas produções
jam realizadas dentro dos prazos e que os escritas, na comunicação entre estudan-
projetos possam ser desenvolvidos con- tes, entre o time e com o(a) professor(a) e
forme planejado. no exercício de escuta do outro, como pro-
cesso empático;
• Habilidades interpessoais e de adaptabi-
lidade: o trabalho em grupo é essencial, o
principal objetivo do mentor é promovê-
-lo. Os alunos devem estar cientes de que
toda e qualquer atividade dentro dessa
disciplina é mais bem realizada quando
feita em equipe e desenvolvida a partir de
diferentes ideias e concepções.
material de apoio

O QUE É?
Ferramenta de Empatia, que auxilia a compre-
ender melhor o público estudado por meio da
criação de seres fictícios. É uma maneira de
engajar o time no projeto, ampliando o processo
empático ao utilizar mecanismos que auxi-
liam na compreensão de uma determinada
realidade.

COMO FAZER?
É necessário trabalhar características que se
aproximem ao máximo do real. O time pode
escolher, por prioridade, quais são os elementos
essenciais, quais são secundários e quais não
fazem diferença para a persona em um deter-
minado contexto. Importante que um pano de
fundo deve ser construído, que justificará moti-
vações, preferências e ações.

Exemplo adaptado de Melo e Abelheira (2015,


p.70)

PER
A Padaria Brasil precisa entender os perfis do
público que frequenta seu estabelecimento, a
fim de melhorar serviços e ofertar novos.

SO
Personas: Jorge, Ana e Pedro frequentam a
Padaria Brasil no domingo de manhã. Jorge
tem 56 anos, é casado e tem 3 filhas. É dono de
uma empresa de informática. Trabalha muito

NA
durante a semana, mas gosta de aproveitar o
final de semana com a família. Ana tem 36 anos,
é solteira e mora com uma amiga. Trabalha
numa pet shop e adora animais. Gosta de bares
e da companhia de amigos. Pedro tem 20 anos,
material de apoio

mora com os pais, é tímido e não tem namorada.


Seu sonho é cursar Engenharia. Gosta de RPG e
de passeios com os amigos.

Contexto: Jorge, no domingo de manhã, toma


café com a família na padaria, que virou um
lugar especial onde compartilham o que acon-
teceu durante a semana. Ana adora a Padaria
Brasil, porém gostaria que tivesse opções mais
baratas, além de lanches naturais. Pedro não
gosta muito de café, mas se encontra com os
amigos na padaria para tomar refrigerante e jo-
gar RPG. Gostaria que as mesas fossem maiores
para o jogo.

FIQUE ATENTO(A)!
Pessoas ou grupos que os estudantes per-
cebam como parte interessada ou afetada
por problemas dos eixos que estão estu-
dando são fundamentais para conhecer
mais a fundo o tema. É importante trazer
a voz e opiniões desses grupos ou pesso-
as para a criação da persona. Por exemplo:
no eixo de sustentabilidade, é possível que
surja algum tema relacionado à agricultura
familiar.
Caso algum estudante tenha algum fami-
liar ou conheça alguém que seja agricultor,
seria importante orientar que existisse uma
escuta atenta das opiniões e necessidades
dessa pessoa, que representa uma parte
interessada em potencial. Caso você, pro-
fessor(a), conheça pessoas ou grupos que
possam ser potenciais partes interessadas,
convide-os para ir à escola fazer um diálo-
go com a turma.
Visitas de campo também são momentos
muito importantes na vivência dos estu-
dantes. Qual a importância disso? Dessa
forma, se traz a experiência concreta de
pessoas que podem impactar ou são im-
pactadas pelo projeto. Todo esse processo
- não podemos esquecer - é essencialmen-
te empático e coloca o ser humano como
figura central de ações inovadoras.

38
material de apoio

Estratégia que se propõe a analisar, em uma


perspectiva empática, o que alguém diz, faz,
pensa e sente e, assim, imaginar como partes
interessadas podem ter relação os eixos temáti-
cos estudados.

O QUE ELE(A) PENSA E SENTE?


O que é importante? Principais preocupações,
desejos e aspirações.

O QUE ELE VÊ?


Amigos, parentes, influências, ambiente da
casa e do trabalho.

MAPA
O QUE ELE FALA E FAZ? Comporta-
mento, atitudes, modo de se apresentar e agir no
mundo

DE
O QUE ELE OUVE? Quais as influências?
O que os amigos falam? O que os familiares
falam?

FRAQUEZAS - Obstáculos, medo, frustra-

EMPATIA
ções e dores

NECESSIDADES - Desejos, vontades e


visão de futuro
Adaptado de Melo e Abelheira (2015, p. 52)
40
material de apoio

1. Anime:
Anime, animê ou animé se refere à
animação que é produzida por estúdios
japoneses.

2. Brainstorming:
Técnica de discussão em grupo que se
vale da contribuição espontânea de
ideias por parte de todos os participantes,
no intuito de resolver algum problema ou
de conceber um trabalho criativo.

3. Business Model Canvas:


Também chamado de Quadro Modelo de
Negócio, é uma ferramenta que permi-
te aos empreendedores e estrategistas
definir seu modelo de negócios de forma
simples e visual.

4. Design Thinking (DT): Aborda-


gem metodológica que aplica ferramen-
tas do design para solucionar problemas
complexos. Propõe o equilíbrio entre o
raciocínio associativo (ligado à inova-
ção) e o pensamento analítico (que reduz
os riscos). As pessoas estão no centro
do processo, e suas necessidades são
compreendidas a fundo. Reenquadrar
problemas. questionar continuamente e
procurar entender a questão central são
os objetivos do DT.

5. Geração Z:

GLOS
Conceito sociológico que se refere ao gru-
po populacional nascido no século XXI
(a partir de 2001), conforme avaliação da
ONU (Organização das Nações Unidas).


Os membros dessa geração estão intrin-
secamente ligados à tecnologia, inclusive
construindo sua identidade a partir dela.
São potencialmente criativos, consumis-
tas, convivem em geral com ansiedade

RIO
extrema, há desapego das fronteiras
geográficas e necessidade de exposição
de opinião.
material de apoio

6. Incubadora de ideias: A incu-


badora de empresas - ou ideias - é uma 12. PBL:
forma de estimular o empreendedoris- É um método de aprendizado centrado
mo. Ela fortalece e prepara um time, com no aluno, tem o problema com elemen-
uma boa ideia, para que venha a ser uma to motivador do estudo e integrador do
pequena empresa, tendo condições de conhecimento.
sobreviver no mercado.
13. PrBL:
7. Insights: É uma metodologia em que os alunos se
Compreensão ou solução de um pro- envolvem com tarefas e desafios para
blema pela súbita captação mental dos desenvolver um projeto ou um produto. A
elementos e relações adequados. aprendizagem baseada em projetos inte-
gra diferentes conhecimentos e estimula
8. Lean Startup: o desenvolvimento de competências,
O conceito de lean – que pode ser tradu- como trabalho em equipe, protagonis-
zido como “enxuto” – é bastante conhe- mo e pensamento crítico. Tudo começa
cido na gestão e indústria tradicional, com um problema ou questão que seja
e envolve a identificação e eliminação desafiadora, que não tenha resposta fácil
sistemática de desperdícios. De um modo e que estimule a imaginação. O método
geral, qualquer método lean usa a estraté- faz com que o aluno tenha um papel ativo
gia de atuar localmente em cada item de para o seu aprendizado.
desperdício de tempo, custo ou recursos,
para chegar a uma qualidade maior e um 14. Quebra-gelo:
time-to-market (tempo para comerciali- Dinâmica de grupo rápida, divertida e inten-
zar) mais rápido. cional, que busca motivar, engajar e trazer
energia às pessoas que irão trabalhar em
9. Learning Contract: conjunto e, em geral, estão começando a se
Constitui-se em um exercício de discipli- conhecer.
na contínuo de aprofundamento da sua
visão pessoal. O intuito é aprender como 15. Sementes Empreendedoras:
focar energia no que se quer conquistar. São grupos de alunos que, por meio de
mentores, são encorajados(as) a terem
10. MIT Media Lab: mais autonomia e um espírito empre-
É um laboratório de pesquisa interdisci- endedor com o apoio de empresas. Elas
plinar que incentiva a mistura não con- têm como objetivo fazer com que o time
vencional e a correspondência de áreas aprenda a empreender profissionalmen-
de pesquisa não afins. te e se desenvolva.

11. Pitch:
É uma pequena apresentação de três a 16. Teams:
cinco minutos com o objetivo de apre- É um conjunto de pessoas com conheci-
sentar produtos ou serviços a clientes mentos e habilidades diferentes, que in-
e dar a conhecer ideias de negócio a tegradas buscam uma ação em comum,
investidores. para atingir uma meta.

42
material de apoio

17. TBL:
É uma das metodologias ativas da edu-
cação. Por meio delas, os estudante
passa a ser mais atuante no processo de
ensino e aprendizagem. O TBL é baseado
em feedbacks constantes entre times e
mentores, o que permite um aprendizado
significativo, com avaliações voltadas à
melhoria do desempenho de um time.
LUIZA IOLANDA P. CORTEZ DE OLIVEIRA
Mestra e licenciada em História, além de bacharela em Di-
reito, com formação acadêmica feita na UFPB. Ensina na
rede estadual desde 2013. Ama as boas coisas da vida, o
planeta e (muito) café. Adora as citações do Mestre Yoda
e, na maior parte do tempo, é uma pessoa legal.

[email protected] www.instagram.com/luizaiolandacortez

Giovania de Andrade Lacerda Lira


Especialista em fundamentos da educação e Práticas
Interdisciplinares pela UEPB. Licenciada em Química tam-
bém pela UEPB.Largou a Engenharia por amor à docência.
Professora da rede desde 2012. Ama viajar, adora pesso-
as e se considera gente fina.

[email protected] www.instagram.com/giovanialira

fhelipy arruda rocha


Designer gráfico por formação e sonhador por convicção.
É apaixonado pela cultura geek e, recentemente, caiu de
amores por colagens. Entusiasta das Artes, limpa, cozinha
e tem o riso fácil.

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