Apostila de Fotografia
Apostila de Fotografia
Apostila de Fotografia
6 ILUMINAÇÃO .............................................................................................................. 24
6.1 NATURAL .............................................................................................................. 24
6.2 ARTIFICIAL ........................................................................................................... 24
6.2.1 Lâmpada de tungstênio.................................................................................... 24
6.2.2 FLASH ............................................................................................................. 25
6.2.2.1 Flash Eletrônico........................................................................................... 25
6.2.2.1.1 Tipos de Flash........................................................................................ 26
6.2.2.1.2 SUGESTÕES NO USO DO FLASH .................................................... 27
6.2.2.1.3 Flash Circular (para macrofotografia) ................................................... 28
6.3 MEDIÇÃO DE LUZ ............................................................................................... 28
6.4 FOTÔMETRO......................................................................................................... 29
7 EXPOSIÇÃO ................................................................................................................. 29
7.1 EFEITOS DA EXPOSIÇÃO ............................................................................................ 30
7.2 BRANQUEAMENTO .................................................................................................... 30
7.3 COMPENSAÇÃO DA EXPOSIÇÃO..................................................................... 31
7.3.1 Sub-exposição do tema principal .................................................................... 31
7.3.2 Sobre-exposição do tema principal ................................................................. 31
CURSO DE FOTOGRAFIA 3/81
Elaboração: Raimundo Sampaio
8 ENQUADRAMENTO E COMPOSIÇÃO .................................................................. 31
8.1 ELEMENTOS IMPORTANTES NO ENQUADRAMENTO E NA COMPOSIÇÃO ..................... 32
8.2 ENQUADRAMENTO .................................................................................................... 36
8.3 COMPOSIÇÃO ....................................................................................................... 37
9 FOTOGRAFIAS EM “CLOSE-UP” ........................................................................... 41
10 FILTROS.................................................................................................................... 42
10.1 TIPOS DE FILTROS............................................................................................... 42
10.2 FILTROS PARA EFEITOS ESPECIAIS................................................................ 42
11 ACESSÓRIOS ........................................................................................................... 44
12 FOTOGRAFIA DIGITAL........................................................................................ 44
12.1 PRINCÍPIOS DA FOTOGRAFIA .......................................................................... 44
12.1.1 Diferenças entre tradicionais e digitais .......................................................... 44
12.1.2 Controles da câmera e criatividade ................................................................ 45
12.1.3 Automatismo .................................................................................................... 45
12.1.4 O obturador e a exposição .............................................................................. 46
12.1.5 O momento certo ............................................................................................. 46
12.1.6 Obturadores das câmeras digitais................................................................... 47
12.1.7 Usando velocidade de obturador e abertura de diafragma ao mesmo tempo 48
12.1.8 Escolhendo modos de exposição ..................................................................... 49
12.2 RESOLUÇÃO DA IMAGEM................................................................................. 50
12.2.1 A qualidade da imagem ................................................................................... 50
12.2.2 Capacidade de resolução da imagem.............................................................. 52
12.2.3 A tecnologia Foveon........................................................................................ 53
12.2.4 O Tamanho da Imagem ................................................................................... 54
12.2.5 Bits e Bytes ...................................................................................................... 54
12.2.6 Resoluções de Monitor .................................................................................... 55
12.2.7 Resoluções de impressoras e scanners............................................................ 55
12.3 ARQUIVOS E COMPRESSÃO ....................................................................................... 56
12.3.1 Armazenamento da imagem ............................................................................ 56
12.3.2 Imagens em bitmap (ou mapa de bits)............................................................. 56
12.3.3 Formatos de imagens ...................................................................................... 56
12.3.4 Compressão ..................................................................................................... 57
12.3.5 Formatos para câmera digital......................................................................... 58
12.3.6 Cartões de memória ........................................................................................ 60
12.3.7 Equipamentos para armazenamento de arquivos de imagens ........................ 60
12.3.8 Mídias para armazenagem de imagens........................................................... 61
12.4 GERENCIANDO FOTOS ............................................................................................... 64
12.5 IMPRESSÃO ............................................................................................................... 65
12.5.1 Detalhes sobre a impressão............................................................................. 66
12.6 CAPTURANDO IMAGENS POR SCANNERS.................................................................... 67
12.6.1 Aprenda como escanear suas fotos ................................................................. 68
13 DISPONDO AS FOTOGRAFIAS NOS RELATÓRIOS....................................... 69
14 DICAS E RECOMENDAÇÕES............................................................................... 70
14.1 GERAIS ...................................................................................................................... 70
CURSO DE FOTOGRAFIA 4/81
Elaboração: Raimundo Sampaio
14.2 COMO SEGURAR A MÁQUINA ......................................................................... 71
14.3 CUIDADOS COM A MÁQUINA .......................................................................... 72
14.4 CARREGANDO E REBOBINANDO O FILME............................................................. 72
14.5 AJUSTE DA VELOCIDADE, ABERTURA, FOCALIZAÇÃO.............................................. 74
14.5.1 Velocidade ....................................................................................................... 74
14.5.2 Abertura........................................................................................................... 74
14.5.3 A focalização ................................................................................................... 74
14.5.3.1 Imagem partida ........................................................................................ 74
14.5.3.2 Colar micro-prismas e vidro despolido ................................................... 74
14.6 ERROS MAIS COMUNS ....................................................................................... 74
15 12 PASSOS PARA OBTER UMA BOA FOTOGRAFIA..................................... 75
18 BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................... 80
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Elaboração: Raimundo Sampaio
1 HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA
Esse método de desenho foi amplamente usado na Europa até fins do séc. XVI. Com
o tempo, foi sendo esquecido e, no século XVII, deixou definitivamente de ser
utilizado.
1830 - LOUIS DAGUERRE, pintor e desenhista francês, usando uma chapa revestida
com iodeto de prata e vapor de mercúrio, (mercúrio aquecido) como agente revelador
e lavando-se a chapa em uma solução de sal de cozinha aquecida, obteve uma
imagem inalterada. . Esta imagem formada é o DAGUERRIÓTIPO, de má qualidade,
com imagem invertida, pouco contraste tonal e com um tempo de exposição entre 15
e 30 minutos.
1886 - _____. Cria-se a Kodak, câmera pequena com um rolo de filme de 6,35 cm,
no qual se obtinham cem exposições circulares. Máquina com uma única velocidade
(1/25s), uma abertura, uma objetiva retilínea de foco fixo e um obturador cilíndrico
acionado em cordão e disparado por meio de um botão.
1890 - Já existiam, no mercado, sete modelos de câmera (Kodak) que podiam ser
carregadas à luz natural.
1897 - Modelo dobrável (Kodak) que tirava doze fotografias de 3.80 x 6,35
centímetros.
1900 - Surge a câmera Brownell, modelo mais simples, que tirava foto 6 x 6 cm, em
filme de rolo em cartucho.
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1880 - R & J. BECK - Fabricam a primeira máquina de duas objetivas com lentes
interligadas e de foco simultâneo.
1928 - FRANKE e HEIDECK lançam a Rolleiflex TLR (ou reflex de duas objetivas)
1993 - Cânon EOS 5, que focaliza imagens apenas com a movimentação do olho. O
segredo está no seu visor, que localiza a posição da pupila com uma varredura de
raios infravermelhos.
1994 - Kodak DS 200 ci – digital, sendo o sistema formado pela câmera Nikon 8.008s
com objetiva Nikon e o DSC 200 ci (a parte digital do conjunto). É uma câmera de
imagem computadorizada que permite arquivar até 4,5 mbytes de imagens coloridas
e com ligação direta aos computadores Macintosh ou PC. Podendo arquivar só
imagens Preto e Branco (DS 200 nsi) ou só imagens coloridas (DSC 200 ci).
Ø a foto ficava completamente preta ao ser observada, pois a luz ambiente enegrecia
toda a chapa;
Ø a chapa tinha que ser exposta à luz por muito tempo e, por este motivo, os objetos
em movimento saiam tremidos, pois sua imagem movimentava-se na chapa durante
a exposição. As soluções foram aparecendo gradativamente :
Ø para que a imagem fosse gravada mais intensamente, foi inventado um processo
físico-químico denominado revelação da imagem. Depois de exposta à luz, a chapa
era submetida ao vapor de mercúrio, intensificando a imagem.
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Elaboração: Raimundo Sampaio
Ø para que a imagem não escurecesse sob a ação da luz ambiente, foi criado o
processo de fixação.
Ø para aumentar a sensibilidade dos filmes, foram feitas misturas com prata e cloro
(Cloreto de prata), prata e iodo (Iodeto de prata) e com prata e bromo (Brometo de
prata).Esta última é a mais usada nos filmes atuais. O problema do aumento da
quantidade e intensidade dos raios de luz foi mais complicado, pois se o orifício da
câmera fosse maior, originaria a desfocalização da imagem.
2 CÂMARAS
Uma câmara nada mais é do que uma caixa provida de uma lente em uma de suas
superfícies e de um compartimento para o filme na outra. Existe, na máquina, um
obturador, e na objetiva um diafragma. A luz entra na câmara através da objetiva e o
filme é exposto a ela no momento em que se abre o obturador.
QUANTO A CONSTRUÇÃO
Tipo Visor
Sistema de visor composto de uma janela pequena podendo ou não dispor de um
"telêmetro"(dispositivo para medir distâncias). Tem como maior desvantagem o erro
de pralaxe, ocasionado pela distância entre a objetiva e o visor fazendo com que a
imagem vista não coincida com a registrada pela lente.
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Tipo Reflex
De objetivas gêmeas ou "TLR", objetiva superior não desempenha qualquer papel na
exposição do filme, não interfere na qualidade final da imagem. Ambas ficam
próximas uma da outra e o erro de paralaxe é mínimo, algumas possuem indicador
para correção deste erro. Monobjetiva ou "SLR", visor mostra a imagem de maneira
exata como será registrada, graças ao uso de um pentaprisma, situado acima da tela
de focalização, que reflete a luz através da ocular.
Instantâneas
A fotografia tirada é revelada na hora, pela própria máquina através de um
equipamento de processamento automático embutido na câmara. O filme para este
tipo de máquina contém materiais negativos e positivos, dobrados separadamente
em um recipiente que se encaixa na parte posterior da câmara.
• Câmara Escura
• Obturador
• Diafragma
• Objetiva
• Visor
Além dessas partes principais, existem mais outros dispositivos nas câmaras
profissionais que são: Indicador de foco, Dispositivo de Velocidade, Alavanca de
Avanço, Anel de regulagem do Diafragma, Dispositivo de disparo automático,
Alavanca para enrolar o filme, etc. Existem outros dispositivos, dependendo da
câmara, do modelo, etc.
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3.1 OBTURADOR
É o dispositivo da máquina que regula o tempo de
entrada de luz, a fim de impressionar a emulsão sensível
(o negativo). Esta exposição é controlada através da
seguinte relação de velocidades:
B - 1 - 2 - 4 - 8 - 15 - 30 - 60 - 125 - 250 - 500 - 1000 -
2000
Quanto mais tempo estiver aberto mais luz atinge o filme, e se o modelo fizer algum
movimento neste pequeno período de abertura, o negativo pode ficar um pouco
indistinto, embora as vezes este efeito seja adequado - talvez para transmitir
impressão de velocidade - via de regra escolhe-se uma velocidade capaz de
imobilizar qualquer movimento tornando tudo o mais nítido possível.
Posição do obturador
Obturador de plano focal na máquina
Posição do obturador na
Obturador concêntrico máquina
3.2 DIAFRAGMA
É a parte de objetiva destinada a dosar a quantidade de luz que penetra na máquina
para impressionar o negativo.
O diafragma situa-se entre os dois blocos de lentes que formam a objetiva. Nas
câmaras SLR, existe um anel com uma escala, onde é possível escolher a abertura
do diafragma ideal para a intensidade de luz usada.
O "f" serve como guia constante e prático para o controle da quantidade de luz que
entra na câmera. Se você regula a objetiva em f/8, a luz transmitida será a mesma
que penetra em qualquer outra objetiva - independente do seu tamanho, forma ou
desenho - desde que regulada também para f 8. Familiarizado com estes números f,
você poderá fotografar a qualquer hora e lugar, com câmeras e objetivas não
utilizadas antes. Cada número f seguinte reduz à metade o fluxo da luz admitido.
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Desse modo, uma lente ajustada para f5,6 admite a metade de luz de uma lente
ajustada em f4. A variação é enorme, uma objetiva ajustada para f 16 admite
aproximadamente 1/500 vezes menos luz que uma objetiva regulada para f 4.
Exemplo da escala dos números f em objetiva 50 mm: f:22. 16, 11, 8, 5,6. 4. 2,8. 2.
1,8, quanto menor o número f mais aberto o diafragma.
O tamanho da abertura é calibrada em números "f" (admensionais), que obedecem a
uma sequência padrão, estando estes assinalados em um anel existente em torno da
armação da lente. A passagem de um número "f" para o outro indica que a
luminosidade da imagem foi duplicada ou reduzida à metade.
Nem todas as objetivas possuem uma abertura máxima (por exemplo f 1.2), sendo
que em algumas objetivas esta abertura máxima pode ser de f 3.5. Esta abertura
máxima representa a luminosidade da objetiva e representa uma grande vantagem,
pois permite a formação de uma imagem clara sobre o retículo de focalização.
3.3 LENTES
Ë uma peça de vidro óptico e de formas diferentes, usadas em máquinas e aparelhos
fotográficos.
São as lentes que vão formar as imagens. Não é possível, porém empregar-se lentes
simples pois, se o fizéssemos, sem dúvida obteríamos uma imagem, mas as linhas
retas apareceriam curvas, os objetos brancos apresentariam uma franja colorida em
torno de si, seria praticamente impossível colocar a imagem no centro e nas bordas
simultaneamente, além desta imagem apresentar um aspecto geral nebuloso, sem
definição e sem contraste.
Estes defeitos são corrigidos, mediante a combinação de várias lentes diferentes
num só bloco, que recebe o nome de objetiva.
3.5 OBJETIVAS
A objetiva focaliza a luz, que vai imprimir uma imagem sobre a superfície do filme, e
é formada por um conjunto de elementos ópticos. As lentes desviam os raios de luz,
reunindo-os e reorientando-os. As lentes podem ser divididas em duas categorias
básicas :
Ø lente "Positiva"- mais espessa na parte central do que nas bordas, provoca uma
convergência da luz;
Ø lente "Negativa"- mais fina na parte central provoca uma divergência, formando
uma imagem virtual, e esta não pode ser projetada sobre uma tela.
Como a imagem formada por uma lente é muito mais nítida e luminosa em
comparação com a produzida por um orifício, torna-se mais fácil registrá-la no filme.
A lente "reúne" os raios sobre toda a sua superfície e desvia-os de tal modo que
todos os raios, pelos quais ela é atingida, convergem em um outro ponto.
Ø Anel de Foco: Conforme a objetiva, as lentes são deslocadas para frente e para
trás em relação ao plano do filme, colocando em foco objetos situados a distâncias
diferentes.
Ø Escala de foco: (em metros e pés) - a escala pode variar de acordo com a objetiva.
Conforme o tipo de lente, o fotografo tem um ângulo de tomada diferente. Se você colocar o desenho
em posição vertical, verá à esquerda, algumas das diversas lentes modernas - desde à olho de peixe (8mm)
até a teleobjetiva de 1000 mm. O esquema ao centro mostra o ângulo de tomada de cada uma. À direita, as
fotos em cada ângulo - desde 180o até 2,5o. A câmara que bateu as fotos ficou sempre na mesma posição.
Distância focal: é a distância entre o centro óptico da objetiva até a película do filme,
com a objetiva focalizada no infinito.
Quanto menor a distância focal mais amplo será seu ângulo de visão.
As objetivas são definidas segundo suas distâncias focais, como normais, Zoom,
teleobjetivas ou grande-angulares e catalogadas em milímetros.
Exemplo : Com uma objetiva 60 mm, utilizar 1/60s como velocidade mais baixa com
a câmera nas mãos. Com uma objetiva 500mm, utilizar 1/500s como velocidade mais
baixa com a câmera nas mãos.
Os objetos mais próximos ficam muito maiores, e objetos distantes ficam bem
menores.
d) Objetivas Macro: Podem variar a distância focal de 50mm até 135mm. São
objetivas ideais para a fotografia de pequenos objetos.
As melhores objetivas são as de distância focal maiores (ex.: Vivitar 105mm, Medical
da NIKKOR de 120mm, Dental Eye da YASHICA de 100mm, Cânon Auto Focus de
100mm, Pentax de 100mm...).
As objetivas macro são bem mais caras e pesadas do que as objetivas normais.
1- anel de foco
2- escala de foco (metros e pés)
3- escala de profundidade de campo
4 - escala de abertura do diafragma
(números “f”)
5- parte da lente onde se liga ao corpo
da câmera.
EM RESUMO:
Algumas máquinas mais modernas, têm um dispositivo ao lado externo da lente, que
ao ser acionado lhe fornece a real situação da imagem que será registrada no filme.
Caso seu equipamento não possua esse dispositivo, você encontrará em todas as
objetivas, uma escala numérica referente à profundidade de campo com os limites
dentro do qual os objetos serão focalizados.
Numa fotografia de uma pequena flor, devemos focalizar na região mediana, com o
diafragma o mais fechado possível, teremos assim foco antes e depois do local
focalizado.
3.6 VISOR
É um dispositivo óptico destinado a focalizar o objetivo a ser fotografado, que podem
ser:
1) Direto ou de Quadro: consiste de um pequeno quadrado com uma lente,
colocado em cima ou ao lado da objetiva principal. Está sujeito ao erro de
paralaxe.
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Elaboração: Raimundo Sampaio
4 FILME
O filme é um elemento responsável pela gravação da imagem. Para que o filme
possa gravar a imagem, ele tem que ser sensível à luz, isto é, deverá ser composto
por elementos que reajam rapidamente à sua ação. Isto é necessário porque a
imagem é formada pela luz proveniente dos objetos que compõem a cena a ser
fotografada. Os efeitos da luz deverão ser registrados com toda a fidelidade e não
podem estragar-se com o passar dos tempos.
O filme é uma superfície sensível a luz, composto de uma base muito resistente,
sobre a qual está depositadas uma emulsão de gelatina com sais de prata em
suspensão: é esta emulsão a parte verdadeiramente sensível à luz, onde se formará
a imagem.
1 -Verniz Protetor
2 -Cristais Sensíveis
3 -Gelatina
4 -Acetato de
Celulose
5 -Camada de Halo
Sensibilidade é a capacidade que todo filme possui de reagir aos raios de luz que o
atinge. Quanto mais rápido for a reação, mais sensível será o filme, onde concluí-se
que um mínimo de luz já é suficiente para gravar a imagem.
Os filmes mais sensíveis, reagem mais rapidamente à luz, enquanto que os menos
sensíveis levam mais tempo para registrar a imagem. Atualmente esta sensibilidade
ou rapidez de reação é medida em graus ISO (Institute Standartdization
Organization).
Ex.: o filme 200 ISO é duas vezes mais sensível que o 100 ISO, necessitando
apenas da metade da exposição que o segundo para obter o mesmo resultado.
• Rápido: grãos enormes, registram imagens com pouca luz, porém incorre em
perda de qualidade na definição (440, 500, 640, 800, 1000, 1250, 1600, 2000)
5 LUZ E COR
O cérebro interpreta uma ampla variação de cor vista pelos olhos, enquanto o filme
registra as cores de maneira literal, sem levar em consideração um tom generalizado
que talvez seja característicos da fonte de luz. Portanto, o equilíbrio de cor de um
filme deve ser adaptado à “temperatura da cor1” da fonte de luz utilizada, para
produzir o resultado certo.
Matiz: é a própria cor, vermelho, laranja, amarelo, verde e azul (cores do espectro).
Algumas cores são resultantes da mistura de duas ou mais matizes.
Saturação: dá proporção em que a cor básica está presente. Na cor pura (uma só
matiz) a saturação é total; por exemplo, no caso do azul-claro, há baixa saturação
pois há pouca quantidade de azul.
Quando um filme idealizado para produzir cores “naturais” para ser usado com um
tipo de luz, é usado com outro, via de regra apresenta resultados desagradáveis.
Deve-se usar o filme para luz do dia com luz natural e o filme para luz tungstênio com
luz artificial, a fim de se obter o equilíbrio correto. De modo inverso, o filtro de
conversão apropriado solucionará esse problema.
1
Temperatura da cor: é a temperatura em graus Kelvin, até o qual um objeto precisa ser aquecido para produzir uma
determinada cor (é possível medir a cor da luz, com base no fato de um objeto começar a emitir, ao se tornar muito quente:
primeiro fica incandescente e adquire cor vermelha, depois branco e por fim caso o aquecimento seja suficiente, azul).
CURSO DE FOTOGRAFIA 24/81
Elaboração: Raimundo Sampaio
6 ILUMINAÇÃO
6.1 NATURAL
Nada se equipara à luz do céu: a luz natural constitui um dos elementos essenciais à
fotografia; o mau tempo produz tanto impacto sobre a qualidade da luz quanto as
diversas posições do sol.
CHUVA: as superfícies parecem acetinadas, após uma chuva a luz é suave e clara
com se o próprio ar houvesse sido limpo;
MANHÃ: perdura excelente luz até 10 horas, o sol neste período lança luz límpida
quase incolor, e as sombras, definidas com clareza, não são ainda escuras por
completo;
TARDE: luz cálida, adequada para reprodução dos tons da pele. Ideal para iluminar
temas por trás, produz sombras longas, azuis e provoca cintilações na água.
6.2 ARTIFICIAL
6.2.2 FLASH
Acessórios p/ iluminação
A luz do Flash talvez seja a mais conveniente e versátil forma de iluminação. Pode
igualmente produzir luz errada, fotografias incorretas, expostas mais facilmente do
que outras fontes de luz pois possui uma iluminação frontal muito forte.
Se você escolhe uma velocidade de menor tempo de exposição ex.: 1/500s, você
terá uma fenda estreita - a qual descobre apenas parte do fotografa, teremos assim
uma pequena parte exposta à luz (a parte descoberta no momento do relâmpago)
numa extremidade do quadro e a outra parte escura.
Nas câmeras mecânicas, deve ser consultado o manual, o qual indica a velocidade
que deve ser usada com o flash, geralmente sincronizam com 1/60s, algumas
sincronizam com a velocidade de 1/125s, ou com o símbolo X (1/90s).
CURSO DE FOTOGRAFIA 26/81
Elaboração: Raimundo Sampaio
A exposição do filme só se modifica quando alteramos a abertura do diafragma, e
esta abertura aumenta quanto maior for a distância do objeto. A determinação da
abertura correta do diafragma é através da tabela que acompanha o flash. A tabela
traz diversas aberturas do diafragma para várias distâncias do objeto de acordo com
a sensibilidade do filme.
a) Flash Manual
Tem potência fixa, emitindo sempre a mesma quantidade de luz, possuem tabelas da
distância do objeto, para um determinado diafragma.
b) Flash Automático
Possui uma unidade sensora, que mede a luz refletida do objeto.
d) Flash Incorporado
As câmaras modernas geralmente possuem este flash, que tem potência fraca de
disparo. Possuem eliminação do "olhar-vermelho", e flash de preenchimento.Sua
força luminária é limitada deixando muito a desejar quando necessário fotografar um
objeto em grande aumento.
OBS:
"Flash" frontal exterior - colocado frontalmente em uma inclinação de 85 graus
possibilita boa iluminação com detalhe em imagens de relevo.
CURSO DE FOTOGRAFIA 27/81
Elaboração: Raimundo Sampaio
O uso de "flash" eletrônicos duplos, de luz refletida e de grande potência apresentam
grande performance, mas exigem maior espaço físico e maior investimento
financeiro.
Ø O método mais prático para fotografar com flash consiste em acoplá-lo à máquina
e apontá-lo para o modelo. Entretanto, as fotos obtidas através deste sistema não
têm relevo e apresentam sombras duras.
Ø Quando a luz do flash é rebatida ( esse efeito é obtido, por exemplo, ao apontar o
flash para o teto), obtêm-se resultados mais satisfatórios pois o modelo é atingido por
uma luz difusa e refletida, produzindo apenas sombras suaves.
Ø Quando se mantêm o flash suspenso longe da câmera para iluminar o modelo por
cima ou por um dos lados, obtêm-se um melhor efeito de relevo e consegue-se
eliminar o problema dos " olhos vermelhos". Pode-se usar um outro flash como luz de
enchimento para as áreas de sombras.
Ø Flash Múltiplo - Exemplo: pode-se usar o flash para fotografar interior de edifícios,
ou de uma caverna, deixando-se o obturador da câmera aberto, em "B", e
descarregando-se flash sucessivos, por trás de cada uma das colunas ou
espeleotemas. É preciso tomar cuidado para que a luz do flash não penetre
diretamente na objetiva.
Para objetos claros ou de alto brilho, pode-se fechar um ponto do diafragma, e para
objetos escuros, pode-se abrir um ponto.
"Flash" circular - por longo tempo considerado indispensável para fotografia médica
por possibilitar foto de mucosa e cavidades e ainda diminuir reflexos e sombras
sendo contudo, imperfeito nas fotografias onde o relevo é fundamental.
Existem três tipos de luz e cada uma delas pode ser medida, antes de fotografar.
1 -Luz Incidente
2 -Luz Refletida
3 -Luz de Flash
1 - Luz incidente é a luz que cai diretamente sobre o objeto. Este tipo de luz pode ser
medido somente pelos fotômetros manuais, os quais possuem um difusor que
colocado na frente da célula fotoelétrica evita que esta receba a luz com uma
intensidade em demasia. A medição da luz incidente é usada principalmente com
iluminação artificial.
2 - Luz Refletida é a luz que é refletida ou emitida pelo objeto a ser fotografado. Este
tipo de luz também pode ser medido pelo fotômetro TTL ou manual.
3 - Luz de Flash; existe um fotômetro exclusivo para medir este tipo de iluminação.
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6.4 FOTÔMETRO
Funcionamento: o fotômetro ao ser exposto à luz produz uma corrente fraca, porém
mensurável, com intensidade proporcional à luz, e esta intensidade é medida pelo
galvanômetro. A indicação pode ser através de uma agulha ou pontos luminosos a
depender do sistema.
OBS: é necessário entender que os fotômetros podem ser 'enganados', pois a leitura
deste depende apenas do lugar para onde é apontado. EX: se uma grande área do
céu for incluída na cena cuja luz está sendo medida pelo fotômetro, a luminosidade
média provavelmente será muito maior do que a apresentada por essa mesma cena
sem o céu.
7 EXPOSIÇÃO
A quantidade de luz que atinge o filme é afetada por diversos fatores em especial a
duração da exposição e o diâmetro da abertura. Esta abertura é controlada através
do diafragma, instalados na objetiva, que funcionam basicamente como a íris,
controlando a passagem de luminosidade.
A fim de assegurar uma exposição correta para cada negativo deve existir uma
relação entre ambas e o controle das variáveis é basicamente simples: a exposição é
através das mudanças de velocidades do obturador e do tamanho da abertura do
diafragma.
É um artifício utilizado para tirar fotos extras de uma mesma cena, com exposições
maiores ou menores do que a “certa”, como medida de garantia. Existem quatro
maneiras:
2
puxada: quando se utiliza a alteração da sensibilidade nominal para todo o filme é necessário informar ao laboratório para
efetuar um processamento “puxado” indicando qual foi a ASA utilizada.
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d) Utilizando-se filtros de densidade neutra (ND1 e ND2), bater a primeira foto com o
ND1, a segunda sem ele e a terceira com o ND2. A leitura do fotômetro deverá ser
efetuada com o ND1.
Esta deve ser efetuada quando há uma diferença significativa na iluminação entre o
tema principal e o fundo, pois, pelo processo normal da fotometria não se obtem
uma exposição correta.
OBS: não existe uma exposição correta propriamente dita, mas apenas aquela capaz
de proporcionar o efeito desejado. Podendo-se recorrer tanto a sub-exposição quanto
a sobre-exposição, quando se deseja obter um determinado resultado, ou transmitir
um clima.
8 ENQUADRAMENTO E COMPOSIÇÃO
Estes dois aspectos são de grande importância e interferem sensivelmente na
qualidade da fotografia, sem falar no bom gosto. O enquadramento se dará conforme
for o objetivo do fotógrafo, ou seja, ele poderá enquadrar o objeto de interesse da
maneira como achar melhor, porém não deixando dúvidas ao observador da sua
intenção.
O visor fica assim dividido em terços (nove terços), sendo que o ponto ideal para
localizar o motivo principal de sua foto será a interseção das linhas. Os quatros
pontos de interseção são chamados por "pontos de ouro", onde o elemento principal
é priorizado.
Outra forma de enquadrar paisagens com algum horizonte definido como por do Sol
em montanhas ou mar, é saber primeiro o que priorizar. Caso seja o céu, utilize o
terço inferior para as montanhas e o contrário para priorizar as montanhas Evite
enquadrar o horizonte no meio da fotografia, afim de impedir a competição entre os
elementos que a compõem.
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Elaboração: Raimundo Sampaio
Lembre-se que algumas vezes é preciso mudar de ângulo para procurar um melhor
enquadramento, usar um tripé para compor uma foto com calma. Observar o sentido
do crescimento dos elementos. Por exemplo, uma árvore ou uma pessoa. Virar a
câmera na vertical, respeitando o sentido do crescimento destes seres.
Evite preencher a fotografia com vários elementos afim de não compor uma foto
"suja" em que tudo aparece mas nada se evidencia.
- horizonte alto: localizado no terço superior do visor - ex.: Fotos de uma mata
b)Céu:
c)Água:
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Elaboração: Raimundo Sampaio
É elemento importante nas fotos das paisagens, devido à sua capacidade de
reflexão, incorporando uma diversidade enorme de tons e cores.
Obs.: Fotos de quedas d’água (cachoeira) podemos fotografar com logo tempo de
exposição (1s, 2s, 4s), fechando o diafragma, deixando a foto com um "efeito véu", o
que é muito interessante e belo.
d) Zoológico:
As grades dos recintos ou cercas de arame nos zoológicos, podem ser eliminados
quando se encaixa a objetiva entre as suas divisões, ou quando o fotógrafo se
aproxima e usa uma grande abertura do diafragma, com uma objetiva longa e a
maior abertura possível, a uma proximidade maior possível, o obstáculo fica fora de
foco e o resultado é uma fotografia mais natural. Essa técnica torna-se tanto mais
eficaz quanto maior a distância entre o animal e a cerca. Exemplos:
a) Animais Selvagens:
OBS.: A melhor hora para se fotografar flores é o início da manhã, pois a luz nesta
hora do dia, oferece maior contraste para mostrar formas e detalhes. A cor define a
forma, contrastes e valores tonais
8.2 ENQUADRAMENTO
- Seja por falta de atenção ou excesso de pressa, evite captar elementos demais
ou fora do tema na sua foto. A foto neste caso torna-se dispersiva, onde a visão
humana tende a fugir do tema principal.
- As fotos por serem bi-dimensionais, são compostas por linhas e planos que, se
não forem organizados e coerentes, a visualização será dificultada, dando a
sensação de desordem. Sendo assim devem ser evitadas as linhas que dividem
as fotos pela metade, tanto nos sentido vertical como no horizontal.
- Quase todas as fotos, possuem um objetivo em ação. Sendo assim esta ação
precisa de um determinado espaço para que possa se desenvolver, do contrário a
ação será cortada e não terá continuidade.
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Elaboração: Raimundo Sampaio
8.3 COMPOSIÇÃO
Você pode usar a regra dos terços como um guia para a colocação do assunto fora
do centro da área fotografada. Vejamos como funciona: Antes de tirar a foto, imagine
a área da fotografia dividida simultaneamente em três terços verticais e horizontais.
As intersecções dessas linhas imaginárias sugerem 4 opções para a colocação do
centro de interesse para uma boa composição. A opção depende do assunto e como
você quer que ele seja apresentado.
Você pode também usar linhas repetidas para chamar a atenção do observador para
o centro de interesse.
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Elaboração: Raimundo Sampaio
Uma das mais comuns e atrativas linhas usadas na composição é a chamada curva
em S.
Conseguir bom equilíbrio também faz parte das recomendações para uma boa
composição. O enquadramento e a disposição dos assuntos foram todos
cuidadosamente selecionados a fim de poderem criar uma foto bem equilibrada.
A medida que aumenta a distância entre a lente e o plano do filme, seja por meio de
um fole, seja por meio de tubos de extensão, verifica-se uma perda de luz. Não se
pode mais confiar no valor de exposição obtida com o fotômetro de leitura direta
através da objetiva, e as exposições devem ser mais longas. Na parte externa dos
anéis de extensão, encontram-se gravados os fatores de exposição.
3
“Close-up”: são fotografias efetuadas bem próximas ao tema.
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Elaboração: Raimundo Sampaio
10 FILTROS
São peças simples de material transparente e colorido, que podem ser
temporariamente acopladas à parte dianteira da objetiva, utilizados para bloquear a
passagem de determinadas cores e/ou dar efeito a foto.
Com a utilização do filtro, a exposição deve ser aumentada, em função deste impedir
que uma parte da luz atinja o filme. Quanto mais escuro o filtro maior a exposição
necessária a compensação.
O filtro modifica a luz que impressiona o filme, produzindo assim uma imagem muito
mais semelhante aquela que o olho humano consegue capitar.
DENSIDADE NEUTRA - não afetam o equilíbrio das cores nem o contraste, apenas
reduz a quantidade total de luz que atravessa a objetiva.
- Filtro polarizador
FILTROS “CLOSE-UP” – são lentes utilizadas para efetuar fotografias bem próximas
ao tema.
FOTOGRAFIAS DO MAR
UV: realça o contraste das imagens
Polarizador: intensifica o azul do céu, elimina reflexos e realça as cores.
Filtro Âmbar (pouca intensidade): num dia encoberto traz um pouco mais colorido para a imagem.
POR DO SOL
Filtros de tons amarelados ou avermelhados: intensificam ainda mais as cores do por do sol,
provocando forte desbalanceamento das cores a que produz resultados interessantes.
Filtros azuis: aumentam a gama de tons e corrigem os desvios de cores, dando origem a imagens
mais tranquilas.
CÉU
UV: dá maior contraste à imagem e melhora a saturação das cores no céu.
Polarizador: intensifica o azul.
NUVENS
UV e Polarizador: para intensificar o azul do céu e realçar o branco das nuvens.
Graduados: permitem obter efeitos espetaculares, dependendo apenas da criatividade de cada
fotografo.
PAISAGENS AQUÁTICAS
Polarizador: elimina a maior parte dos reflexos e dá à água uma cor mais profunda (quando o
elemento principal é a água e o Sol é forte).
Graduação Cinza: quando há muita diferença de luminosidade entre o céu e a porção d’água.
Azul: determina um equilíbrio mais natural.
Estrelado: dá a forma de estrela a pontos brilhantes, se houver reflexos na água
Vermelho / Laranja: para criar um efeito de por o Sol a qualquer hora do dia.
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Elaboração: Raimundo Sampaio
11 ACESSÓRIOS
São alguns dos acessórios existentes:
12 FOTOGRAFIA DIGITAL
12.1.3 Automatismo
Todas as câmeras digitais possuem um modo automático que determina o foco, a
exposição e o balanço de cor (White-balance). Tudo o que o fotógrafo tem a fazer é
apontar a câmera e apertar o botão do disparo.
Apesar das câmeras digitais poderem selecionar qualquer fração de segundo para
uma exposição, há uma série de ajustes que tem sido tradicionalmente utilizados
quando se usa uma câmera manualmente (que não podem ser feitas em algumas
câmeras digitais simples). A velocidade tradicional de disparo (listada a seguir das
velocidades mais rápidas às mais lentas), incluem 1/1000, 1/500, 1/250, 1/125, 1/60,
1/30, 1/15, 1/8, 1/4, 1/2, e 1 segundo (em câmeras mais sofisticadas podem chegar a
1/35.000 num extremo e no outro ficar o obturador aberto pelo tempo que o fotógrafo
quiser).
Nas câmeras digitais mais simples, amadoras, acontece uma demora entre o
momento de pressionar o disparador e a tomada da foto. Isso porque, no primeiro
momento em que se pressiona o botão, a câmera rapidamente realiza um certo
número de tarefas. Primeiro limpa o CCD, depois corrige o balanço de cor, mede a
distância e estabelece a abertura do diafragma, e finalmente dispara o flash (se
necessário) e tira a foto. Todos esses passos tomam tempo e a ação pode ter já
ocorrido quando finalmente a foto é feita. Assim, fotografia de ação com uma câmera
digital amadora (esportes, por exemplo), é praticamente impossível. Somente as
chamadas câmeras avançadas, ou semi-profissionais, mais as SLR Digitais Pro, têm
capacidade de fazer fotos em sequências rápidas inferiores a um segundo.
Mesmo nas câmeras SLR digitais, com mais recursos, pode ocorrer uma limitação na
quantidade de fotos que se tira em sequência, em função do tempo que a câmera
necessita para gravar a imagem num cartão de memória (o que pode depender da
velocidade de gravação e leitura do próprio cartão). Por exemplo, uma câmera digital
pode fazer fotos numa velocidade de 3 tomadas por segundo, mas até um máximo
de 8 imagens.
Cada célula converte então a luz que cai sobre ela numa carga elétrica. Quanto mais
brilhante a luz, mais alta a carga. Quando o obturador fecha e a exposição está
completa, o sensor recorda o padrão gravado. Os vários níveis de carga são então
convertidos para números binários que podem ser usados para recriar a imagem.
Uma vez que o sensor tenha capturado a imagem, esta precisa ser convertida, ou
seja, digitalizada, e depois armazenada. A imagem armazenada no sensor não é lida
de uma vez, mas em partes separadas. Existem dois modos de se fazer isso –
usando escaneamento interlaçado (interlaced) ou progressivo.
O objeto sempre se move, ou pelo menos a câmera poderá ser mover num curto
espaço de tempo. Também a profundidade de campo será afetada. A conjugação
desses fatores, e o controle sobre eles, é que fazem a diferença entre fotos
convencionais e fotos de grande qualidade.
• Para objetos em movimento rápido, será necessária uma velocidade maior para
congelar o movimento (embora a distância focal das lentes, a proximidade do objeto
e a direção do movimento também afetem a nitidez final da foto)
CURSO DE FOTOGRAFIA 49/81
Elaboração: Raimundo Sampaio
• Para uma máxima profundidade de campo, com a cena nítida do mais próximo ao
mais longinquo, será necessária uma abertura de diafragma menor (embora a
distância focal da lente e a distância aos objetos do cenário também afetem)
Fugindo do sistema das câmeras tradicionais que utilizam filmes (processos químicos
baseados em halogenetos de prata) para gravar e armazenar uma imagem, as
câmeras digitais usam um equipamento chamado sensor de imagem (image sensor).
Trata-se de chips de silício do tamanho de uma unha, também conhecidos como
CCD (Charge-Coupled Device), que contém diodos fotossensíveis, ou fotocélulas. No
curto espaço de tempo em que o obturador é aberto, cada fotocélula grava a
intensidade ou brilho da luz que a atinge por meio de uma carga elétrica; quanto mais
luz, maior a carga. O brilho gravado por cada fotocélula é então armazenado como
uma série de números binários que podem ser usados para reconstruir a cor e o
brilho dos pontos da tela ou da tinta que imprimirão a imagem a partir de uma
impressora.
Portanto, aqui está a diferença básica entre modelos de câmeras digitais (e seus
preços): a capacidade de resolução da imagem (e sua subseqüente qualidade e
tamanho final). Outras diferenças são pertinentes à quantidade de recursos
disponíveis na câmera e seu grau de automação ou possibilidade de ajustes
manuais.
Voltando a falar sobre resolução, como vimos, os sensores de imagens contém uma
teia (ou grade) de fotocélulas, cada uma delas representando um pixel na imagem
final - assim a resolução de uma câmera digital é determinada pela quantidade de
fotocélulas que existem na superfície de seu sensor. Por exemplo, uma câmera com
um sensor no qual cabem 1600 (largura) x 1200 (altura) fotocélulas gera uma
imagem de 1600 x 1200 pixels. Então, para efeito de terminologia e definição da
capacidade de uma câmera, dizemos simplesmente que ela tem uma resolução de
1600 x 1200 pixels, ou 1,92 megapixels.
Atualmente as câmeras mais simples geram arquivos de 640 x 480 pixels, enquanto
câmeras de capacidade média estão por volta de 1600 x 1200 pixels, e câmeras de
ponta produzem imagens de 2.560 x 1.920 pixels (perto de 5 megapixels). Importante
notar que isto se refere às câmeras amadoras, pois algumas profissionais já
produzem mais de seis milhões de pixels. Quanto maior a capacidade de resolução,
geralmente maior também o preço.
Outro detalhe importante é que quanto maior a imagem em pixel, maior o tamanho
do arquivo resultante. Por isso, normalmente as câmeras digitais possuem uma
regulagem para o tamanho do arquivo, dando a opção para o fotógrafo de escolher o
modo de resolução. Assim, se alguém vai capturar imagens para a WEB e possui
uma câmera de 3.3 megapixels, pode regulá-la para gerar imagens de apenas 640 x
480 pixels, bem mais fáceis de armazenar e lidar. Por exemplo, uma câmera de alta
resolução, 2048 x 1560 pixels, gera uma imagem média em arquivo JPEG (depende
das tonalidades e intensidade de luz retratadas) de aproximadamente 1,2 MB
(megabytes). Já na resolução de 640 x 480 pixels, no mesmo formato JPEG, gerará
um arquivo de apenas 220 Kb (kilobytes), ou seja, menos de 1/5 do tamanho.
Contudo, como toda regra tem sua exceção, em nível de software hoje em dia já
existe um que realmente consegue a façanha. Ele não “imagina” nada. Realmente
cria pixels que funcionam. Só que não está embutido em nenhuma câmera digital, é
vendido somente para instalação em computadores - este incrível software, que
recomendamos, é o Genuine Fractals. Alguns fabricantes de câmeras digitais já
estão distribuindo cópias “lights” deste software especial junto com suas câmeras,
como a Nikon.
É interessante acrescentar ainda que kilobyte é uma medida que representa cem
bytes, enquanto um megabyte corresponde à mil bytes.
1 Isso gera confusão para muita gente, pois quando se salva um arquivo de imagem, a
resolução é dada em pixels por polegada, sendo um arquivo de alta resolução geralmente
igual a 300 pixels por polegada, ou seja, 300 dpi (que correspondem à capacidade máxima
de impressão para impressoras de qualquer tipo). Ora, numa impressora jato de tinta, cada
pixel pode ser representado por vários pontos de impressão, e portanto, mesmo que a
resolução da impressora seja de 2880 dpi, na verdade essa resolução diz respeito apenas a
recursos para melhor representar cada pixel na resolução padrão de 300 dpi.
CURSO DE FOTOGRAFIA 56/81
Elaboração: Raimundo Sampaio
Como formatos próprios são limitados, os formatos para transferência são projetados
para possibilitar que as imagens possam ser abertas por praticamente qualquer
programa. Alguns se tornaram assim padrões – qualquer aplicativo pode abri-los e
salvar imagens com sua extensão.
12.3.4 Compressão
Quando se digitaliza uma foto, o tamanho do arquivo é grande se comparado a
outros arquivos de um computador. Uma imagem de baixa resolução em 640 x 480
pixels, por exemplo, pode ter até 307.200 pixels, o que resulta num tamanho de
arquivo, sem compressão, de quase um megabyte. Portanto, a compressão de
imagens é uma necessidade, ou o disco rígido do computador ficará lotado somente
com as fotos.
A chamada lossless compression (menos perda) comprime uma imagem de tal modo
que a qualidade é mantida. Embora pareça a ideal, não proporciona redução
significativa do arquivo, que geralmente fica reduzido a um terço do tamanho original.
O padrão mais utilizado é o LZW (Lempel-Ziv-Welch), que tanto em arquivos GIF
como TIFF produz compressão de 50 a 90%.
A maioria das câmeras digitais utiliza o sistema de compressão com perda, já que o
espaço para armazenagem de imagens é extremamente complicado e caro
(falaremos dos cartões adiante) e, em geral, a qualidade é mantida por meio do
JPEG em qualidade máxima de compressão. O formato descarta informações não
importantes da imagem. Por exemplo, se grandes áreas do céu são azuis, só o valor
de um pixel precisa ser salvo – quando a imagem é aberta, aquele valor é aplicado
para todo o conjunto (por isso os tamanhos de arquivos comprimidos variam muito,
pois dependem de quanta informação de cor existe na imagem).
Contudo, como a qualidade é afetada pelo grau de compressão, para o usuário mais
exigente e para profissionais, as câmeras mais avançadas permitem que se opte
pela imagem em TIFF (o que obriga a um cartão de memória de grande capacidade).
CURSO DE FOTOGRAFIA 58/81
Elaboração: Raimundo Sampaio
JPEG
O formato JPEG (Joint Photographic
Experts Group), que os americanos
pronunciam “jay-peg”, e no Brasil “jota-
peg”, é um dos mais populares,
principalmente para fotos na Web. Ele
tem duas características importantes:
A segunda é que este formato suporta 24 bits de cores. Já o formato GIF, o outro tipo
de arquivo muito utilizado na Internet suporta apenas 8 bits.
Um detalhe importante é que se uma foto em JPEG for aberta e depois salva
novamente, cada vez que é salva torna a ser comprimida, o que gera mais perda.
Portanto, a perda de qualidade é acumulativa. Para evitar que uma imagem vá se
deteriorando, deve-se abri-la e tornar a salvá-la o menos possível. Uma
recomendação quando se trabalha com imagens em JPEG é salvar um original em
TIFF (formato sem compressão como veremos adiante), e sempre que for necessário
trabalhar nesse formato, para somente no momento de enviar a foto ou disponibilizá-
la por outros meios (como a WEB) gravar a imagem em JPEG.
O formato de imagem JPEG pouco tem mudado desde que surgiu. Contudo,
recentemente se trabalhou num novo projeto de formato JPEG pelo Digital Imaging
Group (DIG).O novo formato JPEG tem 20% a mais de compressão com menos
perda de qualidade, ou seja, ficou ainda melhor. Contudo, ainda não está sendo
utilizado pelos softwares mais importantes. Sua extensão pode ser J2K ou JP2.
CURSO DE FOTOGRAFIA 59/81
Elaboração: Raimundo Sampaio
TIFF
O formato TIFF (Tag Image File Format), foi originalmente desenvolvido para salvar
imagens capturadas por scanners e para uso em programas editores de imagens.
Este formato, sem compressão e sem perda de qualidade, é largamente aceito e
praticamente reconhecido por qualquer software e sistema operacional, impressoras,
etc. Além disso, é o formato preferido para aplicações em editoração eletrônica. O
TIFF também é um modo de cores de 24 bits.
CCD RAW
Quando um sensor de imagem captura informação que gera uma imagem, algumas
câmeras digitais permitem que se salve um arquivo não processado, ainda “cru” (por
isso é chamado RAW). Este formato contém tudo o que a câmera digitalizou. O
motivo para seu uso é livrar o processador da câmera digital da tarefa de realizar os
cálculos necessários para otimização da imagem digital, possibilitando que isso seja
feito no computador. Uma imagem em RAW terá, depois de aberta no computador e
otimizada, de ser salva num formato qualquer para ser utilizada.
Uma vantagem desse formato é gerar um arquivo menor do que no formato TIFF
(pelo menos 60%). Como um computador terá muito mais capacidade de
processamento que a câmera, a imagem final também terá melhor qualidade do que
se for diretamente salva pela própria câmera em formatos JPEG ou TIFF. Contudo,
vale notar que o usuário deverá ter domínio de técnicas de otimização de imagem
para poder aproveitar este formato.
Aqui uma observação importante: de qualquer modo, utilize a câmera que for, o
fotógrafo mais exigente terá que aprender a conviver com softwares editores de
imagens de modo a corrigir pequenos problemas de processamento incorreto gerado
no arquivo da imagem pela câmera digital - os processadores desta sempre serão
mais limitados do que os dos computadores, e assim, a imagem sempre terá algum
trabalho a ser feito. O básico sobre o que fazer e como fazer veremos adiante.
GIFs (.GIF)
O formato GIF (Graphics Interchange Format) é
amplamente usado na Internet, mas principalmente para
artes e desenhos, não para fotografias. Este formato
armazena apenas 256 cores numa tabela chamada
“palette”. Contudo, em termos de fotografia, podemos
deixá-lo de lado a não ser que se pretenda exibir uma
animação – no caso, o GIF funciona bem para isso.
Mais como curiosidade, existem duas versões do GIF na Web; o original GIF 87a e
uma nova versão mais nova, a 89a. Ambas utilizam um processo chamado
interlacing (entrelaçado) – as imagens são armazenadas em quatro passadas ao
invés de uma, como na versão antiga. Assim, quando a imagem é exibida num
browser, vai surgindo uma linha por vez. Outra característica importante é que o
fundo pode ser transparente, para isso é preciso especificar que cor da tabela será
assim considerada; quando o browser abrir a imagem, substituirá a cor selecionada
como transparente pelo que estiver sendo apresentado na janela do browser sob a
imagem.
CURSO DE FOTOGRAFIA 60/81
Elaboração: Raimundo Sampaio
Gravar as fotografias (como arquivos de imagem) é uma das tarefas mais difíceis e
(ainda) limitantes para um equipamento digital. O problema é que fotografias em alta
resolução, com qualidade para ser impressa em tamanhos razoáveis, formam
arquivos muito grandes.
Este é, de fato, ainda um dos fatores não resolvidos da fotografia digital. Para se ter
melhor idéia, vamos relacionar formatos de arquivos, resoluções de fotos e tamanhos
estimados de arquivos:
Tamanho
Formato Resolução
(estimado)
Como se observa pela tabela acima, para se tirar 36 fotografias no formato TIFF em
alta resolução (o que corresponderia a quantidade de fotos de um filme tradicional)
seriam necessários nada mais nada menos que 324 MB de espaço num cartão de
memória. Sim, já existem cartões dessas dimensões, mas ainda custam muito caro.
Para baratear custos, os fabricantes costumam entregar, junto com a câmera,
cartões digitais de 8 ou 16 MB de capacidade. Muito pouco, como se percebe,
quando se fala em altas resoluções. Contudo, quando a idéia são fotos para a
Internet, tipo 640 x 480 pixels (que representam arquivos por volta de 10 kbs), pode-
se tirar centenas de fotos num cartão de memória de 8 MB.
Qualquer que seja o tipo utilizado, a câmera permite que se remova o equipamento
quando este ficar com o espaço de armazenamento completo e que se insira outro.
O número de imagens que se pode gravar até completar o espaço disponível
depende de uma série de fatores:
Em comum:
Diferenças:
• Discos magnéticos tem partes móveis, enquanto cartões de memória flash não
• Discos magnéticos são geralmente mais baratos (por foto armazenada) e mais
rápidos
• Cartões de memória são menores, mais leves e menos sujeitos a danos
Cartões de memória flash consomem pouca energia, ocupam pouco espaço e são
muito robustos. São também muito convenientes, fáceis de transportar e trocar
conforme o necessário.
• PC Cards
• CompactFlash
• SmartMedia
• xD Cards
• MemorySticks
• Multimedia Cards
Seja como for, eles eram usados na maioria dos computadores tipo notebook e logo
em algumas câmeras. Mais ou menos do tamanho de um cartão de crédito, PC
Cards vinham com uma grande variedade de modelos e espessuras, mas eram os do
tipo I e II os usados para memória flash.
Cartões SmartMedia
O modelo SmartMedia é o maior competidor para o CompactFlash e é usado por
alguns importantes fabricantes. Também é baseado na arquitetura ATA. A maior
vantagem do SmartMedia é a simplicidade; não passa de um chip tipo flash num
cartão. Não contém controladores nem circuitos de suporte, o que resulta numa
miniaturização de acordo com os interesses do fabricante. O problema com esta
abordagem é que são necessárias funções de controle, que precisam então ser
construídas na câmera, assim compatibilidade entre velhos modelos e novos
modelos não fica garantida.
Cartões MultiMedia
Um cartão MultiMedia pesa menos que duas gramas e é do tamanho de um selo
postal. Idealizado inicialmente para telefones celulares e pagers, outros mercados
como fotografia digital e tocadores de música MP3 o adotaram principalmente pelo
tamanho reduzido. Capacidade varia muito, e pode chegar até 1 GB
Discos magnéticos
Disquetes
Um dos mais antigos e baratos meios de armazenagem de informação continua
sendo o velho disquete. Difícil encontrar um computador sem um drive para ele. A
grande vantagem é a simplicidade e o uso universal, sem a necessidade de
instalação de softwares, drivers ou qualquer outro recurso para se acessar a
imagem. Contudo, a grande desvantagem é o espaço extremamente limitado de
armazenagem.
CURSO DE FOTOGRAFIA 64/81
Elaboração: Raimundo Sampaio
Discos rígidos
Um dos pontos fracos dos cartões de memória CompactFlash é a capacidade de
armazenamento relativamente pequena. Para câmeras digitais de alta resolução,
isso é um problema grave. Uma solução é o uso dos ultra-rápidos discos rígidos,
iguais aos dos computadores mas em tamanho miniatura. A solução é da IBM, que
criou o Microdrive, um disco rígido do tamanho de um cartão de memória flash, e que
pode ter até 1 GB de espaço para armazenamento.
Logo que você começa a trabalhar com imagens digitais, vai se deparar com o
problema de como encontrar rapidamente aquela fotografia do aniversário de seu
filho. Ou das últimas férias. E assim por diante. Isso porque, se num álbum real a
gente reconhece as fotos enquanto vai folheando as páginas, no computador a coisa
é um pouco diferente.
Quem está acostumado a organizar seus arquivos de texto ou outro tipo qualquer já
tem noção de alguns princípios de organização. Normalmente a gente adota pastas
com nomes adequados para cada assunto, e vai colocando os arquivos pertinentes
dentro de cada pasta.
Existem inúmeros softwares para gerenciar imagens num micro. Alguns interessam
apenas a amadores, que pretendem visualizar pequena quantidade de imagens na
tela, outros são projetados para profissionais, permitindo gerenciar extensos bancos
de imagens por palavras-chave, inclusive por meio de servidores na Internet.
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Elaboração: Raimundo Sampaio
E se você for levar mesmo fotografia digital a sério, outra recomendação fundamental
é adquirir um gravador de CD-ROM. Assim, é possível armazenar uma quantidade
ilimitada de imagens, mesmo em alta resolução, gravando-se em CDs.
12.5 IMPRESSÃO
Normalmente, as fotos tiradas por câmeras digitais gravam imagens com resolução
de 72 dpi (seja em JPEG ou TIFF). Ocorre que essa é uma opção para uso no vídeo
(WEB), então o primeiro passo, quando se abre um arquivo recém-chegado da
câmera, é converter a imagem para 300 dpi.
Vejamos um exemplo prático. Quando abro uma foto vinda diretamente da minha
câmera digital no Photoshop, ela aparece configurada para 72 dpi. Ora, como essa
imagem tem 2048 x 1536 pixels, se eu imprimir diretamente isso surgirá uma imagem
de 72,25 x 54,19 cms em baixa resolução! Então, basta mudar para 300 dpi, que a
impressão surgirá correta, em alta resolução e no tamanho de 17,34 x 13 cms.
Como os pixels armazenados num arquivo de imagem não têm tamanho físico ou
formato, não é de estranhar que o número de fotocélulas não indique por sí mesmo a
definição da imagem ou mesmo seu tamanho. Isso porque as dimensões de cada
pixel capturado e a imagem da qual faz parte são determinados pelo equipamento de
saída. Este equipamento de saída (digamos um monitor ou um impressora), por sua
vez, pode expandir ou contrair os pixels disponíveis na imagem por uma pequena ou
grande área da tela ou do papel de impressão.
Assim, como no exemplo citado quando abrimos o arquivo da foto recém tirada, ela
aparece com 72 dpi, o que expande a imagem para aquele tamanho enorme de mais
de meio metro, e com certeza torna a foto completamente tomada por visíveis pixels
quadrados.No momento em que determino que a saída deve ser de 300 dpi (a maior
resolução possível), os pixels se agrupam corretamente para o olho humano, e a
imagem a ser gerada diminui para os pouco mais de 17 centímetros.
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Elaboração: Raimundo Sampaio
Quando a imagem é escaneada, uma fonte de luz desliza sobre a foto (ou
documento impresso). Alguns modelos fazem o contrário, “puxam” o documento pela
fonte. A fonte de luz reflete a superfície da foto (ou documento), ou passa através do
slide ou negativo, sendo focado por um sistema ótico (lente e espelho).
Alguns scanners são projetados para escanear fotos e documentos – operam por
reflexão. Outros são desenhados para lidar com transparências (slides e negativos).
Ainda existem os que são basicamente para documentos mas possuem adaptadores
para transparências, contudo, a qualidade nesse caso geralmente costuma ser
inferior.
Quando você vai usar um scanner para digitalizar suas fotos, é preciso fazer alguns
ajustes iniciais no software que acompanha o equipamento. Este software (chamado
também de aplicativo, plug-in ou driver) é o programa que gerencia as funções do
scanner e pode ser acionado através de um editor de imagens, como o Photoshop,
ou ser acionado diretamente de sua área de trabalho. Ele vem com o equipamento
que você comprou e deve ser instalado em seu computador segundo as indicações
de cada fabricante.
Note que existe um cadeado do lado esquerdo dos números. Ele é usado para você
manter a proporção entre largura e altura inalterada. Depois de definir estes valores,
clique em cima do cadeado, que tomará a forma fechada. Agora, se você alterar um
dos valores, o outro será alterado automaticamente e proporcionalmente.
4. Unidade - é aqui que você escolhe a unidade para o tamanho da imagem (pixel,
cm, etc.)
5. Image size - mostra o tamanho da imagem que será criada após a digitalização.
Quanto maior o número de pixels, maior o tamanho.
CURSO DE FOTOGRAFIA 69/81
Elaboração: Raimundo Sampaio
2. Área de digitalização -
movimente o cursor até uma das
laterais da imagem, clique e
segure o botão do mouse e vá
arrastando até marcar com a área
pontilhada a região que deseja
escanear. Se você deixou o
cadeado fechado no item 3 da tela
anterior, a área pontilhada irá
representar exatamente aquele
tamanho e proporção que você
escolheu.
3. Scan - pronto! Basta apertar esta tecla e a sua imagem será digitalizada da
maneira que você definiu. Depois de terminado o escaneamento é só salvar a
imagem em seu disco rígido. Escolha o formato JPG ou JPEG, compressão média e
dê um nome para seu arquivo.
14 DICAS E RECOMENDAÇÕES
14.1 GERAIS
Nas grandes angulares de 28 mm, como o campo de visão é maior, pode ocorrer um
escurecimento nas laterais em função do alcance do flash, melhor utilizar as 35 mm.
Para o caso de fotos onde não desejar dispor a profundidade de campo em “xeque”,
variar a velocidade.
Abertura ( f ) Distância ( m )
22 0,8
16 1,4
11 2,0
8 3,0
5,6 4,5
4 6,0
2,8 8,0
2 10,0
Segure a câmara com a mão direita, mantendo o dedo indicada cor no botão
do obturador, e apoie-a e focalize com a esquerda. Se você encostar o olho
direito ao visor, terá condições de transportar o filme, sem alterar a posição
da máquina. Empunhe-a como se ela fosse um rifle. A fim de conseguir
estabilidade, encoste os cotovelos ao corpo e conserve os pés ligeiramente
afastados. Acione o disparador com suavidade e firmeza.
CURSO DE FOTOGRAFIA 72/81
Elaboração: Raimundo Sampaio
A maneira mais Quando não for Embora esta posição Para tirar fotos na
comum de segurar a possível usar um tripé, seja basicamente vertical é preciso
câmara consiste em e a máquina estiver igual à anterior, ela mais uma vez
apoiar seu peso com uma objetiva permite que o segurar a câmara
sobre a mão muito longa, deve-se fotógrafo mantenha com a mão
esquerda de modo escolher uma alta os cotovelos junto ao esquerda ficando a
que ela possa girar velocidade de corpo, podendo direita livre para
os anéis de abertura obturador. Neste caso, contar deste modo fazer a exposição.
e de focalização. é essencial apoiar a com um apoio mais Esse procedimento
câmara por baixo. seguro. reduz o risco de
trepidação.
Quando o filme chega ao fim a alavanca de avanço não consegue ser acionada,
verificar se o contador de exposição está indicando a última foto prevista.
14.5.1 Velocidade
girar o botão, fazendo a graduação coincidir com a marca de ajuste, assegurando
que o botão não esteja numa posição entre dois números.
14.5.2 Abertura
girar o anel correspondente e por o numero desejado em frente ao índice de
abertura/distancia, podendo ser usada posições intermediárias.
14.5.3 A focalização
é feita com telemetro de imagem partida, colar micro-prismas e vidro despolido.
Fora de foco: observar a distância mínima para câmeras de foco fixo, e a regulagem
nas de foco regulável.
Calor: o filme exposto muito tempo ao calor, da como resultado cópias com cores
distorcidas (evitar deixar a câmara e filme expostos ao sol).
Fog: névoa que recobre o filme ou papel de cópia; é causado pela luz que atinge
acidentalmente o filme ou pela revelação acima da adequada.
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Elaboração: Raimundo Sampaio
Observe se a lente está limpa: dispense especial atenção ao seu elemento posterior.
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Elaboração: Raimundo Sampaio
Após todos estes passos enquadre o objetivo a ser fotografado, focalize-o, e aperte o
acionador do obturador para registrar o momento desejado.
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Elaboração: Raimundo Sampaio
Vale lembrar que caso esteja utilizando flash, verifique o estado das pilhas e se está
ligado.
Esta "cartilha" não pretende reproduzir o texto legal. É apenas uma versão parcial,
adaptada e dirigida aos fotógrafos e consumidores de imagem fotográfica na área
comercial, ainda que legalmente correta e criteriosa. No caso de duvidas, sugere-se
a consulta da lei.
3. Fotos para fins pedagógicos, científicos, têm uma redução da proteção do titular
de direito em favor da sociedade que é usuária do conhecimento humano.
8. Ninguém pode alegar que o fotógrafo cedeu os direitos autorais, sem que isso
conste expressamente em contrato de cessão de direitos.
10. O fotógrafo não é obrigado a autorizar alterações em sua obra, a não ser que
conste no contrato de cessão de direitos.
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Elaboração: Raimundo Sampaio
17 CURIOSIDADES E QUESTÕES POLÊMICAS
A fotografia é protegida por lei?
É. A fotografia é considerada como obra intelectual, e como tal está protegida pelo
art. 7., inc. VII da Lei n. n9610/98:
E a segunda,está prevista neste mesmo artigo, letra "g", que se refere à obra
derivada, ou seja, aquela que constitui criação intelectual nova resultando
datransformação da obra originária. Na utilização da obra feita em co-autoria será
sempre necessária a autorização dos autores que integram essa obra.
1. Direitos Morais
São direitos que o autor não poderá vender, dar, emprestar, fazer leasing,desistir etc.
Eles são parte inseparável da obra criada, seja ela feita por encomenda, co-autoria,
colaboração ou outras, pertencendo esses direitos única e exclusivamente ao autor.
Portanto, pelo art.24 da Lei dos Direitos Autorais, o fotógrafo tem direito a:
- reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da foto.
- ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional ou indicado na utilização
da foto.
- é o que chamamos de crédito.
- conservar a foto inédita.
- opor-se a qualquer modificação na sua foto.
- no entanto, o fotógrafo pode modificar sua foto, antes ou depois de
utilizada.
- retirar de circulação a sua foto ou suspender qualquer forma de utilização
já autorizada, quando considerar a circulação ou utilização indevida.
- ter acesso, para reprodução, o original único e raro da foto de sua
autoria, mesmo quando se encontre legitimamente em poder de outro.
2. Direitos Patrimoniais
São aqueles que permitem que você possa comercializar a sua foto, da forma que
quiser. Seja ela encomendada ou não. É isso o que vai permitir sua
profissionalização e sua inclusão no mercado.
Atenção:
A Lei autoriza que, no caso de ausência de menção do prazo em contrato de cessão
de direitos, fica estipulado o prazo de 05 (cinco) anos. Quem for utilizar uma foto
deverá ter autorização prévia e expressa do fotógrafo, por exemplo:
- reprodução parcial ou integral.
- edição.
- quaisquer transformações.
- inclusão em produção audiovisual.
- distribuição fora do contrato de autorização para uso ou exploração
- distribuição mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer meio
que permita acesso pago à foto, inclusive a Internet.
- utilização, direta ou indireta, da foto, através de inúmeros meios de
exibição: áudio-visual, cinema ou processo assemelhado, satélites
artificiais, sistemas óticos, fios telefônicos ou não, cabos ou quaisquer
meios de comunicação.
- quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser
criadas.
Problemas Polêmicos
1. O cliente pagou, a foto é dele.
Não, não é. Os direitos patrimoniais da fotografia podem pertencer ao cliente,
dependendo do contrato assinado com o mesmo. Os direitos morais não. Como já
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Elaboração: Raimundo Sampaio
falamos, os direitos morais são inalienáveis e irrenunciáveis, pertencendo única e
exclusivamente ao autor.
Os direitos patrimoniais ficam por 70 (setenta) anos com seus herdeiros. Só na falta
deles a sua foto será de domínio público.
Para haver cessão é necessário um contrato especial e, mesmo este, tem prazo para
terminar! Por quanto e como você vende esta utilização é portanto, arbítrio seu e do
mercado. Porém, a melhor forma (e mais prática) será sempre a praticada nos
moldes e exemplos da própria Lei.
Atenção:
No caso de fotografia para fins comerciais, você não pode sair fotografando nem a
pessoa que você bem entender nem qualquer objeto de autoria conhecida, sem
prévia autorização, porque você estará infringindo a Lei que regula o Direito de
Imagem das pessoas e/ou objetos (propriedades).
18 BIBLIOGRAFIA
Manual de Fotografia 35mm, Julian Calder / J. Garrett