Lei Ordinária #5.921 - 2015
Lei Ordinária #5.921 - 2015
Lei Ordinária #5.921 - 2015
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO II
DOS NÍVEIS MÁXIMOS PERMISSÍVEIS E DA MEDIÇÃO DE SONS E RUÍDOS
CAPÍTULO III
DAS PERMISSÕES
Art. 6º Serão tolerados ruídos e sons acima dos limites definidos nesta Lei
provenientes de:
I - serviços de construção civil não passíveis de confinamento, que adotarem demais
medidas de controle sonoro, no período compreendido entre 8:00 h (oito horas) e
17:00 h (dezessete horas);
II - alarmes em imóveis e sirenes ou aparelhos semelhantes que assinalem o início ou o
fim de jornada de trabalho ou de períodos de aula em escola, desde que tenham
duração máxima de 30 s (trinta segundos);
III - obras e serviços urgentes e inadiáveis decorrentes de casos fortuitos ou de força
maior, acidentes graves ou perigo iminente à segurança e ao bem-estar da
comunidade, bem como o restabelecimento de serviços públicos essenciais, tais como
energia elétrica, gás, telefone, água, esgoto e sistema viário;
IV - o uso de explosivos em desmontes de rochas e de obras civis no período
compreendido entre 10:00 h (dez horas) e 16:00 h (dezesseis horas), nos dias úteis,
observada a legislação específica e previamente autorizado pelo órgão municipal
competente.
V - os sons regulares emitidos durante período de aula nas escolas municipais,
estaduais e particulares, bem como os sons emitidos durante os intervalos de aulas das
instituições de ensino regulamentadas pelo Ministério da Educação e Cultura e os
originários de atividades educacionais, culturais, sócio recreativas e desportivas
realizadas pelo Poder Público ou por entidades sem fins lucrativos. (AC) (Redação dada
pela Lei Municipal nº 6522, de 12 junho de 2019.)
§ 1º Nas hipóteses previstas nos incisos I, II, e III deste artigo, os ruídos e sons não
poderão ultrapassar 80 dB(A) (oitenta decibéis em curva de ponderação A).
§ 2º Os serviços de construção civil da responsabilidade de entidades públicas ou
privadas, com geração de ruídos, dependem de autorização prévia do órgão municipal
competente, quando executados nos seguintes horários:
I - domingos e feriados, em qualquer horário;
II - sábados e dias úteis, em horário noturno.
§ 3º Nas hipóteses previstas no inciso V deste artigo os ruídos e sons não poderão
ultrapassar 80 dB(A) (oitenta decibéis em curva de ponderação A) (AC) (Redação dada
pela Lei Municipal nº 6522, de 12 junho de 2019.)
CAPÍTULO IV
DO CALENDÁRIO OFICIAL DE FESTAS E EVENTOS DO MUNICÍPIO
CAPÍTULO V
DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
Seção I
Das Penalidades
Art. 10. As infrações administrativas previstas nesta lei são punidas com as seguintes
sanções, independente da obrigação de cessar a transgressão:
I - advertência;
II - multa;
III - interdição parcial ou total da atividade, até a correção das irregularidades;
IV - cassação da licença.
Art. 11. Constituem infrações as normas desta lei, as tipificadas nos parágrafos
seguintes.
§ 1º Emitir ou produzir sons ou ruídos acima do limite estabelecido nesta lei, até o
máximo de 10 % (dez por cento) desse valor. Pena: Multa de R$700,00 (setecentos
reais) a R$3.900,00 (três mil e novecentos mil reais).
§ 2º Emitir ou produzir sons ou ruídos acima do limite estabelecido nesta lei, entre 10
% (dez por cento) e até 40% (quarenta por cento) do limite estabelecido. Pena: Multa
de R$4.000,00 (quatro mil reais) a R$7.500 (sete mil e quinhentos reais).
§ 3º Emitir ou produzir sons ou ruídos que ultrapassem 40 % (quarenta por cento) em
relação ao limite estabelecido nesta lei. Pena: Multa de R$8.000,00 (oito mil reais) a
R$15.000 (quinze mil reais).
Art. 12. Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente
observará:
I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas consequências
para a saúde pública e para o meio ambiente;
II - os antecedentes do infrator relacionados à infração quanto ao cumprimento da
legislação ambiental;
III - a situação e econômica do infrator, no caso de multa;
IV - a efetividade das medidas adotadas pelo infrator para a correção dos danos
causados ao meio ambiente;
V - a colaboração do infrator com os órgãos ambientais na solução dos problemas
advindos de sua conduta.
Art. 13. Em caso de primeira e segunda reincidência, a multa será aplicada,
respectivamente, em dobro e em triplo.
Parágrafo único. Considera-se reincidência o cometimento de igual infração dentro do
prazo de 60 (sessenta) meses.
Art. 14. O pagamento da multa não exime o infrator da implantação de medidas de
controle de ruídos e sons.
Art. 15. Para aplicação da pena de multa não é obrigatório anteceder a pena de
advertência.
Seção II
Das Disposições Sobre Fiscalização, Autuação e Procedimento Administrativo.
Art. 16. A fiscalização e a aplicação de sanções por infração às normas contidas desta
lei serão exercidas diretamente pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável (SEMMAD).
§ 1º A SEMMAD poderá firmar convênios com outros órgãos, visando a melhor
eficiência da fiscalização.
§ 2º Compete aos Servidores da Secretaria verificar a ocorrência de infração às
normas desta lei e lavrar auto de infração aplicando as penalidades cabíveis.
§ 3º Durante a fiscalização, cabe ao Servidor identificar-se através da respectiva
credencial funcional.
Art. 17. Para garantir a execução das medidas estabelecidas nesta lei e nas normas
dela decorrentes, fica assegurada aos servidores a entrada no local, ainda que noturno, e a
permanência nele pelo tempo necessário, respeitado o domicílio nos termos do inciso XI do art.
5º, da Constituição da República.
Parágrafo único. O servidor, sempre que necessário, poderá requisitar apoio policial
para garantir o cumprimento do disposto neste artigo.
Art. 18. Verificada a ocorrência de infração a esta lei, será lavrado auto de infração,
em duas vias, destinando-se a primeira ao autuado e outra a formação de processo administrativo,
devendo o instrumento conter:
I - nome ou razão social do autuado, com o respectivo endereço;
II - Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ);
III - fato constitutivo da infração;
IV - disposição legal em que fundamenta a autuação;
V- reincidência;
VI - aplicação das penas;
VII - o prazo para pagamento ou defesa;
VIII - local, data e hora da autuação;
IX - Identificação e assinatura do servidor responsável pela autuação.
X - assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta como notificação.
Art. 19. Não sendo possível a autuação em flagrante, o autuado será notificado,
pessoalmente ou interposta pessoa, por via postal com aviso de recebimento, por publicação no
órgão oficial dos Poderes do Município ou mediante qualquer outro meio que assegure a ciência
da autuação.
Parágrafo único. Para produzir efeitos, a notificação por via postal independe do
recebimento pessoal do interessado, sendo suficiente que a correspondência seja
entregue no endereço do autuado ou local da infração.
Seção III
Da Defesa e do Recurso Contra a Aplicação da Penalidade
Seção IV
Do Recolhimento das Multas
Art. 31. As multas previstas nesta lei deverão ser recolhidas no prazo de 20 (vinte) dias
da data da notificação da decisão administrativa definitiva, sob pena de inscrição em dívida ativa.
Art. 32. O valor referente às multas arrecadadas com a aplicação de penalidades
administrativas previstas nesta lei constituirá receita própria da Secretaria de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável, responsável pela fiscalização e lavratura do respectivo auto de
infração.
Art. 33. O valor da multa será corrigido monetariamente a partir da data do
vencimento, bem como acréscimos de juros de mora de um por cento ao mês.
Art. 34. Os débitos resultantes de multas aplicadas em decorrência de infração às
normas desta lei poderão ser parcelados em até 12 (doze) vezes, respeitada a parcela mínima de
R$500,00 (quinhentos reais).
Art. 35. O Órgão ambiental deverá encaminhar à Secretaria Municipal da Fazenda o
processo administrativo para inscrição do débito em dívida ativa, no caso de decisão definitiva e
falta de recolhimento.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 36. Na contagem dos prazos estabelecidos nesta Lei, excluir-se-á o dia do início e
incluir-se-á o do vencimento, e considerar-se-ão os dias consecutivos.
Art. 37. Aplica-se ao controle de ruídos, sons e vibrações, previstos nesta lei, as
normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, naquilo em que não
contrarie suas disposições e limites.
Art. 38. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário, em especial a Lei Municipal nº 5421, de 28 de novembro de 2012.
Betim, 10 de julho de 2015.
CARLAILE JESUS PEDROSA
Prefeito Municipal
(Originária do Projeto de Lei nº 110/15, de autoria dos Vereadores Eliseu Xavier Dias e José Afonso
Oliveira)
Este texto não substitui o publicado no Órgão Oficial de Betim Nº 1410, 11 de julho de 2015.