Aba Apostila
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O que é ABA? 5
O que é DTT? 7
Comportamento 19
Currículo 82
Instrução 103
O que é ABA?
Análise do Comportamento Aplicada (Applied Behavior Analysis; abreviando:
ABA) é um termo advindo do campo científico do Behaviorismo, que observa,
analisa e explica a associação entre o ambiente, o comportamento humano e a
aprendizagem. Uma vez que um comportamento é analisado, um plano de ação
pode ser implementado para modificar aquele comportamento.
O Behaviorismo concentra-se na análise objetiva do comportamento
observável e mensurável em oposição, por exemplo, à abordagem psicanalítica, que
assume que muito do nosso comportamento deve-se a processos inconscientes.
(Lembre-se de Freud!).
Ivan Pavlov, John B. Watson, Edward Thorndike e B.F. Skinner foram os
pioneiros que pesquisaram e descobriram os princípios científicos do Behaviorismo.
São considerados os “Pais do Behaviorismo”. O livro de B.F. Skinner, lançado em
1938, “The Behavior of Organisms” (O comportamento dos organismos), descrevia
sua mais importante descoberta, o Condicionamento Operante, que é o que usamos
atualmente para mudar ou modificar comportamentos e ajudar na aprendizagem.
Condicionamento Operante significa que um comportamento seguido por um
estímulo reforçador resulta em uma probabilidade aumentada de que aquele
comportamento ocorra no futuro.
Em português claro isso significa que, à medida que você vai levando a vida,
vão lhe acontecendo coisas que vão aumentar ou diminuir a probabilidade de que
você adote determinado comportamento no futuro. Por exemplo, se durante seu
caminho para o trabalho você acena e sorri para o motorista do carro ao lado, e ele
deixa que você atravesse na sua frente, você provavelmente vai tentar a mesma
estratégia no dia seguinte.
Seu comportamento de acenar e sorrir ficará mais freqüente, porque foi
reforçado pelo outro motorista! Todos nós aprendemos através de associações e
nosso comportamento é “modificado” através das conseqüências. Tentamos coisas
e elas funcionam; então as fazemos novamente.
Tentamos coisas e elas não funcionam; então é menos provável que as
façamos novamente. Nosso comportamento foi “modificado” pelo resultado ou
conseqüência.
Ao lado do Condicionamento Operante, Skinner pesquisou e descreveu os
termos: SD (Estímulo Discriminativo = Discriminative Stimulus), Reforçador
(Reinforcer), Controle de Estímulo (Stimulus Control), Extinção (Extinction),
Esquemas de Reforçamento (Schedules of Reinforcement) e Modelagem (Shaping).
Todos esses conceitos podem ser aplicados para trabalhar com uma vasta gama de
comportamentos humanos.
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O que é DTT?
O Ensino por Tentativas Discretas (Discrete Trial Teaching – DTT) é uma das
metodologias de ensino usadas pela ABA. Tem um formato estruturado, comandado
pelo professor, e caracteriza-se por dividir seqüências complicadas de aprendizado
em passos muito pequenos ou “discretos” (separados) ensinados um de cada vez
durante uma série de “tentativas” (trials), junto com o reforçamento positivo
(prêmios) e o grau de “ajuda2 ” (prompting) que for necessário para que o objetivo
seja alcançado.
Pense em aprender a jogar futebol – você não começou colocando um
uniforme do seu time e apresentando-se como centro-avante. Provavelmente,
começou aprendendo como chutar e controlar a bola com os pés. Então, depois que
desenvolveu essas habilidades, começou a chutar a gol. Se foi sortudo, teve alguém
– pai, mãe, um irmão mais velho – que lhe proporcionou muitas oportunidades para
praticar (“tentativas!”), muito encorajamento (“reforçamento positivo!”) e que lhe
ajudou a se posicionar corretamente para chutar a bola quantas vezes fosse
necessário (“dando ajudas!”).
É importante notar que apesar do termo “DTT” ser freqüentemente usado
como sinônimo de “ABA”, ele não o é. A ABA é muito mais abrangente e inclui
muitos tipos diferentes de intervenções, estratégias de ensino e manejo
comportamental. DTT é um método dentro do campo da ABA.
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Catherine Maurice
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Comportamento Verbal
Generalização
A meta do ensino é, obviamente, que o aprendizado adquirido na sessão de
um-para-um, seja generalizado para situações mais cotidianas, como as de casa e
da escola. Um bom programa de ABA sempre inclui a generalização do
aprendizado.
À medida que a criança progride pode tornar-se mais capaz de “aprender
incidentalmente”, o que significa simplesmente assimilar linguagem ou conceitos ou
habilidades que não são ensinadas diretamente em sessões individuais.
Neste ponto, ele ou ela podem estar prontos para entrar em uma sala de aula
ou em uma brincadeira em grupo onde haverá contato com outras crianças. Um
bom currículo de ABA deve ter algum equilíbrio entre as atividades – trabalho de
mesa, brincar, motora ampla, motora fina, etc; uma variedade de locações – sala de
terapia, casa da família, quarto de dormir, carro, etc; e uma variedade de
professores ou terapeutas. Tudo isso ajudará que a generalização das habilidades
fique mais fácil.
Currículo
O currículo usado será dividido em uma série de categorias, ou “programas”,
tais como habilidades de cuidados pessoais, habilidades sociais, habilidades de
linguagem, habilidades acadêmicas etc, organizadas em níveis de dificuldade, de
maneira que você comece com habilidades básicas, muito simples, e depois as use
para desenvolver as mais complexas.
Os programas que você seleciona para trabalhar formam seu currículo:
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Estímulo / SD
● Conhecido e chamado de “SD” ou “Estímulo Discriminativo”.
● A instrução inicial, a exigência, ou comando a ser dado.
● Também conhecido como o antecedente.
● Especifica a fala e/ou a apresentação dos materiais.
Tentativa
● A seqüência completa de apresentar um SD, obter uma resposta (usando
quantas dicas/ajudas forem necessárias) e o reforçar da resposta.
● Unidade básica de um programa individual, que é praticada durante a
sessão.
Resposta
● A(s) resposta(s) esperada(s) e aceitável(is).
Reforçador
● “Estímulo reforçador” abreviado para “SR+”
● também conhecido como reforçamento ou conseqüência.
● A conseqüência que segue imediatamente a resposta da criança.
Ajudas/ Dicas
● Estímulos ou dicas suplementares dadas pelo professor.
● Usadas antes ou durante a execução do comportamento.
Estímulos
● Uma lista de palavras ou ações, uma coleção de materiais, itens, etc. que
estão sendo usados para determinado programa (por exemplo: figuras de
animais, lista de palavras para praticar, conjunto de blocos de montar,
cartões de pistas).
Aula
● O tempo de atividade gasto trabalhando com a criança no seu programa.
● Também chamada “sessão” por pessoas que preferem usar linguagem
terapêutica. Domínio
● Os critérios que determinam quando a criança aprendeu a habilidade e está
pronta para seguir em frente.
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Dados
● Registrar simplesmente como a criança age em cada tentativa. A resposta de
uma criança a cada SD pode ser:
- correta (indicada por um ‘+’ou um ‘9’)
- incorreta (indicada por ‘-‘ ou um “x”)
- sem resposta (indicada por um NR /SR)
- Aproximação muito próxima (indicada por um ‘A’ ou você pode encontrar ‘S’,
para Aproximação Sucessiva)
● Anotar dados e monitorar o progresso é uma parte vital da ABA. Se você não
tiver uma visão clara e acurada de como a criança está, você pode correr o
risco de frustrar e aborrecer a criança e você não vai saber quando está na
hora de mudar para um novo programa.
Método
● Descreve qualquer apresentação especial de material, lugar ou estrutura
usada.
Começando
O programa foi planejado de maneira que cada capítulo depende do
conhecimento obtido no capítulo anterior: é muito importante que todos os conceitos
estejam bem entendidos antes de passar para o capítulo seguinte. Boa sorte.
Objetivos de Aprendizagem
Ao completarem este manual, os participantes serão capazes de:
Comportamento
O que há em um nome?
Costumamos aplicar rótulos a pessoas e seus comportamentos como um tipo
de “síntese”. Esses rótulos podem ser enganosos e até perigosos. Por exemplo,
podemos dizer que alguém é convencido e passar a evitá-lo, quando essa pessoa
pode ser, na verdade, tímida e precisar de nós para uma primeira aproximação.
Os rótulos que usamos para descrever pessoas podem ser uma reação
emocional a uma situação (por exemplo, “convencido”), uma interpretação de uma
atitude (por exemplo, “preguiçoso”) ou a tentativa de encontrar uma causa
subjacente (por exemplo, “ansioso”).
Adicionalmente, mesmo se houver concordância com o rótulo, sua definição
de “babaca” é provavelmente muito diferente da definição aceita pelo seu vizinho. A
forma como rotulamos pessoas tem efeito direto sobre a forma como interagimos
com elas. Olhar para uma descrição detalhada do comportamento ao invés de
nossa interpretação dele vai ajudar a evitar erros, e será muito mais efetivo ao lidar
com indivíduos com atrasos do desenvolvimento.
Por exemplo, uma descrição comportamental de uma criança rotulada como
“mandona” pode ser lida como:
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Os ABC´s
A = Antecedente (ou SD – Estímulo Discriminativo)
B = Comportamento (Behavior) ou resposta
C = Conseqüência (ou Reforçador)
Eis um outro:
Antecedente: O sinal ficou amarelo.
Comportamento: Você acelera.
Conseqüência: Você é multado. Você ficará menos propenso a furar o
amarelo no futuro.
Reforçamento
O que é reforçamento? Reforçamento positivo. Reforçamento negativo.
Punição. Reforçadores primários e secundários. Idéias de reforçadores. 112 formas
de dizer “Muito bem”
Esquemas de reforçamento. Como usar reforçadores. Todos precisamos de
reforçamento, e todos trabalhamos por ele.
Pode ser o reconhecimento do chefe, um abraço da esposa, uma risada
depois de contarmos uma piada, uma boa nota em um exame ou o salário no fim do
mês. O truque para reforçar é descobrir o que é poderoso o suficiente para causar o
comportamento desejado acontecer de novo.
Reforçamento é um processo no qual um comportamento é fortalecido pela
conseqüência imediata que seguramente segue a sua ocorrência (Miltenberger,
2001). Quando um comportamento é fortalecido é mais provável que aconteça no
futuro.
Anteriormente você aprendeu que as conseqüências dos comportamentos
podem ser positivas ou negativas. Quando as conseqüências são positivas são
chamadas de Reforçadoras, porque tendem a reforçar o comportamento que
seguem.
Quando conseqüências são negativas, são chamadas de punição. Ao usar
ABA para ensinar crianças com autismo, usamos apenas conseqüências positivas,
ou reforçadoras.
Agora, eis o macete: um mesmo reforçador pode ser positivo ou negativo.
Reforçamento positivo
Um Reforçador Positivo (SR+) é a adição de alguma coisa que resulta no
fortalecimento do comportamento. Por exemplo: você faz um trabalho, e é pago por
ele. Você tende a continuar fazendo o trabalho! Você canta uma música e todos o
aplaudem – você quer fazer de novo; um bebê fala “da-da” e seus pais sorriem e
aplaudem – assim, o bebê repete a gracinha; uma criança escova os dentes sem
ninguém pedir e ganha um cartão em um quadro – a criança volta a escovar seus
dentes na noite seguinte; um garoto apara seu gramado e recebe R$ 10,00 por isso
– ele vai querer repetir a tarefa na semana seguinte; você entra em uma dieta
milagrosa e perde cinco quilos em sete dias – vai se manter no regime na semana
seguinte; uma criança mostra a cor azul quando lhe perguntam e ganha um
pequeno chocolate –da vez seguinte, vai apontar com mais facilidade quando lhe
pedirem.
Reforçamento negativo
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reforçadores primários, que são coisas que precisamos para sobreviver, como ar,
água e comida.
Nunca negamos reforçadores primários. São reforçadores primários
poderosos? Certamente. Sempre trabalharemos para obter os reforçadores
primários acima de qualquer coisa.
Se não pudermos respirar, faremos de tudo para conseguir oxigênio! Se
estivermos famintos, a comida se tornará muito motivadora. Se tivermos sede, água
é nossa prioridade. Quando usamos comida ou bebida como reforçadores, eles são
como um brinde extra, uma coisa prazerosa ou reforçador secundário, nunca o
sustento necessário à sobrevivência!
Punição
Punição é algo que tem um significado específico entre os termos
comportamentais. Punição quer dizer qualquer coisa que tende a enfraquecer o
comportamento que segue. Não tem o componente adicional de ferir outra pessoa
que comumente associamos à palavra punição.
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Por exemplo, não permitir a uma criança que assista a seu programa de TV
porque bateu em sua irmã seria considerada uma punição se o comportamento de
bater fosse enfraquecido como resultado. Se o comportamento de bater NÃO
diminuir, então, “comportamentalmente” falando, a retirada da TV não seria
considerada uma punição.
Mandar alguém para a prisão por cometer um crime é punição se reduzir o
comportamento criminoso no futuro. Eis alguns outros exemplos de punição: um
homem beija uma mulher e leva um tapa, portanto ele tenderá a diminuir seu
comportamento beijoqueiro – ao menos com essa mulher. Uma mulher cheira uma
flor e é picada por uma abelha e assim ela tenderá a não mais cheirar flores no
futuro.
Você faz um discurso e, se todos na audiência o vaiarem, tenderá a não falar
mais em público. Você come uma salada de batata em um piquenique e adoece –
no futuro evitará saladas de batata, ao menos em piqueniques.
Esta lista foi desenvolvida em janeiro de 2005 por participantes da Comunidade Virtual Autismo no Brasil. A versão
original, em inglês, “98 Ways to Say Very Good” foi desenvolvida principalmente por pais, num projeto conjunto da Canadian
Child Day Care Federation e a Canadian Association of Toy Libraries and Parent Resource Centres.
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Quando você for ensinar uma habilidade pela primeira vez, a recompensa
deve ser dada depois de cada tentativa bem-sucedida. Isto é chamado um esquema
de reforçamento contínuo.
À medida que a criança domina cada habilidade, gradualmente reduzimos
nosso reforçamento, passando de contínuo (toda vez que ela faz alguma coisa),
para intermitente (de vez em quando). Pense em uma criança aprendendo a andar –
a mamãe e o papai estão tão felizes que aplaudem a criança todas as vezes que ela
dá um passo, o que a encoraja a continuar.
Conforme ela vai se tornando um bom caminhante, naturalmente mamãe e
papai diminuem seu reforçamento. Alguém já ouviu um pai falar “MUITO BEM,
ANDOU LEGAL” para uma criança de dez anos? Por que diminuir o reforçamento?
Por que NÃO reforçar comportamentos desejados o tempo todo, todo o tempo?
Porque não queremos que a criança fique dependente de nosso reforçamento para
fazer algo. Queremos que ela o queira fazer por si mesma.
Reforçamento contínuo não é um esquema natural e, conseqüentemente,
precisamos copiar o ambiente natural.
Esquemas de reforçamento
Há dois tipos principais de esquemas de reforçamento: Contínuo e Intermitente. ,
Há quatro tipos:
Razão Fixa (FR) – o reforçamento é dado depois de um número fixo de
respostas corretas. Por exemplo, uma criança pode receber uma figurinha depois de
cada 10 respostas corretas a questões de matemática, ou um trabalhador recebe o
pagamento previsivelmente a cada mês.
Razão Variável (VR) – similar a Razão Fixa, mas aqui o reforçador é dado
depois de um número médio de respostas corretas. Por exemplo, se a razão
variável é 25, o reforçamento pode variar de 10 a 50, mas se você tomar a média,
verá que a criança foi reforçada para um comportamento positivo, na média, a cada
25 vezes. Isto é comumente usado em situações de ensino em que as habilidades
já foram aprendidas.
Varie sua voz, tom e frases usadas. Tenha em mente que a variedade é
importante quando você está usando elogios verbais. Você não ficaria enjoado em
ouvir “Bom trabalho” ou “Uau!” duzentas vezes por dia?
Seja específico sobre o que você está reforçando. Sempre deixe claro o
que você está reforçando. Isso não apenas permitirá à criança saber por que você a
acha “Genial”, mas vai ajudá-la a aprender o nome de itens ou ações. “Muito bem, o
cachorro está pulando” é melhor do que apenas “Muito bem!”. “Você é grande,
encontrou os círculos!” é melhor que “Você é grande!”. “Eu gosto de ver você
trabalhando assim, quietinho!” é melhor que “Eu gosto de ver você trabalhando!”.
nela com um pirulito; a mamãe finalmente se cansa de insistir e a deixa lá com seu
pirulito. Qual a chance que a mãe tem de mantê-la fora da sala com sua comida?
Apesar de provavelmente tornar-se bem sucedido para reforçar comportamentos positivos “no
programa”, você deve manter-se atento para reforçá-los no seu ambiente natural. Isto quer dizer:
sempre levar até o fim a execução de um pedido, demanda, ou decisão.
Regra Prática: Se você não está preparado para ir até o fim sem fraquejar, não
apresente uma demanda.
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Manejo do Comportamento
Funções do Comportamento
Modificar um comportamento significa mudar os eventos ambientais
(antecedentes e conseqüências) sob os quais ele ocorre. Para fazer isto,
precisamos entender bem a relação funcional entre essas condições e o
comportamento. Em outras palavras, o comportamento que está acontecendo tem
alguma função para a pessoa, ou não estaria acontecendo. Iwata (1993)4 e
Miltenberger (1999)5 descreveram as quatro funções do comportamento.
Avaliação Funcional
Avaliação Funcional é “o processo de coletar informações sobre os antecedentes
e conseqüências que estão relacionadas funcionalmente à ocorrência de problemas
de comportamento”. (Miltenberger, 2001).
Observação
Amostra de uma Folha de Observação e Avaliação Funcional:
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Tente dar atenção mínima para o comportamento que está sendo exibido,
assegurando-se de que a criança e outros estão seguros.
ajudar a nomear sentimentos e solucionar problemas com a criança, como: “Eu sei
que você está triste – o que poderia fazer você sentir-se alegre?”.
Bloquear e Redirecionar. Você não tem que deixar a criança lhe agredir,
enquanto você “agüenta”. Use suas mãos ou o corpo para bloquear fisicamente o
comportamento ou interrompê-lo, impedindo-a de entrar em contato consigo.
Redirecione-a para um comportamento mais desejável. Cuidado para não reforçá-la
mais solta. Apenas ter um horário cheio, ou escola e atividades de jogo bem
estruturadas podem ser suficientes para prevenir que aconteçam comportamentos
perseverativos ou auto-estimulatórios.
Se a criança quiser algo que você está preparado a lhe dar, mas apresentar
um comportamento impróprio para solicitá-lo, você pode dizer-lhe que pare o
comportamento, contar alto até 10, e então fazer a criança pedir adequadamente e
lhe dar o que pediu.
Se a criança quiser algo que você não está preparado a lhe dar, e ela
apresentar um comportamento impróprio para pedi-lo, diga lhe que pare, vire-se ou
afaste-se da criança (para tirar a atenção) e espere até que o comportamento pare
por aproximadamente um minuto. Então você pode voltar e redirecioná-la para algo
que ela pode ter ou fazer.
Extinção de Comportamento
Extinção acontece quando o reforçamento é retido. O termo “extinção” é
freqüentemente usado incorretamente. Muitas pessoas o usam para significar
“ignorar”. Embora ignorar possa resultar em extinção, há vezes em que isso não
ocorre.
Ignorar pressupõe que a atenção é o reforçador; em muitos casos, o
comportamentoproblema (ou outro comportamento) não é reforçado por atenção.
Por exemplo, se uma criança está roubando comida do prato de outra, ela é
reforçada pelo ganho da comida. Ignorar o comportamento de roubo da comida não
extinguirá o comportamento.
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Temporizador (“timer”)
Este é um “temporizador”, que mostra visualmente
um período de tempo. Quando o vermelho passou, o
tempo acabou. Para usar: Ponha-o perto da área de
trabalho, onde a criança pode vê-lo. Ajuste para um
intervalo muito pequeno de tempo – digamos, um
minuto – e reforce com elogio social e um presente
especial quando o tempo passou sem ocorrência de
comportamentos. Uma vez que a criança entenda o
conceito, comece a aumentar o intervalo de tempo. Se
a criança emitir o comportamento indesejável antes que
o tempo acabe, reajuste o relógio para começar o período novamente. Não é
necessário verbalizar isto para a criança. O temporizador está disponível em
www.timetimer.com., assim como também em várias companhias que vendem
materiais de ABA.
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Dica: para lembrar este procedimento, pense no “A” em DRA que significa
"substituição Apropriada”.
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Ajudas e dicas
O que são ajudas e dicas ? Tipos de dicas. Aprendizagem sem erros. Esvanecendo
as dicas. Diretrizes para uso de dicas.
Tipos de Dicas
Há dois tipos principais de dicas: Dicas de Resposta e Dicas de Estímulo
(Alberto & Troutman, 19867 ; Cooper e cols., 1987)8 . Uma Dica de Resposta
envolve o comportamento de outra pessoa que ajuda na efetuação da resposta.
Pode ser:
Verbal – pode ser verbal parcial (VP) ou verbal total (VT). Verbal total é dar a
resposta inteira – dizendo, por exemplo: “Qual é a capital do Brasil? Brasília”, antes
de fazer a pergunta “Qual é a capital do Brasil?”. Verbal parcial significa dar apenas
uma parte da resposta, um tipo de começo, como em: “Qual é a capital do Brasil?
Bra...”.
Modelação - é quando se mostra à criança como fazer alguma coisa: Ao pedir para
uma criança observar como você anda de bicicleta, está fazendo uma modelação.
Quando pede para uma criança tocar a própria cabeça e, ao mesmo tempo, executa
o movimento, está modelando o comportamento.
Física – Você ajuda fisicamente a criança a completar uma tarefa pondo sua mão
sobre a dela para pegar brinquedos, empilhar blocos, segurar um giz de cera,
escolher um objeto sobre a mesa, usar um garfo ou colher. Também é chamada
condução Mãosobre-Mão (Hand-Over-Hand, ou HOH). HOH também pode significar
pegar a criança e conduzi-la até o local desejado. Iniciação é um outro tipo de dica
física. É uma espécie de “cutucada”. Pode ser feita com uma leve pressão sobre o
braço, costas ou ombro. Pode ser feito começando delicadamente um movimento,
como tocar um braço para indicar que está na hora de levantar a mão, tocar as
costas para relembrar a criança de começar a andar, ou dar tapinhas no ombro para
indicar “é a sua vez”.
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Uma Dica de Estímulo é alguma coisa que você faz para tornar o estímulo mais
saliente e mais provável de ser escolhido.
Há dois tipos:
● Dica Intra-estímulo: você muda alguma coisa do estímulo para que se
destaque e tenha mais chances de ser escolhido. Por exemplo, mudando o
tamanho (tornandoo maior que o resto); a forma (pode ser redondo quando
todo o resto é quadrado); a cor (a escolha correta pode ser colorida quando o
resto é branco-e-preto).
● Dica Extra-estímulo: (Schreibman, 19759 ) – alguma coisa que você
adiciona ao estímulo para ajudar a criança a responder corretamente. Por
exemplo, poderia colocar um adesivo de estrela sobre o cartão que traz a
resposta correta. Posteriormente você poderá remover o adesivo
(esvanecê-lo) e, ainda assim, esperar pela resposta correta. Algumas vezes
as mães escrevem um “D” ou “E” nos sapatos das crianças para tornar mais
fácil distinguir direita da esquerda, porque o próprio sapato como dica não é
suficiente.
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Professor: Onde você mora? Rio de Janeiro. ← O professor usa uma dica verbal total
imediatamente depois de fazer a pergunta.
Esvanecendo a Dica
Você vai querer retirar a dica o mais rapidamente possível. Nos programas
tradicionais mais antigos de Ensino por Tentativas Discretas, esse processo seguia
um formato préestabelecido, onde a criança tinha que dominar completamente a
habilidade em cada nível de ajuda antes de passar progressivamente para um nível
de ajuda menos intenso. Isso poderia levar um longo tempo e tornar-se bem
tedioso.
Também poderia fazer com que a criança acabasse cometendo muitos erros
– talvez até dois terços do tempo de aprendizagem. Imagine como aumentaria o
valor da fuga para esta criança.
Ela ficaria com muita vontade de livrar-se dessa situação muito difícil e
desestimulante. Por isso, você começará a ver emergirem comportamentos difíceis
e crianças que não querem “ir trabalhar”. Como professor, você deveria estar
preparado para aumentar ou diminuir o nível de dicas de tentativa para tentativa,
conforme o necessário, para produzir todas as vezes a resposta correta da criança.
Geralmente, estará trabalhando para transferir a resposta ao estímulo, usando a
menor dica que puder.
Por exemplo, usando o nosso exemplo “Onde você mora?”, pode ser
suficiente dizer simplesmente “Rio de ...” (uma dica verbal parcial). No entanto,
esteja preparado para voltar para uma dica total se a parcial não funcionar.
Professor: Onde você mora? Rio de ...? ← O professor dá uma ajuda verbal parcial (Rio de...)
imediatamente depois de fazer a pergunta.
Criança: Parque.
Criança: Nada.
Criança: Piscina.
Assim que a criança der a resposta errada, você deve voltar para a aprendizagem
sem erro e fazer um procedimento de correção.
Exemplo de procedimento de correção:
Os operantes verbais:
Ecóico
Um ecóico é uma imitação vocal. É repetir precisamente o que foi ouvido,
usualmente de imediato. Um exemplo poderia ser a tendência a dizer “bolha” porque
alguém acabou de dizer “bolha”.
Imitação
Imitação Motora (também chamada mimética) é copiar os movimentos de
alguém, com correspondência de um a um. Um exemplo poderia ser fazer o sinal de
“por favor” porque alguém sinalizou “por favor”. A habilidade de imitar sons e ações
é crítica para a aprendizagem.
Tato
Tato é um rótulo. Quando você nomeia ou identifica objetos, ações,
propriedades, etc., você está “tateando” (“tacting”). Um exemplo seria dizer “bala”
quando você vê: É um erro acreditar que uma vez que uma criança consiga nomear
itens diversos, ela consiga também pedi-los ou falar sobre eles.
Estas habilidades ainda não foram ensinadas! Para Skinner, a criança não
tem o significado completo da palavra; você não pode simplesmente ensinar tatos e
esperar que a compreensão irá se estender a situações que demandem o uso
desta.
O uso da palavra em outras situações também deve ser ensinado. Para
ensinar a nomear, você deve usar um simples procedimento de transferência de
ecóico para tato, fazendo primeiro a criança ecoar a palavra que é dita. Se a criança
aprender a dizer a palavra “bicicleta” por imitação dos seus pais dizendo “bicicleta”,
então será possível ensinar a criança a dizer “bicicleta” na presença de uma
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Mando
Um mando é um pedido. Pense em deMANDA, coMANDO. Trata-se de pedir
itens reforçadores que se desejam, tais como objetos, atividades ou informação. Um
exemplo poderia ser pedir “suco” quando existe uma motivação para tal, como estar
com sede. Uma criança típica pode fazer de 500 a 1000 mandos por dia, o que
constitui aproximadamente metade de sua linguagem.
Uma criança com autismo pode fazer muitos poucos mandos, ou fazê-lo de
uma forma indesejável – um comportamento tal como bater, gritar ou fazer birra
pode ser um mando (pedido) para que alguma coisa pare ou comece. Mandos são
as formas de comunicação mais motivadoras porque a pessoa que faz o pedido é
reforçada pela obtenção de algo em troca (qualquer coisa que tenha sido pedida),
por isto os mandos são naturalmente reforçadores.
Os mandos são usualmente a primeira forma de linguagem a ser adquirida,
uma vez que o mando produz um reforçamento imediato e específico. O mando
beneficia o falante. Eu falo e consigo coisas! (objetos, atenção, informação... “Me dá
o brinquedo”), enquanto que fazer um tato beneficia a outra pessoa (“Olhe lá fora,
está calor!”; “Tem um avião!”).
Você pode constatar que os mandos são uma forma potente de começar a
ensinar linguagem porque eles fazem com que as necessidades e os desejos da
criança sejam satisfeitos.
Este é o motivo pelo qual o ensino do mando é considerado de fundamental
importância no ensino de Comportamento Verbal. Os MANDOS são o ponto de
partida. Antes de começar a ensinar mandos, você deve entender as chamadas
Operações Estabelecedoras ou Operações Motivadoras (OE’s ou OM’s).
Esta é a chave para ajudálo a estabelecer as condições para a criança
aprender a emitir um mando.
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Pensando em Motivação.
Uma OE ou Operação Estabelecedora é basicamente uma situação que
muda o valor de algo como reforçador. Muda também a freqüência de qualquer
comportamento que tenha funcionado no passado para conseguir este reforçador.
Por exemplo, estar com fome muda o valor de comida como reforçador. Estar
satisfeito depois do jantar também muda a valor de comida como reforçador. No
primeiro caso, alguém irá se esforçar para conseguir comida como reforçador (alta
freqüência de comportamento de conseguir comida) e, no segundo caso,
provavelmente não irá se esforçar para conseguir comida como reforçador (baixa
freqüência de comportamento de conseguir comida).
Através da manipulação das OEs, você pode tornar o mando mais ou menos
valioso para a sua criança. Se existe um estado de privação, por exemplo, a criança
não recebeu bala por um certo tempo, ela tenderá mais a querer pedi-las como
reforçador.
Se existe uma situação aversiva, digamos, a música está muito alta, a
criança tenderá mais a pedir a remoção da música como reforçador. Por outro lado,
se existe um estado de saciação onde ela está simplesmente “entupida” de bala, a
bala tenderá a ter uma baixa OE – seu valor como reforçador irá diminuir. O ensino
do mando deve acontecer no ambiente natural do dia-a-dia, no qual a motivação
tende a ser alta. Existem duas formas de ensinar mandos no ambiente natural:
através da captação e do planejamento de oportunidades.
Captação significa simplesmente que você está alerta, “de olho”, para
“captar” no que a criança está interessada e dar a dica que a leve a produzir um
mando antes de entregar o item reforçador.
Você está se valendo de uma situação reforçadora que acontece
naturalmente. Por exemplo, se a criança quer um caminhão de brinquedo
(presumivelmente num momento em que o valor da OE do caminhão é alto), você
pode inserir um ecóico “CAMINHÃO” e esperar a criança o ecoe. Quando ela o fizer,
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entregue o caminhão. Se ela não diz a palavra, uma prática padrão é dizer três
vezes a palavra caminhão (você está construindo a associação entre a palavra e o
objeto) e então entregar o objeto.
Não o entregue até que a criança realmente diga a palavra, senão você
estará liquidando a OE.
Criança: “Caminhão”.
Linguagem Receptiva
Intraverbal
Intraverbal: Conversas não soam como uma lista de tatos (“céu, passarinho,
casa, cachorro, livro!”). São uma troca entre pessoas. Um intraverbal é responder
perguntas do tipo “por quê”, ou estabelecer uma conversação de forma que o que
você diz é determinado pelo que seu interlocutor diz.
Os estímulos não estão presentes – em uma situação de ensino isto
significaria que “não há nenhum cartão na mesa”. A pergunta e a resposta não se
‘emparelham’. Um exemplo: dizer “pizza” quando alguém pergunta “o que você
gosta de comer?”. Outros exemplos de intraverbais são: dizer “gato, cachorro,
cavalo” quando é pedido que nomeie animais; ou dizer “uva” quando é pedido que
nomeie uma fruta, ou responder “elefante” para a pergunta “Que animal tem
tromba?” Um passo no ensino para atingir este ponto é usar “preencher o espaço
em branco”, tal como “Um, dois, feijão com .............”.
Um procedimento para o ensino de intraverbais é usar os cartões que você
tem na mesa como FCCs (como no exemplo acima). Assim que a criança responde
“Fale para mim o nome de alguma coisa que voa no céu” (“AVIÃO”), você viraria o
cartão na mesa com a figura para baixo e repetiria a pergunta. Pronto. A criança
está respondendo a pergunta sem que o estímulo esteja presente. Isto é
tecnicamente chamado transferência de um tato para intraverbal.
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Textual (Ler)
Fala-se em repertório textual quando uma resposta vocal está sob o controle
de um estímulo visual escrito. Em outras palavras, ler palavras escritas em voz alta.
Um exemplo, poderia ser dizer a palavra gato porque você viu a palavra escrita:
G–A–T–O. É diferente da compreensão de leitura, que é muito mais complexa.
Transcritivo (Escrever)
Isso é escrever e soletrar palavras que são faladas para você. Um exemplo
seria escrever a palavra “escola” quando pedido.
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Professor: Qual é o seu nome( SD)? José. ← Dica verbal total – nenhuma demora entre
SD e a dica.
Agora, você pode ver que a criança não está realmente respondendo à
pergunta. Está meramente ecoando ou repetindo o que o professor disse. Este
comportamento é chamado “dependente de dica”.
Você não quer que a criança meramente ecoe suas dicas, quer que aprenda
a responder corretamente à pergunta (estímulo) “Qual é o seu nome?”. A próxima
tarefa é transferir a resposta, produzida a partir de sua dica, para o estímulo ou SD
(o “Qual é o seu nome?”).
Isto é “colocar o comportamento sob controle de estímulo”. Sundberg e
Partington (1998), no seu livro “Teaching Language to Children with Autism or Other
Developmental Disabilities” (“Ensinando linguagem para crianças com autismo ou
outros transtornos do desenvolvimento”, sem edição em português) identificam um
“procedimento de transferência rápido” fazendo o seguinte:
Professor: (apresenta à criança uma série de figuras). Diga-me alguma coisa que
você come.
Criança: (vê figuras de uma banana, vaca, casa e bicicleta). BANANA.
Professor: (vira a figura para baixo de forma que a criança não a veja, porque se
ela puder vê-la isto seria um tato). O que você come?
Criança: BANANA.
Professor: “O que você quer? Água”. ← Repete o SD com dica verbal completa, sem
chance de erro.
Professor: “O que você quer?” ← Repete o SD para transferir a resposta para o estímulo.
direto para trás e começar com o primeiro quadrado branco em cada categoria.
Mesmo se a criança tem 3 pontos de um possível escore 4, dominar o critério para
atingir um escore ‘4’ será muito importante para a construção da aprendizagem
futura. Não é necessário trabalhar todas as 25 categorias ao mesmo tempo. Você
pode escolher suas prioridades.
É também adequado trabalhar com algumas tarefas de cada categoria ao
mesmo tempo. Algumas delas dispensam explicação. Lembre-se somente de não
superestimar as habilidades da criança. Isto pode frustrar os seus esforços mais
tarde, caso essas habilidades não estiverem firmes em uma área anterior. Algumas
das tarefas do ABLLS têm apêndices anexados, a partir dos quais você pode obter
listas de itens ou atributos para usar no seu programa.
Você mesmo terá que criar algumas, e outras atividades irão demandar que
você use outros recursos curriculares para ajudá-lo a montar um programa
específico.
Perfil do Aprendiz Iniciante no ABLLS – página 1 de 3
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Também vale a pena entrar num grupo de discussão da internet. Você poderá
postar e fazer perguntas especificamente relacionadas com a H26: em geral, as
pessoas saberão do que você está falando e lhe darão idéias para a
implementação.
Currículo
Decida por onde começar. A “Pizza” Curricular. Análise de Tarefas. Montando a
Pasta Curricular: Formas de Usar. Dicas para Planejamento do Currículo.
Uma vez que você começa a entender COMO ensinar usando uma
metodologia ABA, você precisa saber O QUE ensinar. Irá precisar selecionar um
currículo que supra as necessidades específicas de seu aluno. Um currículo é o
plano norteador para ensinar as habilidades e os conhecimentos que a criança
precisa aprender e para a seqüência em que serão apresentados.
Um currículo cuidadosamente pensado acompanha a criança a partir do
ponto em que ela está atualmente, constrói as habilidades de base para
aprendizagem e progride através de várias áreas fundamentais do desenvolvimento.
Um currículo é usualmente desenvolvido ou escolhido depois que uma avaliação
inicial tenha indicado em que nível de habilidade a criança está funcionando
atualmente. Esta avaliação é tipicamente feita por um Psicólogo ou Consultor da
Área Comportamental.
Talvez você já esteja trabalhando ou procurando por um consultor para
ajudá-lo a desenvolver seu programa. Entretanto, muitas pessoas decidem montar e
gerenciar sozinhos o currículo programático por causa do custo, acesso limitado a
um consultor ou uma lista de espera para tais serviços insuportavelmente longa. Se
foi isto que decidiu fazer, então você pode usar os currículos disponíveis. Não é
difícil determinar um ponto de partida razoável e avançar sozinho. Este capítulo lhe
dará orientação para montar seu próprio currículo.
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Cada categoria é organizada partindo do nível mais fácil para o mais difícil
em termos de aprendizagem. Uma vez que você terminou a avaliação – detalhada e
inteiramente – , pode realmente mapear os escores de seu aluno para lhe ajudar a
identificar as áreas curriculares que precisam ser trabalhadas.
O ABLLS tem um sistema de rastreamento que permite ver a evolução e
ajustar seu programa. Cada uma das 25 categorias é dividida em 6 a 52 tarefas
diferentes; cada tarefa é dividida em níveis com critérios para aquisição e exemplos.
As tarefas são organizadas do nível mais fácil para o mais difícil em cada categoria:
A “pizza” curricular
Ao criar um currículo, pode ser difícil avaliar por onde começar; por isso a
“Pizza Curricular” divide as áreas de aprendizagem em 6 categorias amplas. É um
modelo útil quando consideramos tanto o currículo geral quanto o específico.
Observe que, se você decidir usar o ABLLS, não necessita da “Pizza Curricular”
como guia.
O ABLLS abrangerá todas as categorias de ensino. Se você está apenas
começando, provavelmente vai querer um currículo bem equilibrado, com
programas que contemplem cada uma das áreas da “Pizza Curricular”.
À medida que seu aluno progride e as habilidades se desenvolvem, você
pode decidir dedicar mais ou menos tempo a várias áreas. Enfim, à medida que os
programas se tornam mais complexos, você verá que áreas começam a se fundir
(ex. Habilidades Sociais e Brincar podem se tornar uma área, ou Linguagem pode
ocorrer em todas as áreas do currículo). Por outro lado, pode ser proveitoso mais
tarde dividir as áreas (ex. dividir Linguagem em Expressiva e Receptiva, ou dividir
Brincar em Brincar Individual, Brincar com Iguais, Brincar de fazer de conta, etc).
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● Autocuidado
● Usa independentemente xícara, colher e garfo.
● Veste e tira a roupa independentemente.
● Habilidades de toalete.
● Habilidades de higiene – pentear cabelos, escovar os dentes, lavar o
rosto e as mãos, tomar banho.
● Social
● Responde a saudações.
● Responde perguntas sociais (ex. “Como vai você?”, “Qual é o seu
nome?”).
● Imita colegas.
● Responde às propostas dos amigos.
● Inicia brincadeiras com colegas.
● Interage verbalmente com colegas (comenta, pergunta, oferece ajuda).
● Linguagem / Comunicação
● Receptiva – identifica objetos, partes do corpo e figuras; segue
instruções de 1, 2 e 3 passos....
● Expressiva – faz pedidos, nomeia figuras, objetos, pessoas e verbos;
pede itens desejados; diz “sim” e “não”; repete frases; permuta
informações; responde a perguntas do tipo “por quê”21.
● Abstrata – conversa sobre coisas ausentes, responde questões do tipo
“por quê?”, antecipa conseqüências, explica ações, relata estórias,
inventa estórias.
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● Brincar
● Brincar sozinho de modo apropriado com brinquedos.
● Brincar em paralelo – brincar ao lado de outras crianças, sem
interação.
● Brincar com foco compartilhado – brincar com os mesmos itens, tal
como as outras crianças, sem interação.
● Brincar com ação compartilhada – brincar que demanda alguma
colaboração com outras crianças (ex.: construir torre, empurrar
balança).
● Brincar de faz-de-conta – capaz de assumir uma outra identidade.
● Brincar com colegas de faz-de-conta e de representar papéis.
● Acadêmica (e Pré-acadêmica)
● Habilidades de imitação.
● Identificação de números e letras.
● Leitura – palavra inteira e fônica.
● Soletração.
● Habilidades de matemática e números.
● Habilidades de uso do computador.
● Habilidades escolares – participa de um grupo, espera a vez, recita em
uníssono.
Pode ser mais fácil concentrar-se em uma área da “Pizza Curricular” por vez.
Quando estiver avaliando, verifique se a habilidade é “sólida” – ou seja, se ela
ocorre consistentemente cada vez. Caso a criança apenas execute a habilidade ou
demonstre seu conhecimento esporadicamente, sob certas condições – com ajuda,
só para você, ou se ela está relacionada com um momento, lugar ou evento
específicos (ex:. responde “sim” ou “não” somente na presença de comida) – você
pode querer incluir tais habilidades como uma área necessária.
aquisição. Como diretriz geral, tente começar, talvez, com 10 programas e veja
como ajustá-los daí por diante.
Se conseguir passar por todos os programas em uma manhã, com muito
tempo de sobra para mandos e emparelhamentos em ambiente natural,
provavelmente está no caminho certo. Você pode repetir o mesmo programa à
tarde. Mas, se tomar todo o dia e você não tiver tempo para mandos e
emparelhamentos em ambiente natural, então 10 programas serão provavelmente
um número excessivo.
Análise de Tarefa
Se não puder encontrar um programa que ensine uma habilidade específica
desejada, você pode criar seu próprio programa. Precisará começar com uma
“análise de tarefa”. Uma análise de tarefa é simplesmente o processo de conseguir
uma descrição, passo-a-passo, de todas as etapas que compõem uma tarefa ou
atividade.
Como fazer uma Análise de Tarefa
● Decida que tarefa ou habilidade você quer ensinar. (ex. Escovar os dentes).
● Observe um executor competente fazendo a tarefa. Você pode querer ver
algumas pessoas diferentes fazendo a tarefa antes de decidir qual seria a
maneira mais fácil, mais direta de executá-la. Outros métodos de obter as
informações incluem entrevistar pessoas, fazer com que “especialistas”
preencham questionários ou mesmo auto-observação.
● Liste, em ordem linear e seqüencial, todas as atividades ou passos que são
executados para a conclusão daquela tarefa específica. (ex. Escovar os
dentes)
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● Agora, tente ver um executor inexperiente (ou uma criança da mesma idade)
fazer a tarefa. Isto pode destacar as áreas difíceis de aprender ou que
possam demandar análise adicional (ex.: pôr pasta de dentes na escova
pequena).
● Concentre-se em ensinar as seqüências mais comuns –não precisa incluir
todas as exceções ou circunstâncias especiais. (ex.: a pasta de dentes
escorreu).
● Decida o quão curtos ou longos precisam ser os passos. Você pode precisar
alterálos ao observar como vai o ensino. Pode precisar dividir os passos
listados em mais etapas curtas e detalhadas ou talvez possa “concentrar”
algumas. Dependerá do aprendiz e da tarefa.
● Veja os pré-requisitos. (ex. o aprendiz será capaz de selecionar a escova de
dente ‘vermelha’? Identifica cores? Conhece direita e esquerda, em cima e
em baixo?).
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1. Administração
● A criança terminou os itens do ABLLS? (Caso você o estiver usando).
● Relatórios Diários –deve ser um resumo rápido do dia. Todos deveriam lê-lo
antes de começar uma sessão.
● Folha de Acompanhamento Mensal do Programa – útil caso várias pessoas
estejam ensinando a criança e você queira acompanhar e garantir que todos
os programas sejam realizados todos os dias.
● Escala de Avaliação BALSH (opcional) – um formulário para avaliação rápida
do Comportamento, Atenção, Linguagem, Comportamento Auto-Estimulativo
e Hiperatividade (Behavior, Attention, Language, Self-stimulatory Behavior
and Hyperactivity).
● Formulário para Controle de Alimentação e Medicação (opcional).
2. Programas
● Uma folha divisória com o rótulo de cada programa. Cada folha divisória
conterá:
● A folha de registro de SD.
● Os gráficos de dados.
● Opcional: um plano do programa contendo uma lista de itens para selecionar,
tais como tatos a serem usados, ou ações.
● Uma seção para “rastreamento” de mandos. Inclui a Folha de Dados de
Mandos e um gráfico.
3. Sondagens
● A seção de sondagens é usada para garantir que os itens dominados foram
retidos. À medida que os itens forem sendo dominados, devem ser
transferidos para a seção de sondas onde serão checados por algum tipo de
programação préorganizada – talvez uma vez por semana. Os itens que não
“passarem” nas sondagens podem ser reintegrados ao programa.
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A Folha de Registro de SD
A folha de registro de SD dá, de imediato, instruções para a execução de cada
programa específico. Estas são combinadas com um sistema de coleta de dados
para tornar as coisas mais simples.
Uma vez que você identificou o programa que deseja ensinar, precisará
estabelecer estímulos para o programa. Pode ser uma lista de ações imitativas (bata
palmas, pule, mostre a língua); palavras ecóicas (dá, suco, mamãe, não); comandos
de uma etapa (toque sua orelha, bata palmas, faça “tchau”); figuras para nomear
(irmã, cachorro, carro, Cebolinha).
Apesar de não haver regras para estabelecer quanto ensinar de cada
categoria, geralmente quanto mais iniciante for o aprendiz, menos habilidades
devem ser trabalhadas ao mesmo tempo. Provavelmente será bom começar com
aproximadamente 3 a 5 habilidades por tarefa.
pode passá-los duas vezes durante uma sessão, se achar que há tempo e a
criança está pronta para mais.
7. Trabalhe com o estilo de aprendizagem de seu aluno. Algumas crianças são
aprendizes visuais e podem responder bem ao computador, ou precisam
VER como alguma coisa é feita. Alguns são aprendizes auditivos e podem se
dar bem com instruções verbais. Alguns garotos são aprendizes cinestéticos
e precisam manipular fisicamente as coisas. Algumas vezes funciona uma
abordagem combinada. Entretanto, lembre-se que, se quiser levar seu aluno
na direção de um estilo de aprendizagem mais típico, pode precisar
desenvolver nele a habilidade de aprender em diferentes áreas.
8. Existem diferentes maneiras de ensinar tudo. Se um programa não estiver
funcionando, você pode mudar o estímulo, o local ou o método? Por
exemplo, você pode ensinar números usando fichas (flashcards) 24 ou seja,
colocando as fichas sobre uma mesa; mas também pode ensinar números
escrevendo-os com giz na calçada ou na rua e fazendo seu aluno pular ou
pisar sobre eles quando pedido. Seja criativo. Continue tentando coisas
diferentes.
9. Lembre-se que a linguagem receptiva pode estar presente antes da
linguagem expressiva. Não espere até que a criança possa dizer verbalmente
“vermelho” antes de ensinar cores – a criança pode muito bem ser capaz de
demonstrar compreensão e de aprender “não-verbalmente”.
10. Vários tipos de estilos de ensino podem ser incluídos. A ABA é uma área
ampla e pode incluir uma variedade de abordagens, tais como DTT25
(Ensino por Tentativa Discreta), NET (Ensino em Ambiente Natural),
“Floortime”26, etc. Contanto que você siga os fundamentos do reforçamento
positivo, divida as tarefas em passos pequenos, dê dicas e modele, estará
usando a metodologia da ABA. Você pode decidir ensinar alguns programas
em ambientes naturais na medida em que oportunidades apareçam; para
outros programas, pode querer seguir o método DTT.
11. Mantenha-o atual. Revise os dados. Observe seu aluno/filho e as sessões.
Ajuste o foco sempre que necessário. O programa está funcionando? O
currículo continua pertinente? Se não, você pode mudar como está
ensinando ou o que está ensinando. É correto “dar um tempo” aos
programas: se preciso, ponha-os “em espera” ou mude o método. O
programa e o planejamento do currículo é um processo contínuo e interativo.
12. Não continue ensinando uma habilidade após sua conclusão lógica. Se seu
aluno/filho consegue identificar os sons ambientais mais comuns, por
exemplo, provavelmente você não precisa que ele seja capaz de distinguir
entre os sons de uma motocicleta e uma bicicleta cheia de lama, ou
identificar um pandeiro. Quantas vezes ele precisará dizer “Ouça mamãe, eu
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Instrução
Torne o ambiente de aprendizagem reforçador. Prepare o ambiente de
aprendizagem. Combine e varie demandas de ensino. Intercale tarefas fáceis e
difíceis. Aumente gradualmente o número de demandas. Agilize o ritmo de
instrução. Ensine fluência das habilidades. Cartões de dicas para professores.
Contato visual. Técnicas comportamentais usadas em ABA. Exemplo de currículo,
espaço de trabalho e aulas.
Ensinar ABA é ciência e arte. Uma vez que você compreendeu os conceitos
e a metodologia, você precisa saber quando e como aplicá-los. Você terá de tomar
decisões por si mesmo. Toda criança pode aprender – seu trabalho é descobrir a
melhor maneira de ensiná-la. Há algumas coisas que você pode fazer para tornar a
experiência mais fácil e agradável para ambos.
Alterne os programas.
Quando estiver trabalhando com a criança, apresente uma mixagem de SDs
de todos os programas de maneira que não fique repetindo o mesmo SD em
tentativas consecutivas. Pesquisas indicam que esta técnica de variação tende a
diminuir o valor de fuga e os comportamentos negativos.
Os programas de ABA à moda antiga tendiam a ensinar tudo de um
programa, então tudo do programa seguinte, e depois o seguinte etc, o que pode
ser tedioso – chato – para a criança, resultando em um aumento do valor de fuga.
Comportamentos negativos podem aumentar quando você chega a um programa
que a criança não gosta e, mesmo assim, precisa permanecer por um determinado
número de tentativas antes de seguir em frente.
Além disso, a criança pode parar de escutar um SD específico se você
repeti-lo muitas vezes:
linguagem de vida real e, como você está usando técnicas de aprendizagem sem
erro e de transferência de estímulo, a criança será bem sucedida com vários SD s.
os lados, que medem 22x28 cm). Seja qual for o método escolhido,
certifique-se que a informação esteja visível para o professor, possa ser
seguida por todos envolvidos com o ensino da criança, seja regularmente
atualizada e seja legível!
● O que colocar nos cartões de dicas? Segue uma amostra que pode ser
escrita ou digitada e colocada em um suporte plástico. Isto não deve ser
usado como modelo de programa – é somente uma amostra de um cartão de
dicas.
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● Cada criança deve ter seus Cartões de Dicas, dependendo dos programas do
seu currículo. O número de divisões dos Cartões de Dicas dependerá do
número de programas que estão sendo feitos com esta criança. Você pode
querer ter um cartaz separado para cada programa.
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impressa, depois traçar sobre muitos pontos formando a letra, depois sobre
poucos pontos e finalmente sem nenhum modelo. Pode ser também mamãe
permanecer na escola por 30 minutos no primeiro dia, 20 minutos no
segundo, 15 minutos no terceiro e assim por diante. Quando ensinamos a
andar de bicicleta sem rodinhas extras, gradativamente retiramos o apoio – à
medida que ganham competência. O esquema de esvanecimento dependerá
da criança e da dificuldade da tarefa. Se continuarmos dando dicas ou
ajudando quando já não é mais necessário, a criança pode tornar-se
“dependente de dica”, isto é, incapaz ou desmotivada a fazer a tarefa sem a
assistência extra.
● Generalização – Uma resposta reforçada na presença de um estímulo resulta
em uma tendência a responder da mesma maneira aos estímulos que
compartilhem propriedades semelhantes. A generalização é uma coisa boa –
geralmente. Permite que identifiquemos uma caneta corretamente mesmo
que ela seja vermelha ou azul, Bic ou Cross, tinteiro ou esferográfica, etc.
Nós queremos que- as crianças generalizem boas maneiras, de modo que
digam “por favor” e “obrigado” não apenas quando a mãe está por perto, mas
todas as vezes que alguém lhe dê alguma coisa.
DICA: Procure por algo positivo todo dia Pense nos ganhos em vez de sempre se
concentrar nas falhas. Alguns dias serão mais difíceis que outros. Lembre-se que
este é um processo de aprendizagem gradual e não segue uma progressão linear
perfeita.
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Exemplo de Currículo:
● Linguagem receptiva 1: Tocar diferentes partes do corpo (estímulos: cabeça,
ombros, joelhos, dedos dos pés).
● Linguagem receptiva 2: Tocar um item comum (estímulos: livro, giz de cera,
Bob Esponja, peça de Lego).
● Desempenho visual: Parear figuras iguais (estímulos: 10 pares de figuras).
● Imitação: imitar movimentos com objetos (estímulos: vários).
● Imitação vocal: Imitar palavras quando solicitado (estímulos: bolo, suco, urso,
carro, sim, não).
● Nomeação: Nomear objetos comuns (estímulos: DVD, livro, xícara, cobertor,
carro, Bob Esponja).
● Intraverbal: Completar palavras de canções (estímulos: “Atirei um pau no
gato”, “Ciranda cirandinha”, “Bambalalão”, “Palma, palma, palma”).
Exemplo de espaço de trabalho:
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Exemplo de Aula:
Tentativa 1
Professor: Davi, diga “BISCOITO”.
Criança: “Bicoto”.
Professor: Muito bem!
Tentativa 2
Professor: Ponha a mão na cabeça.
Criança: (Sem resposta.)
Professor: (Usa HOH para ajudar) Assim que se põe a mão na cabeça. Você pode
pôr a mão na cabeça?
Criança: (Toca a cabeça.)
Professor: Legal!
Tentativa 3
Professor: Faça isto: (modela beber de xícara).
Criança: (Bebe da xícara).
Tentativa 4
Professor: Faça isto: (empurra um carrinho).
Criança: (Empurra um carrinho).
Tentativa 5
Professor: Ponha a mão na sua cabeça.
Criança: (Toca a cabeça)
Professor: É isso aí! Testa para ver se a habilidade da tentativa 2 foi retida
Tentativa 6
Professor: O que é isso? (mostrando um carrinho) Carro.
Criança: Carro. (a criança ecoa)
Professor: Certo, isso é um carro. O que é isso?
Criança: Carro. Observe a transferência de ecóico para tato
Tentativa 7 Professor: Vamos cantar! (canta uma música inteira, depois repete).
Atirei o pau no gato to to, mas o gato _____.
Criança: to to
Professor: ...não morreu! Muito bem! Bom trabalho Davi!
Tentativa 8
Professor: Quer cantar de novo? Sim.
Criança: Sim.
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Tentativa 9
Professor: (canta) Atirei o pau no gato ____
Criança: to to
Professor: ...mas o gato to to não_____ (pausa para a criança completar)
Criança: (Não responde.)
Professor: MORREU. Mas o gato to to não morreu.
Tentativa 10
Professor: Diga “suco”.
Criança: Suco.
Tentativa 11
Professor: O que é isso? (mostra um livro) Livro.
Criança: Livro.
Professor: O que é isso? (Mostra o livro de novo).
Criança: Livro.
Tentativa 12
Professor: Você consegue mostrar o livro? (Professor mostra o livro – uma dica de
modelação).
Criança: (Mostra o livro.)
Professor: Onde está o livro?
Criança: (Mostra o livro.)
Professor: Ótimo!
Tentativa 13
Professor: Mostre o Cebolinha (Modela apontando.)
Criança: (Mostra o Cebolinha.)
Professor: Muito bem! Você pode me mostrar o Cebolinha?
Criança: (Mostra o Cebolinha.)
Professor: Está certo!
Tentativa 14
Professor: Você pode emparelhar essa figura? (Dá à criança a figura de uma casa e
usa HOH para ajudar a criança emparelhar.)
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Tentativa 15
Professor: Cadê o Cebolinha?
Criança: (Toca o Cebolinha.)
Tentativa 16
Professor: (Pega o Cebolinha) Quem é este?
Criança: “Ceboinha.”
Professor: Isso! Este é o Cebolinha!
Tentativa 17
Professor: Me mostra o livro. Criança: (Pega o livro.)
Tentativa 18
Professor: O que você está segurando?
Criança: Livro.
Tentativa 19
Professor: O que é isso? Vídeo.
Criança: Vídeo.
Tentativa 20
Professor: Você quer assistir a um vídeo?
Criança: Sim.
Tentativa 21
Professor: Qual vídeo você quer assistir?
Criança: (Olha os vídeos, escolhe um).
Professor: Você quer assistir Xuxa. Diga Xuxa.
Criança: Sussa.
Professor: Qual vídeo?
Criança: Sussa.
SR+ Professor: Você trabalhou muito bem, vamos assistir à Xuxa e tomar um
lanchinho! (Põe um vídeo e serve um lanchinho).
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Manejo de dados
Sondagem de dados versus coleta contínua de dados. Como fazer uma sondagem
de dados. Anotando a pontuação. Domínio e fluência. Critérios de domínio. Fazendo
gráficos e analisando os dados.
Anotando os resultados.
Há diferentes formas de anotar os resultados. O método mais simples é usar
um sistema “sim ou não”, onde você marca o S para “sim, correto” e o N para “não,
errado” ou ainda “certo ou errado”, onde marca o C para “certo/correto” e o E para
“errado”. Também pode usar “+” e “–”, ou “I” para independente e “P” (ou “A”, ou
“D”) para resposta com ajuda/dica. Importante é que você, ou qualquer pessoa que
consulte suas anotações, as entenda, não importa quanto tempo depois vá usá-las:
é conveniente ter o registro do que significam esses símbolos. Outra idéia que
funcionará para alguns programas que usam cartões, por exemplo, é fazer duas
pilhas, ou ter duas caixas – uma para as respostas corretas e uma para as
erradas.Você pode trabalhar todo o programa e ir colocando os cartões nas caixas
ou pilhas correspondentes e mais tarde marcar os resultados no papel. Quando
estiver marcando resultados, dê o SD ao aluno SEM nenhuma dica ou ajuda e anote
a resposta. Para ser considerada correta, a resposta deve ser CORRETA E
RÁPIDA – dada dentro de 1 a 2 segundos. Você pode continuar a tentativa usando
o procedimento de correção de erro de maneira que a criança acabe acertando,
mas você vai anotar a PRIMEIRA resposta da criança, dada sem qualquer dica ou
ajuda.
pareça uma boa idéia, se eles não forem utilizados para tomar decisões, sua coleta
estará apenas tomando tempo e tornando a análise dos dados mais complicada do
que o necessário.
Os dados devem capacitá-lo a acompanhar a evolução da criança e tomar
decisões sobre o programa: mais não significa necessariamente melhor. Mais dados
podem dificultar a análise e fazer as pessoas acharem que é muito complicado
coletá-los. O melhor é começar com coleta básica de dados e, se necessário,
expandi-la mais tarde. Por exemplo, se você tem um programa que não está indo
bem e não consegue descobrir o porquê com as informações existentes, pode fazer
testes mais extensivos para tentar determinar a causa. Nesse caso, vale a pena
verificar os níveis de sondagem ou se estão acontecendo muitas aproximações
sucessivas.
Domínio e Fluência
A coisa mais importante que os dados mostrarão será o momento em
que um programa foi dominado. Dominado significa que a criança atingiu os
critérios do programa. Em relação a esta questão, há diferentes abordagens.
Geralmente, um programa de Comportamento Verbal exigiria 100% de fluência, ou
seja, CORRETO e RÁPIDO – e, algumas vezes, ALTO (isto é, confiante e audível).
Isso corresponderia a respostas corretas em três sondagens de dados,
independentes e diferentes. As folhas de registro de dados do Ajude-nos a aprender
(“Help Us Learn”) são estruturados desta maneira. Programas de ABA mais antigos
podem preferir estabelecer critérios de aprendizagem a 80% ou melhor, através de
três aulas. Note que isso significa que a criança está errando uma em cada cinco
respostas. Não seria um bom exemplo de fluência da criança nesta tarefa.
Três “SIM” consecutivos indicam que este estímulo está aprendido, portanto deve
entrar no gráfico de dados como novo item aprendido. Também deve ser realçado
(para indicar aprendido) e ser registrado na seção Sondagem de Aprendidos da
Pasta Curricular.
Observe que, se conectar os certos e errados, pode surgir uma “mini
tendência” para cada estímulo. Ela pode apontar se a criança apresenta algum
problema com ele.
Plotando os dados
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Uma vez que você tiver os dados das sondagens, precisará transferi-los para
um gráfico que permita analisar a evolução do aluno. Provavelmente, o gráfico mais
fácil de usar é o que apresenta o número cumulativo e a taxa dos itens dominados.
A primeira coisa que você nota é que a linha se mostra muito horizontal. Isso
demonstra que o aluno não está adquirindo novos itens muito rapidamente.
A tendência mostrada por este gráfico pode significar algumas coisas
diferentes:
Esta folha coleta dados sobre o número de mandos que a criança produz.
Algumas pessoas preferem manter uma folha de registro de mandos com dica
versus mandos sem dica, especialmente no começo. Se você quiser fazer assim,
apenas nomeie uma folha “com dica” e outra “sem dica”.
Outra sugestão útil é ter dois contadores manuais (tally counters) rotulados
“com dica” e “sem dica”. Para conseguir o total por hora, divida o total diário pelo
número de horas em que coletou os dados de mando. Apesar de ser tentadora a
generalização dos dados para o dia todo, lembre-se de que a criança provavelmente
não produz o mesmo nível de mandos quando estes não estiverem sendo
“capturados” e planejados para a “hora de trabalho”. Por isso, você não pode
multiplicar o número médio por 24 para obter o número de mandos por dia!
Se você quiser estabelecer uma meta para uma hora de trabalho, calcule
quantas horas de trabalho serão dedicadas ao treino de mandos e divida este
número por 500. Esse é, aproximadamente, o número de mandos diários feitos por
uma criança com desenvolvimento típico.
Por exemplo, se você está trabalhando com mandos por quatro horas ao dia,
500 divididos por 4 é igual a 125. Portanto, você precisa que a criança produza 125
mandos por hora durante cada hora de trabalho. Isto parece muito, e você poderia
fazer uma de duas coisas. Aumente as horas que você trabalha com mandos (500
dividido por 6 é igual a 83) ou reduza sua meta. Isso ilustra como você precisará
trabalhar com mandos durante o dia para chegar a um nível desejável de mandos.
Exemplo de Gráfico de Mandos
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Dramatização
O objetivo deste exercício é simular como seria um programa real de ABA do
preparo para a execução. Faça alguém representar o papel de aluno enquanto você
representa o professor.
Professor: Estabeleça as Folhas de Registro de SD usando o currículo
abaixo e as quatro Folhas de Registro de SD nas páginas seguintes. Você também
é responsável por montar a sala e obter os reforçadores e estímulos já preparados
para serem usados. Você precisará recortar os estímulos (figuras para usar no
programa) que são fornecidos nas páginas seguintes. Certifique-se de decidir por
um esquema VR e segui-lo!
Aluno: Você é o aprendiz e suas respostas podem variar de corretas a
incorretas, até nenhuma resposta. Entretanto, não se desvie a ponto de ser um
aprendiz tão difícil. Você também pode ajudar dando feedback ao professor depois
da dramatização. Tenha certeza de reforçar o que ele fez bem, além de indicar
áreas a serem trabalhadas.
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Variações
1. Refaça a dramatização enfocando o manejo de comportamentos difíceis.
2. Refaça a dramatização e adicione a compilação de dados (sondagem dos dados).
Montando o Espaço de Trabalho
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Recorte estas figuras para Nomear Itens Comuns
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Recorte (imprima) esta figura para Linguagem Receptiva: Apontar para partes
do corpo na figura.
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Lista de Avaliação do Ensino
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Anotações da Dramatização Use esta folha para anotar seu desempenho como
professor na dramatização, com base no feedback (retorno) de seu “aprendiz”
e “observador”
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Referências Bibliográficas