Adm Orcamentaria e Controladoria - Secao 02 - EC 2016 1

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 21

Administração

Orçamentária e
Controladoria

Prof. Dr. Ricardo


Ratner Rochman

EC 2016/1 Seção 2 1
Principais decisões financeiras

 Investimento:
 Seleção dos investimentos que maximizarão o valor da empresa
para os seus investidores.
 Financiamento:
 Definição da estrutura de financiamento dos investimentos e
operações, em termos de fontes de recursos, que buscam
minimizar o custo de capital da empresa (CMPC).

EC 2016/1 Seção 2 2
Decisões empresariais e Demonstrações
Financeiras
Objetivos e
Estratégias

Investimento Financiamento

Ativo (Balanço
Operações Passivo e
Patrimonial) Patrimônio
Líquido
Demonstrações de Resultado e (Balanço
de Fluxo de Caixa Patrimonial)

EC 2016/1 Seção 2 3
Investimentos

 Gastos incorridos hoje que a organização espera que gerará


benefícios no futuro.

 Determinados em função do negócio e da missão da empresa.

 A partir do planejamento estratégico serão definidos os


mercados, produtos, serviços, tecnologias e,
consequentemente, os ativos necessários para se atingir os
objetivos e as metas estabelecidos dentro do arcabouço de
criação de valor.

EC 2016/1 Seção 2 4
Etapas do Planejamento para estruturação do ativo

Definição dos Detalhamento


Definição do
produtos ou Definição ou e definição das
Definição do segmento da
serviços, criação das variáveis
negócio e da cadeia
mercado, tecnologias básicas das
missão da produtiva e da tecnologias
volumes e essenciais da
empresa tecnologia do essenciais da
preços de empresa
produto empresa
venda

EC 2016/1 Seção 2 5
O Balanço Patrimonial e o relacionamento
com as demais demonstrações financeiras
Fluxo de Caixa BALANÇO PATRIMONIAL
Recebimentos ATIVO (Direitos) PASSIVO (Obrigações)
(-) Pagamentos
Caixa Contas a pagar
= Variação de
caixa Contas a receber Impostos a pagar DRE
Estoque Dívidas de curto prazo Receitas (-)
Despesas
Despesas Dívidas de longo prazo
antecipadas = Lucro
Imobilizado (-) PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Prejuízo)
Depreciação Capital Social
Acumulada
Investimentos, Lucros Acumulados
Intangíveis etc.

EC 2016/1 Seção 2 6
Classificação dos investimentos

Curto prazo
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO (Direitos) PASSIVO (Obrigações)

Caixa Contas a pagar

Contas a receber Impostos a pagar


CAPITAL DE
GIRO Estoque Dívidas de curto prazo

Despesas Dívidas de longo prazo


antecipadas
Imobilizado (-) PATRIMÔNIO LÍQUIDO
GASTOS DE Depreciação Capital Social
CAPITAL Acumulada
(CAPEX – Capital Investimentos, Lucros Acumulados
Expenditures) Intangíveis etc.

Longo prazo
EC 2016/1 Seção 2 7
Alavancagens: Operacional e Financeira

 Alavancagem Operacional
 Relacionada às operações e à estrutura de custos da empresa,
fixos ou variáveis. Quanto maior a quantidade de custos fixos,
maior será a alavancagem operacional, e consequentemente o
risco operacional da organização.
 Medida pelo Grau de Alavancagem Operacional (GAO)
 Alavancagem Financeira
 Decorrente da captação (financiamento) de recursos com terceiros
(credores) e do pagamento de juros (comparáveis a um tipo de
custo fixo). Quanto maior o nível de endividamento da empresa,
maior será a alavancagem financeira.
 Medida pelo Grau de Alavancagem Financeira (GAF)

EC 2016/1 Seção 2 8
Alavancagens: Operacional e Financeira

 Receita Vendas
 (-) Custos e despesas variáveis
Operacional  (=) Margem de Contribuição Total
GAO  (-) Custos e despesas fixos
 (=) Resultado Operacional (LAJIR)
 (-) Juros
Financeira  (=) Resultado antes do IR
GAF  (-) IR (Imposto de Renda)
 (=) Resultado Líquido

EC 2016/1 Seção 2 9
Alavancagem Operacional

Variação das Vendas Situação 1 ATUAL Situação 2


-50% +50%
Vendas (Quantidade) 500 1.000 1.500
Receita Líquida 5.000 10.000 15.000
(-) Custos + Desp. Variáveis -2.500 -5.000 -7.500
(-) Custos + Desp. Fixos -2.500 -2.500 -2.500
= LAJIR 0 2.500 5.000
Variação do LAJIR -100% +100%

EC 2016/1 Seção 2 10
Grau de Alavancagem Operacional (GAO)

 Capacidade de usar Custos Fixos para aumentar os


efeitos das variações de vendas

Var. % LAJIR
GAO =
Var. % Vendas

EC 2016/1 Seção 2 11
Alavancagem Operacional – Custo Fixo
Aumentado

Variação das Vendas Situação 1 ATUAL Situação 2


-50% +50%
Vendas (Quantidade) 500 1.000 1.500
Receita Líquida 5.000 10.000 15.000
(-) Custos + Desp. Variáveis -2.250 -4,500 -6.750
(-) Custos + Desp. Fixos -3.000 -3.000 -3.000
= LAJIR -250 2.500 5.250
Variação do LAJIR -110% +110%

EC 2016/1 Seção 2 12
Alavancagem Financeira

Variação do LAJIR Situação 1 ATUAL Situação 2


(Resultado Operacional) -40% +40%
LAJIR 6.000 10.000 14.000
(-) Juros -2.000 -2.000 -2.000
= LAIR -4.000 8.000 12.000
(-) IR (40%) -1.600 -3.200 -4.800
= Lucro Líquido 2.400 4.800 7.200
Variação do Lucro Líquido -50% +50%

EC 2016/1 Seção 2 13
Grau de Alavancagem Financeira (GAF)

 Capacidade de usar Juros (endividamento) para aumentar os


efeitos das variações do resultado operacional (LAJIR)

Var. % Lucro Líquido


GAF =
Var. % LAJIR

EC 2016/1 Seção 2 14
Alavancagens: Operacional e Financeira

 Os graus (níveis) de alavancagens operacional e financeira


podem ser gerenciados, e combinados, para ampliar os
resultados obtidos pela empresa, e consequentemente a criação
de valor para os seus investidores.
 No entanto, a ampliação dos graus de alavancagem também
aumentam os riscos da empresa, que devem ser gerenciados
pela organização em todos os seus níveis hierárquicos.

EC 2016/1 Seção 2 15
Estrutura do Passivo

 A gestão do passivo da empresa é uma tarefa intrínseca da


Tesouraria. No entanto, cabe à Controladoria seu
monitoramento, já que a estrutura do passivo adequada gera
resultados econômicos mensuráveis, os quais impactam o valor
da empresa.
 A decisão da estrutura ótima do passivo também é conhecida
como decisão de Estrutura de Capital.
 Na decisão de estrutura de capital são considerados os passivos
onerosos (que pagam juros) e de longo prazo. Não são
considerados os passivos normais decorrentes do financiamento
dos custos das operações da empresa, tais como fornecedores,
contas a pagar, salários e encargos, impostos, que, por sua vez,
são analisados como parte da decisão de capital de giro líquido.

EC 2016/1 Seção 2 16
Componentes da Estrutura de Capital

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO (Direitos) PASSIVO (Obrigações)

Caixa Contas a pagar

de Capital
Estrutura
Contas a receber Impostos a pagar

Estoque Dívidas de curto prazo

Despesas Dívidas de longo prazo CAPITAL DE


antecipadas TERCEIROS
Imobilizado (-) PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Depreciação Capital Social
Acumulada CAPITAL
Investimentos, Lucros Acumulados PRÓPRIO
Intangíveis etc.

EC 2016/1 Seção 2 17
Parâmetros da estrutura do capital

Grau de
aversão ao
Dilema liquidez risco
versus
rentabilidade

Mensuração do
endividamento

Estrutura de Capital
EC 2016/1 Seção 2 18
Custo de Capital da Empresa

 Representa a taxa mínima esperada de remuneração dos


fornecedores de capital da empresa.
 Para uma empresa financiada com recursos de credores e
acionistas (sócios), o custo de capital é representado pelo Custo
Médio Ponderado de Capital (CMPC), também conhecido como
Weighted Average Cost of Capital (WACC) .

Custo do
Custo do Estrutura de
capital de
capital próprio capital (relação CMPC
terceiros
(Equity) Dívida/Equity)
(Dívida)

EC 2016/1 Seção 2 19
Fatores determinantes do endividamento

 Estudos dos determinantes dos endividamentos de curto e


longo prazos das empresas brasileiras indicam que:
 Quanto menos tangíveis forem os ativos, menos lucrativa, menos líquida,
menor e mais volátil uma empresa for, e quanto menor forem os juros do
mercado, mais ela tenderá a se endividar a curto prazo.
 Quanto mais ativos tangíveis, maior lucratividade, mais oportunidades
de crescimento e tamanho uma empresa tiver, e quanto menor forem os
juros base do país, mais ela tenderá a se endividar a longo prazo. Por
possuírem mais garantias e recursos, empresas maiores e com mais
ativos tangíveis trocam endividamento de curto prazo pelo de longo
prazo.
 Os determinantes mais influentes são: a composição dos ativos, as taxas
de juros e a lucratividade.
 Altas e baixas nas taxas de juros provocam mudanças de comportamento
muito mais bruscas quando se trata de decisões de longo do que de
curto prazo.

EC 2016/1 Seção 2 20
Bibliografia

 Básica
— PADOVEZE, Clóvis Luís,
CONTROLADORIA ESTRATÉGICA
E OPERACIONAL. 3ª edição. São
Paulo: CENGAGE Learning, 2012.

EC 2016/1 Seção 2 21

Você também pode gostar