1999 - Guerrero & Homrich - Fungos Macroscópicos RS

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Fungos Macroscópicos

Comuns no Rio Grande do Sul


Guia para Identificação

Rosa T. Guerrero
Maria H. Homrich

Segunda Edição

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Coleção
Livro-Texto
© das autoras
l ª edição: 1983

Direitos reservados desta edição:


Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Capa: Paulo Antonio Silveira


Revisão: Maria da Glória Almeida dos Santos
Editoração eletrônica: Cláudia Bittencourt
Ilustrações: Cesar L. Rodrigues
Colaboração: André de Meijer
Karla F. Faillace

G934f Guerrero, Rosa T.


Fungos macroscópicos comuns no Rio Grande
do Sul / Rosa T. Guerrero e Maria H. Homrich. -
2.ed. -Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 1999.
(Coleção Livro-texto)

1. Fungos macroscópicos - Rio Grande do Sul.


1. Homrich, Maria H. II. Título.

CDU 582.28(816.5)

Catalogação na publicação: Mônica Ballejo Canto -CRB 10/1023


Sumário

Introdução ......................................................................................... 7
O que é um fungo? ............................................................................ 9
Como distinguir os grandes grupos de macromicetos? ................... 11
Como reconhecer um ascomiceto? ................................................. 13
Como reconhecer um basidiomiceto? ............................................. 15
Onde encontrar fungos? .................................................................. 17
Como coletar fungos? ..................................................................... 19
Esporada ......................................................................................... 23
Glossário ......................................................................................... 25
Chave .............................................................................................. 35
Pranchas .......................................................................................... 61
Índice de termos ............................................................................ 119
Índice de espécies ......................................................................... 121
Classificação ................................................................................. 123
Introdução

Entre o grande número de vegetais que crescem em nosso Es­


tado, existe uma infinita variedade de organismos de formas, tama­
nhos e cores diferentes: os fungos. O conhecimento desses organis­
mos, no entanto, para certas pessoas se restringe aos cogumelos co­
mestíveis cultivados - champignons. Se, entretanto, ampliarmos o
conceito do termo cogumelo para todos os fungos de chapéu com
lamelas ou poros que crescem na natureza, encontramos outros no­
mes como chapéu-de-cobra e chapéu-de-sapo. Para outras formas
conhecem-se ainda nomes como esponja-de-pedra, orelha-de-pau e
estrela-da-terra. Certos grupos de fungos microscópicos, conheci­
dos por serem parasitas de plantas cultivadas, são designados como
ferrugens, carvões, etc., ou, aqueles que degradam alimentos, mo­
fos e bolores. Finalmente, não podemos deixar de mencionar os fer­
mentos ou leveduras, amplamente conhecidos por sua importância
na elaboração do álcool e do pão. Reunindo todos os nomes popula­
res dos fungos, nota-se que, de um modo geral, entre nós, esses não
são muitos e abrangem grupos de fungos. O mesmo não acontece
nos países onde a longa tradição micológica atingiu grande divul­
gação, pois lá a maioria das espécies tem nomes populares, além dos
nomes científicos, resultado de constantes investigações.
Diante da necessidade de denominação dos fungos, fazem-se
necessários, entre nós, trabalhos básicos de cunho taxonómico, in­
dispensáveis para definir, delimitar e classificar cada espécie, para
que não se confundam umas com as outras. Estes trabalhos serão
sempre prévios a qualquer aplicação prática.
Os fungos, quer microscópicos quer macroscópicos, indiscuti­
velmente desempenham papel ecológico preponderante, pois con­
tribuem na degradação de substâncias orgânicas, acelerando, assim,

7
o ciclo dos elementos na natureza. Ocupam também lugar de desta­
que na vida dos homens. Deixando de lado os estudos na medicina,
na fitopatologia e na indústria, e levando em conta unicamente os
fungos macroscópicos, que atraem nossa atenção por seu tamanho,
formas bizarras ou cores chamativas, encontramos entre esses espé­
cies tóxicas, alucínógenas e comestíveis. Importante, também, é
mencionar os fungos que degradam madeiras de elevado valor eco­
nômico, causando prejuízos consideráveis.

8
O que é um fungo?

Definir este grupo de organismos de morfologia tão heterogê­


nea, como ficou explícito na introdução, não é tarefa fácil, nem cabe
neste tipo de publicação. Seu reconhecimento na natureza, no en­
tanto, será possível, considerando que se tratam de seres aclorofila­
dos que, por seu modo de vida, dependem de substâncias já elabo­
radas por outros organismos. Assim os fungos poderão apresentar­
se como simples organismos sapróbios, que vivem sobre restos de
seres vivos, como parasitas que consomem organismos vivos (ani­
mais e vegetais), ou como simbiontes, quando associados com ou­
tros organismos com vantagens para ambos ( exemplo: líquen - as­
sociação entre algas e fungos). Caso especial de mutualismo ocorre
com fungos e plantas (árvores, arbustos, subarbustos), entre os quais,
através de conexões entre raízes e micélio, se estabelece um inter­
câmbio. Tal associação benéfica para ambos - fungo e planta - é co­
nhecida como micorriza.
Os macromicetos, que são o tema deste trabalho, podem ser dife­
renciados dos demais seres vivos por certos caracteres que trataremos
de salientar à medida que o mesmo se desenvolve.
Devemos ter presente, também, que os fungos são constituídos
por uma fase reprodutiva e outra vegetativa. Logo, fungo macroscó­
pico, assim como normalmente é encontrado, nada mais é do que a
estrutura de reprodução, que é denominada de frutificação ou corpo
frutífero, muitas vezes efêmera. A fase vegetativa, geralmente em for­
ma de delicados filamentos profusamente ramificados e entrelaçados
(micélio), vive escondida, ou não, no substrato de onde retira seu ali­
mento e onde pode sobreviver por tempo indeterminado. Assim, am­
bas as fases, vegetativa e reprodutiva, completam o ciclo vital, como
em todos os seres vivos.

9
Como distinguir os grandes
grupos de macromicetos?

Os esquemas taxonómicos dos macromicetos utilizados pelos mi­


cólogos baseiam-se principalmente nas frutificações (carpóforos, cor­
pos frutíferos), cujas estruturas complexas e heterogêneas tomam a ta­
refa do principiante uma verdadeira prova de paciência.
Os fungos superiores pertencem a dois grupos: Ascomycetes (Fi­
guras 1 e 2) e Basidiomycetes (Figuras 3 a 6). Essa classificação tem
como característica fundamental a presença de ascos e basídios, estru­
turas de origem sexual contidas nas frutificações e somente visíveis com
auxílio de microscópio. No primeiro caso, os esporos (ascósporos), em
número de 4-8, localizam-se dentro de células geralmente cilíndricas -
os ascos (Figura 8A, B, C). No segundo caso, os esporos (basidióspo­
ros), em número de 2-4, localizam-se externamente, no ápice de proje­
ções de células cilíndricas ou clavadas, septadas ou não - os basídios
(Figura 8D, E, F). Tanto ascos como basídios ocupam, nas frutificações,
lugar bem definido, onde se misturam com células estéreis, formando
uma camada fértil - o himênio (Figura 8C, D).
As frutificações são, finalmente, estruturas adaptadas para a disper­
são exitosa dos esporos (Figura 9Dc, Ec) através de mecanismos ativos
dos ascos e basídios, à exceção de certos corpos frutíferos fechados, dos
quais os esporos são liberados passivamente por agentes externos (Figu­
ra 9 Bc). Em todos os casos a perpetuação da espécie é favorecida por
toda essa complexa estrutura.
Nosso objetivo, entretanto, num primeiro momento, é o de poder
distinguir um ascomiceto de um basidiomiceto por características aces­
síveis a qualquer observador, sem necessidade do uso de instrumentos
óticos complexos.

11
--
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A B

Figura I - Tipos de frutificações de Ascomycetes. Apotécios em forma de tigela (A), disco


(B) e cálice (C).

Figura 2 - Tipos de estromas de Ascomycetes. A, B e C (estromas com peritécios imersos).

12
Como reconhecer um ascomiceto?

A maioria dos fungos desse grupo não atinge grandes dimensões.


Suas frutificações podem ser de cores vivas (amarelo, laranja, verme­
lho, violeta ou verde), escur�s (marrom ou preto) ou sem coloração
(branco ou hialino) e de consistência desde carnosa frágil a coriácea
resistente. Quando as frutificações apresentam-se sob forma de tige­
la, cálice ou disco, são chamados de apotécios (Figura 1 e 8B). Nesse
caso a camada fértil (himênio), exposta, fica no lado superior e os fun­
gos assim caracterizados correspondem aos Discomycetes.
Quando as frutificações são fechadas, em forma de garrafa com
gargalo longo ou curto, possuindo uma pequena abertura (ostíolo), le­
vando no seu interior o himênio, são chamados de peritécios. Estes po­
dem ser livres (Figura 8A) e nesse caso são inconspícuos, visíveis so­
mente com a ajuda de lupa de mão. Freqüentemente os peritécios estão
imersos em estromas (Figura 2), estruturas lenhosas, carbonosas ou
carnosas de diferentes formas e tamanhos, visíveis a olho nu. Este gru­
po corresponde aos Pyrenomycetes.

13
A

e e

Figura 3 - a, b e c) Frutificações jovens globosas, recobertas por perídio; A, B e C) frutificações


adultas com perídio rompido de diferentes maneiras.

A B e

Figura 4 - Tipos de frutificações de Aphyllophorales. A) ramificada, B) flabeliforme, C) chapéu.

A
B

Figura 5 - Tipos de frutificações de Agaricales (cogumelos).

Figura 6 - Tipos de frutificações de Phragmobasidiomycetidae. A) Cerebriforme, B) ci­


líndrica, C e D) auriculadas.

14
Como reconhecer
um basidiorniceto?

O tamanho das frutificações é muito variado (desde alguns milí­


metros até mais ou menos 50cm) e as formas são muito heterogêneas.
Apresentam também grande variedade de cores. Distinguem-se, nos Ho­
mobasidiomycetidae, principalmente os grupos Gasteromycetes (Figura
3) e Hymenomycetes (Figuras 4 e 5).
Gasteromycetes jovens são sempre globosos apresentando um en­
voltório chamado perídio (Figura 3A, B, C) que recobre a gleba (fios
estéreis e/ou esporos) (Figura 9Aa, c). O perídio abre- se de diferentes
maneiras, permitindo a dispersão dos esporos (Figura 9Bc) por meio
de agentes mecânicos.
Tratando-se de formas maduras, secas ou carnosas putrescentes, a
morfologia varia desde bolas frágeis até formas muito complexas. Pou­
cas espécies, quando maduras, são de cores vivas (Figura 3A ,B, C).
Os Hymenomycetes aqui exemplificados se subdividem em dois
grupos: Aphyllophorales (Figura 4) e Agaricales (Figura 5).
Os fungos Aphyllophorales têm frutificações geralmente de con­
sistência desde coriácea flexível a lenhosa dura e de tamanhos varia­
dos, chegando a medir aproximadamente 50cm de diâmetro. Sua mor­
fologia inclui desde crostas aderidas ao substrato - ressupinadas (Fi­
gura IOA) - até formas semelhantes a prateleiras semicirculares (Figu­
ras 9E, IOB, IOC e l lB), que se fixam de um só lado. Salvo algumas
exceções, suas cores são pouco chamativas. A superfície inferior, por­
tadora do himênio (Figura 1 0Ba, Da), pode ser lisa, mas freqüentemente
é dotada de poros (Figura 12E, F), dentes (Figura 12G), veias (Figura
12D), raramente lamelas (Figura 12A). O himênio está exposto desde
o início do desenvolvimento do corpo frutífero e a dispersão dos basi­
diósporos é ativa (Figura 9Ec). Neste grupo são também incluídas for-

15
mas estipitadas (Figura 4B, C), ramificadas (Figura 4A), etc., então o
himênio nem sempre se localiza no lado inferior.
Os Agaricales, mais conhecidos como cogumelos, são de consis­
tência carnosa, freqüentemente putrescentes, em forma de chapéu com
estípite (pé). As lamelas dispõem-se radialmente no lado inferior do
chapéu (Figura 5B). Em alguns casos, são substituídas por tubos (Fi­
gura 5A). Nas formas mais especializadas, o desenvolvimento do cor­
po frutífero inicia-se por uma estrutura globosa (Figura 9C) que, du­
rante o crescimento, rompe seu envoltório (Figura 9D) (véu universal),
ficando na base a volva, no chapéu as escamas e no estípite um anel
(Figura 9Df, m, j) (resto do véu parcial), deixando finalmente expostas
as lamelas cobertas pelo himênio (Figura 9Dh), de cujos basídios são
liberados ativamente os basidiósporos (Figura 9Dc). Nas formas mais
simples, sem volva, com ou sem anel, a ontogenia é diferente, porém o
mecanismo de dispersão dos esporos é o mesmo.
Outro grupo de Basidiomycetes, que difere dos anteriormente des­
critos, com basídios septados (Figura 8F), os Phragmobasidiomyceti­
dae (Figura 6), são também chamados de fungos gelatinosos. Encon­
tram-se sobre madeira, sendo mais conspícuos em ambientes com umi­
dade alta, quando seus corpos frutíferos incham por ação higroscópica.
Diferentemente dos Agaricales, suas formas variam entre crostas gela­
tinosas lobadas e cerebriformes (Figura l lA), espatuladas (Figural lH),
auriculadas (Figura 11 G), com himênio sempre exposto. Apesar de sua
simplicidade, chamam a atenção por sua consistência cartilaginosa-ge­
latinosa que os diferenciam dos outros grupos de fungos.
As frutificações dos Basidiomycetes e dentre essas as dos Agari­
cales, atingem o mais alto grau de especialização morfológica.

16
Onde encontrar fungos?

Os fungos são onipresentes sempre que se saiba buscá-los. Encon­


tram-se à disposição do naturalista ou da pessoa interessada, em jardins,
parques, bosques, matos, çampos, gramados, nas ruas arborizadas das
cidades e em locais de queimadas. Sempre que haja substrato disponí­
vel, as frutificações surgirão sob condições ambientais propícias para
seu desenvolvimento. Levando-se em consideração este fato, o melhor
tempo para a coleta de fungos será em épocas úmidas com temperatu­
ras não muito baixas. No Rio Grande do Sul não é possível prever a
melhor estação do ano, ainda que o outono, por suas características cli­
máticas, seja geralmente a estação mais favorável, e o inverno, após as
geadas, a menos favorável.

17
Como coletar fungos?

Para uma excursão micológica é necessário contar com uma faca,


papel jornal, caixinhas de papelão, frascos plásticos, bem como cader­
neta e lápis para anotações. Para facilitar o transporte das coletas reco­
menda-se o uso de uma cesta, caixa ou sacola.
Em primeiro lugar, dever-se-á ter em conta a consistência dos fun­
gos, pois, de acordo com essa, a manipulação será diferente: muitos fun­
gos necessitam de cuidados especiais, por sua fragilidade. Portanto, de­
verão ser retirados com ajuda de faca, procurando não danificá-los, mes­
mo as partes subterrâneas. De preferência retira-se, junto com a frutifi­
cação, parte do substrato. Tratando-se de fungos resistentes, estes cui­
dados especiais são dispensáveis, mas, como nos primeiros, o substra­
to deverá ser recolhido juntamente com as frutificações.
É importante sempre fazer anotações a campo daqueles caracte­
res que não se conservam por muito tempo e que desaparecem depois
do material estar parcial ou totalmente seco. Para orientar o coletor so­
bre os dados necessários, sugerimos, a seguir, um modelo de ficha.

FICHA DE DADOS
(especialmente importante para frutificações perecíveis)

Local da coleta: (estado, município, localidade, altitude acima do nível


do mar, tipo de vegetação ou ambiente)
Data:
Coletor:
Substrato: (também nome de hospedeiro, quando possível)
Cor: (especificar as partes coloridas)
Forma: (desenho esquemático simples)

19
Medidas:
Consistência:
Observações:

Concluídas as observações, será necessário o acondicionamento das


frutificações, de acordo com a natureza do material, em caixinhas, em­
brulhos de papel jornal ou em frascos plásticos para seu traslado do lu­
gar de coleta ao local de estudo (laboratório).

20
,.,... : ...... ·... . .

Figura 7 - Obtenção de esporada.

21
Esporada

Ao iniciar o exame do material escolhido, certas coletas deverão


ter tratamento prioritário. Por exemplo, dos cogumelos é necessário
obter a esporada (Figura 7) imediatamente, colocando os mesmos numa
câmara úmida sobre pape! branco, com as lamelas para baixo. Este pro­
cesso leva algumas horas.
Aconselha-se o trabalho preferencialmente com material fresco na
determinação porque, tratando-se de organismos delicados, alguns de
seus caracteres podem alterar-se. Todas as coletas deverão ser submeti­
das a um processo de secagem à temperatura em tomo de 40 º C, guar­
dadas em caixinhas ou envelopes apropriados, com naftalina, para es­
tudos posteriores.

23
Glossário

O vocabulário micológico emprega termos muitas vezes pró­


prios, que dificultam o entendimento inicial. Por isso, incluímos a
seguir um pequeno glossário ilustrado que permite interpretar o con­
ceito dos termos técnicos que não puderem ser evitados.

25
,..,.,.,-,T,,-rr.,-li1m�r-�rwf1t3'1f

Figura 8 - Estruturas de reprodução: A-C) Ascomycetes; D-F) Basidiomycetes. A) peritécio


em corte longitudinal; B) apotécio em corte longitudinal; C-O) detalhes do himênio; E-F)
basídios; a) asco; b) ascósporo, c)paráfise, d) basidiósporos.

26
e
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J ..
.. ....
, •

g
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f P1,

Figura 9 - Diversos tipos de corpos frutíferos em corte longitudinal: A, C, F) jovens; B, D, E)


adultos; a) peridio externo, b) perídio interno, c) esporos, d) ostíolo (poro), e) gleba, f) vol­
va, g) estípite, h) lamelas, i) véu parcial, j) anel (restq do véu parcial), 1) véu universal, m)
escamas (resto do véu universal), n) contexto, o) tubos (com poros), p) camada subperidial,
q) frutificação preformada no ovo.

27
b

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Figura 10 - Posição do corpo frutífero no substrato; A) ressupinado; B) efuso-reflexo; C) em


prateleiras; D) imbricado; a) himênio; b) contexto.

28
D

Figura 11 - Formas de corpos frutíferos: A) cerebriforme; B) dimidiado; C) flabeliforme (le­


que); em C, margem fimbriada, D) caliciforme, E) turbinado, F) conchado (em corte), G)
auriculado, H) espatulado.

29
Figura 12 - Tipos de himenóforos: A) lamelas; B) lamelas anastomosadas, formando labirin­
to; C) lamelas fendidas longitudinalmente; D) veias; E) poros poligonais; F) poros circula­
res; G) dentes.

30
A

Figura 13 - A-C) Posição do estípite: A) central; B) excêntrico; C) lateral; D-F) posição das
lamelas em relação ao estípite: D) livres; E) decorrentes; F) adnatas.

31
a
a

b b

b
b

E F

Figura 14 - Formas do píleo (chapéu) de Agaricales. A) convexo; B) aplanado; C) cilíndrico; D)


campanulado; E) infundibuliforme (funil); F) côncavo com bordos enrolados; a) himenóforo la­
melar, b) estípite, c) contexto (carne), d) volva, todos em corte longitudinal.

32
B

Figura 15 - Superfície do píleo: A, B e C) pilosas; A) feixes de pêlos; B) pêlos rijos (hirsuta);


C) pêlos macios (aveludada); D e E) escamosas; F) papilóide.

33
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A
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B

Figura 16 - Corpos frutíferos em estromas. A) estroma claviforme, lenhoso carbonoso; B) escle­


rócio com estroma capitado; C e D) estromas globosos em corte; D) concentricamente zonado;
a) ostíolos de peritécios, b) estroma em corte, c) peritécios, d) esclerócio.

34
Chave

Esta chave está dividida em partes: A, B, C, D, E, F e G. Cada uma


delas baseia-se nas características morfológicas de maior evidência nos
corpos frutíferos.
Identificadas essas características, será necessário escolher a letra
da chave correspondente. Exemplo: no caso de um cogumelo com cha­
péu e lamelas em sua face inferior, deverá ser escolhida a chave A.
Em continuação, consideram-se os dilemas dicotômicos. Recomen­
da-se em cada caso, que sejam lidas as duas alternativas antes de passar
para o dilema seguinte.
Esgotadas as características confrontadas, é possível que se tenha
chegado a determinar o fungo - gênero e espécie (às vezes só gênero).
O nome encontrado para o fungo identificado deverá ser comparado com
a ilustração correspondente, para assegurar sua correta identificação.
No caso de não coincidir, a tentativa de determinação deverá ser
reiniciada, até que se esgotem todas as possibilidades. Se a dúvida per­
sistir, existe a possibilidade de que o fungo não figure nessa chave e,
portanto, poderá ser interessante para um estudo mais aprofundado.
Neste caso recomenda-se também o uso de literatura específica.
Outras razões que dificultam a correta determinação podem ser:
1 - falta de treino na lida com esses organismos;
2 - falta de material de comparação.
Ambas as dificuldades poderão ser minimizadas, recorrendo-se a
pessoas com maior experiência e procurando, para o confronto, mate­
rial de herbário já classificado.
Os autores do presente trabalho, oferecem auxílio nos casos de
dúvida e agradeceriam pela remessa de material.

35
ü
Corpos frutíferos em forma de chapéu com lamelas na face inferior e geralmente com
estípite (Chave A).



Corpos frutíferos estipitados com cabeça ou chapéu, sem lamelas na face inferior (Chave B).

Corpos frutíferos em forma de cálice, tigela, funil, petalóides ou espatulados (Chave C).

Q
Corpos frutíferos globosos, tuberosos, piriformes, turbinados ou estrelares (Chave D).

Corpos frutíferos mais ou menos claviformes, cilíndricos, ramificados ou não (Chave E).

Corpos frutíferos em forma de leque, dispostos em prateleiras, com ou sem estípite lateral
ou irregularmente lobados, folíáceos, auriculados, conchadas, cerebriformes ou formando
crostas sobre a madeira (Chave F).

36
CHAVE A - CORPOS FRUTÍFEROS EM FORMA DE CHAPÉU COM
LAMELAS NA FACE INFERIOR E GERALMENTE COM ESTÍPITE

1 - Chapéu com estípite (pé) excêntrico, lateral (Figura


13B e C), às vezes, curto ou ausente ............................................... 2
1 - Chapéu com estípite central (Figura 13A) ................................ 5

2 - Corpos frutíferos coriáceos, flexíveis a resistentes, de


cores não chamativas (cinza, castanha, marrom). Cresci­
mento sobre troncos caídos ou postes, sempre em lugares
ensolarados ........................................................................................ 3
2 - Corpos frutíferos carnosos-putrescentes claros (branco,
creme, rosa), pé curto, cilíndrico. Crescimento em conjunto,
geralmente imbricado (Figura lOD) sobre troncos caídos, em
locais sombreados. Gênero com espécies comestíveis.
(Prancha I) ..................................................................... Pleurotus spp.
Pleurotus ostreatoroseus, de cor rosa, e Pleurotus ostrea-
tus, branco, são muito comuns e cultivados para consumo.

3 - Estípite lateral reduzido. Lamelas fendidas longitudinal­


mente, (Figura 12C), de cor cinza. Píleo de 2 a 6cm, super­
fície superior aveludada por pêlos abundantes esbranquiça­
dos. Fungos com bordas lobadas, quando úmidos coriáce­
os flexíveis e quando secos mais resistentes. Crescem em
grandes conjuntos, muito comuns em diferentes áreas aber­
tas, principalmente as de vegetação desvastada, e também
sobre postes, dormentes, etc. (Prancha II) ........ Schizophyllum commune
3 - Estípite nitidamente excêntrico (às vezes lateral), desen-
volvido. Lamelas decorrentes (Figura 13E), não fendidas
longitudinalmente (Figura 12A) ........................................................ 4

4 - Frutificações resistentes, marrom escuras a marrom-tabaco.


Estípite acamurçado. (Prancha ID) .................. Stiptophyllum erubescens
Às vezes, as frutificações nascem em conjunto imbrica-
do ou concrescem, dando aspecto de um grande chapéu
com estípite central.
4 - Frutificações flexíveis, castanhas. Superfície superior do
píleo coberta por feixes de pêlos curtos (Figura 15A) ob-
serváveis com lupa. (Prancha IV) ........................... Lentinus strigosus

37
Um fungo por vezes muito parecido com Lentinus strigo­
sus, porém apresentando no píleo pêlos reunidos em feixes
de 1mm de comprimento (é possível medir sob a lupa).
(Prancha IV) ............................................................. Lentinus crinitus

5 - Corpos frutíferos carnosos-putrescentes a carnosos-


fibrosos .............................................................................................. 6
5 - Corpos frutíferos membranáceos a coriáceos ............................. 21

6 - Esporada escura, de marrom-chocolate a preto (Figura 7) ........... 7


6 - Esporada de outras cores ............................................................ 10

7 - Chapéu cilíndrico (mais alto do que largo) a campa-


nulado (Figura 14 C e D) ou hemisférico (altura igual ao
diâmetro) ........................................................................................... 8
7 - Chapéu convexo a quase plano (Figura 5 A e B) .......................... 9

8 - Frutificações cilíndricas-campanuladas, de cor branca,


com escamas na superfície (Figura 15E). Estípite com anel
móvel. Píleo e lamelas liquescentes, carregando massa de
esporos com aspecto de tinta, efêmeros, restando só o estí-
pite manchado de preto. Muito difícil de conservar. Fungos
comuns em jardins adubados ou potreiros, entre capim, com
altura em tomo de 10-15cm. Espécie comestível quando
jovem. (Prancha V) ................................................ Coprinus comatus
Outras espécies de menor porte, sem anel, ocorrem sobre
madeira fortemente decomposta, em matas e sobre esterco
de animais herbívoros, em lugares abertos.
· 8 - Frutificações hemisféricas, de cor branca, geralmente
lisas, brilhantes. Estípite sem anel. Não se liquefazem e
conservam a forma quando adultas e secas ao sol. Comum
sobre esterco em potreiros e campos de pastoreio. Espécie
comestível. (Prancha VI) .................................. Panaeolus antillarum

9 - Chapéu de cor palha, tomando-se azul por pressão.


· Estípite com anel membranáceo. Altura até 10cm. Sobre
esterco de bovinos e eqüinos. Fungos alucinógenos.
(Prancha VII) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Psilocybe cubensis

38
9 - Chapéu de cor branca, às vezes, com pequenas esca­
mas no centro. Estípite robusto com anel pouco desenvol­
vido. Lamelas livres (Figura 13D), inicialmente de cor
rosa, passando a marrom-chocolate; esporada da mesma
cor. Fungos conspícuos em pastagens com ou sem esterco.
Nunca em tufos. Espécie comestível de paladar agradável
(Prancha VIII) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Agaricus arvensis
Agaricus bisporus é o conhecido champignon, cultivado
para consumo. Outras espécies comuns em matos ocorrem
formando, geralmente, rodas de fada.

10 - Lamelas livres (Figura 13D). Esporada branca, verde


ou rosa .............................................................................................. 11
10 - Lamelas decorrentes ou adnatas (Figura 13E e F).
Esporada branca, cor-de-canela ou marrons ................................. 14

11 - Lamelas brancas. Estípite com anel (Figura 9J) ....................... 12


11 - Lamelas rosa. Estípite sem anel ................................................ 13

12 - Superfície do píleo vermelha a cor-de-laranja, com


escamas brancas (Figuras 9Dm e 15B), soltas (resto do véu
universal). Estípite com volva e anel membranoso (Figu-
ra 9Df, j). Esporada branca. Fungo micorrízico com es-
pécies de Pinus e Eucaliptus, destacam-se, no final do
outono, pelo seu tamanho, com chapéu de 1 O a 20cm de
diâmetro e seu colorido inconfundível. No estado juvenil,
de botão, as escamas esbranquiçadas o revestem comple-
tamente. Espécie tóxica, alucinógena, segundo a literatura.
(Prancha IX) ........................................................... Amanita muscaria
12 - Superfície do píleo branca, com escamas castanhas origi-
nadas do próprio chapéu (Figura 15F). Estípite longo e delgado
(mais ou menos 20cm de comprimento) com anel grosso, bran-
co e móvel. Chapéu de 10 a15cm. Esporada branca. Crescem
solitários entre o capim dos campos, destacando-se pela sua
figura grácil. (Prancha X) .............................. Macrolepiota bonaerensis
Uma espécie muito semelhante à anterior, com lamelas
brancas quando jovem mas tornando-se verde-claras ao
amadurecerem os esporos (esporada verde). Crescem em

39
pequenos grupos, geralmente em jardins. Tóxica.
(Prancha XI) ........................................... Chlorophyllum molybdites

13 - Base do estípite com volva. Sobre madeira ou no chão.


(Prancha XII) .............................................................. Volvariella spp.
13 - Base do estípite sem volva. Sobre madeira.
(Prancha XIII) ................................................................ Pluteus spp.

14 - Lamelas decorrentes ................................................................. 15


14 - Lamelas adnatas ........................................................................ 16

15 - Esporada cor-de-canela. Corpos frutíferos quebradi­


ços. Chapéu com 6-12cm de diâmetro, apresentando uma
depressão central e margem encurvada (Figura 14F) quan­
do jovem, finalmente infundibuliforme (Figura 14E) com
os bordos erguidos. Superfície do píleo com zonas con­
cêntricas esverdeadas. Presença de látex alaranjado, tornan­
do-se verde. Em bosques de Pinus. Espécie comestível.
(Prancha XIV) ..................................................... Lactarius deliciosus
15 -Esporada marrom. Corpos frutíferos marrom-averme-
lhados, tomam-se escuros com a manipulação ou quando
secos. Chapéu com 5-1 lcm de diâmetro; quando jovem
côncavo, com bordos fortemente enrolados que logo se ex-
pandem sem perder sua forma côncava. Lamelas anastomo-
sadas junto do estípite. Encontrado na grama, em locais
sombreados. (Prancha XIV) .................................... Paxillus involutus

16-Esporada marrom-ferrugínea. Corpos frutíferos robus-


tos, carnosos-fibrosos, totalmente marrom-ferrugíneos,
crescem agrupados, geralmente sobre tocos ou plantas vi-
vas de eucalipto. Estípite com anel, às vezes, inconspícuo.
Espécie comestível, porém de gosto amargo e qualidade
inferior. (Prancha XV) .................................. Gymnopilus pampeanus
16 -Esporada branca ....................................................................... 17

17 -.Lamelas brancas ....................................................................... 18


17 - Lamelas de cores vivas ............................................................. 19

40
18 - Corpos frutíferos em torno de 8cm de diâmetro. Su­
perfície do chapéu acastanhada, lisa, cerácea, apresen­
tando freqüentemente pequenas escamas caducas e res­
tos do véu nos bordos. Crescem em grupos sobre madei­
ra e, às vezes, em árvores vivas; possuem odor agradá­
vel. Comestível.
(Prancha XVI) ................................................. Oudemansiella canarii
18 - Corpos frutíferos muito grandes, em torno de 30-
50 cm de diâmetro e de altura. Superfície dos chapéus
esbranquiçada, lisa. Sem anel no pé. Crescem sobre o
solo em pequenos grupos. Comestível ...... Tricholoma giganteum

19 - Corpos frutíferos em torno de 10cm de diâmetro,


frágeis, de cor violeta a amarronzados. Comuns em jar-
dins, parques e campos. Comestível, de boa qualidade.
(Prancha XVII) ....................................................... Tricholoma nudum
19 - Corpos frutíferos menores. ....................................................... 20

20 - Corpos frutíferos cor-de-tijolo. Superfície do cha-


péu com escamas minúsculas, somente visíveis com lupa;
estípite e lamelas da mesma cor. Margem do chapéu fre­
qüentemente ondulada. Espécie abundante em matas de
eucalipto. Comestíveis, de paladar agradável.
(Prancha XVI) ...................................................... Laccariafraterna
Outra espécie, algo mais robusta, nas plantações de Pinus,
L. laccata
20 - Corpos frutíferos vermelhos. Chapéu campanulado. Su­
perfície do chapéu vermelho brilhante, lamelas amarelas.
Estípite da mesma cor do chapéu, achatado, muitas vezes
com um sulco longitudinal. (Prancha XVIII) ............. Hygrocybe spp.

21 - Chapéu membranáceo de cores chamativas. Lamelas


distantes entre si. Estípite escuro, flexível e delgado. Mai-
oria das espécies com até 6 cm de altura; encontradas ge-
ralmente no folhedo e ramos caídos. Espécies não comes-
tíveis. (Prancha XVIII) .............................................. Marasmius spp.
21 - Chapéu coriáceo de cores não chamativas (castanho
claro a escuro) aveludado, liso ou com feixes de pêlos. La-

41
melas próximas entre si, decorrentes (Figura 13E). Estípite
rígido aveludado. Fungos degradadores de madeira ....................... 22

22 - Pseudo-esclerócio ovalado, robusto, presente na base do


estípite (massa dura formada pela madeira cimentada pelas
hifas). Fungo completamente marrom, de superficie aveluda-
da, com aproximadamente 7cm de diâmetro. Estípite resisten-
te com cerca de 5cm de altura. (Prancha XIX) ......... Lentinus velutinus
22 - Sem pseudo-esclerócio na base do estípite. Superfície
do chapéu lisa ou com feixes de pêlos ............................................. 23

23 - Vários píleos concrescidos lateralmente e com um


único estípite, simulando estípite central.
(Prancha III) ............................................. Stiptophyllum erubescens
23 - Píleos não concrescidos, de 2-5cm de diâmetro, algo
deprimidos no centro, estípite curto (muito comprido quan-
do crescem em troncos enterrados). Superfície do chapéu
com feixes de pêlos de 1mm de comprimento. Comum so-
bre tocos e troncos caídos. (Prancha IV) .................. Lentinus crinitus

CHAVE B -, CORPOS FRUTÍFEROS ESTIPITADOS COM CABEÇA


OU CHAPEU, SEM LAMELAS NA FACE INFERIOR

1 - Consistência carnosa ou carnosa-putrescente ............................... 2


1 - Consistência com outras características (seca) ............................. 5

2 - Corpos frutíferos com chapéu. Lado superior amarelo,


viscoso, lado inferior com poros (tubos) (Figura 12E, F).
Estípite (pé) robusto, sem véu parcial e sem anel (Figura 9
I, J). Fungo micorrízico com Pinus. Espécie comestível.
(Prancha XX) .......................................................... Suillus granulatus
Com as características do anterior, mas lado superior mar-
rom e com restos do véu parcial. Espécie comestível.
(Prancha XX) .. .. . ............... . . . . ...................... . .................... Suillus luteus
Ocorre aindaSuillus cothumatus, comum e comestível, pare-
cido com S. luteus, mas de tamanho um pouco menor e com o
contexto (carne) cor-de-laranja pálido quando fresco, enquanto
o mesmo é branco a amarelo nas duas espécies anteriores.

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2 - Corpos frutíferos com cabeça ....................................................... 3

3 - Corpos frutíferos em estromas estipitados que nascem de


esclerócios duros pretos (Figura 16Bd). Estípite mais ou
menos filamentoso. Cabeça pequena (poucos milímetros),
carnosa, frágil, finalmente pontuada (ostíolos dos peritécios)
(Figura 16Ba). Fungos parasitas ..................................... Clavicipitales
a) Parasitas de vegetais superiores, geralmente em espigas
de gramíneas onde se formam nos lugares dos ovários ..... Claviceps spp.
Quando os esclerócios de Claviceps purpurea são ingeri-
dos junto com os grãos dos cereais, provocam uma doença
conhecida como ergotismo, "fogo sagrado" ou "fogo-de­
santo-antônio". Além disso, extraem-se dessa espécie subs-
tâncias hemolíticas e alucinógenas.
b) Parasitas de insetos (adultas ou larvas) e aranhas, geral-
mente enterrados no solo. (Prancha XXI) ................... Cordyceps spp.
3 - Corpos frutíferos com estípite cilíndrico, grosso, de con-
sistência esponjosa e na base a volva (resto do perídio) (Fi-
gura 3B). Cabeça maior (mais de 1cm), carnosa-deliqüescen-
te. Fungos não parasitas, efêmeros, com cheiro desagradá-
vel que atraem as moscas que disseminam os esporos. Esta-
do juvenil em forma de ovo, que em corte longitudinal mos-
tra a frutificação preformada protegida por uma camada ge-
latinosa subperidial, rodeada pelo perídio esbranquiçado
(Phallales) .......................................................................................... 4

4 - Cabeça coberta por massa de esporos de cor verde­


olivácea. Estípite branco. Espécie não comestível.
(Prancha XXII) ..................................................... Jtajahia galericulata
Semelhante a esse fungo é a espécie Dictyophora indusia-
ta, cujo estípite é coberto por uma delicada rede pendente
que sai de baixo da cabeça. Comestível quando jovem (ovo).
(Prancha XXIII).
4 - Cabeça reticulada de cor salmão. Massa viscosa de
esporos marrons entre as malhas da rede. Estípite rosado.
Não comestível. (Prancha XXIV) ............ Simblum sphaerocephalum

5 - Frutificações em estromas (Figura 16) ......................................... 6


5 - Frutificações não em estromas ..................................................... 8

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6 - Estromas pequenos (menores que 0,5mm), capitados.
Estípite curto. Agrupados sobre folhas de gramíneas.
(Prancha XXIV) ..... , ............................................. Balansia claviceps
6 - Estromas maiores (2-5mm) .......................................................... 7

7 - Estromas capitados (Figura 2B), resistentes, escuros.


Cabeça em forma de disco com pontuações ( ostíolos dos
peritécios) (Figura 16Aa) pretas sobre fundo claro, no
lado superior. Sobre esterco. (Prancha XXV) ....... Poronia oedipus
7 - Estromas capitados. Cabeça mais ou menos cilíndri-
ca, finamente pontuada (ostíolos dos peritécios), com
projeções apicais estéreis forcadas. Sobre madeira.
(Prancha XXV) ........................................................... Xylaria comosa

8 - Corpos frutíferos com cabeça marrom, de consistência pa­


pirácea, com um poro (ostíolo) apical. Estípite (pé) duas a
três vezes mais longo que o diâmetro da cabeça, cilíndrico,
delgado resistente, freqüentemente enterrado. Sobre terra.
(Prancha XXV) ................................................ Tulostoma berteroanum
8 - Corpos frutíferos com chapéu. Lado inferior com poros .............. 9

9 - Com estípite central. Frutificação de consistência coriá-


cea a carnosa-fibrosa ........................................................................ 10
9 - Com estípite lateral. Frutificações de consistência suble-
nhosa, resistente ................................................................................ 11

10 - Corpos frutíferos coriáceos, marrons. Superfície do pí­


leo lisa. Altura do estípite mais ou menos igual ao diâmetro
do chapéu. Sobre madeira. (Prancha XXVI) ........ Polyporus arcularius
10 - Corpos frutíferos carnoso-fibrosos, de cor clara. Al-
tura do estípite maior que o diâmetro do chapéu. Sobre
madeira ............................................................... Filoboletus gracilis

11 - Estípite amarronzado (tabaco) opaco, rígido, com-


prido, duas vezes o diâmetro do chapéu, sem contar a par-
te enterrada no solo. Chapéu com cerca de 3cm de diâ-
metro, (às vezes, concrescidos) amarronzado, concentri-
camente zonado, lado inferior com poros circulares, acin-
zentados ................................................................. Amauroderma sp.

44
11 - Estípite de outras cores ............................................................. 12

12 - Estípite preto. Píleo espatulado, superfície superior de


cor marrom escuro, violáceo a quase preto, brilhante, 2-5cm
de diâmetro. Lado inferior com poros acinzentados. Sobre
madeira. (Prancha XXVI) ..................................... Polyporus leprieurii
12 - Estípite avermelhado a marrom-violáceo, igual à su-
perfície superior do chapéu, brilhantes como se fossem
envernizados. Frutificações normalmente elegantes quan-
do apresentam estípite longo. Tamanho variável de 5-
15cm de largura. Superfície inferior com poros circula-
res, esbranquiçados. Costumam concrescer, atingindo ta-
manhos de até 40cm. Utilizado, para a fabricação de
medicamentos. (Prancha XXVII) .................... Ganoderma lucidum

CHAVE C - CORPOS FRUTÍFEROS EM FORMA DE CÁLICE,


TIGELA, FUNIL, LEQUE A PETALÓIDES OU ESPATULADOS

1 -Corpos frutíferos em forma de cálice ou tigela (Figura


l lD) com estípite (pé) reduzido ou ausente. Superfície
superior côncava a subcôncava ......................................................... 9
1 -Corpos fruíferos não como acima ................................................. 2

2 -Corpos frutíferos infundibuliformes (em forma de funil) ................. 3


2 - Corpos frutíferos flaveliformes (Figura 11C) a petoa-
lóides ou espatulados (Figural IH) .................................................... 6

3 - De consistência papirácea, cores claras e 5-18cm de


diâmetro ............................................................................................. 4
3 - De consistência membranácea, cores marrons e até
5cm de diâmetro ............................................................................... 5

4 -Corpos frutíferos com 5-lücm de diâmetro. Superfície in­


ferior branca-creme, com pregas onduladas radiais. Superfí­
cie superior amarelada, densamente pilosa. Sobre ramos e tron-
cos em decomposição. (Prancha XXVIII) ....... Cymatodenna caperatum
4 -Corpos frutíferos com diâmetro de até 18cm (pelo con­
crescimento lateral dos corpos frutíferos). Superfície inferi-

45
or de cor creme, com costelas radiais ramificadas. Superfí­
cie superior bege, densamente tomentosa (acamurçada ao
tato). Sobre madeira. (Prancha XXVIII) . ..... Cymatoderma dentriticum

5 - Superfície da frutificação radialmente fibrosa. Lado in-


ferior liso ou rugoso. Estípite, quando presente, muito cur-
to, originando vários píleos, às vezes, achatados formando
rosetas. Sobre terra, geralmente em plantações de Pinus.
(Prancha XXIX) ................................................. Thelephora terrestris
5 - Superfície da frutificação lisa, sedosa, geralmente brilhan-
te, às vezes, zonada concentricamente. Vários píleos origi-
nados sobre pequenas ramificações laterais de um estípite co-
mum curto, formando, às vezes, rosetas achatadas. Sqbre solo
(Prancha XXIX) ......................................... Stipitochaete damaecornis

6 - Corpos frutíferos flaveliformes a petalóides, de con-


sistência membranácea ...................................................................... 7
6 - Corpos frutíferos espatulados, de consistência carti-
laginoso-gelatinosas ......................................................................... 8

7 - Corpos frutíferos em forma de leque, com largura de 1-


2cm, de cores claras, margem frimbriada (Figura 11 C).
Ambas as superfícies lisas. Sobre o solo .................. Cotylidia diafana
7 - Corpos frutíferos petalóides, com largura de 2-3cm, de
cores marrons, formando grandes grupos sobre ramos e
troncos mortos. (Prancha XXX) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Hymenochaete sallei

8 - Corpos frutíferos em forma de pequena espátula de


cor amarelo-alaranjada, com 1-2cm de altura. Sobre
madeira. (Prancha XXX) ......................... Dacryopinax spathularia
8 - Corpos frutíferos espatulados (até caliciformes), de cor
marrom a preto, com até 5cm de altura. Sobre madeira.
(PranchaXXX) ................................................. Dacryopinax elegans

9 - Pé geralmente inconspícuo. Cores escuras (marrom, vinho).


Sobre madeira ................................................................................... 1 O
9-Pé geralmente reduzido. Cores claras (amarelo, azul-esver-
deado). Sobre madeira ....................................................................... 11

46
10 - Apotécios grandes (Figura lA), até 10cm, carnosos,
frágeis, de cor marrom (Prancha XXXI) ...... Plectania campylospora
10 - Apotécios menores (Figura 1 B ), até 4cm, resisten-
tes. Superfície superior cor-de-vinho e lateral mais
clara ............................................................... Phillipsia domingensis

11 -Apotécios caliciformes (Figura IC), estipitados, amare-


los, com até 3cm de altura (Prancha XXXI) ............. Cookeina colensoi
Outra espécie deste gênero, também de cores claras, algo
rosado, com pêlos hialinos na parte estéril sendo mais com-
pridos na margem do apotécio, C. tricholoma
11 - Apotécios verde-azulados, com menos de 0,5cm de
altura. Interior do substrato tornando-se da mesma cor dos
apotécios (Prancha XXXI) ...................... Chlorociboria aeruginosa.

CHAVE D - CORPOS FRUTÍFEROS GLOBOSOS, TUBEROSOS,


PIRIFORMES, TURBINADOS OU ESTRELARES

1 - Frutificações em estromas (Figura 2C). ....................................... 2


1 - Frutificações não em estromas (Figura 3A). ................................ 4

2 - Estromas carbonosos, de 2-4cm de altura. Superfície co-


berta de pontuações (ostíolos dos peritécios) (Figura 16).
Sobre madeira.
a) Em corte, o estroma é concentricamente zonado
(Figura 16D) .................................................................. Daldinia spp.
b) E m corte, o estroma não é concentricamente zonado
(Figura 16C) (Prancha XXXII) .................................. Hypoxylon spp.
2 - Estromas não carbonosos, maiores de 3cm. Sobre colmos
de bambu. ........................................................................................... 3

3 - Estroma rosado, medindo ao redor de 6cm de diâmetro.


Toda a superfície externa finamente pontuada (ostíolos dos
peritécios). Consistência macia quando frescos, tomando-se
dura quando secos (Prancha XXXII) ............ Mycomalus bambusinus
3 - Estroma de cor creme, medindo ao redor de 3 cm de
diâmetro. Superfície inferior plana, finamente pontuada
(ostíolos dos peritécios). Consistência gelatinosa quan-

47
do frescos, tornando-se dura quando secos
(Prancha XXXII) ............................... . . Ascopolyporus polyporoides

4 - Frutificações com o envoltório externo (exoperídio) (Fi-


gura 9B a) em forma de estrela, quando maduras, deixando
exposto o envoltório interno (endoperídio) (Figura 9Bb)
globoso ............................................................................................... 5
4 - Frutificações com o perídio (exo- e endoperídio)
abrindo-se de outra maneira, quando maduras ............................... 6

5 -Frutificações com um único poro (ostíolo) (Figura 9Bd)


no endoperídio (Prancha XXXIII) ................................ Geastrum spp.
5 -Frutificações com vários poros (ostíolos) no en�operídio
(Prancha XXXIII) ............................................... Myriostoma coliforme

6 - Frutificações jovens turbinadas (Figura l lE), peque-


nas (mais ou menos 1cm de altura). Quando abertas, se-
melhantes a ninho de pássaro, contendo diminutas estru-
turas globosas e duras (peridíolos) portadoras dos espo-
ros. Muito comum sobre esterco, às vezes, sobre madeira
(Prancha XXXIV) .......................................................... Cyathus spp.
6 - Frutificações com outras características ....................................... 7

7 -Frutificações jovens (ovos) brancas ou esbranquiçadas.


Em corte longitudinal, observa-se uma espessa camada
subperidial gelatinosa, mais ou menos hialina que rodeia a
frutificação preformada (Figura 9F). Estes ovos, colocados
em um vaso com terra úmida, poderão romper-se e expor a
frutificação típica das Phallales (Chave B e E), com o ca­
racterístico cheiro desagradável.
7 - Frutificações jovens sem camada gelatinosa subperidial .............. 8

8 - Frutificações jovens e maduras sólidas, de cor mar­


rom-escuro. Em corte longitudinal, a gleba castanho-
amarelada se apresenta com glomérulos de esporos (peri-
díolos) dispersos entre a trama.Ao envelhecerem tomam-
se pulverulentas, a partir do ápice, degradando-se tanto
perídio como trama. Sobre solo, em matas de eucaliptos
(Prancha XXXV) ................................................ Pisolithus tinctorius

48
8 - Frutificações jovens esbranquiçadas ou rosa, tomando­
se gradativamente marrons pelo amadurecimento (em al­
guns casos do violeta ao violeta-púrpura). Em corte longi­
tudinal, a gleba uniformemente distribuída não apresenta
glomérulos (Figura 9A) ..................................................................... 9

9 - Frutificações jovens, rosa, úmidas, pequenas (em tor­


no de 1cm de diâmetro), tomando-se marrons ao amadu­
recer. Extremamente frágeis, rompem-se facilmente ao
serem tocadas. Sobre madeira ......................... Lycogala epidendrum
Esta espécie, devido a sua grande fragilidade, se não ma-
nuseada com muito cuidado, transforma-se totalmente em
pó, constituído de esporos, capilício e restos do perídio.
9 - Frutificações jovens esbranquiçadàs externamente, em
corte gleba imatura compacta, branca .............................................. 10

10 - Frutificações imaturas grandes, carnosas (geralmente


mais de 5cm de diâmetro), com perídio espesso (em corte,
com mais ou menos 0,5cm de espessura) também carnosa
(Prancha XXXV) ................................................... Gastropila fragilis
Esta espécie, ao amadurecer, toma-se marrom e, por sua gran-
de fragilidade, transforma-se totalmente em pó (perídio e
gleba). É praticamente impossível encontrar frutificações
maduras inteiras na natureza ou preservá-las intactas a seco
10 - Frutificações com outras características ................................... 11

11 - Frutificações imaturas esbranquiçadas, fechadas, tornan-


do-se marrons ao amadurecer e, então, com um nítido poro
apical (ostíolo). Consistência do perídio mais ou menos elásti-
ca e gleba um pouco algodonosa (Prancha XXXVI) ..... Lycoperdon spp.,
Bovista spp.,
Morganella spp.,
Vascellum spp.
Estes gêneros só podem ser distinguidos por observação de
características microscópicas. Todos eles, quando maduros
e secos, desprendem uma nuvem de pó - esporos - através
do ostíolo (sempre que forem pressionados levemente).
11 - Frutificações imaturas esbranquiçadas e fechadas.Ao ama-
durecer, tomam-se marrons, logo, sem nítido poro apical ................... 12

49
12 - Perídio duro (pouco elástico), quebradiço e gleba es­
cura, quase preta, muito pulverulenta, não algodonosa. Fun­
gos micorrízicos. No solo, em matas de eucaliptos e Pinus
(Prancha XXXVI) .................................................... Scleroderma spp.
Neste gênero, o perídio, com mais ou menos 1 a 2mm de
espessura, fragmenta-se irregularmente, liberando os espo-
ros secos em forma de pó. O desenvolvimento inicial des-
tes fungos ocorre abaixo da superfície do solo, emergindo
quando maduros. Fungo semelhante a pequenas batatas.
12 - Perídio fino (menos de 1mm de espessura). Frutifica-
ções elásticas .................................................................................... 13

13 - Frutificações grandes, geralmente maiores de,5 cm, cor­


de-canela quando maduras. O perídio externo destaca-se em
finas películas ........................................................... Lanopila bicolor
Esta espécie é encontrada geralmente desprendida do subs-
trato, podendo rolar no solo. Devido ao rolamento, o perí-
dio pode desaparecer parcial ou totalmente, deixando ex-
posta a gleba marrom-café, algodonosa, leve, elástica, que,
quando tocada, solta nuvens de pó (esporos).
13 - Frutificações que variam entre 3 e 15cm de altura,
geralmente fixas no substrato ........................................................ 14

14 - Frutificações (até 5cm de altura) brancas quando


imaturas, tornando-se amarelo-ferrugíneas ao amadure-
cer. Perídio fragmenta-se irregularmente no ápice
(Prancha XXXVII) .................................................. Calvatia rugosa
Esta espécie, mesmo imatura, pode ser facilmente reconhe-
cida pelas manchas amarelo-vivas que aparecem na super-
fície de corte ou por pressão. É uma espécie muito freqüente
nos arredores de Porto Alegre.
14-Frutificações imaturas esbranquiçadas, passando grada­
tivamente a marrom, marrom-violeta até o violeta-púrpura,
quando totalmente maduras .............................................................. 15

15 -Frutificações de até 15cm de altura, com nítida base esté-


ril persistente que, às vezes, é a única parte da frutificação que
resta. Perídio fino, que se fragmenta irregularmente a partir do

50
ápice. Quando jovem e totalmente branca, esta espécie é co-
mestível (Pranchas XX.XVII e XXXVIII) ............. Calvatia cyathifonnis
Nesta espécie, comum entre capins, o perídio e a gleba de­
sagregam-se por sua grande fragilidade, persistindo a base
estéril, que pode ser encontrada em qualquer época do ano,
desprendida do substrato.
15 - Frutificações de até 5cm de altura, sem base estéril per­
sistente. Perídio fragmenta-se irregularmente a partir do
ápice, podendo progredir até a base ........................... Calvatiafragilis
Esta espécie é de difícil preservação a seco, por sua grande
fragilidade.

Nota: De maneira geral, as espécies desta chave não podem


ser determinadas quando imaturas. Por isso, recomenda-se
coletá-las maduras e, se possível, em vários graus de matu­
ração, sempre que se tenha a certeza de que são provenien­
tes de uma mesma colônia. Reconhecem-se frutificações
maduras se, em tempo seco, os fungos também estão secos
e, ao serem tocados, desprendem nuvens de pó (esporos).

CHAVE E - CORPOS FRUTÍFEROS MAIS OU MENOS CLAVI­


FORMES, CILÍNDRICOS, RAMIFICADOS OU NÃO

1 - Frutificações (Figura 4A) ou estromas ramificados ..................... 2


1 - Frutificações ou estromas não ramificados (Figura 6B) ............... 5

2 - Frutificações carnosas coloridas, não em estromas ...................... 3


2 - Frutificações em estromas secos, resistentes, pretos.
So bre madeira ................................................................................... 4

3 - Frutificações muito ramificadas, extremidades das ramifi­


cações livres. Quando frescas, são amarelas. Abundantes no
outono em matas de eucaliptos. Espécie comestível quando
cozida. Tóxica e letal para o gado. (Prancha XXXIX) .... Ramaria toxica
3 - Frutificações com poucas ramificações (2-5), esponjosas,
unidas no ápice, e volva na base. Cor salmão, odor desagradá-
vel, não comestível. Frutificação jovem em forma de ovo.
(Prancha XL) ...................................................... Linderiella columnata

51
Semelhante a esse fungo é a espécieAseroe rubra cujas ra­
mificações, em número maior, de cor vermelho vivo, são
finalmente livres no ápice e na base a volva. (Prancha XL).
Frutificação jovem em forma de ovo e, como no caso ante­
rior, pertencente às Phallales.

4 - Ramificações dicotômicas, arborescentes. Extremi­


dades dos ramos um pouco espessadas (peritécios).
(Prancha XLI) ........................................ Thamnomyces chamissonis
4 - Ramificações irregulares, não arborescentes. Extre-
midades dos ramos finos, cobertas de pó branco. Fruti-
ficações jovens. (Prancha XLI) .................................... Xylaria spp.

5 - Frutificações reunidas em estremas pretos ................................... 6


5 - Frutificações livres, não em estromas pretos ................................ 7

6 - Estromas claviformes (Figura 2A), carbonosos, duros,


resistentes. Quando maduros pontuados (ostíolos dos peri-
técios) em toda superfície (Figura 16). Sobre madeira.
(Prancha XLII) ................................................................ Xylaría spp.
6 - Estromas cilíndricos, longos, carbonosos (semelhan-
tes a arame), com pequenas protuberâncias (peritécios).
Sobre madeira. (Prancha XLI) ................... Thamnomyces chordalis

7 - Frutificações cartilaginosas, amarelo-brilhantes, pe­


quenas (l-l,5cm de altura). Comum sobre madeira no
interior da mata. (Prancha XLII) ........................... Calocera cornea
7 - Frutificações frágeis, pulverulentas, pequenas (em tomo
de 2cm) .............................................................................................. 8

8 - Cor esbranquiçada. Comuns no solo infectando borboletas


e mariposas (lagartas e crisálidas). (Prancha XLII) ................. Isaria spp.
8 - Cor amarelo-mostarda. Nos frutos caídos, sobre as se-
mentes de Strychnos trinervis (esporão de galo), bastan-
te comuns, embora inconspícuos, nas matas do litoral.
(Prancha XLII) ................................. Penicilliopsis clavariaeformis

52
R
CHAVE F - CORPOS F UTÍFEROS FORMANDO CROSTA SOBRE A
MADEIRA, SEMI-ADERIDOS AO SUBSTRATO, IRREGULARMEN­
TE LOBADOS, FOLIÁCEOS OU CEREBRIFORMES

1 - Corpos frutíferos ressupinados (Figura lOA) (crostas),


cerebriformes (Figura l lA) ou foliáceos ........................................... 2
1 - Corpos frutíferos semi-aderidos ao substrato, com bordas
livres (efuso-reflexo) (Figura lOB) ...................................................... 5

2 - Corpos frutíferos ressupinados. Sobre madeiras .......................... 3


2 - Corpos frutíferos cerebriformes ou foliáceos.
Sobre madeiras .................................................................................. 4

3 - Superfície amarela com pQntuações escuras (ostíolos


de peritécios)............ :.................................................. Hypocrea spp.
3 - Superfície de outras cores sem pontuações escuras:
lisas, granulosas, rugosas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Peniophora spp.,
Phanerochaete spp.,
Heterochaete spp.,
Exidiopsis spp.
Os gêneros mencionados e muitos outros, só podem ser dis­
tinguidos por observação das características microscópicas.

4 - Corpos frutíferos cerebriformes (Figura 6A), de cor ama­


relo-brilhante, gelatinosos quando úmidos, inconspícuos,
rígidos quando secos. Sobre ramos e troncos ................... Tremella spp.
4 - Corpos frutíferos foliáceos, reunidos em rosetas cres-
pas, de cor branca a branco-creme, coriácea, subcarno-
sos, elásticos, rígidos quando secos. Geralmente na base
de troncos sobre raízes superficiais de árvores
(Prancha XLIII) .................................... Hydnopolyporus fimbriatus

5 - Himênio liso ou com poros (Figura 12 E, F). Frutificações


de consistência coriácea flexível .......................................................... 6
5 - Himênio formando veias (Figura 12 D). Frutificações de
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cons1stenc1a cart1·1ag1nosa ...................................................................
. .8

6 - Himênio com poros irregulares. Corpos frutíferos às


vezes concrescidos, lateralmente unidos. Destruidores de

53
madeira. (Prancha XLIV) ...................................... Trametes villosa
6 - Himênio liso ................................................................................. 7

7 - Contexto delgado. Superfície superior coberta de peque­


nos pêlos dando-lhe um aspecto aveludado, concentricamen­
te zonado, em cores cinza e castanho. Superfície inferior lisa
(ou algo rugosa), de cores pálidas, esbranquiçadas a levemen­
te rosa, laranja ou amarela. Em grandes conjuntos sobre ramos
e troncos. (Prancha XLIII) .......................................... Stereum hirsutum
As frutificações iniciam como crostas circulares que con-
crescem lateralmente e cujos bordos elevam-se do substra-
to, tomando-se livres (efuso-reflexos).
7 - Muito semelhante ao anterior. Superfície superior ave­
ludada, de cor violeta-acinzentada, e superfície inferior
lilás. Em grupos pequenos sobre ramos geralmente in-
temperizados ................................................ Eichleriella leveilleana

8 - Frutificações concrescidas, formando robustos conjuntos


lobados (em tomo de 10cm de largura), conspícuos quando
úmidos (fortemente higroscópicas). Superfície superior con­
centricamente zonada, coberta de pêlos acinzentados. Lado
inferior com poucas veias, de cor cinza-azulado. Geralmen-
te sobre postes de cercas e troncos, em lugares ensolarados
(Prancha LVI) ................................................. Auricularia mesenterica
8 - Frutificações não concrescidas lateralmente, com 3-4cm
de largura, muitas vezes em prateleiras. Superfície superior
pilosa, algodonosa, de cor bege. Superfície inferior cartila­
ginosa-gelatinosa, com veias que formam um retículo de cor
laranja-avermelhada, brilhante quando úmida. Destruidores
de madeira. (Prancha XLIII) ................................... Phlebia tremellosa

CHAVE G - CORPOS FRUTÍFEROS DISPOSTOS EM PRATELEIRAS,


COM OU SEM ESTÍPITE LATERAL, ACHATADOS, CONCHADOS
OU AURICULADOS

l - Frutificações dispostas em prateleiras sobre troncos e


ramos (Figura I0D) ........................................................................... 2
1 - Frutificações conchadas ou auriculadas (Figura l IF, G) ............ 19

54
2 - Himênio com dentes (Figura 12G). Frutificações de
4-12cm de largura, corticóides a coriáceas. Superfície su­
perior aveludada, concentricamente zonada, amarela a
marrom. Superfície inferior com dentes flexíveis, frágeis
quando secos. Nascem em conjunto sobre madeira.
(Prancha XLV) ............................................. Stecchericium seriatum
2 - Himênio com lamelas ou poros .................................................... 3

3 - Himênio com lamelas ................................................................... 4


3 - Himênio com poros ...................................................................... 8

4 - Lamelas fendidas longitudinalmente (Figura 12C).


(Prancha II) ..................................................... Schizophyllum commune
4 - Lamelas não fendidas longitudinalmente (Figura 12A)
como na grande maioria dos cogumelos ............................................ 5

5 - Frutificações carnosas putrescentes (Prancha 1) ...... Pleurotus spp.


5 - Frutificações corticosas, resistentes .............................................. 6

6 - Superfície inferior labirintiforme (Figura 12B). Es­


típite (pé) largo e curto (menos de 1cm de comprimen­
to), central ou excêntrico. Frutificações grandes (10 a
25cm de largura), inteiramente brancas a amareladas.
(Prancha XLVI) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Lenzites elegans
6 - Superfície inferior não labirintiforme. Sem estípite.
Dimidiados (Figura l lB) ................................................................. 7

7- Frutificações brancas, 2-9cm de largura. Superfície su­


perior veludosa, zonada concentricamente. Superfície in­
ferior com lamelas nítidas apresentando ligações laterais.
Contexto branco. (Prancha XLVI) .......................... Lenzites betulina
7- Frutificações marrom-ferrugíneas, solitárias, aderidas por
ampla base ao substrato ou geralmente concrescidas lateral-
mente entre si, chegando a medir 10cm de largura. Superfície
superior aveludada, concentricamente zonada. Superfície in-
ferior acinzentada. Lamelas mais ou menos unidas lateralmen-
te. Contexto marrom. (Prancha XLVII) .............. Gloeophyllum trabeum

55
8 - Himenóforo com poros poligonais (Figura 12E) (observar
com lupa) ............................................................................................ 9
8 - Himenóforo com poros circulares (Figura 12F) ou quase .............. 15

9 - Frutificações brancas ou amareladas de consistência sub­


carnosa quando frescas e quebradiças quando secas. Poros
poligonais alongados radialmente .................................................... 10
9 - Frutificações de outras cores de consistência coriácea,
sublenhosa ou lenhosa. Poros poligonais mais ou menos
isodiamétricos .................................................................................. 11

10 - Frutificações com 2 a 6cm de largura, com pé lateral


curto, crescendo em conjunto em forma imbricada sobre
troncos caídos (Prancha XLVIII) ..................... Polyporus dermoporus
10 - Frutificações com menos de 1cm de largura, com pé la-
teral curto ou ausente. Crescem em conjunto, sobre troncos
e galhos. (Prancha XLIX) .................................... Dictyopanus pusillus

11 - Frutificações com poros grandes (até 1mm de diâmetro),


medir sob a lupa ................................................................................ 12
11 - Frutificações com poros menores ................................................ 13

12 - Frutificações coriáceas, semicirculares com aproxima­


damente 2mm de espessura e de 5 a 12cm de largura. Poros
hexagonais como favos de abelhas (tubos rasos). Supeifície
superior de cor marrom, pilosa, com zonas concêntricas, algo
rugosa ou lisa. (Prancha L) ................................ Hexagania papyracea
12 - Frutificações coriáceas, com aproximadamente 1 mm
de espessura e de 1 a 4cm de largura. Poros hexagonais ir-
regulares enviesados, com bordos recortados, brancos, algo
amarelados. Superfície superior acinzentada, pilosa con­
centricamente zonada. Muito comuns sobre ramos caídos,
em diversas regiões, especialmente nas áreas devastadas.
(Prancha XLIV) ......................................................... Trametes villosa
Pode-se também encontrar corpos frutíferos concrescidos
lateralmente, sendo no início ressupinados e, depois, com
os bordos livres.

56
13 - Frutificações coriáceas, espessura aproximada de 1mm
e de 3 a 6cm de largura, de cor que varia do marrom ao cin­
za. Face superior aveludada, concentricamente zonada, de
várias tonalidades. Face inferior furtacor. Fungos muito
comuns sobre troncos e ramos caídos formando conjuntos
imbricados. (Prancha LI) ..................................... Trametes versicolor
13 - Frutificações de cores vivas ...................................................... 14

14 - Frutificações totalmente laranja-avermelhadas, de 2


a 7cm, com ou sem pé curto (às vezes simulando pé cen-
tral pelo concrescimento lateral de 2-3 frutificações) e
consistência coriácea. (Prancha LII) ......... Pycnoporus sanguineus
Esta espécie é muito comum no Rio Grande do Sul, cau-
sando sérios prejuízos. Ocorre em locais ensolarados, so-
bre postes, troncos caídos, madeiras de construção, poden-
do desenvolver-se tanto em plantas vivas como mortas e é
facilmente reconhecível por sua intensa cor laranja-averme-
lhada. A madeira tinge-se da mesma cor do píleo, devido à
parte vegetativa (micélio) que nela se alastra.
14 - Frutificações robustas, até 20cm de largura. Superfí­
cie superior radialmente sulcada, amarela a alaranjada.
Contexto (carne) branco. Himênio amarelo-enxofre. Con­
sistência esponjosa quando frescas, friáveis quando secas.
Geralmente na base de troncos de eucaliptos vivos ou mor­
tos e Pinus. Espécie comestível, porém o consumo exige
certa precaução e controle da quantidade, por ser de difícil
digestão. (Prancha LIII) ................................... Laetiporus sulphureus

15 - Frutificações marrons, sem estípite .......................................... 16


15 - Frutificações marrons, com estípite lateral mais ou
menos longo .................................................................................... 18

16 - Frutificações grandes, até 50cm de largura, espessas,


lenhosas, duras, pesadas. Superfície superior com várias
tonalidades de marrom, sem brilho, zonada, sulcada con­
centricamente. Himênio claro, finalmente marrom. Tubos
do himenóforo profundos. Sobre árvores vivas ou mortas.
(Prancha LIV) ............................................... Ganoderma applanatum

57
Outra espécie, G. tornatum, muito parecida, poderá estar
também representada.
16 - Frutificações delgadas, sublenhosas, menores, com
3 a 15cm de largura. Himênio marrom-tabaco, poros não
visíveis a olho nu ............................................................................ 17

17 - Superfície superior hirsuta (Figura 15C), mais escura


do que o himenóforo, às vezes, zonada concentricamente.
(Prancha LV) ..................................................... Hexagania hydnoides
17 - Superfície superior glabra, rugosa, zonada até sulcada
concentricamente, castanho escuro, himenóforo e contexto
também castanho, só algo mais claro. Bastante comum em
diferentes zonas, especialmente nos tocos e ramos caídos nas
plantações de eucaliptos .................................... :......... Phellinus gilvus

18 - Píleo espatulado. Frutificações marrom-escuras, vio­


láceas ou quase pretas, 2-5cm de diâmetro. Superfície su­
perior brilhante. Himênio acinzentado, estípite escuro.
(Prancha XXVI) ................................................... Polyporus lep rieurii
18 - Píleo semicircular. Frutificações normalmente elegan-
tes quando apresentam estípite longo. Superfície superior
e pé marrom-avermelhados, brilhantes como se fossem en­
vernizados. Tamanho do píleo variável de 5-15cm de lar-
gura. Himênio esbranquiçado. Costuma concrescer, atin-
gindo tamanhos de até 40cm. Utilizados na fabricação de
medicamentos. (Prancha XXVII) ..................... Ganoderma lucidum

19 - Frutificações amarelas, conchadas, de consistência co­


riácea flexível (quebradiças quando secas). Contexto del­
gado. Superfície superior convexa, lisa. Superfície inferior
côncava, com pequenas projeções (medas, visíveis à lupa
com pequeno aumento) no himenóforo. Sobre troncos e
galhos de árvores vivas e mortas, solitárias ou em pequeno
número. (Prancha XLIX) .......................................... Mycoboniaflava
19 - Frutificações de consistência cartilaginosa-gelatinosa.
Tipicamente em forma de orelha (Figura 110) ............................... 20

58
20 - Frutificações de cores claras, esbranquiçadas, rosadas,
aparentemente delicadas. Superfície superior convexa, de
aspecto papilóide (Figura 15E). Superfície inferior cônca­
va com veias formando alvéolos (Figura 6D). Em grandes
conjuntos sobre troncos, em lugares sombreados. Espécie
comestível (Prancha LVII) .................................. Auricularia delicata
20 - Frutificações de cor marrom até violeta-escuro ....................... 21

21 - Frutificações com até 8cm de comprimento. Super-


fície superior convexa, pilosa (Figura 15D), aveludada,
acinzentada. Superfície inferior côncava, violeta-escuro.
Em conjuntos sobre troncos de árvores vivas e mortas,
em lugares sombreados. Espécie comum e comestível.
(Prancha LVI) .......................................: .......... Auricularia polytricha
21 - Frutificações com até 10cm de comprimento. Superfí-
cie superior convexa, de aspecto liso (pêlos muito curtos) e
de cor castanha. Superfície inferior côncava, de cor casta-
nha, variando em tonalidades claras e escuras (de acordo
com o grau de maturação, exposição, quantidade de água
recebida, etc.). Reunidos em grandes conjuntos, às vezes,
formando rosetas quando as frutificações nascem de um
mesmo ponto. Vistosas quando úmidas. Muito comuns so-
bre troncos caídos e árvores velhas, em lugares sombreados.
Espécie comestível. (Prancha LVII) ............. Auriculariafuscosuccinea

Nota: As quatro espécies deAuricularia-A.fuscosuccinea,


A. polytricha, A. delicata e A. mesenterica (chave F) são
comuns, inclusive nos arredores de Porto Alegre, sendo que
as duas primeiras ocorrem com maior freqüência. Estes fun-
gos são facilmente reconhecíveis por sua consistência, que,
em tempo úmido, retomam sua elasticidade (resistente ao
tato), enquanto que em tempo seco, são inconspícuos e que-
bradiços. Sendo revivescentes, podem ser encontrados em
qualquer época do ano. Estas espécies são comestíveis, sen-
do muito apreciadas pelos povos orientais. Entre nós, são
encontradas como especialidade em alguns restaurantes que
importam esses produtos cultivados.

59
Pranchas
Prancha I - Pleurotu s sp.

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Prancha II - Schizophyllwn commune. A) frutificações; B) detalhe do himenóforo com lamelas
fendidas longitudinalmente; C) em corte transversal com detalhe das lamelas.

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Prancha llI - Stiptophyllum


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Prancha IV - A, B) Lentinus crinitus; C) Lentinus strigosus.

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Prancha V - Coprinus comatus. Frutificações: A) jovem; B) adulta; C) em corte. Em B e C as


lamelas estão em processo de liquefação.

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Prancha V
I - Panaeo
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Prancha VII · Psilocybe cubensis.

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Prancha VIII - Agaricus arvensis. Frutificações: A) jovem; B e C) adultas; D) jovem em cor­


te longitudinal.

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Prancha IX - Amanita muscaria. Frutificações: A) adultas; B) jovem; C) em corte longitudinal.

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Prancha X - Macrolepiota bonaerensis. Frutificações: A) adulta; B) jovem.

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Prancha XI - Chlorophyllum molybdites. Frutificações: A) jovem; B) adulta; C) em corte lon­


gitudinal.

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Prancha XII - Volvariella sp. Frutificações: A e B) jovens; C) adulta.

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Prancha XIII - Pluteus sp. Frutificações: A) adulta; B) em corte longitudinal.

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Prancha XIV - A) Paxillus involutus; B e C) Lactarius deliciosus.

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Prancha XV - Gymnopilus pampeanus.

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Prancha XVI - A) Oudemansiella canarii; B - E) Lacearia fraterna. Frutificações: B - D)


adultas E) em corte longitudinal.

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Prancha XV II - Tricholoma nud
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Prancha XVIII - A) Hyg rocy be sp.; B) Marasmius spp.

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Prancha XIX - Lentinus velutinus. Pseudo-esclerócio na base do estípite.

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A

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Prancha XX - A e B) Suillus granulatus. A) Frutificação em corte longitudinal; C e


D) Suillus luteus; D) frutificação jovem.

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Prancha XXI - A, B e C) Cordyceps spp.

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A

Prancha XXII - Itajahia galericulata. Frutificações: A) adulta; B) ovo em corte longitudinal


(frutificação jovem).

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Prancha XXIII - Dictyophora indusiata.

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Prancha XXIV - A) Simblwn sphaerocephalum; B) Balansía clavíceps.

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Prancha XXV - A) Poronia oedipus; B) Xylaria carnosa; C) Tulostoma berteroanum.

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Prancha XXVI - A e B) Polyporus arcularius; C e D) Polyporus lep rieurii.

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Prancha XXVII - Ganode rma lu cid
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Prancha XXVIII - A) Cymatoderma caperatum; B e C) Cymatoderma dentriticum; B) várias
frutificações concrescidas; C) uma frutificação.

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Prancha XXIX - A
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Prancha XXX - A) Hymenochaete sallei; B e C) Dacryopinax spathularia; D) Dacryopinax


elegans.

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Prancha XXXI - A) Plectania campylospora; B) Cookeina colensoi; C) Chlorociboria


aeruginosa.

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Prancha XXXII - A) Hypoxylon sp.; B) Mycomalus bambusinus; C e D) Ascopolyporus


polyporoides; D) detalhe dos peritécios

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Prancha XXXIII - A) Geastrum sp.; 8) Myriostoma coliforme.

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Prancha XXXIV - Cyathus sp- Frutificações: A) jovem fechada; B) adultas abertas, mostran­
do no seu interior os peridíolos_

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Prancha XXXV - A e B) Pisolithus tinctorius. Frutificações: A) jovem fechada; B) adulta
em corte longitudinal; C) Gastropila fragilis.

96
A B

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Prancha XXXVl - A - C) Scleroderma sp. Frutificações: A) adulta aberta; B) jovem fechada;


C) em corte longitudinal; D - G) Lycoperdon perlatum. Frutificações: D e E) jovens fecha­
das; F) adulta aberta; G) em corte longitudinal.

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Prancha XXXVIl - A) Calvatia rugosa. Frutificação adulta; B) Calvaria cyathiformis. Base


estéril, resto de uma frutificação adulta.

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PranchaXXX VIII - Calvatza


. cyathiformis .

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Prancha XXXIX _ A) Ramaria toxica.

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Prancha XL - A) Linderiella columnata; B) Aseroe rubra.

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Prancha XLI - A)Thamnomyces chamissonis; B) XylarÚJ sp.; C) Thamnomyces chordalis.

102
Prancha XLII - A) Xylaria sp.; B) Calocera cornea; C) lsaria sp.; D) Penicilliopsis
clavariaeformis. Sobre sementes de Strychnos trinervis (esporão de galo).

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Prancha XLIII - A) Hydnopolyporus fimbriatus; B) Stereum hirsutum; C) Phlebia tremellosa.

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Prancha XLIV - Trametes villosa. Frutificações: A) face superior; B) em corte; C) detalhe do


himenóforo poróide.

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Prancha XLV - Stecchericium seriatum. A) frutificações; B) detalhe do himenóforo com dentes.

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Prancha XLVI - A) Lenzites elegans; B) Lenzites betulina.

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Prancha XLVII - Gloeophyllum trabeum. A) face superior; B) face inferior com lamelas.

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Prancha XLVIII - Polyporus dermoporus. A) conjunto de frutificações; B) face superior de


uma frutificação: C) detalhe do himenóforo poróide.

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Prancha XLIX - A) Mycobonia flava; B - D) Dictyopanus pusillus.

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Prancha L - Hexagania papyracea. Frutificação: A) face superior; 8) em corte; C) detalhe


do himenóforo poróide.

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Prancha LI - Trametes versicolor. Frutificações: A) face superior e himenóforo; B) em corte;


C) detalhe do himenóforo poróide.

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Prancha LII - Pycnoporus sanguineus. Frutificação: A) face superior; B) em corte; C) deta­


lhe do himenóforo poróide.

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Prancha LIII - Laetiporus sulphureus.

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Prancha LIV - Ganoderma applanatum. Frutificação: A) face superior; B) em corte; C) deta­
lhe do himenóforo poróide.

115
Prancha LV - Hexagania hydnoides. Frutificação: A) face superior; B) em corte; C) detalhe
do himenóforo poróide.

116
A

Prancha LVI - A) Auricularia mesenterica; B) Auricularia polytricha.

117
Prancha LVII- A) Auriculariafuscosuccinea; 8) Auricularia delicata.

118
índice de termos

Agaricales 14, 15, 16, 32 claviforme 34


Aphyllophorales 14, 15 globoso 34
Anel 16, 27 lenhoso 34
Apotécio 12, 13, 26 zonado34
Asco 11, 26 Endoperídio 27
Ascomycetes 11, 12, 13, 26 Exoperídio 27
Ascósporo 11, 26 Frutificação (V. Píleo) 9, 11, 14, 27
Basídio 11, 16, 26 auriculado 14, 16, 29
septado 16, 26 caliciforme 29
Basidiomycetes 11, 15, 26 cerebriforme 14, 16, 29
Basidiósporo 11, 15, 16, 26 cilíndrica 14, 32
Carne (V. Contexto) conchada29
Carpóforo (V. Corpo frutífero e fruti­ dimidiada 29
ficação) efuso-reflexo28
Chapéu (V. Píleo) em prateleira 15, 28
Cogumelo 7, 14, 16, 23 espatulada 16, 29
Contexto 27, 28, 32 estipitada 15, 31
Corpo frutífero (V. Frutificação) flabeliforme 14, 29
Dente 15, 30 imbricada 28
Discomycetes13 resupinado 15, 28
Escama 16, 27 turbinada29
Esclerócio34 Gasteromycetes 15
Esporada 21, 23 Gleba 15, 27
Esporo (V. Ascósporo e Basidiósporo) Himênio 11, 13, 15, 16, 26, 28
Estípite 16, 27, 31, 32 ascomicetos 13, 26
central31 basidiomicetos 15, 26
excêntrico31 Himenóforo 30, 32
lateral31 com dentes 30
Estroma 12, 13, 34 comporos30
capitado34 com veias 30
carbonoso34 lamelar 30, 32

119
Hymenomycetes 15 cilíndrico 32
Lamela 15, 16, 27, 30, 31 com bordas enrolados 32
adnata31 côncavo32
anastomosada 30 convexo32
decurrente 31 dimidiado 29
fendida30 escamoso33
livre 31 hirsuto 33
Micélio 9 infundibuliforme 32
Ostíolo 13, 27, 34 papilóide 33
Paráfise 26 piloso 33
Pé (V. Estípite) Poro 15, 27, 30
Perídio 14, 15, 27 . Pseudo-esclerócio 42, 80
externo (V. Exoperídio) Pyrenomycetes 13
interno (V. Endoperídio) Tubo (V. Poro)
Peritécio 12, 13, 26, 34 Veia 15, 30
Phragmobasidiomycetidae 14, 16 Véu 16, 27
Píleo 32, 33 parcial 16, 27
aplanado32 universal 16, 27
aveludado33 Volva 16, 27, 32
campanulado32

120
índice de espécies

Agaricus arvensis 39, 69 Eichleriella leveilleana 54


Amanita muscaria 39, 70 Exidiopsis spp. 53
Amaurodenna sp. 44 Filoboletus gracilis 44
Ascopolyporus polyparoides 48, 93 Ganodenna aplanatum 57, 115
Aseroe rubra 52, 101 Ganoderma lucidum 45, 58, 88
Auricularia delicata 59, 118 Ganodenna tornatum 58
Auriculariafuscosuccinea 59, 118 Gastropilafragilis 49, 96
Auricularia mesenterica 54, 117 Geastrum spp. 48, 94
Auricularia polytricha 59, 117 Gloeophyllum trabeum 55, 108
Balansia claviceps 44, 85 Gymnopilus pampeanus 40, 76
Bovista, spp. 49 Heterochaete spp. 53
Calocera cornea 52, 103 Hexagonia hydnoides 58, 116
Calvatia cyathifonnis 51, 98, 99 Hexagonia papyracea 56, 111
Calvatia fragilis 51 Hydnopolyp orus fimbriatus 53, 104
Calvatia rugosa 50, 98 Hygrocybe spp. 41, 79
Chlorociboria aeruginosa 47, 92 Hymenochaete sallei 46, 91
Chlorophyllum molybdites 40, 72 Hypocrea spp. 53
Claviceps spp. 43 Hypoxylon spp. 47, 93
Clavicipitales 43 /saria ssp. 52, 103
Cookeina colensoi 47, 92 ltajahia galericulata 43, 83
Coprinus comatus 38, 66 La,ccaria fraterna 41, 77
Cordycepsspp.43,82 Lactarius deliciosus 40, 75
Cotylidia diafana 29, 46 La,etiporus sulphureus 57, 114
Cyathus spp. 48, 95 La,nopila bicolor 50
Cymatodenna caperatum 45, 89 Lentinus crinitus 38, 42, 65
Cymatodenna dentriticum 46, 89 Lentinus strigosus 37, 65
Dacryopinax elegans 46, 91 Lentinus velutinus 42, 80
Dacryopinax spathularia 46, 91 Lenzites betulina 55, 107
Daldinia spp. 34, 4 7 Lenzites elegans 55, 107
Dictyopanus pusillus 56, 110 Linderiella columnata 51, 101
Dictyophora indusiata 43, 84 Lycogala epidendrum 49

121
Lycoperdon perlatum 49, 97 Psilocybe cubensis 38, 68
Lycoperdon spp. 49 Pycnoporus sanguineus 57, 113
Macrolepiota bonaerensis 39, 71 Ramaria toxica 51, 100
Marasmius spp. 41, 79 Schizophyllum commune 37, 55, 63
Morganella spp. 49 Scleroderma spp. 50, 97
Mycoboniaflava 58, 110 Simblum sphaerocephalum 43, 85
Mycomalus bambusinus 47, 93 Stecchericium seriatum 55, 106
Myriostoma coliforme 48, 94 Stereum hirsutum 54, 104
Oudemansiella canarii 41, 77 Stiptophyllum erubescens 37, 42, 64
Panaeoluus antillarum 38, 67 Stipitochaete damaecornis 46, 90
Paxillus involutus 40, 75 Suillus cothurnatus 42
Penicilliopsis clavariaeformis 52, 103 Suillus granulatus 42, 81
Peniophora spp. 53 Suillus luteus 42, 81
Phallales 52 Thamnomyçes chamissonis 52, 102
Phanerochaete spp. 53 Thamnomyces chordalis 52, 102
Phellinus gilvus 58 Thel ephora terrestris 46, 90
Phillipsia domingensis 12, 47 Trametes versicolor 57, 112
Phlebia tremellosa 54, 104 Trametes villosa 54, 56, 105
Pisolithus tinctorius 48, 96 Tremella spp. 53
Plectania campylospora 47, 92 Tricholoma nudum 4 l, 78
Pleurotus spp. 37, 55, 62 Tricholoma giganteum 4-1
Pluteus spp. 40, 74 Tulostoma berteroanum 44, 86
Polyporus arcularius 44, 87 Vascellum spp. 49
Polyporus dermoporus 56, 109 Volvariella spp. 40, 73
Polyporus lep rieurii 44, 58, 87 Xylaria carnosa 44, 86
Poronia oedipus 44, 86 Xylaria spp. 52, 102

122
Classificação

Myxomycetes Aseroe rubra


Lycogala epidendrum Auricularia delicata
Auricularia fuscosuccinea
Deuteromycetes Auricularia mesenterica
Isaria spp. Auricularia polytricha
Bovista spp.
Ascomycetes Calocera comea
Ascopolyporus polyporoides Calvatia cyathiformis
Balansia claviceps Calvatia fragilis
Chlorociboria aeruginosa Calvatia rugosa
Claviceps spp. Chlorophyllum molybdites
Clavicipitales Coprinus comatus
Cookeina colensoi Cyathus spp.
Cordyceps spp. Cymatoderma caperatum
Daldinia spp. Cymatoderma dentriticum
Hypocrea spp. Dacryopinax eleg ans
Hypoxylon spp. Dacryopinax spathularia
Mycomalus bambusinus Dictyopanus pusillus
Penicilliopsis clavariaeformis Dictyophora indusiata
Phillipsia domingensis Eichleriella leveilleana
Plectania campylospora Exidiopsis spp.
Poronia oedipus Filoboletus gracilis
Thamnomyces chamissonis Ganoderma lucidum
Thamnomyces chordalis Ganoderma tomatum
Xylaria comosa Gastropila fragilis
Xylaria spp. Geastrum spp.
Gloeophyllum trabeum
Basidiomycetes Gymnopilus pampeanus
Agaricus arvensis Heterochaete spp.
Amanita muscaria Hexagania hydnoides
Amauroderma sp. Hexagania papyracea

123
Hydnopolyporus fimbriatus Pisolithus tinctorius
Hymenochaete sallei Plectania campylospora
Hygrocybe spp. Pleurotus sp.
ltajahia galericulata Pluteus spp.
Lacearia fraterna Polyporus arcularius
Lactarius deliciosus Polyporus dermoporus
Laetiporus sulphureus Polyporus leprieurii
Lanopila bicolor Psilocybe cubensis
Lentinus crinitus Pycnoporus sanguineus
Lentinus strigosus Ramaria toxica
Lentinus velutinus Schizophyllum commune
Lenzites betulina Scleroderma spp.
Lenzites elegans Simblum sphaerocephalum
Linderiella columnata Stecc_hericium seriatum
Lycoperdon spp. Stereum hirsutum
Macrolepiota bonaerensis Stipitochaete damaecornis
Marasmius spp. Stiptophyllum erubescens
Morganella spp. Suillus cothumatus
Mycobonia flava Suillus granulatus
Myriostoma coliforme Suillus luteus
Oudemansiella canarii Thelephora terrestris
Panaeolus antillarum Trametes versicolor
Paxillus involutus Trametes villosa
Peniophora spp. Tremella spp.
Phallales Tricholoma nudum
Phanerochaete spp. Tricholoma giganteum
Phellinus gilvus Tulostoma berteroanum
Phillipsia domingensis Vascellum spp.
Phlebia tremellosa Volvariella spp.

124

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