Manual de Standards: Unidades de Gestão Clínica
Manual de Standards: Unidades de Gestão Clínica
Manual de Standards: Unidades de Gestão Clínica
Fevereiro 2023
Edição e Adaptação
Departamento da Qualidade na Saúde
Direção-Geral da Saúde
Alameda D. Afonso Henriques, 45
1049-005 Lisboa
Tel.: 218 430 800 / Fax: 218 430 846
[email protected]
www.dgs.pt
Revisão
Infofluxos – Edição e Comunicação, Lda.
Conceção e Paginação
Cempalavras – Comunicação Empresarial, Lda.
ISBN 978-972-675-335-3
Adaptado de
Manual de Estándares de Unidades de Gestão Clínica ME 5 1_08
Sob autorização da Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía
https://www.sspa.juntadeandalucia.es/agenciadecalidadsanitaria
PREFÁCIO
O conceito de Qualidade é seguramente um dos mais frequentemente referidos em qualquer
comunicação feita sobre saúde. Todos os atores intervenientes na área da saúde (políticos,
instituições, pessoas, profissionais, doentes, órgãos de informação, entre outros) concordam
em considerar a Qualidade como um parâmetro fundamental para qualquer sistema de saúde.
A relevância do conceito talvez resida na capacidade que possui em resumir numa única pala-
vra as necessidades e expectativas das diferentes partes interessadas, permitindo questionar
se um sistema de saúde funciona e como.
No entanto, a qualidade não é só isso. Trata-se, antes de mais, de uma área bem definida,
com o seu corpus teórico próprio e uma grande tradição de estudos empíricos, que teve a
sua origem na época industrial. Desde então, esta área tem vindo a desenvolver-se progres-
sivamente, oferecendo às organizações da saúde distintas ferramentas de gestão como
suporte em qualquer situação e como forma de evoluir continuamente, incorporando as
oportunidades de melhoria e a aprendizagem organizacional de uma maneira ordenada,
coerente, sistemática e sistémica.
Desde a sua primeira edição que o Manual de Unidades de Gestão Clínica contou, na sua
elaboração e desenvolvimento, com a participação de inúmeros profissionais do sistema
de saúde português e especialistas na área da qualidade, que, através da sua colaboração,
definiram padrões baseados nas novas estratégias da saúde e nas melhores evidências
científicas disponíveis.
Atualmente publicamos uma nova edição deste Manual de standards, incorporando as me-
lhorias que fomos identificando e a aprendizagem organizacional que fomos adquirindo nos
últimos anos. Mais uma vez, contámos com a colaboração inestimável de um amplo Comité
Técnico composto por profissionais de saúde, muitos deles referenciais da qualidade nas suas
instituições de saúde, e outros colaboradores e participantes diretos em processos de certi-
ficação enquanto avaliadores.
Esta nova edição do Manual de Unidades de Gestão Clínica é o resultado de um processo de revi-
são e desenvolvimento que apostou na racionalização e simplificação do modelo de certificação,
com vista a torná-lo mais acessível e melhorar a sua coerência interna, reduzindo o número de
standards da qualidade de 101 da versão anterior para 76 da versão atual. Além disso, o Ma-
nual é apresentado com um novo design e novos elementos gráficos. Os standards estão agora
agrupados de um modo inovador em 3 blocos e 6 critérios, que evidenciam aspetos cruciais na
prestação dos serviços de saúde, como por exemplo: a gestão da unidade, mediante a liderança,
a forma como se organiza, os profissionais e a gestão por processos; a atenção centrada no
doente, incluindo normas relacionadas com os direitos, a continuidade assistencial e a qualida-
de técnico-científica; e a cultura da segurança, com aspetos como as boas práticas, a gestão
proativa e reativa dos riscos e a gestão de um ambiente seguro na unidade.
Contamos que este documento cumpra o seu objetivo, acrescente valor às unidades e responda
às expectativas dos profissionais que nelas trabalham.
Equipa de Certificação
Departamento da Qualidade na Saúde (DQS)
Direção-Geral da Saúde (DGS)
ÍNDICE
1. Introdução 5
3. Estrutura de um standard 7
4. Estrutura do Manual 9
Fase 2: Autoavaliação 12
Recomendações para abordar a fase de autoavaliação 12
Em que consiste a autoavaliação? 12
Fase 3: Avaliação 13
Resultados da certificação 13
Fase 4: Acompanhamento 14
6. Standards do Manual 15
Bloco 3. Segurança 49
Critério 5. Segurança do doente 50
Critério 6. Suporte 61
7. Glossário de Termos 88
8. Comissão Técnica 97
4
1. INTRODUÇÃO
O Modelo de Certificação do Ministério da Saúde visa contribuir para a prestação de cuidados
de saúde seguros e de alta qualidade, através do estabelecimento de standards baseados na
evidência e nas melhores práticas.
Os standards são elaborados no âmbito de Comités Técnicos integrados por profissionais espe-
cialistas do sistema de saúde português. As unidades de saúde, ao terem estes standards como
referencial, podem refletir sobre como fazem atualmente e identificar o que precisam de fazer
para melhorar a qualidade dos seus serviços, a segurança do doente e a eficiência.
O que é a certificação?
É uma ferramenta metodológica útil, que permite demonstrar em que medida as atividades são
realizadas de acordo com padrões de qualidade e que proporciona, mediante avaliações externas,
o reconhecimento público e expresso às unidades de saúde que os cumprem e demonstram. Ao
mesmo tempo, valoriza o compromisso das unidades de saúde em melhorar os seus processos,
a segurança e a qualidade do atendimento que prestam às pessoas.
8 BENEFÍCIOS DA CERTIFICAÇÃO
• Permite iniciar ciclos de avaliação para identificar desvios ou falhas face ao planeado.
• Aprendizagem colaborativa.
5
2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO DO MANUAL
O universo de aplicação deste Manual é constituído pelas estruturas organizativas (unidades)
que prestam os serviços clínico-assistenciais definidos na sua carteira de serviços – Unidades
de Gestão Clínica.
No Serviço Nacional de Saúde (SNS), essas estruturas incluem diferentes tipos de unidades
funcionais nos cuidados de saúde primários e hospitalares. Estas unidades dependem de uma
estrutura superior (centro hospitalar, unidade local de saúde, região de saúde ou qualquer
outra, que disponibiliza serviços de suporte não assistencial (manutenção de equipamentos
eletromédicos e de instalações, limpeza, hotelaria, lavandaria e sistemas de informação, etc.).
Com este Manual de Unidades de Gestão Clínica podem ser certificadas unidades funcionais de
cuidados de saúde primários, unidades/serviços médicos ou hospitalares, unidades médico-
-cirúrgicas, unidades cirúrgicas, unidades de emergência, unidades de farmácia hospitalar,
unidades de medicina preventiva, unidades de radiofísica e unidades de diagnóstico imagio-
lógico. Não se enquadram neste âmbito as unidades de laboratórios clínicos, para as quais
existe um Manual de Laboratórios Clínicos com normas específicas.
Em alguns casos, a carteira de serviços de uma Unidade de Gestão Clínica inclui, além dos
serviços assistenciais, serviços clínicos de apoio ao diagnóstico e tratamento, como labo-
ratório clínico e diagnóstico imagiológico. Para complementar os standards do Manual da
Unidade, foram desenvolvidos dois Anexos com standards específicos para estes serviços
de apoio clínico (Anexo I e Anexo II).
6
3. ESTRUTURA DE UM STANDARD
Um standard é um elemento de medida com o qual se avalia a qualidade da unidade. Os standards
são dicotómicos (ou cumprem-se ou não se cumprem) e todos os elementos avaliáveis que o
compõem devem ser atendidos para que o standard seja cumprido.
Cada standard do Manual é composto por uma série de elementos: definição, grupo, código,
propósito e elementos avaliáveis. Esses elementos são especificados na figura.
c Código Definição a
Grupo b
7
Os standards do Manual classificam-se em grupos, existindo standards obrigatórios e standards
para alcançar níveis da qualidade mais elevados, proporcionando ao processo de certificação
um carácter progressivo (Bom, Ótimo e Excelente):
• Standards do Grupo III demonstram que a unidade gera inovação e desenvolvimento para
a sociedade em geral.
c) C
ódigo: os números que o constituem indicam, da esquerda para a direita, o Manual a que o
standard pertence, o critério em que o standard se enquadra, a ordem numérica que ocupa
dentro do critério e o número de revisões realizadas. Assim, na anterior figura, o código do
standard indica que pertence ao Manual de Unidades de Gestão Clínica (Manual número 5),
que está localizado no critério 3 (“Direitos do doente e continuidade assistencial”), que é o
segundo standard desse critério e que foi revisto três vezes.
e) Elementos avaliáveis: destinam-se a clarificar o standard e a sua enumeração torna mais fácil
à unidade trabalhar sequencialmente com o standard e preparar-se para a visita de avaliação.
Estes elementos avaliáveis são requisitos necessários para cumprir de forma absoluta com o
standard. Alguns elementos avaliáveis podem ser evidenciados através de documentos como
relatórios, registos, atas, informações, protocolos, etc.
8
4. ESTRUTURA DO MANUAL
O Manual está estruturado em 3 blocos e os standards grupados em 6 critérios de acordo com
a sua temática:
9
Na tabela seguinte apresenta-se um resumo da distribuição dos standards do Manual segundo
o critério e o grupo a que pertencem:
6 4 5 2 9 5 2 1 7 3 2 1
1 1 2 1 1 3 4 2 7 3 3 1
10
5. FASES DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO
O processo de certificação segundo o Modelo de Certificação do Ministério da Saúde é um
processo dinâmico e contínuo no tempo. Tem por objetivo promover a melhoria contínua da
qualidade nas unidades de saúde. As 4 fases do processo são aqui descritas:
Fase 4: Acompanhamento
UA CERTIFICAÇÃO
N TÍN RENOVAÇÃO
CO
IA
OR Ciclo de
5 anos
H
EL
6 meses máx.
DE
NO
Relatório de avaliação
PLA
Visita de avaliação
Fase 3: Avaliação
Avaliação de acompanhamento
2 anos e meio depois da visita
Colocação de evidências positivas e áreas de melhoria
12 meses máx.
Manual de standards
Fase 2: Autoavaliação
Apresentação
Designação de responsáveis
Uma vez aceite a candidatura, a DGS/DQS designa o responsável pelo projeto de certificação e
a Unidade designa o seu responsável interno. O responsável da DGS/DQS contacta com o res-
ponsável da Unidade para lhe explicar o processo de certificação. A partir desse momento, são
estabelecidos os canais de comunicação entre as duas partes para a resolução de dúvidas e
acompanhamento durante o tempo que durar o processo.
11
Fase 2: Autoavaliação
Durante esta fase, que tem uma duração máxima de 12 meses (365 dias), a equipa de auto
avaliação, coordenada pelo respetivo responsável da Unidade, leva a cabo um exercício de
análise e reflexão interna sobre os standards, identificando o que a Unidade está a fazer
bem (evidências positivas) e o que pode fazer para melhorar (áreas de melhoria). Para facili-
tar o trabalho, a DGS/DQS disponibiliza às unidades a plataforma informática @Qredita, onde
podem ser introduzidas as evidências positivas, as áreas de melhoria e os documentos que
respondem aos standards.
Cerca de um mês após o início da fase de autoavaliação, e depois de acordada com a Unidade, é
marcada a data da avaliação externa, o que facilita o planeamento adequado da autoavaliação.
Marcada essa data, o responsável da DGS/DQS envia para a Unidade a agenda para a visita
de avaliação. Trata-se de um documento que contém o horário da visita, as atividades que os
avaliadores vão realizar, os recursos necessários para que a visita seja efetuada de forma
adequada e os documentos relativos aos standards do Manual.
Para que a equipa de autoavaliação realize uma autoavaliação produtiva, é importante que o
responsável da Unidade conte com o apoio do responsável da DGS/DQS e tenha em consideração
o referencial da qualidade da instituição, além de:
É importante que o trabalho seja feito em equipa para evitar sobrecargas e permitir que as
melhorias realizadas nessa fase sejam do conhecimento de todos os profissionais da Unidade.
Em primeiro lugar, o responsável da Unidade deve planear a autoavaliação: definir os objeti-
vos a alcançar, selecionar a equipa de autoavaliação, distribuir os standards entre os auto
avaliadores de acordo com seu nível de conhecimento e definir um plano de trabalho.
Consiste em refletir sobre cada standard identificando como a Unidade lhe dá resposta
(evidências positivas) e como pode melhorar (áreas de melhoria), descrevendo-as de forma
clara e detalhada na plataforma informática @Qredita. As evidências e/ou áreas de melho-
ria identificadas podem ser acompanhadas pelos documentos solicitados pelo standard
(ex.: procedimentos, registos, análises de resultados, relatórios, etc.).
Durante esta fase de reflexão sobre os standards, podem surgir dúvidas que devem ser
esclarecidas com o responsável da DGS/DQS através do canal de comunicação criado para o
efeito (plataforma informática @Qredita).
12
Fase 3: Avaliação
Uma vez terminada a fase de autoavaliação, planifica-se de forma consensual entre a Direção
da Unidade e o responsável pelo projeto da DGS a futura visita de avaliação externa. Os ava-
liadores que vão participar na avaliação externa do processo de certificação encarregam-se
de estudar toda a informação constante na aplicação informática @Qredita durante a fase de
autoavaliação e outras evidências que vão recolher durante a visita de avaliação.
Resultados da certificação
•P
endente de estabilização de standards obrigatórios
Situação que se mantém até que os planos de melhoria e/ou as ações corretivas da Uni-
dade cumpram a totalidade dos standards obrigatórios do Grupo I. Num prazo máximo de
seis meses (180 dias), a Unidade deve tratar os motivos da não conformidade através de
planos de melhoria. A resolução da situação permite à Unidade alcançar um dos seguintes
níveis de certificação:
•C
ertificação no nível Bom: obtém-se quando a Unidade cumpre igual ou acima dos 70% dos
standards do Grupo I, incluindo-se nesta percentagem a totalidade (100%) dos standards
considerados obrigatórios.
• Certificação no nível Ótimo: obtém-se quando a Unidade cumpre 100% dos standards do
Grupo I e cumpre igual ou superior a 40% dos standards do Grupo II.
•C
ertificação no nível Excelente: obtém-se quando a Unidade alcança o cumprimento de
100% dos standards do Grupo I e do Grupo II e uma percentagem de cumprimento igual
ou superior a 40% dos standards do Grupo III.
13
Fase 4: Acompanhamento
14
6. Standards do Manual
15
CRITÉRIO 1 CRITÉRIO 2
BLOCO 1:
GESTÃO DA UNIDADE
CRITÉRIO 1: LIDERANÇA E ORGANIZAÇÃO DA UNIDADE
OBJETIVO DO CRITÉRIO
A liderança eficaz da Unidade é fundamental para que a sua organização seja eficiente e o
atendimento que se oferece à pessoa seja excelente. A Unidade deve estar alinhada com a
missão, visão e objetivos da instituição e deve estabelecer canais de comunicação eficazes
com os respetivos órgãos de direção e com os próprios profissionais.
Para tomar decisões objetivas e dispor de elementos que permitam comparar-se aos melhores,
é necessário levar a cabo uma monitorização e avaliação contínua dos resultados, nomeada-
mente em saúde, processos, atividade, acessibilidade, orçamento e segurança, entre outros.
Além disso, conhecer o grau de satisfação dos utilizadores, profissionais e clientes internos
permitirá identificar áreas de melhoria e estabelecer planos de ação para melhorar a quali-
dade da Unidade.
•P
otenciar a figura de diretor da Unidade, apoiando o papel da sua liderança participativa,
dotando-o de maior capacidade executiva para distribuir as atividades e de maior autonomia
na tomada de decisões.
•F
omentar um estilo de liderança democrático, estabelecendo fórmulas que permitam
a participação dos profissionais na direção da Unidade, promovendo a autonomia e a
responsabilidade dos mesmos na gestão dos serviços.
•G
erir de forma eficaz os recursos humanos disponíveis, identificando os profissionais mais
apropriados em cada área de trabalho, tendo em conta as funções e responsabilidades
definidas.
•D
efinir uma estrutura de trabalho para a gestão da qualidade da Unidade e realizar um con-
trolo eficiente e sistemático de toda a sua documentação.
•S
elecionar os indicadores que devem fazer parte do painel de controlo da Unidade, para ava-
liar os dados e transformá-los em informação útil, bem como permitir a tomada de decisões
baseadas em factos objetivos.
•D
efinir, planear e coordenar as atividades necessárias para melhorar a atenção oferecida
aos utilizadores da Unidade, a partir do conhecimento das necessidades e expectativas da
pessoa, família, cuidadores e profissionais.
•C
onhecer e resolver as sugestões e reclamações da pessoa e familiares em relação aos cui-
dados de saúde recebidos, utilizando a informação como elemento potenciador da qualidade
da Unidade.
Grupo: I
Código: S 5 01.01_01
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade define o seu modelo de governação clínica (direção da Unidade e outros cargos
intermédios, etc.) e suas responsabilidades, o mecanismo de tomada de decisão e os canais
formais para a comunicação interna e coordenação com outras direções da instituição
(Gestão, Direção Médica, Direção de Enfermagem, etc.).
2. A
direção da Unidade define os canais de comunicação entre os profissionais para comu-
nicarem os problemas de organização e funcionamento que identifiquem, assim como as
sugestões de melhoria.
3. A
s decisões tomadas ficam registadas em atas e são divulgadas entre os profissionais da
Unidade, através dos canais formais estabelecidos para o efeito (ex.: reuniões de equipa,
boletins de comunicação interna, etc.).
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 01.02_03
Elementos avaliáveis:
2. O
s profissionais têm conhecimento dos objetivos definidos pela Unidade e reconhecem o seu
contributo na concretização dos mesmos. Os profissionais acompanham a monitorização dos
objetivos, podendo sugerir ações de melhoria quando a Unidade não cumpra a meta definida.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 01.03_01
Propósito: Dispor, de forma uniforme e resumida, dos indicadores relevantes que a Unidade
monitoriza para a tomada de decisões com base em resultados, além dos contemplados no
acordo de gestão clínica. Medir esses indicadores de forma sistemática e planeada para verifi-
car se estão nos níveis pré-estabelecidos e introduzir medidas corretivas, quando necessário.
Elementos avaliáveis:
3. A
Unidade monitoriza os indicadores de acordo com a periodicidade definida e avalia os
resultados obtidos, identificando melhorias quando necessário e informando os profis-
sionais das mesmas.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 01.04_03
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade cumpre os objetivos orçamentais acordados (recursos humanos, consumo
clínico e hoteleiro, medicamentos, etc.).
2. N
o caso de se registar um desvio no orçamento, a Unidade analisa as causas e implementa
ações corretivas.
Grupo: I
Código: S 5 01.05_00
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade dispõe de um responsável pela documentação necessária para que a sua gestão
seja eficaz e eficiente (ex.: procedimentos, protocolos, guias, planos de cuidados, planos de
segurança, registos e qualquer outra documentação necessária) e tem definidos os prazos
de revisão da documentação.
3. O
s documentos da Unidade estão acessíveis aos profissionais em qualquer momento.
Grupo: I
Código: S 5 01.06_02
Elementos avaliáveis:
Grupo: II
Código: S 5 01.07_00
Propósito: Planear e executar auditorias internas que permitem à Unidade conhecer o nível de
qualidade dos seus serviços, identificando desvios na implementação do plano de atividades.
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade elabora um programa de auditoria que inclui, pelo menos, o número de auditorias
a realizar, o âmbito, os auditores selecionados e a respetiva calendarização. No plano de
cada auditoria consta o âmbito da auditoria, os critérios da auditoria, a equipa auditora
e a metodologia a utilizar, com referência ao processo de amostragem e organização das
atividades a auditar, bem como com indicação do auditor atribuído a essa avaliação e dos
profissionais do serviço auditado a envolver.
2. A Unidade efetua auditorias internas para avaliar o nível de cumprimento das linhas definidas
no seu sistema de gestão da qualidade (inclui plano de atividades, requisitos deste referencial
da qualidade e requisitos regulamentares e normativos da Unidade), emitindo um relatório
da auditoria e as medidas corretivas a implementar.
3. Os profissionais da Unidade são informados dos resultados obtidos e das medidas corretivas
a implementar.
Grupo: II
Código: S 5 01.08_02
Propósito: Elaborar e divulgar um documento anual que reflete os resultados obtidos em relação
às principais linhas de atividade e resultados da Unidade.
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade elabora um relatório anual das atividades realizadas, que inclui aspetos da
atividade, formação, investigação e resultados (ex.: tempos de resposta, satisfação,
reclamações, produção e desempenho clínico, segurança dos cuidados, notificação de
incidentes e eventos adversos, resultados das auditorias, etc.).
2. O relatório anual de atividades é divulgado aos profissionais e uma versão simplificada aos
utilizadores da Unidade.
Grupo: III
Código: S 5 01.09_03
Propósito: Comparar os resultados da Unidade com os de outras unidades e/ou com os que
são considerados os melhores do sector (benchmarking), a fim de identificar e implementar
as melhores práticas.
Elementos avaliáveis:
1. A Unidade analisa os resultados de outras unidades com as quais se quer comparar, com
base em critérios como resultados excelentes, carteira de serviços similar, complexidade
clínica, etc.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 01.10_02
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade tem identificados os postos de trabalho que a integram (ex.: diretor/a, médico/a,
enfermeiro/a, técnicos/as de diagnóstico nas diferentes áreas assistenciais, consultas,
internamento, exames especiais, etc.) e as respetivas funções e responsabilidades de
todos os grupos profissionais.
2. O
s profissionais da Unidade conhecem as suas funções e responsabilidades.
3. A
Unidade dispõe de um plano de integração para os novos profissionais, que inclui, entre
outras, as funções e responsabilidades, de modo a facilitar a sua integração nos postos
de trabalho onde desenvolvem a sua atividade.
Grupo: II
Código: S 5 01.11_00
Propósito: Analisar e organizar os recursos humanos da Unidade com base na sua atividade,
integração de novos serviços, tecnologias, etc., alocando os profissionais mais adequados tendo
em conta as funções e responsabilidades dos postos de trabalho.
Elementos avaliáveis:
1. O
s responsáveis da Unidade analisam periodicamente os recursos humanos disponíveis em
número e categoria profissional.
3. O
s responsáveis da Unidade alocam os profissionais mais adequados para desenvolver as
funções e responsabilidades necessárias para dar resposta à atividade que presta, à in-
trodução de novas tecnologias, serviços ou equipas especializadas, em qualquer momento,
incluindo períodos de férias, picos de atividade, etc.
Grupo: I
Código: S 5 01.12_04
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade utiliza uma ferramenta para identificar periodicamente as necessidades formati-
vas dos seus profissionais (ex.: entrevista, questionário, etc.) e analisa essas necessidades
para desenvolver um plano de formação que tenha em conta os objetivos estratégicos da
Unidade.
2. A
Unidade dispõe de um plano anual ou plurianual de formação, que permite o desenvolvi-
mento de competências técnico-científicas, competências de humanização, competências
em comunicação, conhecimento sobre problemas de saúde emergentes, etc.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 01.13_03
Propósito: Conhecer e analisar a satisfação da pessoa, familiar e/ou cuidador sobre o atendi-
mento e cuidados recebidos, o estado das instalações, os tempos de espera, a intimidade, a
informação dada, etc., com vista a realizar um diagnóstico preciso da situação e implementar
melhorias na Unidade.
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade utiliza inquéritos de satisfação para conhecer a opinião e perceção da pessoa,
familiar e/ou cuidador sobre a qualidade do atendimento e cuidados recebidos, incluindo
aspetos de acessibilidade, intimidade, conforto, informação, confidencialidade e limpeza.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 01.14_02
Elementos avaliáveis:
1. A
s reclamações recebidas na Unidade são atendidas em tempo útil e de acordo com as
normas vigentes.
2. P
elo menos anualmente, a Unidade analisa o número, os motivos e os prazos de resposta às
reclamações recebidas e são implementadas as melhorias identificadas, podendo ser objeto
de reflexão no relatório de atividades.
Grupo: II
Código: S 5 01.15_02
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade promove mecanismos de receção de sugestões da pessoa, familiar e/ou cuidador
(ex.: redes sociais, exposições orais, correio eletrónico, comentários livres em inquéritos de
satisfação, grupos focais, reuniões com associações de doentes, etc.) e fomenta o seu uso.
Grupo: II
Código: S 5 01.16_02
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade avalia anual ou bianualmente o comportamento organizacional, identificando
áreas de melhoria face aos seus resultados.
2. A
Unidade planeia e implementa as ações necessárias para abordar as áreas de melhoria
identificadas.
3. A
Unidade divulga aos profissionais os resultados obtidos e as melhorias identificadas e
implementadas.
Grupo: III
Código: S 5 01.17_00
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade utiliza inquéritos de satisfação para as suas principais partes interessadas
(ex.: cuidados de saúde primários, centros afiliados, entidades públicas ou privadas com
quem estabelece parcerias interinstitucionais no domínio assistencial, laboratorial e/ou
imagiológico, etc.).
2. A
Unidade dispõe anualmente de indicadores de satisfação das suas partes interessadas e
analisa-os, identificando os aspetos que proporcionam menor satisfação (ex.: comunicação,
acessibilidade, resolução de interconsultas, receção de resultados e relatórios, etc.).
3. A
Unidade planeia e implementa as melhorias necessárias para aumentar a satisfação das
partes interessadas.
•R
ealizar uma gestão horizontal, centrando a atenção na pessoa e em garantir a continuidade
assistencial.
•R
eduzir a variabilidade, eliminar ineficiências associadas à repetição das atividades e otimizar
a utilização de recursos.
•A
nalisar e medir os resultados da capacidade e eficácia de cada processo assistencial,
identificando e priorizando áreas de melhoria.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 02.01_04
Propósito: Identificar o(s) processo(s) assistencial(is) de acordo com a sua carteira de serviços,
tendo em vista o potencial de melhoria deste(s), a coordenação entre diferentes âmbitos e a
eliminação das ineficiências que podem ocorrer. Este processo assistencial descreve as ativida-
des que compõem o circuito do doente e permite a identificação dos indicadores a monitorizar.
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade identifica os processos assistenciais que deve implementar atendendo a cri-
térios como a casuística, prevalência, complexidade, morbilidade e mortalidade.
2.2 D
escreve a sequência de atividades que o compõem, contemplando Quem, Como,
Quando e Onde estas se realizam.
2.3 S
eleciona os indicadores a medir e incorpora-os no painel de controlo para a sua
monitorização.
3. A
s unidades de saúde que tenham atividades laboratoriais na sua carteira de serviços
incluem estas atividades de acordo com o Anexo I deste Manual.
4. A
s unidades de saúde que tenham atividades relacionadas com técnicas de imagem ou
sejam exclusivamente unidades de diagnóstico imagiológico implementam o processo
de técnicas de imagem de acordo com o Anexo II deste Manual.
5. A
unidade que não é proprietária de processos assistenciais (ex.: farmácia hospitalar,
bloco operatório, etc.) define as ações que realiza em cada um dos processos assisten-
ciais nos quais participa e os indicadores a medir, integrando-os no painel de controlo
para a sua monitorização.
Grupo: I
Código: S 5 02.02_03
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade cumpre os objetivos propostos nos indicadores dos processos assistenciais
que possui ou nos quais participa.
2. A
Unidade define novos objetivos mínimos a serem alcançados para os seus indicadores de
processos assistenciais ou seleciona novos indicadores de processos assistenciais.
Grupo: II
Código: S 5 02.03_03
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade seleciona o tratamento farmacológico (fármaco de primeira eleição, posologia
e forma de administração) e/ou cirúrgico dos processos assistenciais que implementou
e os profissionais conhecem-no.
2. A
Unidade realiza auditorias periódicas, no mínimo anuais, para conhecer o grau de ade-
são dos profissionais às recomendações para prescrição/utilização de certos tratamen-
tos farmacológicos e/ou cirúrgicos dos processos assistenciais e analisa os resultados,
identificando áreas de melhoria, se necessário.
3. A
Unidade comunica aos profissionais os resultados obtidos e as áreas de melhoria
identificadas.
Grupo: II
Código: S 5 02.04_00
Elementos avaliáveis:
2. A
Unidade utiliza ferramentas da qualidade (ex.: diagrama de Ishikawa, 5s, VSM – Value
Stream Mapping, etc.) para identificar as causas das ineficiências encontradas.
3. A
Unidade faz as alterações necessárias para melhorar o funcionamento dos processos
assistenciais implementados ou propõe alterações que considera oportunas nos processos
assistenciais nos quais participa.
Grupo: III
Código: S 5 02.05_00
Propósito: Conhecer como estão a funcionar os processos assistenciais da Unidade sob o ponto
de vista da pessoa, identificando tudo o que não adiciona valor.
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade analisa junto da pessoa o fluxo de atividades de um processo assistencial,
identificando o que dificulta o seu desenvolvimento e não adiciona valor (ex.: burocracia
e espera excessiva, exames de diagnóstico desnecessários, dificuldades de acesso, etc.).
2. A
Unidade planeia e implementa as melhorias necessárias para otimizar o funcionamento
do processo assistencial.
3. A Unidade avalia os resultados em saúde com base na perceção da própria pessoa (PROMs –
Patient-reported outcome measures), identifica áreas de melhoria e planeia-as.
DIREITOS QUALIDADE
DO DOENTE TÉCNICO-
E CONTINUIDADE -CIENTÍFICA
ASSISTENCIAL
BLOCO 2:
ATENÇÃO CENTRADA NO DOENTE
A proteção dos direitos do doente (entre outros, a acessibilidade aos serviços de saúde, o
respeito pela intimidade, o respeito pela confidencialidade, a informação e a participação na
tomada de decisão, com respeito pelos seus valores e crenças) é uma das melhores garantias
de uma prestação de cuidados de saúde com qualidade.
•P
restar cuidados de acordo com as condições específicas de saúde de cada pessoa, suas
características socioculturais e suas necessidades, expectativas, desejos e preferências.
• Desenvolver mecanismos que favoreçam o acesso das pessoas aos serviços de saúde.
•D
ispor de um processo clínico de saúde com informação suficiente para apoiar o diagnóstico
e justificar o cuidado e tratamento da pessoa.
•A
dequar os meios complementares de diagnóstico e as medidas terapêuticas com base nos
protolocos clínicos.
•F
acilitar a comunicação entre os diversos profissionais envolvidos na prestação de cuidados
de saúde, de forma a garantir a continuidade assistencial.
•C
onhecer os recursos de apoio existentes para proceder a uma gestão eficaz e racional dos
mesmos.
•M
elhorar o acompanhamento e a continuidade dos cuidados, bem como facilitar o acesso
aos recursos de apoio necessários à pessoa e/ou cuidador.
Grupo: I
Código: S 5 03.01_00
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade realiza uma reflexão periódica sobre as suas necessidades em relação à huma-
nização do atendimento na prestação dos cuidados de saúde.
2. A
Unidade identifica ações concretas para promover uma melhoria da humanização do aten-
dimento (ex.: espaços físicos e atividades de lazer para crianças menores internadas, etc.).
3. A
Unidade define e implementa as ações concretas identificadas.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 03.02_03
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade possui e aplica procedimentos ou normas para preservar a intimidade da
pessoa e a confidencialidade da sua informação clínica e pessoal.
2. D
urante o processo de atendimento, a Unidade usa os meios estruturais ou físicos necessários
para respeitar a intimidade e confidencialidade da pessoa (ex.: locais apropriados e restritos
para realizar exames clínicos, tratamentos e prestação de cuidados de higiene, discussão
de casos clínicos entre os profissionais e/ou prestar informação à pessoa e familiares, etc.).
3. A
documentação com os dados pessoais do doente que já não seja necessária é adequa-
damente destruída.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 03.03_03
Propósito: Garantir que a pessoa dispõe, de forma adequada ao seu nível de compreensão, da
informação necessária sobre o seu problema de saúde. Registar as informações fornecidas
pelos profissionais no processo clínico.
Elementos avaliáveis:
1. O
s profissionais da Unidade informam verbalmente a pessoa, de forma clara e com-
preensível, sobre todos os aspetos relacionados com o seu processo de saúde (ex.: fina-
lidade de cada meio complementar de diagnóstico ou terapêutica, riscos, resultados do
tratamento, preparação prévia antes da colheita de amostras biológicas, medidas de
controlo definidas pela saúde pública em caso de suspeita ou confirmação de doença
de notificação obrigatória, etc.) e realizam o registo no seu processo clínico. Nos casos
legalmente estabelecidos, é informado o representante da pessoa, ficando igualmente
registado no processo.
2. Os profissionais da Unidade utilizam mecanismos para informar a pessoa de outras naciona-
lidades e/ou com problemas sensoriais.
3. C
uidados de saúde hospitalares: a Unidade tem organizada a transmissão da informação
clínica à pessoa e familiares (ex.: locais e horários estabelecidos para prestação de infor-
mações, profissionais que prestam informação, etc.).
4. C
uidados de saúde hospitalares: nas consultas e na alta hospitalar, a pessoa é informada
e recebe as notas de alta com os elementos essenciais do seu processo, com vista a ga-
rantir a continuidade dos cuidados.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 03.04_03
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade mantém atualizada a relação dos atos e intervenções de acordo com a carteira
de serviços que necessitam de consentimento informado por escrito e essa é do conhe-
cimento dos profissionais.
2. O
s profissionais da Unidade informam verbalmente a pessoa e disponibilizam o formulário
de consentimento informado para conhecimento e esclarecimento de dúvidas. Posterior-
mente, uma cópia completa é entregue à pessoa ou representante legal, ficando o original
arquivado no processo clínico.
3. O
profissional da Unidade regista no processo clínico que o processo de informação verbal
foi realizado, o consentimento informado por escrito foi obtido e uma cópia foi entregue à
pessoa. Nos menores ou adultos em condições de incapacidade, fica registado no processo
clínico a pessoa que tomou a decisão (tutor ou representante legal).
4. A
Unidade realiza auditorias, no mínimo anualmente, ao grau de cumprimento do consen-
timento informado escrito, assim como à sua adequação à norma vigente (ex.: identifica-
ção do procedimento, data, assinatura da pessoa ou representante legal, assinatura e
identificação do profissional de saúde, entrega de cópia, etc.). No caso de se encontrarem
desvios, a Unidade determina melhorias pertinentes e divulga-as aos profissionais.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 03.05_03
Propósito: Assegurar o direito das pessoas a tomar e revogar decisões sobre o seu próprio
processo assistencial relacionadas com a continuação ou interrupção do suporte de vida e a
assistência no final da sua vida (diretivas antecipadas de vontade sob a forma de testamento
vital), ou sobre o destino do seu corpo ou dos seus órgãos após o seu falecimento. Dispõe-se
para o efeito de procedimentos que permitem aos profissionais conhecer e aplicar os cuidados
e o tratamento de acordo com o conteúdo dessas instruções prévias de vontade, assim como
identificar o procurador de cuidados ou representante legal, que será o interlocutor com o
médico e/ou com a equipa de saúde para garantir o cumprimento das mesmas.
Elementos avaliáveis:
1. O
s profissionais (médicos e enfermeiros) da Unidade conhecem como aceder aos registos
das diretivas antecipadas de vontade de cada pessoa (ex.: continuação ou interrupção
de medidas de suporte de vida, destino dos seus órgãos, etc.).
2. A
Unidade dispõe de elementos de divulgação (ex.: folhetos, placards, QR code, etc.) destina-
dos a informar e dar a conhecer às pessoas o direito de realizarem o seu testamento vital.
Grupo: III
Código: S 5 03.06_03
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade dispõe de ferramentas de ajuda à tomada de decisão elaboradas por organis-
mos nacionais ou internacionais, ou pela própria Unidade, com base na melhor evidência
científica disponível.
2. O
s profissionais conhecem e utilizam as ferramentas de ajuda à tomada de decisão dis-
poníveis na Unidade e registam o seu uso no processo clínico como parte da informação
produzida no decurso do processo assistencial.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 03.07_03
Propósito: Dar a conhecer aos profissionais os mecanismos existentes para formular questões
e/ou pedir aconselhamento à Comissão de Ética de referência, facilitando a prevenção ou reso-
lução dos conflitos éticos que possam gerar-se no decurso do processo assistencial.
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade dispõe e aplica um procedimento onde está descrito como realizar consultas
de índole ética junto da Comissão de Ética de referência.
2. A
Unidade dispõe dos mecanismos necessários para assegurar a divulgação das recomen-
dações da Comissão de Ética de referência aos seus profissionais.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 03.08_02
Elementos avaliáveis:
1. A Unidade desenvolve ações para melhorar a acessibilidade das pessoas aos seus serviços
(ex.: atendimento telefónico, circulação de doentes, adaptação de horários, pedido de consulta
online, alertas de agendamento, cuidados no domicílio, etc.).
2. A
Unidade proporciona informação atualizada sobre a sua estrutura e funcionamento atra-
vés de canais de comunicação (ex.: web, redes sociais, guia do doente, etc.) A informação
divulgada inclui, pelo menos, a carteira de serviços, os direitos e deveres, a localização, os
horários de atendimento, o correio eletrónico e os contactos telefónicos.
Grupo: I
Código: S 5 03.09_03
Elementos avaliáveis:
1. C
uidados de saúde hospitalares: A Unidade cumpre os tempos de resposta preconizados
(intervenções cirúrgicas, primeiras consultas, etc.) e os tempos de resposta de outros pro-
cessos incluídos na carteira de serviços.
2. C
uidados de saúde primários: A Unidade cumpre os tempos de resposta preconizados
(consulta programada, consulta de doença aguda, etc.);
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 03.10_03
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade selecionou identificadores inequívocos a utilizar para identificar a informação
clínica da pessoa e são utilizados corretamente pelos profissionais.
2. Os profissionais da Unidade conhecem e aplicam as normas de registo no processo clínico para
evitar perdas ou erros de informação e duplicações. Sempre que esses ocorrem, os profissio-
nais comunicam-nos aos responsáveis a fim da sua correção e integração.
3. A
informação gerada em cada episódio fica registada no respetivo processo clínico. Caso
exista alguma documentação clínica que quando é produzida não se integra no processo
clínico único, a Unidade identifica essa documentação com o mesmo identificador do processo
clínico e tem estabelecida uma regra que garante a sua posterior integração (resultados
de meios complementares de diagnóstico, visitas domiciliárias, etc.).
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 03.11_02
Propósito: Analisar periodicamente os registos dos processos clínicos, a fim de comprovar que
se cumprem os critérios de qualidade previamente definidos pela Unidade e detetar os possí-
veis desvios, com o objetivo de melhorar o nível de qualidade assistencial prestado às pessoas.
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade definiu critérios de qualidade e graus de cumprimento a avaliar nos processos
clínicos, que incluem pelo menos os dados de identificação, dados clínicos e registos de
cuidados prestados à pessoa.
2. A
Unidade efetua auditorias, pelo menos anuais, aos registos dos processos clínicos, ten-
do por base os critérios de qualidade definidos, analisando os resultados e identificando
áreas de melhoria, se necessário.
3. A
Unidade difunde aos seus profissionais os resultados obtidos e as áreas de melhoria
identificadas.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 03.12_02
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade informa sistematicamente as pessoas, familiares e cuidadores sobre quem são
os seus profissionais de referência. Os profissionais estão devidamente identificados, com
vista a que a pessoa conheça o profissional que a atende em cada momento.
2. Os profissionais responsáveis pelo doente efetuam uma avaliação completa do mesmo (pro-
blema de saúde, necessidades, valores, crenças, situação social, etc.) e, quando aplicável, do
cuidador.
3. O
s profissionais responsáveis estabelecem um plano assistencial no processo clínico, defi-
nindo os cuidados e o plano terapêutico necessário. O plano assistencial é atualizado em
função da evolução e de novas necessidades do doente.
4. O
s profissionais responsáveis informam a pessoa, familiares ou cuidadores do plano assis-
tencial e das suas atualizações.
Grupo: I
Código: S 5 03.13_02
Propósito: Facilitar à pessoa e seu cuidador que tenham acesso aos recursos de apoio de que
necessitam e informá-los sobre o seu uso adequado.
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade proporciona os recursos de apoio necessários à pessoa e/ou cuidador, informando
sobre o uso adequado ou facilitando a informação sobre a forma como aceder aos mesmos
(ex.: nutrição, material ortoprotésico, apoio domiciliário, cuidados paliativos, cuidados de
luto, apoio emocional, recursos comunitários, associações de doentes, etc.).
2. O
s profissionais da Unidade registam no processo clínico a informação facultada e/ou os
recursos disponibilizados.
Grupo: I
Código: S 5 03.14_02
Propósito: Identificar na avaliação do doente as barreiras que podem comprometer o seu plano
assistencial, adotando medidas que evitem ou diminuam essa probabilidade.
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade identifica as barreiras existentes (ex.: falta de apoio domiciliário, dificuldade de
adesão ao processo assistencial, etc.).
2. O
s profissionais da Unidade registam, no processo clínico destes doentes, os riscos que podem
originar a interrupção do seu plano assistencial e as medidas a adotar para os minimizar.
Grupo: I
Código: S 5 03.15_03
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade regista as desprogramações e interrupções da atividade programada (consul-
tas, exames complementares de diagnóstico ou intervenções cirúrgicas) que ocorram e as
causas que as originaram.
2. A
Unidade analisa periodicamente as desprogramações e interrupções ocorridas e as suas
causas, com vista a identificar áreas de melhoria com a finalidade de as diminuir.
3. A
s melhorias identificadas e implementadas são divulgadas aos profissionais.
Grupo: II
Código: S 5 03.16_00
Elementos avaliáveis:
2. U
nidades de saúde hospitalares: evidenciar que efetuam avaliações pelo menos anualmente
de doentes referenciados pelos cuidados de saúde primários e de outros hospitais, para
identificar o grau de cumprimento dos critérios de referenciação acordados e informar
quanto aos resultados obtidos.
3. A
Unidade conhece as referenciações realizadas e o grau de cumprimento dos critérios
em vigor. Usa essa informação para identificar e implementar melhorias e divulgar aos
profissionais.
Grupo: II
Código: S 5 03.17_00
Propósito: Dar resposta aos problemas de saúde da pessoa da forma mais rápida, segura e
eficiente possível quando excedida a capacidade limite da Unidade, exigindo o apoio e conhe-
cimento de outros profissionais do sistema de saúde.
Elementos avaliáveis:
1. O
s profissionais da Unidade realizam interconsultas (registos de interconsultas, teleconsul-
ta e telemedicina, etc.) a outras unidades, com vista a resolver os problemas de saúde dos
doentes quando solicitado, fornecendo a respetiva informação necessária.
3. U
nidades de saúde hospitalares: A Unidade indica os profissionais e os prazos para a rea-
lização das interconsultas e avalia a qualidade das mesmas com base em critérios defi-
nidos (ex.: informação necessária para realizar interconsultas, como anamnese, exames
complementares de diagnóstico, etc.). Em caso de necessidade, as unidades requerentes
são contactadas para fornecer informação/formação necessária à melhoria da qualidade
das interconsultas que realizam.
•P
adronizar os cuidados de saúde para reduzir a variabilidade, alcançando maior eficácia
clínica e melhor atendimento ao doente.
•C
onhecer os critérios clínicos estabelecidos pelos Comités e/ou Comissões da instituição para
a correta aplicação das evidências científicas.
•P
romover estilos de vida saudáveis no doente e desenvolver estratégias de prevenção da
doença e educação em saúde.
Grupo: I
Código: S 5 04.01_03
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade identifica anualmente os processos de prestação de cuidados de saúde em que
a variabilidade da prática clínica pode ter um maior impacto.
2. A
Unidade seleciona as ferramentas necessárias para diminuir a variabilidade da prática
clínica detetada (ex.: protocolos, procedimentos, planos de cuidados, guias de prática clínica,
etc.), adaptando-as aos seus recursos (tecnologias, medicamentos ou outros).
3. O
s protocolos, procedimentos, guias de prática clínica, etc. da Unidade incorporam a melhor
evidência disponível (grau de recomendação ou nível de evidência, normativo, bibliografia)
e são aprovados, implementados na Unidade e atualizados periodicamente com base nas
novas evidências disponíveis.
Grupo: II
Código: S 5 04.02_02
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade seleciona anualmente os protocolos, procedimentos, guias de prática clínica, etc.
que vão ser avaliados quanto ao grau de adesão existente por parte dos profissionais.
2. A
Unidade avalia o grau de adesão dos profissionais às recomendações contidas nos proto-
colos, procedimentos, etc. selecionados.
3. A
Unidade divulga aos profissionais os resultados obtidos e as áreas de melhoria identificadas.
Grupo: I
Código: S 5 04.03_00
Propósito: Participar nas Comissões e Grupos de Trabalho para que os profissionais contri-
buam com o seu conhecimento no estabelecimento dos critérios clínicos necessários para a
aplicação das evidências científicas.
Elementos avaliáveis:
1. O
s profissionais da Unidade participam em algumas das Comissões e Grupos de Trabalho
(ex.: Qualidade, Transplantes, Nutrição, Ética, Infeções, Farmácia e Terapêutica, Seguran-
ça, Humanização, etc.) e na elaboração e/ou divulgação das recomendações, decisões e
protocolos adotados.
2. O
s profissionais da Unidade aplicam as recomendações, decisões e protocolos adotados pelas
Comissões e Grupos de Trabalho.
Grupo: II
Código: S 5 04.04_00
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade identifica quais as atividades de prevenção primária e/ou secundária que pode
desenvolver individualmente ou em colaboração com outros agentes (ex.: sistema de saúde,
sector educativo, serviços sociais, agentes locais, associações de doentes, etc.) e divulga-as.
2. A
Unidade desenvolve atividades de prevenção primária e/ou secundária (ex.: campanhas
de vacinação, quimioprofilaxia, aconselhamento sobre hábitos de vida saudáveis, programas
de rastreio ou deteção, etc.).
Grupo: I
Código: S 5 04.05_00
Elementos avaliáveis:
2. P
ara as patologias mais frequentemente tratadas, a Unidade dispõe de informação escrita
a entregar à pessoa (ex.: folhetos, guias de informação, relatórios de alta, relatórios de
consultas, etc.).
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 04.06_01
Propósito: Desencadear medidas para evitar e minimizar o sofrimento que a dor produz nas
pessoas e que afeta gravemente a sua qualidade de vida.
Elementos avaliáveis:
1. O
s profissionais da Unidade utilizam escalas validadas para medir a dor (ex.: Escala Visual
Analógica (EVA), Escala Verbal Numérica (EVN), Escala de expressão facial (Wong), etc.),
ficando o registo no processo clínico da pessoa.
2. A
Unidade dispõe de protocolos ou guias para a abordagem da dor, com informação sobre
os tratamentos farmacológicos disponíveis e sua evidência científica e sobre as medidas
não farmacológicas.
3. O
s profissionais informam verbalmente a pessoa sobre o seu tratamento, reforçando com
a entrega de informação escrita onde consta, pelo menos, nome do medicamento, dose,
posologia, via de administração e duração do mesmo.
4. O
s profissionais envolvidos na prestação de cuidados a pessoas com dor têm formação efetiva
sobre o manuseamento da dor (ex.: uso de escalas de avaliação, tratamento farmacológico
e não farmacológico, etc.).
Grupo: II
Código: S 5 04.07_03
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade tem definida uma estrutura de investigação (ex.: responsáveis, linhas de
investigação, recursos, etc.).
2. A
Unidade encontra-se a desenvolver projetos de investigação próprios ou em colaboração
com outras unidades ou serviços.
3. O
s projetos de investigação são aprovados pelo Comité de Ética de referência.
4. A
s pessoas que participam nos projetos de investigação deram o seu consentimento
informado por escrito.
Grupo: III
Código: S 5 04.08_02
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade dispõe de projetos de investigação ou inovação financiados e avaliados por
agências externas.
2. A
Unidade tem designados os responsáveis pelos projetos de investigação ou inovação.
3. A
Unidade aplica os resultados da investigação ou inovação incorporando melhorias na
prática clínica habitual.
Grupo: III
Código: S 5 04.09_02
Propósito: Participar em projetos de investigação comuns para unir esforços, utilizar os recursos
de forma eficiente, evitar a duplicação de projetos e, acima de tudo, conseguindo a transferência
de resultados para a prática clínica.
Elementos avaliáveis:
3. A
Unidade incorpora na sua prática clínica os resultados dos projetos de investigação em
que participa.
Grupo: II
Código: S 5 04.10_02
Elementos avaliáveis:
1. O
s profissionais da Unidade participam de forma regular em trabalhos publicados em
revistas científicas com fator de impacto (primeiro ou segundo quartil).
SEGURANÇA SUPORTE
DO DOENTE
BLOCO 3:
SEGURANÇA
CRITÉRIO 5: SEGURANÇA DO DOENTE
OBJETIVO DO CRITÉRIO
•D
esenvolver atividades de formação e informação dirigidas aos profissionais para promover
uma informação adequada de incidentes.
•P
romover a gestão dos incidentes notificados, priorizando os de maior risco e eventos com
graves consequências para doentes e profissionais.
•D
esenvolver planos de assistência imediata ao doente para mitigar os danos causados e
atender às suas necessidades, bem como apoiar profissionais e equipas de saúde envol-
vidos num evento adverso.
• Facilitar
a implementação e avaliação de procedimentos que promovem a segurança do
doente.
• Fomentar uma atitude ativa do doente sobre a sua segurança nas intervenções em saúde.
BLOCO 3: SEGURANÇA
50 CRITÉRIO 5: SEGURANÇA DO DOENTE
A Unidade realiza uma gestão proativa dos riscos para a segurança
do doente.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 05.01_03
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade utiliza periodicamente ferramentas validadas (ex.: análise modal de falhas e efeitos,
mapas de risco, etc.) para identificar e priorizar os riscos relativos à segurança do doente.
Os riscos podem ser identificados e priorizados globalmente para toda a Unidade ou para
um processo específico de atendimento (ex.: atendimento nas urgências, em consultas, ao
domicílio, na informação aos doentes, etc.).
2. A
Unidade identifica as medidas preventivas a implementar.
3. A
Unidade divulga aos profissionais os riscos identificados e as medidas preventivas
identificadas.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 05.02_03
Propósito: Notificar os riscos e incidentes relacionados com a segurança do doente (ex.: infeções
associadas à prestação de cuidados de saúde, erros de medicação, cirurgia em local errado, que-
das de doentes, erros na identificação de doentes, etc.) através de um sistema de notificação.
Elementos avaliáveis:
1. O
s profissionais da Unidade utilizam um sistema de notificação de riscos e incidentes relacio-
nados com a segurança do doente. O sistema de notificação está acessível aos profissionais.
2. A
Unidade fomenta a notificação e proporciona aos profissionais formação sobre o que
notificar, como o fazer e sobre o funcionamento do sistema de notificação, etc.
BLOCO 3: SEGURANÇA
51 CRITÉRIO 5: SEGURANÇA DO DOENTE
A Unidade analisa os riscos e incidentes relacionados com a segurança
do doente e desencadeia as ações oportunas destinadas a prevenir
o seu reaparecimento.
Grupo: I
Código: S 5 05.03_03
Elementos avaliáveis:
1. A Unidade designa um responsável para a segurança do doente com vista à gestão dos riscos
e incidentes reportados.
2. A Unidade analisa os riscos e incidentes reportados. Os eventos adversos graves são imedia-
tamente analisados através de uma ferramenta validada (ex.: análise de causa raiz, análise
de eventos significativos, etc.).
Grupo: II
Código: S 5 05.04_01
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade dispõe e aplica um plano de gestão de eventos adversos graves destinado ao
atendimento e comunicação com o doente que sofreu um evento adverso grave, bem
como aos profissionais envolvidos (segundas vítimas).
2. O
s profissionais conhecem como devem atuar perante um evento adverso grave (ex.: comu-
nicação ao doente, familiares, etc.).
3. A
Unidade conhece e aplica o plano de comunicação interno e externo perante a ocorrência
de evento adverso grave.
BLOCO 3: SEGURANÇA
52 CRITÉRIO 5: SEGURANÇA DO DOENTE
A Unidade tem um procedimento destinado à identificação inequívoca
dos doentes e das amostras biológicas.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 05.05_03
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade dispõe e aplica um procedimento para a identificação e verificação correta
e segura do doente e das amostras biológicas, imagens e documentos clínicos relacio-
nados, que inclui pelo menos dois identificadores válidos, mecanismos de identificação
(pulseira de identificação) e como agir no caso de doentes em situação de especial
vulnerabilidade (ex.: nomes idênticos, indocumentados, neonatais/maternos ou com
limitações cognitivas, etc.).
2. A
verificação verbal do doente é realizada em todos os momentos do atendimento e por
todos os profissionais da Unidade que entram em contacto com este, sobretudo em proce-
dimentos de risco.
3. A
Unidade avalia periodicamente o processo de identificação de doentes (ex.: percentagem
de doentes com pulseira, percentagem de notificações recebidas relacionadas com erros de
identificação de doentes) e implementa melhorias no caso de detetar desvios ao resultado
previsto.
4. A
s amostras biológicas são identificadas corretamente e de forma inequívoca segundo o
procedimento estabelecido pela Unidade.
5. P
ara as Unidades que incluem um laboratório clínico na sua carteira de serviços, é dispo-
nibilizado e aplicado um procedimento para a correta identificação e rastreabilidade das
amostras, divulgando-o aos profissionais dos cuidados de saúde primários e/ou hospitalares.
BLOCO 3: SEGURANÇA
53 CRITÉRIO 5: SEGURANÇA DO DOENTE
A Unidade incorpora boas práticas para prevenir e controlar as infeções
associadas à prestação de cuidados de saúde.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 05.06_01
Propósito: Implementar práticas seguras recomendadas pelo Plano Nacional para a Segurança
dos Doentes e organismos nacionais e internacionais de reconhecido prestígio para a preven-
ção e controlo das infeções relacionadas com a prestação assistencial, que sejam aplicáveis
no âmbito de atuação da Unidade.
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade cumpre as orientações de higiene das mãos e uso de luvas preconizadas por
organismos de reconhecido prestígio (ex.: sinalização, formação, observação direta, infra
estruturas, participação dos doentes, etc.).
2. A Unidade, de acordo com a sua carteira de serviços, implementa pelo menos outra boa prática
para a prevenção de infeções relacionadas com os cuidados de saúde (ex.: manual de higie-
nização dos espaços e instalações, desinfeção e esterilização de material reutilizável, etc.).
3. O
s profissionais da Unidade conhecem e aplicam as recomendações relativas às boas
práticas implementadas.
4. A
Unidade estabelece os indicadores destinados a avaliar o grau de cumprimento das
práticas implementadas, faz a sua monitorização e integra-os no seu painel de controlo.
BLOCO 3: SEGURANÇA
54 CRITÉRIO 5: SEGURANÇA DO DOENTE
A Unidade tem implementado um procedimento para garantir as
condições de conservação e armazenamento dos medicamentos
e materiais de consumo clínico.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 05.07_03
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade possui um procedimento escrito destinado ao controlo do armazenamento e
conservação de medicamentos, materiais de consumo clínico e outros, em que se defi-
ne, pelo menos, as responsabilidades, a periodicidade do controlo das caducidades e as
condições especiais de conservação ou armazenamento (ex.: medicamentos termolábeis,
fotossensíveis, etc.).
2. O
s registos de controlo são devidamente arquivados na Unidade (ex.: controlo da validade,
temperatura, humidade, limpeza e atuações realizadas em caso de desvio, etc.).
3. O
s prazos de utilização para os medicamentos multidose após abertura estão definidos. Se
o medicamento multidose é de uso individual (colírios, canetas de insulina, etc.), o prazo
está identificado de forma inequívoca.
BLOCO 3: SEGURANÇA
55 CRITÉRIO 5: SEGURANÇA DO DOENTE
A Unidade armazena os medicamentos e os materiais de consumo clínico
em condições ótimas para evitar riscos à segurança do doente.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 05.08_03
Elementos avaliáveis:
1. O
s medicamentos com embalagem ou rotulagem e com nomes semelhantes são armaze-
nados pela Unidade de forma segregada e com um sistema de alerta sobre o risco de erro.
2. A
Unidade possui uma lista atualizada dos medicamentos de alto risco que é do conheci-
mento dos profissionais. Estes medicamentos estão devidamente identificados e limitados
quanto ao número de apresentações com diferentes doses, concentrações e/ou volumes.
3. C
aso a Unidade, de acordo com a sua carteira de serviços, necessite do armazenamento de
eletrólitos concentrados, estes estão armazenados de forma segregada das apresentações
diluídas e obrigatoriamente rotulados com “Diluir antes da administração”.
4. O
s carros ou malas de emergência têm o seu conteúdo definido e possuem um sistema
que garante a sua integridade (lacre ou similar). As atividades para verificar o estado e o
conteúdo do carro de emergência também incluem a operacionalidade do desfibrilhador e
do laringoscópio, verificando-se se há baterias e lâmpadas sobressalentes (caso utilizem
lâmpadas). Essas atividades estão registadas e arquivadas na Unidade.
5. N
a Unidade os estupefacientes estão fechados e as entradas e saídas estão controladas
(registos dos movimentos e dos pedidos de reposição) e a Unidade controla periodicamente
os stocks e registos, nos termos da lei.
BLOCO 3: SEGURANÇA
56 CRITÉRIO 5: SEGURANÇA DO DOENTE
A Unidade garante a adequação dos tratamentos farmacológicos
principalmente em doentes de risco.
Grupo: I
Código: S 5 05.09_03
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade cumpre os indicadores definidos com a instituição em relação ao uso adequado
do medicamento. Estes indicadores integram o painel de controlo para a sua monitorização.
2. C
uidados de saúde hospitalares: A Unidade define e aplica um procedimento para a reconci-
liação terapêutica na admissão, nas transferências e na alta hospitalar, ficando registado
no processo clínico as revisões terapêuticas efetuadas.
3. C
uidados de saúde hospitalares: A Unidade informa o doente, familiar ou cuidador sobre
as alterações terapêuticas, assim como integra a terapêutica domiciliária que não conste
do prontuário hospitalar, se necessário. Na admissão, os profissionais realizam a identifi-
cação e o controlo destes fármacos.
4. C
uidados de saúde primários: A Unidade define e aplica um procedimento para a reconci-
liação terapêutica nos doentes crónicos e polimedicados, ficando registado no processo
clínico as revisões terapêuticas. O doente, familiar ou cuidador é informado verbalmente
sobre as alterações realizadas e proporciona-se informação escrita sobre o novo trata-
mento (medicamentos, dose, via de administração e guia).
BLOCO 3: SEGURANÇA
57 CRITÉRIO 5: SEGURANÇA DO DOENTE
A Unidade garante a preparação e administração correta
dos medicamentos.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 05.10_00
Propósito: Promover a correta preparação e administração dos medicamentos para obter maior
eficiência e segurança, reduzir os fatores associados a erros na preparação e administração
e melhorar a qualidade dos cuidados prestados.
Elementos avaliáveis:
1. C
uidados de saúde hospitalares: O processo clínico dos doentes admitidos contém a lista
atualizada dos medicamentos prescritos, a dose e a via de administração. Na ausência de
alternativa, nas situações em que a lista de medicamentos é transcrita (ex.: folha de admi-
nistração de enfermagem), essa transcrição coincide com a prescrição original.
2. A
Unidade dispõe e aplica um procedimento para a correta preparação de medicamentos que
inclui, entre outros, local de preparação, limpeza de superfícies, preparação da medicação,
dupla verificação, condições de assepsia, etc.
3. As seringas, frascos ou bolsas, nos quais são adicionados medicamentos, são devidamente
rotulados pela Unidade, identificando-se pelo menos o nome da substância ativa adicionada,
dose, via de administração e dois identificadores válidos do doente a quem o medicamento é
administrado.
4. A
s seringas orais são usadas para preparar e administrar medicamentos por via oral ou por
sonda nasogástrica, a fim de impedir a possibilidade de conexão com cateteres intravenosos
e evitar o risco de administração por via errada.
5. O
s profissionais da Unidade antes de administrarem qualquer medicamento consultam o plano
terapêutico prescrito, verificando o nome do medicamento, a dose, a via de administração,
o nome do doente e alergias. O doente é informado sobre a medicação que está a receber
e é registada em processo clínico a sua administração ou o motivo da não administração.
BLOCO 3: SEGURANÇA
58 CRITÉRIO 5: SEGURANÇA DO DOENTE
A Unidade incorpora outras boas práticas para prevenir incidentes
de segurança.
Grupo: I
Código: S 5 05.11_02
Elementos avaliáveis:
1. A Unidade, de acordo com a sua carteira de serviços, seleciona anualmente, pelo menos, uma
boa prática a implementar para prevenir incidentes de segurança do doente (ex.: práticas
seguras relacionadas com a cirurgia e anestesia, comunicação entre profissionais nos momen-
tos de transição de cuidados, uso seguro de radiações ionizantes, segurança transfusional,
risco nutricional, etc.).
2. O
s profissionais da Unidade conhecem e aplicam as recomendações relativas às boas
práticas implementadas.
3. A
Unidade estabelece os indicadores destinados a avaliar o grau de cumprimento das
práticas implementadas e faz a sua monitorização no painel de controlo.
Grupo: II
Código: S 5 05.12_01
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade cumpre os objetivos propostos nos indicadores de segurança do doente esta-
belecidos com a instituição (contratualização) e outros monitorizados pela Unidade para
verificar a implementação de boas práticas.
BLOCO 3: SEGURANÇA
59 CRITÉRIO 5: SEGURANÇA DO DOENTE
A Unidade promove o envolvimento dos doentes e comunidade na
prevenção dos riscos associados aos seus processos assistenciais.
Grupo: III
Código: S 5 05.13_00
Propósito: Reduzir os riscos associados aos cuidados de saúde, envolvendo doentes e comu-
nidade na sua própria segurança através do desenvolvimento de atividades formativas e de
sensibilização.
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade possui e disponibiliza materiais informativos aos doentes, familiares e cuidado-
res sobre como pode ajudar a prevenir os riscos associados ao seu processo assistencial
(ex.: cartazes, brochuras, folhetos, QR code, etc.).
2. A Unidade disponibiliza aos doentes um canal de comunicação para que estes possam informar
situações não conformes, elogios e sugestões de melhoria durante o seu processo assistencial
e depois analisa-os, incorporando ações de melhoria, se necessário.
BLOCO 3: SEGURANÇA
60 CRITÉRIO 5: SEGURANÇA DO DOENTE
CRITÉRIO 6: SUPORTE
OBJETIVO DO CRITÉRIO
Outros aspetos que a Unidade deve contemplar para contribuir com uma prestação de servi-
ços de qualidade num espaço físico seguro são: o controlo de materiais e resíduos perigosos,
a evacuação segura de doentes e profissionais da Unidade em caso de emergência e a iden-
tificação de riscos laborais.
•E
stabelecer canais de comunicação eficazes com os serviços de manutenção da instituição
para conhecer o estado das condições de manutenção e segurança das instalações que
utiliza e, se necessário, poder adotar medidas para garantir um ambiente físico seguro.
•G
erir de forma eficaz e segura os equipamentos médicos utilizados, estabelecendo canais
de comunicação e colaboração com o serviço de electromedicina da instituição.
•P
lanear a formação dos profissionais antes da incorporação de novos equipamentos, a fim
de evitar erros na utilização dos mesmos que possam gerar riscos na segurança do doente.
•M
anter um ambiente físico saudável, confortável e seguro, garantindo o bem-estar dos
seus profissionais em colaboração com o serviço de saúde ocupacional da instituição.
•C
onhecer o seu grau de responsabilidade relativamente aos planos de autoproteção e
proteção contra incêndio, segurança, materiais perigosos e emergências, facilitando uma
resposta planeada e eficaz a incidentes nestas áreas.
•M
elhorar a gestão dos resíduos hospitalares, garantindo assim a proteção do ambiente e
da saúde dos profissionais, doentes e familiares.
•G
arantir a disponibilidade de toda a informação gerada durante o processo assistencial ao
doente face à falha dos sistemas de informação e proteger a confidencialidade da mesma.
BLOCO 3: SEGURANÇA
61 CRITÉRIO 6: SUPORTE
A Unidade conhece as condições de manutenção e segurança das
instalações que utiliza para desenvolver a sua atividade assistencial.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 06.01_02
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade dispõe de informação atualizada sobre as condições de manutenção e seguran-
ça das instalações necessárias ao normal desenvolvimento da sua atividade assistencial.
Nesse sentido, é necessário:
1.2 A
cordar com os serviços de suporte que informações serão fornecidas e como serão
fornecidas (ex.: reuniões informativas, planos e relatórios detalhados, etc.) e com que
periodicidade.
1.3 A
cordar e adotar as medidas adequadas caso os serviços de suporte apontem a exis-
tência de ocorrências que alteram a funcionalidade ou a segurança das instalações,
de forma a minimizar o seu impacto.
2. O
s profissionais da Unidade conhecem e utilizam um sistema de comunicação de ocorrências
relativas ao funcionamento, manutenção ou segurança das instalações. As ocorrências
relatadas são rastreáveis (ex.: pendentes, em andamento, concluídas, etc.).
3. A
s viaturas de transporte utilizadas para cuidados de saúde cumprem as normas legais em
vigor quanto à sua circulação, características técnicas e equipamentos, sendo o seu correto
estado garantido através de revisões periódicas. Além disso, é disponibilizado e aplicado um
procedimento de limpeza das viaturas e do seu conteúdo, sendo arquivados os respetivos
registos.
BLOCO 3: SEGURANÇA
62 CRITÉRIO 6: SUPORTE
A Unidade garante o uso seguro do equipamento de electromedicina
utilizado pelos seus profissionais.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 06.02_03
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade possui um responsável pela gestão dos equipamentos de electromedicina, com
funções definidas quanto ao controlo, utilização e operacionalidade. O responsável conhece
o estado de manutenção preventiva dos equipamentos.
2. A
Unidade articula-se com os serviços de electromedicina para a operacionalização da
manutenção preventiva e corretiva.
3. O
s profissionais da Unidade que utilizam equipamentos de electromedicina têm formação,
se necessário, sobre o seu uso e riscos.
4. O
s profissionais da Unidade verificam regularmente o estado de conservação dos equipa-
mentos de electromedicina.
5. E
m caso de utilização de equipamentos de electromedicina que pertençam a outra unidade
ou sejam de uso partilhado, existe uma coordenação entre os responsáveis de ambas as
unidades pelo controlo dos respetivos equipamentos, de modo a conhecer o seu estado
de manutenção.
6. O
s profissionais da Unidade comunicam as ocorrências relacionadas com o funcionamento,
manutenção ou segurança dos equipamentos de electromedicina através do mecanismo
estabelecido, sendo efetuado o seguimento das mesmas.
BLOCO 3: SEGURANÇA
63 CRITÉRIO 6: SUPORTE
A Unidade garante a acessibilidade física à pessoa e familiar.
Grupo: I
Código: S 5 06.03_01
Propósito: Dispor de uma sinalética interna e externa clara e inequívoca da localização da Uni-
dade, que permite à pessoa poder facilmente aceder aos seus serviços. Eliminar as barreiras
arquitetónicas e físicas que podem impedir as pessoas com mobilidade reduzida de aceder à
Unidade.
Elementos avaliáveis:
Grupo: I
Código: S 5 06.04_01
Elementos avaliáveis:
2. O stock e o estado do armazém da Unidade são controlados para evitar ruturas de stock, ga-
rantindo que o material necessário está disponível e em condições adequadas para ser usado.
BLOCO 3: SEGURANÇA
64 CRITÉRIO 6: SUPORTE
A Unidade conhece os critérios de qualidade dos serviços de suporte
ao desenvolvimento da sua atividade e comunica os desvios detetados.
Grupo: II
Código: S 5 06.05_02
Propósito: Conhecer (ou definir, se for o caso) os critérios de qualidade exigidos aos serviços
de suporte que dão apoio à sua atividade. Dispor de ferramentas que permitam a comunica-
ção e registo dos desvios detetados face aos critérios definidos, com o objetivo de promover a
implementação de medidas de melhoria destinadas a otimizar o desempenho desses serviços.
Elementos avaliáveis:
1. A Unidade tem identificados os serviços que dão suporte ao desenvolvimento da sua ativi-
dade (ex.: hotelaria, limpeza, manutenção, rouparia, etc.) e conhece as condições em que os
serviços devem ser prestados (critérios de qualidade) e o que deles se espera. Os critérios de
qualidade podem ser definidos pela instituição ou pela Unidade.
2. Os profissionais da Unidade, de acordo com o seu grau de responsabilidade, têm disponíveis
para consulta os critérios de qualidade dos serviços de suporte e conhecem e utilizam os
mecanismos de comunicação para registar os desvios detetados.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 06.06_02
Propósito: Conhecer os riscos que podem afetar os profissionais da Unidade, incluindo aqueles
que são motivados pelas condições de segurança no trabalho, pelas condições ambientais e
pelas condições ergonómicas e psicossociais.
Elementos avaliáveis:
1. E
xiste um sistema de comunicação entre os responsáveis da Unidade e o serviço de saú-
de ocupacional para conhecer as situações de risco mediante a avaliação dos riscos, as
medidas necessárias para eliminar ou diminuir esses riscos e a planificação das medidas
(plano de prevenção de riscos laborais).
2. O
s profissionais da Unidade conhecem os riscos identificados na avaliação de riscos e as
medidas preventivas a adotar.
3. O
s responsáveis da Unidade asseguram que todos os seus profissionais recebem a forma-
ção necessária em relação aos riscos inerentes à sua atividade e posto de trabalho ou aos
acidentes mais frequentes.
BLOCO 3: SEGURANÇA
65 CRITÉRIO 6: SUPORTE
A Unidade participa na vigilância da saúde e segurança dos seus
profissionais.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 06.07_01
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade assegura os mecanismos necessários para garantir a vigilância da saúde dos
trabalhadores.
2. A
Unidade conhece os mecanismos estabelecidos para comunicar os acidentes de traba-
lho ocorridos (ex.: acidentes com corto-perfurante acidentais, contacto com substâncias
tóxicas, agressões, etc.).
3. A
Unidade estabelece canais de comunicação com os responsáveis pela saúde ocupacional,
no sentido de conhecer os acidentes, agressões e baixas ocorridos e suas causas, assim
como novas medidas preventivas a adotar.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 06.08_03
Propósito: Assegurar que estão estabelecidas e implementadas, nos termos da lei, as ações a
seguir em caso de situações de emergência que podem afetar as pessoas e os profissionais
da Unidade.
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade tem definidas as atuações necessárias para desencadear, de forma segura e
eficaz em caso de emergência, a evacuação dos doentes, familiares e profissionais – plano
de emergência (ex.: incêndio, explosão de depósitos a gás, inundações, terramotos, etc.).
2. O
s responsáveis da Unidade garantem que os profissionais recebem formação necessária
em relação às medidas de segurança em caso de emergência e realizam simulacros.
3. O
s equipamentos de proteção, a sinalética e as vias de evacuação encontram-se operacionais
e cumprem com a função de facilitar e tornar segura a evacuação da Unidade.
BLOCO 3: SEGURANÇA
66 CRITÉRIO 6: SUPORTE
A Unidade tem estabelecidos os procedimentos necessários para a correta
gestão dos resíduos gerados e para atuar em situações de derrame
ou descarga de produtos tóxicos.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 06.09_01
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade possui e aplica corretamente um procedimento de gestão de resíduos, que tem
estabelecidas as responsabilidades e ações a desenvolver para uma gestão segura dos
resíduos que produz.
2. N
a Unidade existem cartazes relativos à gestão adequada dos resíduos produzidos.
3. A
Unidade possui e aplica corretamente um procedimento que define as ações a seguir
em caso de possíveis derramamentos ou descargas de produtos tóxicos (ex.: citostáticos,
líquidos inflamáveis, ácidos, etc.).
Grupo: II
Código: S 5 06.10_00
Propósito: Conhecer e controlar a gestão que a própria Unidade faz dos resíduos que gera,
propondo medidas destinadas a reduzir a sua produção e identificando o impacto associado
à sua perigosidade.
Elementos avaliáveis:
1. A Unidade recebe periodicamente informações sobre os resíduos gerados por tipo de resíduo.
3. A
Unidade realiza auditorias periódicas de separação de resíduos, propondo medidas que
reduzem as más práticas observadas.
BLOCO 3: SEGURANÇA
67 CRITÉRIO 6: SUPORTE
A Unidade implementa procedimentos para o controlo dos principais
impactos ambientais de acordo com a política ambiental.
Grupo: III
Código: S 5 06.11_02
Elementos avaliáveis:
1. A Unidade conhece e participa nos procedimentos, políticas e normativos que lhe são apli-
cáveis em matéria de gestão ambiental, gerindo os registos e documentos que lhe compete.
Grupo: II
Código: S 5 06.12_02
Elementos avaliáveis:
1. A Unidade analisa o estado dos seus espaços, instalações e equipamentos e identifica as suas
necessidades de adequação a novos cenários tecnológicos e legais.
2. A
Unidade possui ferramentas que lhe permite comunicar as suas necessidades, funda-
mentando com estudos a adequação ou aquisição solicitada sob o ponto de vista técnico
e de resultados.
BLOCO 3: SEGURANÇA
68 CRITÉRIO 6: SUPORTE
A Unidade tem definida a forma de atuar em caso de queda dos seus
sistemas de informação.
Grupo: I
Código: S 5 06.13_02
Elementos avaliáveis:
1. A Unidade dispõe e aplica um plano de contingência, que define o modo de atuar e as respon-
sabilidades perante a queda dos seus sistemas de informação.
2. A Unidade dispõe de mecanismos (ex.: formulários em papel, etc.) para utilizar em caso de queda
dos seus sistemas de informação (ex.: pedidos médicos, pedidos de laboratório, radiologia, etc.).
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 06.14_03
Propósito: Estabelecer os mecanismos necessários para que a Unidade se adeque aos princí-
pios estabelecidos sobre proteção de dados pessoais, garantindo e protegendo a conservação,
integridade e confidencialidade dos dados das pessoas.
Elementos avaliáveis:
1. O
s profissionais da Unidade recebem formação sobre boas práticas no manuseamento da
informação e medidas de segurança relativas à proteção de dados de carácter pessoal.
2. O
s profissionais da Unidade dispõem de um mecanismo conhecido para comunicar possíveis
infrações à regulamentação da proteção de dados ou falhas de segurança que afetem o
tratamento de dados pessoais (ex.: fishing, arquivos com caracteres incomuns, receção
de e-mails com anexos suspeitos, comportamento estranho de dispositivos, incapacidade
de acesso a determinados serviços, perda ou roubo de dispositivos de armazenamento ou
equipamentos com informação, etc.).
BLOCO 3: SEGURANÇA
69 CRITÉRIO 6: SUPORTE
Anexo I
Unidades de Diagnóstico Laboratorial
ANEXO I. UNIDADES DE DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Neste Anexo I foi incluída uma série de standards relacionados com os laboratórios clínicos
que complementa os standards do Manual de Unidades de Gestão Clínica.
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Este anexo é aplicado nas unidades que incluem na sua carteira de serviços uma área de
laboratório clínico para dar apoio ao diagnóstico. Alguns exemplos:
Ficam excluídos do âmbito deste Manual e Anexo I os laboratórios clínicos que dispõem de
um manual de standards específico.
DISTRIBUIÇÃO DE STANDARDS
Para as Unidades que incluem na sua carteira de serviços um Laboratório Clínico, a distribui-
ção dos standards será a do Manual de Standards de Unidades de Gestão Clínica acrescida
dos standards incluídos neste anexo.
Em termos práticos, a Unidade (incluindo o seu Laboratório Clínico) deve efetuar a sua fase
de autoavaliação refletindo sobre 76 standards deste Manual. Simultaneamente, o Labora-
tório Clínico deverá refletir sobre os 12 standards incluídos neste anexo.
Após realizada a avaliação sobre a totalidade dos standards e em função do seu grau de
cumprimento, mantêm-se os mesmos resultados que os incluídos no Manual de Unidades
de Gestão Clínica (Bom, Ótimo, Excelente), aplicando-se as mesmas percentagens de cum-
primento dos standards.
6 4 5 2 9 7 3 1 10 4 2 2
1 1 2 1 1 3 4 2 9 4 4 1
Grupo: I
Código: S 5 03.18_02
Propósito: Fornecer aos profissionais e doentes informações sobre os tempos de resposta dos
exames que o laboratório realiza.
Elementos avaliáveis:
1. O laboratório dispõe de uma carteira de serviços que inclui informação sobre os seus tempos
de resposta.
2. O laboratório estabelece canais de comunicação para divulgação dos tempos de resposta aos
profissionais e doentes.
Grupo: I
Código: S 5 03.19_02
Elementos avaliáveis:
2. O laboratório tem definidos perfis para os profissionais que prescrevem exames laboratoriais.
Grupo: II
Código: S 5 03.20_02
Elementos avaliáveis:
2. O laboratório implementa melhorias em caso de desvios nos resultados obtidos nas referidas
avaliações.
3. O
laboratório comunica, periodicamente aos profissionais que prescrevem, os resultados
obtidos e as áreas de melhoria identificadas.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 05.14_02
Elementos avaliáveis:
1. O
laboratório possui e aplica um procedimento para garantir a correspondência entre o
pedido e as amostras biológicas recebidas.
2. O
laboratório dispõe de um registo das ocorrências verificadas entre o formulário de
requisição e as amostras biológicas recebidas.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 05.15_02
Elementos avaliáveis:
1. O
laboratório define os critérios de validação técnica dos resultados, incluindo critérios
de validação automática de resultados e validação de testes de emergência.
2. O
laboratório define o tipo de acesso e distribuição dos resultados aos profissionais que
prescrevem.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 05.16_02
Elementos avaliáveis:
1. O
laboratório define os parâmetros considerados de alarme (críticos) de acordo com a sua
carteira de serviços.
3. O
laboratório mantém um registo da comunicação realizada e do interlocutor.
Grupo: I
Código: S 5 05.17_02
Elementos avaliáveis:
2. O
laboratório regista as ocorrências relacionadas com o controlo da qualidade interno e
externo e as ações corretivas realizadas.
3. O laboratório analisa os resultados do controlo da qualidade que não estejam de acordo com
os valores esperados.
Grupo: III
Código: S 5 05.18_00
Propósito: Garantir que o relatório laboratorial contém os resultados dos exames laboratoriais
realizadas ao doente, os dados de identificação do pedido e do laboratório, assim como qual-
quer outro tipo de informação que complemente ou facilite a interpretação dos resultados.
Elementos avaliáveis:
2. O laboratório realiza auditorias, pelo menos anualmente, aos relatórios de resultados com
base nos indicadores da qualidade definidos e estabelece áreas de melhoria.
3. O laboratório divulga aos seus profissionais os resultados obtidos nas auditorias realizadas.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 06.15_02
Propósito: Conhecer e controlar todas as variáveis que podem afetar a logística das amostras
desde a sua colheita, garantindo que são dadas as melhores condições para a sua conserva-
ção, monitorização, transporte, armazenamento temporário e manuseio em todos os pontos
do processo, controlando tanto os aspetos humanos como técnicos desta gestão.
Elementos avaliáveis:
1. O
laboratório possui e aplica um procedimento, de acordo com a regulamentação em vigor,
para o processo logístico de amostras, tanto intra-hospitalar como com centros externos,
que inclui o transporte, registos de percurso, controlo de tempo, controlo de temperatura,
manipulação e conservação.
2. O
laboratório analisa os registos associados ao transporte de amostras (folhas de percurso,
temperaturas, tempos) e, caso constate alguma ocorrência, verifica as ações realizadas.
Grupo: II
Código: S 5 06.16_02
Elementos avaliáveis:
1. O
laboratório possui uma carteira de serviços de testes externalizados e dos respetivos
laboratórios e tempos de resposta.
2. O
laboratório tem definidas as regras de envio de amostras e receção de resultados de
laboratórios externos, existindo um responsável por esta atividade.
3. O
laboratório realiza avaliações periódicas do serviço prestado por laboratórios externos
(ex.: transporte de amostras, entrega de resultados, tempos de resposta, etc.) e identifica
eventuais melhorias.
Grupo: I
Código: S 5 06.17_02
Elementos avaliáveis:
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 06.18_00
Propósito: Num cenário de integração progressiva dos sistemas de informação com o processo
clínico eletrónico, permitir que os laboratórios controlem o processo analítico desde a receção
do pedido eletrónico até à entrega dos resultados, através de uma ferramenta de controlo de
mensagens entre os sistemas de informação e o processo clínico eletrónico.
Elementos avaliáveis:
1. O
laboratório dispõe de um procedimento de controlo para garantir que todos os exames
solicitados via eletrónica são atendidos e que todas as solicitações recebem a mensagem
final de fecho, de modo a evitar que as solicitações fiquem abertas ou sem resultado na
história clínica.
2. O
laboratório controla e resolve periodicamente os erros detetados pelos utilizadores
aquando do envio do pedido eletrónico (mesmo que não seja recebido pelo laboratório),
para não deixar os pedidos em fases intermédias do processo de pedido eletrónico.
3. O
s profissionais do laboratório conhecem e têm acesso à rastreabilidade do pedido de
exames no processo clínico eletrónico, com o objetivo de poderem consultar as fases pré
e pós-analítica do pedido eletrónico.
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
DISTRIBUIÇÃO DE STANDARDS
Após realizada a avaliação sobre a totalidade dos standards e em função do seu grau de
cumprimento, mantêm-se os mesmos resultados que os incluídos no Manual de Unidades de
Gestão Clínica (Bom, Ótimo, Excelente), aplicando-se as mesmas percentagens de cumprimento
dos standards.
6 4 5 2 10 8 3 1 9 3 3 2
1 1 2 1 1 3 4 2 9 4 3 1
Grupo: I
Código: S 5 03.21_02
Propósito: Fornecer aos profissionais prescritores e aos doentes informação sobre os tempos
de resposta, que lhes permite conhecer o tempo de acesso à técnica a ser realizada e o tempo
necessário para obter os resultados.
Elementos avaliáveis:
Grupo: I
Código: S 5 03.22_02
Elementos avaliáveis:
1. A Unidade dispõe de uma carteira de serviços de técnicas de imagem para cada nível assisten-
cial, que inclui informações para os profissionais prescritores em relação às características
e limitações do exame, preparação do doente, etc.
Grupo: II
Código: S 5 03.23_02
Elementos avaliáveis:
Grupo: I
Código: S 5 03.24_02
Elementos avaliáveis:
1. O
formulário de pedido de técnicas da Unidade deve conter informações suficientes para
identificar o doente e o profissional prescritor, bem como a técnica solicitada e os dados
clínicos pertinentes.
2. A
Unidade avalia, pelo menos anualmente, o grau de cumprimento do preenchimento do
formulário de pedido e comunica os resultados aos profissionais prescritores.
3. A Unidade identifica e implementa melhorias em caso de desvios nos resultados obtidos nas
referidas avaliações.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 03.25_02
Elementos avaliáveis:
1. O
relatório fornece informações claras e concisas sobre os resultados dos estudos realizados
num doente, incluindo uma conclusão e/ou recomendação final.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 05.19_02
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade define os parâmetros considerados de alarme (críticos) de acordo com a sua
carteira de serviços.
2. A
Unidade seleciona os mecanismos necessários para comunicar ao profissional prescritor
os resultados de um exame imagiológico quando estes estiverem dentro dos intervalos de
alarme estabelecidos, e os profissionais da Unidade conhecem-nos.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 05.20_00
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade regista os dados dosimétricos na história clínica de cada doente e incorpora-os
no relatório.
2. A
Unidade regista os radiofármacos administrados ao doente no seu processo clínico, incluindo
o tipo e as atividades dos radionuclídeos no momento da administração do radiofármaco, os
dados dosimétricos nos casos em que se julgue necessário, as administrações inadequadas
e os efeitos e reações adversos dos radiofármacos, caso ocorram.
Grupo: II
Código: S 5 05.21_00
Elementos avaliáveis:
Grupo: III
Código: S 5 05.22_02
Elementos avaliáveis:
1. A Unidade monitoriza e avalia os indicadores dos resultados finais do processo (ex.: correlação
radiopatológica, radioclínica, leituras duplas – revisão por pares –, percentagens de sucesso-
-falha nos tratamentos, etc.).
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 06.19_02
Propósito: Garantir um nível adequado de proteção às pessoas e ao meio ambiente sem limi-
tar as práticas benéficas de exposição à radiação ionizante, estabelecendo normas para a
localização e funcionamento dos equipamentos, adequação das áreas de risco, formação dos
profissionais, controlo dosimétrico permanente e proteção dos utilizadores.
Elementos avaliáveis:
1. O
Programa de Proteção Radiológica da Unidade está estruturado de forma a abranger todos
os pontos necessários ao seu cumprimento, com clara distribuição de responsabilidades e
funções dos diversos níveis envolvidos.
Grupo: I obrigatório
Código: S 5 06.20_02
Elementos avaliáveis:
1. A
Unidade implementa um Programa de Gestão da Qualidade e os profissionais conhecem-no.
Grupo: I
Código: S 5 06.21_02
Elementos avaliáveis:
ACESSIBILIDADE
Utilização adequada e em tempo útil dos serviços de saúde com a finalidade de alcançar melho-
res resultados em saúde. A acessibilidade aos serviços públicos de saúde é um princípio básico
de equidade. Garantir que qualquer pessoa recebe os cuidados de saúde de que necessita no
momento adequado e com garantia de qualidade assistencial e de bons resultados.
AMOSTRA
Uma ou mais partes retiradas de um sistema e destinadas a fornecer informações sobre ele,
geralmente como base para decisões sobre o sistema ou seus produtos.
ASSISTÊNCIA EM SAÚDE
Serviços de saúde prestados às pessoas ou comunidades com o objetivo de promover, manter,
vigiar ou restabelecer a saúde.
–B–
–C–
CARTEIRA DE SERVIÇOS
Conjunto de técnicas, tecnologias ou procedimentos, entendendo para o efeito cada um dos
métodos, atividades e recursos baseados no conhecimento e evidência científica, através dos
quais se tornam efetivas as prestações de cuidados de saúde.
COMPETÊNCIA PROFISSIONAL
Aptidão do profissional de saúde para integrar ou aplicar os conhecimentos, habilidades
(perícias) e atitudes associados às boas práticas da sua profissão e destinados a resolver os
problemas que lhe vão surgindo.
CONCILIAÇÃO DA MEDICAÇÃO
Processo formal que consiste em comparar a medicação habitual do doente com a medicação
prescrita após uma transição de cuidados (dentro do mesmo nível de cuidados ou para outros
níveis de cuidados), com a finalidade de analisar e solucionar as discrepâncias detetadas.
Tem como objetivo reduzir os erros de medicação em todos os cuidados de saúde, garantindo
que os doentes recebem os medicamentos necessários que estavam anteriormente a tomar,
na dose, via e frequência corretas, e que sejam adequados à sua situação e/ou a uma nova
prescrição realizada noutro ponto do sistema de saúde (ex.: hospital, urgências, consultas
externas, cuidados primários, etc.).
GLOSSÁRIO
89
CONFIDENCIALIDADE
Direito da pessoa na garantia da salvaguarda dos seus dados de saúde, do resguardo da sua
informação prestada e proteção contra a sua revelação não autorizada de acordo com a legis-
lação em vigor.
CONFLITO ÉTICO
Situação de tomada de decisão que implica uma escolha difícil entre duas alternativas
igualmente indesejáveis e em que não é claro qual é a correta.
CONSENTIMENTO INFORMADO
Concordância livre, voluntária e consciente de um doente, que é manifestada em pleno uso das
suas faculdades após lhe ter sido fornecida a informação adequada perante uma ação que
afeta a sua saúde. O consentimento informado é um processo de informação dirigido ao doente
ou pessoa utilizadora do sistema de saúde, expresso geralmente de forma oral, salvo situações
legalmente estabelecidas em que tem de ser prestado de forma escrita.
–D–
DOCUMENTAÇÃO CLÍNICA
Suporte de qualquer tipo ou classe que contém um conjunto de dados e informações de
carácter assistencial.
–E–
EFETIVIDADE
Resultado obtido quando um procedimento é aplicado sob condições habituais e reais na
instituição com os meios disponíveis.
EFICIÊNCIA
Grau com que os cuidados são prestados de forma correta, considerando o estado atual de
conhecimento para alcançar o(s) resultado(s) desejado(s) ou projetado(s) para a pessoa.
ENCAMINHAMENTO
Encaminhar um doente de um centro de saúde para outro ou de uma unidade de saúde para
outra a fim de continuar a sua avaliação e/ou tratamento no segundo.
EPISÓDIO
Conjunto de ações que se realizam desde o momento em que é feita a admissão do doente
até à sua saída ou alta. O conjunto de ações é identificado por um código único. Exemplo:
episódio de internamento, de consulta ou de urgência.
GLOSSÁRIO
90
ERRO
Falha em se realizar uma ação conforme pretendido ou a aplicação de um plano incorreto.
Um ato errado na prática clínica dos profissionais de saúde que pode contribuir para a ocor-
rência de um evento adverso.
ERRO DE MEDICAÇÃO
Aquele que é relacionado com as práticas profissionais, produtos, procedimentos ou sistemas,
que inclui falhas na prescrição, dispensa, distribuição, administração, preparação, rotulagem,
embalagem, comunicação, monitorização e/ou uso de medicamentos.
EVENTO ADVERSO
Incidente que causa um dano desnecessário ao doente em resultado dos cuidados de saúde
recebidos.
EVENTO SENTINELA
Acontecimento imprevisto que cause morte, dano físico ou psicológico grave ao doente e que,
não estando relacionado com a história natural da doença, requer uma avaliação para evitar
que aconteça novamente.
–F–
FASE PRÉ-ANALÍTICA
Conjunto de processos que começa a partir da prescrição do médico e que inclui a solicitação
de análises, preparação do doente, colheita da amostra primária e transporte até ao labora-
tório, terminando quando se inicia o procedimento analítico.
FASE ANALÍTICA
Conjunto de processos que inclui todas as manipulações da amostra destinadas à obtenção do
resultado.
FASE PÓS-ANALÍTICA
Conjunto de processos que seguem a análise, incluindo a revisão sistemática, preparação do
relatório laboratorial e interpretação, autorização para entrega e transmissão dos resultados,
bem como armazenamento das amostras de análise.
GLOSSÁRIO
91
–G–
GESTÃO CLÍNICA
Capacidade dos profissionais de saúde para gerir de forma eficiente e eficaz os recursos que utilizam
na sua prática clínica habitual. Determina um envolvimento efetivo dos profissionais nos objetivos
da instituição de saúde e está relacionada com uma maior capacidade de decisão e autonomia.
–H–
–I–
IDENTIFICADORES INEQUÍVOCOS
Aqueles que pertencem somente a um doente e que não podem ser compartilhados por outras
pessoas (ex.: nome e sobrenome, data de nascimento e número de processo clínico exclusivo). Não
são considerados dados inequívocos: diagnóstico, número da cama, unidade de internamento,
data ou episódio de internamento e nacionalidade.
INDICADOR DA QUALIDADE
Medida quantitativa que pode ser usada como guia para controlar e avaliar a qualidade das
atividades. Um indicador expressa a informação como um sucesso ou um rácio (índice) de su-
cessos. Esta medida quantitativa serve para monitorizar a qualidade de aspetos importantes
na prestação de cuidados de saúde. Um indicador não é uma medida direta da qualidade. O
indicador alerta para quando se produz uma falha no valor habitual das atividades que afetam
os componentes da qualidade.
INFORMAÇÃO CLÍNICA
Qualquer dado, independentemente da forma, classe ou tipo utilizado, que permite adquirir
ou ampliar conhecimentos sobre o estado físico e a saúde de uma pessoa, ou a maneira de os
preservar, cuidar, melhorar ou recuperar.
GLOSSÁRIO
92
INFORMAÇÃO DE DIAGNÓSTICO IMAGIOLÓGICO
Documento destinado a comunicar os resultados de um estudo imagiológico que, de acordo com
as recomendações do American College of Radiologists, deve incluir dados demográficos (nome
do doente, médico prescritor, tipo de estudo, data de conclusão, etc.), dados clínicos relevantes,
corpo do laudo (descrição da técnica realizada e do material utilizado, achados, etc.) e, por fim, uma
conclusão ou diagnóstico, com clara identificação do radiologista responsável pelo referido estudo.
INFORMAÇÃO LABORATORIAL
Documento que contém os resultados dos exames realizados a uma ou várias amostras de um
doente, com os dados de identificação do pedido e do laboratório, além de qualquer outro tipo de
informação que complemente ou possa facilitar a interpretação dos resultados. O relatório pode
ser preliminar (informações clínicas sobre um procedimento ainda não concluído) ou definitivo
(informações sobre os resultados dos procedimentos analíticos realizados).
INTERCONSULTA
Ato de encaminhar um doente para outro profissional de saúde, independentemente de poder
ser ou não na mesma unidade de saúde, para lhe serem prestados cuidados complementares,
tanto para o seu diagnóstico como para o seu tratamento ou reabilitação.
INTIMIDADE
Direito que a pessoa tem de preservar a zona espiritual, física e reservada da sua vida pessoal
ou familiar. A intimidade compreende a sua personalidade, os seus valores morais e religiosos,
as suas orientações ideológicas, sexuais, etc.
–L–
LABORATÓRIOS CLÍNICOS
Todos os centros ou estabelecimentos de saúde, qualquer que seja a sua designação, que
efetuem determinações químicas, bioquímicas, hematológicas, imunológicas, microbiológicas,
parasitológicas, anatomopatológicas ou outras aplicadas a espécimes de origem humana, des-
tinadas a diagnóstico, evolução e tratamento.
–M–
MAPA DE RISCOS
Instrumento informativo e dinâmico que permite conhecer os fatores de risco e possíveis danos
num ambiente de trabalho (doentes, profissionais, procedimentos, práticas e hábitos que pode-
rão estar relacionados a uma maior probabilidade de ocorrência de um evento adverso dentro
de uma instituição, unidade ou serviço clínico).
MISSÃO
Descrição da razão de ser de uma entidade ou instituição.
GLOSSÁRIO
93
–P–
PAINEL DE AVALIAÇÃO
Ferramenta que permite conhecer, num determinado momento, como se encontra a funcionar
a unidade. Este painel está configurado por indicadores-chave e a informação que proporciona
deve estar atualizada para permitir a tomada de decisões.
POSTO DE TRABALHO
Espaço físico/lugar onde um profissional ou vários profissionais desempenha(m) determinadas
atividades ao longo do período de exercício da sua atividade.
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Previne a aquisição da doença (vacinação contra tétano, eliminação e controlo de riscos
ambientais, educação em saúde, etc.). Previne doenças ou danos em pessoas.
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
Destina-se a detetar a doença em estádios iniciais face aos quais o estabelecimento de medidas
apropriadas pode impedir a sua progressão.
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
Inclui as medidas destinadas ao tratamento e reabilitação de uma doença para retardar a sua
progressão e, com isso, o surgimento ou agravamento de complicações e a tentativa de melhorar
a qualidade de vida dos doentes.
PRIVACIDADE
Direito de a pessoa salvaguardar a sua intimidade, incluindo no que se refere a dados que lhe
digam respeito.
PROCEDIMENTO
Forma específica de realizar uma atividade ou processo.
PROCEDIMENTO DE TRABALHO
Documentos escritos que descrevem a sequência específica das atividades e métodos desen-
volvidos na instituição de saúde/centro hospitalar com uma determinada finalidade e que
proporcionam a maneira única através da qual se deverá efetuar as atividades repetitivas
na instituição.
PROCESSO ASSISTENCIAL
Conjunto de atividades dos fornecedores da prestação de cuidados de saúde (estratégias
preventivas, provas diagnósticas e atividades terapêuticas) destinado a aumentar o nível
de saúde e o grau de satisfação da população que recebe os serviços, entendidos estes num
sentido amplo (aspetos organizativos, assistenciais, etc.).
GLOSSÁRIO
94
PROCESSO DE SUPORTE
Processos que geram recursos de que os processos assistenciais necessitam.
PRODUÇÃO CIENTÍFICA
Resultado da investigação efetuada na instituição sob qualquer forma, apesar de ser geralmente
recolhida por meio de suportes escritos. Nessa produção, o investigador, grupo de investigação,
departamento, serviço ou instituição divulga o desenvolvimento da pesquisa que se encontra a
efetuar e que contribua para o crescimento e evolução das ciências da saúde.
PROMOÇÃO DA SAÚDE
Processo que permite que as pessoas aumentem o controlo sobre a sua saúde para a melhorar.
Engloba não só ações dirigidas diretamente para o aumento da capacitação das pessoas, mas
também aquelas destinadas à modificação das condições sociais, ambientais e económicas que
têm impacto nos determinantes da saúde.
PROTOCOLO
Documento com conteúdo e finalidade no âmbito técnico-científico. Alguns exemplos de protoco-
los: protocolo de manuseio da dor torácica aguda, protocolo de prevenção de úlcera por pressão,
protocolo de atendimento a traumas graves, etc.
–Q–
QUALIDADE TÉCNICO-CIENTÍFICA
Competência do profissional para utilizar, de forma adequada, os mais avançados conhe-
cimentos e recursos à sua disposição para proporcionar saúde e satisfação na população
atendida.
–R–
RISCO
Probabilidade de que ocorra um incidente de segurança no decurso da assistência.
–S–
SATISFAÇÃO
Grau em que os cuidados de saúde prestados atendem às expectativas dos doentes.
SEGURANÇA
Processo através do qual uma instituição presta cuidados seguros aos doentes. Este tem de
incluir a gestão do risco, notificação e análise de incidentes, capacidade de aprender com os
mesmos e implementação de soluções para minimizar o risco da sua recorrência. Também se
considera a ausência de lesões acidentais atribuíveis aos processos de prestação de cuidados
de saúde. A segurança emerge da interação dos componentes do sistema, não reside numa
pessoa, dispositivo ou departamento.
GLOSSÁRIO
95
SISTEMA DE GOVERNAÇÃO CLÍNICA
Sistema para melhorar o funcionamento das unidades clínicas, orientado para a participação
real dos profissionais nas decisões clínicas, em projetos transparentes, mensuráveis e avaliáveis,
onde prevalecem os critérios orientados para as pessoas (doentes e profissionais), os resultados
clínicos/de saúde e a eficiência na gestão de recursos dependentes de decisões clínicas.
SISTEMA DE NOTIFICAÇÃO
Ferramenta que permite a recolha de dados sobre incidentes e eventos adversos, a partir dos
quais a segurança do doente pode ser melhorada. O seu objetivo é recolher informações que
permitam identificar áreas ou elementos vulneráveis do sistema, aprender com as experiências
e introduzir alterações para evitar que incidentes e eventos adversos aconteçam novamente.
–T–
TEMPO DE RESPOSTA
Período de tempo que vai desde a deteção da necessidade de cuidados de saúde até ao início
da prestação dos mesmos.
TRANSFERÊNCIA DE DOENTES
Do ponto de vista organizacional, trata-se da mudança de localização física da pessoa, quer seja
temporária ou até à resolução do seu atendimento.
–U–
–V–
VALORES
Elementos que configuram a conduta básica das pessoas que fazem parte da instituição/serviço
e o que se espera delas.
GLOSSÁRIO
96
8. Comissão Técnica
8. COMISSÃO TÉCNICA
Alda Maria Paulino da Costa Martinho
Administradora Hospitalar
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E.
Ana Azevedo
Assistente Hospitalar
Centro de Epidemiologia Hospitalar, Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ)
Elsa Guimarães
Gestora da Qualidade
Unidade da Qualidade e Segurança do Doente, Centro de Epidemiologia Hospitalar, CHUSJ
98
Maria Gorete de Freitas Lopes
Auditora Interna do Modelo de Certificação do Ministério da Saúde de Portugal
Paula Luís
Gestora da Qualidade
Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, E.P.E.
Raquel Cadilhe
Técnica Superior
Serviço de Certificação, Centro de Epidemiologia Hospitalar, CHUSJ
99
ME 5 1_08
FEVEREIRO 2023