Lcurso 135597 Aula 09 v1c1
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Sumário
Processo Legislativo........................................................................................................................................... 3
1 – Introdução................................................................................................................................................. 3
4 – Procedimentos Legislativos...................................................................................................................... 6
Gabarito ............................................................................................................................................................ 83
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PROCESSO LEGISLATIVO
1 – Introdução
A função de legislar é uma das funções típicas do Poder Legislativo; é por meio dela, afinal, que são
produzidos os atos normativos primários, assim chamados porque extraem seu fundamento de validade
diretamente do texto constitucional. Os atos normativos primários (leis ordinárias, leis complementares,
dentre outros) são elaborados a partir de uma sistemática própria, prevista na Constituição e nos Regimentos
Internos de cada uma das Casas Legislativas. A essa sistemática dá-se o nome de processo legislativo.
Segundo o Prof. Alexandre de Moraes, o processo legislativo pode ser compreendido em duplo sentido:
jurídico e sociológico. Do ponto de vista jurídico, é o conjunto de disposições que regula o procedimento a
ser observado pelos órgãos responsáveis pela produção das espécies normativas primárias; do ponto de vista
sociológico, são os fatores reais de poder que impulsionam a atividade legiferante.1
Para Marcelo Cattoni, o processo legislativo é o núcleo central do regime constitucional no Estado
democrático de direito. É ele que permite a construção do Direito, que é um elemento essencial de
integração da sociedade pluralista em que vivemos. Nesse contexto, para que o processo legislativo seja
constitucionalmente legítimo, ele deve ser compreendido como um fluxo comunicativo entre a sociedade
e o legislador. Deve-se garantir, no processo de produção das normas, a participação dos que por elas serão
afetados, em respeito mesmo ao princípio constitucional do contraditório.2
O processo legislativo, embora seja considerado o núcleo central do regime constitucional, não é uma
cláusula pétrea da Constituição. Assim, suas regras podem, sim, ser alteradas por meio de emenda
constitucional. Ressalte-se, inclusive, que o regime jurídico das medidas provisórias já foi alterado por
emenda constitucional.
É possível falar da existência de um “processo legislativo regimental”, com regras bem detalhadas e
específicas de cada Casa Legislativa, previstas nos respectivos Regimentos Internos. O estudo do processo
legislativo regimental é tarefa extremamente árdua e complexa, que não é objeto dessa aula.
O foco de nossa atenção está no chamado processo legislativo constitucional, que consiste no conjunto
coordenado de disposições constitucionais cuja finalidade é a elaboração dos atos normativos primários
relacionados no art. 59, CF/88.
1 MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, 9ª edição. São Paulo Editora Atlas:
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I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Existem algumas espécies normativas que, apesar de serem primárias, estão fora do escopo do processo
legislativo. É o caso dos decretos autônomos e dos regimentos dos tribunais, que são atos normativos
primários, mas que não são objeto do processo legislativo. Os atos normativos secundários, como os
decretos regulamentares, também não são objeto do processo legislativo.
Fazemos questão de mencionar, nesse ponto, um dos princípios mais importantes do processo legislativo
constitucional: o princípio da não convalidação das nulidades. Dele, decorre o fato de que a sanção
presidencial não convalida o vicio de iniciativa, tampouco o vício de emenda. O devido processo legislativo
deve ser respeitado e os vícios que nele ocorrerem resultam em nulidade da norma, não podendo ser
convalidados por qualquer ato posterior.
Outro importante princípio do processo legislativo constitucional é o princípio da simetria. Esse princípio
impõe que as regras básicas do processo legislativo estabelecidas pela CF/88 são de observância obrigatória
nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios. Dessa forma, se o Presidente da República tem iniciativa
privativa de projeto de lei que trate do regime jurídico dos servidores públicos federais, por uma questão de
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simetria, projeto de lei que versa sobre regime jurídico dos servidores públicos estaduais é da iniciativa
privativa do Governador.
- Autocrático: caracteriza-se por ser expressão do próprio governante, que se atribui a competência
de editar leis, em detrimento da participação dos cidadãos, seja esta direta ou indireta.
- Direto: caracteriza-se por ser discutido e votado pelo próprio povo, diretamente.
- Semidireto: é aquele que exige concordância do eleitorado, por meio de referendo popular, para se
concretizar.
- Indireto ou representativo: é aquele em que o povo elege seus representantes, que recebem
poderes para decidir sobre assuntos de competência constitucional.
- Comum: destina-se à elaboração das leis ordinárias. Mais à frente, veremos que o processo
legislativo comum se subdivide em outros tipos, que não nos interessam ainda nesse momento.
- Especial: é aquele utilizado para a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis
delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos, resoluções e leis financeiras (lei de plano
plurianual, lei de diretrizes orçamentárias, leis orçamentárias anuais e abertura de créditos
adicionais).
(TRT 14a Região – 2014) O processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis
complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos presidenciais e resoluções.
Comentários:
Os decretos presidenciais não são objeto do “processo legislativo”. Questão errada.
O controle será repressivo quando incidir sobre a norma pronta e acabada, expurgando-a do ordenamento
jurídico por ser incompatível com a Constituição. O controle repressivo de constitucionalidade é feito por
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qualquer tribunal do País (diante de casos concretos) ou pelo STF (no controle abstrato da norma, ao apreciar
uma Ação Direta de Inconstitucionalidade ou uma Ação Declaratória de Constitucionalidade).
Por sua vez, o controle será preventivo quando incidir sobre norma que ainda não entrou em vigor, isto é,
que ainda não está pronta e acabada. O controle preventivo de constitucionalidade poderá ser realizado pelo
Poder Legislativo (quando, por exemplo, as Comissões da Câmara e do Senado apreciam a
constitucionalidade dos projetos de lei), pelo Poder Executivo (quando o Presidente veta um projeto de lei
por considerá-lo inconstitucional) ou mesmo pelo Poder Judiciário.
Todavia, também é possível o controle preventivo pelo Poder Judiciário. Esse controle não incidirá sobre a
norma, mas sobre o processo legislativo em si. Ele será viabilizado mediante a impetração de mandado de
segurança por congressista no STF. Há um direito líquido e certo do congressista sendo violado: o de ter o
devido processo legislativo respeitado.
Cabe destacar que não se admite o controle judicial do processo legislativo mediante ação direta de
inconstitucionalidade, pois o ajuizamento desta pressupõe uma norma pronta e acabada, já publicada e
inserida no ordenamento jurídico. O meio hábil para se fazer esse controle é o mandado de segurança, que
viabilizará o controle incidental pelo Poder Judiciário.
Somente podem impetrar mandado de segurança os congressistas da Casa Legislativa em que estiver
tramitando a proposta. Se o projeto de lei ou emenda constitucional estiver tramitando no Senado Federal,
apenas os Senadores poderão impetrar o mandado de segurança; caso o projeto esteja tramitando na
Câmara, os deputados federais estarão legitimados a fazê-lo. Em qualquer caso, o encerramento do
processo legislativo (aprovação e entrada em vigor da norma) retira do congressista a legitimidade para
continuar no feito, restando prejudicado o mandado de segurança.
A competência originária para apreciar o mandado de segurança que visa invalidar o processo legislativo é
do STF, órgão responsável por apreciar os atos emanados do Congresso Nacional, suas Casas e componentes.
4 – Procedimentos Legislativos
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O art. 103, CF/88 relaciona os legitimados a ajuizar Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) e Ação Declaratória de
Constitucionalidade (ADC).
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O procedimento legislativo comum é o destinado à elaboração de leis ordinárias. Ele se subdivide nos
seguintes tipos:
c) Procedimento legislativo abreviado: é o procedimento que se aplica a projetos de lei que, na forma
dos regimentos internos das Casas Legislativa, dispensam a discussão e votação em Plenário. Assim,
por meio desse procedimento legislativo, teremos projetos de lei aprovados diretamente pelas
Comissões, sem necessidade de irem a Plenário.
Conforme já afirmamos, o procedimento legislativo ordinário é o mais completo, no qual não há qualquer
imposição de prazos para encerramento das fases de discussão (deliberação) e votação. É, por isso, o
procedimento mais demorado, havendo a possibilidade de se aprofundar no exame do projeto de lei.
O processo legislativo ordinário apresenta três fases: i) fase introdutória; ii) fase constitutiva e iii) fase
complementar.
A fase introdutória compreende a iniciativa de lei. Diz respeito à apresentação do projeto de lei ao
Congresso Nacional.
A fase constitutiva, por sua vez, abrange: i) a deliberação sobre o projeto de lei; ii) a votação do projeto de
lei e; iii) a manifestação do Chefe do Executivo (sanção ou veto). Se for o caso, haverá, ainda, a apreciação
do veto presidencial pelo Poder Legislativo.
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O processo legislativo é instaurado por meio da apresentação de projeto de lei por um dos legitimados a
fazê-lo. A iniciativa da lei é, portanto, o primeiro passo do processo legislativo; em outras palavras, é o ato
que desencadeia (deflagra) o processo legislativo.
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao
Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao
Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição.
Como se vê, o rol de legitimados a apresentar projeto de lei é relativamente extenso, compreendendo
autoridades dos três Poderes da República. Percebe-se que a iniciativa de lei pode ser parlamentar (quando
o projeto é apresentado por membro ou Comissão das Casas Legislativas) ou extraparlamentar.
b) Ao Presidente da República;
e) Ao Procurador-Geral da República;
f) Aos cidadãos.
Esse rol de legitimados não é taxativo, pois não menciona o Tribunal de Contas da União e a Defensoria
Pública, que também podem apresentar projetos de lei sobre determinadas matérias.
É importante destacar que aquele que apresenta projeto de lei pode solicitar sua retirada. Entretanto, para
ter validade, o pedido necessitará do deferimento das Casas Legislativas, de acordo com as regras
regimentais.
A iniciativa pode ser classificada em 3 (três) tipos: privativa (exclusiva ou reservada), geral (comum ou
concorrente) e popular.
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É a que existe quando apenas determinados órgãos ou agentes políticos gozam do poder para propor leis
sobre uma matéria específica. É o caso da previsão constitucional de que cabe ao Supremo Tribunal Federal
propor lei complementar sobre o Estatuto da Magistratura (CF/88, art. 93). Outro exemplo é a previsão de
que compete ao Presidente da República a iniciativa de projeto de lei sobre regime jurídico dos servidores
públicos federais. É relevante enfatizar que não se admite delegação da iniciativa privativa atribuída pela
Constituição.
Devido ao princípio da separação de poderes, o Poder Legislativo não pode fixar prazo para que o detentor
da iniciativa reservada apresente projeto de lei sobre determinada matéria, ressalvados os casos em que o
prazo for definido pela própria Constituição. Com base no mesmo fundamento, também não cabe ao
Judiciário obrigar órgão ou autoridade de outro Poder a exercer tal iniciativa. Entretanto, devido à previsão
expressa da Constituição, pode o Poder Judiciário, por meio de mandado de injunção ou ação direta de
inconstitucionalidade por omissão, reconhecer a mora do detentor da iniciativa reservada e, em
consequência disso, declarar a inconstitucionalidade de sua inércia.
As matérias da iniciativa privativa do Presidente da República estão elencadas no art. 61, §1º, CF/88. As leis
que tratam das matérias relacionadas nesse dispositivo constitucional somente podem ser objeto de projeto
apresentado pelo Presidente da República, sob pena de nulidade.
Destaque-se que, em virtude do princípio da simetria, essas matérias, na órbita estadual e municipal, serão
da iniciativa privativa do Governador e Prefeito, respectivamente. Como exemplo, lei que versa sobre o
regime jurídico dos servidores públicos estaduais é de iniciativa privativa do Governador.
Segundo o STF, o art. 61, §1º, CF/88, é de observância obrigatória para os Estados-membros, que, ao
disciplinarem o processo legislativo ordinário em suas respectivas Constituições, não podem se afastar desse
modelo, sob pena de nulidade da lei4.
Além disso, tais matérias não podem ser exaustivamente tratadas na Constituição Estadual e na Lei Orgânica
de município ou do Distrito Federal, sob pena de invadir a iniciativa privativa do chefe do Executivo. Nesse
sentido, entende a Corte que “é inconstitucional a norma de Constituição do Estado-membro que disponha
sobre valor da remuneração de servidores policiais militares”.5 Considerou o STF que essa matéria deve ser
objeto de projeto de lei de iniciativa privativa do Governador e que, ao inseri-la na Constituição Estadual,
havia sido usurpada a competência do Chefe do Poder Executivo local. Há, portanto, flagrante
inconstitucionalidade formal (ou nomodinâmica).
4
STF, Pleno, ADIn no 11961-1/RO, 24.03.1995, ADIn no 1.197-9/RO, ADI 3176/AP, 30.06.2011.
5 STF, ADI 3.555, Rel. Min. Cezar Peluso, 08.05.2009.
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II - disponham sobre:
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,
estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.
1) O Presidente da República tem a iniciativa privativa de leis que disponham sobre matéria tributária
dos Territórios. Note que isso não se aplica a outros projetos sobre matéria tributária, cuja iniciativa
é geral (ou comum). Assim, uma lei tributária federal não precisa, necessariamente, ser proposta pelo
Presidente. Agora, se o projeto de lei disser respeito à matéria tributária dos Territórios, somente o
Presidente poderá apresentá-lo.
Ratificando esse entendimento, já decidiu o STF que “a Constituição de 1988 admite a iniciativa
parlamentar na instauração do processo legislativo em tema de direito tributário.”6
2) O Presidente da República tem a iniciativa privativa de projeto de lei que trata da organização do
Ministério Público e da Defensoria Pública da União. Além disso, ele também tem iniciativa privativa
de projeto de lei que versa sobre normas gerais de organização do Ministério Público e da Defensoria
Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
Cabe destacar que, por força do art. 128, §5º, CF/88, a lei de organização do Ministério Público da
União é da iniciativa concorrente do Presidente da República e do Procurador-Geral da República.
Por simetria, as leis de organização dos Ministérios Públicos Estaduais são de iniciativa concorrente
do Governador e do Procurador-Geral de Justiça.
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que versem sobre “servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de
cargos, estabilidade e aposentadoria”.
4) O Presidente da República tem iniciativa privativa das leis que disponham sobre a criação e
extinção de Ministérios e órgãos da Administração Pública. Dando uma interpretação extensiva a
esse dispositivo, a iniciativa da lei de criação e extinção de entidades da administração indireta
também seria de competência do Chefe do Poder Executivo.
Seguindo essa linha de pensamento, o STF considerou inconstitucional lei de iniciativa parlamentar
que disciplinava extinção de sociedade de economia mista.7
A Constituição Federal atribuiu, ainda, ao Presidente da República, a iniciativa privativa das leis
orçamentárias (plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias e lei orçamentária anual). Ressalte-se que a
doutrina aponta que as leis orçamentárias são situações em que a iniciativa é vinculada, uma vez que o
Presidente da República é obrigado a apresentar o projeto de lei, na forma e nos prazos previstos na
Constituição.8
Segundo o STF, a iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo nas leis orçamentárias impede que o Poder
Judiciário determine, ao Presidente da República, a inclusão, no texto do projeto de lei orçamentária anual,
de cláusula pertinente à fixação da despesa pública, com a consequente alocação de recursos financeiros
para satisfazer determinados encargos.9
A regra de iniciativa privativa do Poder Executivo para projetos de lei orçamentária é, segundo o STF,
obrigatória para os Estados e Municípios. Assim, nos Estados, a iniciativa privativa das leis orçamentárias é
do Governador; nos Municípios, é do Prefeito.10
Por último, é importante destacar que, à exceção das hipóteses de iniciativa vinculada (leis orçamentárias),
compete ao Chefe do Poder Executivo determinar a conveniência e a oportunidade de exercer a iniciativa
privativa de lei. Nesse sentido, não podem os outros Poderes obrigá-lo a exercer tal competência, sob pena
de ofensa ao princípio da separação de poderes.
Segundo o art. 96, II, compete ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de
Justiça propor ao respectivo Poder Legislativo:
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes
forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos
tribunais inferiores, onde houver;
7
ADI 2295/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 15/6/2016
8 MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional, Ed. Juspodium, Salvador: 2013, pp. 645.
9
STF, Pleno, MS no 22.185-2/RO, 04.04.1995
10 STF, Pleno, ADIn no 1.759-1/SC, 06.05.2001
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Ademais, o art. 96, I, “d”, dispõe que compete aos Tribunais em geral propor a criação de novas varas
judiciárias. Em outras palavras, os Tribunais têm a iniciativa privativa de projetos de lei que criem novas
varas judiciárias.
Os Tribunais de Justiça têm a iniciativa privativa das leis de organização judiciária do respectivo estado (art.
125, §1º). A regra, segundo o Supremo Tribunal Federal, decorre do princípio da independência e harmonia
entre os Poderes, aplicando-se tanto à legislatura ordinária quanto à constituinte estadual, em razão do que
prescreve a Constituição Federal, art. 96, II, “b” e “d”, CF/88. Os Tribunais de Justiça detêm, ainda, a iniciativa
privativa de leis que disponham sobre serventias judiciais e extrajudiciais.11
O STF, por sua vez, tem a iniciativa privativa para apresentar projeto de lei que disponha sobre o Estatuto
da Magistratura. Ressalte-se que o Estatuto da Magistratura deverá ser objeto de lei complementar. A
fixação dos subsídios dos Ministros do STF é igualmente estabelecida por lei ordinária, de iniciativa privativa
do Presidente da Corte Suprema.
Com a promulgação da EC nº 80/2014, a Defensoria Pública passou a ter iniciativa privativa para apresentar
projetos de lei sobre:
b) a criação e extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares, bem como a fixação
do subsídio de seus membros;
A Constituição Federal atribui ao Ministério Público independência e autonomia e, para garantir essas
prerrogativas, concedeu-lhe a iniciativa para deflagrar o processo legislativo. Nos termos do art. 127, § 2º,
o Ministério Público poderá propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção dos cargos da instituição e
de seus serviços auxiliares, com provimento obrigatório por concurso público de provas e de provas e títulos.
Com base no art. 128, § 5º, CF/88, o Procurador-Geral da República tem a iniciativa privativa de projeto de
lei complementar que estabeleça a organização, atribuições e o estatuto do Ministério Público da União.
Ainda com base no mesmo dispositivo, a iniciativa de lei complementar que estabeleça a organização,
atribuições e estatuto dos Ministérios Públicos dos Estados é dos respectivos Procuradores-Gerais de Justiça.
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Deve-se ressaltar que trata-se, nos dois casos, de iniciativa que não é exercida isoladamente pelos
Procuradores-Gerais; ao contrário, eles exercem tal iniciativa em conjunto com os Chefes do Poder Executivo
(art. 61, §1º, II, “d”). A doutrina considera que trata-se de hipótese de iniciativa concorrente entre os Chefes
dos Ministérios Públicos e os Chefes do Poder Executivo. Assim, temos que:
Hipótese diferente é acerca da lei ordinária que trata de normas gerais sobre organização do Ministérios
Públicos dos Estados, Distrito Federal e Territórios, cuja iniciativa privativa é do Presidente da República.
O Tribunal de Contas da União (TCU) tem a iniciativa privativa de lei que trata de sua organização
administrativa, criação de cargos e remuneração de seus servidores, bem como a fixação de subsídios dos
membros da Corte. Por simetria, os Tribunais de Contas dos Estados também tem a iniciativa privativa de
leis que tratam dessas matérias.
A organização dos Ministérios Públicos que atuam junto aos Tribunais de Contas também é objeto de lei
de iniciativa privativa das respectivas Cortes de Contas.
A criação e extinção de cargos públicos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal não depende de lei,
mas sim de resolução (art. 51, IV c/c art. 52, XIII). No entanto, a fixação da remuneração dos servidores da
Câmara dos Deputados e do Senado depende de lei de iniciativa de cada Casa Legislativa.
O art. 61, CF/88, relaciona os legitimados a apresentar projeto de lei. Dentre eles, podem apresentar projeto
de lei sobre qualquer matéria (excetuadas aquelas da competência privativa) o Presidente da República, os
deputados e senadores, as comissões da Câmara, do Senado e do Congresso Nacional e os cidadãos.
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§1º, II, “d”, c/c art. 128, § 5º, CF). Fique atento, pois pode ser cobrado das duas maneiras
em sua prova!
Os cidadãos, assim considerados aqueles que possuem capacidade eleitoral ativa (direito de votar), também
poderão apresentar projeto de lei. É a chamada iniciativa popular de leis, que é do tipo geral (ou comum),
sendo exercida pelos cidadãos nas condições estabelecidas pela Constituição. Em outras palavras, os
cidadãos podem apresentar projeto de lei sobre qualquer matéria, observadas as regras previstas no texto
constitucional. Trata-se de instrumento de exercício da soberania popular (consagrada no art. 14, III, CF/88),
típico de uma democracia semidireta.
A iniciativa popular é aplicável tanto a projetos de lei ordinária quanto a projetos de lei complementar; não
pode, todavia, ser utilizada para a apresentação de propostas de emendas constitucionais. Cabe destacar
que projetos de lei de iniciativa popular deverão ser apresentados à Câmara dos Deputados.
A iniciativa popular de leis editadas pela União exige a subscrição de, no mínimo, 1% (um por cento) do
eleitorado nacional, distribuído por, pelo menos, 5 (cinco) estados brasileiros, com não menos de 0,3% (três
décimos por cento) dos eleitores de cada um deles. Não são requisitos muito fáceis de serem cumpridos,
motivo pelo qual só há notícia de uma lei que foi editada com base em iniciativa popular: a Lei n o
11.124/2005, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Habitação.
Também existe iniciativa popular de leis estaduais e municipais. Nos estados e Distrito Federal, a Carta
Magna deixou à lei a função de dispor sobre a iniciativa popular. Segundo o art. 27, § 4º, “a lei disporá sobre
a iniciativa popular no processo legislativo estadual.” Assim, Estados e Distrito Federal podem, mediante lei
estadual ou distrital, dispor livremente sobre iniciativa popular
Nos Municípios, a iniciativa popular de leis se dará através da manifestação de, pelo menos, 5% do
eleitorado. Segundo o art. 29, XIII, CF/88, a Lei Orgânica deverá prever iniciativa popular de projetos de lei
de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco
por cento do eleitorado.
(Advogado da União – 2015) Caso uma lei de iniciativa parlamentar afaste os efeitos de sanções disciplinares
aplicadas a servidores públicos que participarem de movimento reivindicatório, tal norma padecerá de vício
de iniciativa por estar essa matéria no âmbito da reserva de iniciativa do chefe do Poder Executivo.
Comentários:
São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis sobre o regime jurídico de servidores públicos
da União. Logo, na situação apresentada, houve vício de iniciativa. Questão correta.
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(Procurador de Curitiba – 2015) A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos
Deputados ou ao Senado Federal de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores
de cada um deles.
Comentários:
Os projetos de lei de iniciativa popular deverão ser apresentados na Câmara dos Deputados (e não ao
Senado Federal!). Questão errada.
(Instituto Rio Branco – 2015) Dispõem de competência para apresentar projetos de lei complementar ou
ordinária qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso
Nacional, o presidente da República, o Supremo Tribunal Federal, os tribunais superiores, o procurador-geral
da República e os cidadãos, na forma e nos casos previstos na Constituição.
Comentários:
É exatamente o que prevê o art. 61, CF/88, que nos traz o rol de legitimados a apresentar projetos de lei.
Questão correta.
(PC-DF – 2015) Suponha-se que um senador tenha proposto projeto de lei, dispondo acerca da criação de
uma nova taxa. Nesse caso, esse projeto será inconstitucional, visto que compete privativamente ao
presidente da República a iniciativa de propor projeto de lei que disponha acerca de matéria tributária.
Comentários:
Não há qualquer inconstitucionalidade na situação apresentada. Os projetos de lei sobre matéria tributária
não são da iniciativa privativa do Presidente da República.
Cuidado! O Presidente da República tem a iniciativa privativa de leis que disponham sobre matéria tributária
dos Territórios. Questão errada.
(TRT 2a Região – 2015) São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que disponham sobre
organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da
administração dos Territórios.
Comentários:
É exatamente o que prevê o art. 61, § 1º, II, alínea “b”, CF/88. Questão correta.
(PGE-PR – 2015) Leis que disponham sobre serventias judiciais são de iniciativa exclusiva do Poder Judiciário,
ao contrário das leis que disponham sobre serventias extrajudiciais, as quais são de iniciativa concorrente.
Comentários:
Também são de iniciativa do Poder Judiciário as leis que disponham sobre serventias extrajudiciais. Questão
errada.
(PGE-PR – 2015) Compete ao Poder Executivo estadual a iniciativa de lei referente aos direitos e deveres de
servidores públicos.
Comentários:
É isso mesmo. É da iniciativa privativa do Governador a iniciativa de lei sobre o regime jurídico dos
servidores públicos estaduais. Questão correta.
(PGE-PR – 2015) Norma que dispõe sobre regime jurídico, remuneração e critérios de provimento de cargo
público de policiais civis é de iniciativa concorrente.
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Comentários:
São da iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo as leis que disponham sobre regime jurídico,
remuneração e critérios de provimento de cargo público de policiais civis. Questão errada.
(TJ-RJ – 2014) São de iniciativa privativa do Presidente da República, entre outras, as leis que disponham
sobre organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a
organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
Comentários:
É isso mesmo! O Presidente da República tem a iniciativa privativa de:
a) leis que disponham sobre organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e;
b) leis que disponham sobre normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios
Questão correta.
Em virtude do bicameralismo no Poder Legislativo federal, um projeto de lei irá, necessariamente, tramitar
pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Na fase constitutiva, o projeto de lei é discutido e votado
nas duas Casas do Congresso Nacional e, sendo aprovado, sofre sanção ou veto do Presidente da República.
Caso o projeto aprovado pelo Legislativo seja vetado pelo Chefe do Executivo, a fase constitutiva ainda
compreenderá a apreciação do veto pelo Congresso Nacional.
No âmbito federal, um projeto de lei deverá, necessariamente, tramitar pela Câmara dos Deputados e pelo
Senado Federal; em outras palavras, ele deverá ser discutido e votado nas duas Casas Legislativas.
Há, portanto, no processo legislativo federal, a Casa Iniciadora e a Casa Revisora. A Casa Iniciadora, como o
próprio nome já indica, é aquela na qual o projeto de lei começa a tramitar. A Casa Revisora, por sua vez, é
aquela que revê o trabalho da Casa Iniciadora.
Depende. Tanto a Câmara dos Deputados quanto o Senado Federal podem atuar como Casa Iniciadora ou
Casa Revisora. A definição da Casa Iniciadora depende de quem foi a iniciativa do projeto de lei.
Serão apreciados inicialmente pela Câmara dos Deputados (ou seja, a Câmara atuará como Casa Iniciadora)
os projetos de lei de iniciativa de deputado federal ou de alguma comissão da Câmara dos Deputados, do
Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores, do Procurador-Geral da
República e dos cidadãos. Já ao Senado cabe apreciar inicialmente os projetos de lei de iniciativa de senador
ou de comissão do Senado Federal. Por fim, nos casos de iniciativa de Comissão Mista do Congresso
Nacional (composta por deputados e senadores), a apreciação inicial será feita alternadamente pela Câmara
e pelo Senado.
Na maior parte das vezes, a Casa Iniciadora será, portanto, a Câmara dos Deputados. A Casa Iniciadora, como
estudaremos mais à frente, goza de certa primazia no processo legislativo. Em razão disso, a doutrina
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considera que há uma certa inferioridade do Senado Federal, que será Casa Revisora na maior parte dos
projetos de lei.
Após ser apresentado, o projeto de lei passará pela fase de instrução na Casa Legislativa iniciadora, na qual
será submetido à apreciação das comissões. Essa apreciação se dará em duas comissões diferentes: uma
comissão temática, que examinará aspectos relacionados à matéria; e a Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ), que avaliará aspectos referentes à constitucionalidade. Cabe à CCJ a análise dos aspectos
constitucionais, legais, jurídicos, regimentais ou de técnica legislativa dos projetos, emendas ou
substitutivos, bem como a admissibilidade da proposta de emenda à Constituição. A apreciação do projeto
de lei pelas comissões também acontece na Casa revisora. Se a Casa iniciadora for a Câmara dos Deputados,
a revisora será o Senado Federal e vice-versa.
Aprovado o projeto pelas comissões tanto no aspecto formal, quanto no aspecto material, será encaminhado
ao Plenário. No Plenário, o projeto de lei é posto em discussão e depois em votação, na forma estabelecida
nos regimentos das Casas legislativas. Determina o art. 47 da Constituição que, salvo disposição
constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria
dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. Assim, há dois quóruns diferentes:
a) Quórum de presença: maioria absoluta dos membros da Casa Legislativa. Destaque-se que a
maioria absoluta é “o primeiro número inteiro acima da metade” (e não a “a metade mais um”, como
é muito comum se dizer). Assim, a maioria absoluta de 81 Senadores é 41; a maioria absoluta de 513
Deputados Federais é 257.
Na Casa iniciadora, o projeto poderá ser aprovado ou rejeitado. Aprovado, será encaminhado à Casa
revisora. Rejeitado, será arquivado e a matéria somente poderá ser objeto de novo projeto, na mesma
sessão legislativa, se houver proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas. Em outras
palavras, a matéria constante de projeto de lei rejeitado não poderá ser objeto de novo projeto na mesma
sessão legislativa, salvo por proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas Legislativas.
Trata-se do princípio da irrepetibilidade.
Mais à frente estudaremos sobre o processo legislativo das emendas constitucionais e das
medidas provisórias. No entanto, desde já, saiba que o princípio da irrepetibilidade
também se aplica a essas espécies normativas. Sua aplicação, todavia, é um pouco
diferente!
1) A vedação à edição de projeto de lei na mesma sessão legislativa em que foi rejeitado é
relativa. Assim, a matéria constante de projeto de lei rejeitado poderá ser objeto de novo
projeto na mesma sessão legislativa, desde que por proposta da maioria absoluta dos
membros de qualquer uma das Casas.
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Na Casa Revisora, após a apreciação pelas comissões, discussão e votação, poderá haver três possibilidades:
i) o projeto ser aprovado da mesma forma como foi recebido da Casa iniciadora; ii) o projeto ser aprovado
com emendas ou; iii) o projeto ser rejeitado.
Se o projeto de lei for rejeitado, ele será arquivado, com aplicação do princípio da irrepetibilidade; não
poderá, portanto, ser apresentado, na mesma sessão legislativa, projeto de lei com a mesma matéria, a não
ser por proposta da maioria absoluta de qualquer uma das Casas legislativas.
Se o projeto por aprovado sem emendas parlamentares, ele será encaminhado ao Chefe do Executivo para
sanção ou veto.
Se o projeto de lei for aprovado com emendas, este voltará à Casa Iniciadora, para que as emendas sejam
apreciadas. Voltando o projeto à Casa Iniciadora, este não poderá ser subemendado; cabe à Casa Iniciadora
apenas apreciar as emendas. Destaca-se que, para o STF, quando a emenda parlamentar feita pela Casa
Revisora não importar em mudança substancial do sentido do texto, não há necessidade de retorno à Casa
Iniciadora12. Isso ocorre nas chamadas “emendas de redação”.
Se a Casa Iniciadora aceitar as emendas, o projeto de lei (contendo as emendas) será encaminhado ao Chefe
do Executivo para sanção ou veto. Se a Casa Iniciadora rejeitá-las, o projeto de lei é encaminhado (sem as
emendas) ao Chefe do Executivo para que sancione ou vete o texto original da Casa Iniciadora. Observa-se,
portanto, que no processo legislativo federal a Casa iniciadora tem predominância sobre a revisora. Com
efeito, a Casa Iniciadora tem a prerrogativa de rejeitar as emendas feita pela Casa Revisora, encaminhando
ao Presidente o projeto de lei sem as emendas.
Após aprovação do projeto nas duas Casas do Congresso Nacional, esse seguirá para a fase do autógrafo,
que é o documento formal que reproduz o texto definitivamente aprovado pelo Legislativo (STF, ADIn no
1.393-9/DF, 09.10.1996).
Durante a fase de deliberação parlamentar, podem ser propostas as chamadas emendas parlamentares. As
emendas são proposições legislativas acessórias e podem ser de diferentes tipos:
c) Aglutinativas: quando resultam da fusão de outras emendas, ou destas com o texto original.
12 STF, Pleno, ADIn no 2.666-6/DF, 06.12.2002; STF, Pleno, ADIn no 2.238-5, 21.05.2002.
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e) Substitutivas: são apresentadas como sucedâneo a parte de outra proposição, que, após a
alteração, passará a se chamar “substitutivo”. Essa modificação pode ser substancial ou formal.
f) De redação: quando visam a sanar vícios de linguagem, incorreção da técnica legislativa ou lapso
manifesto.
As emendas só podem ser apresentadas pelos parlamentares, não existindo emendas extraparlamentares.
Cabe mencionar, apenas, que o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional
propondo modificações nas leis orçamentárias (plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias e lei
orçamentária anual). Embora não seja considerada emenda extraparlamentar, a mensagem do Presidente
ao Congresso propondo modificações nas leis orçamentárias é o que mais se aproxima disso.
O poder de emendar não é absoluto, ilimitado. É necessário que se cumpram alguns requisitos:
a) o conteúdo da emenda deve ser pertinente à matéria da proposição, isto é, deverá haver
pertinência temática;
b) no caso de projetos de iniciativa privativa (exclusiva) do Chefe do Poder Executivo, não podem
ser feitas emendas que acarretem aumento de despesa, ressalvadas as emendas à lei orçamentária
anual e à lei de diretrizes orçamentárias (art. 63, I)
Dessa forma, podem ser feitas emendas a projetos de lei de iniciativa privativa do Presidente, desde
que elas não impliquem em aumento de despesa. A exceção fica por conta das leis orçamentárias
(LOA e LDO), que, mesmo sendo de iniciativa privativa do Presidente, poderão ser emendadas com
aumento de despesa.
c) nos projetos de lei sobre a organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados,
do Senado Federal, dos tribunais federais e do Ministério Público, não podem ser feitas emendas
que resultem em aumento de despesa. (art. 63, II).
Segundo o STF, essa regra não se aplica aos projetos de lei sobre organização judiciaria, limitando-
se aos projetos de lei sobre organização dos serviços administrativos. Nas palavras da Corte, “o
projeto de lei sobre organização judiciaria pode sofrer emendas parlamentares de que resulte, até
mesmo, aumento da despesa prevista.”13 Isso porque o art. 63, II, se aplica exclusivamente aos
serviços administrativos estruturados na secretaria dos tribunais.
Agora que já sabemos os limites do poder de emendar, vamos a uma situação que pode ocorrer relacionada
a essa problemática. Suponha que o Presidente da República tenha apresentado ao Congresso Nacional
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projeto de lei de sua iniciativa privativa. Um deputado federal, então, apresenta uma emenda que resulta
em aumento de despesa e, mesmo assim, o projeto é aprovado. Houve um claro vício no processo legislativo:
o vício de emenda. Mesmo se o projeto de lei for posteriormente sancionado pelo Presidente, a lei será
inválida. A sanção presidencial, além de não convalidar o vício de iniciativa, não convalida o vício de
emenda.14
(PC-DF – 2015) Um projeto de lei que tratava da matéria X foi rejeitado. Nesse caso, essa mesma matéria X
pode ser objeto de outro projeto de lei na mesma sessão legislativa, desde que proposta pela maioria
absoluta dos membros de qualquer das casas do Congresso Nacional.
Comentários:
É isso mesmo! Segundo o art. 67, CF/88, “a matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá
constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos
membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.” Esse é o princípio da irrepetibilidade. Questão
correta.
(DPE-RS – 2014) As deliberações de cada Casa do Congresso Nacional e de suas Comissões serão tomadas
por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros, salvo disposição constitucional em
contrário.
Comentários:
Nas deliberações das Casas Legislativas, há o quórum de presença (maioria absoluta) e o quórum de votação
(maioria simples). Cabe destacar que essa é a regra, havendo exceções constitucionais. Questão correta.
(MPE-SC - 2014) O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de
discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o
rejeitar.
Comentários:
Ao ser aprovado na Casa iniciadora, o projeto de lei segue para a Casa Revisora. Caso aprovado, será enviado
à sanção ou promulgação. Caso seja rejeitado na Casa Revisora, o projeto será arquivado. Questão correta.
(PGM-Niterói – 2014) Não é dado ao Poder Legislativo emendar os projetos de lei de iniciativa privativa do
Presidente da República.
Comentários:
O Poder Legislativo pode apresentar emendas aos projetos de lei de iniciativa privativa do Presidente da
República, desde que estas não resultem em aumento de despesa. Questão errada.
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(PGM-Niterói – 2014) Emenda parlamentar pode ampliar vantagens de servidores em projeto de iniciativa
do Poder Executivo.
Comentários:
Nos projetos de lei de iniciativa do Chefe do Poder Executivo, não podem ser apresentadas emendas
parlamentares que resultem em aumento de despesas. Ao ampliar vantagens de servidores, a emenda
parlamentar estará aumentado despesas, o que é vedado pela CF/88. Questão errada.
4.1.1.2.2.1 - Sanção:
A sanção é ato unilateral do Presidente da República, por meio do qual este manifesta sua aquiescência
(concordância) com o projeto de lei aprovado pelo Poder Legislativo. É um ato irretratável do Chefe do Poder
Executivo: uma vez sancionado um projeto de lei, a sanção não poderá ser revogada.
Por meio da sanção, o projeto de lei é convertido em lei; em outras palavras, a sanção presidencial incide
sobre projeto de lei. Assim, é tecnicamente inadequado dizer que o Presidente sanciona lei; na verdade, o
Presidente sanciona projeto de lei, transformando-o em lei. Destaque-se que a sanção somente é aplicável
a projetos de lei ordinária e projetos de lei complementar; não há que se falar em sanção para leis
delegadas, emendas constitucionais e, em regra, para medidas provisórias.15
A sanção pode ser expressa ou tácita. Ocorrerá a sanção expressa se o Presidente da República concordar
com o texto do projeto de lei, formalizando por escrito o ato de sanção no prazo de 15 dias úteis, contados
da data do recebimento do projeto. Depois disso, ele promulgará e determinará a publicação da lei.
Ocorrerá a sanção tácita se o Presidente da República optar pelo silêncio no prazo de 15 dias úteis, contados
do recebimento do projeto. Nessa hipótese, ele terá um prazo de 48 horas para promulgar a lei resultante
da sanção. Do contrário, o Presidente do Senado, em igual prazo, deverá promulgá-la. Se este não o fizer,
caberá ao Vice-Presidente do Senado a promulgação da lei, sem prazo definido constitucionalmente.
4.1.1.2.2.2- Veto:
O veto é o ato unilateral do Presidente da República por meio do qual ele manifesta a discordância com o
projeto de lei aprovado pelo Poder Legislativo. Segundo o art. 66, §1º, CF/88, “se o Presidente da República
considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total
ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de
quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto”.
O veto será sempre motivado. O Presidente da República, ao vetar um projeto de lei, deverá informar ao
Presidente do Senado, dentro de 48 horas, os motivos do veto. Se o Presidente considerar que o projeto de
lei é inconstitucional, estaremos diante do veto jurídico; por outro lado, se o Presidente entender que o
projeto de lei é contrário ao interesse público, teremos um veto político.
15 Existe sanção presidencial em relação a projetos de lei de conversão, que são resultantes de medida provisória.
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O veto jurídico traduz um controle de constitucionalidade político (pois exercido por órgão que não integra
a estrutura do Poder Judiciário) e preventivo (evita que uma lei inconstitucional seja inserida no
ordenamento jurídico). O veto político, por sua vez, traduz um juízo político de conveniência do Presidente
da República, em seu papel de representante e defensor da sociedade.
O veto será sempre expresso. Não há veto tácito em nosso ordenamento jurídico. Caso o Presidente da
República não manifeste sua posição em relação a um projeto de lei no prazo de 15 dias úteis, este será
sancionado tacitamente.
O veto pode ser total ou parcial. Será total quando incidir sobre todo o projeto de lei, e parcial quando se
referir a apenas alguns dos dispositivos do projeto. Destaca-se, todavia, que veto parcial deverá abranger
texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. Não se admite que o veto parcial incida sobre
palavras ou expressões.
O veto é relativo, ou seja, pode ser superado (rejeitado). Quando o Presidente veta um projeto de lei, ele
deve informar ao Presidente do Senado Federal dentro de 48 horas. Ele estará, na prática, devolvendo o
projeto de lei para apreciação do Congresso Nacional. O veto será apreciado em sessão conjunta do
Congresso Nacional, dentro de 30 dias a contar do seu recebimento.
O veto poderá, então, ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos deputados e senadores, em votação
aberta. Se, dentro do prazo de 30 dias, não houver a deliberação do veto, este será colocado na ordem do
dia da sessão imediata, retardando as demais deliberações do Congresso Nacional, até que ocorra a sua
votação Magna (art. 66, § 6º, CF). Note que, nesse caso, haverá o trancamento de pauta da sessão conjunta
do Congresso Nacional, não de sessão da Câmara ou do Senado.
Havendo rejeição do veto (por maioria absoluta dos deputados e senadores), o projeto será enviado ao
Presidente da República. Ele terá um prazo de 48 horas para emitir o ato de promulgação. Caso não o faça
nesse prazo, a competência para promulgar passará a ser do Presidente do Senado, que terá igual prazo para
promulgar. Se este também não o fizer, a promulgação será de responsabilidade do Vice-Presidente do
Senado, sem prazo definido constitucionalmente. Destaque-se que, quando ocorre a rejeição do veto,
teremos uma situação em que uma lei surge (nasce) sem que tenha sido sancionada. Daí dizermos que a
sanção não é ato imprescindível ao surgimento das leis.
A rejeição do veto produz efeitos ˜ex nunc” (prospectivos). Imagine que ocorra o veto parcial de um projeto
de lei: o Presidente da República veta 1 artigo do projeto, de um total de 100 (cem) artigos. O veto é
encaminhado ao Presidente do Senado Federal dentro de 48 horas. O Congresso Nacional terá, então, 30
dias para apreciar o veto.
Enquanto o veto não é apreciado, a parte não vetada do projeto é promulgada e publicada. Os dispositivos
não vetados ingressam no mundo jurídico, independentemente da apreciação do veto pelo Congresso
Nacional. Os dispositivos vetados serão publicados sem texto, constando apenas a expressão “vetado”.
Posteriormente, caso o veto seja superado, os artigos a ele referentes serão encaminhados à promulgação
e após a devida publicação, começarão a produzir efeitos (ex nunc).
O veto é um ato político e, como tal, suas razões não poderão ser questionadas perante o Poder Judiciário.
Não cabe ao Poder Judiciário apreciar o mérito do veto. Entretanto, é admissível o controle judicial sobre a
inoportunidade do veto; em outras palavras, se o veto ocorrer após o período de 15 dias úteis, isso poderá
ser questionado perante o Poder Judiciário. Segundo o STF, o controle judicial, nesse caso, se justifica porque
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após o decurso do prazo de 15 dias úteis, já ocorreu a sanção tácita e a preclusão do direito de exercer o
veto16.
Por último, ressaltamos que não se admite retratação do veto, tampouco a retratação de sua derrubada ou
manutenção pelo Legislativo.17
Inconstitucionalidade ou contrariedade ao
Motivado
interesse público
(Advogado da União – 2015) O veto do presidente da República a um projeto de lei ordinária insere-se no
âmbito do processo legislativo, e as razões para o veto podem ser objeto de controle pelo Poder Judiciário.
Comentários:
Por ser um ato de natureza política, não cabe ao Poder Judiciário apreciar o mérito do veto. Questão errada.
(Procurador de Curitiba – 2015) Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte,
inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, independentemente de
16
ADI 1254/RJ, 1999.
17 ADI 1254/RJ, 1999.
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motivação, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará a decisão, dentro
de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal.
Comentários:
O veto será sempre motivado. Ao vetar um projeto de lei, o Presidente da República deverá informar ao
Presidente do Senado, dentro de 48 horas, os motivos do veto. Questão errada.
(TCE-CE – 2015) Na fase de deliberação presidencial, o veto pode ser tanto em razão de inconstitucionalidade
quanto de oportunidade, devendo, em tais casos, voltar o projeto de lei ao Congresso Nacional para análise
do veto em sessão em que a votação será secreta.
Comentários:
A apreciação do veto pelo Congresso Nacional acontece em sessão aberta. Questão errada.
(TRT 2a Região – 2015) O Presidente da República poderá vetar total ou parcialmente projeto de lei,
entretanto o veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
Comentários:
O veto pode ser total ou parcial. Em caso de veto parcial, deverá abranger texto integral de artigo, de
parágrafo, de inciso ou de alínea. Questão correta.
(Prefeitura de Curitiba – 2015) O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de
seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores.
Comentários:
A rejeição do veto se dá pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em sessão conjunta do
Congresso Nacional. Questão correta.
4.1.1.3.1 - Promulgação:
A promulgação é o ato solene que atesta a existência da lei, confirmando o seu surgimento; é como se fosse
uma “certidão de nascimento da lei”. A promulgação incide sobre a lei pronta, declarando a sua
potencialidade para produzir efeitos. Assim, a lei nasce com a sanção, mas tem sua existência declarada pela
promulgação.
O prazo para promulgação é de 48 horas, no caso de sanção tácita e rejeição do veto. Quando a sanção for
expressa, a promulgação ocorrerá simultaneamente a ela.
Existem, ainda, casos em que a promulgação é ato de competência originária do Poder Legislativo: emendas
à Constituição (promulgadas pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal), decretos
legislativos (promulgados pelo Presidente do Congresso Nacional, que é o Presidente do Senado) e
resoluções (promulgadas pelo Presidente do órgão que a edita).
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4.1.1.3.2 - Publicação:
A publicação consiste no ato de divulgação oficial da lei; ela consiste na comunicação a todos de que a lei
existe e deve ser cumprida. Trata-se de condição de eficácia da lei: a partir do momento em que a lei é
publicada, ela passa a estar apta a produzir todos os seus efeitos, embora ainda não esteja,
necessariamente, em vigor.
A publicação não se confunde com a promulgação, que lhe é anterior. Por meio da promulgação, reconhece-
se que a lei existe; com a publicação, adquire a potencialidade para produzir efeitos. Destaque-se que a Carta
Magna não estabelece prazo para o ato de publicação da lei.
Por último, embora não esteja expresso na Constituição, a publicação da lei ordinária é ato de competência
do Presidente da República.
(MPE-RS – 2014) Com a promulgação, mediante a sanção da Presidência da República, a lei passa a vigorar
de plano, sendo a sua publicação apenas o exaurimento do processo legislativo.
Comentários:
A promulgação da lei não implica na sua entrada em vigor. A promulgação apenas declara que a lei tem
potencial para produzir seus efeitos. Questão errada.
A Carta Magna disciplina o processo legislativo sumário ou de urgência no seu art. 64, §1º, no qual estabelece
que o Presidente da República poderá solicitar urgência para a apreciação de projetos de sua iniciativa.
Ressalte-se, entretanto, que não é necessário que a matéria seja da iniciativa privativa do Presidente da
República. O regime de urgência poderá ser solicitado pelo Presidente em relação a quaisquer projetos de
lei que ele tiver apresentado ao Congresso Nacional, em qualquer fase de sua tramitação.
Embora a Constituição disponha que o procedimento legislativo sumário pode ser estabelecido por
solicitação do Presidente, a doutrina aponta que é verdadeiro caso de “requisição”. Isso quer dizer que o
Congresso Nacional deverá, obrigatoriamente, instaurar o procedimento legislativo sumário quando assim
for requerido pelo Presidente; trata-se de ato vinculado do Congresso Nacional.
O processo legislativo sumário deve terminar no prazo máximo de cem dias (45 dias na Câmara, 45 dias no
Senado e mais 10 dias para a Câmara apreciar as emendas dos senadores, se houver), desconsiderando os
períodos de recesso do Congresso Nacional.
Se as Casas não se manifestarem, cada uma, em até 45 dias, trancar-se-á a pauta das deliberações
legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo constitucional determinado, até que se
ultime a votação. Observe que esse prazo corre separadamente em cada Casa do Congresso Nacional. Assim,
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se a Câmara encerrar a apreciação do projeto de lei no 45o dia, ele segue para o Senado, que terá novos 45
dias para apreciá-lo.
A Constituição estabelece que o processo legislativo sumário (ou de urgência) não poderá ser aplicado aos
projetos de códigos.
O procedimento legislativo abreviado é o que dispensa a discussão e votação de projeto de lei em Plenário.
Quando utilizado o procedimento legislativo abreviado, o projeto de lei será discutido e votado diretamente
pelas comissões das Casas respectivas.
O procedimento legislativo abreviado está previsto no art. 58, § 2º, I, segundo o qual compete às comissões
“discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se
houver recurso de um décimo dos membros da Casa”. Assim, a discussão e votação de projeto de lei não são
competências apenas dos Plenários das Casas Legislativas; a Carta Magna também outorga essas
competências, nas situações e matérias que o regimento determinar.
Trata-se do que a doutrina denomina de delegação “interna corporis”: esse nome deriva do fato de que os
Regimentos Internos das Casas Legislativas delegam a competência para discussão e votação de certos
projetos de lei a órgãos integrantes do Poder Legislativo (órgãos internos do Poder Legislativo).
Ressalte-se que, caso um décimo (1/10) dos membros da Casa respectiva decida que uma comissão não
pode apreciar e votar o projeto de lei, este irá para plenário.
A Constituição Federal de 1998 é do tipo rígida, portanto, o processo legislativo de emenda constitucional
(o chamado processo de reforma da Constituição) é mais laborioso do que o ordinário. Ele está detalhado
no art. 60, da Carta Magna e compreende as seguintes fases:
II - do Presidente da República;
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seja rejeitada ou havida por prejudicada, será arquivada, não podendo a matéria dela constante ser
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Trata-se do princípio da irrepetibilidade.
c) Promulgação pelas Mesas da Câmara e do Senado, com o respectivo número de ordem, se aprovada;
O poder de reforma da Constituição é permanente, podendo se manifestar a qualquer tempo enquanto for
vigente a CF/88. Obedece aos requisitos estabelecidos pelo art. 60 da Carta Magna, que também é de
observância obrigatória pelos Estados-membros quando da reforma de suas Constituições.
1) As limitações temporais ocorrem quando o Poder Constituinte Originário estabelece um prazo durante o
qual não pode haver modificações ao texto da Constituição. Nesse período, a Constituição é imutável. A
CF/88 não apresenta esse tipo de limitação. Desde sua vigência, não houve um período sequer em que seu
texto não pudesse ter sido alterado.
Outro ponto importante a ser memorizado é que a vedação referente à intervenção federal abrange
somente aquela decretada e executada pela União. Eventual intervenção de Estado em Município não é
limitação circunstancial à modificação da CF/88.
3) As limitações formais ao processo de reforma à Constituição se devem à rigidez constitucional. Como você
se lembra, a CF/88 é do tipo rígida e como tal exige um processo especial para modificação do seu texto,
mais difícil do que aquele de elaboração das leis.
As limitações formais, também chamadas processuais, estão previstas no art. 60, I ao III, e §§ 2º, 3º e 5º.
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A primeira limitação formal à reforma da Constituição se refere à iniciativa. Os incisos I a III do art. 60
estabelecem os legitimados no processo legislativo de reforma da Constituição, ou seja, quem poderá
apresentar uma proposta de emenda constitucional (PEC) perante o Congresso Nacional. Esse número, como
se pode perceber, é bem menor que o de legitimados no processo legislativo de elaboração das leis,
arrolados no art. 61 da Constituição.
a) Ausência de iniciativa popular: ao contrário do que ocorre no processo legislativo das leis, não há
previsão para que o cidadão apresente proposta de emenda à Constituição Federal;
b) Ausência de iniciativa reservada: diferentemente do que ocorre no processo legislativo das leis,
não há iniciativa reservada a emenda constitucional. Qualquer dos legitimados pode apresentar
proposta de emenda constitucional sobre todas as matérias não vedadas pela Carta Magna;
c) Ausência de participação dos Municípios. Esses entes federados não dispõem de iniciativa de
proposta de emenda constitucional, nem participam das discussões e votações da mesma.
d) Participação dos Estados e do Distrito Federal. Esses entes da Federação participam tanto na
apresentação de proposta de emenda constitucional, por meio das Assembleias Legislativas (CF, art.
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60, II I), quanto das discussões e deliberações sobre a mesma. Isso porque o Senado Federal
representa os Estados e o Distrito Federal. Nesse ponto, diferenciam-se dos Municípios, que não
participam do processo de reforma à Constituição por não terem representantes no Congresso
Nacional.
É importante destacar que o STF entende que somente é obrigatório o retorno da proposta de
emenda à Constituição à Casa Legislativa de origem quando ocorrer modificação substancial de seu
texto. Se a modificação do texto não resultar em alteração substancial do seu sentido, a proposta de
emenda constitucional não precisa voltar à Casa iniciadora.18
Continuando o estudo das limitações formais ao processo de reforma da Constituição, destaca-se que outra
importante limitação desse tipo diz respeito à discussão, votação e aprovação do projeto de emenda
Constitucional. De acordo com o art. 60, § 2º da CF/88, a proposta de emenda constitucional será discutida
e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em
ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. Trata-se, portanto, de um processo legislativo mais
dificultoso que aquele de aprovação de uma lei, que exige votação em apenas um turno. O mesmo dispositivo
exige, ainda, deliberação qualificada para a aprovação da emenda (três quintos dos votos dos respectivos
membros), bem mais difícil de se obter do que a de aprovação das leis (maioria simples - art. 47 da CF).
b) Ao contrário do que ocorre no processo legislativo das leis, o Presidente da República não dispõe
de competência para promulgação de uma emenda à Constituição;
18 ADI 2.666/DF, rel. Min. Ellen Gracie; ADC 3/DF, rel. Min. Nelson Jobim.
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c) A numeração das emendas à Constituição segue ordem própria, distinta daquela das leis (EC nº 1;
EC nº 2; EC nº 3 e assim sucessivamente).
Finalmente, tem-se a limitação processual ou formal prevista no § 5º do art. 60, que determina que “a
matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova
proposta na mesma sessão legislativa”. O dispositivo estabelece, portanto, a irrepetibilidade, na mesma
sessão legislativa, de proposta de emenda à Constituição rejeitada ou havida por prejudicada. Essa
irrepetibilidade é absoluta. Matéria constante de proposta de emenda constitucional rejeitada ou havida
por prejudicada jamais poderá constituir nova proposta de emenda na mesma sessão legislativa.
Verifica-se, portanto, mais uma distinção em relação ao processo legislativo das leis. Isso porque a matéria
constante de projeto de lei rejeitado poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa,
desde que mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso
Nacional (CF, art. 67). Assim, a irrepetibilidade de proposta de emenda constitucional rejeitada ou havida
por prejudicada é absoluta, enquanto de projeto de lei rejeitado é relativa.
4) No que concerne às limitações materiais, essas existem quando a Constituição estabelece que
determinadas matérias não poderão ser abolidas por meio de emenda. O legislador constituinte originário,
portanto, estabelece um núcleo essencial que não poderá ser suprimido por ação do poder constituinte
derivado.
Essas limitações são divididas doutrinariamente em dois grupos: explícitas ou expressas, quando constam
expressamente do texto constitucional e, em oposição, implícitas ou tácitas, quando não estão expressas no
texto da Carta Magna. Os dois tipos de limitações materiais estão presentes na CF/88.
O primeiro tipo delas – explícitas ou expressas – se verifica no § 4º do art. 60, segundo o qual não será objeto
de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: a forma federativa de Estado; o voto direto,
secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes e os direitos e garantias individuais. Trata-se das
chamadas “cláusulas pétreas expressas”, que são insuscetíveis de abolição por meio de emenda
constitucional.
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Outro ponto a ser memorizado por você é que o Pretório Excelso entende que a cláusula pétrea “direitos e
garantias individuais” protege direitos e garantias dispersos pela Constituição, e não apenas aqueles
enumerados no artigo 5º da Carta Magna.
Já as limitações implícitas ao poder de reforma são limites tácitos que, segundo a doutrina, se impõem ao
constituinte derivado. São eles: a titularidade do Poder Constituinte Originário e Derivado e os
procedimentos de reforma e revisão constitucional.
A primeira delas, como se viu, refere-se à titularidade do poder constituinte originário. Sabe-se que a
titularidade do poder constituinte originário é do povo: somente a ele cabe decidir a conveniência e a
oportunidade de se elaborar uma nova Constituição. Por esse motivo, é inconstitucional qualquer emenda
à Constituição que retire tal atribuição do povo, outorgando-a a um órgão constituído.
No que se refere à titularidade do poder constituinte derivado, pelas mesmas razões expressas acima, é
inconstitucional qualquer emenda à Constituição que transfira a competência de reformar a Constituição
atribuída ao Congresso Nacional (representante do povo) a outro órgão do Estado (ao Presidente da
República, por exemplo). Isso porque tal competência foi fixada pelo poder constituinte originário, cabendo,
portanto, unicamente a esse poder determinar a competência para sua modificação.
Por fim, o procedimento de revisão constitucional (ADCT, art. 3º), bem como o de reforma constitucional
(CF, art. 60), são limitações materiais implícitas. Seria flagrantemente inconstitucional, por exemplo,
emenda à Constituição que estabelecesse novo quórum para a aprovação de emendas constitucionais. Da
mesma forma, não seria válida emenda constitucional que criasse novas cláusulas pétreas.
As leis complementares apresentam processo legislativo próprio, mais dificultoso que o das leis ordinárias,
porém mais fácil que o de reforma à Constituição. Isso porque o legislador constituinte entendeu que certas
matérias, embora de extrema relevância, não deviam ser regulamentadas pela própria Constituição Federal,
mas também não poderiam se sujeitar à possibilidade de constantes alterações pelo processo legislativo
ordinário.
Diante disso, tem-se que as leis complementares se diferenciam das ordinárias em dois aspectos: o material
e o formal.
A diferença do ponto de vista material consiste no fato de que os assuntos tratados por lei complementar
estão expressamente previstos na Constituição, o que não acontece com as leis ordinárias. Estas têm campo
material residual.
Já a diferença do ponto de vista formal diz respeito ao processo legislativo. Enquanto o quórum para a
aprovação da lei ordinária é de maioria simples (art. 47, CF), o da lei complementar é de maioria absoluta
(art. 69), ou seja, o primeiro número inteiro subsequente à metade dos membros da Casa Legislativa. As
demais fases do procedimento de elaboração da lei complementar seguem o processo ordinário.
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A medida provisória é ato normativo primário geral, editado pelo Presidente da República. Segundo o art.
62 da Carta Magna, em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. Caso este esteja de
recesso, não há a necessidade de convocação extraordinária.
Os requisitos de “relevância” e “urgência”, necessários para a edição de medida provisória, são conceitos
jurídicos indeterminados e, por isso, estão inseridos na esfera da discricionariedade administrativa. O
Presidente da República é que avalia, discricionariamente, se estes requisitos estão presentes.
Diante disso, surge um questionamento importante. Pode o Poder Judiciário examinar o mérito dos
requisitos de “urgência e relevância”?
O STF considera que é possível o controle jurisdicional dos requisitos de urgência e relevância, mas apenas
em casos excepcionais, nos quais for evidente a ausência desses pressupostos.19 O Poder Judiciário poderá,
então, avaliar a relevância e a urgência de medida provisória sem que isso configure qualquer violação ao
princípio da separação de poderes.
A medida provisória não pode tratar de qualquer matéria, em virtude da existência de limitações
constitucionais à sua edição. De acordo com o art. 62, §1º, da CF:
I - relativa a:
II - que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo
financeiro;
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No que se refere à matéria orçamentária, há uma exceção à vedação de que medida provisória disponha
sobre esta: trata-se da possibilidade de abertura de créditos extraordinários20 por meio desse instrumento
normativo.
Vejamos, agora, como se dá o rito de aprovação da medida provisória. Uma vez editada pelo Presidente, esta
deverá ser submetida, de imediato, ao Congresso Nacional, onde terá o prazo de 60 (sessenta) dias
(prorrogáveis por mais sessenta) para ser apreciada. Esses prazos não correm durante os períodos de recesso
do Congresso Nacional.
Lá, ela será apreciada por uma comissão mista, composta de senadores e deputados, que apresentará um
parecer favorável ou não à sua conversão em lei. Emitido o parecer, o Plenário das Casas Legislativas
examinará a medida provisória. A votação será iniciada, obrigatoriamente, pela Câmara dos Deputados,
que é a Casa iniciadora.
a) Caso a medida provisória seja integralmente convertida em lei, o Presidente do Senado Federal a
promulgará, remetendo-a para publicação. Nesse caso, não há que se falar em sanção ou veto do
Presidente da República, uma vez que a medida provisória foi aprovada exatamente nos termos por
ele propostos.
b) Caso a medida provisória seja integralmente rejeitada ou perca sua eficácia por decurso de prazo
(em face da não apreciação pelo Congresso Nacional no prazo estabelecido), o Congresso Nacional
baixará ato declarando-a insubsistente e deverá disciplinar, por meio de decreto legislativo, no prazo
de sessenta dias, as relações jurídicas dela decorrentes. Caso contrário, as relações jurídicas surgidas
no período permanecerão regidas pela medida provisória.
A omissão do Congresso Nacional, ao deixar de editar decreto legislativo, faz com que surja
hipótese de ultratividade de medida provisória rejeitada (expressa ou tacitamente), ou
seja, a medida provisória continuará regendo as relações jurídicas constituídas e os atos
praticados durante o período em que ela vigorou.
20Os créditos extraordinários são espécies do gênero créditos adicionais, destinados a reforçar o orçamento previsto na Lei
Orçamentária Anual (LOA). Destinam-se a despesas urgentes e imprevisíveis, tais como guerra, calamidade pública ou
comoção interna.
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Quando uma medida provisória é editada, ela suspende a eficácia da norma anterior que
lhe for contrária. Caso a medida provisória não seja convertida em lei ou perca sua eficácia
por decurso de prazo, será restaurada a eficácia da norma suspensa. É o que se chama de
“efeito repristinatório”.
Na ADI nº 5127, o STF decidiu que o Congresso Nacional não pode incluir, em medidas provisórias editadas
pelo Poder Executivo, emendas parlamentares que não tenham pertinência temática com a norma. Em
outras palavras, as alterações em medida provisória devem ter pertinência temática com o seu texto
original. Caso as emendas parlamentares em medida provisória sejam estranhas ao conteúdo do texto
original, fica configurado o “contrabando legislativo”, prática vedada pela Constituição Federal.21
Como já dissemos, as medidas provisórias têm eficácia pelo prazo de sessenta dias a partir de sua
publicação, prorrogável uma única vez por igual período. A prorrogação dá-se de forma automática, sem
precisar de ato do Chefe do Executivo. Os prazos não correm durante os períodos de recesso do Congresso
Nacional.
Destaca-se que, mesmo após decorrido o prazo de cento e vinte dias, contado da sua edição, uma medida
provisória conserva integralmente a sua vigência se, nesse período, tiver sido aprovado, pelo Congresso
Nacional, um projeto de lei de conversão e esse projeto estiver aguardando sanção presidencial.
Se a medida provisória não for apreciada em até 45 dias contados de sua publicação, entrará em regime de
urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional. Nesse caso, ficarão
sobrestadas, até que se ultime a votação, “todas as demais deliberações legislativas” da Casa em que a
medida provisória estiver tramitando (art. 62, § 6º, CF/88).
Para o STF, esse trancamento de pauta não abrange toda e qualquer deliberação da Casa Legislativa, mas
apenas aquelas matérias que sejam passíveis de regramento por medida provisória.22 Assim, podem ser
apreciadas pela Casa Legislativa propostas de emenda constitucional, projetos de lei complementar,
resoluções e decretos legislativos, ainda que haja o trancamento de pauta pela demora na apreciação de
medida provisória.
O trancamento da pauta da Casa Legislativa não interromperá a contagem do prazo (sessenta dias,
prorrogáveis por mais sessenta) para a conclusão do processo legislativo da medida provisória. Deduz-se,
com isso, que é possível que, mesmo com o trancamento de pauta, haja expiração do prazo para a conclusão
do processo legislativo, sem que o Congresso Nacional tenha ultimado a apreciação da medida provisória.
21
ADI 5127, Rel. Min. Rosa Weber, red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, Julg: 15.10.2015.
22
MS 27931/DF, Rel. Min. Celso de Mello, Julgamento em 29.06.2017
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Nessa situação, a medida provisória perderá sua eficácia, desde a sua edição, por decurso de prazo (ex
tunc).
A jurisprudência do STF não admite que medida provisória submetida ao Congresso Nacional seja retirada
pelo Chefe do Poder Executivo. Entretanto, aceita que medida provisória nessa situação seja revogada por
outra. Nesse caso, a matéria constante da medida provisória revogada não poderá ser reeditada, em nova
medida provisória, na mesma sessão legislativa.
No que se refere aos estados-membros, segundo o STF, estes podem adotar medida provisória, desde que
haja previsão de edição dessa espécie normativa em sua Constituição, nos mesmos moldes da Constituição
Federal. Para maior compreensão do tema, destaca-se o seguinte julgado, tendo como Relatora a Ministra
Ellen Gracie:
“No julgamento da ADI 425, rel. Min. Maurício Corrêa, DJ 19.12.03, o Plenário desta Corte já havia
reconhecido, por ampla maioria, a constitucionalidade da instituição de medida provisória estadual, desde
que, primeiro, esse instrumento esteja expressamente previsto na Constituição do Estado e, segundo, sejam
observados os princípios e as limitações impostas pelo modelo adotado pela Constituição Federal, tendo em
vista a necessidade da observância simétrica do processo legislativo federal. Outros precedentes: ADI 691,
rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 19.06.92 e ADI 812-MC, rel. Min. Moreira Alves, DJ 14.05.93. Entendimento
reforçado pela significativa indicação na Constituição Federal, quanto a essa possibilidade, no capítulo
referente à organização e à regência dos Estados, da competência desses entes da Federação para "explorar
diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição
de medida provisória para a sua regulamentação" (art. 25, § 2º)” (ADI 2391 SC, 15/08/2006)
(TCE-PE – 2017) A regra da separação dos poderes impede que os requisitos de relevância e urgência,
necessários à edição de medidas provisórias pelo presidente da República, sejam submetidos ao crivo do
Poder Judiciário.
Comentários:
Na ADI 4029, o STF considerou que é possível o controle jurisdicional dos requisitos de urgência e relevância,
mas apenas em casos excepcionais, nos quais for evidente a ausência desses pressupostos. Questão errada.
(MPE-MS – 2015) É vedada edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a direito processual civil e
organização do Ministério Público.
Comentários:
De fato, não podem ser editadas medidas provisórias sobre direito processual civil e organização do
Ministério Público. Questão correta.
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(TCU – 2015) Os estados não são obrigados a prever medida provisória no seu processo legislativo.
Entretanto, caso optem por incluir tal medida entre os instrumentos do processo legislativo estadual, eles
devem observar os princípios e limites estabelecidos a esse respeito na CF.
Comentários:
Os estados-membros podem instituir medidas provisórias. Porém, caso o façam, deverão observar os
princípios e limites da CF/88. Questão correta.
(Prefeitura de Curitiba – 2015) Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas
provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão conjunta, pelas duas Casas do
Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
Comentários:
As medidas provisórias não são apreciadas em sessão conjunta. Elas são apreciadas por cada Casa
Legislativa, separadamente. Questão errada.
(TJ-SC – 2015) A medida provisória que, no processo de conversão em lei, for aprovada pelo Congresso
Nacional sem alterações, não cabe ser submetida à sanção ou veto do Presidente da República,
diferentemente do que ocorre com os projetos de lei de iniciativa do Presidente da República aprovados,
sem modificações, pelo Congresso Nacional.
Comentários:
Caso sejam introduzidas modificações no texto original da medida provisória, ela será transformada em
“projeto de lei de conversão”, que será encaminhado ao Presidente da República para sanção ou veto.
Em contrapartida, caso a medida provisória seja integralmente convertida em lei, não haverá sanção ou
veto presidencial. Cabe destacar que os projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, mesmo
quando aprovados sem alteração, deverão ser objeto de sanção ou veto. Questão correta.
(MPT – 2015) Se não editado o decreto legislativo tendente a disciplinar as relações jurídicas decorrentes de
medida provisória rejeitada ou que perdeu a eficácia por decurso de prazo, em até sessenta dias da data da
rejeição ou da perda da eficácia da norma, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados
durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.
Comentários:
No caso de medida provisória integralmente rejeitada ou que perdeu a eficácia por decurso do prazo, o
Congresso Nacional terá 60 dias para editar decreto legislativo regulando as relações jurídicas dela
decorrentes. Caso não o faça, as relações jurídicas surgidas no período permanecerão regidas pela medida
provisória. Questão correta.
(SEFAZ-PE – 2015) É expressamente vedada a adoção de medidas provisórias sobre matéria relativa a planos
plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamentos e créditos adicionais e suplementares, ressalvada uma
única exceção.
Comentários:
É isso mesmo! As medidas provisórias somente poderão ser usadas, em matéria orçamentária, para a
abertura de créditos extraordinários. Questão correta.
(TRT 6a Região – 2015) O processo de conversão em lei das medidas provisórias exige que o texto aprovado
no âmbito do Poder Legislativo seja, em qualquer hipótese, promulgado pelo Presidente da República.
Comentários:
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Caso a medida provisória seja integralmente convertida em lei, ela será promulgada pelo Presidente do
Senado Federal. Questão errada.
As leis delegadas são elaboradas pelo Presidente da República, no exercício de sua função atípica
legislativa. O Presidente editará a lei delegada com base em delegação do Congresso Nacional; é justamente
isso o que dá nome de lei “delegada” a essa espécie normativa. Pelo fato de o Congresso Nacional delegar a
atribuição de legislar a alguém que não integra o Poder Legislativo, a doutrina diz que trata-se da delegação
“externa corporis”.
A elaboração de uma lei delegada depende, em primeiro lugar, de uma solicitação do Presidente ao
Congresso Nacional. Por meio de mensagem, o Presidente solicita que o Congresso lhe delegue a
competência para legislar sobre determinada matéria. Feita essa solicitação, o Congresso Nacional a
examinará e, caso a aprove, editará resolução que especificará o conteúdo e os termos para o exercício da
delegação concedida. Será inconstitucional um ato de delegação genérico, vago, que dê poderes ilimitados
ao Presidente da República em termos de competência legislativa.
A delegação é ato discricionário do Congresso Nacional, podendo ser revogada a qualquer tempo. Pode ser
de dois tipos:
a) Delegação típica (própria): Nesse tipo de delegação (que costuma ser a regra), o Congresso
Nacional limita-se a atribuir ao Presidente a competência para editar lei sobre determinada matéria.
O Presidente irá, então, elaborar, promulgar e publicar a lei delegada, sem qualquer intervenção do
Congresso nesse procedimento.
b) Delegação atípica (imprópria): Nesse tipo de delegação, a resolução do Congresso Nacional prevê
que o projeto de lei delegada elaborado pelo Presidente deverá ser apreciado pelo Poder Legislativo
antes de ser convertido em lei.
Nesse caso, o Congresso Nacional sobre ele deliberará, em votação única, vedada qualquer emenda.
Caso aprovada, a lei delegada será encaminhada ao Presidente da República, para que a promulgue
e publique. Se rejeitado, o projeto será arquivado, somente podendo ser reapresentado, na mesma
sessão legislativa, por solicitação da maioria absoluta dos membros de uma das Casas do Congresso
Nacional (princípio da irrepetibilidade).
A delegação não vincula o Presidente da República, que, mesmo diante dela, poderá não editar a lei
delegada. Também não retira do Legislativo o poder de regular a matéria. Além disso, o Congresso Nacional
pode revogar a delegação antes do encerramento do prazo fixado na resolução.
Da mesma forma que ocorre com as medidas provisórias, as leis delegadas não podem cuidar de qualquer
matéria. De modo geral, a matéria vedada à medida provisória coincide com a que é proibida à lei delegada.
Essa coincidência, porém, não é absoluta, pois há proibições que se aplicam somente à medida provisória
(por exemplo, determinar sequestro de bens), bem como vedações que somente são impostas à lei delegada
(por exemplo, dispor sobre direitos individuais). Vejamos o que dispõe o art. 68, § 1º, da Constituição Federal:
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A Carta Magna outorgou ao Congresso Nacional a competência para sustar os atos do Executivo que
exorbitem dos limites da delegação legislativa. O ato de sustação surtirá efeitos não-retroativos (ex nunc).
Trata-se do chamado “veto legislativo”.
Esse controle legislativo não veda uma eventual declaração de inconstitucionalidade pelo Poder Judiciário,
quanto à matéria ou quanto aos requisitos formais do processo legislativo. De acordo com o STF, se o
Congresso Nacional sustar os efeitos de ato normativo do Poder Executivo, a ação de sustação poderá sofrer
controle repressivo judicial. Assim, após o ato de sustação efetuado pelo Congresso Nacional (decreto
legislativo), poderá o Chefe do Executivo pleitear judicialmente a declaração de sua inconstitucionalidade,
por meio de ação direta de inconstitucionalidade (ADI) ajuizada perante o Supremo Tribunal Federal.
(MPE-PR – 2014) Não serão objeto de lei delegada os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional,
os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei
complementar, nem a legislação sobre nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais.
Comentários:
É exatamente o que prevê o art. 68, § 1º, I, CF/88. A lei delegada não poderá versar sobre essas matérias.
Questão correta.
(AL-BA – 2014) Uma das modalidades normativas é a lei delegada, que deve ser solicitada ao Legislativo.
O veículo de delegação será decreto legislativo da Câmara dos Deputados.
Comentários:
A delegação legislativa será feita mediante resolução do Congresso Nacional. Questão errada.
(MPE-MT – 2014) As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República mediante resolução
do Congresso Nacional, autorizando-o a legislar sobre matérias específicas e delimitando os termos de
seu exercício.
Comentários:
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É o Presidente da República que elabora as leis delegadas, após receber a delegação legislativa do
Congresso Nacional. Questão correta.
Os decretos legislativos e as resoluções são espécies normativas primárias, com hierarquia de lei ordinária.
Não estão sujeitos à sanção ou veto do Presidente da República.
Os decretos legislativos são atos editados pelo Congresso Nacional para o tratamento de matérias de sua
competência exclusiva (art. 49 da CF), dispensada a sanção presidencial. Segundo o Prof. José Afonso da
Silva, os decretos legislativos são atos com efeitos externos ao Congresso Nacional.
As resoluções, por sua vez, são espécies normativas editadas pelo Congresso Nacional, pelo Senado Federal
ou pela Câmara dos Deputados. São utilizadas para dispor sobre assuntos de sua competência que não estão
sujeitos à reserva de lei. Esses assuntos são basicamente aqueles enumerados nos arts. 51 e 52 da
Constituição, que apontam as competências privativas da Câmara e do Senado, respectivamente.
A Carta Magna exige a edição de resoluções, também, em outros dispositivos constitucionais, dentre os
quais:
b) definição das alíquotas máximas do imposto da competência dos Estados e do DF, sobre
transmissão “causa mortis” e doações, de quaisquer bens ou direitos (resoluções do Senado);
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O PPA, a LDO e a LOA são leis de iniciativa do Poder Executivo (art. 165, CF), devendo ser apreciadas pelas
duas Casas do Congresso Nacional, nos parâmetros do regimento comum (art. 166, CF). Seu processo
legislativo apresenta várias peculiaridades, conforme veremos a seguir.
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão
adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar
e limitação das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto no § 11
do art. 166.
Como essa lei ainda não foi editada, é a Lei 4.320/64, recepcionada como lei complementar, que prevê as
normas gerais de direito financeiro para os entes federados.
O processo legislativo se inicia com a elaboração da proposta legislativa. As leis orçamentárias são, conforme
o art. 165 da Constituição Federal, de iniciativa do Poder Executivo. Na esfera federal, essa iniciativa é de
competência privativa do Presidente da República (art. 84, XXIII, CF). Trata-se de iniciativa vinculada, uma
vez que deve ser exercida obrigatoriamente pelo seu titular em determinado período, por disposição
constitucional e legal. Nesse sentido, o art. 85 da Constituição Federal determina que são crime de
responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a lei orçamentária.
Os prazos para o ciclo orçamentário, no âmbito federal, são determinados pelo art. 35, § 2º, I a III, do ADCT:
Art. 35, § 2.º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9.º,
I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro
do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa;
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II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento do primeiro período da sessão legislativa;
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da
sessão legislativa.
Note que o texto constitucional prevê dois prazos, para cada uma das leis orçamentárias: um para
encaminhamento da proposta e outro para devolução. O primeiro consiste na data limite para o Executivo
enviar ao Legislativo os projetos de lei orçamentária. Já o segundo corresponde à data limite para que o
Poder Legislativo envie os projetos para a sanção do Chefe do Executivo. Esquematizando:
Os prazos referentes ao ciclo orçamentário dos Estados e dos Municípios constam das respectivas
Constituições Estaduais ou Leis Orgânicas.
A fase de discussão se subdivide em proposição de emendas (emendamento), voto do relator, redação final
e proposição em Plenário. Nela, os parlamentares debatem sobre a proposta legislativa. A apreciação dos
projetos das leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) é feita pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma
do regimento comum (art. 166, CF).
No que se refere à fase de emendamento, determina a Constituição que as emendas aos projetos de leis
orçamentárias serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na
forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. Essa comissão, como o nome nos faz
imaginar, é composta de deputados e senadores (art. 166, § 2º, CF/88).
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser
aprovadas caso (art. 166, § 3º, CF/88):
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A fase de emendamento do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias também é objeto de limitações pela
Lei Fundamental. Reza a Carta Magna (art. 166, § 4º) que as emendas ao projeto de lei de diretrizes
orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.
É importante destacar o entendimento do Supremo Tribunal Federal de que embora a iniciativa dos projetos
de leis orçamentárias seja de competência reservada do Chefe do Poder Executivo, podem os membros do
Legislativo oferecer emendas aos mesmos. Isso porque o poder de emendar projetos de lei é prerrogativa
de ordem político-jurídica inerente ao exercício da atividade legislativa (ADI 1.050-MC, DJ de 23.04.2004).
Também é importante ressaltar que o STF entende que o plano plurianual não pode ser modificado para
aumentar as despesas (ADI 2.810, DJ de 25.04.2003 e ADI 1.254-MC, DJ de 18.08.1995).
No que se refere à fase de deliberação, a regra é a não rejeição das leis orçamentárias. Nesse sentido, dispõe
a Constituição que a sessão legislativa não deverá ser interrompida sem a aprovação do projeto de lei de
diretrizes orçamentárias (art. 57, § 2º, CF). Há, contudo, uma exceção à regra. É possível a rejeição do projeto
de LOA, o que se infere a partir do art. 166, § 8º:
O orçamento público tem a característica de ser autorizativo, e não impositivo. O Poder Executivo não está
obrigado a executar as despesas previstas na Lei Orçamentária Anual (LOA), possuindo mera autorização
para fazê-lo. Por exemplo, suponha que a LOA destine R$ 5 bilhões para a Segurança Pública. Desse valor,
nem tudo precisa ser gasto, ou seja, nem tudo precisa ser executado.
Isso sempre levou a uma intensa negociação política entre Poder Executivo e o Poder Legislativo. Você já
ouviu falar do “toma lá, dá cá”, não é? Pois bem. Os parlamentares sempre tiveram a prerrogativa de
apresentar emendas parlamentares para alteração da LOA, mas o Poder Executivo não era obrigado a
executá-las.
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O Poder Executivo, então, só executava as emendas parlamentares daqueles congressistas que “votassem
com o governo”. Por outro lado, os parlamentares que não apoiassem o governo, não tinham suas emendas
executadas, ficando em “maus lençóis” com sua base de apoio.
Foi por essa razão que se começou a trabalhar na Emenda Constitucional nº 86/2015, que ficou conhecida
como “PEC do Orçamento Impositivo”. Vamos entender o porquê desse nome.
Quando se fala em “orçamento impositivo”, a referência que se faz é à obrigatoriedade de que ocorra a
execução das despesas previstas na LOA. Em outras palavras, os gestores públicos deverão efetivamente
gastar aquilo que está previsto no orçamento. É diferente da ideia de “orçamento autorizativo”, segundo a
qual a LOA apenas autoriza despesas, sem impor ao gestor público que lhes execute.
Mas o que isso tudo tem a ver com a Emenda Constitucional nº 86?
Na verdade, a EC nº 86/2015 poderia ser chamada de “PEC das Emendas Parlamentares Impositivas” (e não
PEC do Orçamento Impositivo!). Explico....
As despesas previstas na LOA continuam sendo uma mera autorização para o gasto pelos gestores públicos.
Todavia, estabeleceu-se que as emendas parlamentares individuais (aprovadas no limite de 1,2% da receita
corrente líquida) serão obrigatoriamente executadas.
Esse é um dos pontos centrais dessa Emenda Constitucional nº 86/2015. Mas não é só isso...
a) As emendas parlamentares são alterações da Lei Orçamentária Anual. Até a EC nº 86/2015, não se
sabia exatamente o valor dos recursos a serem destinados às emendas parlamentares individuais.
Com a nova Emenda Constitucional, o valor das emendas parlamentares individuais passa a ser um
valor certo, definido em 1,2% da Receita Corrente Líquida.
b) Do total previsto para as emendas parlamentares individuais, metade (50%) será destinada a
ações e serviços públicos de saúde.
A EC nº 86/2015 definiu também um percentual mínimo para os gastos da União com ações e serviços
públicos de saúde. Agora, segundo o art. 198, §2º, I, a União deverá aplicar, pelo menos, 15% da sua Receita
Corrente Líquida em ações e serviços públicos de saúde.
As emendas à LOA representam uma forma de o Poder Legislativo influenciar na alocação dos recursos
públicos. Elas podem ser de 4 (quatro) diferentes tipos: individuais, de bancada, de comissão e da relatoria.
Para o nosso estudo, é interessante saber apenas a diferença entre as emendas individuais e as emendas de
bancada.
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As emendas individuais são apresentadas por cada Deputado ou Senador, individualmente. As emendas de
bancada, por outro lado, são coletivas, sendo apresentadas pelas bancadas estaduais ou regionais.
A EC nº 86/2015 tratou das emendas individuais à LOA, determinando que elas se tornassem impositivas, ou
seja, de execução obrigatória. As EC nº 100/2019, por outro lado, tem como escopo as emendas de bancada.
Assim, as emendas de bancada, aprovadas no montante de até 1% da Receita Corrente Líquida (RCL) do
exercício anterior, são de execução obrigatória. Em outras palavras, as emendas de bancada passam a ser
impositivas. Cabe destacar que, havendo impedimentos de ordem técnica, as emendas de bancada, assim
como as individuais, não serão executadas.
(Procurador de Curitiba – 2015) As emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas
no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto
encaminhado pelo Poder Executivo, sendo o total desse montante destinado a ações e serviços públicos de
saúde.
Comentários:
A EC nº 86/2015 estabeleceu que, do total previsto para as emendas parlamentares, metade será destinada
a ações e serviços de saúde. O erro foi ter dito que a “totalidade das emendas” deveria ser destinada a essa
finalidade. Questão errada.
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (CESPE / STM – 2018) Situação hipotética: Por iniciativa de deputado federal tramitou e foi
aprovado, no Congresso Nacional, projeto de lei que trata de regime jurídico dos militares das Forças
Armadas. Assertiva: Nessa situação, o projeto deverá ser vetado pelo presidente da República, porque
existe vício de constitucionalidade formal.
Comentários:
As leis que dispõem sobre regime jurídico dos militares das Forças Armadas são de iniciativa privativa do
Presidente da República (art. 61, §1º, II, “f”, CF). Por isso, projeto de lei de iniciativa de deputado federal
que trate dessa matéria deve, sim, ser vetado pelo presidente da República, porque sofre de vício de
constitucionalidade formal. Questão correta.
2. (CESPE / Instituto Rio Branco – 2018) A Câmara dos Deputados é a casa onde se devem iniciar todos
os projetos de lei de iniciativa do presidente da República, do STF ou de tribunal superior, cabendo ao
Senado o papel de casa revisora.
Comentários:
É o que determina a Carta Magna no seu art. 64, segundo o qual “a discussão e votação dos projetos de lei
de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início
na Câmara dos Deputados”. Nesse caso, caberá ao Senado o papel de casa revisora, nos termos do art. 65
da CF/88. Questão correta.
3. (CESPE / EMAP – 2018) Medida provisória que perca sua eficácia por decurso de prazo somente
poderá ser reeditada na mesma sessão legislativa, em caso de interesse público relevante.
Comentários:
A CF/88 determina que “ é vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha
sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo“ (art. 62, § 10, CF). É o que se chama
de principio da irrepetibilidade, que, no caso das medidas provisórias, não comporta exceções. Por isso, na
situação apresentada, a medida provisória não poderá ser reeditada. Questão errada.
4. (CESPE / TRF 1a Região – 2017) Nas situações de relevância e urgência, o chefe do Poder Executivo
federal poderá editar medida provisória que trate de matéria relativa à organização do Poder Judiciário.
Comentários:
É vedada a edição de medida provisória sobre organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a
carreira e a garantia de seus membros (art. 62, § 1º, I, alínea “c”). Questão errada.
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5. (CESPE / TRF 1a Região – 2017) Lei estadual, de iniciativa parlamentar, que crie atribuições para
determinada secretaria do estado, deverá ser declarada inconstitucional por vício de iniciativa.
Comentários:
Lei estadual que cria atribuições para determinada secretaria do estado é de iniciativa privativa do
Governador. Portanto, na situação apresentada pelo enunciado, há inconstitucionalidade formal, por vício
de iniciativa. Questão correta.
6. (CESPE / TCE-PE – 2017) Dado o princípio da simetria, lei estadual para tratar de situação funcional
de servidores públicos da administração direta e indireta deverá ser proposta pelo governador do estado.
Comentários:
É exatamente isso! É de iniciativa privativa do Governador projeto de lei que versa sobre a situação
funcional de servidores públicos estaduais. Questão correta.
7. (CESPE / TCE-PE – 2017) Matéria reservada a lei complementar não pode ser tratada por meio de
medida provisória nem pode ser objeto de lei delegada elaborada pelo presidente da República.
Comentários:
Medida provisória e lei delegada não podem tratar de tema que a CF/88 reservou para lei complementar.
Questão correta.
8. (CESPE / TCE-PE – 2017) A regra da separação dos poderes impede que os requisitos de relevância
e urgência, necessários à edição de medidas provisórias pelo presidente da República, sejam submetidos
ao crivo do Poder Judiciário.
Comentários:
Na ADI 4029, o STF considerou que é possível o controle jurisdicional dos requisitos de urgência e relevância,
mas apenas em casos excepcionais, nos quais for evidente a ausência desses pressupostos. Questão errada.
9. (CESPE / TCE-PE – 2017) Quando propostas pelo presidente da República e aprovadas pelas casas
do Congresso Nacional, as emendas à Constituição deverão ser promulgadas pelo proponente em prazo
constitucionalmente determinado.
Comentários:
As emendas constitucionais são promulgadas pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Não se pode dizer, portanto, que elas serão promulgadas pelos “proponentes”. Questão errada.
10. (CESPE / TCE-PE – 2017) O presidente da República poderá vetar alínea de projeto de lei aprovado
pelo Congresso Nacional, desde que o faça integralmente.
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Comentários:
O veto pode ser total ou parcial. No caso de veto parcial, este deverá abranger o texto integral de artigo,
parágrafo, inciso ou alínea. Questão correta.
11. (CESPE / Instituto Rio Branco – 2017) Os projetos de lei de iniciativa do presidente da República,
em particular os que versem sobre questões orçamentárias, não podem receber emendas parlamentares
que ensejem aumento de despesa pública.
Comentários:
Como regra geral, nos projetos de lei de iniciativa exclusiva do Presidente da República, não serão admitidas
emendas parlamentares que impliquem em aumento de despesa. Essa regra não se aplica, todavia, para
emendas parlamentares em em projetos de leis que envolvam questões orçamentárias. É o que se extrai da
leitura, do art. 63, I, CF/88:
Questão errada.
12. (CESPE / TRE-BA – 2017) O Projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional é enviado ao presidente
da República, que pode vetá-lo ou sancioná-lo. Considera-se o veto do presidente um ato
a) retratável, por ser suscetível de posterior alteração pelo próprio presidente da República.
b) político, pois não há necessidade de que seja motivado.
c) absoluto, pois encerra definitivamente o processo legislativo em relação aos dispositivos vetados.
d) expresso, pois deve resultar de manifestação efetiva do chefe do Executivo.
e) supressivo ou aditivo, já que pode determinar a retirada ou a inclusão de dispositivos no projeto de lei.
Comentários:
Letra B: errada. O veto será sempre motivado. O Presidente irá vetar um projeto de lei por considerá-lo
inconstitucional (veto jurídico) ou contrário ao interesse público (veto político).
Letra C: errada. O veto é relativo. Ele poderá ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e
Senadores, em sessão conjunta do Congresso Nacional.
Letra E: errada. O veto não pode implicar na inclusão de dispositivos no projeto de lei.
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O gabarito é a letra D.
Comentários:
I - relativa a:
O gabarito é a letra D.
14. (CESPE / PC-GO – 2016) Acerca do processo legislativo pertinente a medidas provisórias, assinale a
opção correta.
a) O decreto legislativo editado para regular as relações nascidas a partir do período de vigência de medida
provisória posteriormente rejeitada cria hipótese de ultratividade da norma, capaz de manter válidos os
efeitos produzidos e, bem assim, alcançar situações idênticas futuras.
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b) Muito embora a medida provisória, a partir da sua publicação, não possa ser retirada pelo presidente da
República da apreciação do Congresso Nacional, nada obsta que seja editada uma segunda medida provisória
que ab-rogue a primeira para o fim de suspender-lhe a eficácia.
c) Por força do princípio da separação de poderes, é vedado ao Poder Judiciário examinar o preenchimento
dos requisitos de urgência e de relevância por determinada medida provisória.
d) Em situações excepcionais elencadas no texto constitucional, a medida provisória rejeitada pelo Congresso
Nacional somente poderá ser reeditada na mesma sessão legislativa de sua edição.
e) A proibição de edição de medida provisória sobre matéria penal e processual penal alcança as emendas
oferecidas ao seu correspondente projeto de lei de conversão, as quais ficam igualmente impedidas de
veicular aquela matéria.
Comentários:
Letra A: errada. A medida provisória tem validade por 60 dias, prorrogáveis por igual período. Se não for
convertida em lei nesse prazo, elas perdem sua validade. Poderá, então, ser editado um decreto legislativo
para regular as relações jurídicas decorrentes da medida provisória.
Se o referido decreto legislativo não for editado, as relações jurídicas constituídas e os atos praticados
durante a vigência da medida provisória continuarão por ela regidos. Diante da falta de edição de decreto
legislativo surgirá, então, hipótese de ultratividade da medida provisória rejeitada (expressa ou
tacitamente. Destaque-se que “ultratividade” consiste em aplicação de norma revogada a casos durante o
período em que ela estava em vigor.
Observe, portanto, que, ao contrário do que diz o enunciado, é a falta de edição de decreto que gera
hipótese de ultratividade da medida provisória.
Letra B: correta. O Presidente da República não pode retirar medida provisória que tenha editado. No
entanto, poderá editar uma segunda medida provisória com o objetivo de ab-rogar a primeira.
Letra C: errada. O Poder Judiciário poderá, em situações excepcionais, examinar os requisitos de relevância
e urgência.
Letra D: errada. A medida provisória rejeitada ou que perdeu eficácia por decurso de prazo não poderá ser
reeditada na mesma sessão legislativa.
Letra E: errada. Não podem ser editadas medidas provisórias sobre direito penal e processual penal. Essas
são vedações materiais às medidas provisórias. No entanto, tais vedações se direcionam ao Presidente da
República ao editar a medida provisória.
No Congresso Nacional, podem ser apresentadas emendas parlamentares à medida provisória, hipótese em
que esta irá se transformar em projeto de lei de conversão. O projeto de lei de conversão não está sujeito
às mesmas vedações materiais que a medida provisória.
O gabarito é a letra B.
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15. (CESPE / PC-PE – 2016) No que se refere ao processo legislativo, assinale a opção correta de acordo
com o disposto na CF.
a) A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação ao Congresso Nacional de projeto de lei subscrito
por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído por, pelo menos, nove estados da Federação.
b) É de competência do Senado Federal examinar as medidas provisórias e emitir parecer sobre elas, antes
que sejam apreciadas pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
c) Leis ordinárias e complementares são espécies do processo legislativo federal que, aprovadas pelo
Congresso Nacional, prescindem da sanção do presidente da República.
d) É de competência exclusiva da Câmara dos Deputados sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.
e) A iniciativa de leis complementares e ordinárias cabe ao presidente da República, ao Supremo Tribunal
Federal, aos tribunais superiores, ao procurador-geral da República e aos cidadãos, entre outros.
Comentários:
Letra A: errada. A iniciativa popular de projeto de lei depende da subscrição da proposta por 1% do eleitoral
nacional, em pelo menos 5 estados, manifestando-se, em cada um destes, pelo menos 0,3% do eleitorado.
Letra B: errada. Caberá a uma comissão mista de Deputados Federais e Senadores examinar as medidas
provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de sua apreciação, em sessão separada, pelo Plenário de cada
uma das Casas Legislativas.
Letra D: errada. É competência exclusiva do Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa (art. 49, V, CF/88).
Letra E: correta. Segundo o art. 61, CF/88, “a iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer
membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente
da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos
cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição”.
O gabarito é a letra E.
16. (CESPE / TRT 8a Região – 2016) Acerca do processo legislativo, assinale a opção correta de acordo
com as disposições da CF.
a) Há veto tácito sempre que o presidente da República deixa de sancionar a lei no prazo constitucionalmente
exigido após sua aprovação.
b) É vedada a apresentação de emenda parlamentar a projeto de lei de iniciativa privativa do presidente da
República.
c) Compete ao presidente da República o esclarecimento sobre em que consiste a contrariedade ao interesse
público no veto político a projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional.
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Comentários:
Letra A: errada. O veto é sempre expresso, jamais tácito. Caso o Presidente da República não manifeste sua
posição em relação a um projeto de lei no prazo de 15 dias úteis, este será sancionado tacitamente.
Letra B: errada. Admite-se a apresentação de emenda parlamentar a projeto de lei de iniciativa privativa do
presidente da República, desde que não acarrete aumento de despesa, ressalvada a emenda à lei
orçamentária anual e à lei de diretrizes orçamentárias (art. 63, I, CF).
Letra C: correta. De fato, assim como o veto jurídico, o veto político é sempre motivado.
Letra E: errada. Mesmo nesse caso, a sanção do Presidente da República é etapa obrigatória do processo
legislativo.
O gabarito é a letra C.
17. (CESPE / TCE-PA – 2016) Em decorrência das prerrogativas da autonomia e do autogoverno, o TCU
detém iniciativa reservada para instaurar processo legislativo destinado a alterar sua organização e
funcionamento, sendo formalmente inconstitucional lei de iniciativa parlamentar que disponha sobre a
referida matéria.
Comentários:
Segundo o art. 73, CF/88, “o Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito
Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as
atribuições previstas no art. 96”.
Esse dispositivo, além de tratar da composição do TCU, nos indica que este órgão irá exercer, no que couber,
as atribuições previstas no art. 96, CF/88. Essas atribuições são aquelas típicas dos tribunais do Poder
Judiciário. Vejamos:
I - aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das
normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência
e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
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b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados,
velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores
que lhes forem imediatamente vinculados;
O TCU, assim como os tribunais do Poder Judiciário, tem poder de autogoverno. Nesse sentido, é o próprio
TCU que tem competência para dispor sobre sua organização e funcionamento. Lei de iniciativa parlamentar
que disponha sobre essa matéria será, portanto, formalmente inconstitucional. Questão correta.
18. (CESPE / TCE-PA – 2016) Segundo o STF, configura hipótese de inconstitucionalidade formal, por
vício de iniciativa, a edição de lei de iniciativa parlamentar que estabeleça atribuições para órgãos da
administração pública.
Comentários:
Segundo o STF, lei que estabelecer atribuições para órgãos da Administração Pública é de iniciativa privativa
do Chefe do Poder Executivo. Logo, lei de iniciativa parlamentar sobre essa matéria será formalmente
inconstitucional. Questão correta.
19. (CESPE / TCE-PA – 2016) Cabe ao próprio Ministério Público a iniciativa de propor ao Poder
Legislativo a edição de lei ordinária que disponha sobre a criação e a extinção de seus cargos e serviços
auxiliares, bem como sobre a política remuneratória e seus planos de carreira.
Comentários:
O Ministério Público tem a iniciativa de propor ao Poder Legislativo a edição de lei ordinária dispondo sobre
criação e a extinção de seus cargos e serviços auxiliares, bem como sobre a política remuneratória e seus
planos de carreira. É o que prevê o art. 127, § 2º, CF/88:
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Questão correta.
20. (CESPE / TRE-MT – 2015) A respeito das espécies normativas e do processo legislativo, assinale a
opção correta.
a) As leis ordinárias incidem em todo o território nacional, enquanto as leis complementares regulam
matérias de interesse da União, não incidindo em estados e municípios nem no Distrito Federal.
b) São consideradas cláusulas pétreas da CF, entre outras, a forma federativa de Estado e o voto direto,
secreto, universal e periódico, não se admitindo emenda constitucional tendente a aboli-las.
c) Iniciam-se no Senado Federal a discussão e a votação de projetos de lei de iniciativa do presidente da
República, do STF e dos tribunais superiores.
d) A edição de medidas provisórias é de competência exclusiva do presidente da República, podendo versar
sobre quaisquer matérias que possam ser reguladas por lei ordinária.
e) Emendas à CF entram em vigor se aprovadas por três quintos dos membros de cada casa do Congresso
Nacional e sancionadas e promulgadas pelo presidente da República.
Comentários:
Letra A: errada. Tanto as leis ordinárias quanto as leis complementares podem incidir em todo o território
nacional.
Letra B: correta. As cláusulas pétreas do texto constitucional são as seguintes: i) forma federativa de Estado;
ii) separação de poderes; iii) voto direto, secreto, universal e periódico e; iv) direitos e garantias individuais.
Letra C: errada. Nos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do STF e dos Tribunais
Superiores, a Casa Iniciadora é a Câmara dos Deputados.
Letra D: errada. Nem todas as matérias podem ser objeto de medida provisória. Por exemplo, medida
provisória não pode dispor sobre direito penal, processual penal e processual civil.
O gabarito é a letra B.
Comentários:
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22. (CESPE / AGU – 2015) Caso uma lei de iniciativa parlamentar afaste os efeitos de sanções
disciplinares aplicadas a servidores públicos que participarem de movimento reivindicatório, tal norma
padecerá de vício de iniciativa por estar essa matéria no âmbito da reserva de iniciativa do chefe do Poder
Executivo.
Comentários:
As leis que versam sobre o regime jurídico dos servidores públicos são da iniciativa privativa do Chefe do
Poder Executivo. Portanto, uma lei de iniciativa parlamentar que afaste os efeitos de sanções disciplinares
aplicadas a servidores públicos que participarem de movimento reivindicatório padecerá de vício de
iniciativa. Questão correta.
23. (CESPE / AGU – 2015) O veto do presidente da República a um projeto de lei ordinária insere-se no
âmbito do processo legislativo, e as razões para o veto podem ser objeto de controle pelo Poder Judiciário.
Comentários:
O veto é um ato político e, como tal, suas razões não poderão ser questionadas perante o Poder Judiciário.
Destaque-se, todavia, que é admissível o controle jurisdicional da inoportunidade do veto. Questão errada.
24. (CESPE / AGU – 2015) No ordenamento jurídico brasileiro, admitem-se a autorização de referendo
e a convocação de plebiscito por meio de medida provisória.
Comentários:
O art. 49, XV, CF/88, estabelece que é competência exclusiva do Congresso Nacional autorizar referendo e
convocar plebiscito. O tratamento das matérias da competência exclusiva do Congresso Nacional é feito
mediante decreto legislativo. Questão errada.
25. (CESPE / TCU – 2015) Os estados não são obrigados a prever medida provisória no seu processo
legislativo. Entretanto, caso optem por incluir tal medida entre os instrumentos do processo legislativo
estadual, eles devem observar os princípios e limites estabelecidos a esse respeito na CF.
Comentários:
26. (CESPE / Instituto Rio Branco – 2015) O presidente da República possui competência para vetar
projeto de lei, no todo ou em parte, tanto sob o fundamento de inconstitucionalidade como por considerá-
lo contrário ao interesse público.
Comentários:
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O veto pode ser jurídico (sob o fundamento de inconstitucionalidade) ou político (quando o projeto de lei
for contrário ao interesse público). Questão correta.
27. (CESPE / Instituto Rio Branco – 2015) Dispõem de competência para apresentar projetos de lei
complementar ou ordinária qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal
ou do Congresso Nacional, o presidente da República, o Supremo Tribunal Federal, os tribunais superiores,
o procurador-geral da República e os cidadãos, na forma e nos casos previstos na Constituição.
Comentários:
Segundo o art. 61, CF/88, “a iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da
República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos
cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição”. Questão correta.
28. (CESPE / TRE-GO – 2015) Embora a CF permita ao ocupante da Presidência da República a adoção
de medidas provisórias com força de lei em casos de relevância e urgência, o texto constitucional proíbe a
edição desse tipo de instrumento com relação ao direito eleitoral.
Comentários:
De fato, a Constituição Federal, em seu art. 62, § 1o, veda a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I - relativa a:
II - que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo
financeiro;
Questão correta.
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29. (CESPE / ANTAQ – 2014) Não há previsão constitucional para a iniciativa popular de leis no processo
legislativo estadual.
Comentários:
A Constituição dispõe (art. 27, § 4o) que a lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo
estadual. Questão errada.
30. (CESPE / ANTAQ – 2014) A Constituição autoriza o presidente da República, o STF, os tribunais
superiores e o Procurador-Geral da República a solicitar, ao Congresso Nacional, regime de urgência para
apreciação de projetos de sua iniciativa.
Comentários:
Somente o Presidente da República pode solicitar urgência para apreciação dos projetos de sua iniciativa
(art. 64, § 1o, CF). Questão errada.
31. (CESPE / TJ-CE – 2014) Assinale a opção correta com base nas normas constitucionais que
disciplinam as medidas provisórias e na jurisprudência do STF relativa a essa matéria.
a) Caso o texto original de uma medida provisória seja aprovado e convertido em lei, essa lei terá de ser
sancionada pelo presidente da República, em homenagem ao princípio da separação de poderes.
b) Em qualquer caso, poderá o STF analisar o preenchimento dos requisitos de relevância e urgência
estabelecidos constitucionalmente para as medidas provisórias, em homenagem ao princípio da
inafastabilidade da jurisdição.
c) Caso medida provisória tenha versado sobre matéria reservada a lei complementar, sua conversão em lei,
pelo Congresso Nacional, convalidará o vício inicial, desde que tal conversão seja aprovada por maioria
absoluta.
d) Apesar de o presidente da República, após a edição da medida provisória, não poder mais retirá-la da
apreciação do Congresso Nacional, ele pode ab-rogá-la por meio da edição de nova medida provisória.
e) A competência constitucional do presidente da República para adotar medidas provisórias, em caso de
relevância e urgência, poderá ser delegada, mediante decreto, ao ministro de Estado da Justiça.
Comentários:
Letra A: errada. A sanção do Presidente da República só é necessária quando ocorre alteração do texto
original da medida provisória (art. 62, § 12, CF). Do contrário, não há necessidade.
Letra C: errada. A Carta Magna veda a edição de medidas provisórias sobre matérias reservadas à lei
complementar. A conversão em lei dessas medidas provisórias não tem o condão de convalidá-las.
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Letra D: correta. O STF entende que o Presidente da República pode expedir medida provisória revogando
outra medida provisória, ainda em curso no Congresso Nacional. A medida provisória revogada fica,
entretanto, com sua eficácia suspensa, até que haja pronunciamento do Poder Legislativo sobre a medida
provisória ab-rogante. Se for acolhida pelo Congresso Nacional a medida provisória ab-rogante, e
transformada em lei, a revogação da medida provisória anterior torna-se definitiva; se for, porém, rejeitada,
retomam seu curso os efeitos da medida provisória ab-rogada, que há de ser apreciada pelo Congresso
Nacional, no prazo restante a sua vigência. Assim, se a medida provisória revogadora não for convertida em
lei, o ato normativo anterior recupera a sua vigência e eficácia pelo restante do prazo, seguindo-se daí as
consequências da sua conversão ou não em lei23.
O gabarito é a letra D.
32. (CESPE / TCDF – 2014) O veto do presidente da República a projeto de lei será apreciado em sessão
unicameral, somente podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos congressistas.
Comentários:
O veto do Presidente da República será apreciado em sessão conjunta, só podendo ser rejeitado pelo voto
da maioria absoluta dos deputados e senadores. Questão errada.
33. (CESPE / Câmara dos Deputados – 2014) A CF admite que se modifiquem, por meio de emendas
parlamentares, projetos de lei elaborados pelo chefe do Poder Executivo no exercício de sua iniciativa
reservada, mas veda, por inteiro, as emendas que ensejem aumento de despesa pública.
Comentários:
A vedação a que emendas parlamentares aumentem a despesa pública não é absoluta. O art. 166, § 3o, da
Constituição, permite que as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o
modifiquem sejam aprovadas caso:
b) serviço da dívida;
23 ADI 3964/2007.
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Questão errada.
34. (CESPE / Câmara dos Deputados – 2014) Se o presidente da República editar determinada medida
provisória, os requisitos constitucionais de relevância e urgência apenas em caráter excepcional submeter-
se-ão ao crivo do Poder Judiciário, por força do princípio da separação dos poderes.
Comentários:
De fato, o controle exercido sobre esses requisitos constitucionais pelo Judiciário dá-se em caráter
excepcional, por força do princípio da separação dos poderes. Questão correta.
35. (CESPE / Câmara dos Deputados – 2014) Tendo havido sanção expressa, é desnecessário o debate
acerca de eventual defeito de iniciativa, já que este, mesmo existente, restaria convalidado pela anuência
presidencial.
Comentários:
36. (CESPE / Instituto Rio Branco – 2014) Pertence privativamente ao presidente da República a
iniciativa das leis que disponham sobre a criação de cargos, funções ou empregos públicos, bem como
sobre o aumento de remuneração, na administração direta e nas autarquias.
Comentários:
O art. 61, § 1o, da CF/88 prevê que são de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que
disponham sobre criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou
aumento de sua remuneração. Questão correta.
37. (CESPE / Instituto Rio Branco – 2014) São disciplinados por decreto legislativo os assuntos de
competência exclusiva do Congresso Nacional, como, por exemplo, a aprovação de tratados, acordos ou
atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Comentários:
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38. (CESPE / Câmara dos Deputados – 2012) O processo legislativo compreende a elaboração de
emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas e medidas provisórias. Os
decretos legislativos e as resoluções — que tratam de matérias de competência privativa do Senado
Federal e da Câmara dos Deputados — são considerados atos internos do Poder Legislativo, que não
necessitam de sanção presidencial e, portanto, não compõem o processo legislativo.
Comentários:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
39. (CESPE / Ministério da Saúde – 2013) O processo legislativo compreende a elaboração, entre outros
atos normativos, das leis delegadas, das resoluções e das medidas provisórias.
Comentários:
40. (CESPE / TRT 1ª Região – 2010) A iniciativa privativa ou reservada para deflagrar procedimento
destinado à formação de determinada lei ordinária pode ser objeto de delegação.
Comentários:
41. (CESPE / OAB – 2009) A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro
da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. As comissões permanentes de ambas as casas podem
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discutir e votar projetos de lei que dispensarem a competência do plenário, mas não têm o poder de
apresentar tais projetos para dar início ao processo legislativo.
Comentários:
A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe, sim, em regra, a qualquer membro da Câmara dos
Deputados ou do Senado Federal. Além disso, As comissões permanentes de ambas as casas podem discutir
e votar projetos de lei que dispensarem a competência do plenário Tais comissões têm, ainda, o poder de
apresentar projetos de lei, dando início ao processo legislativo. Fundamento: art. 61, “caput”, CF. Questão
errada.
42. (CESPE / OAB – 2009) São de iniciativa privativa do presidente da República as leis que disponham
sobre o aumento de remuneração dos cargos, funções e empregos na administração direta e autárquica.
Comentários:
43. (CESPE / TCE-AC – 2009) O Procurador-Geral da República tem competência para propor projeto de
lei ordinária ou complementar.
Comentários:
44. (CESPE / STM – 2011) A iniciativa para elaboração de leis complementares e ordinárias constitui
exemplo da denominada iniciativa concorrente.
Comentários:
45. (CESPE / Polícia Federal – 2013) A iniciativa das leis ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão
da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, bem como ao presidente da
República, ao STF, aos tribunais superiores, ao procurador-geral da República e aos cidadãos. No que tange
às leis complementares, a CF não autoriza a iniciativa popular de lei.
Comentários:
Não há tal vedação. Reza o art. 61, “caput”, da Carta Magna que a iniciativa das leis complementares e
ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do
Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao
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Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos na Constituição. Questão
errada.
46. (CESPE / TRE-MA – 2009) O sistema legislativo vigente é o unicameral, opção adotada a partir da
Constituição Federal de 1934, exatamente porque os projetos de lei, obrigatoriamente, têm de ser
aprovados pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em sessão conjunta, para que possam ser levados à
sanção do presidente da República.
Comentários:
O sistema legislativo vigente é bicameral, uma vez que há atuação de duas Casas Legislativas: Câmara dos
Deputados e Senado Federal. Questão errada.
47. (CESPE / TRT 1ª Região – 2010) A CF veda a iniciativa popular para desencadear processo legislativo
destinado à edição de lei complementar.
Comentários:
A iniciativa popular é aplicável tanto a projetos de lei ordinária quanto a de lei complementar. Questão
errada.
48. (CESPE / OAB – 2009) A iniciativa popular de lei pode ser exercida pela apresentação, à Câmara dos
Deputados ou ao Senado Federal, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional,
distribuído, pelo menos, por cinco estados.
Comentários:
Dispõe o art. 61, § 2º, da CF, que a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos
Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo
menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. Questão
errada.
49. (CESPE / TCE-AC – 2009) A CF prevê a hipótese de iniciativa popular, que pode ser exercida pela
apresentação, à Câmara dos Deputados, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 10% dos eleitores de
qualquer estado da Federação.
Comentários:
O enunciado tem um erro grosseiro! O art. 61, § 2º, da CF, estabelece que a iniciativa popular pode ser
exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por
cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por
cento dos eleitores de cada um deles.
50. (CESPE / Banco Central – 2009) A CF atribui ao presidente da República iniciativa reservada no que
concerne a leis sobre matéria tributária.
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Comentários:
Nada disso! Como vimos, entende o STF que “a Constituição de 1988 admite a iniciativa parlamentar na
instauração do processo legislativo em tema de direito tributário. A iniciativa reservada, por constituir
matéria de direito estrito, não se presume e nem comporta interpretação ampliativa na medida em que –
por implicar limitação ao poder de instauração do processo legislativo – deve, necessariamente, derivar de
norma constitucional explícita e inequívoca. (STF, Pleno, ADIn no 724/RS, 17.04.2001). Questão errada.
51. (CESPE / AGU – 2012) A competência para votar os projetos de lei é, em regra, dos plenários da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, mas as mesas diretoras das respectivas casas podem,
mediante decreto legislativo, outorgar às comissões permanentes, em razão da matéria de sua
competência, a prerrogativa de discutir, votar e decidir as proposições legislativas.
Comentários:
A competência para votar projetos de lei é tanto do Plenário quanto das comissões. Estas podem votar os
projetos que dispensem, na forma do respectivo regimento, a competência do Plenário, ressalvada a
possibilidade de recurso de um décimo dos membros da Casa. Questão errada.
52. (CESPE / TCE-BA – 2010) Se um projeto de lei for rejeitado em uma das casas do Congresso Nacional,
a matéria dele constante somente poderá ser objeto de novo projeto, no mesmo ano legislativo, mediante
proposta de dois terços dos membros de qualquer das casas legislativas.
Comentários:
Determina o art. 67 da /88 que a matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir
objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros
de qualquer das Casas do Congresso Nacional. Questão errada.
53. (CESPE / TRE-MT – 2010) Decorrido o prazo de quinze dias para o exame do projeto de lei aprovado
pelo Congresso Nacional, o silêncio do presidente da República importará veto, em razão da
impossibilidade de ocorrer sanção tácita.
Comentários:
Dispõe o art. 66, § 3º, da CF, que decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República
importará sanção. O veto necessariamente deverá ser motivado, não existindo veto tácito em nosso
ordenamento jurídico. Questão errada.
54. (CESPE / TRF 5ª Região/Juiz – 2011) Apesar de não admitir o veto presidencial tácito, a CF admite o
denominado veto sem motivação, resguardando ao presidente da República a prerrogativa de
simplesmente vetar, sem explicar os motivos de seu ato.
Comentários:
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A primeira parte do enunciado está correta: de fato, a Constituição não admite o veto tácito. Entretanto,
diferentemente do que diz o enunciado, o veto necessariamente deverá ser motivado. Questão errada.
55. (CESPE / DPU – 2010) Considere que o chefe do Poder Executivo tenha apresentado projeto de lei
ordinária que dispõe sobre a remuneração de servidores públicos. Nesse caso, não se admite emenda
parlamentar ao projeto para aumento do valor da remuneração proposto.
Comentários:
56. (CESPE / Abin – 2010) O Poder Legislativo opera por meio do Congresso Nacional, instituição
bicameral composta pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Salvo disposição constitucional
em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas comissões serão tomadas por maioria dos votos,
presente a maioria absoluta de seus membros.
Comentários:
A questão cobra o conhecimento dos arts. 44, “caput” e art. 47 da Constituição, a saber:
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal.
Questão correta.
57. (CESPE / MPTCU – 2004) O processo de elaboração de leis no sistema bicameral impõe que o projeto
aprovado por uma Casa seja submetido à outra Casa tantas vezes quantas forem as emendas que cada
qual introduzir, de modo a garantir iguais poderes ao Senado e à Câmara dos Deputados.
Comentários:
Quando voltar à Casa iniciadora para análise das emendas realizadas pela Casa revisora, o projeto não poderá
ser subemendado. Caberá à Casa iniciadora apenas aprovar ou rejeitar as emendas. Questão errada.
58. (CESPE / TJ-CE – 2012) No processo legislativo da lei ordinária, o veto presidencial parcial pode
abranger trecho, palavras ou expressões constantes de artigo, parágrafo ou alínea.
Comentários:
O veto não poderá incidir sobre trecho, palavras ou expressões constantes de artigo, parágrafo ou alínea.
Deverá abranger seu texto integral. Questão errada.
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59. (CESPE / TJ-AC – 2012) O veto a projeto de lei deverá ser apreciado em cada uma das casas do
Congresso Nacional dentro de trinta dias a contar da decisão presidencial, e sua rejeição dependerá do
voto de dois terços dos membros de cada uma delas, em votação nominal.
Comentários:
O veto deverá ser apreciado em sessão conjunta do Congresso Nacional, dentro de trinta dias, a contar do
seu recebimento. Sua decisão dependerá do voto da maioria absoluta dos deputados e senadores. Questão
errada.
60. (CESPE / MPU – 2013) Promulgação é ato que incide sobre projeto de lei, transformando-o em lei e
certificando a inovação do ordenamento jurídico.
Comentários:
A promulgação atesta que a lei existe e é válida, sendo fase posterior à transformação do projeto em lei,
segundo José Afonso da Silva. O que se promulga é a lei, não o projeto de lei. Questão errada
61. (CESPE / TCE-BA – 2010) O presidente da República só pode solicitar urgência para apreciação de
projetos de sua iniciativa, seja privativa, seja concorrente.
Comentários:
62. (CESPE / TJ-DFT – 2008) A promulgação de uma lei torna o ato perfeito e acabado, sendo o meio
pelo qual a ordem jurídica é inovada. A publicação, por sua vez, é o modo pelo qual se dá conhecimento a
todos sobre o novo ato normativo que se deve cumprir.
Comentários:
O ato se torna perfeito e acabado com a sanção. A promulgação apenas atesta a existência da lei. Incide
sobre a lei pronta. No que se refere à publicação, o enunciado está certo: a publicação, por sua vez, é o modo
pelo qual se dá conhecimento a todos sobre o novo ato normativo que se deve cumprir. Questão errada.
63. (CESPE / Ministério da Saúde – 2013) Proposta de emenda constitucional será votada em cada Casa
do Congresso Nacional, em dois turnos, sendo considerada aprovada se obtiver, em ambos os turnos, três
quintos dos votos dos respectivos parlamentares.
Comentários:
É o que prevê o art. 60, § 2º, da Constituição Federal, segundo o qual: “A proposta será discutida e votada
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três
quintos dos votos dos respectivos membros”. Questão correta.
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64. (CESPE / TJ-RR – 2012) As denominadas limitações materiais ao poder constituinte de reforma estão
exaustivamente previstas da Constituição Federal de 1988 (CF).
Comentários:
65. (CESPE / Anatel – 2012) Não são permitidas emendas à Constituição Federal durante a vigência de
intervenção federal.
Comentários:
Segundo o art. 60, § 1º, da Constituição Federal, esta não poderá ser emendada na vigência de intervenção
federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. Questão correta.
66. (CESPE / TRE-MT – 2010) A CF poderá ser emendada mediante proposta de um terço das
Assembleias legislativas das unidades da Federação, mediante a maioria relativa de seus membros.
Comentários:
Determina o art. 60, III, da CF, que a Constituição poderá ser emendada mediante proposta de Mais Da
Metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela
maioria relativa de seus membros. Questão errada.
67. (CESPE / TRE-MT – 2010) Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir
a forma republicana de governo.
Comentários:
Dispõe o art. 60, § 4º, CF/88, que não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: a
forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes e,
finalmente, os direitos e garantias individuais. Essas são, como vimos, as chamadas cláusulas pétreas.
Questão errada.
68. (CESPE / OAB – 2009) A emenda à CF será promulgada, com o respectivo número de ordem, pelo
presidente do Senado Federal, na condição de presidente do Congresso Nacional. Se a promulgação não
ocorrer dentro do prazo de quarenta e oito horas após a sua aprovação, as mesas da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal deverão fazê-lo.
Comentários:
De jeito nenhum! Determina o art. 60, § 3º, da CF, que a emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. Questão errada.
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69. (CESPE / TCU – 2009) Uma vez preenchido o requisito da iniciativa e instaurado o processo
legislativo, a proposta de emenda à CF será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em
dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos
membros.
Comentários:
É isso mesmo! De acordo com o art. 60, § 2º, da Constituição, a proposta de emenda constitucional será
discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se
obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. Questão correta.
70. (CESPE / TCU – 2009) Da mesma forma que o poder constituinte originário, o poder de reforma não
está submetido a qualquer limitação de ordem formal ou material, sendo que a CF apenas estabelece que
não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a forma federativa de Estado, o
voto direto, secreto, universal e periódico, a separação de poderes e os direitos e garantias individuais.
Comentários:
O poder de reforma (ou seja, de emendar a Constituição) está submetido a diversas limitações de ordem
formal ou material, tanto expressas quanto implícitas na Constituição. Questão errada.
71. (CESPE / STF – 2008) A CF, conforme seu próprio texto, pode ser emendada por meio de iniciativa
popular, desde que o projeto seja subscrito, por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído por,
pelo menos, cinco estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles.
Comentários:
A Constituição Federal não prevê a possibilidade de iniciativa popular de proposta de emenda à Constituição.
Questão errada.
72. (CESPE / Consultor Legislativo do Senado Federal – 2002) Uma proposta de emenda constitucional
destinada a tornar facultativo o voto para todos os brasileiros seria inconstitucional, por violar cláusula
pétrea, e, portanto, o presidente da República poderia impugná-la perante o Supremo Tribunal Federal
(STF).
Comentários:
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73. (CESPE / MPU – 2013) É expressamente vedada a edição de medidas provisórias que versem sobre
matérias de direito penal, processual penal e processual civil.
Comentários:
74. (CESPE / MPOG – 2013) É vedada pela Constituição Federal a edição de medida provisória pelo
presidente da República para dispor sobre matéria orçamentária, ressalvada a abertura de créditos
extraordinários.
Comentários:
Art. 167, § 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou
calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
Questão correta.
75. (CESPE / TJ-CE – 2012) Segundo o STF, uma vez editada a medida provisória, não pode o presidente
da República retirá-la da apreciação do Congresso Nacional nem tampouco ab-rogá-la por meio de nova
medida provisória.
Comentários:
De fato, o STF não admite que medida provisória editada seja retirada pelo Chefe do Poder Executivo.
Entretanto, aceita que medida provisória nessa situação seja ab-rogada por outra. Lembrando que ab-
rogação significa revogação total da lei, enquanto derrogação é a revogação parcial. Questão errada.
76. (CESPE / TJ-AC – 2012) As medidas provisórias devem ser votadas em sessão conjunta do Congresso
Nacional, no prazo de sessenta dias a contar de sua publicação, sob pena de imediata perda da sua eficácia.
Comentários:
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As medidas provisórias são apreciadas por cada uma das Casas, separadamente. Além disso, o prazo de
sessenta dias para sua apreciação é prorrogável por mais sessenta. Questão errada.
77. (CESPE / TRT 21ª Região – 2010) As medidas provisórias perdem a eficácia, desde a edição, se não
forem convertidas em lei no prazo de trinta dias, prorrogável uma vez, por igual período.
Comentários:
Dispõe a CF/88 que as medidas provisórias, ressalvadas as exceções constitucionais, perderão sua eficácia,
desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos da CF/88,
uma vez por igual período. Nesse caso, deverá o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as
relações jurídicas delas decorrentes. Questão errada.
78. (CESPE / TRE-BA – 2010) Para matérias reservadas a lei complementar, ao presidente da República
é vedado editar medida provisória.
Comentários:
Segundo o art. 62, § 1o, III, da Constituição, é vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria
reservada a lei complementar. Questão correta.
79. (CESPE / TRE-MT – 2010) É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a direito
civil.
Comentários:
Não há vedação à edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a direito civil. Questão errada.
80. (CESPE / TCE-AC – 2009) As medidas provisórias perderão a eficácia, desde a edição, se não forem
convertidas em lei no prazo de trinta dias a contar de sua publicação, devendo o Congresso Nacional
disciplinar as relações jurídicas dela decorrentes.
Comentários:
O art. 62, § 3º, da CF, determina que as medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão
eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos
do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as
relações jurídicas delas decorrentes. Questão errada.
81. (CESPE / TCE-AC – 2009) A reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha
sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo será permitida apenas uma vez, por
igual período.
Comentários:
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O § 10 do art. 62 da Carta Magna veda a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que
tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. Questão errada.
82. (CESPE / TJ-AC – 2012) As leis delegadas serão elaboradas pelo presidente da República após a
edição pelo Congresso Nacional de decreto legislativo com a especificação do conteúdo e dos termos de
exercício da delegação.
Comentários:
As leis delegadas são elaboradas após aprovação do pedido de delegação realizado pelo Presidente da
República ao Congresso Nacional, mediante resolução. Questão errada.
83. (CESPE / TJ-CE – 2012) O controle exercido pelo Congresso Nacional sobre a lei delegada opera
efeitos ex tunc.
Comentários:
De fato, compete ao Congresso Nacional sustar os atos do Executivo (lei delegada, por exemplo) que
exorbitem dos limites da delegação legislativa. Entretanto, diferentemente do que diz o enunciado, o ato de
sustação surtirá efeitos não-retroativos (ex nunc). Questão errada.
84. (CESPE / TJ-RR – 2012) As leis delegadas, editadas pelo presidente da República após prévia
autorização do Congresso Nacional, por meio de decreto legislativo, são discutidas e votadas em cada casa
legislativa, sendo vedada a apresentação de emendas a essas leis.
Comentários:
O instrumento adequado para a aprovação do Congresso Nacional é a resolução, não o decreto legislativo.
Questão errada.
85. (CESPE / TRT 21ª Região – 2010) As matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional são
reguladas por decretos legislativos.
Comentários:
De fato, os decretos legislativos são atos editados pelo Congresso Nacional para o tratamento de matérias
de sua competência exclusiva (art. 49 da CF). Questão correta.
86. (CESPE / TRE-MT – 2010) No que se refere a leis delegadas, se a resolução determinar a apreciação
do projeto de lei pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, sendo vedada qualquer emenda.
Comentários:
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87. (CESPE / TJ-RR – 2012) Celebrado tratado, convenção ou ato internacional pelo presidente da
República, cabe ao Congresso Nacional o correspondente referendo ou aprovação, mediante a edição de
resolução específica.
Comentários:
A aprovação definitiva dos tratados internacionais se dá por meio de decreto legislativo, nos termos do art.
49, I, da Constituição. Questão errada.
88. (CESPE / Banco Central – 2009) As matérias de competência privativa do Senado Federal não
dependem de sanção presidencial e se materializam por meio de decreto legislativo.
Comentários:
89. (CESPE / Consultor Legislativo do Senado Federal – 2002) Embora não seja cabível ação direta de
inconstitucionalidade (ADIn) perante o STF contra projeto de lei federal, o Poder Judiciário pode exercer
controle difuso de constitucionalidade de projetos de lei.
Comentários:
Não se admite o controle judicial do processo legislativo mediante ação direta de inconstitucionalidade, pois
o ajuizamento desta pressupõe uma norma pronta e acabada, já publicada e inserida no ordenamento
jurídico. Entretanto, podem provocar o Poder Judiciário os congressistas da Casa Legislativa em que estiver
tramitando a proposta, por meio de mandado de segurança. Questão correta.
90. (CESPE / STJ – 2008) Dependerá de lei complementar a regulamentação do PPA, da LDO e do
orçamento anual, no tocante a exercício financeiro, vigência, prazos, elaboração e organização. A referida
lei deverá estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta e
condições para instituição e funcionamento dos fundos. Enquanto isso, na esfera federal, os prazos para o
ciclo orçamentário estão estabelecidos no ADCT.
Comentários:
Como essa lei ainda não foi editada, os prazos para o ciclo orçamentário, na esfera federal, estão, de fato,
estabelecidos no ADCT. Questão correta.
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91. (CESPE / TCE-ES – 2009) Lei ordinária federal estabelecerá normas de gestão financeira e
patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para instituição e funcionamento de
fundos.
Comentários:
Trata-se de competência de lei complementar (art. 165, § 9º, CF). Questão errada.
92. (CESPE / TCU – 2012) É cabível que lei complementar estabeleça normas referentes às condições
para a instituição e funcionamento de fundos.
Comentários:
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LISTA DE QUESTÕES
1. (CESPE / STM – 2018) Situação hipotética: Por iniciativa de deputado federal tramitou e foi
aprovado, no Congresso Nacional, projeto de lei que trata de regime jurídico dos militares das Forças
Armadas. Assertiva: Nessa situação, o projeto deverá ser vetado pelo presidente da República, porque
existe vício de constitucionalidade formal.
2. (CESPE / Instituto Rio Branco – 2018) A Câmara dos Deputados é a casa onde se devem iniciar todos
os projetos de lei de iniciativa do presidente da República, do STF ou de tribunal superior, cabendo ao
Senado o papel de casa revisora.
3. (CESPE / EMAP – 2018) Medida provisória que perca sua eficácia por decurso de prazo somente
poderá ser reeditada na mesma sessão legislativa, em caso de interesse público relevante.
4. (CESPE / TRF 1a Região – 2017) Nas situações de relevância e urgência, o chefe do Poder Executivo
federal poderá editar medida provisória que trate de matéria relativa à organização do Poder Judiciário.
5. (CESPE / TRF 1a Região – 2017) Lei estadual, de iniciativa parlamentar, que crie atribuições para
determinada secretaria do estado, deverá ser declarada inconstitucional por vício de iniciativa.
6. (CESPE / TCE-PE – 2017) Dado o princípio da simetria, lei estadual para tratar de situação funcional
de servidores públicos da administração direta e indireta deverá ser proposta pelo governador do estado.
7. (CESPE / TCE-PE – 2017) Matéria reservada a lei complementar não pode ser tratada por meio de
medida provisória nem pode ser objeto de lei delegada elaborada pelo presidente da República.
8. (CESPE / TCE-PE – 2017) A regra da separação dos poderes impede que os requisitos de relevância
e urgência, necessários à edição de medidas provisórias pelo presidente da República, sejam submetidos
ao crivo do Poder Judiciário.
9. (CESPE / TCE-PE – 2017) Quando propostas pelo presidente da República e aprovadas pelas casas
do Congresso Nacional, as emendas à Constituição deverão ser promulgadas pelo proponente em prazo
constitucionalmente determinado.
10. (CESPE / TCE-PE – 2017) O presidente da República poderá vetar alínea de projeto de lei aprovado
pelo Congresso Nacional, desde que o faça integralmente.
11. (CESPE / Instituto Rio Branco – 2017) Os projetos de lei de iniciativa do presidente da República,
em particular os que versem sobre questões orçamentárias, não podem receber emendas parlamentares
que ensejem aumento de despesa pública.
12. (CESPE / TRE-BA – 2017) O Projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional é enviado ao presidente
da República, que pode vetá-lo ou sancioná-lo. Considera-se o veto do presidente um ato
a) retratável, por ser suscetível de posterior alteração pelo próprio presidente da República.
b) político, pois não há necessidade de que seja motivado.
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c) absoluto, pois encerra definitivamente o processo legislativo em relação aos dispositivos vetados.
d) expresso, pois deve resultar de manifestação efetiva do chefe do Executivo.
e) supressivo ou aditivo, já que pode determinar a retirada ou a inclusão de dispositivos no projeto de lei.
14. (CESPE / PC-GO – 2016) Acerca do processo legislativo pertinente a medidas provisórias, assinale a
opção correta.
a) O decreto legislativo editado para regular as relações nascidas a partir do período de vigência de medida
provisória posteriormente rejeitada cria hipótese de ultratividade da norma, capaz de manter válidos os
efeitos produzidos e, bem assim, alcançar situações idênticas futuras.
b) Muito embora a medida provisória, a partir da sua publicação, não possa ser retirada pelo presidente da
República da apreciação do Congresso Nacional, nada obsta que seja editada uma segunda medida provisória
que ab-rogue a primeira para o fim de suspender-lhe a eficácia.
c) Por força do princípio da separação de poderes, é vedado ao Poder Judiciário examinar o preenchimento
dos requisitos de urgência e de relevância por determinada medida provisória.
d) Em situações excepcionais elencadas no texto constitucional, a medida provisória rejeitada pelo Congresso
Nacional somente poderá ser reeditada na mesma sessão legislativa de sua edição.
e) A proibição de edição de medida provisória sobre matéria penal e processual penal alcança as emendas
oferecidas ao seu correspondente projeto de lei de conversão, as quais ficam igualmente impedidas de
veicular aquela matéria.
15. (CESPE / PC-PE – 2016) No que se refere ao processo legislativo, assinale a opção correta de acordo
com o disposto na CF.
a) A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação ao Congresso Nacional de projeto de lei subscrito
por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído por, pelo menos, nove estados da Federação.
b) É de competência do Senado Federal examinar as medidas provisórias e emitir parecer sobre elas, antes
que sejam apreciadas pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
c) Leis ordinárias e complementares são espécies do processo legislativo federal que, aprovadas pelo
Congresso Nacional, prescindem da sanção do presidente da República.
d) É de competência exclusiva da Câmara dos Deputados sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.
e) A iniciativa de leis complementares e ordinárias cabe ao presidente da República, ao Supremo Tribunal
Federal, aos tribunais superiores, ao procurador-geral da República e aos cidadãos, entre outros.
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16. (CESPE / TRT 8a Região – 2016) Acerca do processo legislativo, assinale a opção correta de acordo
com as disposições da CF.
a) Há veto tácito sempre que o presidente da República deixa de sancionar a lei no prazo constitucionalmente
exigido após sua aprovação.
b) É vedada a apresentação de emenda parlamentar a projeto de lei de iniciativa privativa do presidente da
República.
c) Compete ao presidente da República o esclarecimento sobre em que consiste a contrariedade ao interesse
público no veto político a projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional.
d) A sanção e promulgação de projeto de lei de iniciativa privativa do presidente da República, mas
apresentado por parlamentar, sana o vício de iniciativa, por convalidação.
e) A aprovação, sem nenhuma emenda ou modificação, de projeto de lei apresentado pelo presidente da
República dispensa a sanção.
17. (CESPE / TCE-PA – 2016) Em decorrência das prerrogativas da autonomia e do autogoverno, o TCU
detém iniciativa reservada para instaurar processo legislativo destinado a alterar sua organização e
funcionamento, sendo formalmente inconstitucional lei de iniciativa parlamentar que disponha sobre a
referida matéria.
18. (CESPE / TCE-PA – 2016) Segundo o STF, configura hipótese de inconstitucionalidade formal, por
vício de iniciativa, a edição de lei de iniciativa parlamentar que estabeleça atribuições para órgãos da
administração pública.
19. (CESPE / TCE-PA – 2016) Cabe ao próprio Ministério Público a iniciativa de propor ao Poder
Legislativo a edição de lei ordinária que disponha sobre a criação e a extinção de seus cargos e serviços
auxiliares, bem como sobre a política remuneratória e seus planos de carreira.
20. (CESPE / TRE-MT – 2015) A respeito das espécies normativas e do processo legislativo, assinale a
opção correta.
a) As leis ordinárias incidem em todo o território nacional, enquanto as leis complementares regulam
matérias de interesse da União, não incidindo em estados e municípios nem no Distrito Federal.
b) São consideradas cláusulas pétreas da CF, entre outras, a forma federativa de Estado e o voto direto,
secreto, universal e periódico, não se admitindo emenda constitucional tendente a aboli-las.
c) Iniciam-se no Senado Federal a discussão e a votação de projetos de lei de iniciativa do presidente da
República, do STF e dos tribunais superiores.
d) A edição de medidas provisórias é de competência exclusiva do presidente da República, podendo versar
sobre quaisquer matérias que possam ser reguladas por lei ordinária.
e) Emendas à CF entram em vigor se aprovadas por três quintos dos membros de cada casa do Congresso
Nacional e sancionadas e promulgadas pelo presidente da República.
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relevância e urgência, apenas em caráter excepcional se submetem ao crivo do Poder Judiciário, por força
do princípio da separação de poderes.
22. (CESPE / AGU – 2015) Caso uma lei de iniciativa parlamentar afaste os efeitos de sanções
disciplinares aplicadas a servidores públicos que participarem de movimento reivindicatório, tal norma
padecerá de vício de iniciativa por estar essa matéria no âmbito da reserva de iniciativa do chefe do Poder
Executivo.
23. (CESPE / AGU – 2015) O veto do presidente da República a um projeto de lei ordinária insere-se no
âmbito do processo legislativo, e as razões para o veto podem ser objeto de controle pelo Poder Judiciário.
24. (CESPE / AGU – 2015) No ordenamento jurídico brasileiro, admitem-se a autorização de referendo
e a convocação de plebiscito por meio de medida provisória.
25. (CESPE / TCU – 2015) Os estados não são obrigados a prever medida provisória no seu processo
legislativo. Entretanto, caso optem por incluir tal medida entre os instrumentos do processo legislativo
estadual, eles devem observar os princípios e limites estabelecidos a esse respeito na CF.
26. (CESPE / Instituto Rio Branco – 2015) O presidente da República possui competência para vetar
projeto de lei, no todo ou em parte, tanto sob o fundamento de inconstitucionalidade como por considerá-
lo contrário ao interesse público.
27. (CESPE / Instituto Rio Branco – 2015) Dispõem de competência para apresentar projetos de lei
complementar ou ordinária qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal
ou do Congresso Nacional, o presidente da República, o Supremo Tribunal Federal, os tribunais superiores,
o procurador-geral da República e os cidadãos, na forma e nos casos previstos na Constituição.
28. (CESPE / TRE-GO – 2015) Embora a CF permita ao ocupante da Presidência da República a adoção
de medidas provisórias com força de lei em casos de relevância e urgência, o texto constitucional proíbe a
edição desse tipo de instrumento com relação ao direito eleitoral.
29. (CESPE / ANTAQ – 2014) Não há previsão constitucional para a iniciativa popular de leis no processo
legislativo estadual.
30. (CESPE / ANTAQ – 2014) A Constituição autoriza o presidente da República, o STF, os tribunais
superiores e o Procurador-Geral da República a solicitar, ao Congresso Nacional, regime de urgência para
apreciação de projetos de sua iniciativa.
31. (CESPE / TJ-CE – 2014) Assinale a opção correta com base nas normas constitucionais que
disciplinam as medidas provisórias e na jurisprudência do STF relativa a essa matéria.
a) Caso o texto original de uma medida provisória seja aprovado e convertido em lei, essa lei terá de ser
sancionada pelo presidente da República, em homenagem ao princípio da separação de poderes.
b) Em qualquer caso, poderá o STF analisar o preenchimento dos requisitos de relevância e urgência
estabelecidos constitucionalmente para as medidas provisórias, em homenagem ao princípio da
inafastabilidade da jurisdição.
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c) Caso medida provisória tenha versado sobre matéria reservada a lei complementar, sua conversão em lei,
pelo Congresso Nacional, convalidará o vício inicial, desde que tal conversão seja aprovada por maioria
absoluta.
d) Apesar de o presidente da República, após a edição da medida provisória, não poder mais retirá-la da
apreciação do Congresso Nacional, ele pode ab-rogá-la por meio da edição de nova medida provisória.
e) A competência constitucional do presidente da República para adotar medidas provisórias, em caso de
relevância e urgência, poderá ser delegada, mediante decreto, ao ministro de Estado da Justiça.
32. (CESPE / TCDF – 2014) O veto do presidente da República a projeto de lei será apreciado em sessão
unicameral, somente podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos congressistas.
33. (CESPE / Câmara dos Deputados – 2014) A CF admite que se modifiquem, por meio de emendas
parlamentares, projetos de lei elaborados pelo chefe do Poder Executivo no exercício de sua iniciativa
reservada, mas veda, por inteiro, as emendas que ensejem aumento de despesa pública.
34. (CESPE / Câmara dos Deputados – 2014) Se o presidente da República editar determinada medida
provisória, os requisitos constitucionais de relevância e urgência apenas em caráter excepcional submeter-
se-ão ao crivo do Poder Judiciário, por força do princípio da separação dos poderes.
35. (CESPE / Câmara dos Deputados – 2014) Tendo havido sanção expressa, é desnecessário o debate
acerca de eventual defeito de iniciativa, já que este, mesmo existente, restaria convalidado pela anuência
presidencial.
36. (CESPE / Instituto Rio Branco – 2014) Pertence privativamente ao presidente da República a
iniciativa das leis que disponham sobre a criação de cargos, funções ou empregos públicos, bem como
sobre o aumento de remuneração, na administração direta e nas autarquias.
37. (CESPE / Instituto Rio Branco – 2014) São disciplinados por decreto legislativo os assuntos de
competência exclusiva do Congresso Nacional, como, por exemplo, a aprovação de tratados, acordos ou
atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
38. (CESPE / Câmara dos Deputados – 2012) O processo legislativo compreende a elaboração de
emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas e medidas provisórias. Os
decretos legislativos e as resoluções — que tratam de matérias de competência privativa do Senado
Federal e da Câmara dos Deputados — são considerados atos internos do Poder Legislativo, que não
necessitam de sanção presidencial e, portanto, não compõem o processo legislativo.
39. (CESPE / Ministério da Saúde – 2013) O processo legislativo compreende a elaboração, entre outros
atos normativos, das leis delegadas, das resoluções e das medidas provisórias.
40. (CESPE / TRT 1ª Região – 2010) A iniciativa privativa ou reservada para deflagrar procedimento
destinado à formação de determinada lei ordinária pode ser objeto de delegação.
41. (CESPE / OAB – 2009) A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro
da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. As comissões permanentes de ambas as casas podem
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discutir e votar projetos de lei que dispensarem a competência do plenário, mas não têm o poder de
apresentar tais projetos para dar início ao processo legislativo.
42. (CESPE / OAB – 2009) São de iniciativa privativa do presidente da República as leis que disponham
sobre o aumento de remuneração dos cargos, funções e empregos na administração direta e autárquica.
43. (CESPE / TCE-AC – 2009) O Procurador-Geral da República tem competência para propor projeto de
lei ordinária ou complementar.
44. (CESPE / STM – 2011) A iniciativa para elaboração de leis complementares e ordinárias constitui
exemplo da denominada iniciativa concorrente.
45. (CESPE / Polícia Federal – 2013) A iniciativa das leis ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão
da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, bem como ao presidente da
República, ao STF, aos tribunais superiores, ao procurador-geral da República e aos cidadãos. No que tange
às leis complementares, a CF não autoriza a iniciativa popular de lei.
46. (CESPE / TRE-MA – 2009) O sistema legislativo vigente é o unicameral, opção adotada a partir da
Constituição Federal de 1934, exatamente porque os projetos de lei, obrigatoriamente, têm de ser
aprovados pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em sessão conjunta, para que possam ser levados à
sanção do presidente da República.
47. (CESPE / TRT 1ª Região – 2010) A CF veda a iniciativa popular para desencadear processo legislativo
destinado à edição de lei complementar.
48. (CESPE / OAB – 2009) A iniciativa popular de lei pode ser exercida pela apresentação, à Câmara dos
Deputados ou ao Senado Federal, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional,
distribuído, pelo menos, por cinco estados.
49. (CESPE / TCE-AC – 2009) A CF prevê a hipótese de iniciativa popular, que pode ser exercida pela
apresentação, à Câmara dos Deputados, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 10% dos eleitores de
qualquer estado da Federação.
50. (CESPE / Banco Central – 2009) A CF atribui ao presidente da República iniciativa reservada no que
concerne a leis sobre matéria tributária.
51. (CESPE / AGU – 2012) A competência para votar os projetos de lei é, em regra, dos plenários da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, mas as mesas diretoras das respectivas casas podem,
mediante decreto legislativo, outorgar às comissões permanentes, em razão da matéria de sua
competência, a prerrogativa de discutir, votar e decidir as proposições legislativas.
52. (CESPE / TCE-BA – 2010) Se um projeto de lei for rejeitado em uma das casas do Congresso Nacional,
a matéria dele constante somente poderá ser objeto de novo projeto, no mesmo ano legislativo, mediante
proposta de dois terços dos membros de qualquer das casas legislativas.
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53. (CESPE / TRE-MT – 2010) Decorrido o prazo de quinze dias para o exame do projeto de lei aprovado
pelo Congresso Nacional, o silêncio do presidente da República importará veto, em razão da
impossibilidade de ocorrer sanção tácita.
54. (CESPE / TRF 5ª Região/Juiz – 2011) Apesar de não admitir o veto presidencial tácito, a CF admite o
denominado veto sem motivação, resguardando ao presidente da República a prerrogativa de
simplesmente vetar, sem explicar os motivos de seu ato.
55. (CESPE / DPU – 2010) Considere que o chefe do Poder Executivo tenha apresentado projeto de lei
ordinária que dispõe sobre a remuneração de servidores públicos. Nesse caso, não se admite emenda
parlamentar ao projeto para aumento do valor da remuneração proposto.
56. (CESPE / Abin – 2010) O Poder Legislativo opera por meio do Congresso Nacional, instituição
bicameral composta pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Salvo disposição constitucional
em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas comissões serão tomadas por maioria dos votos,
presente a maioria absoluta de seus membros.
57. (CESPE / MPTCU – 2004) O processo de elaboração de leis no sistema bicameral impõe que o projeto
aprovado por uma Casa seja submetido à outra Casa tantas vezes quantas forem as emendas que cada
qual introduzir, de modo a garantir iguais poderes ao Senado e à Câmara dos Deputados.
58. (CESPE / TJ-CE – 2012) No processo legislativo da lei ordinária, o veto presidencial parcial pode
abranger trecho, palavras ou expressões constantes de artigo, parágrafo ou alínea.
59. (CESPE / TJ-AC – 2012) O veto a projeto de lei deverá ser apreciado em cada uma das casas do
Congresso Nacional dentro de trinta dias a contar da decisão presidencial, e sua rejeição dependerá do
voto de dois terços dos membros de cada uma delas, em votação nominal.
60. (CESPE / MPU – 2013) Promulgação é ato que incide sobre projeto de lei, transformando-o em lei e
certificando a inovação do ordenamento jurídico.
61. (CESPE / TCE-BA – 2010) O presidente da República só pode solicitar urgência para apreciação de
projetos de sua iniciativa, seja privativa, seja concorrente.
62. (CESPE / TJ-DFT – 2008) A promulgação de uma lei torna o ato perfeito e acabado, sendo o meio
pelo qual a ordem jurídica é inovada. A publicação, por sua vez, é o modo pelo qual se dá conhecimento a
todos sobre o novo ato normativo que se deve cumprir.
63. (CESPE / Ministério da Saúde – 2013) Proposta de emenda constitucional será votada em cada Casa
do Congresso Nacional, em dois turnos, sendo considerada aprovada se obtiver, em ambos os turnos, três
quintos dos votos dos respectivos parlamentares.
64. (CESPE / TJ-RR – 2012) As denominadas limitações materiais ao poder constituinte de reforma estão
exaustivamente previstas da Constituição Federal de 1988 (CF).
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65. (CESPE / Anatel – 2012) Não são permitidas emendas à Constituição Federal durante a vigência de
intervenção federal.
66. (CESPE / TRE-MT – 2010) A CF poderá ser emendada mediante proposta de um terço das
Assembleias legislativas das unidades da Federação, mediante a maioria relativa de seus membros.
67. (CESPE / TRE-MT – 2010) Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir
a forma republicana de governo.
68. (CESPE / OAB – 2009) A emenda à CF será promulgada, com o respectivo número de ordem, pelo
presidente do Senado Federal, na condição de presidente do Congresso Nacional. Se a promulgação não
ocorrer dentro do prazo de quarenta e oito horas após a sua aprovação, as mesas da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal deverão fazê-lo.
69. (CESPE / TCU – 2009) Uma vez preenchido o requisito da iniciativa e instaurado o processo
legislativo, a proposta de emenda à CF será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em
dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos
membros.
70. (CESPE / TCU – 2009) Da mesma forma que o poder constituinte originário, o poder de reforma não
está submetido a qualquer limitação de ordem formal ou material, sendo que a CF apenas estabelece que
não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a forma federativa de Estado, o
voto direto, secreto, universal e periódico, a separação de poderes e os direitos e garantias individuais.
71. (CESPE / STF – 2008) A CF, conforme seu próprio texto, pode ser emendada por meio de iniciativa
popular, desde que o projeto seja subscrito, por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído por,
pelo menos, cinco estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles.
72. (CESPE / Consultor Legislativo do Senado Federal – 2002) Uma proposta de emenda constitucional
destinada a tornar facultativo o voto para todos os brasileiros seria inconstitucional, por violar cláusula
pétrea, e, portanto, o presidente da República poderia impugná-la perante o Supremo Tribunal Federal
(STF).
73. (CESPE / MPU – 2013) É expressamente vedada a edição de medidas provisórias que versem sobre
matérias de direito penal, processual penal e processual civil.
74. (CESPE / MPOG – 2013) É vedada pela Constituição Federal a edição de medida provisória pelo
presidente da República para dispor sobre matéria orçamentária, ressalvada a abertura de créditos
extraordinários.
75. (CESPE / TJ-CE – 2012) Segundo o STF, uma vez editada a medida provisória, não pode o presidente
da República retirá-la da apreciação do Congresso Nacional nem tampouco ab-rogá-la por meio de nova
medida provisória.
76. (CESPE / TJ-AC – 2012) As medidas provisórias devem ser votadas em sessão conjunta do Congresso
Nacional, no prazo de sessenta dias a contar de sua publicação, sob pena de imediata perda da sua eficácia.
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77. (CESPE / TRT 21ª Região – 2010) As medidas provisórias perdem a eficácia, desde a edição, se não
forem convertidas em lei no prazo de trinta dias, prorrogável uma vez, por igual período.
78. (CESPE / TRE-BA – 2010) Para matérias reservadas a lei complementar, ao presidente da República
é vedado editar medida provisória.
79. (CESPE / TRE-MT – 2010) É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a direito
civil.
80. (CESPE / TCE-AC – 2009) As medidas provisórias perderão a eficácia, desde a edição, se não forem
convertidas em lei no prazo de trinta dias a contar de sua publicação, devendo o Congresso Nacional
disciplinar as relações jurídicas dela decorrentes.
81. (CESPE / TCE-AC – 2009) A reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha
sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo será permitida apenas uma vez, por
igual período.
82. (CESPE / TJ-AC – 2012) As leis delegadas serão elaboradas pelo presidente da República após a
edição pelo Congresso Nacional de decreto legislativo com a especificação do conteúdo e dos termos de
exercício da delegação.
83. (CESPE / TJ-CE – 2012) O controle exercido pelo Congresso Nacional sobre a lei delegada opera
efeitos ex tunc.
84. (CESPE / TJ-RR – 2012) As leis delegadas, editadas pelo presidente da República após prévia
autorização do Congresso Nacional, por meio de decreto legislativo, são discutidas e votadas em cada casa
legislativa, sendo vedada a apresentação de emendas a essas leis.
85. (CESPE / TRT 21ª Região – 2010) As matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional são
reguladas por decretos legislativos.
86. (CESPE / TRE-MT – 2010) No que se refere a leis delegadas, se a resolução determinar a apreciação
do projeto de lei pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, sendo vedada qualquer emenda.
87. (CESPE / TJ-RR – 2012) Celebrado tratado, convenção ou ato internacional pelo presidente da
República, cabe ao Congresso Nacional o correspondente referendo ou aprovação, mediante a edição de
resolução específica.
88. (CESPE / Banco Central – 2009) As matérias de competência privativa do Senado Federal não
dependem de sanção presidencial e se materializam por meio de decreto legislativo.
89. (CESPE / Consultor Legislativo do Senado Federal – 2002) Embora não seja cabível ação direta de
inconstitucionalidade (ADIn) perante o STF contra projeto de lei federal, o Poder Judiciário pode exercer
controle difuso de constitucionalidade de projetos de lei.
90. (CESPE / STJ – 2008) Dependerá de lei complementar a regulamentação do PPA, da LDO e do
orçamento anual, no tocante a exercício financeiro, vigência, prazos, elaboração e organização. A referida
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lei deverá estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta e
condições para instituição e funcionamento dos fundos. Enquanto isso, na esfera federal, os prazos para o
ciclo orçamentário estão estabelecidos no ADCT.
91. (CESPE / TCE-ES – 2009) Lei ordinária federal estabelecerá normas de gestão financeira e
patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para instituição e funcionamento de
fundos.
92. (CESPE / TCU – 2012) É cabível que lei complementar estabeleça normas referentes às condições
para a instituição e funcionamento de fundos.
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GABARITO
1. CORRETA 32. ERRADA 63. CORRETA
2. CORRETA 33. ERRADA 64. ERRADA
3. ERRADA 34. CORRETA 65. CORRETA
4. ERRADA 35. ERRADA 66. ERRADA
5. CORRETA 36. CORRETA 67. ERRADA
6. CORRETA 37. CORRETA 68. ERRADA
7. CORRETA 38. ERRADA 69. CORRETA
8. ERRADA 39. CORRETA 70. ERRADA
9. ERRADA 40. ERRADA 71. ERRADA
10. CORRETA 41. ERRADA 72. ERRADA
11. ERRADA 42. CORRETA 73. CORRETA
12. LETRA D 43. CORRETA 74. CORRETA
13. LETRA D 44. CORRETA 75. ERRADA
14. LETRA B 45. ERRADA 76. ERRADA
15. LETRA E 46. ERRADA 77. ERRADA
16. LETRA C 47. ERRADA 78. CORRETA
17. CORRETA 48. ERRADA 79. ERRADA
18. CORRETA 49. ERRADA 80. ERRADA
19. CORRETA 50. ERRADA 81. ERRADA
20. LETRA B 51. ERRADA 82. ERRADA
21. CORRETA 52. ERRADA 83. ERRADA
22. CORRETA 53. ERRADA 84. ERRADA
23. ERRADA 54. ERRADA 85. CORRETA
24. ERRADA 55. CORRETA 86. CORRETA
25. CORRETA 56. CORRETA 87. ERRADA
26. CORRETA 57. ERRADA 88. ERRADA
27. CORRETA 58. ERRADA 89. CORRETA
28. CORRETA 59. ERRADA 90. CORRETA
29. ERRADA 60. ERRADA 91. ERRADA
30. ERRADA 61. CORRETA 92. CORRETA
31. LETRA D 62. ERRADA
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