N-1487 Contec Inspeção de Dutos Rígidos Submarinos: - Público
N-1487 Contec Inspeção de Dutos Rígidos Submarinos: - Público
N-1487 Contec Inspeção de Dutos Rígidos Submarinos: - Público
CONTEC
Comissão de Normalização
Técnica
Inspeção de Dutos Rígidos Submarinos
SC-13
Oleodutos e Gasodutos
1a Emenda
Esta é a 1a Emenda da PETROBRAS N-1487 REV. G, e se destina a modificar o seu texto na(s)
parte(s) indicada(s) a seguir:
NOTA 1 A(s) nova(s) página(s) com a(s) alteração(ões) efetuada(s) está(ão) colocada(s) na(s)
posição(ões) correspondente(s).
NOTA 2 A(s) página(s) emendada(s), com a indicação da data da emenda, está(ão) colocada(s) no
final da norma, em ordem cronológica, e não devem ser utilizada(s).
- Subseção 3.8:
Exclusão da seção.
- Subseção 12.2.5:
Exclusão da seção.
Procedimento
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 13 CONTEC - Subcomissão Autora.
Oleodutos e Gasodutos As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.
Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.
Sumário
1 Escopo ................................................................................................................................................. 5
2 Referências Normativas ...................................................................................................................... 5
3 Termos e Definições............................................................................................................................ 6
4 Condições Gerais e Específicas ......................................................................................................... 9
5 Requisitos para Qualificação de Pessoal e Procedimento ............................................................... 11
6 Requisitos de Segurança, Meio Ambiente, Eficiência Energética e Saúde ...................................... 11
7 Inspeções do Duto............................................................................................................................. 11
7.1 Inspeção Visual do Trecho Emerso (Regiões 5 e 4) ........................................................... 11
7.1.1 Inspeção dos Lançadores e Recebedores de “PIGs” .................................................. 12
7.1.2 Inspeção Visual de Trecho Emerso, sob Isolamento Térmico .................................... 12
7.1.3 Inspeção Visual de Válvulas de Bloqueio e de Segurança ......................................... 12
7.1.4 Inspeção Visual dos Instrumentos ............................................................................... 13
7.1.5 Inspeção Visual da ZVM (Região 4) ............................................................................ 13
7.1.6 Inspeção Visual da “Flexjoint”® (Região 4) .................................................................. 13
7.2 Medição de Espessura de Parede do Trecho Emerso (Regiões 5 e 4) .............................. 13
7.3 Detecção de Trincas no Trecho Emerso (Regiões 5, 4 e 3) ................................................ 14
7.4 Inspeção Externa do Trecho Submerso (Regiões 3, 2, 1 e “Shore Approach”) .................. 14
7.4.1 Inspeção Visual ............................................................................................................ 14
7.4.1.1 Aspectos do Solo Marinho ................................................................................... 14
7.4.1.2 Condições de Enterramento ................................................................................ 15
7.4.1.3 Estado dos Revestimentos .................................................................................. 15
7.4.1.4 Presença de Incrustações e Sucata .................................................................... 15
7.4.1.5 Amassamentos .................................................................................................... 15
7.4.1.6 Corrosão Externa ................................................................................................. 16
7.4.1.7 Estado dos Anodos .............................................................................................. 16
7.4.1.8 Existência de Vazamentos................................................................................... 16
7.4.1.9 Cruzamento de Dutos .......................................................................................... 16
7.4.1.10 Existência de Vãos Livres .................................................................................. 16
7.4.1.11 Estado da Região TDZ ...................................................................................... 16
7.4.1.12 Condição do Calçamento................................................................................... 16
7.4.1.13 Movimentação de Duto não Aquecido ............................................................... 17
7.4.1.14 Dutos que Operam com Produtos Aquecidos ................................................... 17
7.4.2 Inspeção do Sistema de Proteção Catódica (SPC) ..................................................... 17
7.4.3 Inspeção Submarina nas Regiões 1 e “Shore-Approach” ........................................... 19
7.4.4 Inspeção Geológica e Geotécnica (Regiões 1 e “Shore Approach”) ........................... 19
7.4.4.1 Inspeções Periódicas ........................................................................................... 19
7.4.4.2 Inspeções Geológica e Geotécnica - Específicas ............................................... 21
7.4.4.3 Levantamento do Traçado ................................................................................... 22
7.5 Inspeção por “PIG” Instrumentado ....................................................................................... 23
2
-PÚBLICO-
7.5.1 Planejamento e Habilitação das Inspeções com “PIG” Instrumentado ....................... 23
7.5.2 Relatório de Inspeção do “PIG” Instrumentado ........................................................... 23
8 Monitoração da Corrosão Interna ...................................................................................................... 24
9 Ensaio Hidrostático............................................................................................................................ 24
10 Reparos ........................................................................................................................................... 24
11 Qualificação de Risco ...................................................................................................................... 25
12 Documentação ................................................................................................................................ 25
12.1 Prontuário ........................................................................................................................... 25
12.2 Relatório de Inspeção ........................................................................................................ 25
Anexo A - Aplicação das Técnicas de Inspeção nas Regiões dos Dutos Rígidos Submarinos ........... 27
Anexo B - Requisitos para Elaboração da Carta Temática ................................................................... 35
Anexo C - Classificação e Medição de Áreas Corroídas ...................................................................... 38
Anexo D - Inspeção de Amassamento .................................................................................................. 46
Anexo E - Ensaio Hidrostático em Oleodutos e Gasodutos Submarinos em Operação ...................... 48
Figuras
3
-PÚBLICO-
Figura E.1 - Representação Esquemática das Pressões em Dutos ou Trecho de Duto Constituído por
um só Tramo ..................................................................................................................... 51
Figura E.2 - Medição Gráfica do Volume de Ar Residual ..................................................................... 60
Tabelas
4
-PÚBLICO-
1 Escopo
1.1 Esta Norma estabelece os requisitos técnicos de inspeção interna e externa aplicáveis aos dutos
rígidos submarinos de transporte e transferência, de hidrocarbonetos construídos em aço-carbono e
que se encontrem em operação.
1.2 Esta Norma estabelece diretrizes básicas em relação às técnicas aplicadas à inspeção visando à
avaliação da integridade estrutural do duto.
1.3 Esta Norma se aplica à inspeção de dutos rígidos submarinos a partir da data de sua publicação.
2 Referências Normativas
5
-PÚBLICO-
ABNT NBR 15248 - Ensaios Não Destrutivos - Inspeção por ACFM - Procedimento;
ISO 14313 - Petroleum and Natural Gas Industries - Pipeline Transportation System -
Pipeline Valves;
API SPEC 17D - Design and Operation of Subsea Production Systems - Subsea Wellhead
and Tree Equipment;
ASME B16.5 - Pipe Flanges and Flanged Fittings NPS 1/2 Through NPS 24 Metric/Inch
Standard;
BSI BS 8010-2.5 - Code of Practice for Pipelines - Part 2: Pipelines on Land: Design,
Construction and Installation - Section 2.5 Glass Reinforced Thermosetting Plastics;
3 Termos e Definições
6
-PÚBLICO-
3.1
ADCP
“Acustic Doppler Current Profiler” (Perfilador de Correntes Marinhas)
3.2
AUV
“Autonomous Underwater Vehicle” (veículo submarino autônomo)
3.3
®
Datum Sirgas 2000
é um Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas do IBGE. Esta informação é dada para
facilitar aos usuários desta Norma e não constitui um endosso por parte da PETROBRAS ao produto
citado. Podem ser utilizados produtos equivalentes, desde que conduzam aos mesmos resultados.
3.4
®
Flexjoint”
é uma Junta flexível instalada em SCR com o objetivo de reduzir esforços dinâmicos, da Oil States.
Esta informação é dada para facilitar aos usuários desta Norma e não constitui um endosso por parte
da PETROBRAS ao produto citado. Podem ser utilizados produtos equivalentes, desde que
conduzam aos mesmos resultados.
3.5
Gerenciamento de Integridade
Conjunto de ações, de acompanhamento e de controle, incluindo inspeção, monitoração e reparo,
que buscam assegurar a integridade estrutural e a disponibilidade operacional do duto com
segurança, ao longo de todo o seu ciclo de vida
3.6
GIS
“Geographic Information System” (Sistema de Informações Geográficas)
3.7
MBES
“Multi-Beam Echo Sounder” (Ecobatímetro de feixes múltiplos)
3.9
PTI
Parecer Técnico de Inspeção
Documento técnico que contém a análise dos resultados de uma inspeção ou de qualquer técnica de
avaliação efetuada no duto submarino
3.10
PSV
“Pressure Safety Valve” (Válvula de segurança)
7
-PÚBLICO-
3.11
RI
Relatório de Inspeção
documento técnico que apresenta a descrição de todos os eventos conformes e não conformes
estabelecidos na especificação ou plano de inspeção
3.12
RTI
Recomendação Técnica da Inspeção
indicação de providências necessárias para correção de anomalias detectadas durante uma inspeção
ou outro tipo de verificação
3.13
responsável pelo Gerenciamento da Integridade
pessoa ou gerência formalmente designada como Responsável pelo Gerenciamento da Integridade
dos Dutos Rígidos Submarinos da Unidade Operacional (UO)
3.14
responsável técnico pela inspeção
pessoa ou gerência com responsabilidade técnica pelas inspeções previstas no plano de inspeção
dos Dutos Rígidos Submarinos da UO
3.15
ROV
“Remote Operated Vehicle” (Veículo submarino operado remotamente)
3.16
SBP
“Sub-Bottom Profiler” (Gerador de perfil sub-profundo)
3.17
SCR
“Steel Catenary Riser” (“riser” em catenária livre)
3.18
“Sleepers”
suportes para dutos aquecidos, que possibilitam seu deslocamento de forma segura
3.19
SLWR
“Steel Lazy Wave Riser” (“riser” em catenária com corcova)
3.20
SMYS
“Specified Minimum Yield Strength” (Tensão mínima de escoamento especificada)
3.21
TDP
“Touch Down Point”
Ponto de contato do duto submarino com o leito marinho, quando em configuração de catenária
8
-PÚBLICO-
3.22
TDZ
"Touch Down Zone"
trecho do duto submarino que pode conter todas as posições de TDP possíveis de ocorrer ao longo
de toda a vida operacional do duto, considerando condições “meteocean”, carregamento e
posicionamento da plataforma dentro do diagrama de “off set”
3.23
THPS
Tetrakis (Hydroxymethal) Phosphonium Sulfate (Sulfato de Tetrakis (hidroximetil) fosfônio)
3.24
TOG
Teor de Óleos e Graxas
3.25
UEP
Unidade Estacionária de Produção
3.26
UO do Negócio ou Operador
Gerência responsável pela operação do duto, por exemplo, UO da Exploração e Produção (E&P) ou
Regional ou Terminal da TRANSPETRO
3.27
ZDT
Zona de Transição (“Splash Zone”)
Região da estrutura que está sujeita a ficar molhada temporariamente devido à ação das ondas e
calado
3.28
ZVM
Zona de Variação da Maré
Região da estrutura intermitentemente molhada devido à variação periódica da maré astronômica
4.1 Todo duto rígido submarino deve possuir um plano de inspeção estabelecendo a periodicidade e
os tipos de inspeção para cada trecho do duto, incluindo uma ou mais técnicas prescritas nesta
Norma. As inspeções devem ser executadas de acordo com procedimentos previamente aprovados,
nos quais são apresentadas as técnicas, os recursos necessários, os critérios de avaliação, bem
como, a forma de apresentação e registro dos resultados.
4.2 Para fins de inspeção, o duto rígido submarino pode ser dividido em regiões definidas em função
do arranjo submarino, lâmina d’água e das técnicas de inspeção aplicáveis. O Anexo A apresenta
desenhos mostrando a configuração típica das regiões.
4.3 Recomenda-se que a periodicidade de inspeção para cada região do duto esteja de acordo com
a Tabela A.1 do Anexo A. [Prática Recomendada]
9
-PÚBLICO-
4.4 O responsável pelo gerenciamento da integridade do duto rígido submarino deve proceder à
análise de integridade do duto, após aplicação de cada técnica de inspeção empregada de modo a
permitir que o RI ou PTI indique a condição de integridade e a sua disponibilidade para continuar
operando de forma segura até a próxima inspeção.
NOTA Cabe ressaltar que todo o duto submarino deve ser submetido ao processo de
Gerenciamento da Integridade. Caso a UO não tenha diretrizes específicas para o processo
de Gerenciamento da Integridade pode estabelecer seu processo tendo como referência as
DNV RP F116, API STD 1160 ou ASME B31.8S.
4.5 O responsável pelo gerenciamento da integridade dos dutos rígidos submarinos da UO pode, por
sua responsabilidade técnica, ajustar a periodicidade de inspeção ao longo da vida do duto a partir da
análise dos fatores que afetam a sua integridade, considerando, no mínimo, os dados do projeto,
histórico operacional, histórico de intervenção e os resultados das inspeções. As justificativas
técnicas para alteração da periodicidade e/ou requisito de inspeção devem ser devidamente
registradas no prontuário do duto ou no sistema de gestão de inspeção corporativo.
4.6 Recomenda-se que seja feita inspeção por “PIG” instrumentado geométrico, nos seguintes
casos: [Prática Recomendada]
NOTA Esta inspeção deve ser realizada antes da entrega do duto para a UO, isto é, ainda na fase
de empreendimento. Esta inspeção pode ocorrer antes da interligação do duto com os
“risers” ou com o terminal.
4.7 Recomenda-se que todo o duto rígido submarino deva ter sua avaliação de perda de massa
realizada por “PIG” instrumentado, conforme a periodicidade estabelecida na Tabela A.1 do Anexo A.
[Prática Recomendada]
NOTA Recomenda-se, para dutos rígidos submarinos novos, que seja feita inspeção inicial por
“PIG” instrumentado de perda de massa no primeiro ano após a entrada em operação.
[Prática Recomendada]
4.8 Todo duto deve ter uma Carta Temática, onde estejam identificados e registrados os processos
de natureza geológica, geotécnica e oceanográfica que representem risco à integridade estrutural do
duto, conforme requisitos mínimos especificados no Anexo B.
NOTA A Carta Temática deve ser elaborada na fase de projeto e instalação do duto. Para dutos
que não tenham Carta Temática, esta deve ser elaborada com base nos requisitos mínimos
estabelecidos no Anexo B.
4.9 O resultado da inspeção do trecho submerso pode levar à necessidade de uma inspeção
geológica e geotécnica específica.
4.10 A localização das áreas de interesse para inspeção deve ser determinada tomando-se a
distância em metros, em relação ao ponto de origem do duto e a referência mais próxima, e/ou
®
coordenadas UTM (“Universal Transversal Mercator”) com base no Datum Sirgas 2000 .
10
-PÚBLICO-
4.11 Recomenda-se que antes do início de qualquer serviço de inspeção, a equipe responsável
disponha das informações dimensionais e operacionais do duto atualizadas. [Prática
Recomendada].
4.12 Os resultados da inspeção devem ser analisados com base na PETROBRAS N-2786.
5.1 O inspetor submarino deve ser qualificado de acordo com a ABENDI NA-003.
5.2 Os procedimentos de inspeção submarina a serem empregados, devem estar de acordo com as
normas citadas na ABENDI NA-003.
6.1 No planejamento dos serviços de inspeção objeto desta Norma, os riscos de segurança
operacional devem ser avaliados com base em Análise Preliminar de Risco (APR), além de que os
procedimentos de inspeção devem atender aos requisitos de SMS tais como obtenção de Permissão
de Trabalho, de acordo com PETROBRAS N-2162.
6.2 Os profissionais envolvidos nos trabalhos definidos no escopo desta Norma devem seguir os
requisitos de SMES vigentes na UO responsável pela operação do duto.
6.3 Em serviços que possam gerar resíduos, estes resíduos devem ser tratados de acordo com o
procedimento específico do órgão operacional.
7 Inspeções do Duto
A inspeção do duto deve ser realizada por meio das técnicas listadas na Tabela A.1 e que são
aplicáveis em função das regiões do duto representadas nas Figuras A.1 a A.5 do Anexo A.
11
-PÚBLICO-
7.1.1.1 Devem ser verificados nos lançadores e recebedores de “PIG” os seguintes itens:
7.1.1.2 Deve ser realizada inspeção visual externa nos lançadores e recebedores de “PIG” de acordo
com os requisitos da PETROBRAS N-1597, quanto às condições físicas, corrosão externa, danos
mecânicos, vazamentos, estado da pintura e revestimento dos trechos aéreos, suportes, válvulas,
acessórios, identificações, plataformas e escadas de acesso, aterramentos e luminárias. A
classificação de anomalias de corrosão deve ser realizada conforme Anexo C.
7.1.1.3 Nos Lançadores, Recebedores e Lançadores/Recebedores que não tenham sido operados
há mais de 12 meses, deve ser realizado ensaio de funcionamento, operando-os com pressurização,
escoamento e drenagem de fluidos, observando-se os requisitos de segurança operacional conforme
a PETROBRAS N-2634.
NOTA O procedimento deste ensaio de funcionamento deve ser elaborado de comum acordo entre
Operação e Inspeção.
Em toda extensão do trecho emerso, sob isolamento térmico, devem ser verificados os seguintes
itens:
NOTA Deve ser verificado o estado de conservação da pintura do duto no local de acesso para
medição de espessura.
7.1.3.1 Deve ser realizada inspeção visual externa nas válvulas de bloqueio de acordo com os
requisitos da PETROBRAS N-1597. Devem ser verificadas suas condições físicas, vazamentos,
desalinhamentos, indicador de abertura e fechamento, empenamento de hastes, pintura,
revestimento, limpeza e funcionalidade do atuador, quando existente.
7.1.3.2 Verificar o cumprimento da PETROBRAS N-2368 para as válvulas de segurança e/ou alívio.
12
-PÚBLICO-
7.1.4.1 Deve ser realizada inspeção visual externa dos instrumentos e acessórios de acordo com os
requisitos da PETROBRAS N-1597. Devem ser verificadas as condições físicas, verificando
funcionamento e vazamento.
Os trechos de “riser” e “spool” rígido na ZVM ou ZDT e Região 4 devem ser inspecionados quanto a
anomalias, tais como, corrosão, danos ao revestimento e amassamentos do duto etc. Nas regiões
sob braçadeiras, quando houver indicativo de corrosão externa no duto, a inspeção deve ser
detalhada podendo levar até mesmo à remoção da braçadeira.
NOTA As regiões da ZVM ou ZDT revestidas ou reparadas com materiais compósitos devem ser
avaliadas a partir de inspeção visual, visando identificar e dimensionar eventuais danos,
tais como empolamento e infiltração de umidade, que possam impactar a sua integridade.
®
7.1.6 Inspeção Visual da “Flexjoint” (Região 4)
A “Flexjoint” deve ser inspecionada quanto a anomalias de pintura, estado de corrosão e condição do
elastômero na superfície visível, quanto a trincas, extrusão da borracha e cobertura com barreira
anti-ozônio (quando emersa).
7.2.1 A medição de espessura de parede deve ser executada por ultrassom ou outra técnica
aplicável, de acordo com os requisitos da ABNT NBR 15824 e PETROBRAS N-1594.
7.2.3 Para trechos cuja inspeção é realizada por escaladores, a espessura deve ser medida em
quatro pontos diametralmente opostos a cada tramo do duto compreendido entre duas juntas
soldadas.
7.2.4 A medição de espessura deve ser realizada sempre que for verificada a existência de corrosão
externa ou mossa. A área corroída e a mossa devem ter sua geometria medida e representada de
modo que possibilite a avaliação segundo os critérios da PETROBRAS N-2786.
7.2.6 A medição de espessura também deve ser realizada nas áreas com perdas de espessura
indicadas por “PIG” instrumentado e demais áreas prováveis desta ocorrência, tais como, regiões
próximas aos cordões de solda, curvas e geratriz inferior.
13
-PÚBLICO-
7.2.7 Na ZVM ou ZDT deve ser realizada medição de espessura por ultrassom convencional. Não
sendo possível a realização da medição de espessura por ultrassom convencional, técnicas
alternativas, como por exemplo, inspeção com ondas guiadas e/ou com correntes parasitas de baixa
frequência com saturação magnética, podem ser aplicadas a critério da UO.
7.3.1 A detecção de trincas deve ser realizada por Partícula Magnética (PM), “Alternating Current
Field Measurement” (ACFM) ou Líquido Penetrante (LP), de acordo com os requisitos das
PETROBRAS N-1598, N-1594, ABNT NBR 15248 ou ASME BPVC Section V - Artigo 15 ou outra
técnica aplicável.
7.3.2 Recomenda-se a inspeção quanto à presença de trincas nas regiões do duto de acordo com a
Tabela A.1 do Anexo A ou nos seguintes casos: [Prática Recomendada]
As regiões do trecho submerso do duto rígido submarino, incluindo “risers” devem ser inspecionadas
visualmente e quanto à proteção catódica, bem como quanto a aspectos geológicos e geotécnicos. O
resultado da inspeção do trecho submerso pode suscitar a necessidade de uma inspeção geológica e
geotécnica específica conforme 7.4.4 desta Norma.
a) a inspeção visual deve ser executada de acordo com a ABNT NBR16244 e tem por
objetivo avaliar: aspectos do solo marinho; condições de enterramento; estado do
revestimento; presença de incrustações, sucata; amassamentos; corrosão externa;
estado dos anodos; existência de vazamentos; cruzamentos; estado da região TDZ;
vãos livres e calçamento; movimentação e posicionamento do duto em relação aos
“sleepers”, cujos escopos estão descritos nos subitens 7.4.1.1 a 7.4.1.14;
NOTA Nos trechos de duto enterrado e que operem com fluido aquecido deve-se verificar e
registrar a ocorrência de “up heavel buckling” (flambagem vertical).
Deve ser verificado, classificado e registrado o tipo de solo e formações de interesse e em especial,
presença de corais, na região junto ao traçado do duto.
14
-PÚBLICO-
Deve ser registrado o nível de enterramento do duto no solo, ao longo do seu traçado. Quando não
for possível quantificar o nível de enterramento, utilizando equipamento MBES, casos de inspeções
visuais com mergulhador, o registro dos níveis de enterramento estimados deve ser classificado,
conforme Tabela 1.
Classificação do nível
Descrição
de enterramento
I geratriz inferior enterrada até 25 % do diâmetro externo do duto
geratriz inferior enterrada entre 25 % e 50 % do diâmetro externo do
II
duto
geratriz inferior enterrada entre 50 % e 100 % do diâmetro externo do
III
duto
IV duto totalmente enterrado
NOTA A inspeção por “PIG” registrador de temperatura pode ser usada como um método indireto
de inspeção do isolamento térmico, de forma qualitativa, para dutos que operem com
produto aquecido.
7.4.1.4.1 Deve ser verificada e registrada a presença de incrustações sobre o duto, classificando-as
segundo sua relevância de acordo com a ABNT NBR 16244.
7.4.1.4.2 Deve ser verificada e registrada a presença de sucata, tais como, âncoras, seções de
tubos, componentes de equipamentos etc. em contato e/ou nas proximidades do duto e que possam
comprometer sua integridade. Quando possível, as dimensões e peso da sucata devem ser
informados no relatório.
7.4.1.5 Amassamentos
15
-PÚBLICO-
7.4.1.6.2 Deve ser verificada a condição da proteção catódica do trecho corroído conforme indicação
no 7.4.2.
7.4.1.6.3 Caso houver indicações de corrosão externa deve ser realizada medição de espessura
conforme 7.2, classificando-as conforme Anexo C. As áreas corroídas devem ser avaliadas de acordo
com a PETROBRAS N-2786.
Deve ser verificada e registrada a existência de anodos conforme projeto e seu estado quanto à
passivação e desgaste.
Identificar e registrar o cruzamento entre dutos, verificando: a posição relativa do duto que está sendo
inspecionado; se o cruzamento é entre dutos rígidos ou com flexível; se há contato entre os dutos ou
existe uma ponte; se existe sistema de proteção, capa de proteção externa para o duto flexível em
contato com duto rígido e o seu estado físico.
Deve ser verificada e registrada a existência de vãos livres ao longo do duto. Os vãos livres
encontrados devem ser analisados conforme a PETROBRAS N-2786, quanto ao estado limite de
carregamento estático, térmico e de fadiga. A altura máxima, o início e o fim de todos os vãos livres
devem ser identificados e registrados durante a inspeção visual. A inspeção para determinação do
vão livre pode ser através de mergulhador devidamente qualificado, ROV, AUV ou MBES descrito no
7.4.3.
Nos casos de SCR e SLWR deve ser verificado e registrado o estado da região TDZ quanto à
profundidade da trincheira, desalinhamento do duto na TDZ em relação à trincheira, danos ao
revestimento externo.
Deve ser verificado o estado físico dos calçamentos, a posição do calço no vão livre e a existência de
efetivo contato entre o duto e os apoios e entre os apoios e o leito marinho.
16
-PÚBLICO-
Deve ser verificada a ocorrência de movimentação do duto, registrando as marcas no solo ou regiões
de entrincheiramento.
7.4.1.14.1 Dutos que operam com produtos aquecidos devem ser objeto de uma inspeção visual
mais cuidadosa. Os seguintes aspectos devem ser verificados:
Recomenda-se que seja avaliada a vida residual dos anodos do sistema de proteção galvânica do
duto visando assegurar a proteção catódica, no mínimo, até a próxima inspeção. [Prática
Recomendada]
7.4.2.1 O potencial eletroquímico do duto pode ser medido segundo as técnicas a seguir:
7.4.2.2.1 Deve ser feita a medição de potencial eletroquímico remoto com ROV. A semi-célula
remota deve ser posicionada a, no mínimo, 3 m das outras semi-células.
7.4.2.2.2 Deve ser medido o potencial eletroquímico por contato com ROV, no mínimo, nos três
primeiros anodos, nos três últimos, e a cada 1 000 m de modo a calibrar o sistema de medição de
potencial eletroquímico remoto.
17
-PÚBLICO-
NOTA Quando a inspeção não for realizada por ROV o potencial pode ser medido pontualmente
por contato metálico. O número de pontos a serem medidos deverá possibilitar a avaliação
do SPC ao longo do duto.
7.4.2.2.3 Deve ser medido o potencial eletroquímico por contato, onde houver danos no revestimento
com exposição da superfície metálica, em válvulas, em extremidades do duto (flange de interligação)
e em acessórios.
7.4.2.2.4 O gradiente de campo elétrico deve ser medido ao longo do duto quando a inspeção for
realizada com ROV utilizando a técnica remota.
NOTA Esta técnica consiste no levantamento do gradiente de campo elétrico ao longo do duto,
através da medição da diferença de potencial entre duas semi-células de Ag/AgCl água do
mar fixadas a uma distância constante e conhecida, mantendo o conjunto perpendicular ao
duto. O objetivo desta técnica é obter informações sobre a saída de corrente do anodo, vida
remanescente do anodo, passivação dos anodos, regiões subprotegidas e indicação de
falhas no revestimento ou revestimento de boa qualidade.
7.4.2.3.1 Deve ser medido o potencial eletroquímico no duto, especialmente, onde houver danos no
revestimento, com exposição da superfície metálica, em válvulas, em extremidades do duto (flange
de interligação) e em acessórios.
NOTA Onde não houver revestimento deve ser medido o potencial eletroquímico em pontos
intermediários entre anodos.
7.4.2.4.1 O potencial eletroquímico medido ao longo do duto e em seus acessórios deve estar entre
-800 mV e -1.100 mV, medido em relação ao eletrodo de referência de prata-cloreto de prata
(Ag/AgCl água do mar), para dutos de aço carbono.
NOTA 1 Dutos e/ou acessórios de materiais diferentes do aço carbono-manganês podem exigir
limites de potenciais diferentes dos acima citados, cabendo, nesse caso, um estudo
específico.
NOTA 2 Caso o potencial eletroquímico medido esteja fora da faixa recomendada deve ser
verificada a causa, explorando entre outros, a deficiência da junta de isolamento elétrico do
duto, braçadeiras e eventuais cruzamentos entre dutos metálicos.
7.4.2.4.2 Em meios anaeróbicos, com bactérias redutoras de sulfato, deve-se adotar potencial de
proteção na faixa entre -900 mV e -1.100 mV.
7.4.2.4.3 Para dutos submarinos protegidos por um SPC instalado em terra, as inspeções dos
retificadores e leitos de anodos devem seguir a PETROBRAS N-2298.
18
-PÚBLICO-
7.4.3.1 O duto submarino na Região 1 deve ser inspecionado sob todos os aspectos, incluindo, vão
livre, revestimento, medição de potencial eletroquímico e de gradiente de campo. A mesma
abrangência de inspeção deve ser aplicada na Região de “Shore-Approach”, excetuando-se a
medição do gradiente de campo.
7.4.3.3 No caso de inspeção com MBES, os equipamentos devem ser posicionados próximo ao duto
de modo assegurar uma qualidade mínima de pontos aquisitados, conforme requisitos abaixo:
NOTA O início e o fim dos vãos livres devem ser identificados e registrados igualmente na
inspeção e medição realizadas com MBES.
19
-PÚBLICO-
7.4.4.1.2 As inspeções periódicas devem observar quaisquer tipos de ocorrências que possam
representar potencial de risco à integridade do duto, tais como:
NOTA Todos os pontos com indícios de processos naturais que representem risco para a
integridade do duto, em especial, pontos de suscetibilidade alta, devem ser cadastrados
através de fichas de inspeção, com as informações mínimas apresentadas no modelo do
Anexo B. Observações indicativas de situações de risco iminente ou futuro devem ser
obrigatoriamente anotadas nas fichas de inspeção e comunicadas ao responsável pelo
Gerenciamento da Integridade do duto.
7.4.4.1.3 A periodicidade para a realização das inspeções pode ser conforme critério da UO
responsável pelo duto ou seguir a sugestão conforme Tabela 2. [Prática Recomendada]
20
-PÚBLICO-
Suscetibilidade Periodicidade
Baixa 10 anos
NOTA 1 Em pontos específicos do traçado do duto a frequência das inspeções periódicas pode ser
aumentada, em função da dinâmica da movimentação de sedimentos marinhos (como por
exemplo, nas zonas costeiras) e da identificação de zonas de risco em inspeções
anteriores. Do mesmo modo, sempre que houver qualquer situação de anormalidade
(como por exemplo, sismos), as inspeções periódicas devem ser realizadas em intervalos
menores, a critério do especialista.
NOTA 2 Dutos submetidos a ciclos de carregamento térmico, independente de ter seu traçado
situado em áreas de suscetibilidade alta, quanto a processos geológicos e geotécnicos,
devem ter sua inspeção periódica realizada no máximo a cada 5 anos, observando o
indicado em 7.4.1.14. O relatório final de inspeção periódica, geológico-geotécnico, deve
conter:
NOTA 3 No relatório final deve ser apontada a urgência das medidas recomendadas e a ordem de
prioridade das ações, subsidiando a tomada de decisão por parte do responsável pelo
gerenciamento da integridade do duto. Os relatórios devem ser arquivados em banco de
dados atualizados, de forma a:
7.4.4.2.1 As inspeções específicas devem ser realizadas sempre que for identificada uma nova
feição ou ocorrência anormal durante as inspeções periódicas; ou que ocorra algum evento em que o
especialista geológico-geotécnico entenda ser adequado efetuar uma nova verificação para poder
avaliar eventuais impactos e a condição de integridade do duto, como por exemplo, ação antrópica
(derrocamento, dragagem etc.) ou eventos naturais.
7.4.4.2.2 O escopo da inspeção específica deve ser definido no planejamento, pelo especialista
geológico-geotécnico, de modo a dimensionar o evento gerador. Isto tem por finalidade confirmar o
potencial de risco envolvido (suscetibilidade) e sugerir medidas mitigadoras provisórias ou definitivas.
21
-PÚBLICO-
NOTA No relatório final devem ser apontadas a urgência das medidas recomendadas e a ordem
de prioridade das ações, subsidiando a tomada de decisões por parte do responsável pela
integridade do duto.
7.4.4.3.1 O traçado de dutos novos deve ser elaborado com georreferenciamento compatível com
sistema GIS utilizado pela UO, de forma a facilitar o seu imediato lançamento neste sistema. O
traçado "as laid" deve conter o “survey” inicial dos dutos novos. [Prática recomendada]
7.4.4.3.3 O traçado deve ser determinado utilizando-se das técnicas indicadas abaixo:
a) sonografia;
b) batimetria de multifeixes;
c) magnetometria;
d) pulso induzido (“Innovatum”);
e) “PIG” inercial;
f) SBP;
g) técnicas de hidro acústica submarina;
h) técnicas de topografia com a utilização de estação total em pontos estacionários e
balisas/prismas, posicionados sobre o duto ao longo de seu percurso).
NOTA Deve-se atentar para o perfeito georeferenciamento (coordenadas XYZ) e aos dados de
curvatura do duto ao longo da sua diretriz. A escolha da técnica deve levar em conta, entre
outras coisas, a resolução e precisão requerida pelo técnico responsável pela análise da
interação solo-duto.
7.4.4.3.4 Os dados obtidos devem ser analisados e arquivados em um banco de dados, permitindo
acompanhar a evolução dos processos detectados no caso de inícios de movimento de solo e da
deformada do duto no caso dos mesmos serem submetidos a ciclos de carregamento térmico.
22
-PÚBLICO-
a) deve ser realizada inspeção com “PIG” instrumentado geométrico e de perda de massa
nos dutos pigáveis;
b) eventualmente pode ser necessária a utilização de “PIG” instrumentado que tenha
capacidade para detecção de trinca.
NOTA 1 Para dutos em que não seja possível, tecnicamente, a inspeção com “PIG” instrumentados,
devem ser utilizadas técnicas alternativas de inspeção ou de avaliação da integridade, tais
como: ensaio hidrostático, observando-se a Seção 9 desta Norma, ensaio de pressão ou
alternativas que permitam indicar a existência de perda de espessura. Deve ser registrada
justificativa técnica para a seleção da alternativa utilizada.
NOTA 2 O “PIG” inercial tem restrições de utilização nas situações de avaliação de movimentação
(alteração da diretriz) do duto devido à dificuldade de obtenção de referências com a
precisão necessária no ambiente submarino, portanto sua aplicação deve ser avaliada
tecnicamente pelo responsável pelo gerenciamento da integridade do duto.
NOTA 3 Deve ser realizado um estudo detalhado dos resultados da corrida do “PIG” instrumentado
de perda de massa nos trechos de duto sob as braçadeiras da região emersa ou na ZVM ou
ZDT, de modo a identificar claramente a presença de corrosão externa nestes locais.
7.5.1.1 É considerado habilitado para inspeção com “PIG” instrumentado o duto que tenha sido
submetido a uma sequencia de “PIG” de limpeza. A limpeza deve iniciar com “PIG” espuma de baixa
densidade e concluir com a passagem de um “PIG” rígido com placa calibradora, sendo esta última
corrida aprovada pelo responsável técnico por esta inspeção.
7.5.1.2 No planejamento dos serviços de inspeção com “PIG” instrumentado, deve ser elaborada
uma especificação técnica contendo, no mínimo, os seguintes tópicos:
Após a corrida do “PIG” instrumentado, geométrico ou de perda de massa, deve ser elaborado um
relatório conclusivo sobre as condições da integridade estrutural do duto no que tange a inspeção
realizada.
23
-PÚBLICO-
8.1 Os dutos submarinos devem ter seu plano de monitoração da corrosão interna elaborado de
acordo com os requisitos da PETROBRAS N-2785 e os resultados desta monitoração devem ser
avaliados pelo responsável pelo gerenciamento da integridade dos dutos rígidos submarinos.
8.2 O responsável pelo gerenciamento da integridade dos dutos rígidos submarinos pode dispensar
a monitoração de determinado duto desde que tecnicamente justificado e documentado no sistema
de gestão da integridade corporativo. [Prática Recomendada]
9 Ensaio Hidrostático
O ensaio hidrostático em dutos submarinos deve ser realizado conforme Anexo E desta Norma.
9.1 Recomenda-se efetuar o ensaio hidrostático nos dutos existentes, visando assegurar que o duto,
no trecho testado, suporta as condições de Pressão Máxima de Operação Admissível (PMOA), nos
seguintes casos: [Prática Recomendada]
NOTA Caso a tensão, devido à nova pressão de operação não ultrapasse 30 % do limite de
escoamento do duto, o ensaio hidrostático pode ser dispensado.
9.2 Deve-se efetuar ainda, ensaio hidrostático em dutos existentes, visando assegurar-se de que os
tramos testados suportam as condições de PMOA, quando:
10 Reparos
Os reparos dos defeitos identificados nas inspeções devem ser executados de acordo com as
seguintes normas:
24
-PÚBLICO-
11 Qualificação de Risco
11.2 Esta qualificação irá auxiliar na priorização das ações necessárias a manutenção da integridade
do duto.
11.3 Os dutos devem ser submetidos a análise de risco para subsidiar os planos de inspeção e sua
integridade.
12 Documentação
12.1 Prontuário
Todo duto deve possuir um prontuário, o qual deve conter, no mínimo, as seguintes informações:
NOTA Os documentos dos dutos devem ser codificados conforme a PETROBRAS N-1710.
12.2.1 Todas as ocorrências, falhas e dados obtidos devem ser registrados em relatórios de
inspeção de modo a assegurar rastreabilidade da informação.
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-PÚBLICO-
12.2.4 Quando o RI for elaborado por terceirizados, deve ser emitido o PTI.
26
-PÚBLICO-
Anexo A - Aplicação das Técnicas de Inspeção nas Regiões dos Dutos Rígidos
Submarinos
Nível do mar
"Riser" flexível
30 m
Leito marinho
Legenda:
27
-PÚBLICO-
3
Nível do mar
30 m
1
Leito marinho
Conexão
Legenda:
28
-PÚBLICO-
3
ZVM
Nível do mar
30 m
2 Ancoragem
1
TDP
Leito marinho
Legenda:
29
-PÚBLICO-
3
ZVM
Nível do mar
30 m
"Riser" flexível
Ancoragem 1
TDP
Leito marinho
Legenda:
Figura A.4 - Plataforma Flutuante de Produção ou UEP com “Spool” Rígido e “Riser”
Flexível
30
-PÚBLICO-
Nível do mar
"Riser" flexível
Ancoragem 1
TDP
Leito marinho
Legenda:
31
-PÚBLICO-
Tabela A.1 - Periodicidade das Inspeções Segundo as Regiões dos Dutos Rígidos
Submarinos
Periodicidade
Região de
Tipo de inspeção Item recomendada
inspeção
(anos)
2 (ROV conexão
Potencial Eletroquímico 7.4.2 5 (Nota 5)
“riser flow”)
32
-PÚBLICO-
Tabela A.1 - Periodicidade das Inspeções Segundo as Regiões dos Dutos Rígidos
Submarinos (Continuação)
Região de Periodicidade
Tipo de inspeção Item
inspeção recomendada (anos)
Inspeção geológica e
7.4.4 N/A (Nota 3)
geotécnica
1 (“Flow” geral)
Potencial Eletroquímico,
gradiente de campo 7.4.2 5
Conforme Tabela 2
Visual com mergulhador 7.4
(Notas 2, 6 e 7)
Inspeção geológica,
1 (“Flow” de 7.4.4. N/A (Nota 3)
geotécnica
água Rasa)
Potencial Eletroquímico 7.4.2 5
33
-PÚBLICO-
Tabela A.1 - Periodicidade das Inspeções Segundo as Regiões dos Dutos Rígidos
Submarinos (Continuação)
NOTA 6 Recomenda-se, para dutos rígidos submarinos novos, que seja feita
inspeção inicial com ROV no primeiro ano após a entrada em
operação. A análise dos resultados desta inspeção deve ser
acompanhada pelo projetista do duto. Esta inspeção serve para
avaliar a compatibilidade entre os modelos e premissas adotados no
projeto e o comportamento real do duto, contribuindo assim para a
melhoria contínua dos projetos. [Prática Recomendada]
NOTA 7 Nos trechos de dutos enterrados a inspeção visual deve avaliar a
ocorrência de vazamentos e outros danos. Nos casos de dutos
enterrados conforme projeto, a inspeção deverá avaliar as condições
definidas no plano de inspeção.
NOTA 8 No “shore approach” deve ser verificado o enterramento do duto
conforme definido no plano de inspeção.
NOTA 9 Para dutos instalados em LDA < 50m, a critério da UO, pode-se
adotar somente mergulho.
34
-PÚBLICO-
B.1 Deve ser elaborada a carta temática da diretriz de cada duto, identificando e registrando os
processos de natureza geológica, geotécnica e oceanográfica que representem risco à integridade
estrutural do duto.
B.3 A carta temática deve ser atualizada nos casos em que se verifique a ocorrência de uma nova
feição ou fenômeno geológico/geotécnico/oceanográfico não previsto na carta existente.
B.4 Antes da realização dos levantamentos, devem ser atendidos os pré-requisitos relacionados
abaixo:
a) análise da documentação existente sobre o local, incluindo:
— desenhos de projeto do duto, “conforme construído”;
— condições de operação do duto (pressão, temperatura e seus ciclos);
— cadastros de pontos com suscetibilidade alta ou baixa identificados;
— ocorrências geológico-geotécnicas;
— medidas mitigadoras adotadas;
— mapas batimétricos e faciológicos;
— registros de correntes marinhas de fundo da região;
— interpretação de imagens de sonar, multifeixe (batimetria e “backscattering”);
— sísmica 3D e de perfis de subfundo (SBP);
— banco de dados de amostras;
— relatórios de inspeção externa submarina;
b) elaboração de especificação técnica do levantamento de dados geológicos, geofísicos e
oceanográficos;
c) compatibilidade das técnicas e equipamentos utilizados com a profundidade local,
considerando as seguintes situações:
— zonas de transição, com profundidades variando de 0 m a 5 m;
— zonas de arrebentação;
— regiões com profundidades variando de 5 m a 20 m;
— regiões com profundidades variando de 20 m a 1 000 m;
— regiões com profundidades acima de 1 000 m.
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-PÚBLICO-
B.6 A classificação das ocorrências, segundo o grau de suscetibilidade, deve ser conforme
Tabela B.1.
Classificação
Ocorrência
(suscetibilidade)
a. zonas de erosão e descalçamento (duto em vão livre);
b. indícios de movimentos de massa sedimentar;
c. juntas de tração;
d. zonas de falhas e fraturas;
e. escarpas;
Alta
f. acumulações coralíneas;
g. pavimentos rochosos;
h. feições de escape de fluido;
i. cânions submarinos;
j. zonas de arrebentação.
Baixa Ausência de qualquer feição geológico-geotécnica de risco.
B.7 Para cada ocorrência relevante deve ser preenchida ficha de inspeção tendo como referência,
modelo da Figura B.1
36
-PÚBLICO-
NOTA Fazer referência ao DATUM GEODÉSICO HORIZONTAL utilizado para obtenção das
coordenadas UTM ou Geográficas (SIRGAS 2000, WGS 84, SAD 69, CÓRREGO ALEGRE,
ETC.)
TIPO DE INSPEÇÃO:
( ) PERIÓDICA ( ) ESPECÍFICA
( ) ALTO ( ) BAIXO
METODOLOGIA DE INSPEÇÃO:
PRIORIDADE:
Ladm (m):
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-PÚBLICO-
NOTA As Figuras C.3 a C.14 exemplificam como deve ser feita a classificação das áreas corroídas
quanto à extensão, forma e a intensidade.
C.2.1 Sempre que a perda de espessura for superior a 10 %, em relação à espessura de nominal do
duto, as áreas de corrosão devem ser registradas em uma representação planificada, contendo
comprimento, largura e profundidade da área corroída e medições de espessura em seu interior; a
distância entre as regiões corroídas devem ser registradas.
C.2.2 As Figuras C.1 e C.2 mostram dimensões que devem ser medidas para o cálculo da
resistência remanescente.
C.2.3 A aquisição do perfil da perda de espessura deve ser obtida utilizando ferramentas
automatizadas, tais como escaneamento a laser e fotos de alta definição 3D. Esta técnica deve ser
aplicada para regiões de perda de espessura entre 40 % e 80 %.
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-PÚBLICO-
d
tn
Onde
L - Comprimento do defeito medido na direção longitudinal do duto;
d - Profundidade máxima da região corroída;
tn- Espessura nominal da parede do duto.
1
SC
2
L2
SL
L1
Legenda:
S L = Distância entre dois defeitos medida na direção longitudinal;
S C = Distância entre dois defeitos medida na direção circunferencial.
39
-PÚBLICO-
40
-PÚBLICO-
41
-PÚBLICO-
42
-PÚBLICO-
43
-PÚBLICO-
44
-PÚBLICO-
45
-PÚBLICO-
D.1 Antes do início da inspeção a região a ser examinada deve ser limpa.
D.2 A deformação geométrica deve ser medida em duas posições, de forma a se obter o
comprimento e largura do amassamento. A Figura D.1 mostra como o dimensionamento deverá ser
feito.
D.3 Efetuar as medidas de comprimento, largura e profundidade em três locais diferentes: a 1/4, 2/4
e 3/4, a partir do comprimento identificado na Figura D.1.
D.6 Fazer inspeção visual detalhada na região onde foi encontrado o amassamento.
D.7 Caso sejam encontradas quaisquer indicações de trinca ou dobramentos na inspeção visual
detalhada, o inspetor visual deve complementar a execução do ensaio por partículas magnéticas ou
ACFM.
D.8 Quando o amassamento atingir um cordão de solda, o amassamento deve ser inspecionado em
toda a sua extensão por partículas magnéticas, de acordo com a PETROBRAS N-1792.
NOTA As Figuras D.2 e D.3 (Fotos 13 e 14) ilustram como a medição de mossa deve ser realizada.
46
-PÚBLICO-
47
-PÚBLICO-
E.1 Objetivo
E.1.1 Este procedimento fixa as condições exigíveis para a execução de ensaio hidrostático de
oleodutos e gasodutos ou tramos de oleodutos e gasodutos submarinos em operação.
E.2 Definições
Conjunto terminal submarino de dutos, instalado no leito marinho, para servir de terminação a vários
dutos flexíveis e/ou dutos rígidos submarinos.
É a máxima pressão em que o duto ou tramo de duto deve ser operado durante uma situação de
operação incidental, isto é, quando da ocorrência de situação transiente. É igual à pressão incidental
descontada a tolerância positiva do sistema de segurança de pressão.
É a máxima pressão na qual um duto ou tramo de duto pode ser submetido durante operação normal.
Corresponde à pressão de projeto menos a tolerância positiva do sistema de regulagem ou controle
de pressão.
É a pressão interna aplicada ao duto ou tramo de duto durante o ensaio hidrostático, tendo por base a
pressão incidental prevista durante sua operação.
É a máxima pressão interna durante operação normal, tomando como base a altura de referência,
para a qual o duto ou tramo de duto foi projetado. A pressão de projeto deve levar em conta as
condições de regime permanente para toda a faixa de vazões, assim como possíveis
empacotamentos e fechamento de válvulas, ao longo de toda a extensão do duto ou tramo do duto
que esteja submetido a uma pressão de projeto constante.
48
-PÚBLICO-
É a máxima pressão interna para a qual o duto ou tramo de duto é projetado para suportar durante
qualquer situação transiente. A referência deve ser a mesma da pressão de projeto.
NOTA A não ser que de outro modo especificado, os limites de um duto ou sistema de coleta ou
escoamento dutos podem ser conforme descrito nos itens abaixo: [Prática Recomendada]
O sistema que assegura que a pressão máxima incidental admissível não seja excedida no duto
durante sua operação estável e em regime transiente.
E.2.10 Tramo
Conjunto contínuo de tubos de um trecho de duto com características homogêneas, tais como:
mesma espessura, mesmo revestimento, mesma espessura de lastro e mesmo material.
49
-PÚBLICO-
NOTA 1 Para o cálculo da pressão de ensaio hidrostático no escopo desta Norma, a PMIA está
limitada a 110 % da PMOA.
NOTA 2 O valor da pressão de ensaio hidrostático calculado pela Tabela C.1 deve ser limitado
ainda, à pressão máxima permitida pela classe de pressão dos acessórios instalados,
válvulas e flanges, conforme as ASME B16.5, ISO 14313 (API SPEC 6D) e
API SPEC 17D para dutos flexíveis.
NOTA 3 Caso a tensão circunferencial na parede do duto, em algum ponto, ultrapasse 90 % o
SMYS, deve ser evitado ciclar mais que duas vezes a pressão de ensaio hidrostático ou
manter o duto pressurizado, na pressão do ensaio, por tempo superior a duas vezes o
estabelecido no procedimento de ensaio correspondente.
E.3.2 A Figura E.1 deve ser usada como referência para o estabelecimento das pressões PMIA e
PMOA em um oleoduto. No caso de operação de um gasoduto, deve-se abstrair da Figura E.1, a
parte hachurada identificada como perfil do leito marinho, porém para ensaio hidrostático a coluna
hidrostática do fluido do ensaio deve ser considerada.
50
-PÚBLICO-
Pressão
PTH
1,1 x PMOA
Pressão da surge e
outras variações
Pressão de
projeto
PMOA
(Ver Nota)
PMO
Gradiente
hidráulico
Pressão requerida para
superar perdas de carga
Contra-pressão
Pressão
estática
Perfil do
terreno
Distância
51
-PÚBLICO-
a) identificação do duto;
b) tipo de fluido de operação;
c) comprimento do duto;
d) espessura de parede atual;
e) espessura de parede nominal;
f) diâmetro nominal;
g) material;
h) classe de pressão das válvulas e acessórios;
i) PMOA;
j) PMIA;
k) pressão de projeto;
l) tensão mínima especificada de escoamento do material do duto - SMYS;
m) tolerância positiva dos sistemas de regulagem e segurança de pressão;
n) classe de pressão de tramos de duto flexíveis conectados ao duto;
o) desenho as “built” do duto com indicação dos pontos de dreno, de alívio de pressão, dos
manômetros, acessórios, válvulas de controle e de conexão dos equipamentos de
ensaio;
p) folha de dados de projeto;
q) prontuário do duto.
a) relatórios de inspeção por “PIG” com placa calibradora, “PIG” geométrico e “PIG”
instrumentado;
b) projeto de alteração ou reparo do duto e respectivos relatórios;
c) limitação de pressão do duto imposta pela última inspeção por PIG instrumentado, pelos
pontos reparados, pelos tramos flexíveis e pelos equipamentos e acessórios ao longo do
duto;
d) relatórios de inspeção externa quanto a vão livre, cruzamentos e interferências do duto e
medição de potencial de proteção catódica e danos externos;
e) relatórios de calçamento dos vãos livres do duto;
f) relatórios de inspeção de tramos emersos incluindo os lançadores e recebedores.
52
-PÚBLICO-
a) descrição do duto;
b) requisitos e descrição dos equipamentos e instrumentos do ensaio;
c) avaliação da qualidade da água do ensaio e sua neutralização;
d) plano de instalação dos instrumentos de controle e registro;
e) plano de raqueteamento e isolamento;
f) procedimento de limpeza, enchimento e calibração do duto;
g) procedimento de passagem de “PIG” geométrico e instrumentado conforme
PETROBRAS N-2634;
h) procedimento de pressurização, despressurização e duração do ensaio;
i) critério de aceitação para o ensaio hidrostático;
j) procedimento de retirada e descarte da água utilizada no ensaio;
k) procedimento de purga, secagem e inertização;
l) lista de procedimentos que devem ser aprovados pela fiscalização da PETROBRAS e
qualificados;
m) procedimento de localização e identificação de vazamentos;
n) qualificação do pessoal;
o) relatórios, diagramas e gráficos que devem ser emitidos.
Para cada tramo de duto a ser testado devem ser elaborados diagramas em planta e em perfil do
traçado, a partir dos documentos do projeto “as built”, discriminando pelo menos as seguintes
informações:
53
-PÚBLICO-
E.5.2.1 Os equipamentos devem ser testados antes da execução do ensaio hidrostático. Todos os
instrumentos do ensaio, tais como: barógrafo, manômetro “Bourdon”, manômetro registrador e
termômetro de poço e registrador, balança de peso morto ou transdutor, medidor de volume e
válvulas de alívio devem possuir certificados de calibração válidos na data do ensaio. Os certificados
devem ter sido emitidos, no máximo, há 6 meses, com rastreabilidade em referência a padrões
[certificado de calibração emitido por laboratório da Rede Brasileira de Calibração (RBC)] ou por
instituto no exterior, reconhecido pela RBC. Os instrumentos de leitura e registro do ensaio devem ser
instalados em ambiente fechado, com temperatura controlada e livre de intempéries.
E.5.2.2 A balança de peso morto deve ter um range mínimo de 1,25 vez a pressão do ensaio
hidrostático e uma acurácia melhor que ± 0,1 bar (10 kPa) e uma sensibilidade melhor que 0,05 bar
(5 kPa).
NOTA Onde a balança de peso morto não puder ser utilizada, devido ao movimento da
embarcação, a pressão de ensaio deve ser medida através de um sistema eletrônico para
monitoração e registro da pressão e temperatura. Tal sistema pode ser utilizado como
alternativa aos componentes acima listados. Tal sistema deve ter como saída o registro da
temperatura, o registro da pressão, registro da pressão compensada por efeito da
temperatura e linha de tendência linear (para pressão compensada). O sistema eletrônico
deve possuir sensores de pressão e de temperatura com a mesma precisão especificada
para os sensores individuais.
E.5.2.3 O sensor de pressão deve ter um “range” mínimo de 1,1 vez a pressão de ensaio
especificada e a acurácia deve ser melhor que ± 0,2 % da pressão de ensaio. A sensibilidade mínima
do sensor deve ser de 0,1 %.
E.5.2.4 Bomba de deslocamento positivo, rotação variável, com pressão de descarga de, no mínimo,
1,5 vez a pressão de ensaio no ponto de injeção d’água. O volume deslocado por cilindro deve ser
conhecido e deve possuir um contador de pulsos por cilindro. Como alternativa, pode ser usada uma
bomba de rotação constante, que possua controle de vazão, conjugada com um sistema que
possibilite a medição do volume de água injetado no duto durante a pressurização.
E.5.2.5 A bomba para enchimento deve ter vazão mínima de 1 m3/minuto e altura manométrica
compatível com a perda de carga esperada para o sistema a ser cheio.
NOTA Acopladas às bombas devem estar instrumentos do ensaio para confirmar e registrar a
concentração dos produtos químicos injetados no fluido de ensaio.
E.5.2.7 Válvula de alívio calibrada, para prevenir sobre pressão no tramo em ensaio, durante a
pressurização ou devido a expansão térmica, instalada no ponto de ensaio e ajustada para abrir a
5 % acima da pressão de ensaio. A tolerância positiva da válvula deve ser especificada e considerada
na regulagem da pressão de abertura, para que sejam respeitados os limites de pressão do ensaio
hidrostático.
54
-PÚBLICO-
E.5.2.8 O dispositivo de registro contínuo da pressão com um registrador de carta para até 24 horas,
deve fornecer um registro permanente da pressão do fluido de ensaio em função do tempo e ao longo
de toda a duração do ensaio. Deve ser aferido imediatamente antes de cada utilização (através da
balança de peso morto) ou aferido de acordo com as recomendações do fabricante.
E.5.2.9 Os manômetros devem ter resolução mínima de 0,5 kgf/cm2 (49,05 kPa) e faixa de medição
da pressão de ensaio no segundo terço da escala. Devem ter ainda, precisão de 0,1 % no final da
escala.
E.5.2.10 Os termômetros de leitura direta, de poço e imersível devem estar acoplados a dispositivos
de registro de temperatura para fornecer um registro permanente da temperatura ambiente e da água
no fundo do mar respectivamente, em função do tempo e devem ter uma acurácia de ± 1 °C e uma
sensibilidade de ± 0,1 °C.
E.5.2.11 O tanque portátil para armazenamento de água para enchimento e pressurização deve ter
controle de nível.
E.5.2.12 O medidor de vazão tipo turbina deve ter acurácia melhor que ± 1 % e uma sensibilidade
melhor que 0,1 % e deve ser usado ao longo do ensaio para medir o volume de fluido de ensaio
acrescido ou subtraído durante o enchimento e a pressurização do duto.
E.5.2.14 Devem ser especificados mangotes, conexões, válvulas e acessórios, necessários para as
interligações das bombas, do duto e instrumentos do ensaio.
E.5.2.15 Devem ser especificados tubos, válvulas, juntas, gaxetas e outros componentes
sobressalentes para troca dos que possam falhar durante o ensaio.
E.5.2.16 Deve ser especificado um tanque pulmão, para onde o fluido de ensaio excedente seja
descartado.
E.5.2.17 Devem ser especificados “PIGs” de enchimento (para remoção do ar), calibração, limpeza e
de remoção de água (para esvaziamento ou secagem), se necessário.
E.5.2.18 Os lançadores e recebedores de “PIG” especificados devem ser previamente testados com
fator de segurança de 1,25, em relação a pressão de ensaio, caso os lançadores e recebedores
sejam submetidos a pressão de ensaio hidrostático.
NOTA PLETs, PLEMs, PLAEMs, “manifolds” e válvulas devem ser submetidos à pressão de
ensaio, respeitando os limites de pressão impostos pelas suas respectivas classes de
pressão.
55
-PÚBLICO-
A especificação do ensaio deve indicar que a água para o enchimento, ensaio e eventual hibernação
pode ser captada do mar no local de ensaio. Deve indicar também que antes do enchimento,
amostras da água devem ser coletadas junto aos pontos de captação e analisadas por organismos
reconhecidos, visando à confirmação dos percentuais de inibidores, desoxidantes e bactericidas
necessários à neutralização da água.
E.5.3.1 Deve ser especificado que, para garantir a qualidade da água a ser usada no ensaio
hidrostático, o sistema de alimentação de água a ser utilizado deve ser constituído de, no mínimo,
filtros de 100 µm no ponto de coleta, um tanque pulmão com volume, tal que, assegure um tempo
mínimo de permanência da água em seu interior por cerca de 5 minutos e filtros de 30 µm antes da
injeção da água no duto.
E.5.3.2 Dependendo dos resultados da análise da água do mar a ser usada como fluido de ensaio,
devem ser adicionados, em princípio, os seguintes produtos químicos conforme sua ordem de
apresentação:
E.5.4.1 A especificação do ensaio deve indicar a necessidade de ser elaborado um plano definindo
os locais de instalação dos equipamentos e instrumentos de controle e registro para o ensaio,
incluindo os de registro permanente e os de leitura periódica. Neste plano deve ser definido, também,
o intervalo de medição ou leitura.
NOTA 1 Recomenda-se instalar termômetros para medição da temperatura ambiente e água do mar
no fundo junto ao duto. [Prática Recomendada]
NOTA 2 Recomenda-se que em tramos de duto sob ensaio, maiores que 10 km, seja medida a
temperatura da água no fundo do mar a cada 10 km, no mínimo, para permitir uma
avaliação mais precisa do efeito da expansão térmica. [Prática Recomendada]
56
-PÚBLICO-
E.5.6.1.1 A limpeza do duto consiste na passagem de “PIGs” com vistas à remoção das partículas
com 30 µm de diâmetro ou superior. Os “PIGs” de limpeza devem ser impulsionados com água do
mar tratada e filtrada.
E.5.6.1.2 A fase de limpeza inclui passagem de “PIGs” espuma, “PIGs” raspadores com escova de
aço e “PIG” com magnetos.
E.5.6.1.3 Devem ser lançadas, no mínimo, quatro baterias de “PIGs”, compostas de um “PIG” de
poliuretano de alta densidade com escovas de aço temperado “power brush”, seguido de um “PIG”
espuma de baixa densidade. No caso de dutos com revestimento interno, as escovas devem ser de
material que não danifique o revestimento.
E.5.6.1.4 O intervalo entre as baterias de “PIGs” deve ser de, no mínimo, 30 minutos.
E.5.6.1.5 A operação de passagem das baterias de “PIGs” deve ser considerada satisfatória quando
os “PIGs” escova chegarem ao local de recebimento íntegros e com as escovas não saturadas de
material aderido.
E.5.6.1.6 Após a passagem dos “PIGs” escova, devem ser passadas baterias de “PIGs” espuma de
baixa densidade. A operação de limpeza deve ser considerada satisfatória quando a seção
transversal do “PIG” revelar uma profundidade de espuma impregnada com sujeira menor ou igual a
1 in.
E.5.6.1.7 Para complementação da limpeza, devem ser passados, no mínimo, duas baterias,
constituídas de “PIGs” espuma e “PIGs” com magnetos.
E.5.6.1.8 A limpeza final deve ser considerada aprovada se a quantidade de resíduos metálicos
(como por exemplo, pontas de eletrodo, fragmentos de arco de serra) aderidas ao “PIG” magnético
for inferior a 50 g/km. O “PIG” deve ser pesado antes e depois da passagem, a fim de se verificar a
quantidade de elementos aderidos ao “PIG”.
E.5.6.2.1 A limpeza, o enchimento e a calibração do duto ocorrem concomitantemente, haja vista que
os “PIGs” de limpeza e de calibração são impulsionados pelo fluido de ensaio que enche o duto.
a) bombeamento inicial do equivalente a 500 m de extensão do duto com água filtrada, sem
inibidores de corrosão e corante, à frente do primeiro “PIG” espuma de alta densidade
com escova;
b) lançamento de um “PIG” espuma com escova, impulsionado com água filtrada;
57
-PÚBLICO-
c) deslocamento do “PIG” espuma por toda extensão do duto com água filtrada sem adição
de inibidores de corrosão e corante, até sua chegada no recebedor;
d) passagem de mais três “PIGs” de limpeza, compostos de pelo menos, dois discos guia e
dois copos cônicos de poliuretano e com escovas de aço pré-tensionadas (raspadores),
de modo a cobrir todo o perímetro da parede interna do duto; em caso de dutos com
pintura interna, devem ser utilizadas escovas não metálicas; cada “PIG” de limpeza deve
ser seguido de “PIG” espuma de baixa densidade; um novo “PIG” de limpeza só deve ser
lançado após o “PIG” anteriormente lançado ter chegado no recebedor;
e) passagem de baterias de “PIG” com magnetos;
f) passagem de um “PIG” bidirecional com três discos ou quatro discos de poliuretano e
placa calibradora de alumínio, visando a eliminação total de bolsões de ar, eventualmente
existentes no interior do duto e a calibração do duto quanto a redução de diâmetro; o
“PIG” deve ser impulsionado com água filtrada e tratada com inibidores e corante, até sua
chegada no recebedor; a placa calibradora deve ser dimensionada conforme a
DNV-OS-F101;
g) inspeção da placa calibradora para identificação de mossas ou amassamentos no duto; a
placa calibradora deve ser recebida sem amassamentos, para que o duto ou tramo de
duto seja liberado para o ensaio hidrostático propriamente dito ou ainda, seja previamente
inspecionado por “PIG” geométrico e/ou de inspeção;
h) enchimento de toda a extensão do duto submarino, utilizando água tratada e com
corante.
E.5.6.2.3 Manutenção do bombeamento de água tratada até que não exista mais vestígios de ar no
interior do duto submarino, com vistas a garantir confiabilidade ao ensaio hidrostático. Caso o volume
de ar no duto seja superior a 0,5 %, nova corrida de “PIG” deve ser executada.
NOTA Observar que não haja introdução de oxigênio no sistema de bombas e tubulação de
injeção da água.
E.5.6.2.4 Durante toda a operação, deve ser utilizado medidor de vazão do tipo turbina devidamente
calibrado e certificado.
E.5.6.2.5 O lançador e o recebedor deve ter capacidade para acomodar dois “PIGs”, de modo a
melhorar a performance da operação.
E.5.6.2.6 O equipamento de bombeio deve ser dimensionado de forma a manter a velocidade dos
“PIGs” entre 0,5 m/s e 0,8 m/s e assegurar fluxo contínuo, mantendo os “PIGs” em movimento
ininterrupto.
E.5.6.2.7 O duto é considerado limpo nesta etapa quando a água descartada imediatamente antes
da chegada do “PIG” de limpeza, apresentar visualmente as mesmas características da água injetada
no duto, bem como tiver atendidos os requisitos para “PIG” de escova, espuma de baixa densidade e
com magnetos definidos nos E.5.6.1.5, E.5.6.1.6 e E.5.6.1.8, respectivamente.
E.5.7.1 Caso seja detectada a presença de anomalia com redução do diâmetro interno do duto,
através de amassamento da placa calibradora ou o projeto de reparo do duto assim especificar, deve
ser realizada inspeção do duto por “PIG” geométrico e/ou “PIG” instrumentado.
E.5.7.2 Caso seja necessário uma inspeção por “PIG” geométrico e/ou “PIG” instrumentado, deve ser
atendido os requisitos estabelecidos no Seção 11 desta Norma.
58
-PÚBLICO-
Onde:
Var é o volume de ar residual determinado graficamente (litros);
Vi é o volume inicial (litros).
NOTA Caso o volume de ar residual seja superior a 0,5 %, o duto deve ser despressurizado e novo
“PIG” para enchimento deve ser passado no duto. Caso tenha sido necessário a passagem
de novo “PIG” de enchimento, deve-se repetir o descrito no c) do E.5.8, para verificar o ar
residual.
d) uma vez aceito o volume residual de ar no duto e após a estabilização da pressão, esta
2
deve ser então elevada, à taxa constante de no máximo 1 kgf/cm por minuto, até atingir
a uma pressão, no ponto de ensaio, correspondente a 70 % da mínima pressão de
ensaio; a partir deste instante, o bombeamento deve evitar grandes variações de
pressão, garantindo que incrementos de 1 kg/cm² (98,06 kPa) sejam perfeitamente lidos
e anotados; o incremento deve ser dado com intervalo mínimo de 3 minutos, até atingir a
100 % da pressão de ensaio; o volume de água injetado deve ser medido e anotado no
gráfico de PxV;
e) durante a pressurização, observar e registrar em intervalos de 5 minutos, a pressão,
usando o manômetro “Bourdon”, o volume de água bombeada e o número de
deslocamentos da bomba; verificar continuamente o funcionamento do registrador de
pressão; em caso de uma queda de pressão repentina, indicando vazamento ou ruptura
do duto, registrar a pressão imediatamente anterior à queda e interromper o
bombeamento;
f) deve-se aferir a pressão de ensaio, efetuando-se os ajustes finos necessários pela
balança de peso morto ou sistema eletrônico de registro de pressão, até a pressão
atingir, com precisão, 100 % da pressão de ensaio;
g) atingida a pressão de ensaio, observar então, um período mínimo de 30 minutos para
estabilização e verificações de eventuais vazamentos;
h) havendo queda de pressão, retornar para 100 % da pressão de ensaio e iniciar a
contagem de tempo;
i) estabilizada na pressão de ensaio, deve ser feita a desconexão da bomba de
deslocamento positivo da linha, dando início ao tempo de espera de 4 horas de ensaio,
averiguando e registrando a pressão da balança de peso morto ou sistema eletrônico de
registro de pressão, em intervalos de 5 minutos durante um período mínimo de 1 hora e
em intervalos de 15 minutos ao fim deste período até o final do ensaio;
59
-PÚBLICO-
j) ja cada meia hora devem ser registradas as temperaturas ambiente e do fundo da água
do mar; a cada hora devem ser registrados também a pressão barométrica e o nível da
maré; as temperaturas de superfície do mar são registradas a cada 4 horas;
k) caso a pressão atinja a pressão máxima de ensaio provocado por aumento de
temperatura do mar, parte da água deve ser drenada lentamente para o tanque pulmão,
de forma a permitir a medida do volume descartado;
l) caso a pressão atinja patamares abaixo da pressão de ensaio devido à diminuição de
temperatura do mar, a bomba de deslocamento positivo deve ser reconectada para
elevar a pressão até a pressão de ensaio, observando e registrando os dados como
descrito anteriormente;
m) após a aceitação do ensaio hidrostático, ver E.5.9, deve ser feito um ensaio de
estanqueidade, visando detectar pequenos vazamentos que possam ter sido gerados no
ensaio. O ensaio de estanqueidade consiste em deixar o duto a 90 % da pressão de
ensaio durante 24 h. Perdas de pressão que não possam ser justificadas por variação de
temperatura indicam vazamento de produto;
n) uma vez concluído e aceito o ensaio, inicia-se a despressurização completa do duto a
taxas moderadas de 2 bar (200 kPa) por minuto, até que seja possível a remoção da
mangueira de ensaio; as conexões de ensaio devem ser fechadas e o duto permanecer
cheio de água salgada com inibidores.
Pressão
50 % Da mínima pressão
de teste hidrostático
Linha estática
Extrapolação
Pressão de
coluna estática
Volume de ar Volume de água
adicionada
A especificação do ensaio hidrostático deve incluir um critério de aceitação, o qual deve atender, no
mínimo, aos seguintes requisitos:
a) o duto ou tramo de duto deve ser considerado aprovado e o ensaio aceito, após
decorrido o tempo de espera de 4 h, sem que a pressão sofra variações maiores que
0,2 % da pressão de ensaio e não for observado qualquer indício de vazamento; caso a
pressão não se mantenha estável neste período, o ensaio só deve ser aceito se for
comprovado que a variação registrada foi resultante da variação de temperatura da água
do ensaio, ou ainda se o período de espera for prolongado até que a variação de
pressão se mantenha em ± 0,2 % da pressão de ensaio em um período de 4 h; se não
houver possibilidade de inspecionar visualmente o duto e seus componentes quanto a
eventuais vazamentos, o período de ensaio deve ser aumentado para 8 h; entretanto,
nas últimas 4 h, a pressão de ensaio deve ser reduzida de um valor equivalente a 12 %
da pressão de ensaio hidrostático;
60
-PÚBLICO-
Onde:
P é a variação incremental de pressão (bar/C);
t é a espessura nominal de parede do duto (m);
E é o módulo de elasticidade do material (bar);
B é o coeficiente de expansão da água (1/C);
A é o coeficiente de expansão do material do duto (1/C);
D é o diâmetro externo do duto (m);
Y é o coeficiente de “Poisson”;
C é o fator de temperatura conforme (bar/C).
A especificação do ensaio deve incluir um procedimento para retirada e descarte do fluido do ensaio,
o qual deve atender, no mínimo, aos seguintes requisitos:
a) caso o descarte da água desaerada seja efetuado diretamente para o mar, este deve ser
feito lentamente e na forma de chuveiro para aerar a água evitando agredir ao meio
ambiente;
b) o descarte do fluido do ensaio contendo residual de biocida, só deve ser efetuado
diretamente no mar, caso sua concentração esteja abaixo do limite tóxico aos
microrganismos aquáticos; o procedimento incluindo esta operação deve ter aprovação
do IBAMA e demais órgãos ambientais atuantes na região do ensaio;
c) em qualquer situação a água do ensaio descartada deve ter teores máximos de sólidos e
de óleo e graxa (TOG) limitados a 10 mg/L e 20 mg/L, respectivamente; o procedimento
incluindo esta operação deve ser aprovado pelo IBAMA e demais órgãos ambientais
atuantes na região do ensaio.
A especificação do ensaio deve incluir um procedimento de purga, secagem e inertização nos casos
do ensaio hidrostático ser aplicado em gasoduto. O procedimento de purga deve atender, no mínimo,
aos seguintes requisitos:
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-PÚBLICO-
g) a medição do ponto de orvalho deve ser feita à pressão atmosférica, com instrumento
calibrado;
h) a inertização do gasoduto deve ser feita com nitrogênio.
E.5.12 Lista de Procedimentos que Devem ser Aprovados pela Fiscalização da PETROBRAS e
Qualificados
E.5.12.2 Nesta listagem devem estar incluídos, no mínimo, os seguintes procedimentos listados
abaixo:
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-PÚBLICO-
a) a localização dos trechos testados, bem como dos vazamentos que eventualmente
ocorrem durante o ensaio, deve ser determinada tomando-se a sua distância em metros,
em relação ao ponto de origem do duto e a referência mais próxima, e coordenadas
UTM, com base no “Datum” que estiver sendo utilizado pelo Sistema de Gerenciamento
de Obstáculo (SGO) da PETROBRAS;
NOTA Recomenda-se que os eventos resultantes do ensaio hidrostático sejam localizados através
de coordenadas UTM. [Prática Recomendada]
b) o ensaio hidrostático deve ser desenvolvido, preferencialmente, durante a luz do dia para
facilitar possível identificação de vazamento, assegurar a integridade física dos técnicos
envolvidos no ensaio e pela facilidade de mobilização de recursos para solução de
eventuais problemas;
c) deve ser indicado, em função da lâmina d’água onde o duto sob ensaio estiver instalado,
o recurso de pessoal e de equipamento para identificação de vazamento e sua
eliminação, a técnica a ser empregada se inspeção visual por mergulho raso, profundo
ou por ROV; a mobilização e a disponibilização destes recursos deve ser informada;
d) os reparos dos defeitos identificados durante o ensaio hidrostático devem ser realizados
de acordo com a PETROBRAS N-2727.
A especificação do ensaio deve incluir a qualificação exigida para todo o pessoal envolvido, o qual
deve abranger, no mínimo, os seguintes profissionais:
a) inspetor de duto;
b) inspetor submarino;
c) operador de ROV;
d) engenheiro responsável pelos memoriais de cálculo exigíveis;
e) engenheiro responsável pelo ensaio hidrostático;
f) operador de duto;
g) soldadores.
A especificação do ensaio hidrostático deve incluir a entrega dentro de 15 dias após a conclusão do
ensaio, de relatório final para a aprovação da fiscalização da PETROBRAS e eventualmente da
certificadora do projeto do duto. Este relatório deve conter, no mínimo, as seguintes informações:
a) sumário do ensaio;
b) registro de certificação da precisão dos instrumentos;
c) gráfico contínuo de pressão x tempo;
d) gráfico contínuo de temperatura x tempo;
e) gráfico de pressão x volume com curva de deformação teórica e real, que deve ser
elaborado a partir da seguinte correlação teórica de variação de pressão com o
incremento de água extraída da BSI BS 8010-2.5:
V
V x (0,044 x (D/t) 4,5) x 10 -5
P
Onde:
P é avariação incremental de pressão (bar);
V é a variação incremental ou decremental de volume de água (m3);
D é o diâmetro nominal do duto (m);
t é a espessura nominal de parede do duto (m).
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-PÚBLICO-
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-PÚBLICO-
ÍNDICE DE REVISÕES
REV. A, B, C, D e E
Não existe índice de revisões.
REV. F
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisadas
REV. G
Todas Revisadas
IR 1/1
-PÚBLICO-
3.1
ADCP
“Acustic Doppler Current Profiler” (Perfilador de Correntes Marinhas)
3.2
AUV
“Autonomous Underwater Vehicle” (veículo submarino autônomo)
3.3
®
Datum Sirgas 2000
é um Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas do IBGE. Esta informação é dada para
facilitar aos usuários desta Norma e não constitui um endosso por parte da PETROBRAS ao produto
citado. Podem ser utilizados produtos equivalentes, desde que conduzam aos mesmos resultados.
3.4
®
Flexjoint”
é uma Junta flexível instalada em SCR com o objetivo de reduzir esforços dinâmicos, da Oil States.
Esta informação é dada para facilitar aos usuários desta Norma e não constitui um endosso por parte
da PETROBRAS ao produto citado. Podem ser utilizados produtos equivalentes, desde que
conduzam aos mesmos resultados.
3.5
Gerenciamento de Integridade
Conjunto de ações, de acompanhamento e de controle, incluindo inspeção, monitoração e reparo,
que buscam assegurar a integridade estrutural e a disponibilidade operacional do duto com
segurança, ao longo de todo o seu ciclo de vida
3.6
GIS
“Geographic Information System” (Sistema de Informações Geográficas)
3.7
MBES
“Multi-Beam Echo Sounder” (Ecobatímetro de feixes múltiplos)
3.8
PAI
Parecer de Análise de Integridade
Documento técnico consolidado de integridade que apresenta a condição de disponibilidade
operacional do duto
3.9
PTI
Parecer Técnico de Inspeção
Documento técnico que contém a análise dos resultados de uma inspeção ou de qualquer técnica de
avaliação efetuada no duto submarino
3.10
PSV
“Pressure Safety Valve” (Válvula de segurança)
7
-PÚBLICO-
12.2.4 Quando o RI for elaborado por terceirizados, deve ser emitido o PTI.
12.2.5 De acordo com a prática corporativa do operador ou UO, o PAI deve ser emitido.
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