Manual TC 2
Manual TC 2
Manual TC 2
Trabalho de Curso
Educação Física
Sumário
1. ORIENTAÇÕES PARA OS ALUNOS........................................................................................ 4
3. ORIENTAÇÕES GERAIS............................................................................................................ 6
8. A LINGUAGEM DA MONOGRAFIA....................................................................................... 34
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REGULAMENTO COM DEFINIÇÃO DAS FORMAS
DE ACOMPANHAMENTO/ORIENTAÇÃO
O Trabalho de Curso é um trabalho a ser realizado por alunos que estiverem regularmente
matriculados nas disciplinas Projeto Técnico-Científico Interdisciplinar ou Produção
Técnico-Científica Interdisciplinar. Alunos que antecipam a disciplina por motivos de
transferência de outra universidade para a UNIP ou alunos matriculados em regime de
dependência deverão integrar-se ao sistema escolhendo o tema que mais lhes interessa
e participando obrigatoriamente de todas as etapas do desenvolvimento do trabalho de
pesquisa, orientação e apresentação.
Depois de selecionado o tema, ele será encaminhado a um dos orientadores designados
pelo curso, envolvido diretamente com a disciplina à qual se relaciona e que exercerá o
papel de orientador do trabalho. A coordenação do curso, junto aos professores, poderá
também sugerir orientadores para os trabalhos.
Orientadores e alunos se comunicarão por meio das orientações para postagens realizadas
no sistema nas suas diversas fases. A frequência e a regularidade dessas postagens serão
controladas pelo professor orientador e todos os alunos deverão tomar ciência das tarefas
a serem cumpridas no período que transcorrerá entre uma postagem e outra. O Trabalho
de Curso poderá ser realizado em grupos de até cinco alunos.
O Trabalho de Curso deve ser exclusivamente uma pesquisa bibliográfica, não havendo
a possibilidade de se realizar uma pesquisa de campo. Portanto, no capítulo de método,
teremos levantamento bibliográfico e serão discutidos os resultados obtidos do levantamento
bibliográfico realizado.
4
2. ORIENTAÇÕES PARA AS ATIVIDADES DOS ALUNOS
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Vale ressaltar que o aluno deverá efetuar, no mínimo, três postagens.
Ter em mente que, se postar apenas uma ou duas vezes o trabalho, automaticamente
estará reprovado e a nota será igual a zero.
Desse modo, o estudante deve estar ciente de que se efetuar apenas a postagem final, o
seu trabalho será automaticamente reprovado por falta de orientação, independentemente
do que ali for apresentado.
A pesquisa é importante para a sua formação profissional e acadêmica. No entanto, ao
utilizar um conteúdo pesquisado, é importante transcrevê-lo com as suas próprias palavras
e citá-lo nas referências. Trabalhos considerados como plágio obterão a nota ZERO!
Em qualquer uma das postagens, caso o plágio seja caracterizado, o seu trabalho
pode ser reprovado.
Postagens devem ser realizadas obedecendo ao cronograma divulgado no AVA,
inclusive a postagem da versão final.
Em seção posterior, as normas para a confecção do trabalho serão abordadas.
3. ORIENTAÇÕES GERAIS
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3. elaboração de diários de leitura de todos os textos lidos e considerados relevantes
para o embasamento teórico da monografia;
4. trabalhar sempre com a versão corrigida do trabalho e a nova versão, pois isso dá
tanto ao orientador quanto aos próprios alunos a possibilidade de relembrar os comentários
já feitos em etapas e orientações anteriores.
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Em relação às orientações para o Trabalho de Curso, Guidin (2003) propõe para reflexão
alguns tópicos que poderão nortear este trabalho acadêmico.
1. A palavra monografia corresponde etimologicamente a um tratado escrito (grafia)
sobre um único (mono) assunto ou tema.
2. O texto monográfico obedece à estrutura e à linguagem do texto dissertativo. É,
portanto, uma dissertação, ou seja, deverá convencer o leitor das propostas lá sustentadas.
No caso de Trabalho de Curso é necessário que cada uma das análises se encaminhe para
um ponto determinado e que, ao final, os alunos possam encontrar pontos em comum para
atingir o objetivo analítico que será apresentado na conclusão do trabalho.
3. Em princípio, a natureza da monografia é a mesma para trabalhos de graduação,
mestrado e doutorado.
4. A diferença entre esses níveis de pesquisa estaria no grau de originalidade,
abrangência, aprofundamento teórico-metodológico e enfoque analítico. Com isso, não se
quer dizer que a pesquisa para o Trabalho de Curso teria apenas um caráter de compilação
e/ou revisão bibliográfica, como propõem alguns autores. É fundamental que os graduandos
se posicionem criticamente frente ao material pesquisado.
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2. Por que fazer? A resposta a essa questão é a justificativa da escolha do objeto de
estudo. Nesse tópico deverão constar a definição e a delimitação do problema, a descrição
bibliográfica que demonstre sua relevância como objeto de estudo, suas hipóteses e sua
importância para a comunidade, o que o torna um dos tópicos essenciais do projeto.
3. Para que fazer? A resposta a essa questão está nos propósitos do estudo, ou seja,
nos seus objetivos gerais e específicos. É fundamental que seus objetivos sejam claros, pois
eles nortearão todo o trabalho metodológico que será desenvolvido.
4. Como fazer? A resposta a essa questão está na metodologia (métodos e técnicas)
que será utilizada em seu trabalho. A metodologia é um procedimento sistemático e formal
cujo objetivo é encontrar as respostas para problemas mediante o emprego de técnicas
científicas que permitam descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis em qualquer
campo do conhecimento.
5. Com quem fazer? A resposta a essa questão está vinculada às pesquisas que, por
utilizarem recursos de estatística, ou por serem pesquisas empíricas, devem selecionar uma
amostra entre a população-alvo e seu estudo.
6. Onde fazer? Local, campo de pesquisa, pesquisa de campo, bibliografia. Se a pesquisa
exigir trabalho com amostragem, necessariamente, é preciso trabalhar com dados colhidos
no campo de estudo. Isso não impede que a pesquisa bibliográfica seja executada em
centros especializados ou em bibliotecas universitárias cujas especialidades estão ligadas a
áreas de conhecimento específicas.
7. Com o que fazer? Recursos, custeio. Muitas das monografias apresentadas por
alunos, devido ao interesse do assunto e da área específica, podem ser financiadas por
órgãos de pesquisa ou pela própria universidade.
8. Quando fazer? A resposta a essa pergunta é um cronograma, que deve descrever,
mês a mês, todos os passos que o pesquisador seguirá. Além disso, o bom andamento da
pesquisa requer rigor quanto ao cumprimento dos prazos estabelecidos pelo orientador e
pela dinâmica da pesquisa.
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5. O QUE SIGNIFICA PENSAR CIENTIFICAMENTE?
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6. O QUE FAZ UM ORIENTADOR DE TRABALHO DE CURSO?
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7. COMO SE ORGANIZA UM TRABALHO DE CURSO?
Capa
Folha de rosto
Folha de dedicatória
Elementos pré-textuais Folha de agradecimentos
Folha de epígrafe
ou
Sumário
preliminares Lista de tabelas e gráficos
Resumo
Abstract
Escolha do tema
Justificativa da escolha do tema
Formulação do problema
Hipótese levantada para o problema formulado
Introdução Objetivos gerais e específicos
Conceituação e relevância
Principais autores que embasarão a pesquisa
Método utilizado para realizar a pesquisa
Indicação da estrutura do trabalho
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Exposição do tema
Fundamentação teórica, desenvolvimento
Elementos textuais
Metodologia do trabalho*
Argumentação e discussão
Considerações finais
Referências bibliográficas
Descreveremos a seguir cada uma das partes citadas, possibilitando aos autores do
Trabalho de Curso o exercício de rascunhar e refletir sobre os objetivos de cada uma delas.
1. Capa
Alto da página: nome da instituição/departamento.
Centro da página: título do trabalho.
À direita, abaixo do título: disciplina, professor, autores.
Rodapé da página: local/data.
Exemplo: como colocar o(s) nome(s) do(s) autor(es) do trabalho?
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Em ordem alfabética do sobrenome:
ALBUQUERQUE, Sebastiana.
ANDRÉ, Luciana Souza.
ANGIULIANO, Andréa
SILVA, Adriana Aparecida
Margens: superior – 3 cm; inferior – 2 cm; esquerda – 3 cm; direita – 2,5 cm.
Obs.: as linhas pontilhadas são demonstrativos da distância a ser feita, elas não
devem estar no trabalho.
UNIP –– Universidade
UNIP UniversidadePaulista
Paulista
Educação a Distância
Educação a Distância
Curso: Educação Física
Curso: Pedagogia
A REPRESENTAÇÃO DO NEGRO
NO LIVRO DIDÁTICO
Nome completo / RA
Nome completo / RA
A REPRESENTAÇÃO DO completo
Nome NEGRO NO/ RA
LIVRO DIDÁTICO
Nome completo / RA
CIDADE
20__
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2. Elementos pré-textuais
Esses são os elementos que antecedem a introdução do trabalho e são constituídos por
tudo aquilo que identifica o trabalho e orienta o leitor.
FOLHA DE ROSTO
Segue os mesmos procedimentos da capa em relação às margens e à distribuição do
texto, com pequenas modificações.
Alto da página: nome(s) do(s) autor(es).
Centro da página: título do trabalho.
À direita, abaixo do título: explicação sobre a natureza do trabalho.
Rodapé da página: instituição/local/data.
Margens: superior – 3 cm; inferior – 2 cm; esquerda – 3 cm; direita – 2,5 cm.
Verso da página: ficha catalográfica (a ser elaborada pelo aluno no AVA, em
“Biblioteca”).
Nome do Aluno
Nome do Aluno
A REPRESENTAÇÃO DO NEGRO
NO LIVRO DIDÁTICO
Trabalho Monográfico
– Curso de Bacharelado
em Educação Física,
apresentado à comissão
A REPRESENTAÇÃO DOUNIP
julgadora da NEGROEaD NO
sob
LIVRO DIDÁTICO
a orientação do professor...
CIDADE
Trabalho Monográfico
20__ – Curso de
Graduação – Licenciatura em
Pedagogia, apresentado à comissão
julgadora da UNIP Interativa sob a
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FICHA CATALOGRÁFICA
Buscar no AVA avisos de onde e como confeccioná-la.
Agradecimento
Quero agradecer...
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FOLHA DE EPÍGRAFE
Essa também é uma folha opcional. Nela, o autor da monografia apresentará um excerto
de um texto de sua escolha (frase ou verso), cujo conteúdo tenha relação com o tema
desenvolvido na monografia. Poderão ser escolhidas epígrafes para cada um dos capítulos
da monografia, se for da preferência do autor.
SUMÁRIO
Aqui, o autor informa aos leitores o conteúdo que será tratado na monografia. A palavra
sumário deverá aparecer no topo da página, em letras maiúsculas, sendo seguida, dois
ou três parágrafos abaixo, de todos os intertítulos contidos no trabalho. A estética da
página do sumário deverá ser observada de forma que os títulos e os subtítulos apareçam
destacados de forma padronizada e obedecendo aos recuos da margem esquerda, também
padronizados.
SUMÁRIO
Introdução....................................................................................................4
Considerações finais................................................................................54
Referências bibliográficas......................................................................59
Anexos..........................................................................................................62
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De acordo com a ABNT, a numeração em algarismos arábicos deverá ter início somente
na página em que se iniciar o texto propriamente dito, porém leva-se em consideração
as páginas que o antecedem. Tal numeração deverá aparecer no topo da página, do lado
direito. Alguns autores optam por numerar com algarismos romanos as páginas a partir
do sumário até o abstract. Assim, caso o trabalho apresente todas as folhas indicadas (da
folha de rosto até a folha de epígrafe), a página do sumário deverá ser numerada com o
algarismo romano vi (letras minúsculas) e a página que contiver a introdução do trabalho
dará início à numeração em algarismos arábicos, porém sem se esquecer de que as páginas
anteriores participaram da contagem, portanto, não se começará pelo número 1, e sim pela
continuação do que foi contado (5, 6, 7...).
RESUMO
Essa é uma página importante do trabalho monográfico e obrigatória. É ela que, em um
primeiro momento, convida o leitor a mergulhar no texto apresentado. Deve ser um texto
conciso, de 150 a 500 palavras, uma média de 300 palavras, no qual o autor apresenta uma
síntese do conteúdo do trabalho, destacando os aspectos mais relevantes, a metodologia e
a fundamentação teórica que deu sustentação às discussões apresentadas. O resumo visa
a fornecer ao leitor elementos que permitam a ele decidir sobre ler ou não tal trabalho, em
função da relevância para seu próprio contexto.
O resumo deve ser escrito na língua em que está redigido o trabalho, sem parágrafo e
nunca em tópicos.
Entre o título e o texto devem conter 2 espaços e após o texto do resumo deverão
aparecer as palavras-chave sugeridas pelo autor, como referência do trabalho em meio
eletrônico. Segue um exemplo de resumo monográfico:
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RESUMO
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ABSTRACT
Nessa página, esteticamente igual à página do resumo, deverá aparecer uma tradução
para a língua inglesa do resumo do trabalho, seguida das palavras-chave.
3. Elementos textuais
Esses são os elementos que compõem o corpo do trabalho monográfico propriamente
dito, podendo ser chamados de elementos nucleares, pois sem eles e sem a articulação
entre eles, o texto monográfico perde a vida. Cada um dos elementos tem características
próprias, porém se complementam, dando ao leitor a noção exata do caminho trilhado
pelos pesquisadores sobre o tema desenvolvido.
INTRODUÇÃO
A introdução da monografia merece atenção especial dos autores. Muitas vezes, ela
é considerada como de pouca importância, mas é exatamente nessa seção que todo o
conteúdo do trabalho é apresentado ao leitor. Duas ou três páginas deverão ser reservadas
para a introdução da monografia, é na introdução que o autor delimitará o assunto sobre
o qual versará o trabalho e o justificará.
Segundo Machado (2001), é preciso compreender que apresentar justificativas para um
determinado trabalho de pesquisa não é simplesmente dizer o que o motivou, do ponto
de vista pessoal, a fazê-lo, isto é, por que fez o trabalho (porque gostou do tema, porque
viveu a experiência etc.), mas sim dizer para que serve o trabalho, qual é a sua relevância,
tendo em vista a problemática maior em que se insere, os estudos que já foram feitos a
respeito, as lacunas que esses estudos ainda deixaram etc.
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Na introdução da monografia, o autor deve apresentar:
o tema do trabalho, em linhas gerais, oferecendo ao leitor não somente a
possibilidade de estabelecer relações entre esse estudo e outros de seu conhecimento,
mas também a opção pela leitura do trabalho em relação aos seus interesses e contexto
de atuação;
a delimitação do assunto, isto é, a extensão e a profundidade com que o trabalho
tratará o assunto escolhido;
os objetivos do trabalho: gerais (relacionados ao tema – contexto macro) e
específicos (relacionados ao assunto escolhido – contexto micro);
a justificativa da escolha do tema, evidenciando sua importância para o contexto
no qual se encontra inserido. Vale lembrar que justificar a escolha de um tema não
significa dar a ele importância incomensurável e enaltecer sua complexidade de forma
exagerada, mas sim apontar como esse estudo pode ser um fator contribuinte para o
desenvolvimento da área em que se encontra inserido, ainda que não se proponha a ser
conclusivo;
conceituação e relevância, explicitando ao leitor a fundamentação teórica que
apoiará as discussões, seguida de breves enunciados sobre os conceitos fundamentais
discutidos e sua relevância para o estudo realizado. Reserva-se a esse item, ainda, a
necessidade de apresentar um resumo de obras e/ou pesquisas cujo tema se relaciona
diretamente com o estudado, estabelecendo comparações a fim de possibilitar a
discussão das lacunas que os demais trabalhos ainda não preencheram;
procedimentos adotados para a realização do trabalho de pesquisa e para a
elaboração do texto monográfico, isto é, sua organização em seções;
principais autores que darão base teórica à pesquisa.
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Uma discussão relevante para a elaboração do texto monográfico diz respeito à escolha
da pessoa do discurso. Embora haja práticas legitimadas sobre esse aspecto, cada vez mais
os textos da introdução de trabalhos monográficos e das seções de desenvolvimento vêm
sendo escritos em primeira pessoa (eu/nós). É importante, no entanto, que tal aspecto seja
discutido com o orientador do trabalho.
Vale lembrar que, caso a opção seja pela linguagem científica, o autor deve redigir o
texto na voz passiva – foi observado, foi elaborado –, na terceira pessoa do singular com o
pronome se ou por meio de expressões como o presente estudo, a presente pesquisa. Há,
ainda, a opção de desenvolver o texto em primeira pessoa do plural, considerando-se que
o trabalho tenha sido desenvolvido pelo aluno (no caso de um aluno, apenas) e por seu
orientador.
Ao desenvolver o texto em primeira pessoa do singular, o autor não necessariamente
deve prescindir de fazer referência a outros estudos ou de posicionar-se como pertencente
a um grupo com determinadas convicções e posicionamentos teóricos.
Carmo-Neto (1996) nos oferece algumas pistas para construirmos as justificativas de
nosso trabalho:
Por que mais um trabalho sobre esse tema?
Em que este trabalho é diferente dos outros?
Por que tal diferença é relevante?
O que meu trabalho muda no conjunto de textos sobre o mesmo assunto?
Por que ele deve ser lido? Por quem?
O que o leitor vai encontrar de interessante, de substancial e atrativo em meu
trabalho?
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Outro lembrete importante em relação ao desenvolvimento da monografia diz respeito
à apresentação do objetivo do trabalho no decorrer do texto. Muitas vezes, o autor opta
por retomar o objetivo em muitos momentos do desenvolvimento do texto, correndo o
risco de apresentá-lo de diferentes maneiras e inclusive de cair em contradições. Para que
isso não ocorra, sugerimos que sempre que o objetivo do trabalho for explicitado no texto,
seja destacado ou indicado a partir de uma marca gráfica, possibilitando, no momento de
revisão final, comparar tais enunciados e corrigir inadequações e/ou contradições.
DESENVOLVIMENTO
Essa é a parte mais extensa de um trabalho monográfico e também a mais importante.
Está subdividida em capítulos (que, por sua vez, dividem-se em subseções), sendo que cada
capítulo deverá abrir uma página nova do trabalho.
Os capítulos deverão ser indicados por algarismos romanos, sendo o título do capítulo
escrito em letras maiúsculas; as subseções deverão ser indicadas por algarismos arábicos,
sendo os títulos escritos com maiúscula apenas nas letras iniciais das principais palavras.
Há diferentes formas de identificação para as partes de uma monografia, apresentadas por
diferentes autores. O que importa na verdade é que, uma vez utilizado um estilo, ele deverá
ser padronizado no desenvolvimento de todo o trabalho.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Um dos itens apresentados no desenvolvimento da monografia refere-se ao arcabouço
teórico, ou seja, toda a teoria na qual o trabalho está apoiado. Tal capítulo deverá ser
desenvolvido em linguagem própria do autor, porém sustentada por citações de autores
que já discutiram o mesmo assunto e elaboraram teorias sobre ele.
Todos os autores citados no decorrer do texto monográfico estão compondo, ao final
do trabalho, o que denominamos referências bibliográficas. Em seção posterior serão
apresentadas as orientações para a elaboração delas.
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É importante lembrar que, nos capítulos de desenvolvimento, o autor deverá explicitar,
sempre que possível, a relação entre o que está sendo dito e o objetivo do trabalho. Assim,
é comum retomar o tema discutido, principalmente no desenvolvimento da seção de
fundamentação teórica, pelo simples fato de que a teoria ali apresentada só é significativa
na medida em que se relaciona diretamente com o objetivo proposto na pesquisa.
METODOLOGIA
Nesse capítulo, o autor da monografia deverá descrever em detalhes os procedimentos
utilizados nas diversas fases da pesquisa e da elaboração do texto. Procedendo dessa forma,
dará oportunidade a outros pesquisadores e aos leitores do trabalho de acompanhar todos
os passos e os pensamentos do autor, entender sua lógica de pensamento em relação à
análise dos dados e até mesmo iniciar uma nova pesquisa com base no encaminhamento
apresentado. Quando o autor explicita claramente os procedimentos escolhidos para a
condução da pesquisa, no capítulo do método, o leitor – mesmo que não conheça a teoria
na qual o trabalho está sustentado – é capaz de compreender os resultados de sua análise
de dados. Pressupõe-se também que, quando o método é apresentado de maneira clara,
objetiva e detalhada, outros pesquisadores podem replicar o trabalho.
Um procedimento interessante para os pesquisadores é a manutenção de um diário de
pesquisa, anotando tudo o que estiver sendo feito para chegar aos resultados da pesquisa.
Frequentemente, fazemos muito mais coisas do que dizemos ter feito no capítulo de
metodologia. Por isso, notas do diário poderão ser muito úteis (Machado, 2001).
Aspectos essenciais no capítulo do método dizem respeito a:
contexto da pesquisa – descrição detalhada da situação (física/social) da pesquisa;
participantes – caso a pesquisa envolva pessoas e/ou gravação de dados orais;
procedimentos/instrumentos de coleta de dados – meios por meio dos quais os
dados foram coletados, por exemplo: gravador, vídeo, coleta em jornal, filme etc.;
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procedimentos de seleção de dados – critérios utilizados para escolher os dados a
serem analisados (por que esses dados e não outros?);
método(s) de análise e as categorias utilizadas.
ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO
Nesse capítulo, o autor de um texto monográfico não só exercita sua capacidade de
argumentação como também trabalha com critérios de coerência e coesão na elaboração
do texto, aspectos muito importantes para dar validade científica ao trabalho apresentado.
Os dados, analisados à luz da teoria apresentada na fundamentação teórica, estarão
à mercê dos argumentos do autor. Para isso, ele recorrerá a explicações, análises,
esclarecimentos de ambiguidades, descrições etc., que ofereçam ao leitor condições de
compreender o encaminhamento do raciocínio na busca por comprovações do aspecto
pesquisado. É importante ressaltar que discussões com base nas posições teóricas vão
requerer sempre que o autor examine posições contrárias, estabeleça confrontos, compare,
fazendo uso de um processo dialógico na elaboração do texto.
As análises realizadas em um trabalho monográfico deverão ser rigorosamente orientadas
pelos professores orientadores, de acordo com sua área de saber metodológico e acadêmico.
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Severino (2002) nos faz lembrar que o capítulo de discussão dos resultados requer do
pesquisador a habilidade de tecer uma rede de significados que perpasse as informações,
os dados, as teorias apresentadas no decorrer da monografia. É o momento de assumir
posicionamentos e buscar a integração teoria/prática em direção ao objetivo proposto no
início do trabalho. Esse fator é o mais relevante em se tratando de aferir os resultados da
pesquisa e avaliar o seu significado para o crescimento do conhecimento científico.
E mais: o capítulo de discussão é fundamentalmente um capítulo pautado em debates
e questionamentos. Assim, o pesquisador precisa estar preparado para responder aos seus
próprios porquês e apresentar essas respostas com clareza, pois serão elas, quando bem
fundamentadas, que farão emergir os resultados da pesquisa.
CONSIDERAÇÃO FINAL
A conclusão de uma monografia, embora seja a parte menos extensa, apresenta importância
fundamental, deve conter considerações e síntese a respeito das análises, apresentando
aspectos convergentes e/ou divergentes observados ao longo do desenvolvimento do
trabalho, além de comentários sobre sua aplicabilidade didático-pedagógica e sobre a sua
contribuição sob a perspectiva discursiva.
Para Guidin (2003), a conclusão (aqui denominada de considerações finais) é o
fechamento do trabalho que foi anunciado na introdução e desenvolvido ou retomado
no desenvolvimento: o trabalho desembocará inevitavelmente na conclusão. Portanto, a
conclusão não é um resumo ou algo que foi acrescentado no final do trabalho, sem sentido.
É nela que proporcionamos ao leitor a recapitulação dos passos significativos do trabalho
e, para isso, faz-se necessário retomar não somente o objetivo, mas também a caminhada
do trabalho. A conclusão situa o leitor em relação às partes do trabalho.
É o momento culminante da monografia, em que as experiências pessoais e novas
perspectivas dos autores podem vir à tona, de certo modo, resgatando os objetivos propostos
inicialmente e as lacunas suscitadas na introdução.
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É interessante lembrar que, enquanto na introdução existe a preocupação com a
delimitação do tema, na conclusão, o sentido maior está em vislumbrar novas possibilidades
para o tratamento desse mesmo tema. Essas possibilidades podem ser oferecidas ao leitor
como sugestões para pesquisas posteriores, caracterizando, aliás, o movimento da ciência:
avançar em mares pouco desbravados.
Quanto às qualidades do texto da conclusão, é importante lembrar que suas características
são:
a) Brevidade – a conclusão deve ser breve e exata, concisa e convincente.
b) Objetividade – a conclusão é a síntese interpretativa dos elementos essenciais
discutidos e analisados no transcurso da monografia.
c) Personalidade – a conclusão deve apontar claramente o ponto de vista dos autores
por meio de marcas pessoais, não deixando de apresentar novas rotas para a continuidade
do trabalho.
4. Elementos pós-textuais
Os elementos pós-textuais, também denominados elementos referenciais, compreendem
as referências bibliográficas, os anexos e os apêndices, quando necessários. Esses são
elementos orientadores para os leitores, que a eles recorrem sempre que, no decorrer da
leitura do corpo do trabalho, houver indicações que lhes suscitem a curiosidade ou que
possam auxiliar na compreensão da caminhada do pesquisador.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A exigência, não somente em relação às monografias, mas em qualquer publicação
científica, é que seja elaborada uma seção de referências bibliográficas. No entanto, é
importante que o autor conheça a diferença entre referências bibliográficas e bibliografia.
As referências bibliográficas referem-se às obras (livros, artigos impressos ou presentes em
fontes eletrônicas etc.) que foram citadas no corpo do trabalho. Isso significa que, ao fazer
uso das vozes de diferentes autores, quer textualmente, quer parafraseando-os, o autor
da monografia deve citá-los no corpo do trabalho e referenciá-los na seção referências
bibliográficas. Já a bibliografia, usada como referencial em ementas de cursos ou em textos
para uso didático, inclui todas as obras lidas e estudadas pelo autor para a elaboração do
texto em questão.
Como as citações estão diretamente relacionadas às referências bibliográficas,
apresentamos, a seguir, orientações para a elaboração de ambas.
Exemplo 1:
FREITAS, Maria Teresa; SOUZA, Solange J.; KRAMER, Sonia. (orgs.) Ciências
humanas e pesquisa: leituras de Mikhail Bakhtin. São Paulo: Editora Cortez,
2003 (Coleção Questões da Nossa Época; v.107, p. 35-39).
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Preste atenção: a obra pertencente à coleção deve estar entre parênteses, com indicação
de volume e páginas consultadas. As fontes eletrônicas devem indicar a data da consulta,
a indicação de autor cujo artigo ou capítulo esteja inserido em uma obra organizada por
outro autor ou em revista deve conter In seguido de dois pontos.
Exemplo 2:
FULLAN, Michael; HARGREAVES, Andy. 1996. A escola como organização
aprendente: buscando uma educação de qualidade. 2. ed. Trad. Regina Garcez.
Porto Alegre: Artmed Editora, 2000.
BEDNY, Gregory Z. et al. Activity theory: history, research and application. In:
Theor. Issues in Ergon. SCI. V. 1, 2000, n. 2, p. 168-206.
Atente-se ao exemplo, com indicação de obra com dois ou três autores e indicação de
obra com mais de três autores.
CITAÇÕES
De acordo com a Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) na NBR 10520,
citação é uma informação retirada de uma obra tal qual ela se apresenta.
Exemplo 1:
Começaram trabalhando no litoral, no corte do pau-brasil e, posteriormente, no trabalho
nos engenhos de cana-de-açúcar. Depois, foram levados para o interior do território e
regiões longínquas para trabalhar na mineração, na criação de gado, no cultivo de cacau,
nas charqueadas, na exploração das “drogas do sertão”. Trabalhavam também no serviço
doméstico, nas construções públicas de todos os tipos e no comércio de gêneros alimentícios
(Amaral, 2011, p. 12).
29
Exemplo 2:
Esclarece Pinsky (2000, p. 61): “Distante da imagem de mansidão e conformismo que
costumavam lhe atribuir, o negro resistiu e revoltou-se contra sua condição de escravo. O
jogo de capoeira era uma demonstração de resistência”.
A citação deve ser apresentada com o autor, ano e página utilizada; devendo haver uma
uniformidade na apresentação para melhor organização.
Precisamos agora entender as diferentes citações existentes – até três linhas e mais de
três linhas.
Quando estamos escrevendo um texto e citamos um trecho de um livro da mesma
forma como está escrito e este tiver mais de três linhas, ele terá que ficar abaixo do texto,
com recuo e fonte 11.
Exemplo 3:
Explica Amaral (2011) que o desembarque acontecia no Brasil, mais especificamente nos
portos de Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Vicente. Logo após a chegada, eles eram
distribuídos para várias regiões brasileiras e realizavam todo tipo de trabalho.
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Quando o trecho do texto não ultrapassa três linhas, poderá ficar no corpo do texto.
Exemplo 1:
Relatam Almeida et al. (2005) que o projeto de atração de imigrantes, em razão das novas
condições políticas e econômicas, começou a vigorar após 1880. Conforme Almeida et al.
(2005, p. 35): “No plano internacional, restrições à entrada de estrangeiros na Argentina e
nos Estados Unidos e a estagnação econômica na Itália favoreceram o projeto brasileiro”.
Quando a frase que irá utilizar estiver dentro de um texto grande e você não pretender
usá-la toda, e sim partes dela, é aconselhável utilizar [...] para designar que o texto foi
cortado.
Exemplo 2:
“As propostas de melhorias de processo e tecnologia são coletadas e analisadas [...] com
base nos resultados de projetos-piloto” (Koscianski; Soares, 2007, p. 153).
Citação indireta
Caracteriza-se pelo resumo de uma obra ou trecho lido (parafrasear). Deve apresentar o
nome do autor com o ano da obra.
Exemplo:
De acordo com Teixeira (2009), as imagens e as representações que estão nos livros
didáticos são fundamentais para o desenvolvimento das crianças em período de aprendizado.
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Citação de citação
A citação de citação não é muito utilizada, pois se recomenda ler os livros na íntegra,
porém, se houver uma obra a que não se tem fácil acesso por ser de uma edição muito
antiga, pode ser apresentada conforme exemplo a seguir:
Segundo Van Dijk (1983), citado por Fagundes (2001, p. 53), “no texto jornalístico é
convencional apresentar-se um resumo do acontecimento abordado. Esse resumo pode ser
expresso por letras grandes separadas do resto do texto ou na introdução no ‘lead’”.
Quando a citação se referir à ideia de algum autor citado por outro, deve-se empregar a
expressão apud entre o nome do autor do qual você pretende utilizar a ideia e o autor do
livro que você leu. Veja o exemplo a seguir:
Exemplo 1:
Podemos ver claramente o que se pensava da criança na obra de Ariès (1981), ao apontar
que:
A ideia de infância está ligada à de dependência; só se sai da infância ao sair dessa
condição. A criança pequena era vista como um animalzinho, fonte de diversão e
entretenimento para os pais e habitantes do local. O elevado número de mortes
de crianças pequenas não era sentido como perda, pois logo outra criança viria,
em substituição. Não poderia haver, portanto, preocupação quanto à educação
infantil (apud Fonterrada, 2008, p. 37).
Exemplo 2:
Sobre este período, Bauab (1960, apud Almeida, 2007) também traz seu pensamento ao
considerar que este movimento [...].
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ANEXOS E APÊNDICES
Anexos são documentos complementares à monografia, que esclarecem os conteúdos
nela tratados. Aos anexos pertencem, por exemplo, as transcrições (na íntegra) de dados
coletados, documentos, leis, pareceres etc. utilizados como suporte às discussões e que
prejudicariam a estética do trabalho caso fossem inseridos em seu corpo.
Anexos são necessários, na maioria das vezes, para que os leitores do trabalho busquem
a melhor compreensão das interpretações e das conclusões do autor. Em geral, são
ordenados a partir de um critério lógico, por exemplo, sequenciados por data de utilização
no trabalho e aparecem numerados ou são indicados por letras (Anexo 1 ou Anexo A).
Essas denominações permitem que, ao fazer referência ao seu conteúdo no corpo do
trabalho, o autor da monografia apresente a indicação de onde se encontra o trecho na
íntegra. Exemplificando: “Conforme comentado no capítulo anterior, os dados referentes
ao participante André (Anexo 5) foram coletados em seu ambiente de trabalho”.
Os anexos aparecem geralmente após as referências bibliográficas. No entanto, há
controvérsias a esse respeito e muitos autores preferem inserir anexos antes das referências
bibliográficas para que a numeração de suas páginas siga a numeração do próprio trabalho.
Já os apêndices caracterizam-se por serem materiais produzidos pelo próprio autor
da monografia. Fazem parte deles: questionários utilizados na coleta de dados, fichas e
materiais preparados para coletar dados em entrevistas, tabelas elaboradas para sustentar
discussões, trechos da análise dos dados.
APÊNDICES
Pouco utilizados nas monografias (que optam por apresentar, no início, um sumário
com as indicações de assuntos e páginas), os índices, quando utilizados ao final da obra,
têm objetivos diversos. Eles podem apresentar uma lista de assuntos (índice denominado
sistemático), lista de termos referidos (índice denominado remissivo), lista de todos os nomes
próprios presentes (índice denominado onomástico), lista de lugares (índice denominado
toponímico) e lista de citações bíblicas (índice denominado escriturário).
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8. A LINGUAGEM DA MONOGRAFIA
Linguagem expositiva
A linguagem expositiva caracteriza-se, nas monografias, pelo discurso teórico presente
tanto na introdução quanto na fundamentação teórica. A exposição exige que o autor
seja objetivo, que apresente os conceitos teóricos relevantes ao trabalho, atribuindo a ele
próprio ou a outros autores a responsabilidade enunciativa. Segundo Brandão (2001, p. 30):
Essa função “objetiva” não impede, entretanto, que seja permeada de elementos
analíticos, argumentativos ou críticos. Em verdade, a participação do pesquisador
se concretiza – o que não é pouco – desde a seleção do material, isto é, quando
faz os recortes teóricos, criativos ou críticos incorporados em seu texto e no modo
como distingue esses dados “objetivos” das suas próprias interpretações sobre eles.
Embora, rigorosamente falando, não exista em estado “puro”, podemos chamar de
“objetiva” aquela linguagem que procura apreender os fatos ou outra linguagem
em seus próprios elementos constitutivos, independentes de interpretação do
pesquisador e, “subjetiva”, aquela linguagem que expressa reflexões pessoais,
opiniões ou propostas do pesquisador, devidamente fundamentadas e não
confundidas com afirmações que apenas denunciam reações afetivas de agrado
ou desagrado.
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Linguagem descritiva
A linguagem descritiva caracteriza-se, nas monografias, pelos relatos fortemente
presentes na metodologia. Nesse capítulo, o autor é convidado a detalhar os fatos
relacionados ao contexto de pesquisa e a todos os procedimentos que vão desde a escolha do
corpus para estudo e/ou coleta de dados aos critérios escolhidos para análise. A linguagem
descritiva pressupõe a ausência de julgamentos e juízos de valor por parte do autor.
Linguagem analítica
A linguagem analítica caracteriza-se, nas monografias, pelo uso da explicação e da
argumentação. Nesse sentido, faz uso de relações lógicas entre os elementos que se
encontram explícitos no texto e aqueles implícitos, mas provocadores de sentido em relação
ao objetivo da monografia.
É possível dizer que a linguagem analítica se presentifica com maior intensidade no
capítulo de discussão e argumentação, no qual são discutidos e sustentados os pontos de
vista do autor do trabalho à luz dos fundamentos teóricos selecionados.
Linguagem crítica
A linguagem crítica caracteriza-se, nas monografias, pela emissão de opiniões e conclusões
do autor após o exaustivo questionamento a que submeteram os dados coletados ou o
corpus de análise. Segundo Brandão (2001, p. 31):
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9. O QUE DESENVOLVER NO 7º SEMESTRE – PROJETO TÉCNICO-
CIENTÍFICO INTERDISCIPLINAR
TAREFAS
Os itens anteriores tratam de todos os elementos que um trabalho de curso deve ter.
Todavia, como já dito anteriormente, a disciplina que acompanha o Trabalho de Curso está
dividida em duas partes, e essa primeira etapa (Projeto Técnico-Científico Interdisciplinar)
versa sobre o início do trabalho; assim, vários dos elementos, listados anteriormente, ainda
não serão apresentados.
Lembre-se de seguir rigorosamente o que for solicitado no cronograma de postagem,
disponível no AVA, em avisos da disciplina. Além disso, as sugestões do seu orientador
também devem ser respeitadas. Lembre-se de que poderão ocorrer alterações no que será
solicitado, em cada etapa, no decorrer das postagens.
Definir o tema geral do trabalho;
Delimitar o tema do trabalho;
Elaborar o problema de pesquisa;
Elaborar o objetivo geral e os objetivos específicos;
Definir a metodologia do estudo;
Elaborar a justificativa e a introdução;
Definir a composição geral do trabalho (mencionar quantos tópicos de discussão
haverá no trabalho e quais serão eles – colocar o “nome” de cada tópico).
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O trabalho deve ser digitado em tópicos, a exemplo do modelo a seguir:
RELATÓRIO INICIAL DE TCC
1. TEMA GERAL
A mídia e a Educação Física.
2. DELIMITAÇÃO DO TEMA
Os gibis da Turma da Mônica e a concepção de corpo na infância.
3. PROBLEMA DE PESQUISA
Quais são as influências dos gibis da Turma da Mônica na formação da concepção de corpo da infância na atualidade?
4. OBJETIVO GERAL
Analisar as influências dos gibis da Turma da Mônica na formação da concepção de corpo da infância na atualidade.
5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Compreender a mídia, sua história, suas características e sua influência sobre a vida em geral.
Apresentar teoricamente a mídia infantil, suas características e a mídia gibi da Turma da Mônica em particular.
Discutir as influências dos gibis da Turma da Mônica na formação da concepção de corpo da infância na atualidade.
6. METODOLOGIA DE ESTUDO
Estudo de caso do tipo qualitativo, analisando, apresentando e discutindo dados de 10 exemplares de gibis da Turma da
Mônica.
7. JUSTIFICATIVA DE ESTUDO
“Este trabalho se justifica por abordar um tema pouco explorado e estudado na área da Educação Física”.
8. INTRODUÇÃO
Deverá ser elaborado um texto que introduza o assunto.
9. REVISÃO DA LITERATURA
Tópico 1: A mídia e a sua influência na sociedade
Descrever, ao menos, o 1º tópico é obrigatório!
Tópico 2: A mídia infantil no Brasil e os gibis da Turma da Mônica
Tópico 3: As influências dos gibis da Turma da Mônica na formação da concepção de corpo da infância na atualidade
11. CITAÇÕES
“A mídia tem influência em vários aspectos da vida, uma delas é a linguagem” (Alves, 2006, p. 17).
“A sociedade apresenta mídias específicas voltadas ao universo infantil e as mesmas possuem uma grande fatia no
mercado atual” (Arruda, 1997, p. 34).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (DESTE MANUAL)
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VICTORIANO, Benedicto A. D.; GARCIA, Carla C. Produzindo monografia. Publisher
Brasil, 1999.
VOCABULÁRIO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA. 2. ed. Rio de Janeiro: ABL/
Block/Imprensa Nacional, 1998.
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