A Eventual Banalização Do Uso Do Boletim de Ocorrência
A Eventual Banalização Do Uso Do Boletim de Ocorrência
A Eventual Banalização Do Uso Do Boletim de Ocorrência
Palhoça
2015
LUCAS MORAIS MELO
Palhoça
2015
TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
_____________________________________
LUCAS MORAIS MELO
Aos meus pais, Heleno e Anaide, pelo
incentivo, apoio e amor incondicional.
AGRADECIMENTOS
BO – Boletim de ocorrência
BOC – Boletim de ocorrência circunstanciado
CBM – Corpo de Bombeiro Militar
CESC/89 – Constituição do Estado de Santa Catarina
CP – Código Penal
CPP – Código de Processo Penal
CRFB/88 – Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
CTN – Código Tributário Nacional
GM – Guarda Municipal
LC nº 453/2009 – Lei Complementar nº 453 de 05 de agosto de 2009
PC – Polícia Civil
PC/SC – Polícia Civil do Estado de Santa Catarina
PF – Polícia Federal
PFF – Polícia Ferroviária Federal
PM – Polícia Militar
PRF – Polícia Rodoviária Federal
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 09
2 DA EFICIÊNCIA DAS ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS E O PODER DE
POLÍCIA ................................................................................................................ 11
2.1 DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA...................................................................... 11
2.2 DOS PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.......... 13
2.2.1 Princípios jurídicos: aspectos gerais........................................................ 13
2.2.2 Do princípio da supremacia e indisponibilidade do interesse público.. 14
2.2.3 Dos princípios do caput do art. 37 da CRFB/88........................................ 17
2.2.4 Do princípio da eficiência........................................................................... 19
2.3 DO PODER DE POLÍCIA................................................................................. 21
2.3.1 Poder de polícia: conceitos e limites........................................................ 21
2.3.2 Polícia administrativa e polícia judiciária................................................. 25
3 DA SEGURANÇA PÚBLICA E A POLÍCIA CIVIL............................................. 29
3.1 DA SEGURANÇA PÚBLICA............................................................................ 29
3.2 DOS ÓRGÃOS DA SEGURANÇA PÚBLICA................................................... 32
3.3 DA POLÍCIA CIVIL........................................................................................... 38
3.3.1 Funções e atribuições................................................................................ 38
3.3.2 A carreira policial civil e a forma de ingresso.......................................... 41
3.3.3 Estrutura da instituição.............................................................................. 47
4 A EVENTUAL BANALIZAÇÃO DO USO DO BOLETIM DE OCORRÊNCIA E
O POSSÍVEL COMPROMETIMENTO DA EFICIÊNCIA DAS ATIVIDADES DA
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SANTA CATARINA......................................... 51
4.1 BOLETIM DE OCORRÊNCIA: DEFINIÇÃO E REQUISITOS.......................... 51
4.2 A INEXISTÊNCIA DE PRESUNÇÃO DE VERACIDADE QUANTO AO
CONTEÚDO DAS DECLARAÇÕES CONTIDAS NO BOLETIM DE
OCORRÊNCIA........................................................................................................ 57
4.3 O (IN)DEVIDO USO DO BOLETIM DE OCORRÊNCIA................................... 64
4.4 O MANEJO INDEVIDO DO BOLETIM DE OCORRÊNCIA E O PRINCÍPIO
DA EFICIÊNCIA...................................................................................................... 70
5 CONCLUSÃO..................................................................................................... 77
REFERÊNCIAS...................................................................................................... 81
9
1 INTRODUÇÃO
4
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28. ed. rev. atual. e amp.
São Paulo: Edita Atlas S.A., 2015. p. 473.
5
MEIRELLES, Hely Lopes; ALEIXO, Délcio Balestero; FILHO, José Emmanuel Burle. Direito
Administrativo Brasileiro. 41. ed. São Paulo: Malheiros Editores Ltda, 2015. p. 66.
6
MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. p. 39.
7
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19. ed. São
Paulo: Método. 2011. p. 18.
13
8
BRASIL. Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sôbre a organização da
Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras providências.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0200.htm>. Acesso em: 03 set.
2015.
9
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 9. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2013. p. 132.
14
10
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Criação de Secretarias Municipais. Revista de Direito
Público, 1971, vol. 15, p. 284-286, apud BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de direito
administrativo. 28. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2010. p. 53-54.
11
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 16. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva,
2012. p. 145.
12
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 20. ed. rev. e
atual. Rio de Janeiro: Forense. São Paulo: Método, 2012. p. 194.p. 191-192.
15
13
MEIRELLES, Hely Lopes; ALEIXO, Délcio Balestero; FILHO, José Emmanuel Burle. Direito
Administrativo Brasileiro. 41. ed. São Paulo: Malheiros Editores Ltda, 2015. p. 110.
14
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28. ed. rev. atual. e
amp. São Paulo: Edita Atlas S.A., 2015. p. 34.
15
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo:
Malheiros Editores Ltda, 2010. p. 86.
16
MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. p.83.
16
17
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. 10. ed. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2014. p.150.
18
MEIRELLES, Hely Lopes; ALEIXO, Délcio Balestero; FILHO, José Emmanuel Burle. Direito
Administrativo Brasileiro. 41. ed. São Paulo: Malheiros Editores Ltda, 2015. p. 110.
19
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. 10. ed. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2014. p.150.
20
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28. ed. rev. atual. e
amp. São Paulo: Edita Atlas S.A., 2015. p. 36.
21
MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. p. 84.
17
em vista que todas as demais regras e institutos decorrem dessas duas premissas,
quais sejam: 1) que no embate entre o interesse público e privado prevalece o
interesse da coletividade; e 2) que o interesse da coletividade não está à disposição
da Administração Pública e de seus agentes, cabendo-lhes apenas o gerenciamento
dos instrumentos inerentes ao bem comum.
22
BRASIL. Constituição Da República Federativa Do Brasil De 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 03 set.
2015.
23
PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo: Editora Atlas S.A.,
2015. p. 65.
24
MEIRELLES, Hely Lopes; ALEIXO, Délcio Balestero; FILHO, José Emmanuel Burle. Direito
Administrativo Brasileiro. 41. ed. São Paulo: Malheiros Editores Ltda, 2015. p. 90.
18
25
MEIRELLES, Hely Lopes; ALEIXO, Délcio Balestero; FILHO, José Emmanuel Burle. Direito
Administrativo Brasileiro. 41. ed. São Paulo: Malheiros Editores Ltda, 2015. p. 94.
26
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo:
Malheiros Editores Ltda, 2010. p. 114.
27
BRASIL. Constituição Da República Federativa Do Brasil De 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 16 set.
2015.
28
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28. ed. rev. atual. e
amp. São Paulo: Edita Atlas S.A., 2015. p. 22.
19
dizer que ela se tornou um critério de validação dos atos administrativos, isto é,
qualquer ato administrativo que seja oposto a moral é nulo.29
Assim, diz-se que o princípio da moralidade, expresso no texto
constitucional, veio com o fito de trazer à sociedade uma Administração com valores
éticos, visando a bem da coletividade.
Ainda em relação aos princípios norteadores da Administração Pública,
tem-se o princípio da publicidade, o qual assevera o jurista José dos Santos
Carvalho Filho:
29
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19. ed. São
Paulo: Método. 2011. p. 191.
30
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28. ed. rev. atual. e
amp. São Paulo: Edita Atlas S.A., 2015. p. 26.
31
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo:
Malheiros Editores Ltda, 2010. p. 114.
20
32
MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. p. 106.
33
PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo: Editora Atlas S.A.,
2015. p. 84.
34
ROSA, Marcio Fernando Elias. Direito administrativo, parte I. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
p. 63.
35
MEIRELLES, Hely Lopes; ALEIXO, Délcio Balestero; FILHO, José Emmanuel Burle. Direito
Administrativo Brasileiro. 41. ed. São Paulo: Malheiros Editores Ltda, 2015. p. 102.
36
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28. ed. rev. atual. e
amp. São Paulo: Edita Atlas S.A., 2015. p. 26 e ss.
21
37
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19. ed. São
Paulo: Método. 2011. p. 200.
38
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo:
Malheiros Editores Ltda, 2010. p. 818.
22
39
BRASIL. Lei 5.172, de 26 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e
institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5172Compilado.htm# art218>. Acesso em: 20 ago 2015.
40
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28. ed. rev. atual. e
amp. São Paulo: Edita Atlas S.A., 2015. p. 76.
41
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo:
Malheiros Editores Ltda, 2010. p. 822.
42
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28. ed. rev. atual. e
amp. São Paulo: Edita Atlas S.A., 2015. p. 76.
43
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo:
Malheiros Editores Ltda, 2010. p. 822.
44
MEIRELLES, Hely Lopes; ALEIXO, Délcio Balestero; FILHO, José Emmanuel Burle. Direito
Administrativo Brasileiro. 41. ed. São Paulo: Malheiros Editores Ltda, 2015. p. 147.
45
CUNHA, Anne Clarissa Fernandes de Almeida. Poder de Polícia: Discricionariedade e limites. In:
Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 84, jan 2011. Disponível em: <http://www.ambito-
23
Mesmo que o ato de polícia seja discricionário, a lei impõe alguns limites
quanto à competência, à forma, aos fins ou ao objeto. Quanto à
competência e procedimento (forma), observa-se as normas legais
pertinentes, a lei. Já em relação aos fins, o poder de polícia só deve ser
exercido para atender ao interesse público. A autoridade que fugir a esta
regra incidirá em desvio de poder e acarretará a nulidade do ato com todas
as conseqüências nas esferas civil, penal e administrativa. O fundamento do
poder de polícia é a predominância do interesse público sobre o particular,
logo, torna-se escuso qualquer beneficio em detrimento do interesse
público. Enquanto que o objeto (meio de ação), deve-se considerar o
princípio da proporcionalidade dos meios aos fins. O poder de polícia não
deve ir além do necessário para a satisfação do interesse público que visa
proteger; a sua finalidade é assegurar o exercício dos direitos individuais,
condicionando-os ao bem-estar social; só poderá reduzi-los quando em
conflito com interesses maiores da coletividade e na medida estritamente
51
necessária á consecução dos fins estatais.
50
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo:
Malheiros Editores Ltda, 2010. p. 843.
51
CUNHA, Anne Clarissa Fernandes de Almeida. Poder de Polícia: Discricionariedade e limites. In:
Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 84, jan 2011. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8930>. Acesso em: 23 ago.
2015.
52
MEIRELLES, Hely Lopes; ALEIXO, Délcio Balestero; FILHO, José Emmanuel Burle. Direito
Administrativo Brasileiro. 41. ed. São Paulo: Malheiros Editores Ltda, 2015. p. 146.
53
PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo: Editora Atlas S.A.,
2015. p. 127.
25
outras.54 Por esses órgãos possuírem o poder de polícia, que fiscaliza e restringe
bens e direitos do cidadão, em prol do bem comum, são também denominadas de
polícia administrativa, a qual será melhor estudada na próxima seção.
54
MEIRELLES, Hely Lopes; ALEIXO, Délcio Balestero; FILHO, José Emmanuel Burle. Direito
Administrativo Brasileiro. 41. ed. São Paulo: Malheiros Editores Ltda, 2015. p. 151.
55
MEIRELLES, Hely Lopes; ALEIXO, Délcio Balestero; FILHO, José Emmanuel Burle. Direito
Administrativo Brasileiro. 41. ed. São Paulo: Malheiros Editores Ltda, 2015. p. 147.
56
CUNHA, Anne Clarissa Fernandes de Almeida. Poder de Polícia: Discricionariedade e limites. In:
Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 84, jan 2011. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8930>. Acesso em: 23 ago.
2015.
57
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28. ed. rev. atual. e
amp. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2015. p. 83.
26
58
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo:
Malheiros Editores Ltda, 2010. p. 834.
59
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Administrativo. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2001. p.
153.
60
RIBEIRO, Mário Fernando Carvalho. Do poder de polícia no direito brasileiro. Breves
apontamentos. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XI, n. 59, nov 2008. Disponível em:
<http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=4637>.
Acesso em: 07 set. 2015.
61
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28. ed. rev. atual. e
amp. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2015. p. 83.
62
MEDAUAR, Odete. Direito Administrativo Moderno. 4. ed. São Paulo: Revista dos tribunais,
2000. p. 392.
27
pelos órgãos de segurança (Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda
Municipal).63
Nessa senda, são clarividentes as diferenças entre polícia administrativa
e polícia judiciária. A doutrinadora e professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro
consagra:
63
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28. ed. rev. atual. e
amp. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2015. p. 83.
64
PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo: Editora Atlas S.A.,
2015. p. 125-126..
65
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo:
Malheiros Editores Ltda, 2010. p. 835.
66
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28. ed. rev. atual. e
amp. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2015. p. 83.
28
67
FERREIRA, Daniel Barcelos. Polícia Civil: A Distinção Entre Investigação Criminal E Funções De
Polícia Judiciária. 2013. Disponível em: <http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=10408>.
Acesso em: 24 set. 2015.
68
BARLACH, Bruna. Administração Pública: Objetivos, Formas e Funções. Disponível em:
<http://www.fontedosaber.com/administracao/administracao-publica.html>. Acesso em: 24 set. 2015.
29
69
MATTOS, Karina Denari Gomes de; SILVA, Alexandre Janólio Isidoro. A segurança pública na
esfera constitucional. Disponível em:
<http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/ETIC/article/viewFile/1433/1369>. Acesso em: 10 set.
2015.
70
SÃO PAULO. Universidade de São Paulo – USP. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos.
Declaração de direitos do bom povo de Virgínia – 1776. Disponível em:
<http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Documentos-anteriores-%C3%A0-
cria%C3%A7%C3%A3o-da-Sociedade-das-Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/declaracao-
de-direitos-do-bom-povo-de-virginia-1776.html>. Acesso em: 29 set. 2015.
71
SÃO PAULO. Universidade de São Paulo – USP. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos.
Declaração de direitos do homem e do cidadão - 1789. Disponível em:
<http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Documentos-anteriores-%C3%A0-
cria%C3%A7%C3%A3o-da-Sociedade-das-Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/declaracao-
de-direitos-do-homem-e-do-cidadao-1789.html>. Acesso em: 29 set. 2015.
30
No Brasil, a segurança pública teve seu início no século XIX com a vinda
da família real portuguesa. No ano de 1808, surgiu a Intendência Geral da Polícia da
Corte e do Estado do Brasil, a qual desempenhava a função de polícia judiciária, isto
é, estabelecia punições e realizava a fiscalização destas. Ademais, esta polícia
também realizava diversas atividades como iluminação, obras, abastecimento de
água. Em meados do mesmo século surgem as Guardas Municipais Voluntários
Permanentes, em cada província, com o objetivo de capturar criminosos e escravos,
bem como realizar patrulhas. Nesse período, a segurança pública era voltada a
atender aos interesses da aristocracia rural.72
Do período republicano, de 1889, até o ano de 1930, a segurança pública
permaneceu atendendo aos interesses privados, das classes de maior poder
econômico. Já de 1930, até o fim do Regime Militar, em 1985, imperava a ditadura e
a segurança pública possuía índole de Segurança Nacional.73
Somente em 1988 é que se promulgou a CRFB/88, a qual trouxe no caput
do art. 144 que “a segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de
todos, é exercida para a preservação da ordem pública [...]”74. Nota-se, facilmente,
que a CRFB/88 traz “[...] a previsão legal de uma gestão compartilhada da
Segurança Pública com a sociedade, com ênfase ao respeito aos Direitos
Humanos”.75
Acerca do tema, Emerson Clayton Rosa Santos explana:
72
CRUZ, Gleice Bello da. A historicidade da segurança pública no Brasil e os desafios da
participação popular. Disponível em: <http://www.isp.rj.gov.br/revista/download/Rev20130403.pdf>.
Acesso em: 10 set. 2015.
73
PEDERZINI, Margareth Gonçalves. Breves análises da evolução histórica da segurança
pública no Brasil. Disponível em: <http://www.webartigos.com/artigos/breves-analises-da-evolucao-
historica-da-seguranca-publica-no-brasil/71746/>. Acesso em: 10 set. 2015.
74
BRASIL. Constituição da República Federativa Do Brasil De 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 10 set.
2015.
75
SOUSA, Reginaldo Canuto de; MORAIS, Maria do Socorro Almeida de. Polícia e Sociedade: uma
análise da história da segurança pública brasileira. Disponível em:
<http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2011/CdVjornada/jornada_eixo_2011/poder_violencia_e_p
oliticas_publicas/policia_e_sociedade_uma_analise_da_historia_da_seguranca_publica_brasileira.pdf
>. Acesso em: 10 set. 2015.
31
Quanto à ordem pública, que está expressa no caput do art. 144 da Carta
Magna vigente, bem como citada pelos doutrinadores, é organizada pela CRFB/88 e
pelas leis vigentes. Manter a ordem pública é conservar o ordenamento jurídico
positivado, isto é, quando a CRFB/88 “[...] confere às autoridades policiais o dever
de preservar a ordem pública, não está, senão, lhes incumbindo da função de
manter e promover a ordem republicana, assentada no respeito à legalidade e aos
direitos fundamentais.”78
Diante do breve escorço histórico, e do que foi apresentado acerca da
segurança pública, é clarividente que seu exercício, além de estar presente desde
as antigas civilizações, é um importante meio de manutenção do equilíbrio e do
convívio social.79
Dessa forma, faz-se necessário conhecer os órgãos brasileiros
responsáveis a promover a segurança pública, à luz do art. 144 da CRFB/88.
76
SANTOS, Emerson Clayton Rosa. Conceitos de segurança pública. Disponível em:
<http://br.monografias.com/trabalhos2/seguranca-publica/seguranca-publica.shtml>. Acesso em: 10
set. 2015.
77
L’APICCIRELLA, Carlos Fernando Priolli. Segurança pública. Disponível em:
<http://www.cdcc.sc.usp.br/ciencia/artigos/art_20/seguranca.html>. Acesso em: 10 set. 2015.
78
NETO, Cláudio Pereira de Souza. A segurança pública na Constituição Federal de 1988:
conceituação constitucionalmente adequada,competências federativas e orgãos de execução das
políticas. Disponível em:
<http://www.oab.org.br/editora/revista/users/revista/1205505974174218181901.pdf>. Acesso em: 10
set. 2015.
79
MATTOS, Karina Denari Gomes de; SILVA, Alexandre Janólio Isidoro. A segurança pública na
esfera constitucional. Disponível em:
<http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/ETIC/article/viewFile/1433/1369>. Acesso em: 10 set.
2015.
32
80
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil De 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 02 set.
2015.
81
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil De 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 02 set.
2015.
33
82 o
BRASIL. Lei n 10.683, de 28 de maio de 2003. Dispõe sobre a organização da Presidência da
República e dos Ministérios, e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.683.htm>. Acesso em: 02 set. 2015.
83
BRASIL. Lei nº 10.357, de 27 de dezembro de 2001. Estabelece normas de controle e fiscalização
sobre produtos químicos que direta ou indiretamente possam ser destinados à elaboração ilícita de
substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica, e dá
outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10357.htm>. Acesso em: 12 set. 2015.
84
BRASIL. Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003. Dispõe sobre registro, posse e
comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define
crimes e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm>. Acesso em: 12 set. 2015.
34
85
BRASIL. Constituição da República Federativa Do Brasil De 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 02 set.
2015.
86
BRASIL. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm>. Acesso em: 14 set. 2015.
35
rodovias federais, que tem como fito manter o cumprimento das leis de trânsito, inibir
acidentes e garantir aos cidadãos o direito de ir e vir. 87
No inciso III do art. 144 da CRFB/88, tem-se a Polícia Ferroviária Federal
(PFF), com suas atribuições firmadas no §3º do mesmo artigo, o qual preconiza: “A
Polícia Ferroviária Federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das
ferrovias federais”. 88
Criada em 1852 no Império de D. Pedro II, a PFF, inicialmente chamada
de Polícia das Estradas de Ferro, foi a primeira polícia com especialização do Brasil,
e teve sua regulamentação por meio do Decreto nº 1930, de 26 de abril de 1857. No
entanto, seu último concurso público ocorreu no ano de 1989, e por conta de
aposentadorias, exonerações e remanejamentos, houve um esvaziamento de
funcionários e uma consequente desocupação institucional.89
Diante dessa conjuntura, “[...] a fiscalização e prevenção de acidentes nas
ferrovias que deveria ser função destes profissionais, acabam na prática, sendo
realizada por outras instituições [...] e por seguranças privados”.90 Em outras
palavras, é uma polícia que, conforme a CRFB/88, deveria existir, mas que na
prática não se observa.
Positivada no inciso IV, do art. 144 da CRFB/88, têm-se as Polícias Civis
(PC) dos Estados, com suas atribuições destacadas no §4º do mesmo artigo. No
entanto, como a PC é objeto específico de estudo do presente trabalho, será melhor
compreendida nas seções seguintes.
Ainda no rol de órgãos responsáveis pela segurança pública,
discriminados no art. 144 da CRFB/88, tem-se no inciso V as Polícias Militares (PM)
e Corpos de Bombeiros Militares (CBM). Suas atribuições constitucionais estão
87
MISSIUNAS, Rafael de Carvalho. As polícias judiciárias e as administrativas no Brasil. In: Âmbito
Jurídico, Rio Grande, XII, n. 62, mar 2009. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=5950>. Acesso em: 14 set.
2015.
88
BRASIL. Constituição da República Federativa Do Brasil De 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 14 set.
2015.
89
MISSIUNAS, Rafael de Carvalho. As polícias judiciárias e as administrativas no Brasil. In: Âmbito
Jurídico, Rio Grande, XII, n. 62, mar 2009. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=5950>. Acesso em: 14 set.
2015.
90
CARVALHO, Claudio Frederico de. O policiamento ostensivo preventivo e sua formação
profissional jurídica. Disponível em: <http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/7111/O-
policiamento-ostensivo-preventivo-e-sua-formacao-profissional-juridica >. Acesso em: 15 set. 2015.
36
previstas no §5º do mesmo artigo, o qual reserva que: “Às polícias militares cabem a
polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros
militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades
de defesa civil.”91 Elas são órgãos de atuação estadual, sendo organizadas e
mantidas pelo Governo de sua unidade federativa. De exceção, tem-se a PM e CBM
do Distrito Federal, os quais são mantidos e organizados pela União, conforme
sanciona o art. 21, XIV da CRFB/88. 92
Além das atribuições elencadas no §5º do art. 144 da CRFB/88, à PM
incumbe a instauração do Inquérito Policial Militar, para apuração de fatos que
caracterizem crimes militares, o qual “tem o caráter de instrução provisória, cuja
finalidade precípua é a de ministrar elementos necessários à propositura da ação
penal”93, consoante o art. 9º do Código de Processo Penal Militar.
A PM e CBM ainda possuem uma característica bastante peculiar,
diferente de todos os outros órgãos de segurança pública, que é o fato de serem
forças auxiliares e reserva do exército.
Acerca do tema, o jurista Paulo Tadeu Rodrigues da Rosa ensina:
91
BRASIL. Constituição da República Federativa Do Brasil De 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 15 set.
2015.
92
MISSIUNAS, Rafael de Carvalho. As polícias judiciárias e as administrativas no Brasil. In: Âmbito
Jurídico, Rio Grande, XII, n. 62, mar 2009. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=5950>. Acesso em: 14 set.
2015.
93
BRASIL. Decreto-Lei nº 1.002, de 21 de outubro de 1969. Código de Processo Penal Militar.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del1002.htm >. Acesso em: 15 set.
2015.
94
ROSA, Paulo Tadeu Rodrigues da. Polícia Militar e suas atribuições. Disponível em:
<http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2001/pthadeu/pmatribuicoes.htm>. Acesso em: 15 set.
2015.
37
vista que atua como auxiliar do Poder Judiciário na apuração do fato criminoso, in
casu, do crime militar.95
A CRFB/88 ainda dispõe aos municípios a possibilidade destes criarem
guardas municipais (GM), que apesar de não estarem no rol de órgãos responsáveis
pela segurança pública, estão previstas no §8º do art. 144, o qual preconiza: “Os
Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus
bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei”. 96
No ano de 2014, foi sancionada a Lei nº 13.022, a qual trata do Estatuto
Geral das Guardas Municipais, e no seu art. 4º são previstas suas competências
gerais:
95
MISSIUNAS, Rafael de Carvalho. As polícias judiciárias e as administrativas no Brasil. In: Âmbito
Jurídico, Rio Grande, XII, n. 62, mar 2009. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=5950>. Acesso em: 14 set.
2015.
96
MISSIUNAS, Rafael de Carvalho. As polícias judiciárias e as administrativas no Brasil. In: Âmbito
Jurídico, Rio Grande, XII, n. 62, mar 2009. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=5950>. Acesso em: 14 set.
2015.
97
BRASIL. Lei nº 13.022, de 8 de agosto de 2014. Dispõe sobre o Estatuto Geral das Guardas
Municipais. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2014/Lei/L13022.htm>. Acesso em: 15 Set. 2015.
98
MISSIUNAS, Rafael de Carvalho. As polícias judiciárias e as administrativas no Brasil.
Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=5950>. Acesso em: 14 set.
2015.
38
Sendo a Polícia Civil (PC) o enfoque desta pesquisa, nesta seção ela será
melhor compreendida. Qual o procedimento a ser adotado para ingresso no órgão, a
carreira, atribuições e funções, bem como sua estrutura, serão os aspectos
estudados acerca do referido órgão de segurança pública.
99
BRASIL. Constituição da República Federativa Do Brasil De 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 16 set.
2015.
100
MISSIUNAS, Rafael de Carvalho. As polícias judiciárias e as administrativas no Brasil. In: Âmbito
Jurídico, Rio Grande, XII, n. 62, mar 2009. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=5950>. Acesso em: 14 set.
2015.
101
BRASIL. Constituição Da República Federativa Do Brasil De 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 16 set.
2015.
39
II - (revogado – EC 39)
III - a execução dos serviços administrativos de trânsito;
IV - a supervisão dos serviços de segurança privada;
V - o controle da propriedade e uso de armas, munições, explosivos e
outros produtos controlados;
102
VI - a fiscalização de jogos e diversões públicas.
102
SANTA CATARINA. Constituição Da República Federativa Do Brasil De 1988. Disponível em:
<http://www.alesc.sc.gov.br/portal_alesc/sites/default/files/CESC_2013_67_e_68_emds.pdf>. Acesso
em: 16 set. 2015.
103
SANTA CATARINA. Lei nº 6.843, de 28 de julho de 1986. Dispõe sobre o Estatuto da Polícia Civil
do Estado de Santa Catarina. Disponível em:
<http://www.acadepol.sc.gov.br/index.php/download/cat_view/1-legislacao/2-policia-civil>. Acesso em:
20 set. 2015.
104
PORTAL BRASIL. Defesa e Segurança: polícias. 2012. Disponível em:
<http://www.brasil.gov.br/defesa-e-seguranca/2012/04/policias-federal-civil-e-militar>. Acesso em 20
set. 2015.
105
MISSIUNAS, Rafael de Carvalho. As polícias judiciárias e as administrativas no Brasil. In: Âmbito
Jurídico, Rio Grande, XII, n. 62, mar 2009. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=5950>. Acesso em: 14 set.
2015.
40
106
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. 2. ed. São Paulo:
Editora dos Tribunais, 2005. p. 123.
107
ROSA, Paulo Tadeu Rodrigues da. Polícia Militar e suas atribuições. Disponível em:
<http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2001/pthadeu/pmatribuicoes.htm>. Acesso em: 15 set.
2015.
108
MENEZES, Rodolfo Rosa Telles. Diferenças entre o cargo de delegado de polícia civil e de oficial
da polícia militar. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 94, nov 2011. Disponível em:
<http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10761>.
Acesso em: 19 set. 2015.
109
BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689Compilado.htm>. Acesso em: 19 set.
2015.
41
110
SÃO PAULO. Tribunal Regional do Trabalho (Segunda Região). Recurso Ordinário: RecOrd
2022200244402000 SP 02022-2002-444-02-00-0. Relator: Juiz Ricardo Artur Costa e Trigueiros. São
Paulo, SÃO PAULO, 21 de janeiro de 2006. Disponível em: <http://trt-
2.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/7533475/recurso-ordinario-record-2022200244402000-sp-02022-
2002-444-02-00-0/inteiro-teor-13146409>. Acesso em: 20 set. 2015.
111
MEU ADVOGADO. Boletim de ocorrência, qual sua finalidade? 2012. Disponível em:
<http://www.meuadvogado.com.br/entenda/boletim-de-ocorrencia-qual-sua-finalidade.html>. Acesso
em: 19 set. 2015.
112
MILANESE, André Borges. O desvio de função nos cargos da polícia civil catarinense.
Disponível em: <http://www.acadepol.sc.gov.br/index.php/download/doc_view/17-o-desvio-de-funcao-
nos-cargos-da-policia-civil-catarinense>. Acesso em: 16 set. 2015.
113
SANTA CATARINA. Constituição Do Estado De Santa Catarina. Disponível em:
<http://www.alesc.sc.gov.br/portal_alesc/sites/default/files/CESC_2013_67_e_68_emds.pdf>. Acesso
em: 16 set. 2015.
42
Art. 33. São requisitos básicos para o ingresso nas carreiras da Polícia Civil:
a) ser brasileiro;
b) ter no mínimo dezoito anos de idade;
c) estar quite com as obrigações eleitorais e militares;
d) não registrar sentença penal condenatória transitada em julgado;
e) estar em gozo dos direitos políticos;
f) ter conduta social ilibada;
g) ter capacidade física e aptidão psicológica compatíveis com o cargo
pretendido;
h) aptidão física plena;
i) possuir carteira nacional de habilitação; e
j) ser portador de diploma de nível superior nos cursos exigidos para o
116
cargo.
114
SANTA CATARINA. Lei nº 6.843, de 28 de julho de 1986. Dispõe sobre o Estatuto da Polícia Civil
do Estado de Santa Catarina. Disponível em:
<http://www.acadepol.sc.gov.br/index.php/download/cat_view/1-legislacao/2-policia-civil>. Acesso em:
20 set. 2015.
115
SANTA CATARINA. Constituição do Estado De Santa Catarina. Disponível em:
<http://www.alesc.sc.gov.br/portal_alesc/sites/default/files/CESC_2013_67_e_68_emds.pdf>. Acesso
em: 16 set. 2015.
116
SANTA CATARINA. Lei Complementar nº 453, de 05 de agosto de 2009. Institui Plano de
Carreira do Grupo Segurança Pública - Polícia Civil, e adota outras providências. Disponível em:
<http://www.acadepol.sc.gov.br/index.php/download/doc_view/5-lei-complementar-n-453-de-05-de-
agosto-de-2009>. Acesso em: 20 set. 2015.
43
117
SANTA CATARINA. Lei Complementar nº 453, de 05 de agosto de 2009. Institui Plano de
Carreira do Grupo Segurança Pública - Polícia Civil, e adota outras providências. Disponível em:
<http://www.acadepol.sc.gov.br/index.php/download/doc_view/5-lei-complementar-n-453-de-05-de-
agosto-de-2009>. Acesso em: 20 set. 2015.
118
SANTA CATARINA. Lei nº 6.843, de 28 de julho de 1986. Dispõe sobre o Estatuto da Polícia Civil
do Estado de Santa Catarina. Disponível em:
<http://www.acadepol.sc.gov.br/index.php/download/cat_view/1-legislacao/2-policia-civil>. Acesso em:
20 set. 2015.
119
SANTA CATARINA. Lei Complementar nº 453, de 05 de agosto de 2009. Institui Plano de
Carreira do Grupo Segurança Pública - Polícia Civil, e adota outras providências. Disponível em:
<http://www.acadepol.sc.gov.br/index.php/download/doc_view/5-lei-complementar-n-453-de-05-de-
agosto-de-2009>. Acesso em: 20 set. 2015.
120
SANTA CATARINA. Constituição Do Estado De Santa Catarina. Disponível em:
<http://www.alesc.sc.gov.br/portal_alesc/sites/default/files/CESC_2013_67_e_68_emds.pdf>. Acesso
em: 16 set. 2015.
44
I - os Delegados de Polícia.
Art. 3º Considera-se Agentes da Autoridade Policial:
I - os Agentes de Polícia;
II - os Escrivães de Polícia; e
121
III - os Psicólogos Policiais.
121
SANTA CATARINA. Lei Complementar nº 453, de 05 de agosto de 2009. Institui Plano de
Carreira do Grupo Segurança Pública - Polícia Civil, e adota outras providências. Disponível em:
<http://www.acadepol.sc.gov.br/index.php/download/doc_view/5-lei-complementar-n-453-de-05-de-
agosto-de-2009>. Acesso em: 22 set. 2015.
122
MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em:
<http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php>. Acesso em: 22 set. 2015.
123
SANTA CATARINA. Constituição do Estado De Santa Catarina. Disponível em:
<http://www.alesc.sc.gov.br/portal_alesc/sites/default/files/CESC_2013_67_e_68_emds.pdf>. Acesso
em: 16 set. 2015.
124
SANTA CATARINA. Lei Complementar nº 453, de 05 de agosto de 2009. Institui Plano de
Carreira do Grupo Segurança Pública - Polícia Civil, e adota outras providências. Disponível em:
<http://www.acadepol.sc.gov.br/index.php/download/doc_view/5-lei-complementar-n-453-de-05-de-
agosto-de-2009>. Acesso em: 22 set. 2015.
45
Art. 10. Fica criado o cargo de Agente de Polícia Civil, do Subgrupo Agente
da Autoridade Policial, do Quadro de Pessoal da Polícia Civil [...]
Art. 11. Ficam extintas as carreiras de Inspetor de Polícia, do Subgrupo
Técnico Científico, de Comissário de Polícia, Investigador Policial e
Escrevente Policial [...]
125
MENEZES, Rodolfo Rosa Telles. Diferenças entre o cargo de delegado de polícia civil e de oficial
da polícia militar. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 94, nov 2011. Disponível em:
<http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10761>.
Acesso em: 19 set. 2015.
126
MISSIUNAS, Rafael de Carvalho. As polícias judiciárias e as administrativas no Brasil. In: Âmbito
Jurídico, Rio Grande, XII, n. 62, mar 2009. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=5950>. Acesso em: 14 set.
2015.
127
LOPES, Carina Deolinda da Silva. Procedimentos e atribuições do delegado de polícia e das
polícias judiciárias. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=3052 >. Acesso em: 19 set.
2015.
128
SANTA CATARINA. Lei nº 6.843, de 28 de julho de 1986. Dispõe sobre o Estatuto da Polícia Civil
do Estado de Santa Catarina. Disponível em:
<http://www.acadepol.sc.gov.br/index.php/download/cat_view/1-legislacao/2-policia-civil>. Acesso em:
20 set. 2015.
46
129
SANTA CATARINA. Lei complementar nº 453, de 05 de agosto de 2009. Institui Plano de
Carreira do Grupo Segurança Pública - Polícia Civil, e adota outras providências. Disponível em:
<http://www.acadepol.sc.gov.br/index.php/download/doc_view/5-lei-complementar-n-453-de-05-de-
agosto-de-2009>. Acesso em: 22 set. 2015.
130
POLÍCIA FEDERAL. Requisitos e Atribuições dos Cargos da Carreira Policial Federal.
Disponível em: <http://www.dpf.gov.br/institucional/concursos/caracteristicas-dos-cargos/carreira-
policial/requisitos-e-atribuicoes-dos-cargos-da-carreira-policial-federal>. Acesso em: 22 set. 2015.
131
SANTA CATARINA. Lei complementar nº 453, de 05 de agosto de 2009. Institui Plano de
Carreira do Grupo Segurança Pública - Polícia Civil, e adota outras providências. Disponível em:
<http://www.acadepol.sc.gov.br/index.php/download/doc_view/5-lei-complementar-n-453-de-05-de-
agosto-de-2009>. Acesso em: 22 set. 2015.
132
POLÍCIA FEDERAL. Requisitos e Atribuições dos Cargos da Carreira Policial Federal.
Disponível em: <http://www.dpf.gov.br/institucional/concursos/caracteristicas-dos-cargos/carreira-
policial/requisitos-e-atribuicoes-dos-cargos-da-carreira-policial-federal>. Acesso em: 22 set. 2015.
133
UNIÃO DOS ESCRIVÃES DE POLÍCIA DE PERNAMBUCO. Atribuições dos Escrivães de
Polícia Civil. 2014. Disponível em: <http://www.uneppe.org.br/2014/07/atribuicoes-dos-escrivaes-de-
policia-civil/>. Acesso em: 22 set. 2015.
47
134
SANTA CATARINA. Lei Complementar nº 453, de 05 de agosto de 2009. Institui Plano de
Carreira do Grupo Segurança Pública - Polícia Civil, e adota outras providências. Disponível em:
<http://www.acadepol.sc.gov.br/index.php/download/doc_view/5-lei-complementar-n-453-de-05-de-
agosto-de-2009>. Acesso em: 22 set. 2015.
135
MILANESE, André Borges. O desvio de função nos cargos da Polícia Civil catarinense.
Disponível em: <http://www.acadepol.sc.gov.br/index.php/download/doc_view/17-o-desvio-de-funcao-
nos-cargos-da-policia-civil-catarinense>. Acesso em: 16 set. 2015.
136
Secretaria de Estado da Segurança Pública. Mapa do Site. Disponível em:
<http://www.ssp.sc.gov.br/index.php?option=com_xmap&sitemap=1&Itemid=128>. Acesso em: 24
set. 2015.
48
como trata o §1º do art. 106 da CESC/89: “Art. 106 — [...] § 1º — O chefe da Polícia
Civil, nomeado pelo Governador do Estado, será escolhido dentre os delegados de
polícia”.137
Em igualdade hierárquica ao Delegado Geral, tem-se o Conselho Superior
de Polícia, com a competência de aconselhamento a Delegacia Geral,138 bem como
a responsabilidade pela estrita observância e fiel cumprimento dos objetivos e
princípios institucionais, e o Delegado Geral Adjunto, que age juntamente com o
Delegado Geral nas decisões institucionais, e é quem substitui o Delegado Geral na
ausência deste.139
Subordinadas à Delegacia Geral, encontram-se as Diretorias de Polícia e
Gerências. Em relação às Gerências, é importante falar da Gerência de Fiscalização
de Jogos e Diversões, a qual incumbe a expedição de Alvarás de Funcionamento
para estabelecimentos comerciais, festas, eventos, etc;140 e o Fundo de Melhoria Da
Polícia Civil – FUMPC, criado no ano de 2004, o qual é responsável pela compra de
equipamentos para as delegacias de polícia, bem como para os policiais, ou seja, é
a responsável pelo aparelhamento institucional.141
As Diretorias são divididas de acordo com sua funcionalidade e área de
abrangência, e também são coordenadas por Delegados de Polícia. A Diretoria de
Inteligência Policial – DIPC, com sede em Florianópolis/SC e circunscrição estadual,
executa, basicamente, a coleta, processamento e difusão de informações inerentes
à atividade policial, administra a delegacia eletrônica, onde são registradas as
137
SANTA CATARINA. Constituição do Estado De Santa Catarina. Disponível em:
<http://www.alesc.sc.gov.br/portal_alesc/sites/default/files/CESC_2013_67_e_68_emds.pdf>. Acesso
em: 16 set. 2015.
138
ASSOCIAÇÃO DOS DELEGADOS DE POLÍCIA DE SANTA CATARINA. O que diz o conselho
superior da polícia civil. Disponível em: <http://www.adepolsc.org.br/legislacao#detalhes>. Acesso
em: 24 set. 2015.
139
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Vídeo institucional. 2010. Disponível em:
<http://www.policiacivil.sc.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=62&Itemid=108>.
Acesso em: 24 set. 2015.
140
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Gerência Estadual de Fiscalização de
Jogos e Diversões Públicas. 2011. Disponível em:
<http://www.pc.sc.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1405&Itemid=99>. Acesso
em: 24 set. 2015.
141
SANTA CATARINA. Lei nº 13.239, de 27 de dezembro de 2004. Cria o Fundo de Melhoria da
Polícia Civil - FUMPC - e estabelece outras providências. Disponível em:
<http://www.leisestaduais.com.br/sc/lei-ordinaria-n-13239-2004-santa-catarina-cria-o-fundo-de-
melhoria-da-policia-civil-fumpc-e-estabelece-outras-providencias>. Acesso em: 24 set. 2015.
49
ocorrências via internet, e o disque denúncia, por meio do telefone 181, onde os
cidadãos podem telefonar e repassar informações a PC/SC, com absoluto sigilo. 142
Tem-se ainda a Academia da Polícia Civil – ACADEPOL, com sede em
Florianópolis/SC, a qual tem por função precípua a formação e o aperfeiçoamento
profissional dos policiais civis; a Corregedoria, com sede em Florianópolis/SC, que
tem por finalidade orientação e correição dos policiais. É a Corregedoria que apura
as infrações cometidas pelos policiais civis, por meio do processo administrativo. 143
Compete ainda à Delegacia Geral e a Diretoria de Polícia de Fronteira –
DIFRON supervisionarem o Serviço Aeropolicial – SAER e o Serviço Aeropolicial de
Fronteira – SAER Fron, respectivamente, conforme asseveram os arts. 1º e 2º do
Decreto nº 2.260/2014. Ademais, o art. 3º do mesmo dispositivo legal disciplina as
atribuições dessas duas unidades policiais.
142
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Vídeo institucional. 2010. Disponível em:
<http://www.policiacivil.sc.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=62&Itemid=108>.
Acesso em: 24 set. 2015.
143
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Organograma. 2011. Disponível em:
<http://www.policiacivil.sc.gov.br/images/stories/ADMIN/Imagens/Organograma.jpg>. Acesso em: 24
set. 2015.
144
SANTA CATARINA. Decreto nº 2.260, de 18 de Junho De 2014. Institui, no âmbito da Polícia
Civil do Estado, o Serviço Aeropolicial (SAER) e o Serviço Aeropolicial de Fronteira (SAER-Fron), e
estabelece outras providências. Disponível em:
<http://www.portaldoservidor.sc.gov.br/ckfinder/userfiles/arquivos/Legislacao%20Correlata/Decretos/2
014_-_Decreto_N_2260,_de_18_de_junho_de_2014.pdf>. Acesso em: 24 set. 2015.
50
145
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Vídeo institucional. 2010. Disponível em:
<http://www.policiacivil.sc.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=62&Itemid=108>.
Acesso em: 24 set. 2015.
146
SANTA CATARINA. Portaria nº 281/GAB/SSP/2013. RESOLVE regulamentar a Coordenadoria
de Operações Policiais Especiais – COPE, nos termos do art. 3º do Decreto nº 1.152, de 30 de
agosto de 2012. Disponível em:
<http://www.policiacivil.sc.gov.br/images/stories/NOTICIAS/Textos_hiperlink/0281_-
_REGULAMENTA_O_COPE.pdf>. Acesso em: 24 set. 2015.
51
147
SÃO PAULO. Tribunal Regional do Trabalho (Segunda Região). Recurso Ordinário: RecOrd
2022200244402000 SP 02022-2002-444-02-00-0. Relator: Juiz Ricardo Artur Costa e Trigueiros. São
Paulo, SÃO PAULO, 21 de janeiro de 2006. Disponível em: <http://trt-
2.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/7533475/recurso-ordinario-record-2022200244402000-sp-02022-
2002-444-02-00-0/inteiro-teor-13146409>. Acesso em: 20 set. 2015.
148
LUCAS, Caio de. Conceito de Crime: Estudos de Direito Penal. Disponível em:
<http://caiodeluca.jusbrasil.com.br/artigos/147591440/conceito-de-crime>. Acesso em 25 out. 2015.
149
MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em:
<http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php>. Acesso em: 22 set. 2015.
52
150
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. 10ª Edição. Rio de Janeiro: Forense,
2014. P. 120.
151
PIMENTEL, Manoel Pedro. O crime e a pena na atualidade. São Paulo: Revista dos tribunais,
1983. P 2.
152
UNIVERSO POLICIAL. Boletim de ocorrência policial: definição, orientações e modelos. 2009.
Disponível em: <http://www.universopolicial.com/2009/09/boletim-de-ocorrencia-policial.html>. Acesso
em: 17 Out. 2015.
153
MENDES, Clóvis. B.O. é desnecessário em casos não penais. Revista Consultor jurídico, São
Paulo, 07 fev. 2009. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2009-fev-07/boletim-ocorrencia-
desnecessario-casos-nao-penais>. Acesso em 17 out. 2015.
154
SABBÁ, Antonio Ailton Benone. Boletim de ocorrência não criminal. In: Delegado de Polícia
plantonista, Pará, 02 jun. 2011. Disponível em:
<http://delegadoplantonista.webnode.com.br/news/boletim%20de%20ocorr%C3%AAncia%20n%C3%
A3o%20criminal/>. Acesso em: 06 out. 2015.
53
155
UNIVERSO POLICIAL. Boletim de ocorrência policial: definição, orientações e modelos. 2009.
Disponível em: <http://www.universopolicial.com/2009/09/boletim-de-ocorrencia-policial.html>. Acesso
em: 17 Out. 2015.
156
MEU ADVOGADO. Boletim de ocorrência, qual sua finalidade? 2012. Disponível em:
<http://www.meuadvogado.com.br/entenda/boletim-de-ocorrencia-qual-sua-finalidade.html>. Acesso
em: 19 set. 2015.
157
UNIVERSO POLICIAL. Boletim de ocorrência policial: definição, orientações e modelos. 2009.
Disponível em: <http://www.universopolicial.com/2009/09/boletim-de-ocorrencia-policial.html>. Acesso
em: 17 Out. 2015.
54
Muito se discute sobre Inquérito Policial (IP) [...], mas praticamente nada
sobre o Boletim de Ocorrência (BO). Na Legislação há pequenas
referências ao mesmo na Lei 8069-90 (ECA, Boletim de Ocorrência
159
Circunstanciado) e na Lei 5970-73 (Acidente de Trânsito) [...]
158
UNIVERSO POLICIAL. Boletim de ocorrência policial: definição, orientações e modelos. 2009.
Disponível em: <http://www.universopolicial.com/2009/09/boletim-de-ocorrencia-policial.html>. Acesso
em: 17 Out. 2015.
159
MELO, André Luis. É preciso acabar com excesso de formalismo do B.O. Disponível em:
<http://www.conjur.com.br/2010-fev-17/preciso-acabar-excesso-formalismo-boletim-ocorrencia>.
Acesso em: 06 out. 2015.
160
BRASIL. Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm>. Acesso em: 31
jul. 2015.
55
161
ARAÚJO, Tiago Lustosa. A apreensão em flagrante do adolescente infrator pela ótica de quem
lavra. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 15, n. 2627, 10 set. 2010. Disponível em:
<http://jus.com.br/artigos/17373>. Acesso em: 17 out. 2015.
162
BRASIL. Lei nº 5.970, de 11 de Dezembro de 1973. Exclui da aplicação do disposto nos artigos
6º, inciso I, 64 e 169, do Código de Processo Penal, os casos de acidente de trânsito, e, dá outras
providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L5970.htm>.
Acesso em: 17 out. 2015.
163
MOURA, Marcos Damião Zanetti de. A quem cabe aplicar as Leis nº 5.970/73 e 6.174/74 nos
casos de acidentes de trânsito?. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1420, 22 maio 2007.
Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/9903>. Acesso em: 16 out. 2015.
56
Art. 5º [...]
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de
infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por
escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência
169
das informações, mandará instaurar inquérito.
169
BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689, de 3 De Outubro de 1941. Código de Processo Penal. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689Compilado.htm>. Acesso em: 17 out.
2015.
170
MELO, André Luis. É preciso acabar com excesso de formalismo do BO. Disponível em:
<http://www.conjur.com.br/2010-fev-17/preciso-acabar-excesso-formalismo-boletim-ocorrencia>.
Acesso em: 06 out. 2015.
171
FANTI, Dayane. Boletim de ocorrência de preservação de direitos: instrumento de
aproximação. Disponível em: <http://fantiadvogados.blogspot.com.br/2013/05/boletim-de-ocorrencia-
de-preservacao-de.html>. Acesso em: 18 out. 2015.
58
172
BRASIL. Constituição Da República Federativa Do Brasil de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 16 set.
2015.
173
SÃO PAULO. Tribunal Regional do Trabalho (Segunda Região). Recurso Ordinário: RecOrd
2022200244402000 SP 02022-2002-444-02-00-0. Relator: Juiz Ricardo Artur Costa e Trigueiros. São
Paulo, SÃO PAULO, 21 de janeiro de 2006. Disponível em: <http://trt-
2.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/7533475/recurso-ordinario-record-2022200244402000-sp-02022-
2002-444-02-00-0/inteiro-teor-13146409>. Acesso em: 17 out. 2015.
174
MEU ADVOGADO. Boletim de ocorrência, qual sua finalidade? 2012. Disponível em:
<http://www.meuadvogado.com.br/entenda/boletim-de-ocorrencia-qual-sua-finalidade.html>. Acesso
em: 19 set. 2015.
175
MENDES, Clóvis. Boletim de ocorrência de preservação de direitos. Revista Jus Navigandi,
Teresina, ano 14, n. 2065, 25 fev. 2009. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/12379>. Acesso em:
18 out. 2015.
176
MENDES, Clóvis. B.O. é desnecessário em casos não penais. Revista Consultor jurídico, São
Paulo, 07 fev. 2009. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2009-fev-07/boletim-ocorrencia-
desnecessario-casos-nao-penais>. Acesso em 18 out. 2015.
59
No caso acima, um cidadão (autor), após ter sido demitido de seu serviço,
na cidade de Encruzilhada/BA, foi até a delegacia de polícia e realizou o registro de
um BO, alegando que teria sido ameaçado e coagido, por seu gerente e capangas
armados, a assinar o pedido de demissão.
O reclamado (réu) negou os fatos, e informou que havia acabado de
chegar na fazenda para exercer a função de gerente, e que o autor participava de
um “motim” no local de trabalho, porque gostava demais do gerente que havia sido
177
SÃO PAULO. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (Sexta Câmara de Direito Público).
Apelação : APL 00136453020098260438 SP 0013645-30.2009.8.26.0438. Relator: Desembargador
Leme de Campos. São Paulo, SP, 09 de janeiro de 2014. Disponível em: <http://tj-
sp.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/123583205/apelacao-apl-136453020098260438-sp-0013645-
3020098260438/inteiro-teor-123583215>. Acesso em: 18 out. 2015.
178
MINAS GERAIS. Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (Sétima Câmara Cível). Apelação
Cível : AC 10704100063509001 MG. Relator: Desembargador Maurício Torres Torres Soares. Minas
Gerais, MG, 26 de janeiro de 2015. Disponível em: <http://tj-
mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/215271970/apelacao-civel-ac-10704100063509001-mg>. Acesso
em: 18 out. 2015.
179
BAHIA. Tribunal Regional do Trabalho (Quinta Região). Recurso Ordinário : RecOrd
00022082020135050621 BA 0002208-20.2013.5.05.0621. Relator: Desembargador Edilton Meireles.
Salvador, BA, 10 de outubro de 2014. Disponível em: <http://trt-
5.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/159034629/recurso-ordinario-record-22082020135050621-ba-
0002208-2020135050621/inteiro-teor-159034637>. Acesso em: 25 out. 2015.
60
demitido e não aceitava a troca de gerência. Ademais, este “motim” impedia que
demais trabalhadores, que não participavam do ato, exercessem suas atividades.
Por conta dessa manifestação, algumas pessoas foram demitidas,
incluindo o autor. Este, posteriormente, confirmou que o “motim” era realizado em
razão dos fatos narrados pelo réu.
Ocorre que, apesar de estar juntado nos autos o BO registrado pelo autor,
o Juiz do Trabalho (1ª Instância) entendeu que o BO simplesmente comprovava que
o autor havia se dirigido até uma delegacia de policia para registrar o ocorrido, no
entanto, não provava a veracidade dos fatos narrados.
Diante disso, indeferiu o pleito de indenização promovido pelo autor.
Insurgiu então com recurso ordinário no Tribunal Regional do Trabalho da
5ª Região (2ª Instância).
Nesse Tribunal, entendeu-se, da mesma forma que o Juiz de origem, que,
diante da negativa do reclamado (réu) acerca das ameaça e coações, caberia ao
reclamante (autor) provar os fatos que constituiriam seu direito alegado. O
reclamante, entretanto, não conseguiu provar as ameaças e coações que alegou ter
sofrido.
Nesse sentido, a 1ª Turma do Tribunal, por entender que o BO não possui
eficácia probatória, tendo em vista se tratar de um documento confeccionado a partir
das narrativas obtidas unilateralmente pelos interessados, não deu provimento ao
recurso.
Nota-se, nesse caso, a evidência da ineficácia probatória do BO, caso
não seja sustentado com demais provas.
Indo ao encontro das decisões citadas, o Tribunal de Justiça do Estado do
Mato Grosso, em acórdão, preconizou que o BO, mesmo que seja um documento
público lavrado por uma instituição de reputação invejável, a PC, apenas faz prova
da existência da narrativa nele apresentada, no entanto, não prova que as
declarações prestadas sejam verdadeiras, ou seja, prova que foi dito, mas não prova
que foi dito a verdade.180
Extrai-se, ainda, de decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul
que:
180
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça (Segunda Turma). Recurso Especial: REsp 1054443 MT
2008/0099141-8. Relator: Ministro Castro Meira. Brasília, DF, 04 de janeiro de 2009. Disponível em:
<http://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/6061051/recurso-especial-resp-1054443-mt-2008-0099141-
8/inteiro-teor-12196097>. Acesso em: 18 out. 2015.
61
181
RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (Nona Câmara Civel).
Apelação Cível : AC 70059609552 RS. Relator: Desembargador Miguel Ângelo da Silva. Porte
Alegre, RS, 26 de janeiro de 2014. Disponível em: <http://tj-
rs.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/154003486/apelacao-civel-ac-70059609552-rs>. Acesso em: 18 out.
2015.
182
DISTRITO FEDERAL. Tribunal de Justiça do Distrito Federal (Turma Recursal dos Juizados
Especiais). Apelacao Civel do Juizado Especial : ACJ 20130111843715 DF 0184371-
76.2013.8.07.0001. Relator: Desembargador Lizandro Garcia Gomes Filho. Brasília, DF, 09 de janeiro
de 2014. Disponível em: <http://tj-df.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/139197795/apelacao-civel-do-
juizado-especial-acj-20130111843715-df-0184371-7620138070001>. Acesso em: 18 out. 2015.
183
DISTRITO FEDERAL. Tribunal de Justiça do Distrito Federal (Quinta Turma Civel). Apelacao
Civel: APC 20020110251146 DF. Relator: Desembargador Lecir Manoel da Luz. Brasília, DF, 23 de
janeiro de 2008. Disponível em: <http://tj-df.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/2583198/apelacao-civel-
apc-20020110251146-df>. Acesso em: 18 out. 2015.
62
184
RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (Segunda Turma). Recurso
Cível : 71005501085 RS. Relator: Doutor Roberto Behrensdorf Gomes Da Silva. Porto Alegre, RS, 08
de julho de 2015. Disponível em: <http://tj-rs.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/207768859/recurso-civel-
71005501085-rs/inteiro-teor-207768877>. Acesso em 24 out. 2015.
63
185
SANTA CATARINA. Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina (Quarta Câmara). Apelação
Cível : AC 20120907275 SC 2012.090727-5. Relator: Desembargador Eládio Torret Rocha.
Florianópolis, SC, 10 de janeiro de 2013. Disponível em: <http://tj-
sc.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/23906401/apelacao-civel-ac-20120907275-sc-2012090727-5-
acordao-tjsc>. Acesso em: 18 out. 2015.
186
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça (Quarta Turma). Recurso Especial : REsp 69391 RJ
1995/0033511-5. Brasília, DF, 08 de janeiro de 1997.Disponível em:
<http://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/19934328/recurso-especial-resp-69391-rj-1995-0033511-5>.
Acesso em: 18 out. 2015.
187
BRASIL. Tribunal Regional Federal (Quinta Região). Apelação Civel : AC 361134 AL
2003.80.00.012091-7. Relator: Desembargador Federal Manoel de Oliveira Erhardt. Recife, PE, 10 de
janeiro de 2008. Disponível em: <http://trf-5.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/780643/apelacao-civel-ac-
361134-al-20038000012091-7>. Acesso em: 18 out. 2015.
188
SÃO PAULO. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (Trigésima Quarta Câmara de Direito
Privado). Apelação : APL 9103045522009826 SP 9103045-52.2009.8.26.0000. Relator:
Desembargador Gomes Varjão. São Paulo, SP, 25 de janeiro de 2012. Disponível em: <http://tj-
sp.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/22254732/apelacao-apl-9103045522009826-sp-9103045-
5220098260000-tjsp>. Acesso em: 18 out. 2015.
64
189
MINAS GERAIS. Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. Apelação Cível : AC
10461080527355001 MG. Relator: Desembargador Wanderley Paiva. Minas Gerais, MG, 20 de
fevereiro de 2013. Disponível em: <http://tj-mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/114654859/apelacao-
civel-ac-10461080527355001-mg>. Acesso em: 18 out. 2015.
190
PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo: Editora Atlas S.A.,
2015. p. 65.
191
BRASIL. Constituição Da República Federativa Do Brasil De 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 16 set.
2015.
192
MENDES, Clóvis. Boletim de ocorrência de preservação de direitos. Revista Jus Navigandi,
Teresina, ano 14, n. 2065, 25 fev. 2009. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/12379>. Acesso em:
18 out. 2015.
193
SABBÁ, Antonio Ailton Benone. Boletim de ocorrência não criminal. In: Delegado de Polícia
plantonista, Pará, 02 jun. 2011. Disponível em:
<http://delegadoplantonista.webnode.com.br/news/boletim%20de%20ocorr%C3%AAncia%20n%C3%
A3o%20criminal/>. Acesso em: 06 out. 2015.
65
salientado nesta pesquisa, deve-se informar (a todos) que o BO, mesmo sendo um
instrumento público, não foi criado para a lavratura de fatos voltados a interesses
particulares. Registrar um BO de “[...] fatos penalmente atípicos refoge
completamente da esfera de atribuições da Polícia Civil”.194
Ademais, cumpre salientar que as delegacias de polícia não são cartórios
ou tabelionatos gratuitos para registros de esfera cível. Para isso, há a figura da Ata
Notarial.195
A Ata Notarial “[...] é o instrumento pelo qual o notário, com sua fé pública
autentica um fato, descrevendo-o em seus livros”. Ainda quanto a Ata Notarial, sua
“[...] função primordial é tornar-se prova em processo judicial. Pode ainda servir
como prevenção jurídica a conflitos”.196
Diante da figura da Ata Notarial, registrar um BO de fato atípico e usar a
delegacia de polícia, a autoridade policial e os agentes da autoridade policial para
interesses particulares, além de ocasionar um gasto inútil de material e de recursos
humanos, caracteriza desvio de finalidade, desvio de função policial.197 Esse
desaproveitamento faz com que a PC desempenhe atividades que deveriam ser
realizadas pelos órgãos competentes, os quais deveriam ter seus profissionais e
suas estruturas próprias.198
Acerca do desvio de finalidade, também chamado de desvio de poder, o
jurista José Cretella Junior apregoa que o “desvio de poder consiste no afastamento
do espírito da lei”.199
Nesse mesmo sentido, o doutrinador Francisco Mafra assevera que:
194
MENDES, Clóvis. B.O. é desnecessário em casos não penais. Revista Consultor jurídico, São
Paulo, 07 fev. 2009. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2009-fev-07/boletim-ocorrencia-
desnecessario-casos-nao-penais>. Acesso em 17 out. 2015.
195
SABBÁ, Antonio Ailton Benone. Boletim de ocorrência não criminal. In: Delegado de Polícia
plantonista, Pará, 02 jun. 2011. Disponível em:
<http://delegadoplantonista.webnode.com.br/news/boletim%20de%20ocorr%C3%AAncia%20n%C3%
A3o%20criminal/>. Acesso em: 06 out. 2015.
196
VOLPI NETO, Angelo. Ata notarial de documentos eletrônicos. Jus Navigandi, Teresina, ano 8, n.
369, 11 jul. 2004. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/5431>. Acesso em: 18 out. 2015.
197
MENDES, Clóvis. B.O. é desnecessário em casos não penais. Revista Consultor jurídico, São
Paulo, 07 fev. 2009. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2009-fev-07/boletim-ocorrencia-
desnecessario-casos-nao-penais>. Acesso em 17 out. 2015.
198
MENDES, Clóvis. Boletim de ocorrência de preservação de direitos. Revista Jus Navigandi,
Teresina, ano 14, n. 2065, 25 fev. 2009. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/12379>. Acesso em:
18 out. 2015.
199
CRETELLA JR., José, Curso de Direito Administrativo, 17ª edição, Rio de Janeiro: Ed. Forense,
2000, pp. 290 a 294.
66
200
MAFRA., Francisco. Desvio de poder. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, VIII, n. 20, fev 2005.
Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=837>. Acesso em 25 out
2015.
201
MEZZOMO, Renato Ismael Ferreira. A objetivação da teoria do desvio de finalidade do ato
administrativo. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 20, n. 4323, 3 maio 2015. Disponível em:
<http://jus.com.br/artigos/32723>. Acesso em: 24 out. 2015.
202
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76
recursos (humanos e materiais) são escassos e, por conta disso, deveriam ser
dirigidos às investigações, a apurar a autoria criminal, buscar elementos de prova
que subsidiem o Ministério Público no curso da ação penal e auxiliar a Justiça
Criminal.230
Nesse diapasão, com o presente capítulo, percebe-se que o BO é um
documento das delegacias de polícia e que foi criado com a finalidade de formalizar
à autoridade policial a comunicação de alguma prática criminosa que tenha ocorrido,
No entanto, a PC/SC, por conta do item 37 do anexo IX da LC nº
453/2009, e por costumes, ou comodismo, tem suas dependências constantemente
frequentadas para lavratura de BO não criminais, mesmo com tribunais entendendo
que ele não possui eficácia probatória.231
Não obstante, nota-se que essa liberdade de BO atípicos fere os
princípios norteadores da Administração Pública, que visam o interesse da
coletividade, e em especial o princípio da eficiência, pois o cidadão acaba utilizando
todo um aparato estatal para interesses particulares, quando todo esse aparato
poderia estar sendo utilizado na investigação policial ou no auxílio à Justiça Criminal.
Ademais, o gráfico referente à quantidade de atendimentos na Delegacia
de Polícia da Comarca de Palhoça/SC, ratificou a ideia de que a PC deve realizar
suas funções apenas em compasso às suas atribuições, haja vista o desperdício de
recursos, humanos e materiais, em atendimento aos cidadãos, por situações que
deveriam ser enfrentadas e resolvidas pelos devidos órgãos competentes.
Dessa forma, exercendo suas funções e cumprindo com seus deveres,
sem precisar realizar atividades que não compitam a si, a PC se consolidará mais e
mais junto à sociedade, e com isso trará a população para junto de si.
Então, com a sociedade integrada à PC, esta terá seu trabalho facilitado,
da mesma forma que terá da coletividade um amigo no combate a criminalidade.232
230
SABBÁ, Antonio Ailton Benone. Boletim de ocorrência não criminal. In: Delegado de Polícia
plantonista, Pará, 02 jun. 2011. Disponível em:
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231
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