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A Importância da literatura Infantil

Mariane de Oliveira Santos,1


Hellen Barbosa da Cunha (Estudante IC)
Universidade Estadual de Goiás

Resumo: É uma característica de nossa sociedade enxergar a prática de leitura e de


escrita como algo penoso. Pois, estão acostumados a assistirem bastante televisão e
ter pouco contato com os livros. Pressupõe-se que este último comportamento
colabora para, formar cidadãos alienados e desinteressados pelos estudos. O hábito
de leitura e de escrita na vida dos alunos não deve ser forçado, obrigando,
traumatizando as crianças, no entanto, deve ser feito de forma natural e prazerosa.
Pois através desse hábito, formaremos cidadãos conscientes, críticos e capazes de
pensar em uma sociedade mais justa e que vise o interesse social, coletivo, não
individualistas. Pensando nessa formação de leitores é que nos interessamos pelo
tema literatura infantil.
Discutindo a importância da literatura nos primeiros anos de vida, e demonstrando a
importância de pais e de professores trabalharem juntamente para a formação de
leitores. Usaremos como autores principais Abramovich e Freire.
Palavras-chave: Literatura. Infantil. Importância. Criança. Leitora.

Introdução

Este projeto faz parte do estágio supervisionado do curso de pedagogia do


Campus Anápolis de CSEH da Universidade Estadual de Goiás, que através do
método pesquisa-ação investiga empiricamente a sala de aula.
Apresentando como expectativa motivacional realizar o plano de ação
como possibilidade de observar a realidade, vivenciando e analisando

1
[email protected]
a prática educacional e sua rotina, procurando compreender este
estágio como momento investigativo da prática pedagógica
(PIMENTA, 2003).
Primeiramente fizemos um diagnóstico por meio de observação da realidade
apresentada pelos alunos, para isso analisamos o Projeto Político Pedagógico do
CMEI Clarice Lispector, conhecemos a proposta da instituição, que é criar um
ambiente acolhedor e estimulador que promove o desenvolvimento integral de suas
crianças, favorecendo a cidadania, a inserção cultural, a construção de valores e
autonomia. Após a análise da realidade trabalhamos de forma co-participativa com a
professora do maternal I, com a gestora e administração da instituição.
Realizamos trabalhos de docência compartilhada, trabalhando juntamente com a
professora regente na turma maternal I.
A partir da realidade da turma maternal I pensamos o nosso projeto, levamos
histórias em fantoches, livros grandes e percebemos a empolgação e gosto que as
crianças têm pelos livros, por histórias e nos chamou a atenção a ausência de
estímulos para a leitura, por histórias, ouvimos várias vezes “Tia, conta uma história”.
E Abramovich (1997, p. 23) nos diz que “[...] o escutar pode ser o início da
aprendizagem para se tornar leitor”. Se as crianças tão pequenas tem esse interesse
tão grande pela leitura, o que leva essas crianças crescerem e não terem a prática de
ler e nem gostarem mais da leitura?
Os professores acabam desestimulando e não dando a devida importância
para leitura, ainda mais por se tratar de crianças tão pequenas, maternal. A partir
dessas reflexões pensamos em desenvolver um projeto de leitura com as crianças do
maternal.
Material e Métodos

Utilizamos como metodologia pesquisa-ação para o desenvolvimento do estágio,


estabelecendo a relação teoria e prática, como diz Barbier (2002,p.143), “ a teoria
decorre da avaliação permanente da ação e a teorização que nos faz pensar a prática
e avaliá-la.” Diante disso propomos desenvolver nosso projeto com base na
necessidade dos alunos, serão três meses de desenvolvimento do projeto, uma vez
por semana pela manhã na sala maternal I.
Para o início do projeto pegamos com a professora regente o plano semestral da
turma e procuramos adequar o projeto com o tema gerador de cada mês, estamos no
primeiro mês e o tema é Folclore Brasileiro. A partir do tema montamos nosso plano
de aula, confeccionamos Saci, Mula e o Curupira que são lendas do folclore brasileiro,
de E.V.A e contamos as lendas adaptadas para idade da turma.
Após a história entregamos os desenhos dos Três personagens para as crianças
colorirem, na outra semana levamos alguns livros das lendas dos mesmos
personagens que trabalhamos e fizemos uma rodinha de conversa relembrando as
lendas. Usaremos diferentes formas de trabalhar a leitura, incentivando e tentando
fazer com que as crianças tenham gosto pela leitura. Para Freire (1989) o Brasil foi
“inventado” de cima para baixo, autoritariamente. E, precisamos reinventá-lo em
outros termos, mudar a concepção que temos diante da questão da leitura.

Resultados e Discussão

Esperamos que nosso projeto possa interferir na vida dessas crianças, fazendo com
que tenham um pensamento diferente em relação a leitura, mas entendendo que essa
modificação não é tão simples, não é em seis meses, é necessário uma longa
caminhada de incentivo, todos os professores por onde o aluno passar precisam
entender a importância.

Considerações Finais

Precisamos de professores de Educação Infantil que visem à melhoria do ensino


brasileiro, entendendo a necessidade de formar leitores na infância .
Ler histórias para crianças, sempre, sempre... É poder sorrir, rir,
gargalhar com as situações vividas pelas personagens, com a
idéia do canto ou com o jeito de escrever dum autor e, então
poder ser um pouco cúmplice desse momento de humor, de
brincadeira, de divertimento [...] (ABRAMOVICH, p.17, 1997).

A literatura infantil é o principal conteúdo a ser trabalhado na Educação Infantil, é com


a literatura que iremos trabalhar a imaginação, a criatividade, viver o faz de conta,
fazer arte, explorar e instigar o interesse da criança. “A criança mistura-se com as
personagens de maneira muito mais íntima do que o adulto.” (Benjamin, 2002. p. 105).

Agradecimentos

Agradeço a Universidade Estadual de Goiás pela possibilidade de bolsa, pois incentiva o


desenvolvimento do projeto no estágio. Aos professores, em especial a orientadora do estágio, o
coordenador das bolsas, a Deus e familiares.

Referências

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: gostosuras e bobices. 4.ed. São Paulo:


Scipione, 1997.
BARBIER, R. A pesquisa-ação. Brasília: Plano, 2002.
BENJAMIN, Walter, (2002). Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação.
São Paulo: Duas Cidades, Editora 34.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São
Paulo: autores Associados: Cortez, 1989.
PIMENTA, S. G.; LIMA, M.S.L. Estágio e docência. São Paulo, Cortez, 2003.

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