Relatorio Bloco Termodinamica
Relatorio Bloco Termodinamica
Relatorio Bloco Termodinamica
Miguel Manfiolli
Bloco de Termodinâmica
2015
Sumá rio
1. Resumo..........................................................................................................................................1
2. Abstract..........................................................................................................................................1
3. Objetivo do Experimento...........................................................................................................2
4. Introdução Teórica.......................................................................................................................2
4.1. Dilatação térmica dos sólidos...........................................................................................2
4.2. Calorimetria...........................................................................................................................4
4.3. Expansão térmica dos gases – zero absoluto..............................................................8
5. Materiais e Métodos..................................................................................................................12
5.1 Materiais................................................................................................................................12
5.2 Metodologia..........................................................................................................................12
6. Resultados...................................................................................................................................15
6.1 Dilatação térmica dos sólidos..........................................................................................15
6.2 Calorimetria...........................................................................................................................16
6.3 Expansão térmica dos gases – zero absoluto..............................................................17
7. Conclusões..................................................................................................................................20
7.1 Dilatação térmica dos sólidos..........................................................................................20
7.2 Calorimetria.........................................................................................................................20
7.3 Expansão térmica dos gases – zero absoluto..............................................................20
8. Referências Bibliográficas.......................................................................................................21
Práticas experimentais de termodinâmica
1. Resumo
Este trabalho apresenta o estudo prático das relações existentes entre as
grandezas calor, temperatura, trabalho e energia através das observações de
experimentos realizados, em laboratório, e dos gráficos obtidos por meio dos
dados, para melhor compreender os resultados físicos da Termodinâmica.
A dilatação térmica dos sólidos baseia-se em estudar o comportamento de
metais (alumínio, cobre e latão) ao entrarem em contato com altas temperaturas e,
a partir do experimento, analisar a dilatação sofrida por esses materiais, determinar
o coeficiente de dilatação linear e então comparar com os dados obtidos na teoria.
A calorimetria relaciona os dados da teoria como Energia cinética das
moléculas e temperatura, mudança de estado, calor e a energia interna, leis da
Termodinâmica e troca de calor.
A Expansão Térmica dos gases (Zero absoluto) apresenta o estudo
experimental da temperatura de zero absoluto e o coeficiente de dilatação dos
gases ideais à volume constante. A partir dos dados coletados no experimento,
utilizar as ferramentas matemáticas, interpretar os resultados obtidos e confrontar
com a teoria, identificar possíveis erros e discutir os processos que permite a
análise destes erros experimentais.
2. Abstract
This paper presents the practical study of the relationship between the heat
quantities, temperature, work and energy through observations of experiments
conducted in the laboratory and graphics obtained through the data to better
understand the physical results of thermodynamics.
The thermal expansion of solids is based on studying the behavior of metals
(aluminum, copper and brass) on contact with high temperatures and from the
experiment, analyze the swelling suffered by these materials, determine the linear
coefficient of expansion and then compare the data obtained in theory.
1
The calorimetry data related theory as kinetic energy of molecules and
temperature, change of state, heat and internal energy, laws of thermodynamics
and heat exchange.
Thermal expansion of the gas (absolute zero) shows the experimental study
of absolute zero temperature and the expansion coefficient of the ideal gas at
constant volume. From the data collected in the experiment, using mathematical
tools, interpret the results and confront the theory, identify potential errors and
discuss the processes that allow the analysis of experimental errors.
3. Objetivo do Experimento
4. Introdução Teórica
Qualquer sistema físico, seja ele capaz ou não de trocar energia e matéria
com o ambiente, tenderá a atingir um estado de equilíbrio, que pode ser descrito
pela especificação de suas propriedades, como pressão, temperatura ou
composição química. Se as limitações externas são alteradas (por exemplo, se o
sistema passa a poder se expandir), então essas propriedades se modificam. A
termodinâmica tenta descrever matematicamente essas mudanças e prever as
condições de equilíbrio do sistema.
2
4.1. Dilatação térmica dos sólidos
Figura 1: Dilatômetro
Suponha que uma barra possua comprimento l 0, em uma dada temperatura t0.
Quando a temperatura varia Δt, o comprimento varia Δl. A experiência mostra que,
Δt não é muito grande (digamos, menor do que cerca de 100º C), Δl é diretamente
proporcional a Δt.
∆ l=α l 0 ∆ t (1)
3
Onde,
Δl é a variação do comprimento, ∆ l=l−l 0
Δt é a variação da temperatura, ∆ t=t−t 0
α é uma constante de proporcionalidade denominada de coeficiente médio de
dilatação linear, e a sua unidade são o °C -1. Cada material tem um coeficiente de
dilatação linear diferente, o do alumínio, por exemplo, é 2,4 x 10 -5 °C-1, do cobre é
1,8x10-5 °C-1.
∆l
α= (2)
l0 ∆ t
4.2. Calorimetria
Para melhor apresentar esta introdução teórica, dividimos em algumas partes para
o melhor entendimento.
4
Pode-se afirmar que:
Pode ser que seja utilizado para aumentar a temperatura de vapor. Ao se medir a
temperatura do vapor, entretanto, verifica-se que é a mesma água em ebulição.
dE = dQ (1)
5
Nota-se, portanto que a primeira Lei da Termodinâmica é um enunciado da Lei da
conservação da energia e pode-se escrevê-la como:
dE = dQ + dw (2)
O calor perdido por um corpo é igual ao calor ganho pelo outro, ou seja:
∆ Q p =∆ Q g (3)
Para sistemas isolados que não sofrem mudança de estado, pode-se escrever de
(2) e utilizando a Lei do intercâmbio Térmico:
∑ mi c i ∆ T (4)
1
Na maioria dos casos práticos, os intercâmbios térmicos são afetados pelas “fugas
de calor” para o meio ambiente.
6
calor para fazer duas xícaras em vez de uma, se a variação de temperatura for à
mesma. [1]
Assim,
Q=mc ∆ T (5)
dQ = m c dT (6)
∆Q
c= (7)
m∆T
Sendo que,
∆Q corresponde à quantidade de calor recebida pelo material,
∆T corresponde à variação de temperatura e,
m à massa da amostra.
7
4.2.6. Equivalente em água de um calorímetro
Temos:
meq =
( )
T q−T Final
m −mf
T Final −T f q
(8)
sendo,
meq: o equivalente em água do calorímetro;
Tq: temperatura da água quente;
Tf:temperatura da água fria;
TFinal: é a temperatura final da água.
Onde, mme, Cme e Tq se referem ao metal cujo calor específico quer se determinar.
8
Aumentando-se a temperatura de um gás contido em um recipiente, ele poderá
expandir de diversas maneiras, já que a pressão e o volume podem variar
simultaneamente. Evidentemente poderá haver apenas mudança de volume se
mantivermos a pressão constante, ou ele exercerá pressões diferentes se o volume
for mantido constante. Experimentalmente pode-se observar que a variação de
volume a pressão constante é praticamente proporcional ao volume inicial e á
variação de temperatura. Se a temperatura
Neste caso podemos observar que, para t = -273 ºC teremos pressão P, nula.
Denominamos essa situação de temperatura de zero absoluto e é menor
temperatura que se pode fisicamente alcançar.
9
Supondo duas variáveis representadas pelas coordenadas cartesianas (x,y), das
quais n pares de valores (x1,y1), (x2,y2), ..., (xn,yn) são determinados
experimentalmente. Supondo também que aos n pontos correspondentes deve-se
na teoria e de fato se ajustar uma reta:
y = ax + b (4)
Defronta-se neste caso com um problema geral que é como determinar a equação
(4) a partir de um conjunto de n dados experimentais já que estes estão sujeitos a
erros de medida. Existem dois métodos para resolver este problema: o Método da
“Mão Livre” e o Método dos Mínimos Quadrados.
O método da Mão Livre utiliza o bom senso do observador, já que ele mesmo terá
que ajustar a melhor reta a partir da observação visual do conjunto de pontos (x,y).
a=
( x 2−x 1)
y 2− y 1
(5)
b = y3 (6)
Onde y2, y1, x2, e x1 são pontos pertencentes à reta previamente escolhida e y 3
correspondente á leitura no gráfico onde a mesma intercepta o eixo y, “a” é o
coeficiente angular e “b” é o coeficiente linear.
10
A solução deste problema é dada pelo Método dos Mínimos Quadrados, onde os
valores de a e b são dados por:
N ∑ ( xi y i )−( ∑ x i)( ∑ y i)
a= (7)
N ( ∑ x i )−( ∑ x i)²
2
√
N
∆ a= ∆( y i ) (8)
N ( ∑ x 2i ) – ( ∑ x i )
2
❑
( ∑ x 2i) ( ∑ y i ) −N ( ∑ x i y i )( ∑ x i )
b= (9)
N ( ∑ x 2i ) ( ∑ x i )
2
√
2
(∑ x i )
∆ b= 2
∆( y i ) (10)
N ( ∑ x 2i ) – ( ∑ x i )
∆ ( y i )=
√ ∑ (a x i +b+ y i )2
N −2
(11)
Tabela 1: Exemplo 1
Xi (ºC)
Yi (cm Hg )
0,3 -196,0
1,04 0,0
1,10 25,0
1,15 50,0
1,40 98,0
11
são equivalentes, respectivamente, aos termos a e b da equação (4). Para facilitar
o cálculo de mínimos quadrados, tem-se a seguinte tabela de dados:
a = 0,00365 cm Hg / º C
b = 1,0148 cm Hg
Δ(yi) = 0,0258 cm Hg
Δa = 0,0001 cm Hg/ ºC
Δb = 0,0115 cm Hg
Deste modo tem-se, de acordo com as equações (2) e (4), a equação da pressão
em função da temperatura para um termômetro a gás a volume constante:
Pode-se agora, a partir da equação (12), determinar a temperatura para a qual P(t)
= 0, ou seja, a temperatura de zero absoluto:
12
−(1 , 01± 0 , 01)
P(t) = 0 → t = =−270 ±10 ℃
0,0037 ± 0,0001
5. Materiais e Métodos
5.1 Materiais
Foram utilizados
Relógio comparador
Termômetros
Tubo cilíndrico de metal a ser dilatado
Água
Suporte
Copo de metal
Fonte de calor
Dilatômetro
Balança
Metais
Calorímetro
Caldeira
Gelo
Termômetro a gás a volume constante
Régua
5.2 Metodologia
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Repetimos a experiência para os outros tubos cilíndricos metálicos, registrando
também a temperatura final e o comprimento de cada tubo cilíndrico na folha de
respostas, para que pudéssemos calcular os coeficientes médios de dilatação
linear de cada tubo cilíndrico: alumínio, cobre e latão, e compará-los
percentualmente com os valores tabelados.
5.2.2 Calorimetria
14
após colocar o metal dentro do calorímetro. Medimos novamente a massa do
calorímetro para que pudéssemos descontar as massas da água fria e do
calorímetro, e dessa forma, obter a massa do metal, para em seguida calcularmos
seu calor específico através dos dados obtidos.
6. Resultados
∆L = Lo.α. ∆T
α = 2,50x10-5
15
Temperatura ambiente t a ≅ 25 °C
Temperatura vapor d'água t=94 ° C
Comprimento inicial l 0=45 cm=0 , 45 m
Variação do comprimento ∆ l=0 ,50 mm=0,00050 m
∆L = Lo.α. ∆T
α = 1,54x10-5
∆L = Lo.α. ∆T
α = 1,79x10-5
6.2 Calorimetria
16
Equivalente em água
24 96 64 60 80
(meq)
meq =
( )
T q−T final
T final−T f
( mq−mf ) → meq = (
96−64
64−24 )
( 0,0800−0,060 )=0,0165° C /Kg
17
6.3 Expansão térmica dos gases – zero absoluto
18
A partir da equação ( 7) e (9) presente na teoria, calculamos a e b,
( ∑ y i )( ∑ x 2 )−∑ ( x i y i )( ∑ xi )
i 833 , 6×37717−43747 , 1×547
b= = =64 , 9326
N ( ∑ x 2 )( ∑ x i )
2 11×37717×299209
i cmHg
Δ ( y i )=
√ ∑ (ax i +b− y i )2 =√0 ,1232=0 ,3509
N−2 cmHg
√
N
Δa= Δ( yi )= √0,00009509 ×0 , 3509=0 , 0034
N ( ∑ x 2 )- ( ∑ x i )2
i cm Hg/°C
Δb=
√ ∑ xi 2
N ( ∑ x 2 )( ∑ x i )2
i
Δ ( y i )=√ 0,000000303×0 , 3509=0 , 00019
cmHg
−( 64,9326 ±0,00019)
P ( t ) =0 →t=
( 0,2181± 0,0034)
19
t5= -293,15 °C t8= -293,14 °C
t7= -297,71 °C
7. Conclusões
7.2 Calorimetria
Através dessa experiência foi possível determinar uma mediada
aproximada para o equivalente em água do calorímetro usado no
experimento e dos calores específicos de cada metal utilizado:
alumínio, ferro e latão.
Com essa prática, pôde-se verificar os calores específicos dos metais
e confrontá-los com a teoria da física.
20
7.3 Expansão termina dos gases – zero absoluto
Com essa prática foi possível calcular a temperatura de zero absoluto
através da aplicação do método dos mínimos quadrados, obtendo
pequenos erros que podem ser justificados pelas aproximações
realizadas durante as medições e os cálculos e também a variação de
temperatura do ambiente onde o experimento foi realizado.
8 Referências Bibliográficas
21