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Relatorio Bloco Termodinamica

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LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

Mayra Rafaela de Carvalho

Miguel Manfiolli

Relatório de física experimental:

Bloco de Termodinâmica

São Jose do Rio Preto - SP

2015
Sumá rio
1. Resumo..........................................................................................................................................1
2. Abstract..........................................................................................................................................1
3. Objetivo do Experimento...........................................................................................................2
4. Introdução Teórica.......................................................................................................................2
4.1. Dilatação térmica dos sólidos...........................................................................................2
4.2. Calorimetria...........................................................................................................................4
4.3. Expansão térmica dos gases – zero absoluto..............................................................8
5. Materiais e Métodos..................................................................................................................12
5.1 Materiais................................................................................................................................12
5.2 Metodologia..........................................................................................................................12
6. Resultados...................................................................................................................................15
6.1 Dilatação térmica dos sólidos..........................................................................................15
6.2 Calorimetria...........................................................................................................................16
6.3 Expansão térmica dos gases – zero absoluto..............................................................17
7. Conclusões..................................................................................................................................20
7.1 Dilatação térmica dos sólidos..........................................................................................20
7.2 Calorimetria.........................................................................................................................20
7.3 Expansão térmica dos gases – zero absoluto..............................................................20
8. Referências Bibliográficas.......................................................................................................21
Práticas experimentais de termodinâmica

1. Resumo
Este trabalho apresenta o estudo prático das relações existentes entre as
grandezas calor, temperatura, trabalho e energia através das observações de
experimentos realizados, em laboratório, e dos gráficos obtidos por meio dos
dados, para melhor compreender os resultados físicos da Termodinâmica.
A dilatação térmica dos sólidos baseia-se em estudar o comportamento de
metais (alumínio, cobre e latão) ao entrarem em contato com altas temperaturas e,
a partir do experimento, analisar a dilatação sofrida por esses materiais, determinar
o coeficiente de dilatação linear e então comparar com os dados obtidos na teoria.
A calorimetria relaciona os dados da teoria como Energia cinética das
moléculas e temperatura, mudança de estado, calor e a energia interna, leis da
Termodinâmica e troca de calor.
A Expansão Térmica dos gases (Zero absoluto) apresenta o estudo
experimental da temperatura de zero absoluto e o coeficiente de dilatação dos
gases ideais à volume constante. A partir dos dados coletados no experimento,
utilizar as ferramentas matemáticas, interpretar os resultados obtidos e confrontar
com a teoria, identificar possíveis erros e discutir os processos que permite a
análise destes erros experimentais.

2. Abstract
This paper presents the practical study of the relationship between the heat
quantities, temperature, work and energy through observations of experiments
conducted in the laboratory and graphics obtained through the data to better
understand the physical results of thermodynamics.
The thermal expansion of solids is based on studying the behavior of metals
(aluminum, copper and brass) on contact with high temperatures and from the
experiment, analyze the swelling suffered by these materials, determine the linear
coefficient of expansion and then compare the data obtained in theory.

1
The calorimetry data related theory as kinetic energy of molecules and
temperature, change of state, heat and internal energy, laws of thermodynamics
and heat exchange.
Thermal expansion of the gas (absolute zero) shows the experimental study
of absolute zero temperature and the expansion coefficient of the ideal gas at
constant volume. From the data collected in the experiment, using mathematical
tools, interpret the results and confront the theory, identify potential errors and
discuss the processes that allow the analysis of experimental errors.

3. Objetivo do Experimento

Estas experiências têm por objetivo a determinação do coeficiente de


dilatação linear de metais, determinação do equivalente em água de um
calorímetro e calores específicos de metais e determinar a temperatura de zero
absoluto.

4. Introdução Teórica

A termodinâmica é o ramo da física que estuda as relações entre calor,


temperatura, trabalho e energia. Abrange o comportamento geral dos sistemas
físicos em condições de equilíbrio ou próximas dele.

Qualquer sistema físico, seja ele capaz ou não de trocar energia e matéria
com o ambiente, tenderá a atingir um estado de equilíbrio, que pode ser descrito
pela especificação de suas propriedades, como pressão, temperatura ou
composição química. Se as limitações externas são alteradas (por exemplo, se o
sistema passa a poder se expandir), então essas propriedades se modificam. A
termodinâmica tenta descrever matematicamente essas mudanças e prever as
condições de equilíbrio do sistema.

Dividimos o experimento em três partes: I - Dilatação térmica dos sólidos, II


- Calorimetria e III – Expansão térmica dos gases – zero absoluto.

2
4.1. Dilatação térmica dos sólidos

A maioria dos materiais sofre expansão ou dilatação térmica quando aquecidos¹.


Entretanto, se temos materiais de substâncias diferentes, não é possível distingui-
los pela simples medida da sua dilatação. Para que a dilatação funcione como
propriedade característica, será necessário observar a dilatação de barras de
mesmo comprimento, entre duas temperaturas conhecidas.

A dilatação dos sólidos, quando aquecidos, é muito pequena de sorte que os


sentidos humanos são insuficientes para observá-la. Por isso, recorre-se a
aparelhos bastante sensíveis que permitam ampliar o efeito térmico até que possa
ser observado. O aparelho a ser utilizado, (ver figura 1), permite medir a dilatação
linear de tubos cilíndricos.

Figura 1: Dilatômetro

Suponha que uma barra possua comprimento l 0, em uma dada temperatura t0.
Quando a temperatura varia Δt, o comprimento varia Δl. A experiência mostra que,
Δt não é muito grande (digamos, menor do que cerca de 100º C), Δl é diretamente
proporcional a Δt.

Introduzindo uma constante de proporcionalidade (que não é a mesma para todos


os materiais), pode-se expressar essa dependência mediante a equação:

∆ l=α l 0 ∆ t (1)

3
Onde,
Δl é a variação do comprimento, ∆ l=l−l 0
Δt é a variação da temperatura, ∆ t=t−t 0
α é uma constante de proporcionalidade denominada de coeficiente médio de
dilatação linear, e a sua unidade são o °C -1. Cada material tem um coeficiente de
dilatação linear diferente, o do alumínio, por exemplo, é 2,4 x 10 -5 °C-1, do cobre é
1,8x10-5 °C-1.

Da equação (1) temos :

∆l
α= (2)
l0 ∆ t

Se o comprimento de um corpo a uma temperatura t 0 é l0, então o seu comprimento


l a uma temperatura t= t0 + Δt é [1]:

l=l 0 + ∆ t=α l 0 ∆ t=l 0 (1+α ∆ t) (3)

A constante α , que descreve as propriedades de expansão térmica de um dado


material, denomina-se coeficiente de dilatação linear. As unidades de α são K-1 ou
(ºC)-1 .

4.2. Calorimetria

Para melhor apresentar esta introdução teórica, dividimos em algumas partes para
o melhor entendimento.

4.2.1. Energia cinética das moléculas e temperatura

Quando uma substância é aquecida, a energia recebida em forma de calor é


utilizada para aumentar a energia cinética de suas moléculas. A temperatura é uma
medida da energia cinética dessas moléculas. Entretanto, nem todas as moléculas
possuem a mesma energia cinética, isto é, há uma distribuição de velocidade,
deve-se utilizar o conceito de energia cinética média.

4
Pode-se afirmar que:

“Se dois corpos estão à mesma temperatura, as suas moléculas possuem a


mesma energia cinética média”.

4.2.2. Mudança de estado

Quando se fornece uma quantidade de calor a uma massa de água, observa-se


que a temperatura se eleva. Entretanto quando a água começa a ebulir, a
temperatura permanece constante, ainda que o fluxo de calor (energia) seja
mantido.

Então, o que acontece com o calor?

Pode ser que seja utilizado para aumentar a temperatura de vapor. Ao se medir a
temperatura do vapor, entretanto, verifica-se que é a mesma água em ebulição.

Ao aquecermos a água até chegar a ponto de ebulição as moléculas se movem


cada vez mais rapidamente (aumentando a temperatura), porém encontram-se
muito juntas unidas por atração mútua. Para que a água se converta em vapor, ela
deve receber energia suficiente para separar as moléculas. A energia é então
armazenada como energia potencial. Quando o vapor se condensa a energia é
liberada para o meio.

4.2.3. Calor e energia interna

Se um sistema não realiza e nem recebe trabalho, a variação da sua quantidade de


calor é igual a sua energia interna:

dE = dQ (1)

O fornecimento de calor a esse sistema pode provocar um aumento da temperatura


(aumento da energia cinética das moléculas) ou provocar uma mudança de estado
à temperatura constante (aumento da energia potencial das moléculas). Ambos os
processos incrementam a energia total do sistema, o que deixa claro a diferença
conceitua entre temperatura e energia interna.

5
Nota-se, portanto que a primeira Lei da Termodinâmica é um enunciado da Lei da
conservação da energia e pode-se escrevê-la como:

dE = dQ + dw (2)

onde, dw é o trabalho infinitesimal.

4.2.4. Troca de calor – Calorímetro

Em um intercâmbio térmico, de um sistema isolado, o calor nunca se cria nem se


destrói, portanto, sempre que o calor é transferido de um ou mais corpos quentes a
um ou mais corpos frios, a quantidade perdida de calor pelos materiais quentes é
igual o ganho pelos materiais frios. Esse fato é denominado como Lei de
Intercâmbio Térmico:

O calor perdido por um corpo é igual ao calor ganho pelo outro, ou seja:

∆ Q p =∆ Q g (3)

Para sistemas isolados que não sofrem mudança de estado, pode-se escrever de
(2) e utilizando a Lei do intercâmbio Térmico:

∑ mi c i ∆ T (4)
1

Na maioria dos casos práticos, os intercâmbios térmicos são afetados pelas “fugas
de calor” para o meio ambiente.

4.2.5. Calor específico

Usamos o símbolo Q para a quantidade de calor. Quando associada a uma


variação infinitesimal de temperatura dT, chama-se essa quantidade de dQ.
Verifica-se que a quantidade de calor Q necessária para elevar a temperatura da
massa m de um material de T1 até T2 é aproximadamente proporcional à variação
de temperatura ∆T = T2-T1. Ela também é proporcional à massa m do material.
Quando você aquece água para fazer um chá, precisa do dobro da quantidade de

6
calor para fazer duas xícaras em vez de uma, se a variação de temperatura for à
mesma. [1]

Assim,

Q=mc ∆ T (5)

Onde a grandeza c, que possui valores diferentes para cada material, é


denominada calor específico (ou também chamada de capacidade calorífica
específica) do material. Para uma variação infinitesimal de temperatura dT e uma
correspondente quantidade de calor dQ temos:

dQ = m c dT (6)

Da equação (5) temos que:

∆Q
c= (7)
m∆T

Sendo que,
∆Q corresponde à quantidade de calor recebida pelo material,
∆T corresponde à variação de temperatura e,
m à massa da amostra.

Segundo Young e Freedman (2008, p. 193), segue o calor específico de algumas


substâncias:

Tabela A: Calor específico e calor específico molar (pressão constante)

Calor específico, c Calor específico molar,


Substância
(J/kg K) C (J/mol .K)
Alumínio 910 24,6
Cobre 390 24,8
Ferro 470 26,3
Chumbo 130 26,9
Sal 879 51,4
Latão 385 -

7
4.2.6. Equivalente em água de um calorímetro

A melhor superfície de contato entre dois corpos é a interface sólido-líquido. Por


esta razão a água é usada como corpo de referência na maioria das experiências
de calorimetria.

Temos:

meq =
( )
T q−T Final
m −mf
T Final −T f q
(8)

sendo,
meq: o equivalente em água do calorímetro;
Tq: temperatura da água quente;
Tf:temperatura da água fria;
TFinal: é a temperatura final da água.

É conveniente determinar a massa da água quente fazendo a diferença:

Mquente = MTotal – MFria (9)

O calor específicos pode ser obtido através da expressão:

Mf Cf (Te-Tf) + meq (Te-Tf) = mme Cme (Tq-Te) (10)

Onde, mme, Cme e Tq se referem ao metal cujo calor específico quer se determinar.

4.3. Expansão térmica dos gases – zero absoluto

8
Aumentando-se a temperatura de um gás contido em um recipiente, ele poderá
expandir de diversas maneiras, já que a pressão e o volume podem variar
simultaneamente. Evidentemente poderá haver apenas mudança de volume se
mantivermos a pressão constante, ou ele exercerá pressões diferentes se o volume
for mantido constante. Experimentalmente pode-se observar que a variação de
volume a pressão constante é praticamente proporcional ao volume inicial e á
variação de temperatura. Se a temperatura

inicial do gás é 0ºC e se o volume inicial é Vo , o volume V(t) a temperatura t(ºC)


será dado por :

V(t) = V0(βt + 1) (1)

Onde β neste caso é o coeficiente de dilatação do gás a pressão constante. O valor


de β é 0,00366 (°C)-1, ou seja, 1 / 273 (°C) -1, e pode ser considerada como o
coeficiente de dilatação dos gases ideais a pressão constante.

Aumentando-se a temperatura do gás mantido a volume constante, sua pressão


deverá variar linearmente com a temperatura. Se a temperatura inicial do gás é 0°C
e a sua pressão inicial é P0, a pressão P(t) a temperatura t(ºC) será dada por:

P(t) = P0(βt + 1) = P0βt +P0 (2)

Onde também representa-se por β neste caso como sendo o coeficiente de


dilatação a volume constante. Isso porque os coeficientes de dilatação são
idênticos para o gás ideal, enquanto que para os casos reais ambos os coeficientes
são muito próximos a 1/ 273 (º C)-1.

Substituindo o valor de β na equação (1) tem-se:

P(t) = P0(1+1/273) (3)

Neste caso podemos observar que, para t = -273 ºC teremos pressão P, nula.
Denominamos essa situação de temperatura de zero absoluto e é menor
temperatura que se pode fisicamente alcançar.

9
Supondo duas variáveis representadas pelas coordenadas cartesianas (x,y), das
quais n pares de valores (x1,y1), (x2,y2), ..., (xn,yn) são determinados
experimentalmente. Supondo também que aos n pontos correspondentes deve-se
na teoria e de fato se ajustar uma reta:

y = ax + b (4)

Defronta-se neste caso com um problema geral que é como determinar a equação
(4) a partir de um conjunto de n dados experimentais já que estes estão sujeitos a
erros de medida. Existem dois métodos para resolver este problema: o Método da
“Mão Livre” e o Método dos Mínimos Quadrados.

Ambos tratam de adaptar ao conjunto de pontos obtidos experimentalmente, a reta


que mais se aproxime de todos eles.

O método da Mão Livre utiliza o bom senso do observador, já que ele mesmo terá
que ajustar a melhor reta a partir da observação visual do conjunto de pontos (x,y).

Ajustada a melhor reta no gráfico, pode-se então determinar os valores das


constantes a e b com o seguinte procedimento :

a=
( x 2−x 1)
y 2− y 1
(5)

b = y3 (6)

Onde y2, y1, x2, e x1 são pontos pertencentes à reta previamente escolhida e y 3
correspondente á leitura no gráfico onde a mesma intercepta o eixo y, “a” é o
coeficiente angular e “b” é o coeficiente linear.

Este procedimento tem a desvantagem de observadores distintos obterem retas


com coeficientes angulares e lineares distintos, já que a escolha é subjetiva. Para
evitar o critério individual na determinação das retas, torna-se necessário
encontrar-se matematicamente a “melhor reta ajustada”.

10
A solução deste problema é dada pelo Método dos Mínimos Quadrados, onde os
valores de a e b são dados por:

N ∑ ( xi y i )−( ∑ x i)( ∑ y i)
a= (7)
N ( ∑ x i )−( ∑ x i)²
2


N
∆ a= ∆( y i ) (8)
N ( ∑ x 2i ) – ( ∑ x i )
2


( ∑ x 2i) ( ∑ y i ) −N ( ∑ x i y i )( ∑ x i )
b= (9)
N ( ∑ x 2i ) ( ∑ x i )
2


2
(∑ x i )
∆ b= 2
∆( y i ) (10)
N ( ∑ x 2i ) – ( ∑ x i )

∆ ( y i )=
√ ∑ (a x i +b+ y i )2
N −2
(11)

Tomemos como exemplo a medida da pressão P (yi em cm Hg), em função da


temperatura t (xi em ºC) em um termômetro.

Tabela 1: Exemplo 1

Xi (ºC)
Yi (cm Hg )
0,3 -196,0

1,04 0,0

1,10 25,0

1,15 50,0

1,40 98,0

Teoricamente sabe-se que a pressão P, em função de temperatura t, a volume


constante é dada pela equação (2). Como se trata de uma reta pode-se utilizar o
método dos mínimos quadrados para determinar as constantes (P 0β) e P0, as quais

11
são equivalentes, respectivamente, aos termos a e b da equação (4). Para facilitar
o cálculo de mínimos quadrados, tem-se a seguinte tabela de dados:

Tabela 2: Dados do exemplo 1

yi xi xi² xiyi axi+ b –yi (axi+ b -yi)²


cm Hg ºC ºC² cm HgºC cm Hg (cm Hg)²
0,3 -196,0 38416 -58,80 0,000 0,000
1,04 0,0 0 0,00 -0,025 0,000
1,10 25,0 625 27,50 0,006 0,000
1,15 50,0 2500 57,50 0,047 0,002
1,40 98,0 9604 137,20 -0,027 0,000
4,99 -23 51145 163,40 ---- 0,002
---- 529 ---- ---- ---- ----

Agora determinam-se os parâmetros a e b a partir das equações (7) e (9) das


primeiras colunas da segunda tabela de dados

a = 0,00365 cm Hg / º C
b = 1,0148 cm Hg

Conhecidos a e b pode-se determinar seus respectivos erros a partir das equações


(8), (10) e (11) e da tabela 2:

Δ(yi) = 0,0258 cm Hg
Δa = 0,0001 cm Hg/ ºC
Δb = 0,0115 cm Hg

Deste modo tem-se, de acordo com as equações (2) e (4), a equação da pressão
em função da temperatura para um termômetro a gás a volume constante:

P(t) = (0,0037 ± 0,0001)t + (1,01 ± 0,01) = P0βt + P0 (12)

Onde, P é dado em cmHg e t em ºC.

Pode-se agora, a partir da equação (12), determinar a temperatura para a qual P(t)
= 0, ou seja, a temperatura de zero absoluto:

12
−(1 , 01± 0 , 01)
P(t) = 0 → t = =−270 ±10 ℃
0,0037 ± 0,0001

5. Materiais e Métodos

5.1 Materiais
Foram utilizados

 Relógio comparador
 Termômetros
 Tubo cilíndrico de metal a ser dilatado
 Água
 Suporte
 Copo de metal
 Fonte de calor
 Dilatômetro
 Balança
 Metais
 Calorímetro
 Caldeira
 Gelo
 Termômetro a gás a volume constante
 Régua

5.2 Metodologia

5.2.1 Dilatação térmica dos sólidos

Realizamos o experimento com três materiais diferentes: Alumínio, Cobre e Latão.

Determinamos primeiramente a temperatura ambiente e a anotamos na folha de


respostas. Colocamos o tubo cilíndrico do metal escolhido no Dilatômetro. Ligamos
a extremidade do tubo cilíndrico á caldeira, usando uma mangueira. Em seguida
ligamos o fogareiro elétrico e o colocamos em posição para ferver a água contida
na caldeira. Medimos ∆l do tubo cilíndrico metálico diretamente no relógio
comparador.

13
Repetimos a experiência para os outros tubos cilíndricos metálicos, registrando
também a temperatura final e o comprimento de cada tubo cilíndrico na folha de
respostas, para que pudéssemos calcular os coeficientes médios de dilatação
linear de cada tubo cilíndrico: alumínio, cobre e latão, e compará-los
percentualmente com os valores tabelados.

Tabela A: Coeficientes de dilatação linear


Substância Coeficiente α, 10-5 ºC-1
Alumínio 2,4
Cobre 1,8
Latão 1,7

5.2.2 Calorimetria

5.2.2.1 Primeiro Experimento: “Determinação do equivalente em


água do calorímetro”

Inicialmente colocamos água na caldeira para que pudéssemos esquentá-la


através da fonte de calor. Pegamos 80,6g de água quente e misturamos à 66,5g de
água fria que já estavam dentro do calorímetro, determinando as temperaturas da
água fria, da água quente e da final de

equilíbrio, para que pudéssemos, a partir desses dados calcular o equivalente em


água do calorímetro.

5.2.2.2 Segundo Experimento: “Obtenção do calor específico de


metais”

Primeiramente determinamos a massa de cada metal que seria utilizado na


experiência. Em seguida, colocamos água para esquentar na caldeira juntamente
com o metal escolhido, sendo este, alumínio na primeira experiência, ferro na
segunda experiência e latão na terceira. No calorímetro colocamos água fria e
determinamos sua massa, subtraindo a massa já obtida do calorímetro.

Determinamos a temperatura da água quente em que o metal estava contido na


caldeira, a da água fria do calorímetro e também a temperatura de equilíbrio obtida

14
após colocar o metal dentro do calorímetro. Medimos novamente a massa do
calorímetro para que pudéssemos descontar as massas da água fria e do
calorímetro, e dessa forma, obter a massa do metal, para em seguida calcularmos
seu calor específico através dos dados obtidos.

5.2.3 Expansão térmica dos gases – zero absoluto

Utilizando o termômetro a gás a volume constante, medimos as alturas do mercúrio


que variavam com o aumento da temperatura, para que pudéssemos determinar o
valor da pressão nessas diferentes temperaturas, construindo-se o gráfico e
determinando através do método dos mínimos quadrados a temperatura do zero
absoluto e o coeficiente de dilatação dos gases ideais à volume constante.

6. Resultados

6.1 Dilatação térmica dos sólidos

Abaixo segue os resultados com os dados de cada material utilizado no


experimento (alumínio, cobre e latão).

Tabela 1: Dados referentes ao alumínio


Grandeza Medida
Temperatura ambiente t a ≅ 25 °C
Temperatura vapor d'água t=87 ° C
Comprimento inicial l 0=45 cm=0 , 45 m
Variação do comprimento ∆ l=0 ,70 mm=0,00070 m

∆L = Lo.α. ∆T
α = 2,50x10-5

Tabela 2: Dados referentes ao cobre


Grandeza Medida

15
Temperatura ambiente t a ≅ 25 °C
Temperatura vapor d'água t=94 ° C
Comprimento inicial l 0=45 cm=0 , 45 m
Variação do comprimento ∆ l=0 ,50 mm=0,00050 m

∆L = Lo.α. ∆T
α = 1,54x10-5

Tabela 3: Dados referentes ao latão


Grandeza Medida
Temperatura ambiente t a ≅ 24 °C
Temperatura vapor d'água t=97 ° C
Comprimento inicial l 0=45 cm=0 , 45 m
Variação do comprimento ∆ l=0 ,59 mm=0,00059 m

∆L = Lo.α. ∆T
α = 1,79x10-5

Tabela 4: Coeficiente encontrado


Material Coeficiente α 10-5 ° C-1 Coeficiente encontrado α 10-5 ° C-1

Alumínio 2,4 2,5089


Cobre 1,8 1,5432
Latão 1,7 1,7960

6.2 Calorimetria

Tabela 1: Equivalência em água


Experiência Tfria (ºC) Tquente (ºC) TEquilíbrio (ºC) mf (g) mq (g)

16
Equivalente em água
24 96 64 60 80
(meq)

Tabela 2: Calor específico dos metais


Experiência Tfria (ºC) Tquente (ºC) TEquilíbrio (ºC) mf (g) mme (g) Cme (J/Kg°C)

Alumínio 24 99 35 102 50 154 , 6

Ferro 24 99 34 102 100 69,305

Latão 24 99 37 102 134,4 70,412

Pela equação (8) presente na teoria e utilizando os resultados da Tabela 1,


calculamos a massa equivalente em água, segue:

meq =
( )
T q−T final
T final−T f
( mq−mf ) → meq = (
96−64
64−24 )
( 0,0800−0,060 )=0,0165° C /Kg

Para o cálculo do calor específico de cada metal estudado (alumínio, ferro e


latão), é preciso basear nos dados da Tabela 2 e na equação (10), presente na
teoria fazendo as conversões necessárias, encontramos:

 Calor especifico do Alumínio:

mf C f ( T e −T f ) +meq ( T e −T f ) 0,102 ×0,2794 × ( 1


m f C f ( T e −T f ) +m eq ( T e −T f ) =m me C me ( T q−T e ) → C me= =
mme ( T q −T e ) 0 , 05(99

 Calor específico do ferro:

m f C f ( T e −T f ) + meq ( T e −T f ) 0,102 × 0,2794 ( 34−24 ) + 0,0165(34−24) KJ


C me = = =0,06930 =69,30
mme ( T q −T e ) 0,100(99−34) Kg° C

 Calor específico do latão:

m f C f ( T e −T f ) + meq ( T e −T f ) 0,102 × 0,2794 ( 37−24 ) +0,0165 (37−24 ) KJ


C me = = =0,070412 =70,4
mme ( T q −T e ) 0,134 (99−37) Kg ° C
.

17
6.3 Expansão térmica dos gases – zero absoluto

A partir dos procedimentos, segue a seguinte tabela:

Tabela 1: Dados do experimento


yi xi Xi² xiyi axi+b-yi (axi+b-yi)²
Cm Hg °C °C² Cm Hg°C Cm Hg (cm Hg) ²
65,1 1 1 65,1 0,0507 0,0025
66,5 10 100 665 0,6136 0,3765
69,8 20 400 1396 -0,5054 0,2554
71,5 30 900 2145 -0,0244 0,0005
74 40 1600 2960 -0,3434 0,1179
75,8 50 2500 3790 0,0376 0,0014
78,2 60 3600 4692 -0,1814 0,0329
80,2 70 4900 5614 -0,0004 0,00000016
82,2 80 6400 6576 -0,1806 0.0326
84,1 90 8100 7569 -0,4616 0,2130
86,2 96 9216 8275 -0,3298 0,1087
∑: 833,6 ∑:547 ∑:37717 ∑:43747,1 ... ∑:1,1088
... ∑²:299209 ... ... ... ...

Com base na Tabela 1, o gráfico Temperatura versus Pressão:

18
A partir da equação ( 7) e (9) presente na teoria, calculamos a e b,

N ∑ ( x i y i )−( ∑ x i )( ∑ y i ) ( 11×43747 , 1)−( 547×833 , 6)


a= = =0 , 2181
N ∑ ( x 2 )−( ∑ x i )2 11×37717−299209
i cm Hg/°C

( ∑ y i )( ∑ x 2 )−∑ ( x i y i )( ∑ xi )
i 833 , 6×37717−43747 , 1×547
b= = =64 , 9326
N ( ∑ x 2 )( ∑ x i )
2 11×37717×299209
i cmHg

Conhecidos a e b, pode-se agora determinar os respectivos erros a partir


das equações (11), (8) e (10) e da Tabela 1.

Δ ( y i )=
√ ∑ (ax i +b− y i )2 =√0 ,1232=0 ,3509
N−2 cmHg


N
Δa= Δ( yi )= √0,00009509 ×0 , 3509=0 , 0034
N ( ∑ x 2 )- ( ∑ x i )2
i cm Hg/°C

Δb=
√ ∑ xi 2
N ( ∑ x 2 )( ∑ x i )2
i
Δ ( y i )=√ 0,000000303×0 , 3509=0 , 00019
cmHg

Assim, teremos de acordo com as equações (2) e (4) a equação da pressão


em função da temperatura para um termômetro a gás a volume constante:

P (t) = (0,2181 ±0,0034)t + (64,9326±0,00019) = Poβt +Po ;

P(t) é dado em cmHg e t em °C.

A partir da equação 12, determinaremos a temperatura para P(t)=0, ou seja,


a temperatura de zero absoluto:

−( 64,9326 ±0,00019)
P ( t ) =0 →t=
( 0,2181± 0,0034)

Temos nove possibilidades para t :

t1= -297,71 °C t3= -302,43 °C

t2= -293,14 °C t4= -297,72 °C

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t5= -293,15 °C t8= -293,14 °C

t6= -302,43 °C t9= -302,43 °C

t7= -297,71 °C

Deste modo, tomando a mediana das temperaturas e analisando o maior


intervalo de diferença entre elas, temos:

t= -297,71 ±5 como sendo o zero absoluto obtido no experimento.

7. Conclusões

7.1 Dilatação térmica dos sólidos

Conclui-se que a dilatação térmica pode, então, ocorrer quando


temos um aumento no volume de um corpo que sofre variação na sua
temperatura ou, quando temos uma diminuição no volume de um
corpo também ocorrida por ter sido submetido a uma variação de
temperatura. Nos corpos sólidos a dilatação ocorre em todas as
direções, mas, esta dilatação pode ser predominante em apenas uma
direção ou em duas. Sendo assim a dilatação térmica dos sólidos
pode ser divida em:

I. Dilatação térmica linear: quando a dilatação é predominante


em uma direção.

II. Dilatação térmica superficial: quando a dilatação é


predominante em duas direções.

III. Dilatação térmica volumétrica: quando a dilatação ocorre em


três direções.

Concluímos que os erros na obtenção do valor real dos coeficientes


foram pequenos, pois os valores obtidos em laboratório foram bem
próximos.

7.2 Calorimetria
Através dessa experiência foi possível determinar uma mediada
aproximada para o equivalente em água do calorímetro usado no
experimento e dos calores específicos de cada metal utilizado:
alumínio, ferro e latão.
Com essa prática, pôde-se verificar os calores específicos dos metais
e confrontá-los com a teoria da física.

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7.3 Expansão termina dos gases – zero absoluto
Com essa prática foi possível calcular a temperatura de zero absoluto
através da aplicação do método dos mínimos quadrados, obtendo
pequenos erros que podem ser justificados pelas aproximações
realizadas durante as medições e os cálculos e também a variação de
temperatura do ambiente onde o experimento foi realizado.

8 Referências Bibliográficas

[1] YOUNG, H. D; FREEDMAN, R. A. Sears e Zemansky Física II: Termodinâmica


e ondas, vol. 2, 12ª ed. São Paulo: Addilson Wesley, 2008.

[2] SPIGEL,M. R. Probabilidade e Estatística, São Paulo: McGraw-Hill do Brasil,


1978.

[3] TIPLER, P.A. Física: Mecânica, Oscilações Ondas e Termodinâmica, Vol. 1, 4ª


ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000

[4] MARTINS, P. C. Física: conceitos e aplicações/PENTEADO, Vol. 2, 1ª Ed. São


Paulo: Moderna, 1998.

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