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Outro problema os estudos dos chamados “grupo de risco”: que em sua maior parte, se
constróem a partir de uma seleção de condições ou propriedades atribuídas como inerentes a
ditos "grupos" ou "comportamentos", tais como os estudos de "homossexuais", "prostitutas"
ou "drogadictos". Utilizam senso comum nos discursos médicos: como põe em evidência o
peso que tem um termo como "promiscuidade" para descrever e explicar práticas sociais
desses grupos. As correntes críticas da epidemiologia, centram em um mundo econômico e
político nos processos de saúde e não pegam a dimensão social e nem uma contextualização
dos processos das práticas dos sujeitos e grupos sociais.
É necessário priorizar uma política que aborde os processos de saúde-enfermidade a partir das
relações de poder que constituem um campo social, heterogêneo, fragmentário e
conflitivo.(Ou seja com a antropologia junto) Uma perspectiva que inclua o problema do
gênero, dos grupos étnicos, das categorias de idade, como os jovens e os aposentados
SOBRE O HIV
As políticas públicas relacionadas ao HIV/Aids no Brasil tiveram seu auge na década de 90 e
apresentaram mobilização de diversas parcelas da sociedade, ONGs (Organizações Não
Governamentais) e até mesmo de instituições religiosas, como pela Igreja Católica. Esse foi o
pontapé inicial para que diversas outras ações fossem realizadas e que fazem do Brasil ainda
hoje uma referência no tratamento do HIV/Aids. Desde 2013 há o fornecimento gratuito, via
SUS (Sistema Único de Saúde), da terapia antirretroviral (Tarv – conhecido popularmente como
“coquetel”).
Acreditava-se que a infecção pelo HIV estaria restrita aos chamados “grupos de
risco”representados por homossexuais, profissionais do sexo e dependentes químicos. Porém,
trouxe muitos preconceitos até hoje para nossa sociedade que devem ser combatidos.
Os casos vem aumentando no Brasil.
Termo “vulnerabilidade” que é uma pessoa mais suscetível a se infectar por alguma condição.
Reforça-se que essas ações não são mais aplicadas a um grupo ou parcela da população, uma
vez que a vulnerabilidade acaba atingindo, em diferentes níveis, todas as parcelas da
população.
Atualmente, verifica-se um aumento na importância da atenção primária, desempenhando um
importante papel no que concerne à prevenção, educação, diagnóstico e, bem mais
recentemente, o tratamento ao indivíduo com HIV.
Outra importante contribuição que o SUS oferece atualmente está relacionada com um novo
método de prevenção à infecção pelo HIV chamado Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). O PrEP
consiste no uso preventivo de medicamentos antirretrovirais antes da exposição sexual ao
vírus, a fim de se prevenir a infecção pelo HIV e promover uma vida sexual mais saudável. eve-
se reforçar que sua indicação não é para todos, e sim para populações já tidas como
“vulneráveis” (como gays e homens que fazem sexo com homens, travestis e transexuais,
profissionais do sexo e casais sorodiferentes).
O atual cenário político apresenta uma estrutura mais conservacionista que acaba atribuindo
diversos temas como uma “questão familiar”. Porém, a educação sexual não deve ser limitada
às famílias, uma vez que, cultural e religiosamente, métodos contraceptivos podem ser
ignorados por algumas parcelas da população, o que é contra a política de prevenção. Além
disso, relegar apenas ao ambiente familiar assuntos como a educação sexual e saúde sexual.
Com cortes na saúde pública afetaram diretamente no combate ao HIV, prejudicando os
programas e a entrega de medicamentos.
DOENÇA
individuo que está portador de qualquer tipo de doença não necessariamente é um ser doente
no âmbito geral, apenas no momento da patologia está apresentando uma impossibilidade de
se estabelecer como pessoa saudável, mas isso não faz desse indivíduo um ser anormal, e isso
não tira desse ser, provisoriamente doente sua consciência, sua capacidade de cognição, seu
potencial de se considerar sociável e adaptável à novas realidades, realidades estas que farão
dele um elemento totalmente em condições de interagir no seu meio social.
Quanto à doença, ela se estabelece quando o organismo passa por processo de modificações
intenso, que até suas reações tornam-se estranhas ao próprio meio que lhe é próprio, ou seja,
o indivíduo já não mais se reconhece no seu ambiente, e isso interfere no seu
desenvolvimento de suas ações, e essa modificação interfere não somente no indivíduo de
forma particular, mas também altera a sua dinâmica no sentido de desordenar os
comportamentos do organismo como um todo.( OU SEJA ELE NÃO CONSEGUE INTERAGIR COM
O AMBIENTE)
A doença conceituada passa a transmitir ameaça a existência e, consequentemente, a doença
se instala no organismo humano quando as reações catastróficas resultam do processo, passa
a existir no ambiente do indivíduo, desenvolvendo distúrbios funcionais capazes de interferir e
desordenar todo o ambiente do indivíduo, em consequência dessa transformação do
ambiente, esse mesmo indivíduo passa a desenvolver certas limitações, em decorrência ao
novo meio ao qual ele pertence.
Anormal: o que os tornam anormais é a incapacidade de participarem ativamente das
normas impostas a eles pela sociedade, a coerção exercida sobre tais indivíduos é o que os
tornam anormais, ou seja, a incapacidade de atenderem a essas normas é o que os tornam
anormais.
SAÚDE
O que caracteriza a saúde é a possibilidade de ultrapassar a norma que se define o normal
momentâneo, a possibilidade de tolerar infrações à norma habitual e de instruir normas novas
em situações novas “a saúde é uma é uma margem de tolerância às infidelidades do meio”
FOUCAULT
TIPOS DE EXCLUSÃO
1 tipo: a Loucura
o indivíduo dito “louco”, não tem a credibilidade legitimada a outros indivíduos considerados
normais.
O louco é aquele cujo discurso não pode circular como o dos outros: pode ocorrer que sua
palavra seja considerada nula e não acolhida, não tendo verdade nem importância
Foucault faz uma análise dos hospitais psiquiátricos como formas de manifestação do poder
disciplinar, em que há separação entre normais e anormais.
a sociedade faz uso abusivo do poder através das instituições, escolas e prisões, por exemplo.
A era moderna é definida através da disciplina, que nada mais é do que um meio de
dominação que tem como objetivo domesticar o comportamento humano.
Loucura será vista pelos psiquiátricos como uma ameaca de uma “doença” para a sociedade.