Relatório de Aula Prática de Plantas Alimentícias Não

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 14

UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE NUTRIÇÃO

CAROLINA SANTANA KUNZ

GIOVANNA MACIEL

NICOLY BATISTA

ISADORA RODRIGUES

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO


CONVENCIONAIS

DOURADOS – MS

2022

1
CAROLINA SANTANA KUNZ

GIOVANNA MACIEL

NICOLY BATISTA

ISADORA RODRIGUES

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO


CONVENCIONAIS

Relatório de aula prática, desenvolvido e


apresentado na disciplina de Técnica Dietética,
do curso de nutrição da Faculdade de Ciências
da Saúde da Universidade Federal da Grande
Dourados, sob orientação da professora
Virtude Santos.

DOURADOS – MS

2022
2
INTRODUÇÃO

As PANCs são plantas não convencionais que não são encontradas com
facilidade nos supermercados comuns, a sigla tem origem do termo „‟plantas
alimentícias não convencionais‟‟.

O termo PANCs foi introduzido em 2008 pelo biólogo e professor Valdely


Ferreira Kinupp e refere-se a partes de plantas que as pessoas não costumam usar
como alimento, uma planta recebe esse nome quando não é comumente consumida
pela população de uma determinada região, podendo assim a mesma planta ser ou
não considerada uma PANC conforme a região que localiza.

Além disso, são plantas comumente chamadas de “ervas daninhas”,


"invasoras” ou “espontâneas” por se desenvolverem entre plantas cultivadas. São
espécies de grande importância ecológica e econômica e muitas são comestíveis,
ou seja, possuem uma ou mais partes que podem ser utilizadas para o consumo
humano, sejam raízes, aéreos, folhas, flores, frutos e/ou sementes. Mesmo que não
estejam sendo usados pela maioria da população, são ricas em proteínas, vitaminas,
minerais e antioxidantes, exemplo delas são o inhame, ora-pro-nóbis, peixinho da
horta, e a taioba.

As Plantas Alimentícias não Convencionais poderiam fazer parte do nosso


consumo diário. Porém, devido à falta de conhecimento por grande parte da
população, muitas dessas plantas são caracterizadas como ervas daninhas,
podendo ser facilmente encontradas na natureza, consideradas como mato e
ignoradas.

As PANCs podem ser encontradas em jardins, florestas e quintais, também


podem ser plantadas no quintal, encontradas em feiras de rua locais e cultivadas por
produtores de alimentos locais, podem ser consumidas na forma de chás,
adicionadas a refogados, adicionadas a saladas e consumidas in natura, é possuem
uma variedade de opções para serem adicionadas em receitas do dia-a-dia.

3
PANCs presentes no território brasileiro:

Região centro-oeste:

 Ora-por-nóbis
 Baru
 Bertalha-coração
 Gabiroba
 Urtigão
 Alho-silvestre
 Pixirica

Região nordeste:

 Cacto pe de mamao
 Maracujá-vermelho
 Beldroega
 Hortelã do norte
 Inhame

Região norte:

 Coentro Do Pasto
 Cumaru
 Vitória-Régia
 Alfavaca Do Campo
 Batata-Aria
 Moringa

Região sudeste:

 Feijão Espada
 Feijoa
 Melão Andino
 Alho Silvestre
 Pixirica
 Milho Crioulo
4
 Bertalha-Coração

Região sul:

 Peixinho-Da-Horta
 Mentruz
 Arumbeva
 Begônia
 Beldroega
 Bertalha
 Buva
 Capuchinha
 Caruru
 Crepis
 Dente De Leão
 Picão
 Serralha
 Taioba
 Tansagem.

No Brasil, há o cultivo de várias PANCS e, inclusive, existem algumas delas nativas


do país:

PANC CARACTERÍSTICA

No Brasil é encontrada desde o nordeste -Bahia, Centro-Oeste –


Língua de vaca Distrito Federal, Sudeste – Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro
e Sul – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Bertalha-
Herbácea trepadeira nativa do Brasil
coração

Herbácea anual nativa da América do Sul, ele pode ser encontrado


Caruru com facilidade nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil

5
No Brasil, a espécie ocorre da Bahia ao Rio Grande do Sul. Na
Ora-pro-nobis região noroeste do Paraná, ela frequentemente ocorre como
trepadeira em matas secundárias

Pixirica É uma planta nativa encontrada em todo território brasileiro

No Brasil, a Região Nordeste é a maior produtora e também


Inhame
consumidora

Há no Brasil desde o sul da Bahia até o Rio Grande do Sul,


Jaracatiá
passando por Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul.

As PANCs podem ser ingeridas de muitas maneiras, como chás, sucos,


saladas e até mesmo in natura. Mas, é necessário estar atento ao seu modo de
preparo, já que algumas delas podem apresentar algumas restrições. Elas trazem
diversos benefícios à saúde como, por exemplo, podem exercer efeitos fisiológicos
benéficos, para o trato digestivo, pois elas atuam sobre a microbiota intestinal.
Algumas delas possuem, também, alto valor nutricional. Desta forma, considerando
a diversidade das PANCs, seus muitos nutrientes e também sua maior resistência ao
meio percebe-se que elas são ótimas para uma alimentação saudável, adequada e
equilibrada.

O inhame, de nome científico: Dioscorea spp, e nomes populares: taro e


taioba, pertence à classe Monocotiledônea, e família Dioscoreaceae. É uma
herbácea com ramas, trepadeira, quando encontra apoio, com tubérculos
subterrâneos. Suas folhas são em formato de coração e não comestíveis elas são
completamente fundidas. O pecíalo encontra-se no meio da folha. Sua parte
consumível são as rizomas (consumir sempre cozido). Ele é rico em ferro, vitamina
c, B6, B9 e compostos antioxidantes. Outro grande benefício dessa PANC é a
associação ao emagrecimento, pois está ligado ao hormônio esteróide produzido a
partir do colesterol pelas glândulas adrenais e outras. Este hormônio inibe a glucose-
6-fosfato desidrogenase, enzima que participa da biossíntese de lipídios, colesterol,
bem como impede o crescimento de células cancerígenas.

6
Tabela comparativa de nutrientes do taro com outros vegetais da mesma família
Carboidrato
Alimento Calorias Proteínas Lipídeos Ca P Fe Fibras
s
Taro 66,8kcal 14,6g 1,5g 0,2g 25mg 50mg 4mg 1,0g
Inhame 70,2kcal 15,8g 1,3g 0,2g 18mg 96mg 0,5mg 1,1g
Batata
78,5kcal 79,2g 1,8g 0,1g 9mg 69mg 1mg 0,4mg
inglesa
Mandioca 119kcal 79,2 1,8g 0,1g 9mg 69mg 1mg 0,4mg
Fonte: Guilherme Franco

7
MATERIAIS E MÉTODOS

Materiais

 500g de taro (inhame)


 3 colheres de sopa de azeite de oliva
 ¼ de xicara de chá de salsa picada
 1 colher de chá rasa de sal
 1 colher de sopa de alho frito

Procedimento de higienização:

1. Pesar o alimento (PB)

2. Lavar com esponja (alimentos como rizomas e tubérculos, folhas não

necessitam de esponja)
3. Lavar em água corrente retirando as partes não aproveitáveis e sujidades.

4. Acrescentar água o suficiente para cobri-las em uma bacia

5. Acrescentar a quantidade de sanitizante de acordo com o fabricante

6. Mergulhar o alimento na solução

7. Deixar 10 min (de acordo com o fabricante)


8. Pesar o alimento (PL). Anotar os valores.

Procedimento de preparo da receita:

Descascar o taro e levar em água fria para cozinhar. Quanto estiver cozido,
escorrer e ainda quente amassar com um garfo. Juntar os outros ingredientes e
misturar bem. Servir com bolacha salgada, torradas ou como guarnição.

8
DISCUSSÃO E RESULTADOS

A receita levou em torno de 42 minutos para ser preparada, incluindo o pré-


preparo, que levou em torno de 5 minutos e o restante do tempo foi de cozimento do
taro e preparo do patê.

A casca do taro não fui utilizada na receita, desta forma, o peso bruto (taro
com casca) foi de 526g e o peso liquido (taro sem casca) foi de 410g.

De acordo com a ficha e avaliação de escola hedônica, foi possível observar


que a receita do grupo 1 (Sobrecoxa de frango com ora-pro-nóbis) e do grupo 2
(tempurá de peixinho da horta) foram os alimentos mais aceitos por conta da forma
de preparo, principalmente o tempurá de peixinho da horta, que foi frito, pois
costuma agradar mais o paladar das pessoas. Além disso, as receitas do grupo 3
(fritada com taioba), grupo 4 (salada verde) e grupo 5 (patê de tarô) também foram
bem aceitas por conta dos temperos utilizados nas receitas, que os tornaram mais
saborosos. Já a receita do grupo 6 (suco de hibiscos com amoras) foi bem
preparado, mas ao servir não estava gelado.

9
CONCLUSÃO

Desta forma, conclui-se que é de suma importância o conhecimento de que


as PANCs podem ser comestíveis e que podem fazer parte da alimentação da
população, de forma que, são alimentos saudáveis e tão ricos em vitaminas e
minerais como outros alimentos presentes na nossa alimentação.

10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RANIELI,Guilherme Reis et.all;GUIA PRÁTICO DE PANCS,PLANTAS


ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS,1.ed.São Paulo,Instituto Kairos,2017
disponivel em:https://institutokairos.net/wp-content/uploads/2017/08/Cartilha-Guia-
Pr%C3%A1tico-de-PANC-Plantas-Alimenticias-Nao-Convencionais.pdf

VIEIRA,Marcia Gilmara; EDUCAÇÃO PARA TRANSFORMAÇÃO:FORMACAO EM


PLANTAS ALIMENTICIAS NÃO CONVENCIONAIS,1 ed.Univali,2017.disponivel
em:https://www.univali.br/eventos/meio-ambiente/Paginas/evento1687.aspx. Acesso
em: 20/09/22

KINUPP,Valdely Ferreira; PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO-CONVENCIONAIS


(PANCS): UMA RIQUEZA NEGLIGENCIADA,Manaus,2009,disponivel
em:http://www.sbpcnet.org.br/livro/61ra/mesas_redondas/MR_ValdelyKinupp.pdf

KINUPP,Vardely Ferreira;BARROS,Indrig Bergman;LEVANTAMENTO DE DADOS


E DIVULGAÇÃO DO POTENCIAL DAS PLANTAS ALIMENTÍCIAS
ALTERNATIVAS NO BRASIL,Horticultura brasileira V. 22, n. 2, Julho 2004.
Disponível em: https://ppmac.org/sites/default/files/plantas_alimenticias.pdf

APRENDER,Comer;PANC’S NO CENTRO-OESTE, NORTE E NORDESTE DO


BRASIL,2019. Disponível em: https://comeraprender.com.br/pancs-no-centro-oeste-
norte-e-nordeste-do-brasil/. Acessado em: 20/09/22

LIBERATO, P.S.; LIMA, D.V.T.; SILVA, G.M.B. PANCs - PLANTAS ALIMENTÍCIAS


NÃO CONVENCIONAIS E SEUS BENEFÍCIOS NUTRICIONAIS. v.2, n.2, p.102-
111, 2019. Environmental Smoke. Disponível em:
https://environmentalsmoke.com.br/index.php/EnvSmoke/article/view/64/57.
Acessado em: 21/09/22.

MAESTRI, D.; ARAÚJO, R. de C. Z. INHAME E TARO: RAÍZES TROPICAIS,


SABOROSAS E NUTRITIVAS. Vitória, ES: Incaper, 2002. 44 p. Incaper. Disponível
em: https://biblioteca.incaper.es.gov.br/digital/bitstream/item/1076/1/BRT-
inhameetaro-Incaper.pdf. Acessado em 21/09/22

11
OLIVEIRA, F. L.; GUERRA, J. G. M.; JUNQUEIRA, R. M.; SILVA,E. E.; OLIVEIRA, F.
F.; ESPINDOLA, J. A. A.; ALMEIDA, D. L.; RIBEIRO, R. L. D.; URQUIAGA S.
CRESCIMENTO E PRODUTIVIDADE DO INHAME CULTIVADO ENTRE FAIXAS
DE GUANDU EM SISTEMA ORGÂNICO. HORTICULTURA BRASILEIRA, n. 24, p.
53-58, 2006.

CARNEIRO, Janáira. CARACTERIZAÇÃO MOFOLÓGICA E MOLECULAR DE


GERMOPLASMA DE INHAME. UFRB, 2013. Disponível
em:https://www.ufrb.edu.br/pgrecvegetais/images/phocadownload/janaira.pdf.
Acesso em: 19, Out. 2022.

SARTORI, Valdirene. PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS.


Fundação Universidade de Caxias do Sul. Disponível
em:<https://www.ucs.br/site/midia/arquivos/ebook-plantas-alimenticias.pdf> Acesso
em: 19, Out. 2022.

SILVA, Bruno. O QUE SÃO E COMO CULTIVAR PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO


CONVENCIONAIS. Blogs Unifor, 2021. Disponível em:
<https://unifor.br/web/saude/o-que-sao-e-como-cultivar-plantas-alimenticias-nao-
convencionais-
pancs#:~:text=As%20PANCs%20podem%20ser%20consumidas,delas%20podem%
20apresentar%20certas%20restri%C3%A7%C3%B5es. Acesso em: 19, Out. 2022.

12
ANEXOS

Aliemntos utilizados no preparo:

13
14

Você também pode gostar