Plantas Medicinais e Cultivo de Hortas

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Plantas

Medicinais
e Cultivo de
Hortas
Orientações do Grupo Técnico de Práticas
Integrativas e Complementares de Guarulhos

Secretário da Saúde
Dr. José Sérgio Iglesias Filho

Departamento de Assistência Integral à Saúde


Diretora – Dra. Ana Cristina Kantzos da Silva

Equipe Técnica:

DAIS - Práticas Integrativas e Complementares em Saúde


Helena Saroni e Salete P. S. Vasconcellos

DAIS – Ambienta Saúde


Roberto C. C. Marcondes de Campos

DAIS - Escola SUS – Guarulhos


Lidiane Maria Zanca

Região de Saúde I – Centro


Eliana Correa
Fernanda Medeiros Nakamura
Iverly Maria Bastos - CEMPICs

Região de Saúde II – Cantareira


Lúcia Carolina Pestana

Região de Saúde III – São João/Bonsucesso


Silvia Rosana dos Santos
Rodrigo de Oliveira

Região de Saúde IV – Pimentas/Cumbica


Demétrius Nunes da Silva

SDAS – Departamento do Fundo Social de Solidariedade


Programa Agricultura Urbana e Familiar
Carlos Artur Salgado

Agradecimentos:
Linete Maria Menzenga Haraguchi
INTRODUÇÃO

Desde a década de 1980, várias iniciativas vêm sendo


adotadas no caminho de implementar no Sistema Único
de Saúde (SUS) uma política de plantas medicinais e fito-
terapia, destacando o Decreto Nº 5.813 de 22 de junho de
2006, que aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais
e Fitoterápicos e a portaria Nº 971 de 03 de maio de 2006
que aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares no SUS.

No município de Guarulhos, o objetivo principal da Política


Municipal de Práticas Integrativas Complementares
(PMPICS) instituída em fevereiro de 2015 é implantar as
Práticas Integrativas Complementares nos serviços de
saúde, com o foco na prevenção de agravos, promoção de
saúde e recurso terapêutico; de forma multidisciplinar, esti-
mulando a escuta qualificada e acolhimento.

A horta caseira traz muitos benefícios a saúde e ao meio


ambiente, já que os alimentos produzidos são mais saudá-
veis e livres de agrotóxico. Além de ter o prazer de cultivar
alimentos na própria varanda ou no quintal, ter uma plan-
tação gera um pouco de economia nos gastos mensais de
supermercado.

A horta caseira também é uma grande oportunidade de


criar um produto de fomento ao plantio domiciliar que
possibilite aos moradores plantarem suas ervas em um
espaço restrito e que tanto a composição quanto a manu-
tenção seja simples.

Durante encontros e conversas com funcionários da


Secretaria da Saúde, identificamos que grande parte da
população gosta e usa ervas medicinais, temperos e vege-
tais em sua alimentação diária, tendo grande interesse em
hortas em geral.
Iniciando Uma
Horta Orgânica

Alimento orgânico é o alimento produzido sem uso de agrotóxicos e


adubos químicos sintéticos. Resultado de um sistema produtivo que busca
preservar a natureza, promover a cidadania e qualidade de vida não só
a agricultores, mas também a munícipes e seus familiares, garantindo
alimentos saudáveis a todos.

Vantagens:

• Não contém resíduos de agrotóxicos;

• Possui elevado valor biológico;

• Possui sabor acentuado;

• Tem maior durabilidade;

• Contribui para preservar a saúde do agricultor e seus familiares;

• Contribui para a preservação do meio ambiente

O consumo de hortaliças no Brasil é muito baixo. Sabemos que elas

promovem o crescimento, fornecem energia, regulam e mantêm o funcio-


namento dos órgãos e aumentam a resistência contra doenças. Talvez o
baixo consumo das hortaliças seja justificado por medo dos defensivos
agrícolas, do alto preço e da pequena oferta.

Portanto, as hortas orgânicas, sejam elas caseiras ou conduzidas por um


grupo de pessoas que dividem o trabalho, as despesas e os produtos,
podem contribuir para o aumento do consumo, diminuindo o preço final,
eliminando as dificuldades da distribuição, melhorando a qualidade e afas-
tando o medo dos defensivos.

4 Plantas Medicinais e Cultivo de Hortas


O QUE DEVO PLANTAR?
Para iniciar uma horta medicinal, precisamos saber o que plantar. Para isso,
precisamos selecionar as espécies e identificar corretamente as plantas.
Uma horta medicinal deverá produzir temperos e outras plantas para o
tratamento de doenças mais comuns e que podem ser usadas na culinária.
A horta pode ser de hortaliças ou plantas medicinais. Nos dois casos a sua
horta vai proporcionar nutrientes para seu corpo prevenindo doenças e
promovendo saúde.

PLANTAS
MEDICINAIS

O QUE SÃO PLANTAS MEDICINAIS E POR QUE PLANTAR?


De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as plantas medi-
cinais são espécies vegetais que podem ser usadas de forma terapêutica
funcionando como um medicamento.

O cultivo de plantas medicinais deve ser feito em área isenta de conta-


minação por metais pesados, resíduos de agrotóxicos ou qualquer outra
substância química não natural. Deve estar longe de rodovias, de movi-
mento intenso e áreas industriais, pois os poluentes lançados no ar podem
ficar depositados nas plantas e contaminá-las.

CLASSIFICAÇÃO
DAS PLANTAS
Essas plantas subdividem-se em: medicinais, medicinais-aromáticas, medi-
cinais-cosméticas, medicinais-condimentares e perigosas.

Citaremos alguns exemplos:

Capim cidreira (medicinal)


Parte usada: folhas
Uso popular: diurético e calmante, para combater gases intestinais, indi-
gestão e perturbações nervosas.
Reprodução: por rizomas (caules subterrâneos) e mudas.

Alecrim-de-jardim (medicinal-condimentar)
Parte usada: planta florida e flores.

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Uso popular: estimulante, para combater gases intestinais, anemia crônica,
debilidade cardíaca, dores articulares e colesterol.
Reprodução: por sementes (mais demorada), divisão das touceiras e estacas
da planta-mãe.

Boldo (medicinal)
Parte usada: folhas.
Uso popular: digestivo e tônico, para combater gases intestinais e afecções
do fígado e do estômago.
Reprodução: por estacas (pedaços de ramo de uma planta-mãe).

Coentro, salsa e cebolinha (medicinais-condimentares)


Parte usada: folhas e hastes.
Uso popular: auxílio no processo digestivo.
Reprodução: por estacas.

Erva-doce (medicinal-condimentar)
Parte usada: sementes.
Uso popular: expectorante e tônico estomacal e digestivo; ou no combate
de gases intestinais e cólicas.
Reprodução: por sementes.

Hortelã (medicinal-condimentar)
Parte usada: folhas e caule.
Uso popular: atenuador de perturbações das funções do estômago, forti-
ficando-o; no combate de palpitações, tremedeiras, vômitos nervosos e
cólicas uterinas.
Reprodução: por mudas da planta-mãe.

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Manjericão (medicinal-condimentar)
Parte usada: folhas.
Uso popular: estimulante e tônico, para combater afecções gástricas e
digestão difícil.
Reprodução: por sementes ou estacas de uma palavra vigorosa.

Manjerona (medicinal-condimentar)
Parte usada: folhas.
Uso popular: tônico, estimulante do apetite, no combate da debilidade do
organismo ou de gases do intestino e estômago.
Reprodução: por sementes ou estacas de uma planta vigorosa.

Melissa ou erva-cidreira (medicinal)


Parte usada: folhas e hastes.
Uso popular: para evitar cãibras do estômago e intestinos, transtornos de
origem nervosa, insônia, histeria, vômitos nervosos, afecções cardíacas e
circulatórias, dores reumáticas e asma.
Reprodução: por estacas.

Poejo (medicinal)
Parte usada: folhas e hastes.
Uso popular: no combate da acidez e dor de estômago, bronquite em
geral, debilidade do sistema nervoso, diarréia, enjôo e vermes intestinais.
Reprodução: por estacas.

8 Plantas Medicinais e Cultivo de Hortas


COLHEITA
A colheita é a etapa final no campo e para alcançar êxitos deve ser feita
com bastante rigor. Portanto, a seguir estão algumas dicas:

• Não é recomendável, antes da secagem e após a colheita, lavar as


plantas colhidas, pois a umidade favorecerá a proliferação de fungos
na secagem. Caso a colheita seja numa época quente e seca, limpe
as plantas que estiverem muito sujas, lavando-as com um jato de
água suave antes de colhê-las;
• A colheita das plantas aromáticas deve ser no início da floração, por
atingirem seu ponto máximo de fragrância;
• Na maioria das plantas perenes que permanecem vivas durante o
ano inteiro é preciso que a colheita seja feita nos ramos da base e
próxima ao caule principal com uma tesoura de poda, duas vezes
por ano, sendo que a primeira deve ser quando a planta estiver bem
desenvolvida, o segundo corte já deve ser a própria colheita;
• As plantas anuais, isto é, aquelas que possuem todo seu ciclo, inclu-
sive morte, no mesmo ano devem ser arrancadas totalmente, pois
não irão rebrotar;
• Dias secos e ensolarados são recomendáveis para a colheita. Não
colher em período de chuva ou vento. Como cada planta desenvolve-
se de maneira diferente. É necessário conhecer o seu ciclo de vida,
afim de escolher o momento certo de colhê-la;
• Evitar a retirada de todas as folhas de um galho. Algumas plantas como
a espinheira-santa só podem ser colhidas 50% da sua parte aérea;
• Para a colheita de raízes, escolher as mais próximas da superfície.
Em algumas espécies produtoras de raízes a parte aérea murcha na
época em que estão completamente maduras;
• Para aumentar o volume das folhas de manjericões e boldo-da-terra,
por exemplo, as flores devem ser retiradas;

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TABELA DE CONVERSÃO DE MEDIDAS

Colher de café 4 gramas de raízes

Colher de café 2 gramas de folhas

Colher de sopa 10 gramas de raízes

Colher de sopa 5 gramas de folhas

Punhado de folha seca 35 gramas

Punhado de sementes 50 gramas

Pitada de flores ou de semente 2 gramas

Uma xícara de 8 colheres de água 100 gramas

Uma xícara de chá 150 mL

10 Plantas Medicinais e Cultivo de Hortas


MODOS DE PREPARAÇÃO DAS
PLANTAS MEDICINAIS SECAS OU
“CHÁS”

Decocção

É uma preparação que consiste na ebulição da droga vegetal em água


potável por tempo determinado.

Ela é indicada para ervas de consistências rígidas, raízes, cascas, rizomas,


caules, sementes e folhas coriáceas (são rijas, resistentes e mais espessas),
pois não liberam seus componentes ativos em baixas temperaturas. Por
exemplo: barbatimão, gengibre, pau-tenente, etc.

Modo de preparo:

Separar a quantidade prescrita ou indicada da erva a ser decocta.

Medir a quantidade prescrita ou indicada de água mineral ou filtrada.


Geralmente utiliza-se 1 xícara de água.

Aquecer a água preferencialmente em recipiente de vidro.

Quando atingir a ebulição (em torno de 100ºC), misturar a erva à água e


mexer suavemente. Mantenha o recipiente em fogo baixo, tampado, por 3
a 5 minutos.

Desligar o aquecimento.

Deixar a erva em contato com a água por aproximadamente 15 minutos.

Com o auxílio do coador ou da peneira, coar o decocto, passando-o para


o recipiente que será utilizado na administração da preparação, pressio-
nando as ervas com uma espátula, de forma que saia o excesso de água
nelas retido.

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Caso seja necessário, o volume pode ser ajustado.

Não adoçar, pois o açúcar ou adoçante pode interferir na absorção dos


ativos vegetais e propriedades do chá ou droga vegetal seca.

Infusão

É uma preparação líquida, que consiste em colocar água fervente sobre o


chá ou droga vegetal e, em seguida, tampar ou abafar o recipiente por um
período de tempo determinado.

Ela é indicada para partes vegetais de consistência menos rígida tais como
folhas, flores, inflorescências e fruto, ou com substâncias ativas voláteis.
Exemplo: camomila, hortelã, etc.

Modo de preparo:

Medir a quantidade desejada, prescrita ou indicada de água mineral ou


filtrada.

Colocar a água no recipiente de aquecimento, aquecer a água até a fervura


e desligar o aquecimento. Colocar a água fervida sobre a(s) erva(s).

Mexer suavemente e tampar imediatamente o recipiente, deixando


descansar por 15 minutos.

Com o auxílio do coador ou da peneira, coar, passando o conteúdo para


um recipiente que será utilizado para ingestão do preparo. Pressionar as
ervas com a espátula no coador, de forma que saia o excesso de água.

Não adoçar, pois o açúcar ou adoçante pode interferir na absorção dos


ativos vegetais e propriedades do chá ou droga vegetal seca.

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MACERAÇÃO

Em água fria:

Triture a(s) erva(s) com o auxílio de um pilão;

Adicione em um copo ou garrafa filtrada ou mineral.

Não adoçar, pois o açúcar ou adoçante pode interferir na absorção dos


ativos vegetais e propriedades do chá ou droga vegetal seca. Mexa bem,
coe e tome ao longo do dia. Uma das formas de preparo do boldo, capim
-limão, por exemplo.

Em água quente:

A maceração em água quente é um processo semelhante ao descrito


anteriormente, mas feito em água quente. Esse processo deve ser usado
para as plantas que não liberam seus componentes ativos quando em
baixas temperaturas, mas que também não podem ser fervidas para não
perder suas propriedades. Normalmente, as plantas que passam por esse
processo são as que possuem compostos voláteis. Para este, ferva a água
e adicione as ervas, logo depois de desligar o fogo. Mexa suavemente e
tampe, deixando descansar como na infusão.

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BABOSA
(Aloe vera, Aloe barbadensis)

MODO DE CRESCIMENTO: Perene (produção o ano todo)

PARTE USADA/COLHEITA: Folhas

PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS: Ação cicatrizante e antisséptica, em


queimaduras e ferimentos superficiais; cosmético para tratamento de
cabelos. Na maioria das vezes o seu uso será apenas externo.

MODO DE USAR: Compressa com o produto (gel), até 4 vezes ao dia.

CONTRA-INDICAÇÕES: Há relatos de contraindicação do uso oral de


babosa em crianças, gestantes, cardiopatas e uso prolongado.

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BARBATIMÃO
(Stryphnodendron adstringens)

MODO DE CRESCIMENTO: Ano todo desde que o tronco já esteja lenhoso,


ou seja, com aspecto ou consistência de madeira.

PARTE USADA/COLHEITA: Cascas.

PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS: Cicatrizante

MODO DE USAR: Decocção. Uso externo. Misturar 2 colheres de sopa em 1


litro de água. Ferver por 10 minutos, desligar e abafar por mais 10 minutos.
Coar e utilizar 3 a 4 vezes por dia. Aplicar até três vezes ao dia na área
afetada, após a higienização.

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bOLDO BAIANO
(Vernonia condensata)

MODO DE CRESCIMENTO: Perene (produção o ano todo)

PARTE USADA/COLHEITA: Folhas

PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS: Analgésico, colagogo, colerético, hepa-


toprotetor, digestivo, estimulante e tônico hepático

MODO DE USAR: Uso interno, acima de 12 anos. Chá por infusão (para dor
e dispepsia): despejar 1 a 3 colheres de chá em 150ml (xícara de chá de
água fervente). Utilizar 1 xícara, 3 x ao dia, antes das principais refeições.

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CALÊNDULA
(Calendula officinalis L.)

MODO DE CRESCIMENTO: Herbácea anual

PARTE USADA/COLHEITA: Flores

PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS: Anti-inflamatório e cicatrizante de uso


externo (uso em hemorroidas, feridas, por exemplo).

MODO DE USAR: Infusão de 2 colheres de sopa em 1 litro de água fervente.


Tampar bem. Deixar em infusão por no mínimo 20 minutos. Coar e aplicar
o conteúdo total até 3 vezes ao dia, na forma de banho de assento,
compressas, etc.

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CAMOMILA
(Matricaria chamomilla L.)

MODO DE CRESCIMENTO: Herbácea anual

PARTE USADA/COLHEITA: Flores

PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS: Antiespasmódica (Eles acalmam ou


neutralizam as contrações involuntárias dos músculos), ansiolítica (dimi-
nuiem a ansiedade e a tensão), anti-inflamatória. Ainda possui ação antihel-
míntica (contra vermes, fungos e parasitas), antipirética (diminui a febre) e
estimulante de apetite.

MODO DE USAR: Uso externo, despejar 2 colheres de sopa em 1 litro de


água fervente. Abafar por 10 minutos. Coar e aplicar no local (compressa
ou banho).

Uso interno, 1 colher de chá para uma xícara de chá de água fervente.

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CAVALINHA
(Equisetum hyemale L.)

MODO DE CRESCIMENTO: Perene (produção o ano todo)

PARTE USADA/COLHEITA: Parte aérea

PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS: Diurético auxiliar nos processos reumá-


ticos e osteoporose, bem como nos problemas de recalcificação de fraturas,
repositor de minerais e adstringente, diminui edemas por retenção de
líquidos, fortalece unhas e tecido conjuntivo.

MODO DE USAR: Para edemas (inchaços) por retenção de líquidos utilizar


a infusão: 1 colher de sopa em 150ml (xícara de chá), tomar 1 xícara de chá
2 a 4 vezes ao dia.

Feridas com sangramentos utilizar a infusão: 1 a 2 colheres de sobremesa


de droga vegetal rasurada em 1 xícara de chá de água fervente (com o
fogo apagado). Tampar bem, deixar em infusão por no mínimo 20 minutos,
coar e lavar feridas até 3 vezes ao dia após lavar bem ou banho.

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ESPINHEIRA-SANTA
(Maytenus ilicifolia)

MODO DE CRESCIMENTO: Perene (produção o ano todo)

PARTE USADA/COLHEITA: Folhas

PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS: Antidispéptico, antiácido e protetor da


mucosa gástrica (usada em azia, gastrite e má digestão)

MODO DE USAR: Para dispepsias (distúrbios da digestão), azia e gastrite.


Como coadjuvante no tratamento episódico de prevenção de úlcera
em uso de anti-inflamatórios não esteroidais (não solúveis em gorduras);
infusão: 1-2 colheres de chá em 150ml (xícara de chá). Utilizar 1 xícara de
chá 3 a 4 x ao dia.

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GUACO
(Mikania glomerata S.)

MODO DE CRESCIMENTO: Trepadeira perene (produção o ano todo)

PARTE USADA/COLHEITA: Folhas

PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS: Broncodilatador, expectorante.

MODO DE USAR: Infusão, xaropes, decocto (gargarejos e bochechos nos


casos de inflamação da boca e garganta), tinturas e extratos.

Gripes e resfriados, bronquites alérgica e infecciosa, como expectorante:


Infusão: 1 colher de sopa em 150ml (xícara de chá de água fervente).
Utilizar 1 xícara de chá 3 x ao dia.

Xarope: colocar açúcar e água em uma panela e aquecer até formar o


mel (não deixar caramelizar), depois colocar a parte do vegetal a ser utili-
zada e aquecer durante 3 a 6 minutos. Deixar em repouso 2 horas, coar e
acondicionar em frasco de vidro limpo.

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POEJO
(Mentha pulegium L.)

MODO DE CRESCIMENTO: Perene (produção o ano todo)

PARTE USADA/COLHEITA: Folhas

PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS: Vermífugo, uso em doenças respira-


tórias, como expectorante, estimulante do apetite, perturbações diges-
tivas, espasmos gastrointestinais, cálculos renais, biliares e colecistites;
amenorréia.

MODO DE USAR: Infusão (3 colheres de chá em uma xícara de chá de


água fervente) e consumido fresco como condimento.

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UNHA-DE-GATO
(Uncaria tomentosa)

MODO DE CRESCIMENTO: Perene (produção o ano todo)

PARTE USADA/COLHEITA: Cascas

PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS: Anti-inflamatório (dores articulares e


musculares agudas), analgésico, bactericida e antiviral; antioxidante, regu-
lador imunológico.

MODO DE USAR: Decocção de 2 colheres de sopa da casca em 1 litro de


água. Fervura por 15 minutos, em seguida deve-se retirar o chá do fogo e
deixar repousar no recipiente tampado por 10 minutos. Em seguida coar
e tomar.

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HORTALIÇAS

CLASSIFICAÇÃO DAS HORTALIÇAS


Uma boa horta deve ter hortaliças dos quatro grupos seguintes:

• Hortaliças de folhas e ou flores: alface, brócolis, aspargo etc.;

• Hortaliças de frutos: tomate, vagem, jiló, abobrinha etc.;

• Hortaliças tuberosas: cenoura, beterraba, nabo, rabanete etc.;

• Hortaliças condimentares: cebola, cebolinha, pimentas, coentro etc.;

CUIDADO COM AS HORTALIÇAS


Para evitar certas doenças como verminoses e outros agentes microbio-
lógicos, é preciso lavar bem os vegetais. Mergulhe-os em uma solução
clorada: em 1 litro de água adicionar 10 ml de hipoclorito de sódio a 1 %
(uma colher de sopa).

24 Plantas Medicinais e Cultivo de Hortas


FUNÇÃO DOS ALIMENTOS
As hortaliças são riquíssimas em vitaminas, minerais, fibras e outras subs-
tâncias bioativas.

Alimentos formadores são aqueles que formam os tecidos do organismo


como os músculos, ossos e dentes. Exemplos: carne, pescado, queijo, ovos
e leite.

Alimentos calóricos fornecem energia necessária para realizar os traba-


lhos. Exemplos: farinha, pão, arroz e azeite.

Alimentos reguladores possuem vitamina A, boa para os olhos, a vitamina


C, que ajuda a manter os vasos sanguíneos, sais minerais, como o ferro,
que forma os glóbulos vermelhos do sangue e as fibras que estimulam o
funcionamento do intestino. Exemplos: hortaliças e frutas.

As hortaliças verdes e a couve-flor são ricas em cálcio, indispensável para


a formação dos dentes e ossos. O fósforo encontrado em pequena quan-
tidade em todas as hortaliças é indispensável na formação do sistema
nervoso. O ferro, existente no rabanete, espinafre, mostarda, agrião, beter-
raba, couve etc., faz parte do sangue e sua falta na alimentação pode
ocasionar anemia e provocar cansaço permanente nas pessoas.

As vitaminas A e C, encontradas nas hortaliças, são muito importantes para o


crescimento e manutenção da saúde. Outras vitaminas como a B e K são encon-
tradas em quantidades menores, mas o suficiente para completar a cota diária.

Vitamina A, encontrada nas hortaliças de folhas verdes escuras e nos vege-


tais amarelos: abóbora madura, cenoura, couve, agrião, pimentão, salsa,
espinafre, folhas de beterraba, folhas de brócolis, mostarda, chicória, espi-
nafre, folhas de nabo, escarola e hortelã (folha e talos).

Vitaminas do complexo B: B1 protege o sistema nervoso e digestivo, B2


atua no crescimento, protege os tecidos e olhos. Pode-se encontrar uma
quantidade razoável no espinafre, brócolis e vagem.

Niacina: É responsável pela manutenção do apetite e do sistema nervoso,


encontrado nas leguminosas e cereais integrais e principalmente em
alimentos de origem animal.

PREFEITURA DE GUARULHOS - SECRETARIA DE SAÚDE 25


Vitamina C: função de aumentar a resistência do organismo contra infec-
ções, principalmente resfriados, as hortaliças que possuem vitamina C são
agrião, salsa, couve, repolho, tomate, pimentão, batata-doce, mostarda,
acelga, folhas de nabo, couve-flor, folhas de brócolis, brócolis, ervilha, folhas
de beterraba e beterraba.

Vitamina E: tem função de proteger os glóbulos vermelhos. A cota diária ainda


não está bem estabelecida. Encontrada na alface, no agrião e no espinafre.

Vitamina K: desempenha papel muito importante na coagulação do


sangue, encontrada no tomate e na couve-flor, encontrada principalmente
em alimento de origem animal.

PLANTIO
Para obter um plantio de qualidade nutricional e menor gasto energético,
é necessário escolher as espécies mais apreciadas e ambientadas com o
local, época e clima da região, de acordo com a cultura da comunidade. Na
produção orgânica, o uso das sementes convencionais pode ser autorizado
pela certificadora no caso da não disponibilidade de sementes orgânicas.

É preciso conhecer as hortaliças, as diferentes formas de produção, época


de plantio e colheita. Dar preferência a locais próximos das casas das famí-
lias participantes e longe das árvores que competem com os minerais e luz
solar, pois as hortaliças necessitam de 8 a 10 horas diárias recebendo luz.

Também precisa estar próximo a água de boa qualidade e terreno bem


drenado – terrenos encharcados tiram a quantidade de ar disponível no solo
para a respiração das raízes, atrasando seu crescimento e provocando doenças.

A horta precisa ser bem cercada para evitar a entrada de animais. A cerca
deve ter 1,5 m de altura e a tela com distância mínima de 10 cm do chão
para evitar contato com o solo, pois o contato provoca ferrugem. Fechar
o vão com uma fiada de tijolo. Os terrenos devem preferencialmente ser
voltados para o Leste, pois ao Sul dominam os ventos frios podendo preju-
dicar as plantas. Para quebrar o vento, é aconselhável plantar espécimes
altos como feijão-guandú, bambu ou outra cerca viva de interesse comer-
cial ou útil para o nosso dia a dia.

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Formação dos canteiros:

Limpar bem o terreno, arrancar todos os tocos e retirar todos os entulhos.


Canteiros muito largos dificultam a limpeza manual, semeaduras e trans-
plantes e muito comprido dificulta o nivelamento. Os canteiros devem ter
entre 1 a 1,20 m de largura e 30 a 40 cm de altura. Devemos ter em mente
que para plantar tubérculos (cenouras, beterrabas etc.), eles devem ser
altos para o bom desenvolvimento das plantas.

Fazer a marcação dos canteiros com estacas de madeira ou bambu


fincados nos quatro cantos e barbante esticado entre as estacas facilita a
construção e o nivelamento. Reserve meio metro ao lado da cerca deixe
um corredor de 40 a 50 cm de largura entre os canteiros para facilitar o
tráfego das pessoas e carrinhos de mão. Os canteiros devem ser orien-
tados contra o sentido das águas, podendo-se construir curvas de nível
para ajudar a segurar a força das águas.

PREFEITURA DE GUARULHOS - SECRETARIA DE SAÚDE 27


SEMENTEIRA, SEMEADURA
E TRANSPLANTE

Algumas hortaliças podem ser inicialmente plantadas em espaços que


chamamos de sementeiras. Isso auxilia a economizar espaço e sementes,
permitindo também dar uma atenção melhor às mudas durante o processo
de germinação.

As sementeiras podem ser feitas em um canteiro especialmente reser-


vado para este fim na horta. Também é possível utilizar caixas ou adquirir
sementeiras feitas em isopor ou plástico, o que facilita bastante em um
cultivo em escala maior, indicado para o plantio de cenoura, rabanete,
salsa, mostarda e outras espécies de sementes pequenas que, depois de
nascidas, comportam bem em plantios mais densos.

Para fazer a Semeadura, a profundidade deve ser o dobro da altura da


semente, e a cobertura deve ser feita com uma fina camada de terra penei-
rada. Regar com regador de crivo fino para que as gotas não enterrem
demais as sementes ou fazer uma cobertura até a época de germinação
das plantinhas. As mudas estarão prontas para transplante quando esti-
verem com 4 a 6 folhas.

Procure adquirir sementes de outros companheiros produtores, que


possuem grãos já aclimatados em sua região. Se não for possível, compre
as sementes em lugar seguro e verifique carimbo e data de validade – de
preferência quando adquirir sementes orgânicas.

TRANSPLANTE - O transplante consiste na retirada das mudas das semen-


teiras para o local definitivo. Esse processo deve ocorrer quando as mudas
estiverem com 4 a 6 folhas. Molhar a sementeira antes da retirada das
mudas. Escolher as mais viçosas e arrancá-las com ajuda de uma colher
de jardineiro, fazer a cova no canteiro definitivo, plantando as mudas, de
modo que a raiz principal não fique enrolada. Apertar bem a terra ao redor
das raízes para que fique firme, molhar todos os dias pela manhã e pela
tarde após o pôr do sol. Observe a Tabela de espaçamentos neste Manual
para marcar a distância entre covas.

28 Plantas Medicinais e Cultivo de Hortas


PREFEITURA DE GUARULHOS - SECRETARIA DE SAÚDE 29
NUTRIÇÃO DO SOLO
Nutrir o solo significa proporcionar nutrientes aos organismos vivos que
nele habitam, criando uma situação favorável para o desenvolvimento das
plantas. O agricultor orgânico tem em seu solo sua maior riqueza, pois
com nutrientes à disposição terá colheitas saudáveis e nutritivas. Um dos
métodos mais utilizados é de trabalhar com os compostos orgânicos, onde
serão aproveitadas as palhadas, folhas e estercos tendo, desta forma, um
adubo orgânico de qualidade sempre a mão.

COMPOSTAGEM
Trata-se de um adubo curtido a partir da decomposição de restos de vege-
tais e dejetos animais, através da ação de microorganismos. Exemplos de
materiais utilizados em compostos:

• Vegetais: Folhas, talos, bagaços, serragem, restos de cozinha como


pó de café, cascas de frutas e legumes;

• Animais: Estercos, cascas de ovos e ossos moídos;

• Outros: Tortas de mamona, de algodão, farinhas e farelos, varrição


das folhas das praças, material de poda de gramados etc.

Montagem da composteira:

30 Plantas Medicinais e Cultivo de Hortas


A composteira deve ser instalada em um local a meia sombra, alternando
camadas de palhas e vegetais com camadas de produtos de origem
animal. Separe o material orgânico rico em carbono (palhas, restos vegetais,
bagaços de cana) e ricos em nitrogênio (restos de leguminosas, estercos de
animais).

Faça camadas de 20 cm de material rico em carbono e 5 cm de material


rico em nitrogênio até atingir uma pilha com cerca de 1,50 de altura, que
deverá ser coberta com capim ou palha seca, protegendo o composto do
excesso de sol e chuva. A composteira deve estar próxima a horta e com
facilidade de água, pois precisa ser molhada. O formato das pilhas deve ser
escolhido conforme a umidade e regime de chuvas do local e época.

Para formação de um material de qualidade, é necessário que o composto


atinja 60 a 70°C, eliminando assim a ação dos microorganismos. O aqueci-
mento ocorre após sete dias, quando o composto deve ser revirado e em
duas semanas revirado novamente. Depois, revolver conforme verificação
da temperatura.

A temperatura é medida com ferro que é enterrado no composto, após


retirá-lo do composto deve ser possível segurá-lo. Caso seja inviável, a
pilha deve ser revolvida. O revolvimento da pilha é feito para homoge-
neizar o composto, permitindo que as partes sejam aquecidas igualmente
e mantenham micro-organismos patogênicos. Verifique semanalmente e
molhe a pilha o suficiente para umedecê-la. Pronto, este composto tem
odor agradável, cor escura e pH próximo a 7. Tem aspecto de borra de café
e é moldado na mão.

Com composto orgânico bem curtido,


colocar 15 a 20 litros de esterco de curral ou
composto, 5 litros de esterco de galinha por
metro quadrado de canteiro, misturando-os
com a terra logo após o revolvimento do
canteiro. Atenção: Se o composto não estiver
bem curtido pode matar as plantas.
TRATOS
CULTURAIS
Para um bom desenvolvimento das plantas, é necessária a execução
de diversos tratos culturais, em época adequada, desde o plantio até a
colheita, tais como:

• regar diariamente nas horas frescas do dia, de preferência pela manhã;

• capinar ou arrancar as pragas e plantas indesejáveis;

• adubação de cobertura;

• condução das ramas ou penteamento;

• desbaste de frutos;

• polinização (se possível);

Entre outros Tratos Culturais como:

Manejo agroecológico e fertilidade do solo: para que não haja erosão, é


necessário deixar faixas de terreno com vegetação nativa ou fazer curvas
em nível do terreno, plantando vegetações de raízes abundantes, tipo
cabeleira (erva cidreira) nessas curvas para desviar ou reduzir a velocidade
da água, impedindo a formação de enxurradas.

Correção do solo com fósforo e cálcio: as fontes de fosfato atualmente


mais utilizadas são: farinha de ossos, termofosfato, fosfatos naturais
(Nacionais-Fosfato de Araxá e os importados Fosfato de Gafsa e Fosfato de
Arad) e as fontes de calcário mais utilizados são calcário calcítico, calcário
magnesiano, calcário dolomítico, calcário calcinado e calcário de conchas.

Adubos verdes: grandes aliados do agricultor, pois possui potencial para


substituir os fertilizantes nitrogenados através da fixação biológica do nitro-
gênio efetuada pelas leguminosas, via atuação do Rhizobium, bactéria que
age em simbiose com as plantas fixadoras de nitrogênio do solo. Já as
gramíneas aumentam a atividade da matéria orgânica no solo. As gramí-
neas fornecem matéria orgânica para alimentação dos microorganismos.

32 Plantas Medicinais e Cultivo de Hortas


Biofertilizante: é um adubo orgânico líquido resultante da diluição de
esterco e restos de vegetais em água, ocorrendo processo de decompo-
sição da matéria orgânica, por meio de fermentação anaeróbia em meio
líquido. O resultado consiste em um resíduo líquido utilizado como adubo
foliar e defensivo natural. Atua complementando a adubação orgânica do
solo, fornecendo macro e micronutrientes.

Uso de microorganismos: os microorganismos favorecem o enraiza-


mento, produzem substâncias que aumentam a resistência a doenças e a
disponibilidade de elementos necessários às plantas. Para a multiplicação
de microorganismos benéficos, o primeiro passo é capturar os fungos e
bactérias em restos de palhada ou em área de mata. Eles se parecem com
novelos brancos ou claros de algodão. Pode-se deixar arroz pré-cozido (100
gramas) no solo em área de mata e quando se notar o aparecimento de
colônias de fungos e bactérias, se retira esse arroz. Posteriormente, em
um tambor de 200 litros acrescenta-se o arroz pré-cozido com os fungos
já desenvolvidos, 2 quilos de fubá, 2 litros de melaço, 2 litros de leite e
60 litros de água e deixa a mistura fermentar por 15 a 20 dias, mexendo
diariamente. Coar e pulverizar o material no local destinado.

Manejo orgânico de pragas e doença: no cultivo orgânico, o controle das


pragas e doenças começa com a melhoria da fertilidade do solo, utilização
de adubos orgânicos com o equilíbrio de nutrientes, escolha de locais e
épocas adequadas para os cultivos, manejo das irrigações específicas para
cada cultura, aumento da biodiversidade das áreas agrícolas, aumento da
biodiversidade vegetal para permitir a sobrevivência de inimigos naturais.

Chá de cavalinha: é utilizada para curar plantas, pois é rica em silício, que
faz reprimir o crescimento excessivo de fungos e bactérias. Para elaboração
do chá, é preciso coletar toda parte aérea da planta, secando a sombra em
local arejado, disposto em camadas e bem espalhada. A planta seca deve
ter coloração verde para fazer o chá. Ferver 30 g de cavalinha seca em 1
litro de água, durante uma hora. O chá deverá ser diluído de 5 a 10 litros
de água se distribuindo de 50 a 300 ml/m².

Este preparado pode ser aplicado preventivamente quando as plantas esti-


verem muito moles, ou seja, com crescimento excessivo. Quando as plantas
já estiverem atacadas pelos fungos, o chá deverá ser aplicado por três dias
consecutivos e no mesmo horário, repetindo a aplicação até 10 dias depois.

PREFEITURA DE GUARULHOS - SECRETARIA DE SAÚDE 33


Calda de primavera: serve para o controle de viroses em tomateiros e deve
ser aplicado desde o viveiro até o início de formação de frutos. Preparo:
pegue 1 litro de folha maduras de primavera, lavadas e sadias, e bata no
liquidificador com 1 litro de água. Coe, coloque na bomba de 20 litros,
complete o volume de água e aplique. Prepará-la apenas na hora da
aplicação.

Calda de Pimenta de Alho: a calda de pimenta e alho serve para repelir


insetos em geral. Bata 100 a 200g de alho descascado no liquidificador,
coloque 1 litro de álcool cereal por uma semana e use então 100 ml por
bomba. Pimenta: pegue 100 g de pimenta do reino moída, deixe curtir em
um litro de álcool de cereais por, no mínimo, 15 dias e use então 100 a 200
ml por bomba de 20 litros.

Calda de cinzas: a calda de cinzas serve para controlar pulgões. Pegue 200
g de cinzas, bata no liquidificador com 1 litro de água e coe. Coloque na
bomba de 20 litros e complete o volume de água e aplique.

Calda de Arruda: para controle de pulgões, ácaros, lagartas pequenas,


cochonilhas, moscas brancas e percevejos. Colher 3 ramos de arruda com
30 cm de comprimento. Picar os ramos e as folhas, bater no liquidificador
com 1 litro de água. Coar a mistura em pano fino e armazenar em garrafa
escura. Identificar a garrafa como “VENENO” e guardar em lugar fresco e
escuro.

Calda de Tomateiro: para controle de pulgões. Picar meio quilo de folhas


e talos de tomateiro. Colocar o material em frasco com capacidade de 2
litros e acrescentar 1 litro de álcool. Deixar repousar por alguns dias. Coar
a mistura em pano fino. Para aplicar, separar 1 copo do líquido e misturar
com 10 litros de água.

Medidas de Controle de Pragas: em hortas pequenas, os pulgões e as


cochonilhas podem ser removidos das plantas com escova de dente. Com
isso, é possível eliminar essas pragas sem tratamento químico para não
causar nenhum distúrbio ecológico.

As lagartas podem ser controladas usando cascas de ovos brancos espe-


tados em paus e espalhadas pela horta. É preciso furar os ovos na parte
mais estreita, retirar as gemas e as claras. Ajustar as varetas na abertura

34 Plantas Medicinais e Cultivo de Hortas


dos ovos e espetar esses paus com as cascas a cada 40 cm de canteiro de
couve e rúcula. Os paus devem ficar 15 cm acima das plantas. Na presença
das cascas de ovos brancos, as mariposas voam e não pousam para depo-
sitar seus ovos.

Para controlar lesmas e caramujos pequenos: Ao entardecer, molhar


pedaços de pano em uma mistura de 1 litro de leite e 4 litros de água.
Estender os panos molhados na mistura sobre o solo. Na manhã seguinte,
coletar os bichos, colocá-los em saco plástico, fechar e descartar. Os cara-
mujos gigantes africanos devem ser coletados à noite e mergulhados em
balde com água e sal ou água e sabão. Lavar bem as mãos após mexer em
caramujos, pois no muco desses animais pode haver doenças. Verduras
atacadas por lesmas e caramujos devem ser lavadas em água misturada
com algumas gotas de água sanitária antes da preparação de saladas.

Pode-se também espalhar cinza ou pó de cal em faixas de 15 cm de


largura em volta dos canteiros. Esses pós aderem ao corpo das lesmas e
caramujos, matando-os. Para repelir ácaros e pulgões, moer sementes de
coentro e espalhar esse material sobre o solo.

Plantas repelentes: plantar nos cantos dos canteiros hortelã, gerânio, cravo
de defunto ou urtiga. Para formigas, jogar água fervente na entrada e saída
dos ninhos das formigas.

CUIDADO!
Se não tiver um copo de liquidificador para uso exclusivo na horta, como
no caso da preparação de caldas para os tratos culturais, lavar bem o liqui-
dificador até sair o cheiro, antes de usá-lo para fins culinários. Na hora de
aplicar na horta, separar 1 copo da calda e misturá-la com 2 litros de espa-
lhante de sabão.

Pulverização das caldas: durante a pulverização deve-se bombear cons-


tantemente a alavanca da bomba. O bico do pulverizador deve ser mantido
a uma distância de, pelo menos, 30 cm da planta.

Cuidados com o pulverizador: Ele deve ser lavado longe de rios, fontes
de água e lagos para evitar contaminação do meio ambiente. Lave o

PREFEITURA DE GUARULHOS - SECRETARIA DE SAÚDE 35


pulverizador sempre após o uso, guarde pendurado de boca para baixo.

Cuidados com as sementes: algumas são tratadas com fungicidas,


portanto tomar cuidado usando luvas.

Sementes: devem ser usadas dentro de dois anos ou menos da data do


teste de germinação. Altas temperaturas e umidade podem reduzir o
vigor e a germinação. A semente deve ser guardada em local fresco e
seco, ao abrigo de luz do Sol, em recipientes fechados. As embalagens
devem permanecer fechadas para impedir que a umidade reduza a longe-
vidade das sementes. O armazenamento das sementes deve ser a 15°C,
as sementes não devem ser mantidas perto de calor. A profundidade de
plantio deve ser o dobro do tamanho da semente.

Limpeza das bandejas de sementeiras: fazer constantemente a desin-


fecção das bandejas com cal virgem, sendo 5 gramas de cal para cada
1 litro de água. Após a desinfecção das bandejas, deixá-las secar ao Sol.
Descartar bandejas velhas e quebradas. Manter os lotes de semeadura
separados e realizar inspeções diárias para localizar possíveis focos de
doenças e, assim, permitir o ajuste das medidas de controle, retirando as
mudas doentes do viveiro.

Bancadas: após a semeadura nas bandejas, colocá-las sobre bancadas ou


estrados de arame grosso para facilitar o escorrimento do excesso de água
de irrigação.

Irrigação: deverá ser feita diariamente, moderadamente (não deve escorrer


água em baixo da bandeja) e pela manhã para que não haja restos de
água sobre a folha ao anoitecer.

Solarização ou substrato: quando utilizamos substrato orgânico ou


caseiro, devemos fazer a solarização do substrato. A solarização consiste
em colocar o substrato dentro de um saco plástico transparente ou enro-
lado e deixar sob o Sol durante 60 dias. Feito isso, a maioria dos fungos
estarão eliminados.

Piso do viveiro: deverá ser mantido limpo e seco para evitar disseminar
doenças.

Qualidade da água: a água deverá ser de boa qualidade, livres de

36 Plantas Medicinais e Cultivo de Hortas


micro-organismos. A ponta da mangueira deverá ser mantida em suporte
para que não tenha contato com o solo.

Capinas: é a retirada das plantas invasoras que podem fazer concorrência


com água, nutrientes e luz. Pode ser feita manualmente ou com apoio de
enxada ou sacho.

Irrigação: logo após a semeação ou transplante, são necessárias irrigações


diárias que devem ser feitas antes do nascer e antes do pôr do Sol.

Desbaste ou raleio: consiste em eliminar as plantas menos desenvolvidas,


deixando um espaço adequado entre elas.

Estaqueamento: é feito para alguma hortaliça que necessite de suporte,


para evitar seu contato com a terra.

Amarração: amarrar as plantas para fixação nas estacas.

Colheita: deve ocorrer quando as hortaliças estiverem tenras, com desen-


volvimento completo e com botões fechados para não perder o sabor.

PREFEITURA DE GUARULHOS - SECRETARIA DE SAÚDE 37


Rotação de cultura: a rotação de cultura deve ser feita com plantio de
espécies diferentes daquelas que ocupou o terreno anteriormente, pois
o plantio sucessivo da mesma espécie num mesmo local acarreta a
diminuição da produção e aumenta a intensidade de ataque de pragas
e doenças, pois plantas da mesma família retiram do solo os mesmos
nutrientes e pragas específicas.

CONSÓRCIO
COM PLANTAS
São eficazes para o sucesso de produção orgânica de hortaliças, como o
milho que necessita de muita luz e serve como boa companheira de plantas
que precisam de sombreamento parcial. Já plantas com raízes profundas
tornam o solo mais penetrável para outras raízes curtas, explorando dife-
rentes nutrientes. Assim, é possível misturar num mesmo canteiro horta-
liças de folhas (exigente em nitrogênio) com hortaliças de raízes (exigente
em potássio).

Plantas com ciclo diferente também podem se ajudar mutuamente,


permitindo maior aproveitamento e cobertura do canteiro. Por exemplo: o
rabanete estará pronto para colheita antes da alface, pois a alface ocupa
espaço aéreo e a rabanete o subsolo. O alho poró tem propriedades repe-
lentes e pode ser plantado nas bordas do canteiro, mas não podem ser
plantados com ervilhas ou feijão, pois retarda o crescimento dos mesmos.

O capim limão melhora o sabor e o crescimento do tomate. A hortelã


mantém a borboleta longe da couve e melhora a saúde do tomate. O
cravo-de-defunto possui propriedade que repele os nematóides e, por isso,
deve ser plantado perto do tomate. Alho poró, salsão e cenoura também
são suscetíveis a nematóides.

Gergelim nas bordas dos canteiros protege as plantas contra ataque de


formigas. Elas carregam as folhas que contém substâncias que matam os
fungos. Um pé de girassol é o suficiente para atrair lagartas.

38 Plantas Medicinais e Cultivo de Hortas


Plantas Companheiras e reguladores naturais

O Cheiro repele moscas e mosquitos. Não deve ser plantada perto


Alfavaca
de arruda

Não devem ser plantadas perto da arruda, não crescem juntas ou


Alfavaca/manjericão/lipia
próximas uma da outra

Alho Eficiente como repelente de pragas de tomate

Afasta a borboleta-da-couve e a mosca-da-cenoura. É planta


Alecrim
companheira da sálvia. Repele traça e roedores

Arnica Inibe a germinação das sementes de algumas plantas daninhas

Arruda Repele traça e roedores

Consorciadas com hortaliças repelem a mosca-branca que ataca


Arruda e Hortelã
diversas hortaliças

Catinga-de-mulata Pode ser plantada em toda a área

Protege as lavouras dos vermes. Aparentemente não é prejudicial a


Cravo-de-defunto
nenhuma planta

O cheiro repele lepidópteros, como a borboleta-da-couve, formigas


Hortelã
e ratos. Pode ser plantada, ainda, como bordadura de lavouras.

Tomilho Afasta a borboleta-da-couve.

Sálvia Repele a mariposa de repolho, traça e roedores

Consorciados com repolho, couve-flor, couve e brócolis repele a


Sálvia e Alecrim
borboleta que põe os ovos nas folhas dando origem as lagartas

Capim-cidreira Repele insetos em geral

Controla pulgões e ácaros. consorciado com o tomateiro, reduz


Coentro os danos da traça do tomate e, ainda atrai os inimigos naturais de
pragas de várias culturas

Repelente natural de insetos. É sempre bom tê-los em seu jardim,


Gerânio
embelezam e proteje.

Manjerona Melhora o aroma das plantas e repele insetos em geral

Manjericão Repelente de moscas e mosquitos

Planta-se como borda perto de ervas aromáticas: aumenta a


Mil-folhas
produção de óleos essenciais

Poejo Repele formiga, traça e roedores

Citronela É repelente de insetos, inclusive pernilongos e o Aedes Aegypti

Anis Repelente de traças

Afasta animais de sua horta. Como borda da composteira, mantém


Losna os animais fora da lavoura, mas sua vizinhança não faz bem a
nenhuma planta. Mantenha-a um pouco afastada

PREFEITURA DE GUARULHOS - SECRETARIA DE SAÚDE 39


Principais
amigos naturais
Joaninhas matam pulgões, cochonilhas, tripés, ácaros e moscas brancas.
São muito úteis na horta e não devem ser destruídas ou confundidas com
pragas. As tesourinhas se alimentam de ovos e pequenas lagartas que
atacam as hortaliças. Vespinhas parasitam lagartas, cochonilhas e pulgões.
Aranhas são predadoras de várias pragas. Algumas tecem teias onde
prendem os insetos.

Cada planta retira um certo nutriente da terra. Se plantarmos sempre a


mesma cultura, ocorrerá empobrecimento do solo, levando ao enfraque-
cimento da cultura e o ataque de pragas e doenças. Rotação da cultura
consiste em alternar o cultivo das espécies, evitando plantar novamente o
mesmo tipo de hortaliça na mesma linha de canteiro. O ideal é seguir a
sequência raiz-folha-fruto.

Devem ser levados em consideração na rotação de culturas a atuação


positiva ou negativa que uma planta exerce sobre a outra. Outra prática
importante para o sucesso do cultivo de Plantas Medicinais no sistema de
agricultura orgânica é o cultivo em faixas.

No cultivo em faixas, é importante selecionar espécies de alturas seme-


lhantes, sem efeitos desfavoráveis de uma planta em outra. Muitas plantas
juntas podem contribuir para o desenvolvimento de pragas e doenças. Por
outro lado, um plantio muito espaçado pode favorecer o desenvolvimento
de plantas invasoras.

Para combater pragas e doenças, deve-se inicialmente, aplicar as práticas


culturais recomendadas para reduzir seu ataque. As práticas culturais devem
ser selecionadas de acordo com as características da planta e o tipo de
problema mais comum na região e local de produção. Todo produtor de
Plantas Medicinais deve ter o hábito de acompanhar o seu crescimento. Desta
forma poderá ser detectado, logo no início, o surgimento de pragas e doenças,
tornando o controle e erradicação muito mais fácil. A eliminação de plantas
ou galhos atacados é uma medida bastante eficaz no início do surgimento
de uma doença. O material podado deve ser retirado da lavoura e queimado.

40 Plantas Medicinais e Cultivo de Hortas


A constatação da existência de pragas, no início de sua infestação, reduz
muito o custo de seu controle, pois pode ser feito apenas nas áreas loca-
lizadas. A fiscalização das áreas cultivadas deve abranger toda sua área
sistematicamente.

A aplicação de agrotóxicos em lavouras de Plantas Medicinais não é reco-


mendada, pois estes produtos podem alterar a composição química da
planta e deixar resíduos. Além disso não há produtos registrados para estas
culturas. Há uma crescente rejeição, pelos compradores, à aquisição de
Plantas Medicinais originárias de lavouras onde foi feito uso de agrotóxicos.
A aplicação de produtos químicos deve estar em conformidade com as
recomendações dos fabricantes e os regulamentos das autoridades nacio-
nais responsáveis. A aplicação só deve ser realizada por pessoal qualificado
e com o equipamento de proteção aprovado. O uso de produtos químicos
deve ser documentado.

PREFEITURA DE GUARULHOS - SECRETARIA DE SAÚDE 41


42
TABELA DE ÉPOCA PARA TRANSPLANTE
Semeia-se em Sementeira, seguido de Transplantio Início Espaçamento Colheita
Hortaliças Transplante
J F M A M J J A S O N D Germinação (metros) (Dias)

Agrião 6 dias 15 dias 0,20x0,20 60-70

Alface (inverno) 5 dias 4-6 folhas 0,25x0,25 90

Alface (verão) 5 dias 4-6 folhas 0,25x0,25 90

Berinjela 12 dias 35 dias 1,20x0,50 110-120

Brócolis (inverno) 4 dias 30 dias 1,00x0,50 100

Brócolis (verão) 4 dias 30 dias 1,00x0,50 100

Cebola 6 dias 60 dias 0,10x0,20 100

Cebolinha 6 dias 30 dias 0,30x0,20 170

Chicória 5 dias 30 dias 0,30x0,30 60

Couve-Chinesa 5 dias 30 dias 0,80x0,30 70

Couve-flor (inverno) 5 dias 30 dias 1,00x0,50 90

Couve-flor (verão) 5 dias 30 dias 1,00x0,50 90

Couve-Manteiga 5 dias 30 dias 1,00x0,50 90

Erva Doce   60 dias 0,30x0,10 240

Jiló 7 dias 4-5 folhas 1,20x0,80 50

Pimentão 12 dias 35 dias 1,20x0,50 100-120

Repolho (inverno) 4 dias 30 dias 0,80x0,40 100

Repolho (verão) 4 dias 30 dias 0,80x0,40 100

Tomate 8 dias 6-8 folhas 1,00x0,70 90-120

Plantas Medicinais e Cultivo de Hortas


Quantidade de sementes por grama e distância entre os sulcos

Nº de sementes Distância entre os sulcos


Espécies por grama em centímetros

Alface 900 10
Almeirão 1.300 10
Berinjela 240 15
Brócolis 250 15
Cebola 300 10
Chicória 700 10
Couve-flor 250 15
Pimentão 160 15
Repolho 250 15
Salsão 3.500 10
Tomate 300 10

Época de transplante e espaçamento de plantio


Espécie Época de transplante Espaçamento (cm)
Alface 4 a 5 folhas 30x30
cebolinha 40 dias 20x20
Chicória 4 a 5 folhas 20x25
Espinafre 4 a 5 folhas 30x20
Pimentão 4 a 5 folhas 80x40

PREFEITURA DE GUARULHOS - SECRETARIA DE SAÚDE 43


Comparação entre algumas espécies de
semeadura direta em canteiro
Metro de
Nº de Plantas por
sulco por Época de
Espécie sementes metro de
grama de desbaste
por grama sulco
semente
Almeirão 1.300 1 10 cm 10
Beterraba 70 1 5 cm 10
Cenoura 800 3 4 folhas 25
Rabanete 90 2 5 cm 30
Salsa 500 3 5 cm 30
Rúcula 500 3 5 cm 10

Comparação entre algumas espécies de semeadura em cova

Nº de distância
Desbaste das Sementes
Espécie semente entre as
plantas / cova por cova
por grama covas (cm)
Ervilha 8 2 10x40 3-4
Vagem 8 2 40x70 3
Quiabo 10 1 100x40 4
Pepino 30 1 100x100 4
Melão 30 2 200x200 4
Abobrinha 8 2 150x100 3-4

Comparação entre algumas espécies transplantadas em cova

Época do Distância entre Colheita após o


Espécie
transplante as covas (cm) transplante (dias)

Berinjela 4 a 5 folhas 80x50 100


Brócolis 5 a 6 folhas 60x60 90 a 100
Couve-flor 5 a 6 folhas 60x60 90
Pimentão 4 a 5 folhas 80x40 100 a 120
Repolho 5 a 6 folhas 60x60 90 a 100
Tomate 6 a 8 folhas 80x40 100

44 Plantas Medicinais e Cultivo de Hortas


FERRAMENTAS
Enxada
ENXADA: Para fazer covas, capinar, misturar
adubos e nivelamento do terreno.

ENXADÃO: Para cavar, levantar canteiros e


revolver o solo.

RASTELO: Para destorroar, limpar e nivelar.


EnxadÃO
SACHO: Abrir covas nos canteiros e afofar e
capinar entre as plantas.

PLANTADOR: Para facilitar a abertura de covas


para o transplante de novas mudas. Um pedaço
de aproximadamente 20 cm de cabo de vassoura
com a ponta afiada pode ser usado.
RASTELO
COLHER DE TRANSPLANTE: Para arrancar
mudas com terra e abrir covas.

PULVERIZADOR: Existem diversos tamanhos e


modelos de pulverizadores manuais no mercado.
Escolha aquele que atenda a suas expectativas
de acordo com o tamanho de seu cultivo.
SACHO
ESTACAS DE MADEIRA E LINHA DE PEDREIRO:
Para demarcar canteiros.

REGADOR, MANGUEIRA OU ASPERSORES,

CARRINHO DE MÃO

PLANTADOR

COLHER DE
TRANSPLANTE
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