Relatório Unidade 03 - Gênison Silva de Freitas

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GÊNISON SILVA DE FREITAS

RELATÓRIO SOBRE TEMPERATURA E CALOR – DILATAÇÃO LINEAR DE


UM SÓLIDO METÁLICO

Trabalho apresentado ao Curso de


Bacharelado em Ciência e Tecnologia,
do Departamento de Ciência e
Tecnologia, da Universidade Federal
Rural do Semi-Árido, como requisito
parcial de avaliação para a disciplina
Laboratório de Ondas e
Termodinâmica, ministrada pelo
professor Zenner Silva Pereira.

Caraúbas
2023
TEMPERATURA E CALOR – DILATAÇÃO LINEAR DE UM SÓLIDO
METÁLICO
Gênison Silva de Freitas 1

Resumo:

O presente relatório se dispõe a relatar a prática realizada no laboratório de ondas e


termodinâmica sobre o tema Temperatura e Calor – Dilatação Linear de Um Sólido
Metálico, com o objetivo de adquirir mais conhecimento sobre os conceitos
fundamentais por trás dos temas calor, temperatura e dilatação térmica. O
experimento consistiu na aplicação de calor a uma barra metálica e na medição das
mudanças em seu comprimento com o aumento da temperatura. Utilizamos
termômetros para monitorar a temperatura da barra durante o processo de
aquecimento. Os resultados mostraram uma correlação direta entre o aumento da
temperatura e o aumento no comprimento da barra, evidenciando a dilatação linear. O
objetivo principal foi entender como a temperatura afeta as dimensões de um objeto
metálico de maneira linear e como o coeficiente de dilatação linear pode ser utilizado
para quantificar esse comportamento. Os conceitos e as propriedades relacionadas ao
tema Calor, Temperatura e Dilatação Térmica, são aprofundados nesse relatório
dando relevância aos princípios que é de fundamental importância para diversas áreas
da ciência e engenharia, uma vez que abre portas para uma série de inovações e
aplicações práticas. O procedimento experimental contido nele mostram a relação
entre calor, temperatura e seus efeitos na dilatação linear, mostrando resultados
eficazes e satisfatórios para o estudo da termologia.

Palavras-chave: Calor; Temperatura; Dilatação Linear; Termologia.

1
Graduando do curso de Ciência e Tecnologia do da Ufersa, campus Caraúbas.
E-mail: [email protected].
1. INTRODUÇÃO

A relação entre temperatura e calor é um fenômeno fundamental na física térmica


que desempenha um papel crucial em nosso entendimento dos processos de expansão
e contração de materiais sólidos. Este relatório tem como objetivo explorar
especificamente a dilatação linear de um sólido metálico em resposta às variações de
temperatura e determinar o coeficiente de dilatação linear de um sólido metálico
tubular.
A dilatação térmica é um processo que se manifesta em diversas classes de
materiais, mas os sólidos metálicos apresentam propriedades particulares e fascinantes
nesse contexto. Ao aquecer ou resfriar um material metálico, é observado que suas
dimensões lineares se expandem ou contraem de maneira previsível. Isso ocorre
devido à agitação térmica das partículas constituintes do material, que, ao absorverem
energia térmica, aumentam sua amplitude de vibração e, consequentemente, afetam o
espaçamento entre elas. Como resultado, o sólido metálico se expande quando
aquecido e se contrai quando resfriado. Neste estudo, investigaremos como a
temperatura afeta o comprimento de um sólido metálico e como podemos quantificar
essa relação por meio do coeficiente de dilatação linear.
A quantificação dessa relação entre temperatura e dilatação linear é essencial para
uma série de aplicações práticas. Ao compreendermos os efeitos da temperatura sobre
os sólidos metálicos, podemos projetar estruturas, dispositivos e sistemas que
funcionem de maneira eficaz e confiável em uma ampla gama de condições
ambientais. Além disso, a dilatação térmica é deveras importante na construção civil,
na indústria aeroespacial, na engenharia de automóveis e em muitas outras áreas da
engenharia e da ciência dos materiais.
Em síntese, nesse relatório abordaremos em detalhes os conceitos fundamentais
envolvidos na dilatação linear de sólidos metálicos. Explorando os princípios
termodinâmicos subjacentes, apresentando fórmulas e equações que permitem a
quantificação precisa desse fenômeno e discutindo suas aplicações práticas para o
entendimento sobre a dilatação térmica e determinação dos coeficientes de dilatação
linear.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Matéria

Toda matéria – sólida, líquida e gasosa – é composta de átomos ou moléculas em


constante movimento (Figura 1). Por causa desse movimento aleatório, os átomos e
moléculas da matéria têm energia cinética. A energia cinética média dessas partículas
individuais causa um efeito que podemos sentir – o calor.
Sempre que algo fica mais quente, a energia cinética de seus átomos ou
moléculas aumenta. Quando os átomos ou moléculas da matéria se movem mais
rápido, a matéria fica mais quente. Seus átomos ou moléculas têm mais energia
cinética

Figura 1: Representação simplificada de como os átomos formam a matéria.

Fonte: https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/atomistica.htm
2.2. Temperatura

A temperatura é uma grandeza física que designa a quantidade de energia cinética


(movimento) das moléculas e o estado térmico de um corpo (quente ou frio). Quanto
mais quente (alta temperatura) se apresenta o corpo, maior será sua energia cinética,
ou seja, a agitação moléculas; e, quanto mais frio (baixa temperatura), menor será a
agitação molecular (Figura 2). Dessa forma, o equilíbrio térmico ocorre quando os
dois corpos, por meio da transferência de calor, atingem a mesma temperatura.

Figura 2: Quanto maior a temperatura, maior a agitação caótica das partículas do sistema
(setas maiores, maior velocidade).

Fonte: https://www.saberatualizado.com.br/2016/09/por-que-o-calor-vai-do-quente-para-o.html

O princípio fundamental da Termodinâmica diz que, dois corpos em equilíbrio


térmico com um terceiro corpo, também estão em equilíbrio térmico entre si. No
Sistema Internacional de Unidades (SI) a temperatura é medida em Kelvin (K). Outras
unidades de medida usuais para temperatura são o Celsius (°C) e o Fahrenheit (°F).
No Brasil, a escala de temperatura utilizada é Celsius, cujo ponto de fusão da água
apresenta o valor 0° e o ponto de ebulição 100°.
2.2.1. Escalas Termométricas

As escalas termométricas são sistemas de medição de temperatura que permitem


quantificar e comparar a energia térmica de um corpo ou sistema. Elas são
fundamentais para compreender e comunicar informações sobre temperaturas em
diversas áreas da ciência, tecnologia e vida cotidiana. Existem várias escalas
termométricas, mas as três mais comuns são Celsius, Fahrenheit e Kelvin (Figura 3).

• Escala Celsius

A escala Celsius é amplamente utilizada em todo o mundo e foi desenvolvida pelo


astrônomo sueco Anders Celsius em 1742. Ela é baseada em dois pontos de
referência: 0°C representa o ponto de congelamento da água e 100°C representa o
ponto de ebulição da água sob pressão normal ao nível do mar. A escala Celsius é
linear, o que significa que a diferença de temperatura entre dois pontos é a mesma,
independentemente do valor absoluto.

• Escala Fahrenheit:

A escala Fahrenheit é mais comum nos Estados Unidos e em alguns outros países,
mas é menos usada em âmbito internacional. Ela foi desenvolvida pelo físico
alemão Daniel Gabriel Fahrenheit em 1724. Nesta escala, o ponto de
congelamento da água é de 32°F e o ponto de ebulição é de 212°F, sob pressão
normal ao nível do mar. A escala Fahrenheit não é linear como a Celsius, o que
significa que as diferenças entre os graus não são uniformes.
• Escala Kelvin:

A escala kelvin é adotada pelo S.I. para a definição da temperatura termodinâmica.


Originalmente essa escala foi construída com base na temperatura do ponto triplo
da água, e o seu nome foi-lhe atribuído em homenagem ao físico britânico
William Thomson, conhecido como Lorde Kelvin. Assim como a escala celsius, a
escala kelvin é centígrado, isto é, apresenta 100 divisões iguais entre os pontos de
fusão e de ebulição da água. A escala kelvin é absoluta, ou seja, não admite
valores negativos de temperatura como fazem as outras escalas termométricas. A
temperatura mais baixa medida na escala kelvin é conhecida como zero kelvin (0
K ou -273,15 ºC), ou zero absoluto: uma temperatura teórica em que todos os
átomos e moléculas de um corpo encontram-se perfeitamente parados.

Figura 3: Relação do zero absoluto e dos pontos fixos da água nas três escalas mais comuns.

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/calor-temperatura.htm
2.2.2. Termômetros

Os termômetros são equipamentos usados para medir temperaturas ou a variação


de temperaturas, com alto grau de precisão. Sua aplicação vai desde o monitoramento
de experimentos e controle do ambiente, até a calibração de outros instrumentos e
inspeções de qualidade.
Existem diferentes tipos de termômetros, mas todos operam com base em um
princípio fundamental. Eles exploram alguma propriedade física que varia com a
temperatura. Por exemplo, o termômetro de mercúrio utiliza a expansão do mercúrio
em um tubo capilar para indicar a temperatura (Figura 4). Outros tipos de
termômetros podem usar a resistência elétrica (termistor), a pressão de gás
(termômetro a gás), ou a radiação infravermelha (termômetro de infravermelho) para
medir a temperatura.
Termômetros possuem uma excepcional versatilidade e podem ser encontrados
em todos os tipos de laboratórios ou indústrias, como farmacêutica, médica, ambiental,
alimentar, plásticos, ciências da vida, entre outros. Sua função geralmente baseia-se
no controle de qualidade e regulamentação de processos.

Figura 4: Termômetro de Mercúrio utilizado no experimento.

Fonte: https://www.quimicenter.com.br/termometro-escala-interna-10-1101-c-
enchimento-liquido-vermelho-hg
2.3. Calorimetria

A calorimetria é uma área da física que se dedica ao estudo das trocas de calor
entre sistemas. Ela desempenha um papel fundamental na compreensão de processos
termodinâmicos, na determinação de propriedades térmicas de substâncias e na
análise de reações químicas.

2.3.1. Calor e Equilíbrio Térmico

O conceito de calor é fundamental para entender como a energia térmica é


transferida entre corpos ou sistemas. O calor é uma forma de energia que está
associada à diferença de temperatura entre dois corpos e que flui espontaneamente do
corpo mais quente para o corpo mais frio, até que ambos atinjam o equilíbrio térmico,
ou seja, a mesma temperatura. A unidade de medida do calor no sistema internacional
é o Joule (J), embora em contextos mais antigos a caloria (cal) fosse frequentemente
utilizada. 1 caloria é equivalente a aproximadamente 4,184 joules.
O equilíbrio térmico é a tendência que os corpos têm de trocar energia térmica
entre si até que suas temperaturas se igualem. Dessa maneira, os corpos de maior
temperatura transferem calor para os de menor temperatura, até que se atinja a
condição de equilíbrio térmico (Figura 5). De acordo com a lei zero da
termodinâmica, corpos de diferentes temperaturas e em contato térmico tendem a
entrar em equilíbrio térmico. Isso implica que se dois corpos, A e B, estão em
equilíbrio térmico com um corpo C, então os corpos A e B também estão em
equilíbrio térmico entre si. Além disso, pelas leis da termodinâmica, sabemos que o
calor sempre deve fluir dos corpos de temperatura mais elevada em sentido aos de
menor temperatura.
Figura 5: O calor sempre é transferido do corpo mais quente para o mais frio até que atinja a
condição de equilíbrio térmico.

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/radiacao-conducao-conveccao.htm

2.3.2. Propagação de Calor

A propagação de calor, também conhecida como transferência de calor, é um


processo fundamental que ocorre quando há uma diferença de temperatura entre dois
corpos ou regiões. Existem três principais mecanismos de transferência de calor:
condução, convecção e radiação.

2.3.2.1. Condução

A condução é o processo de transferência de calor através de materiais sólidos ou


substâncias estacionárias. Quando uma parte de um material é aquecida, as partículas
desse material começam a vibrar mais intensamente, transmitindo essa agitação
térmica para as partículas vizinhas. Isso cria um efeito dominó, no qual a energia
térmica é transferida de partícula para partícula (Figura 6). A condutividade térmica
de um material é uma medida de sua capacidade de conduzir o calor, com materiais
bons condutores, como metais, a energia térmica é transmitida de maneira eficiente.
Figura 6: Condução de calor por um cilindro metálico em contato com uma chama de vela.

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/radiacao-conducao-conveccao.htm

2.3.2.2. Convecção

A convecção é o processo de transferência de calor em fluidos (líquidos e gases)


através do movimento das próprias partículas do fluido. Quando uma região de um
fluido é aquecida, as partículas desse fluido se tornam menos densas e tendem a subir,
enquanto as regiões mais frias têm fluido mais denso, que desce (Figura 7). Isso cria
correntes de convecção que transportam o calor pelo fluido. A convecção é
responsável pelo aquecimento de ambientes por aquecedores, bem como pelo
transporte de calor na atmosfera e nos oceanos.

Figura 7: Correntes de convecção de calor em recipiente submetido a chamas.

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/radiacao-conducao-conveccao.htm
2.3.2.3. Radiação

A radiação, ou irradiação térmica, é a transferência de calor por meio de ondas


eletromagnéticas, como a luz visível e infravermelha. Diferentemente da condução e
da convecção, a radiação não requer um meio material para se propagar e pode
ocorrer no vácuo. Todos os objetos emitem radiação térmica devido à sua temperatura,
e a quantidade de radiação emitida está relacionada à temperatura do objeto e às suas
propriedades radiativas. Superfícies escuras e opacas são boas emissores e
absorvedores de radiação, enquanto superfícies claras e reflexivas tendem a ser maus
emissores e absorvedores.

Figura 8: Esquema ilustrativo mostra irradiação térmica vinda do Sol em direção à Terra.

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/radiacao-conducao-conveccao.htm
2.4. Dilatação Térmica

A dilatação térmica é um fenômeno físico que ocorre quando um material se


expande ou contrai em resposta a mudanças na temperatura. Esse fenômeno é
observado em praticamente todos os materiais, incluindo sólidos, líquidos e gases,
embora a magnitude da dilatação possa variar dependendo do tipo de material.
Existem três tipos principais de dilatação térmica, sendo elas a Linear, Superficial
e Volumétrica. Nesse relatório iremos abordar principalmente a Dilatação Linear no
qual foi utilizada no experimento.

2.4.1. Dilatação Linear

A dilatação linear ocorre quando um objeto se expande ou contrai apenas em uma


direção, geralmente ao longo de seu comprimento. Em geral, os materiais se dilatam
quando são aquecidos e se contraem quando são resfriados. Os sólidos se dilatam
muito pouco, os líquidos se dilatam um pouco mais que os sólidos (para o mesmo
volume) e os gases se expandem a um grande volume quando são aquecidos.
A variação de comprimento que um sólido sofre ao ser aquecido é proporcional
a variação de temperatura. Se uma haste de um determinado material tem um
comprimento 𝐿0 e a temperatura varia por uma quantidade ∆𝑇 (Figura 9), então a
variação ∆𝐿 no comprimento da haste pode ser dada pela Equação 1.

𝛥𝐿 = 𝐿0 ∙ 𝛼 ∙ 𝛥𝑇 (1)

Onde a constante 𝛼 é chamada de coeficiente de dilatação linear. A sua unidade é 𝐾 −1


ou (°𝐶)−1 . Seu valor é diferente para materiais diferentes e é independente da massa
e dimensões do corpo, dependendo somente da natureza do material. A
Equação 1 é válida se a variação de temperatura não for muito grande para que não
modifique as características do material.
Figura 9: Dilatação de uma barra homogênea.

Fonte: UFERSA – DCEN – Laboratório de Ondas e Termodinâmica.

2.4.2. Coeficiente de dilatação linear

Os coeficientes de dilatação linear são valores que descrevem a taxa de variação


do comprimento de um material quando ele é aquecido ou resfriado. Esses
coeficientes são usados para calcular a variação no comprimento de um objeto devido
à variação de temperatura (Tabela 1).

Tabela 1: Tabela fornecida contendo coeficientes lineares comuns.

Fonte: UFERSA – DCEN – Laboratório de Ondas e Termodinâmica.


3. METODOLOGIA

3.1. Materiais

Utilizou-se os seguintes materiais no experimento:


• Dois corpos de prova;
• Recipiente com água;
• Dois termômetros;
• Uma lamparina;
• Pinça com mufa fixa;
• Pano de limpeza;
• Base principal com um dilatômetro (Figura 10).

Figura 10: Base principal com Dilatômetro. Um dilatômetro é um instrumento científico


que mede as mudanças de volume causadas por um processo físico ou químico.

Fonte: Autoria Própria.


3.2. Procedimento Experimental

O experimento iniciou-se elaborando um sistema parecido com o mostrado na


Figura 10, colocando um termômetro dentro da mangueira de saída deixando a marca
de 90 ºC para fora.

Figura 10: Esquema ilustrativo do sistema utilizado.

Fonte: UFERSA – DCEN – Laboratório de Ondas e Termodinâmica

Colocou-se um segundo termômetro no orifício da rolha do reservatório contendo


água. O bulbo do termômetro ficou afastado a 1 a 2 cm do fundo do recipiente com
água, pois não poderia tocar de forma alguma (Figura 11).

Figura 11: Montagem do sistema no laboratório

Fonte: Autoria Própria.


Determinou-se o comprimento inicial 𝐿0 do corpo de prova, essa distância é entre
o centro da guia com mufa até o medidor (este era o único trecho do corpo em prova
que teve influência sobre a leitura indicada pelo medidor. Após isso anotou-se o dado
obtido.
Analisou-se a temperatura inicial 𝑇0 da barra medindo a temperatura ambiente e
em seguida anotou esse dado para utilizar posteriormente.
Ativou-se a fonte de calor do aquecedor e observou-se que quando a temperatura
no corpo em prova começa a aumentar ocorreu uma dilatação devido as altas
temperaturas.
Logo depois, aguardou-se para que o corpo em prova atingisse a temperatura
máxima (consequentemente, a dilatação máxima). O momento para a execução dessa
leitura foi de 60 segundos após a estabilização dos medidores. Após ocorrer o
equilíbrio térmico, mediu-se as temperaturas nos pontos de entrada e saída do vapor,
em seguida anotou-se os valores medidos, a 𝑇𝑓 .
Depois, utilizou-se o dilatômetro já calibrado para medir a variação no
comprimento ∆𝐿 sofrido pelo corpo de prova. Anotou-se o valor medido e em seguida
realizou-se cálculos para obter o coeficiente de dilatação linear 𝛼 do corpo, ele
contribuiu para que pudéssemos descobrir de que era feito o material do corpo em
prova.
Por fim determinou-se por meio da Tabela 1 de qual material era feito o corpo em
prova e observou-se que o coeficiente experimental encontrado é bem próximo do
coeficiente do cobre, assim concluímos que o material era feito de cobre.
4. RESULTADOS E DISCURSSÃO

Iniciou-se o experimento medindo com um termômetro de mercúrio a


temperatura inicial, no caso a temperatura ambiente. O valor medido pelo termômetro
foi de 𝑇0 = 25 °𝐶. Depois mediu-se o comprimento inicial do corpo em prova. O
valor obtido foi de 𝐿0 = 500 𝑚𝑚.
Após isso, esperou-se até que o corpo em teste alcançasse sua temperatura
máxima, resultando na dilatação máxima. A temperatura final obtida foi de 𝑇𝑓 =
99 °𝐶. Agora com a temperatura inicial e final, calculou-se a variação de temperatura
que o corpo sofreu durante o experimento, o valor encontrado foi de ∆𝑇 = 74 °𝐶.
Obteve esse valor da seguinte forma:

∆𝑇 = 𝑇𝑓 − 𝑇0

∆𝑇 = 99 °𝐶 − 25 °𝐶

∆𝑇 = 74 °𝐶

Com o dilatômetro já calibrado, mediu-se a variação no comprimento ∆𝐿 sofrido


pelo corpo de prova. O valor medido foi de ∆𝐿 = 0,59 𝑚𝑚.
Agora com todos esses dados em mãos podemos calcular o coeficiente de
dilatação linear do corpo em prova por meio da Equação 1, o valor obtido foi de 𝛼 =
1,5946 × 10−5 °𝐶 −1 . Para encontrar esse valor foi necessário reformular a
𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 1 e obter uma nova variação no qual possamos encontrar o coeficiente de
dilatação linear, assim foi feito:

∆𝐿 = 𝐿0 ∙ 𝛼 ∙ ∆𝑇

∆𝐿
𝛼=𝐿 (2)
0 ∙ ∆𝑇
Agora por meio da Equação 2 podemos inserir os valores encontrados durante o
experimento e calcular o valor do coeficiente de dilatação linear experimental.

0,59 𝑚𝑚 0,59
𝛼= →𝛼= → 𝛼 = 1,5946 × 10−5 °𝐶 −1
500 𝑚𝑚 ∙ 74 37.000

Com esse dado experimental em mãos, podemos determinar por meio da Tabela 1,
de que seria feito o material do corpo em teste. Após analisar a tabela e discutir em
grupo juntamente com o professor, chegamos à conclusão de que o corpo em teste era
feito de cobre, já que o coeficiente do cobre é de 𝛼𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒 = 1,7 × 10−5 °𝐶 −1 que é
semelhante ao coeficiente experimental encontrado no laboratório.
Após a conclusão de que o material em teste é de cobre, e com o valor do seu
coeficiente de dilatação linear, podemos realizar uma comparação entre os valores
teóricos e experimentais e assim discutir sobre os possíveis erros presentes nos
procedimentos experimentais.
Usando a fórmula do erro relativo percentual podemos perceber a margem de erro
entre o valor teórico e o valor experimental dos coeficientes de dilatação linear de
ambos:

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙


𝐸=| | ∙ 100%
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜

1,7 × 10−5 − 1,5946 × 10−5


𝐸=| | ∙ 100%
1,7 × 10−5

𝐸 = 0,062

Esse resultado mostra que as medições do dilatômetro são eficazes, visto que o
valor do coeficiente linear experimental calculado no laboratório foi bem próximo do
valor do coeficiente linear do cobre e com isso foi possível determinar que o material
do sólido metálico em teste era feito de cobre. Assim, podemos concluir que o
experimento foi de grande excelência, tendo em vista que conseguimos determinar
por meio de procedimentos experimentais o material no qual o corpo em teste era
composto com uma percentagem de erro satisfatória.
Embora os resultados tenham sido aceitáveis, encontrou-se uma margem de erro
de 0,062, que nos leva a abordar os possíveis causadores de alguns erros presentes no
experimento, tais eles podem ter ocorridos durante o manuseio do equipamento, o erro
de paralaxe ou até mesmo o fato do ar condicionado está ligado durante o
experimento pode ter tirado algumas casas de precisões.
5. CONCLUSÃO

Por meio deste relatório, buscou-se explorar a fascinante relação entre


temperatura, calor, dilatação linear e o coeficiente de dilatação linear em sólidos
metálicos. Ao longo do experimento e da análise desses conceitos, pudemos perceber
a sua relevância e aplicação em várias áreas da ciência e da engenharia.
A dilatação linear, que ocorre quando os objetos se expandem com o calor e se
contraem com o frio, é um fenômeno essencial para entendermos como o mundo ao
nosso redor responde às variações de temperatura. A compreensão do coeficiente de
dilatação linear é crucial, pois permite prever com precisão como os materiais irão se
comportar em diferentes condições térmicas.
As aplicações práticas desses conceitos são vastas, desde a construção de
estruturas resistentes e seguras até a fabricação de dispositivos eletrônicos e máquinas
precisas. Além disso, desempenham um papel fundamental na pesquisa científica e no
desenvolvimento de novos materiais.
O experimento realizado demonstrou a complexidade e a riqueza por trás dos
fenômenos calor, temperatura e dilatação térmica. Foi-se possível determinar por
meio de processos experimentais o coeficiente de dilatação do sólido metálico e assim
concluir do que seria feito o material em teste. Concluímos que o dilatômetro é eficaz
para a medição das variações de comprimento de barras metálicas e conseguimos
determinar que o corpo em teste era feito de cobre por meio das análises feitas com
uma precisão notável.
Por fim, com os resultados obtidos no experimento realizado no laboratório, foi
possível estabelecer conclusivamente as relações existentes entre calor e temperatura,
especialmente sua interferência durante as dilatações térmicas existentes. Por meio
desse estudo, foi ampliado o conhecimento sobre a termologia e o comportamento dos
sólidos metálicos quando estão sobre diferentes temperaturas, contribuindo
significativamente para o nosso entendimento da dilatação linear e suas aplicações
práticas.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física - Volume 2:


Gravitação, Ondas e Termodinâmica. 9. ed. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2014.

SERWAY, Raymond A. e JEWETT Jr, JOHN W., Princípios de Física- Movimento


ondulatório e termodinâmica. Vol.2. Ed. Thomson São Paulo, 2006.

SEARS & ZEMANSKI, YOUNG & FREEDMAN, Física II, Ondas e Termodinâmica,
12ª Edição, Person, 2008.

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