A Importância Da Equipe Multiprofissional de Crianças Diagnosticadas Com TEA

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A importância da equipe
multiprofissional de crianças
diagnosticadas com TEA

Natália Miotto Costa


UNIFATECIE

Paula Ribeiro dos Santos


UNIFATECIE

Adriana Cristina Rocha Beluco


UNINGÁ

10.37885/210705226
RESUMO

A pesquisa em Análise do Comportamento tem contribuído amplamente para a identifica-


ção e compreensão das variáveis que afetam o repertório de indivíduos com transtorno
do espectro autista (TEA). Objetivo: O presente trabalho visa compreender a composição
e a importância da atuação da equipe multiprofissional no diagnóstico e na intervenção
das crianças com autismo. Buscou-se ainda explanar sobre a maneira como a família
reage diante do diagnóstico e as possíveis orientações que são destinadas a mesma.
Método: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, através de um levantamento de artigos
científicos que se relacionassem ao autismo, seu tratamento, a equipe multiprofissional
e a importância da família. Resultados: O trabalho da equipe multiprofissional é funda-
mental desde o diagnóstico da criança, para que possam juntos propor e desenvolver um
tratamento adequado para o desenvolvimento da mesma e também realizar a orientação
da família. Conclusão: Com este trabalho pudemos perceber que a equipe multipro-
fissional é de suma importância para o tratamento da criança autista, pois possibilita o
desenvolvimento, pois cada profissional envolvido no tratamento desempenha um papel
fundamental na vida da criança com TEA.

Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista (TEA), Criança, Equipe Multiprofissional.

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Autismo: avanços e desafios
INTRODUÇÃO

O termo Autismo foi usado pela primeira vez em 1911, por Eugene Bleuler, para ca-
racterizar dificuldades ou incapacidade de comunicação e também a perda de contato com
a realidade. Em 1943, o Dr. Leo Kanner utilizou o termo para caracterizar 11 crianças que
apresentavam comportamentos que as tornava incapazes de se relacionarem de formas
comuns (GADIA; TUCHMAN; ROTTA, 2004).
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é considerado uma síndrome comportamental
com etiologias múltiplas e tem como consequência um distúrbio de desenvolvimento global
(SILVA; MULICK, 2009). Grandin e Scariano (1999) assim o descrevem:

O autismo é um distúrbio do desenvolvimento. Uma deficiência nos sistemas


que processam a informação sensorial recebida fazendo a criança reagir a
alguns estímulos de maneira excessiva, enquanto a outros reage debilmente.
Muitas vezes, a criança se “ausenta” do ambiente que a cerca e das pessoas
circunstantes a fim de bloquear os estímulos externos que lhe parecem avassa-
ladores. O autismo é uma anomalia da infância que isola a criança de relações
interpessoais. Ela deixa de explorar o mundo à sua volta, permanecendo em
vez disso em seu universo interior. (GRANDIN; SCARIANO, 1999, p.18)

Dada a sua extrema complexidade e variabilidade nos aspectos comportamentais do


sujeito, o prognóstico exige, em sua realização, uma abordagem multidisciplinar que vise
não somente um acompanhamento médico, mas de toda uma equipe multiprofissional.
O TEA é um novo transtorno que se apresenta no DSM-5 como um transtorno que
engloba o transtorno autista (autismo). Ele é caracterizado por déficits em dois domínios cen-
trais: 1) déficits na comunicação social e 2) padrões repetitivos e restritos de comportamento,
interesses e atividades. As características principais do Transtorno do Espectro Autista seria
a falta de comunicação social e um déficit na interação social, que estão presentes desde o
início da infância podendo prejudicar o funcionamento diário do sujeito. A manifestação do
transtorno vária de acordo com a gravidade da condição do autista, da sua idade e de seu
nível de desenvolvimento, daí surge o termo espectro (APA, 2014).
O diagnóstico é mais confiante quando é baseado em várias informações, como ob-
servação do clínico, história de quem cuida da criança autista e, quando possível, autorre-
lato. Os problemas verbais e não verbais podem variar dependendo da idade do indivíduo,
do nível intelectual, da história de tratamento e do apoio que está recebendo da equipe que
o acompanha. Vários indivíduos apresentam dificuldades na linguagem que variam entre a
ausência total da fala ou apenas um atraso no processo de comunicação. A falta de capaci-
dade de envolvimento é evidente em crianças com TEA, elas podem apresentar pequenas
ou nenhuma capacidade de interação social e emocional (APA, 2014).

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Autismo: avanços e desafios
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode ser enquadrado em três níveis de gravi-
dade: o nível 1 requer suporte, pois, sem suporte local, o déficit social ocasiona prejuízos,
os rituais e comportamentos repetitivos interferem, significativamente, no funcionamento
em vários contextos. O nível 2 requer suporte grande, graves déficits em comunicação so-
cial verbal e não verbal que aparecem sempre, mesmo tendo suportes em locais limitados,
desconforto e frustrações visíveis quando as rotinas são interrompidas, o que dificulta o
redirecionamento dos interesses restritos. E já o nível 3 requer suporte intenso, graves dé-
ficits em comunicação verbal e não verbal ocasionando graves prejuízos no funcionamento
social, intenso desconforto quando os rituais ou rotinas são interrompidas, com grandes
dificuldades no redirecionamento dos interesses.
O diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é realizado por uma equipe
multiprofissional composta por médico neurologista, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta
ocupacional e fisioterapeuta. Tal processo é prioridade na avaliação e no acompanhamento
do autista. Segundo Brasil (2015, p.44), “O processo diagnóstico deve ser conduzido por uma
equipe multidisciplinar que possa estar com a pessoa ou a criança em situações distintas:
atendimentos individuais, atendimentos à família, atividades livres e espaços grupais”.
Na avaliação serão feitos: avaliação neuropsicológica, anamnese, avaliação fonoau-
diológica, avaliação da cognição social, exame físico, exame neurológico. Ao final de cada
avaliação, em uma reunião com a equipe multidisciplinar, discutem-se aspectos relevantes
da avaliação, formulando-se um diagnóstico baseado também nos critérios do DSM-5 (APA,
2014). Em seguida, é feito um relatório contendo todas estas informações, com conduta e
orientações, que são explicadas em reunião com a família do indivíduo avaliado. Todos os
pais/responsáveis pelos indivíduos avaliados recebem esse relatório, com todas as infor-
mações das avaliações, diagnóstico final e orientações à família, que são detalhadas no
encontro final (devolutiva).
O presente trabalho busca esclarecer questões referentes ao Transtorno do Espectro
do Autista (TEA), distúrbio que reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes
desde o nascimento ou início da infância. Desse modo, pode auxiliar a família e a criança
diagnosticada com o TEA, estudando os comportamentos da criança para realizar um plano
de intervenção adequado. Também explicita-se, nessa pesquisa, a importância do acompa-
nhamento no tratamento da criança autista pela equipe multiprofissional, que sempre irá tra-
balhar para possibilitar um maior desenvolvimento da criança e uma melhor interação familiar.

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Autismo: avanços e desafios
DESENVOLVIMENTO

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou Autismo, é denominado pelo DSM- 5


(Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 2014), como transtorno do neuro-
desenvolvimento que, geralmente, manifesta-se na primeira infância. O termo Autismo é de
origem grega que significa “próprio” ou “de si mesmo” (BARBOSA; ZACARIAS; MEDEIROS;
NOGUEIRA, 2013).
O autista vive em seu mundo interior, pelo fato de ter dificuldades em se relacionar
com outras pessoas, por não usar a fala como um meio de comunicação, não se expõe ao
mundo externo. É comum crianças com TEA terem movimentos estereotipados, como, por
exemplo, balançar as mãos, estalar os dedos, repetição de sons estranhos, moverem-se
para frente e para trás por um longo tempo ou bater palmas. Também apresentam dificul-
dades em compartilhar interesses e em demonstrar sentimentos e afetos. Segundo Silva
(2012, p. 39-40):

Os comportamentos motores estereotipados e repetitivos, como pular, balançar


o corpo e/ou as mãos, bater palmas, agitar ou torcer os dedos e fazer care-
tas, são sempre realizados da mesma maneira e alguns pais até relatam que
observam algumas manias na criança que desenvolve tais comportamentos.
[...] os comportamentos destrutivos cognitivos, tais como compulsões, rituais
e rotinas, insistência, mesmice e interesses circunscritos que são caracteriza-
dos por uma aderência rígida a alguma regra ou necessidade de ter as coisas
somente por tê-las.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno que afeta o quadro com-


portamental, pois, no Autismo, existem vários níveis de intensidade, por isso, é preciso
um trabalho com cada criança, o que torna o processo um tanto complexo, pois cada uma
apresenta um conjunto de comportamentos e características. No desenvolvimento da crian-
ça com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem ocorrer alterações de comunicação,
como destacado abaixo:

As alterações de comunicação em indivíduos do espectro do autismo incluem,


desde a ausência de fala em crianças com mais de três anos, a presença
de características peculiares, como ecolalia, inversão pronominal, discurso
descontextualizado, ausência de expressão facial, até o desaparecimento
repentino da fala. Essas alterações aparecem na literatura
como uma das primeiras preocupações dos pais dessas crianças (BALESTRO;
FERNANDES, 2012, p. 279).

O Autismo é visto como uma condição que afeta crianças de qualquer cultura e
raça, sendo uma condição que pode se manifestar de diversas maneiras ao longo dos 31
Autismo: avanços e desafios
anos. O diagnóstico do Autismo é realizado através da observação dos comportamentos
das crianças, e também na análise de todo o seu histórico e interação com o meio, e ain-
da é realizada entrevista com os pais e/ou responsáveis (GADIA; TUCHMAN; ROTTA,
2004). O diagnóstico precoce na criança é fundamental para o sucesso do tratamento,
principalmente antes dos três anos de idade, quando o cérebro está em desenvolvimento,
o que torna mais flexível o trabalho com o comportamento, facilitando o rápido encaminha-
mento para um tratamento especializado, que resultará em importantes possibilidades para
o desenvolvimento da criança (VIDAL; MOREIRA, 2009).

As crianças devem ser assistidas de forma continuada, de maneira que pos-


síveis sinais de atraso, em quaisquer aspectos, sejam identificados e melhor
avaliados. A identificação de irregularidades é de fundamental importância para
o diagnóstico precoce do TEA. Apesar do diagnóstico do TEA normalmente ser
realizado a partir de 3 anos, diversos estudos demonstram que alguns de seus
sinais já se apresentam antes dessa faixa etária (SELLA; RIBEIRO, p. 41-42).

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), uma em cada 160 crianças


são diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A avaliação da criança com
Autismo deve incluir sua história de vida detalhadamente, avaliação do seu desenvolvimento,
avaliação psicológica e de comunicação, e também avaliação de habilidades adaptativas que
estão ligadas às atividades diárias. Os casos de Autismo vêm crescendo muito nas últimas
décadas, apesar de que, no Brasil, muitas crianças ainda continuam sem um diagnóstico
correto ou um diagnóstico incerto (SILVA; MULICK, 2009).
Quando um caso de TEA é identificado, é muito importante que a criança e sua família
recebam as informações e orientações necessárias, como encaminhamentos para especia-
listas, de acordo com a necessidade específica de cada criança. Não há cura para o TEA,
mas intervenções como a terapia comportamental, programas de treinamento para os pais
e cuidadores podem reduzir as dificuldades de comunicação e comportamento social da
criança, e possibilitar um resultado positivo na qualidade de vida da mesma.

O PAPEL DA FAMÍLIA NO TRATAMENTO DA CRIANÇA COM TEA

Famílias de crianças diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) se


veem diante do grande desafio que é lidar com a realidade da criança autista, desde o
surgimento dos primeiros sintomas. O contexto familiar sofre diante da transformação emo-
cional, nas atividades de rotina dentro do ambiente em que a criança autista vive. Segundo
Sprovieri e Assumpção (2001, p. 231), “O autismo leva o contexto familiar a viver rupturas
por interromper suas atividades sociais normais, transformando o clima emocional no qual

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Autismo: avanços e desafios
vive. A família se une à disfunção de sua criança, sendo tal fator determinante no início de
sua adaptação familiar”.
Os familiares de crianças diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA)
apresentam diversas reações diante do diagnóstico, como a aceitação, o sofrimento, a
negação e a preocupação excessiva. Para muitos pais, não é fácil a aceitação e, por isso,
passam por diversas mobilizações desde o aspecto financeiro até a qualidade de vida so-
cial, física e psíquica. Independentemente de qualquer situação, é de extrema importância
à família aprender a conviver com a criança diagnosticada com o TEA. Famílias relatam
dificuldades da criança nessa situação, no processo de inserção na sociedade, passando
por sentimentos de preconceito, desprezo e exclusão.

Família é sempre um conjunto de pessoas consideradas como unidade social,


como um todo sistêmico onde se estabelecem relações entre os seus membros
e o meio exterior. Compreende-se, que a família constitui um sistema dinâmico,
contém outros subsistemas em relação, desempenhando funções importantes
na sociedade, como sejam, por exemplo, o afeto, a educação, a socialização
e a função reprodutora. Ora, a família como sistema comunicacional contribui
para a construção de soluções integradoras dos seus membros no sistema
como um todo (DIAS, 2011, p. 141).

O impacto do diagnóstico de Autismo na família acaba fazendo com que muitas delas
levem tempo negando-se à realidade da criança. A família pode acabar prejudicando o
desenvolvimento da criança com TEA, não aceitando, e a criança acaba não tendo os auxí-
lios dos profissionais para seu desenvolvimento. Ribeiro (2011) relata que muitas famílias,
após o diagnóstico, vivem momentos de desespero e angústia, passando por uma grande
etapa de isolamento.
A vida familiar é afetada pelo diagnóstico de Autismo, pois as pessoas que a compõe
têm a rotina diária totalmente alterada, e precisará do auxílio de vários profissionais incluídos
na rotina. A partir do momento em que a família aceita o diagnóstico do Autismo, a situação
neste ambiente e o convívio com a criança autista melhoram (RIBEIRO, 2011).

É importante para a família aprender a conviver com seu filho e suas limitações.
O medo passa a ser uma reação comum, e junto com ele, vêm as incertezas
com relação à criança, seu prognóstico e seu futuro. Algumas mães chegam
para atendimento muito fragilizadas, com dificuldades de confiar em si mesmas
e com uma dor muito grande (RIBEIRO, 2011, p. 7).

Mudanças ocorrem nas famílias, de acordo com a maneira pela qual os familiares idea-
lizam os sentimentos associados à criança autista. Assim, ao buscar conhecimento sobre
a história do Autismo, trocar informações com familiares de crianças autistas que lidam há

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Autismo: avanços e desafios
bastante tempo com TEA, são passos importantes para que as famílias entendam melhor o
tratamento da criança (PINTO; TORQUATO; COLLET; REICHERT; NETO; SARAIVA, 2016).

A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL

A importância da equipe multiprofissional no acompanhamento da criança autista de-


ve-se ao fato de que essa pode trabalhar sempre em conjunto para atingir as metas a que
se propõem: melhorar o desenvolvimento, a interação e a qualidade de vida da criança com
TEA. A necessidade do acompanhamento da equipe multiprofissional vária de acordo com
as necessidades que cada criança autista possui. O trabalho da equipe multiprofissional é
necessário desde o primeiro contato com o paciente, sendo que, neste primeiro contato,
faz-se a avaliação inicial para estabelecer o diagnóstico correto e, em seguida, delimita-se o
tratamento a ser realizado. O envolvimento entre o paciente e a equipe facilita uma melhor
intervenção desde o processo diagnóstico (VIEIRA; SANTIN; SOARES, 2004).
O tratamento da criança autista envolve o trabalho de uma equipe multiprofissional,
composta por médico neurologista, psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e terapeutas
ocupacionais, e também é essencial a orientação, por parte desses profissionais, com os
pais ou cuidadores. A avaliação multiprofissional objetiva estudar os sintomas da criança
para procurar entender melhor o comportamento de cada uma delas. É necessário que a
equipe avalie e desenvolva um programa de intervenção adequado para cada criança, pois
nenhuma é igual à outra. (VIDAL; MOREIRA, 2009).
Tal equipe compartilha informações entre si sobre as condições do paciente, pois cada
profissional é responsável por desenvolver seu papel da melhor forma possível, para que,
assim, possa auxiliar no desenvolvimento da criança com TEA. Dentre as principais vanta-
gens da atuação multiprofissional estão: um maior número de indivíduos atendidos; melhor
adesão ao tratamento; cada paciente poderá ser um replicador de conhecimentos e atitudes,
favorecendo ações de pesquisa em serviço, entre outros (PINTO, 2011).
São várias as funções desenvolvidas pela equipe multiprofissional, sua relação é feita
diretamente com o paciente, e mostra-se necessária desde o primeiro contato, na avaliação
inicial. É muito importante que, nesta avaliação inicial, estabeleça-se um possível diagnós-
tico, a lista de déficits a serem trabalhados e as metas do tratamento. O envolvimento e o
vínculo terapêutico faz-se necessário no tratamento com a equipe, facilitando a eficácia da
avaliação. A equipe multiprofissional deve oferecer ao paciente e à sua família várias op-
ções terapêuticas como, grupo de terapia, acompanhamento individual e acesso facilitado
ao sistema de saúde (VIEIRA; SANTIN; SOARES, 2004).
O médico neurologista é de suma importância nesse diagnóstico, pois ele é, geral-
mente, o primeiro profissional a entrar em contato com a pessoa com TEA e sua família.
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Autismo: avanços e desafios
Esse profissional é o responsável pela identificação dos principais sintomas e por fazer o
fechamento de diagnóstico da criança autista. Em diversos casos, o neurologista é quem
solicita a avaliação de psicólogo e fonoaudiólogo, para juntos auxiliarem no fechamento de
diagnóstico autista, no qual o comportamento e a comunicação são características maiores
do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esse profissional é responsável por realizar o
acompanhamento dos tratamentos e definir medicações e dosagens quando necessário
O psicólogo desempenha vários papéis nessa equipe que ajudam a melhorar a rela-
ção da criança com o meio. Ele atua como investigador, psicoterapeuta, realiza avaliação
psicológica, em uma abordagem individual ou institucional e também realiza a orientação
familiar. O psicólogo deve desenvolver terapia diferenciada para atender às necessidades
de cada um, pois cada pessoa, apesar de semelhante, é única. Ele deve estar preparado
teoricamente, conhecer o desenvolvimento humano para ter condições de observar as áreas
comprometidas do indivíduo e precisa ser muito sensível para observar os relatos fami-
liares. O trabalho do psicólogo e da equipe multiprofissional melhora a qualidade de vida
da criança com autismo e de sua família, pois este profissional interage diretamente com
os sentimentos e expectativas de uma vida mais tranquila (SOUZA; FRAGA; OLIVEIRA;
BUCHARA; STRALIOTTO; ROSÁRIO; REZENDE, 2004).
O acompanhamento da criança por uma fonoaudióloga tem como principal objetivo
avaliar as alterações linguísticas que são características do Transtorno Espectro Autista,
mostrando que é de suma importância o papel dessa profissional. Tal função pode também
influenciar diretamente nas interações sociais, familiares, escolares e na qualificação de vida
do autista (GONÇALVES; CASTRO, 2013).
A fisioterapia atua de modo positivo no trabalho com crianças com TEA, auxiliando no
trabalho do desenvolvimento neuropsicomotor e ainda na sua interação social, e desta forma,
pode ajudar o indivíduo a estabelecer uma maior interação com o meio. O profissional dessa
área irá trabalhar com estímulos motores e sensórios. Através desse trabalho, o fisiotera-
peuta busca melhorar o processo de socialização da criança com TEA. Uma das funções
desenvolvidas pelos fisioterapeutas é o trabalho de prevenção, pois algumas crianças, por
exemplo, apresentam algum tipo de alteração, como a hipotonia, que pode resultar em dis-
funções posturais, e, através desse trabalho, pode-se modificar ou adaptar esses movimentos
(BUSON; SOUZA; COUTINHO; SAMPAIO; LEITE; MONTEIRO; PAREDES; TADDEO, 2019).
A área da terapia ocupacional auxilia a criança com TEA nas atividades do seu dia a
dia, como se vestir, tomar banho, alimentar-se, realizar as atividades de higiene pessoal,
lazer e participação social. Tem o objetivo de ajudar a criança a realizar suas atividades com
maior autonomia e independência (SILVA; ROCHA; FREITAS, 2018).

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Autismo: avanços e desafios
Dentre os métodos de tratamento mais utilizados, destaca-se: TEACCH (Tratamento
e Educação de Crianças com Autismo e Problemas de Comunicação Relacionados) desen-
volvido pelo Dr. Eric Schopler junto com sua equipe, na Universidade da Carolina do Norte,
em 1966, para atender crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA). É um
programa estruturado que combina diferentes materiais visuais para organizar o ambiente,
por meio de rotinas, para tornar o ambiente mais compreensível. Este método visa à inde-
pendência e ao aprendizado (KWEE; SAMPAIO; ATHERINO, 2009).

O objetivo máximo do TEACCH é apoiar o portador de autismo em seu desen-


volvimento para ajudá-lo a conseguir chegar à idade adulta com o máximo de
autonomia possível. Isto inclui ajudá-lo a compreender o mundo que o cerca
através da aquisição de habilidades de comunicação que lhe permitam relacio-
nar-se com outras pessoas, oferecendo-lhes, até onde for possível, condições
de escolher de acordo com suas próprias necessidades (MARQUES; MELLO,
2005, p. 145).

O método TEACCH é o inverso dos outros métodos comportamentais, pois não se reme-
te aos problemas comportamentais, mas procura estudar e eliminar as possíveis causas. Ele
tem como enfoque viabilizar competências adaptativas fundamentais na vida do autista, sem-
pre se adaptando às necessidades de cada criança com TEA (MARQUES; MELLO, 2005).
Outro método importante é o PECS (Sistema Único de Comunicação por troca de fi-
gura), desenvolvido nos Estados Unidos. Trata-se de um método de comunicação por meio
das figuras, uma importante ferramenta para a criança que não desenvolve ou apresenta
alguma dificuldade na fala. É um método fácil de aprender, podendo ser aplicado inclusive
pelos pais (FERREIRA; TEIXEIRA; BRITO 2011).
O objetivo do PECS é ensinar a criança autista a comunicar-se através de troca de
figuras. Segundo Mello (2007), o sistema PECS:

Tem sido bem aceito em vários lugares do mundo, pois não demanda materiais
complexos ou caros, é relativamente fácil de aprender, pode ser aplicado em
qualquer lugar e quando bem aplicado apresenta resultados inquestionáveis na
comunicação através de cartões em crianças que não falam, e na organização
da linguagem verbal em crianças que falam, mas que precisam organizar esta
linguagem (MELLO, 2007, p.39).

O sistema PECS busca incentivar a criança a compreender que a comunicação é es-


sencial para ela, levando-a a conquistar algo com maior eficácia e agilidade. A estimulação
da comunicação é essencial para a criança autista, pois faz com que suas complicações na
fala tendam a diminuir cada vez mais (DEFENDI, 2016).
A ABA (Análise do Comportamento Aplicada do inglês Applied Behavior Analysis), ba-
seada no condicionamento operante e reforçadores tem o objetivo de incluir comportamentos
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Autismo: avanços e desafios
socialmente significativos, reduzir comportamentos indesejáveis e desenvolver habilidades
(LAVOR; MUNER, 2020). Neto (2002) define a ABA como:

[…] o campo de intervenção planejada dos analistas do comportamento. Nela,


estariam assentadas as práticas profissionais mais tradicionalmente identifi-
cadas como psicológicas, como o trabalho na clínica, escola, saúde pública,
organização e onde mais houver comportamento a ser explicado e mudado
[…]. (NETO, 2002, p. 16).

A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) consiste em estimular a linguagem da


criança, por meio de reforços positivos. Estes reforços podem ser primários, através do
oferecimento de alimentos; ou secundários, como o andamento de atividades que a criança
sente prazer em realizar. Tal prática pode ser utilizada no início da educação infantil, por
volta dos 3 anos de idade, e é um método de aplicação intensa, que dura em torno de 20
a 40 horas semanais. Tem como objetivo transformar o aprendizado em algo mais natural,
inicia-se com as atividades voltadas à criança, de forma individual, e, no decorrer da mes-
ma, demais participantes podem ser inseridos no cenário (GONÇALVES; CASTRO, 2013).

MÉTODOS

O presente trabalho é de natureza básica, por meio de revisão bibliográfica. Segundo


GIL (2002, p.44), as pesquisas bibliográficas são desenvolvidas com base em materiais já
elaborados, constituídos, principalmente, de artigos científicos e livros. Ainda que em quase
todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desen-
volvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas.
Primeiramente, foi realizado o levantamento de artigos científicos, relacionados ao tema
desta pesquisa. As plataformas para a consulta foram: o portal de Periódicos Eletrônicos
de Psicologia (PePSIC), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em
Saúde (BVS) e Google Acadêmico (Scholar Google) e também revistas cientificas, disponí-
veis em língua portuguesa. Utilizamos, para tal levantamento, as palavras-chave “autismo”,
“criança”, “equipe terapêutica”.
Através desta pesquisa, buscou-se compreender a importância do trabalho da equipe
multiprofissional no tratamento da criança diagnosticada com o TEA (Transtorno do Espectro
Autista) e seus familiares. Também se levantou como as famílias se veem diante do diag-
nóstico, passando por momento de dificuldades, de dúvidas e de sofrimento. A importância
do acompanhamento da equipe multiprofissional no tratamento da criança autista e também
na orientação de sua família torna-se de suma importância, pois proporciona melhoria na
qualidade de vida da criança e em sua interação com a família.

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Autismo: avanços e desafios
RESULTADOS E DISCUSSÕES

No decorrer desse trabalho, percebe-se a necessidade de estudos voltados, por um


lado, à compreensão da manifestação do Autismo, dada a complexidade de sintomas que
apresenta, e por outro lado, a importância de um diagnóstico rápido e preciso como caminho
que atenda às particularidades de cada indivíduo com vistas a um tratamento que seja eficien-
te. Nesse sentido, pesquisar a respeito da equipe multiprofissional no tratamento à criança
autista torna-se importante para compreender as diversas manifestações do transtorno.
Defrontamo-nos, na atualidade, com um crescimento no número de diagnóstico de
crianças autistas e, mesmo assim, as pessoas ainda apresentam grande confusão quando
confrontadas com os sintomas desse transtorno de desenvolvimento neurológico. Para
muitas pessoas, as peculiaridades que a criança autista apresenta são confundidas com
“birra”, “manha”, “loucura”, “liberdade excessiva diante de tecnologias, como o celular”, ou
mesmo “falta de limite imposto pelos pais”. Tais expressões denotam desinformação em
relação ao termo, ao mesmo tempo em que apontam o quanto é necessário se conhecer
efetivamente as manifestações do Autismo, pois, como já destacado no trabalho, trata-se
de um transtorno que atinge um número cada vez maior de crianças.

Segundo o CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado


ao governo dos Estados Unidos, existe hoje um caso de autismo a cada
110 pessoas. Dessa forma, estima-se que o Brasil, com seus 200 milhões
de habitantes, possua cerca de 2 milhões de autistas. São mais de 300 mil
ocorrências só no Estado de São Paulo. Contudo, apesar de numerosos, os
milhões de brasileiros autistas ainda sofrem para encontrar tratamento ade-
quado. (OLIVEIRA, 2015, s/p).

Trata-se, como se percebe, de um número expressivo de casos, mas o mais importante


a se destacar de tal citação é a falta de tratamento adequado a pessoas autistas. Em seu
artigo, Oliveira acrescenta que somente em 1993 o Autismo foi classificado internacional-
mente como doença, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e tal demora deve-se ao
fato de que pouco se sabia, até então, sobre a síndrome. “Ainda nos dias de hoje, o diag-
nóstico é impreciso, e nem mesmo um exame genético é capaz de afirmar com precisão
a incidência da síndrome”. (OLIVEIRA, 2015, s/p). Sendo assim, o tratamento do Autismo
passa, necessariamente, pelo conhecimento do universo peculiar do autista, que precisa
ser acolhido, não como uma figura excêntrica, ou louca, ou mesmo com indiferença como
“coisa da idade”, mas como um indivíduo que precisa de cuidados especiais.
Diante de tais considerações a respeito do ainda desconhecido – para a maioria da
população - universo do Transtorno do Espectro do Autismo, é preciso que o olhar da fa-
mília, dos profissionais e da própria sociedade esteja voltado para a sempre necessária
38
Autismo: avanços e desafios
inclusão. Os elementos aqui apontados despertam, assim, os seguintes questionamentos:
incluir significa simplesmente aceitar ou trata-se de algo mais complexo como conhecer,
pesquisar, respeitar e conviver? Em uma sociedade como a nossa em que a pesquisa cien-
tífica ainda não é tratada com o devido respeito e valorização, quais os caminhos para que
o conhecimento a respeito do Autismo seja reduplicado e torne-se cotidiano na vida das
famílias e da sociedade? Compreender e tratar somente os sintomas apresentados pela
criança autista é suficiente para o seu tratamento?
Sabemos que a rede pública não oferece tratamento adequado para pessoas com
TEA. O que existe é uma forma de tratamento pelo SUS, como consultas com psiquiatras,
psicólogos, e a maior parte das crianças são encaminhadas para as APAEs (Associação
de Pais e Amigos do Excepcionais), onde tem o acompanhamento com a equipe multipro-
fissional. Ao demonstrarmos, nesse estudo, como a equipe multiprofissional é essencial no
tratamento do Autismo, percebemos que não basta à sociedade só conhecer os aspectos
sintomáticos inerentes ao autista, a saber, os déficits manifestos no transtorno. Mais do que
isso, é preciso:

Ampliar as possibilidades de inserção do autista no laço social, produzir au-


tonomia, levar em consideração a singularidade e garantir direitos como uma
questão complexa e que se faz necessária na Rede SUS. Entretanto, res-
tringimo-nos às práticas e abordagens que limitam a participação do sujeito,
engessam o processo de cuidado e inviabilizam a construção de uma rede viva.
Para avançar é preciso discutir e convocar os diferentes sabres que abordam
e lançam luz sob os fenômenos, é assim que se faz ciência. Caso contrário,
estaremos reproduzindo uma lógica de imperativos supostamente científicos
e legitimando o cenário obscuro atual. (SILVA; FURTADO, 2019, p. 127).

Essas atitudes destacadas acima – que engessam o processo de cuidado -, por si só,
criam certa acomodação diante do problema que impede a busca por ações que sejam mais
significativas, que apontem caminhos pertinentes de tratamento. É nesse sentido que se
torna relevante a equipe multiprofissional, cujo suporte, desde o diagnóstico, passando pelo
apoio à família, até o tratamento, está sempre buscando alternativas – fonoaudiológicas,
psicológicas, neurológicas, fisioterapêuticas -, que penetram o universo do transtorno sem se
ater a opiniões pré-estabelecidas, sem estigmatizações, em busca de metodologias sempre
mais relevantes para lidar com a síndrome. É por isso que se torna sempre mais urgente
que tal atendimento, enquanto proposta que leve em conta abranger todas as dimensões
pelas quais o transtorno manifesta-se, precisa constituir-se sempre mais em prioridade junto
ao SUS, uma vez que o aumento assustador de diagnósticos no país já é uma realidade.
Dentro desse panorama, temos ainda que lidar com a grande escassez de profis-
sionais nessa área, pois, são poucos médicos com formação específica na área, capazes
de constatarem com segurança os sinais de TEA e a maior parte deles não atende pelo
39
Autismo: avanços e desafios
SUS. É comum, por exemplo, a falta de neurologistas e psiquiatras atendendo na rede pú-
blica. Como consequência de tal deficiência sanitária, muitas crianças que necessitam ainda
não têm acesso a um tratamento adequado.
Por vezes, gestos e sintomas que podem parecer irrelevantes para nós, podem ser,
para o autista, demonstrações – implícitas ou explícitas – de sentimentos ou pedidos de
ajuda. Analisar desde os mínimos gestos até as complexidades do transtorno é o caminho
para se criar ações e metodologias que possibilitem ao autista um tratamento adequado, que
respeite sua individualidade e tire da síndrome o estigma com o qual, até hoje, a sociedade o
envolve. É por isso que o trabalho da equipe multiprofissional possui grande significado social,
devendo ser sempre mais valorizado, respeitado, propagado e, principalmente, garantido
junto ao sistema público de saúde, de modo a tornar mais compreendido esse transtorno
que engloba um número grandioso de famílias no país.

CONCLUSÃO

Como viemos acompanhando nesse trabalho, o estudo relacionado ao Transtorno do


Espectro do Autismo (TEA) apresenta grandes desafios, seja pela complexidade de sintomas
que apresenta, seja pela necessidade de tornar as famílias melhor informadas a respeito de
seus desdobramentos, ou ainda pela necessidade constante de acompanhamento junto a
uma equipe profissional especializada para facilitar a vivência do indivíduo acometido por tal
transtorno. Atuar nessas três frentes – peculiaridades do autista, apoio à família e acompa-
nhamento profissional adequado – é uma via pertinente para o enfrentamento do transtorno,
visando sempre ao bem-estar da criança autista e de todos aqueles que a circundam.
Para que isso realmente aconteça, é preciso, antes de tudo, que o assunto seja pesqui-
sado, discutido, avaliado e, por fim, compreendido por parte significativa da população. Os da-
dos e estatísticas apontados em todo o percurso do trabalho mostram que não se trata de um
transtorno qualquer. Ao contrário, acomete um número significativo de indivíduos e ignorá- lo
significa abrir margens à criação de estereótipos e preconceitos e, ainda, diagnósticos incor-
retos e insuficientes que agravariam ainda mais as dificuldades pelas quais o autista passa.
O ponto de partida para combater a ignorância que ainda envolve o assunto é a pes-
quisa acadêmica, ou seja, é no âmbito da educação que se consegue lançar luzes ao tema
e apontar perspectivas para sua compreensão e popularização. Dos bancos das universida-
des, da pesquisa científica que surgem as principais propostas, ações e metodologias para
que se lide adequadamente com o TEA. Analisar os desdobramentos históricos, os diversos
sintomas, o cuidado com as individualidades por profissionais, amigos e familiares, a inclusão
social e escolar e o acompanhamento constante são tópicos que, de certo modo, perpassam
o contexto escolar por acadêmicos que se propõem a pesquisar o tema do Autismo.
40
Autismo: avanços e desafios
Nesse sentido, quando pesquisamos, aqui, o papel da equipe multiprofissional no
processo de diagnóstico e tratamento da criança autista, o objetivo está em contribuir para
a busca de caminhos viáveis de enfrentamento, mostrando que o suporte à criança e à
família parte de um esforço coletivo, e cada profissional envolvido desempenha um papel
fundamental na desestigmatização de um assunto que já faz parte do cotidiano de muitas
famílias. A relevância do assunto justifica, desse modo, a elaboração do presente trabalho
que, ao contrário de querer esgotar o assunto, funciona como ponto de partida para a sempre
necessária compreensão do tema, afinal, se o Autismo já é uma realidade para milhões de
pessoas no Brasil, nada mais pertinente do que conhecer em profundidade as ferramentas
para lidar com ele, dando todo o suporte à vida de quem é acometido pela síndrome e de
todos os que compõem o seu núcleo familiar.

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