Livrocidadedafraternidade Min
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FRATERNIDADE
Movimento da Fraternidade
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ÍNDICE
- imagine!...
- CIDADE DA FRATERNIDADE
- A CRIANÇA BRASILEIRA
- A CIDADE DA FRATERNIDADE E SEU ESPAÇO FÍSICO
- ENFIM A CIDADE DA FRATERNIDADE E SEU NINHO
- O SURGIMENTO DA CIDADE DA FRATERNIDADE
- OS PRIMEIROS HABITANTES DA CIFRATER
- ROMILDA E ANDALÉCIO
- CIDADE DA FRATERNIDADE
- A CAGATEIRA
- BERÇO DE AMOR
- TEMPO DE AMOR - IRMÃ LÓ
- CHAÇELA DE AMOR
- BENÉ
- A CIADE DA FRATERNIDADE
- CARTA AOS FRATERNISTAS
- OH! CRIANÇAS!
- CIFRATER - PTP EM AÇÃO
- CIFRATER: SIMPLESMENTE UM SONHO
- CIFRATER: CÉLULA MATER DO MOVIMENTO DA FRATERNIDADE
- DR. LYDIO DINIZ HENRIQUES
- OUVINDO OS ESPÍRITOS
- ESTATUTO SOCIAL DA CIDADE DA FRATERNIDADE
- REGIMENTO INTERNO DA CIDADE DA FRATERNIDADE
- SCHEILLA
- PORQUE A CIDADE DA FRATERNIDADE
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IMAGINE!...
Vamos imaginar uma CIFRATER sem medos, com sonhos, confiança e esperança.
Um lugar onde todos acreditam que tudo se lhes pertence, onde se controla o processo
e não as pessoas. Onde os problemas são vistos como oportunidades de crescimento e
para solução de cada um, procura-se o que está certo e o que está errado e não quem
está certo ou quem é o culpado. Onde se pergunta:
Onde se tem sempre uma idéia em lugar de desculpas. Onde o medo de não saber é
substituido pelo esforço da aprendizagem contínua. Onde melhores costumes invocam
uma maneira diferente de viver e as pessoas dizem: pode ser difícil, mas é possível, ao
invés de se dizer: pode ser possível, mas é tão difícil...
Imagine uma CIFRATER edificada com confiança, abertura, verdade, respeito e amor.
Onde toda idéia é bem vinda, onde todas as criaturas são acollhidas e muito
valorizadas pelas suas idéias, pelo seu trabalho e pelo que fazem para si mesmas e
para os outros.
Imagine criaturas que silenciam para escutar a simples fala ou confidências dos
outros; que detêem o passo apressado para um cumprimento amigo; que mantêem
inalterado o estado de humor; que se rejubilam com as realizações alheias e que
disponibizem o coração invariavelmente para servir!
Aos poucos o que é imaginação para nós e, para muitos quimera, fantasia, sonhos
irrealizavéis, tomará contornos diferentes, contruindo-se uma realidade nova, a nossa
tão sonhada Cidade da Fraternidade e claro, a comunidade cristã, protótipo dos
aglomerados humanos futuros pensados pela Espiritualidade!
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Irmãos fraternistas, comunitários, imaginemos, imaginemos, pensemos em tudo isto e
acima de tudo, acreditemos !
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CIDADE DA FRATERNIDADE
Numa tarde maravilhosa no plano espiritual, há mais de cem anos, reuniram-se Espíritos
amigos, cheios de fé e abnegação, a fim de traçarem o roteiro de futuras lutas missionárias na
superfície da Terra.
A atmosfera saturara-se com o perfume das almas bem formadas e tudo era oração e amor.
Foram convocados então, centenas de espíritos de boa vontade, criaturas que possuíam no
coração e na mente os princípios do Cristianismo primitivo e o Evangelho vivo. Foram
selecionados escrupulosamente, de acordo com as conquistas amealhadas no curso das
reencarnações milenares para os diversos e variados misteres da tarefa. Médiuns,
administradores, mestres de educação, colaboradores de toda a natureza foram chamados ao
renascimento na Terra, com a liberdade de serem os esteios da nova comunidade. Naquela
tarde, todos ali compareceram. A Cidade da Fraternidade, plasmada no seio do infinito, sentiu
o primeiro sopro da vida espiritual na mente e na alma daquela centena de milhar de
servidores abnegados da causa.
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Acontecimentos absolutamente inesperados, alguns até fortuitos, pululam no cotidiano,
sob a aparência da imprevisibilidade e do acaso que para muitos governam a trama da
existência humana. Mesmo entre os espiritualistas, uma mensagem como essa, analisada
nos dias atuais, ainda assim seria questionada sob o ponto de vista de viabilidade. Como
construir no mundo uma cidade planejada por seres extra-físicos e com proposições fora
dos padrões sociológicos da Terra? Não seria utópica? Os seus idealizadores, em
propugnando um novo modelo relacional, não estariam fazendo unir ou romper os laços
da família humana conforme conceito tradicional?
Pensemos nisso!
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“À CRIANÇA BRASILEIRA”
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Criança - sorriso e fé Bendito seja o Evangelho
Nas promessas do porvir Na Terra de Santa Cruz
Como “Maria e José” Pois desperta o homem velho
O mundo vai te sentir. Para o Menino Jesus.
Esta poesia singela foi psicografada em 18/08/1961, pelo médium José Ennes R. Júnior,
nas dependências do Grupo da Fraternidade Irmã Scheilla. Vencida a emoção da
mensagem ditada pelo espírito Scheilla, no ano anterior, os agrupamentos adesos à
orientação da OSCAL e ainda em estado de êxtase, aprofundaram reflexões, tentando
compreender a vontade dos céus de edificar uma comunidade lastreada nos preceitos e
vivências Cristãs-Espíritas. Ficaram evidenciadas enormes dificuldades iniciais, pois que
as afirmações filosóficas não estavam bem assimiladas. E, ademais, todo
empreendimento humano passa necessariamente pela questão monetária. Como resolvê-
la sem afetar o espiritualismo da obra? Os Grupos da Fraternidade somariam esforços na
consecução de uma obra comum? Essas e outras indagações fremiam na mente
fraternista...
O auxílio do mundo invisível não tardou e o espírito Célia, de uma forma delicada,
apontou caminhos... A bandeira das futuras atividades na Cidade da Fraternidade
tremulavam, indicando prioridade para a assistência à criança. As manifestações dos
espíritos, em variados núcleos mediúnicos, derramavam instruções e entusiasmo, mas a
dinâmica nos pronunciamentos do além-túmulo, sugeria inclinação e direção para a
infância desprotegida.
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Inegavelmente os espíritos faziam, naquela instância do tempo, fruir da imensidão do
infinito para a Terra recursos de valor inabordável à ciência humana, de forma a
esculturar na mente dos encarnados fraternistas, a obra prima da futura Cidade da
Fraternidade.
A CIDADE DA
FRATERNIDADE E SEU ESPAÇO FÍSICO
A mensagem emanada do espírito Scheilla em 1960, via médium Rafael Américo Ranieri,
infundiu contagiante entusiasmo nos adeptos do Movimento da Fraternidade, seja em
face ao aceno do mundo espiritual com vistas à edificação de uma obra Social-
Comunitária de elevado alcance moral, seja decorrente de uma nova visão propugnada
na relação entre indivíduos, liberta dos laços da família tradicional, espraiando-se além
dos vínculos convencionais da consanguinidade.
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dizer de Scheilla, a CIDADE DA FRATERNIDADE que nada mais era do que a CIDADE
DA CRIANÇA já idealizada no coração dos fraternistas, desde 1957.
Parte das terras agricultáveis e outra de topografia agradável com verde abundante onde
se pudesse erguer as edificações da Comunidade. A pureza de intenções e o espírito
juvenil daquele pequeno grupo, faziam derramar na alma fraternista doces presságios!
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magníficas matas, terras de topografia ondulada tipificando belos contrastes, mas a
inexistência de razoáveis estradas de acesso tornou o local inadequado. O Município de
Posse, apesar da topografia amena e riqueza dos seus cursos d’água, apresentava a
desvantagem da ausência de estradas carroçáveis, além de clima pouco saudável. São
Domingos surgiu com uma natureza pródiga de belezas naturais, animadas pelas
cristalinas águas do Rio São Domingos. As terras convidavam a semeadura oferecendo a
sua fertilidade, porém a distância geográfica e as vias de acesso praticamente inóspitas,
determinaram prosseguir viagem. A atitude de doação de 300 (trezentos) alqueires
goianos de terras por parte de um generoso Senhor, quase alterou as premissas
estabelecidas pelos nossos Bandeirantes. Ah, se existisse por lá, na época, um plano a
médio prazo de eletrificação rural e uma visibilidade política para imprimir o progresso de
uma região de natureza tão rica, o curso da história da Cidade da Criança poderia ter sido
outro!
Nova Roma às margens do Rio Paraná, próximo estágio de viagem, Município encravado
entre montanhas, não diferia muito dos outros já mencionados, no que se refere a
logística desfavorável.
Por fim, a expedição fraternista passou a sobrevoar a vasta região da CHAPADA DOS
VEADEIROS, contemplando esplêndidas planícies, adornadas por sóbrias colinas de
topografia de estonteante beleza. Altitude próxima de 1.200 (um mil e duzentos) metros,
água abundante e clima agradável, áreas cortadas por estada estadual com conexão até
Brasília. Detendo-se no Município de Veadeiros, observaram-se terras boas para o plantio
de mandioca, trigo, milho e frutas em geral, mas regulares ou fracas para atividades de
pecuária ou culturas de arroz e feijão. Em Uruaçú o panorama não divergiu muito, a
cidade era progressista e a vocação, predominante, tendia para a cafeicultura. Não se
vislumbrou nenhuma possibilidade no trato com as pessoas influentes da comunidade,
quanto a doação de terras. Convinha aos Bandeirantes da Fraternidade avançar, avançar
sempre!... Agora, para as paragens de Ceres. Eles contavam com a assistência
prestimosa dos bons espíritos que certamente fomentavam orientações quanto aos rumos
a seguir. Onde se faz presente a boa vontade e o serviço cristão, Jesus na Sua inefável
bondade ali estabelece presença. O Rio das Almas nas suas linhas sinuosas, beijava sem
cessar suas verdes montanhas, realizando o prodígio da fertilização das suas terras e,
como um príncipe, enveredava as suas águas elegantemente pela Cidade. Os
Bandeirantes estavam encantados! O Sr. Afrânio de Azevedo proprietário da Fazenda
Sibéria prometeu doar 250 (duzentos e cinquenta) alqueires de terra, caso a OSCAL
adquirisse outros tantos. O fazendeiro, então residente em São Paulo, pedia para a
transação, a soma de CR$ 2.000.000,00 (dois milhões de cruzeiros). Era muito dinheiro!
Os Bandeirantes em confidências íntimas consideravam aquele lugar eleito para abrigar a
futura Cidade da Criança. Não mais que a 30 (trinta) quilômetros dali, conviviam bem, no
aglomeramento urbano, protestantes, católicos, espíritas e maçons. Aliás, o ecletismo
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religioso sempre foi uma característica salutar em matéria de convívio na Pátria do
Cruzeiro! A Fazenda Sibéria propriamente dita, estava localizada não no município de
Ceres e sim no de Jaraguá, ponta norte entre Ceres e Goiânia. Os itinerários
programados já se faziam percorridos e cabia agora demandar para Goiânia, o que
ocorreu em 21 (vinte e um) de dezembro do mesmo ano.
Apesar das dificuldades, incontrolável entusiasmo tocava a alma dos Bandeirantes, como
doce presságio à edificação futura da Cidade da Criança.
ENFIM A CIDADE DA
FRATERNIDADE E SEU NINHO
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TRITÍCOLA DE VEADEIROS, localizado no Município de Paraíso, na Chapada dos
Veadeiros. O Dr. Nadler elaborou um relatório encaminhando-o ao Ministério da
Agricultura, contendo dentre outros, os seguintes dizeres: “As terras do Núcleo Tritícola,
em consequência da altitude (1480 metros) e da excelência do clima, se prestam bem ao
cultivo do milho, café, arroz, mamona, mandioca e cana de açúcar. O trigo de Veadeiros
já figurou em exposições internacionais, sendo ali produzido desde o século passado. As
condições ecológicas são magníficas para o plantio de laranjas, mangas, favas, bananas,
marmelos, mamões, abacates, pêras, pêssegos, pois que estão imunes de pragas e
doenças que normalmente atacam essas espécies vegetais. As pastagens de capim
gordura e jaraguá são de boa qualidade, considerando-se principalmente a temperatura
temperada que oscila entre 12ºC e 23ºC. Destacamos que o Dr. Nadler, a tempo recente,
incorporara-se as atividades do Grupo da Fraternidade Irmão Aniceto.
Prosseguiu ele: “desejo mencionar neste relatório sobre a existência de uma organização
interessada em fundar, nessa região, uma cidade - Comunidade-rural, destinada a abrigar
crianças, propiciando-lhes educação integral, preparação profissional e moral. Trata-se de
uma Sociedade Civil com personalidade jurídica de âmbito nacional e de ordem cultural,
educacional e assistencial. A OSCAL - Organização Social Cristã-Espírita André Luiz que
intenciona, pelos seus próprios meios, adquirir 2.420 hectares de terras para a edificação
da Cidade da Criança. Considero, complementou o Dr. Nadler, que a própria OSCAL
poderia ajudar na ocupação das terras do Núcleo Tritícola e, ao meu ver, para uma boa
utilização seria interessante dividi-lo em glebas máximas de 50 (cinquenta) hectares para
abrigar famílias”.
Conta-se que em agosto de 1959, os irmãos Lydio Diniz Henriques (Grupo da
Fraternidade Irmã Scheilla - Belo Horizonte-MG); Simão Bittar (Grupo da Fraternidade
Irmão Joseph - São João da Boa Vista-SP) e Manuel Marçal (Grupo da Fraternidade
Irmão Aniceto, Goiânia-GO), na condição de membros da Comissão para Aquisição das
Terras, avançaram em entendimentos para materializar as idéias.
Em 26 (vinte e seis) de outubro do mesmo ano o mentor espiritual Joseph Gleber avalizou
o desejo dos membros da Comissão de conhecerem mais detidamente as terras no
entorno das Fazendas São João, Engenho e Paraíso. Aprovou também integrarem a
“Caravana Visitadora” outros elementos desde que sintonizados com o empreendimento.
Alguns companheiros como o Afonso, o Barbosa e o Tozinho queriam engrossar a
caravana!
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A partir daí foram muitas as correspondências permutadas, viagens de trabalho, consultas
e a indizível expectativa de se consumarem os sonhos e os anseios dos idealizadores da
obra de amparo aos desamparados da terra. Em 03 (três) de março de 1960,
multiplicaram-se as missivas para variadas regiões do País, dado que o momento agora
era de exponencial importância para os anseios fraternistas: a Comissão para Aquisição
das terras, deslocar-se-ia, a princípio para a Cidade de Goiânia, depois para a Chapada
dos Veadeiros e lá, finalmente, ocorreriam as tão esperadas decisões - as terras seriam
escolhidas, compradas e registre-se: como o aval e amparo dos benfeitores espirituais.
Estavam incorporados agora à Comissão os companheiros. Afonso Bittar (Grupo da
Fraternidade Irmão Joseph de São João da Boa Vista-SP), Rogério Arlanch (Grupo da
Fraternidade Irmão Flácus de Espírito Santo do Pinhal-SP), além de Lafaiete Teixeira e
Rui Carlos de Souza (Grupo da Fraternidade Irmão Aniceto de Goiânia-GO). Na
convocação para a viagem, vale mencionar o parágrafo final de uma das missivas:
“Enquanto houver um gemido de criança desventurada na Terra, a obra do Senhor nos
impelirá ao serviço e à renunciação”.
O certo é que sob os auspícios do mês de abril do ano de 1960, toda a família fraternista
tomou ciência sobre a aquisição de terras na Chapada dos Veadeiros, Município de Alto
Paraíso, com vistas à fundação da futura CIDADE DA FRATERNIDADE. Conforme
certidão formalizada mais a frente, em agosto de 1966, a OSCAL, adquiriu do senhor
Dimas de Almeida Salermo e senhora Benedita Ferreira de Almeida 200 (duzentos)
alqueires de terras goianas na denominada Fazenda Paraíso. Ainda na mesma época,
por meio da certidão do registro nº. 1300, L.3-B, F.20, ficou configurada a doação de 300
(trezentos) alqueires por parte dos herdeiros do Senhor José Gomes dos Anjos. Em
ambos as transmissões de escrituras o senhor Delfino Herculano Azervinshy representou
o interesse dos vendedores/ doadores. A OSCAL viera a comprar subsequentemente,
mais duas porções de terras. Uma das 15 (quinze) alqueires, ainda na Fazenda Paraíso,
local conhecido como LAGÊDO, registro nº. 1.384, LU.3-B, F.41, em fevereiro de 1961 e
outra, de 30 (trinta) alqueires, também na Fazenda Paraíso, no lugar denominado Luiz
Velho, conforme certidão de registro nº. 157, Livro nº. 2-A, Folhas 139 Vo., em julho de
1962.
Apesar de não haverem registros, imaginamos que os fraternistas daquela época não
deixaram de vislumbrar a perspectiva de realizarem convênio com o Ministério da
Agricultura, no sentido de ficarem à disposição também da futura Cidade da Fraternidade,
as terras então sob a jurisdição do Núcleo Tritícola da Chapada dos Veadeiros. Tudo era
uma questão de tempo!
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O SURGIMENTO
DA CIDADE DA FRATERNIDADE
Nós homens pequenos e obscuros, arrastados pelo chamado do Cristo, vamos iniciar sem
grandes preparativos e corajosamente, a edificação da CIDADE DA FRATERNIDADE.
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Vamos nos atirar à lida como quem concitado a empreender uma longa viagem e, mesmo não
dispondo de recursos, vai com o alforje quase vazio, mas com os olhos fitos nos céus,
confiados na proteção dos SAMARITANOS DO CRIADOR.
André Luiz, o Mensageiro do Senhor, responsável mais direto por nossas realizações, avalista
de nossas promessas ao Cristo, aponta-nos não ser mais possível transigirmos com o tempo.
Diz-nos ele entre fraterno e enérgico: A hora do começo chegou!
Fraternistas do coração, a hora impõe que as palavras cedam à ação. Vamos silenciar até o
dia 15 (quinze) de dezembro, mas em janeiro de 1964 voltaremos prestando contas.
Enfim, aconteceria o grande evento, o ato simbólico e porque não dizer concreto, do início
da CIDADE DA FRATERNIDADE, um elo comum na forma de serviço cristão entre os
seguidores do Movimento da Fraternidade no Brasil. Apesar das condições algo adversas
no que tange ao tempo, pois era período chuvoso e as estradas, sobretudo as de
revestimento encascalhado ou em terra, acarretavam enormes dificuldades ao fluxo de
tráfego, mesmo assim, o lançamento da pedra fundamental aconteceria.
De Espírito Santo do Pinhal - São Paulo, às 20:30 horas, do dia 13 (treze), saíram
Rogério Arlanch, Andalécio Rinco, José Geraldo Fernandes Tito e Juarez Cavalheri. A
esta caravana juntou-se o irmão Abdala de Aguiar do Grupo da Fraternidade Irmão
Joseph, de São João da Boa Vista e no dia seguinte, para euforia de todos, ei-los
chegando à cidade de Goiânia.
A caravana de Belo Horizonte, por motivos alheios a sua vontade, somente no dia 16
(dezesseis) chegou em Brasília (uma segunda feira). Às 5:30 horas do dia 17 (dezessete),
o grupo partiu de Brasília, chegando às divisas das terras da Cidade da Fraternidade, a
tardinha. A turma de Belo Horizonte permaneceu em Brasília para providências
relativamente à compras de materiais. Foram abertas as primeiras picadas e alguns
minutos depois, um senhor das redondezas os guiou até o rancho, que apresentava
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péssimas condições habitacionais, onde residia o senhor Gustavo, profundo conhecedor
da região. O rancho, em alusão, ficava a aproximadamente 5 (cinco) quilômetros da
entrada das terras, mais especificamente às margens do Rio Lagedo. É possível avaliar
as dificuldades iniciais dos DESBRAVADORES DA CIDADE DA FRATERNIDADE, pois
que várias questões estavam a exigir equacionamento e fervilhando nas suas mentes:
- localizar uma árvore de nome Cagaiteira, a única existente na região e que, segundo a
espiritualidade (mensagem da Irmã Scheilla), orientaria quanto à posição e referência
para assentamento da Cidade da Fraternidade.
Todos, com exclusão do Aristonides, rumaram para o campo, objetivando locar as áreas
de três edificações que seriam a breve tempo erguidas.
Esse que ficou para cuidar da refeição foi alertado quanto a aproximação de animais
selvagens e sobre isso respondeu: porque temer se eu tenho o recurso da prece. Os
demais desacostumados ao trabalho no campo, não é difícil imaginar o desgaste físico
que eles experimentaram. Mas, naquela oportunidade, eram como sertanejos e como tais
deveriam ser fortes! As picadas, para o tráfego dos caminhões, precisavam ser
melhoradas e ademais a chuva que caíra tornara o piso muito escorregadio. A caravana
que permanecera em Brasília deveria chegar no dia seguinte (dezenove) para o
lançamento da pedra fundamental. Andalécio, Juarez e Abdala foram até a entrada da
Cidade para recepcioná-la. Isso não se deu contudo, em decorrência da chuva matinal,
obrigando os caminhões a sofrerem desvio no roteiro. Rumaram para a sede do Núcleo
Tritícola do Ministério da Agricultura. Registre-se que um outro caminhão que engrossava
a caravana recém chegada, constituíra doação do fraternista Simão Bittar, do Grupo da
Fraternidade Irmão Joseph de São João da Boa Vista. Uma alegria indizível embalou os
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corações dos desbravadores quando o caminhão, com os materiais, após vencer difícil
trajeto, atingiu as culminâncias da área a ser urbanizada.
Como teria sido a noite daqueles idealistas? Não é arriscado afirmar que os corpos
carentes de repouso dormiram esplendidamente, mas os espíritos, esses, lograram
participar de uma inesquecível Assembléia, nas paragens do invisível.
O que foi dito e visto para ser relembrado e outra vez contemplado, só para quem
despojado do escafandro da carne e mesmo assim sob concessão e anuência dos
benfeitores maiores da Espiritualidade.
Às 7 (sete) horas foi iniciado o plantio de 02 (duas) mudas de árvores tipo “Pau
brasil”,distantes 12 (doze) metros da edificação primeira a ser erguida. Defronte esta,
levantar-se-ia já um barracão, em condições construtivas mais precárias, portanto pré-
determinado a uma vida útil mais reduzida. É importante lembrar que dentre os
circunstantes, dois haveriam de permanecer como cidadãos pioneiros: Nelson Almeida e
José Carlos Arantes. Deus nosso, quanta ousadia, coragem e fé nesses sonhadores
cidadãos paulistanos! Seriam ambos os primeiros moradores da Comunidade Cristã-
Espírita então nascente!
Acácio Carciofi, em abril de 1965, quando da sua estada na Cidade da Fraternidade pode
registrar fotograficamente esse barracão construído de madeira, destinado à moradia dos
fraternistas anteriormente citados e é possível que o companheiro, hoje residente na
cidade paulista de Hortolândia, sede do Grupo da Fraternidade Espírita Irmão Américo,
tenha sob sua proteção exemplares de tal compêndio fotográfico.
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uníssono com Jesus, expressando gratidão e rogando a proteção do Altíssimo na
consecução de outra obra do bem a refulgir na Pátria do Cruzeiro, fazendo expandir o
ideal do Evangelho.
Lydio Diniz Henriques, sem que se desse conta, não sabendo se dele ou por ele, não
sofreou os impulsos de uma prece consubstanciada nesses sentimentos: “Estamos na
quietude da madrugada, quando começa a se apagar na cúpula imensa do firmamento o
brilho das últimas estrelas. Viemos de longe, por dentro da noite de nossas incertezas, ao
encontro da aurora para com ela assinalar nosso primeiro encontro contigo, Senhor,
nesse solo predestinado.
Eis que ela vem surgindo de mansinho. Já começa a amanhecer nos solitários domínios
da Cidade, que ainda jaz adormecida no berço de nossos corações e de nossos sonhos.
Estranha emoção nos invade todo o ser, povoando o coração de doces pressentimentos.
Almas irmãs, envoltas no véu diáfano das forças virginais, elas nos infundem o sentimento
de tua augusta presença e nos dizem, para o supremo júbilo de nossos corações que
também Tú nos aguardavas. Que mais poderemos esperar de Ti, Divino Amigo, senão
que neste encontro, a nós permita selar Contigo um compromisso assumido no fundo
umbroso dos milênios perdidos?
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OS PRIMEIROS HABITANTES DA CIFRATER
Os recém chegados com a alma exultante e contrapondo com a rotina urbana que até
então lhe caracterizara a existência, podiam agora pisar na macia relva verde, tocar nos
arbustos em graciosos balanços, fitar as longínquas estrelas nas suas majestosas
fulgurações e acordar na madrugada prateada ao cântico sinfônico de aves sibilinas,
sapos saltitantes e expressões outras nascentes do esplendor da natu-reza. Mas o dia
vem, a noite se vai e cumpria a eles demandar ao campo para as roçadas, cortar lenha,
improvisar coberturas assemelhadas a “Casa do Caminho”, abrigo primeiro ao
Cristianismo Primitivo.
De onde vieram aqueles intrépidos homens? Nelson, ao que se sabe, procedia de Espírito
Santo do Pinhal - SP e, deixou uma história silenciosa de trabalho, seja como motorista,
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roceiro, pintor, instalador hidráulico, além de outras funções exercidas com elevado
espírito de humildade. E o José Carlos? Ao que se conta, até o início do ano de 1963, não
era espírita. Tivera incursões no campo esotérico e se algum sentimento religioso
ascendera mais à sua mente era o do “Racionalismo Cristão”. Pintor era sua profissão em
Porto Ferreira - SP, mas uma agitação incompreensível devassara-lhe o ser, como que
intimando-o a compreender um horizonte novo que se plasmava, com certa constância,
nas suas noites de sonos e sonhos. Alternavam-se no desenho da sua tela mental, casas
em construção, pequenas praças de singular beleza, crianças em movimentos primaveris
e o inusitado, é que se sentia presente em tudo! Como interpretar isto?
Doutra feita, viu-se sobre algo parecido a uma ponte, contemplando um lindo pomar e
pareceu-lhe divisar ao longe árvores carregadas de caquis. De inopino, pétalas liriais de
magnífica beleza deslizaram sobre o seu corpo e não teve como conter a emoção ao
descobrir que crianças de feição angelical eram as responsáveis pelo feito. E elas lhe
disseram: obrigado, tio Zé Carlos, pois foi você quem ajudou a fazer tudo isso! E tentou
interpretar o encantado sonho, já que pelos atos de sua vida até então, não tivera
nenhuma realização de grandeza, pois seu espírito humilde assim o considerava!
O relatado agora não foi sonho e sim realidade. Certa feita caminhava pelas ruas de Porto
Ferreira e deparou com uma criança que estava a desembrulhar pães, certamente
comprados a pedido da mãezinha. Movido pela curiosidade lobrigou ler uma breve notícia
no jornal onde Maria Lina, em nome da Secretaria Seccional da Organização Social
Cristã-Espírita André Luiz, em São Paulo, agradecia a Rádio Excelsior pela divulgação
gratuita, do pedido de colaboração para a fundação da Cidade da Fraternidade, uma
comunidade com finalidade primordial de acolher e amparar crianças órfãs do Brasil.
Registre-se que Maria Lina era filha de Durvalina Martins dos Santos, mentora do Grupo
da Fraternidade Espírita Irmã Lina. Isso se deu em abril de 1963, em Porto Ferreira e,
como final no mesmo ano, o José Carlos integrou a imensa caravana, oriunda de vários
pontos do País para fundação da comunidade nascente, o leitor saberá fazer suas
próprias elucubrações sobre o que aconteceu com o nosso valoroso irmão.
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- 1ª Semana entre 12 (doze) e 18 (dezoito) de janeiro de 1958, nas cidades de águas da
Prata (Grupo da Fraternidade José Grosso) e São João da Boa Vista (Grupo da
Fraternidade Irmão Joseph), estado de São Paulo, onde estiveram presentes 39 (trinta e
nove) agrupamentos de várias regiões do país.
A Semana da Fraternidade seria realizada sim em três casas ou, mais propriamente, em
casarões enormes recentemente construídos, sendo um frontal ao local onde hoje está
erguido o Grupo da Fraternidade Irmã Veneranda. Na própria Cifrater foram fabricados os
tijolos tipo adobe e a cobertura com a tradicional palha empregada no meio rural. Para
nós, distanciados no tempo, somente resta conceber mentalmente a labuta dos nossos
pioneiros e, os registros históricos nos falam sobre a emoção e as lágrimas de cerca de
350 (trezentos e cinquenta) fraternistas, participando da 5ª Semana da Fraternidade entre
20 (vinte) e 25 (vinte e cinco) de julho do ano de 1964. Dois dos enormes e rústicos
galpões foram destinados a acomodação dos fraternistas, sendo um reservado para os
homens e o outro para as mulheres.
Vamos contar um pouco mais de história envolvendo os nossos pioneiros. Romilda Rinco,
grávida do terceiro rebento, endereçou missiva para a sua amiga Sebastiana Ribeiro,
então residente em Espírito Santo do Pinhal, solicitando-lhe humildemente, comparecer à
Cifrater para assisti-la durante o período de gravidez, já que a mesma tinha a formação de
enfermeira. Seria esta a razão efetiva? Se houvesse outra, certamente que nenhuma das
duas saberia responder. A lei de Causa e Efeito sim, os compromissos adredemente
assumidos na Pátria Espiritual também e, que o tempo a tudo confirmasse!...
Sebastiana licenciou-se do seu trabalho e não só com solicitude, assistiu a amiga, mas
serviu-lhe de parteira para a criança que nasceu e mais outras duas em épocas
posteriores. Não há de ver que ela se tornou a parteira oficial da Cifrater e conta-se que
muitos foram os nascimentos pelas suas habilidosas mãos.
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Não foi possível, para Sebastiana, retornar à Espírito Santo já que, em 1966, fundava-se
na Cifrater a ESCOLA ESTADUAL HUMBERTO DE CAMPOS e os recursos humanos,
então em disponibilidade, assentavam-se tão somente na figura de uma ex-comerciante e
uma ex-enfermeira para exercerem, em ecletismo sublimado, a nobre profissão de
professoras primárias! Quem eram elas?
Ah, caro leitor, e a história continua, mas vamos interrompê-la porque a partir daí foram
muitos os que se assentaram no solo fértil da CIFRATER e cada qual, oferecendo o seu
concurso, a sua cota de sacrifício e de trabalho. Uns fincaram os pés ali e outros em
função do determinismo da vida buscaram outros rumos, novas realizações.
Alguns, talvez responderiam tal qual o fez Sebastiana diante de uma indagação:
- Ora, não houve melhor período, todos foram bons. Dificuldades aconteceram sim, mas elas
nos ensinaram a crescer, a crescer sempre e mais!...
Porque não dizermos “Obrigado Senhor” pela concessão a nós fraternistas, sonhadores e
crentes numa sociedade mais justa e cristã no futuro, por caminhar na trilha de tão
exemplares pioneiros?
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Romilda e Andalécio
Em 8 (oito) de setembro deste mesmo ano um fato novo viria a colorir os seus destinos,
por ocasião de um encontro fraterno na cidade de São João da Boa Vista e contando com
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a presença de fraternistas de Águas da Prata, Espírito Santo do Pinhal, Poços de Caldas,
Campinas, São Paulo e Belo Horizonte.
Romilda foi tomada de indizível emoção, pois que o pequeno conclave tratava de
providências iniciais para fundação da Cidade da Criança ou Cidade da Fraternidade, em
terras ainda virgens da Chapada dos Veadeiros, no Município do Alto Paraízo - GO. Foi
irresistível a inclinação do seu coração, convocado não se sabe como a participar de
forma pioneira na realização do inusitado empreendimento espiritual. Para ela não seria
difícil se desfazer da sua ocupação de serventuária da justiça e, quanto ao seu
companheiro, também tocado pelos mesmos inefáveis sentimentos, não constituiria
dificuldades desobrigar-se da função de funcionário da Companhia de Força e Luz, bem
como vender a Loja Dimarcus para participarem de um projeto pensado e idealizado nas
dimensões do infinito.
O casal com os filhos ainda pequenos, Divaldo e Marcus, em 23 (vinte e três) de maio de
1964, partiu de Pinhal, levando numa Kombi, ano de 1959, os bens necessários para o
início de uma vida nova. A viagem longa teve incidente não só oriundos de defeitos no
veículo transportador, tanto como dos transtornos causados e advindos do momento
revolucionário que nosso país vivia.
A vida em laços fraternais haveria de ser a marca perene dos habitantes naquelas plagas
e a pequena casa albergou, além da família Rinco, o Nelson e o Juarez. Todos se
sentiam muito felizes em compartilharem as cousas materiais e sedimentarem
substâncias de perene valor espiritual. Andalécio de imediato passou a trabalhar num
caminhão Chevrolet, ano 1948, doado pelo fraternista Simão Bittar, por ocasião do
lançamento da pedra fundamental da comunidade, em 20 (vinte) de dezembro de 1963.
Transportava madeira e palhas de Indaiá para a edificação de três barracos, com o
objetivo de abrigarem irmãos provenientes de numerosas cidades e para celebramento da
SEMANA DA FRATERNIDADE. Esses barracos transformar-se-iam mais tarde em
residência, depósito e escola ou mais propriamente no futuro Educandário Humberto de
Campos.
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Passado o sucesso da Semana da Fraternidade, o casal passou a residir no Núcleo
Pioneiro, tendo ganho um novo companheiro, o Dorvanil, do Grupo da Fraternidade Irmã
Fenareta, de Bebedouro, que cuidaria da horta e futuro pomar.
Conta-se que a primeira incursão na agricultura foi frustrada, pois que uma enchente
destruiu as cercas, redundando na ação danosa dos capivaras contra as roças de milho e
arroz. Mas como dizia Romilda, parodiando o espírito André Luiz “As dificuldades que nos
rodeiam são chaves libertadoras que funcionam em nossos espíritos”, e assim o José
Carlos Arantes, o Nelson Almeida e o Andalécio sob a benevolência do Senhor Moacir
Romano, plantaram a 50 (cinquenta) quilômetros do Núcleo Urbano, arroz, feijão e milho
tendo a colheita sido muito satisfatória.
Romilda mais interessada em falar da obra do que de si mesma, com raro entusiasmo,
relembrara da Fernanda, irmã do Wadheir Bezerra de Almeida que se consorciara como
Nelson de Almeida em 19 (dezenove) de abril de 1966. O primeiro filho do casal, Sagres,
fora o segundo filho da CIFRATER, já que a primazia do filho primeiro estivera reservada
ao casal Rinco. E veja caro leitor o entrelaçamento dos fatos: sob a pretexto de uma velha
amizade, Sebastiana Ribeiro, deslocou-se para a CIFRATER com o intuito de propiciar a
vinda ao mundo da Lívia! O interessante é que Sebastiana não só se converteu-se na
parteira oficial da região, como também desposou a José Carlos Arantes e a história por
aí continua.
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intercâmbio de energias, idéias e ações, faça resultar nas mais belas realizações com
Jesus.
CIDADE DA FRATERNIDADE
A obra material é valiosa, porque ela alberga os corpos, mas convém não esquecermos
de que Jesus começou seu ministério, numa manjedoura destinada aos animais, e,
atingiu o ápice de sua jornada, numa cruz de escárnio e de abandono, para descer do
madeiro, na direção dos aflitos, e continua a envolvê-los no carinho da sua presença e,
até hoje, não terminou a sua obra de amor, no seio dos corações atormentados.
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Necessitamos da casa material, mas a nós é muito mais valiosa, a causa do Cristo, que
está acima e além de todas as causas, já que casa nenhuma pode albergar a causa do
Cristo, pela imponderabilidade de sua grandeza.
A dificuldade é para o trabalhador, o estímulo, cujo salário é o suor, da mesma forma que
o calo na mão do operário, traduz a presença do instrumento de que ele se utiliza.
Trabalhador sem testemunho, é árvore frondosa, sem flor nem fruto, ornamento que
agrada a visão, mas, perfeitamente dispensável.
Os que ouviram o chamado de Jesus, devem pôr-se a postos para seguir-lhe as pegadas,
experimentando a necessidade da renovação interior e plasmando no seu dai a dia, a
vivência do próprio Nazareno.
Não esperemos resultados que ainda não merecemos. Os nossos objetivos a colimar,
estão muito além da nossa visão próxima, no mundo objetivo da forma.
Entreguemo-lhe o nosso amanhã e o amanhã, com ele, nos dirá das necessidades do
nosso hoje, transformando a oportunidade de agora em ação contínua.
Avancemos intimoratos, na certeza de que ele nos espera, mais logo, ou depois,
envolvendo-nos, desde então, na sua misericórdia.
Aquele que chega à plenitude do êxito, mas que não deu a contribuição do
suor, está traindo os ideais do triunfo, porque o erigiu na base material dos
sistemas humanos. Por isso, convém ainda considerar: da manjedoura em
que nasceu Jesus, à cruz, o evangelho é uma canção de fatos, em que a
ação, está acima das palavras. Realizemos, para que a nossa obra se
caracterize, pelo que conseguirmos realizar, e não, pelos planos que
estejamos constantemente traçando.
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Estas palavras endereçamos aos queridos obreiros da fraternidade com Jesus.
O médium Divaldo Pereira Franco recebeu do espírito Scheilla esta magnífica mensagem,
em 04/10/70, na cidade de Brasília, por ocasião de um evento espírita.
Foi um grande alento para as hostes Oscalinas, pois o famoso tribuno e médium baiano,
sem comprometimento direto com o Movimrnto da Fraternidade e sob as graças da
Espiritualidade Superior, intermediou sábios conselhos aos realizadores da obra Cidade
da Fraternidade. Relembrou-se a característica eminentemente espiritualizante do
empreendimento, cabendo a cada um o esforço intransferível da ação acima das palavras
para que a contribuição pessoal tenha as marcas do Evangelho de Jesus.
A fala de Scheilla arremessa-nos a uma questão complexa, exigindo reflexões. Que não
se pretenda a negação da matéria mas sua utilização equilibrada, sem a escravização do
espírito. Não o desprezo aos recursos financeiros, porém a adequação das necessidades,
com desvinculação do supérfluo e da ostentação. Não a condenação às obras e
edificações materiais, mas a sobriedade na realização e a ausência nelas de toda pompa
e vaidades ilusórias.
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A CAGAITEIRA
A comissão constituída para aquisição das terras onde se situaria futura Comunidade
Cristã-Espírita, não conteve a euforia quando os dirigentes espirituais do empreendimento
consentiram no fechamento do negócio - a CIFRATER seria edificada na Chapada dos
Veadeiros, Município de Alto Paraízo, Estado de Goiás. A notícia foi referendada no
inesquecível 02/04/1960 pelo Mentor Espiritual Joseph Gleber. Para materializá-la surgiu
uma questão: onde posicionar o núcleo habitacional em meio a uma extensão de mais de
12.000.000 (doze milhões) de metros quadrados?
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Grupo da Fraternidade Irmã Scheilla, já de retorno à Belo Horizonte após visita à
CIFRATER, foram abordados por um senhor de nome Joaquinzão, pedindo carona até
Brasília onde receberia tratamento médico. É possível imaginar os interessantes diálogos
durante a demorada viagem. Conversa vai, conversa vem o Arym indagou ao velho
homem do campo: conhece o senhor um tipo de árvore com o nome cagaiteira?
- o caroneiro não só afirmou que sim como mostrou um exemplar da árvore mais à frente,
com o avançar do veículo transportador.
- Claro que sim e se quiserem posso levá-los ao local quando aqui retornarem.
Esta conversa causou euforia nos caravaneiros e evidente que com uma certa ansiedade
eles ficaram aguardando a segunda metade do mês de dezembro, onde seriam
conduzidos pelo Joaquinzão até a cagaiteira. De fato, em 21/12/75, lá se foram eles, e o
Senhor Joaquim com segurança levou-os até a árvore perto das ruínas de antiga fazenda
onde ainda subsiste uma palhoça em que mora uma pobre família. A cagaiteira, segundo
ele, fora cortada como se fazia sempre nos sertões! Estava ela agora esplendidamente
rebrotada e, segundo o Seu Joaquim, o corte da árvore aconteceu no princípio da década
de 60 (sessenta), sem precisar com certeza o ano do insucesso. A ação depredativa
certamente fora uma agressão contra a natureza!
O local é hoje ponto quase obrigatório de visitas, por parte de todos os que se dirigem à
Cidade da Fraternidade e ali, estabelecem-se indutivamente, lídimos laços de
solidariedade. É indescritível o magnetismo emanado daquele lugar. O ambiente é
convidativo para orar, cantar e ativar o psiquismo, facultando a exteriorização do espírito,
permitindo-lhe agir em maior grau de liberdade, inclusive para assimilar as ondas-
pensamentos, fluindo dos planos invisíveis.
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afastamento do Núcleo Habitacional. Enfim podemos tê-la como símbolo da harmonia,
pois ela expressa a própria natureza que sem alarde trabalha, convidando o homem a
integrar-se com o Criador!
BERÇO DE AMOR
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Mensagem psicografada pelo médium Álvaro Basile Portuguesi, recebida em reunião realizada na
Cidade da Fraternidade, em 10/02/1985, ditado pelo espírito José Grosso.
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E os espinhos servirão de adubo na empreitada.
Jamais soubemos de atritos seus com companheiros de tarefas, pelo contrário a sua
discrição, a voz pausada e de tonalidade baixa eram fatores convidativos e indutores ao
entendimento e a conciliação.
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E vejam os artifícios da vida: o médium Álvaro Basile Portughesi foi quem serviu de
instrumento, na noite de 02/08/85, nas dependências do Grupo da Fraternidade Espírita
Irmã Lina, em São Paulo para trazer-nos a mensagem da nossa Ló - e é assim que os
fraternistas aprenderam a tratar a Dona Elvira Soares!
CHANCELA DO AMOR
Levantamos no planalto, a plataforma fria de cimento armado, que pude trasportar para a Capital do
Brasil, na intenção de mudar. Mudar os propósitos, mudar os corações dos brasileiros, mudar o povo,
mudar os valores, mas pequei por um lapso grande e só situações deste jaez são capazes de me
proporciar uma grande explicação. Pequei meus amados, porque me esqueci de colocar à frente das
plataformas de cimento armado na cosntrução de uma grande Capital, a chancela do amor, e por esse
amor estou lutando agora.
Companheiros, amados, a tarefa grandiosa que se levanta no Alto Paraíso, merece do plano espiriutal os
olhares sensíveis de apoio de aplausos, de encorajamento, e quiçá o pedido mesmo de uma oportunidade
para usufruirmos daquela grande construção do bem em favor do Cristianismo nas terras do Brasil.
Queridos fraternistas, sob a chancela de André Luiz, que caminham confiantes na edificação da obra que
não se estagnaa que acompanha o homem na sua trasformação maio , eis na Cifrater a vossa esperança e
o vosso estímulo meus amados fraternistas.
A criança que habita a Cidade da Fraternidade é para o plano espiritual, o tesouro maior que haveis de
edificar sobre este orbe que abre as comportas do coração para receber a todos aqueles que acorrem às
terras brasileiras em busca de paz, do verdadeiro amor e da verdadeira fraternidade. E as comportas do
Brasil hão de se abrir muito mais queridos e amados irmãos. Isto porque os corações estão se
estruturando e o Cristianismo está se implantando e em breve teremos na Pátria do Cruzeiro
definitivamente sedimentado o Evangelho do Cristo conforme prognosticou nosso adnirável e
inesquecível Humberto de Campos. Á plêiade de companheiros interessados na caminhada do Brasil,
afirmamos com convicção que nem mesmo um movimento sócio-político e administrativo, susceptível
de alterar sensivelmente a balança econômica da nação será capaz de abalar os alicerces da fraternidade
na terra do Cruzeiro. Amados companheiros, a Cidade da Fraternidade é uma tarefa vossa, é uma tarefa
nossa porque das nossas vistas somos capazes de entender, vibrar,participar e dignificar um projeto de
tão grande porte.
Para frente e para o alto, sob a bandeira de André Luiz que sorri agradecido e feliz por saber contar com
os vossos corações na terra escolhida pelo Mestre, para que sua Boa-Nova se estabeleça definitivamente
e não se faça mais uma repetição da Roma destruída pelos próprios valores defasados.
Queridos e amados fraternistas, Deus vos abençoe. Guardemos a certeza de que Jesus caminha
convosco e que o mentor André Luiz envolve a cada um com muita ternura , criando ambiente propício
para a realização dos objetivos fraternais na Pátria do Cruzeiro. O meu abraço meus amados, o abraço
do amigo que faliu sim, mas que está de olhos abertos e pronto a receber as lições que no plano
espiritual tem procurado aprender. O meu abraço a todos os pequeninos que me alegram com o
oportunidade de visitá-los e quem sabe serei um dia como eles fazendo parte desta comunidade cristã e
o meu coração estará em festa. Abraços meus amados cidadão, amados fratenistas de André Luiz,
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amados companheiros de Humberto de Campos. Abraço-vos com humildade, porque tenho aprender,
mas vige em mim e de forma irresistível uma vontade de também fazer parte desta caravana do amor e
da fraternidade. O abraço do amigo de sempre.
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Bené
Uma história de vida curiosa é a de Benedito Ferreira Lopes mais conhecido como Bené,
nascido a 18 (dezoito) de maio de 1932 (um mil novecentos e trinta e dois) e tendo
aportado na Chapada dos Veadeiros no ano de 1970 (um mil novecentos e setenta),
provindo do longíguo e pobre nordeste brasileiro.
Sua integração à vida comunitária e aos princípios cristãos-espíritas foi fácil e vertiginosa.
Tornou-se muito conhecido no seio do Movimento da Fraternidade, notadamente por sua
notável dedicação ao Educandário Humberto de Campos. Assumiu ali a condição oficial
de professor de Esperanto. Além disso, com entusiasmo e elevada responsabilidade, era
o coordenador-regente da FANFARRA do dito Instituto Educacional. Manteve ativa
correspondência com esperantistas de inúmeros países e com isso divulgou ao mundo a
nascente Cidade da Fraternidade, modelo de convivência social para o próximo milênio.
Entretanto a vida, nas suas multifárias expressões, reservou-lhe 05 (cinco) anos depois,
ásperas provas, desde quando os membros flexíveis do corpo começaram a sofrer
enrijecimento. Por quase 04 (quatro) anos esteve fora da CIFRATER, sob a custódia de
amigos e experimentando tratamento médico especializado em Brasília, só que tudo em
vão em face ao avanço irreversível da enfermidade.
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O seu anjo protetor doravante seria a Vó Luiza. Abençoado o ano de 1984 (um mil
novecentos e oitenta e quatro), ocasião que o Senhor da Vida lhe ofereceu outra
mãezinha. Esta notável mulher, nos seus 86 (oitenta e seis) anos de idade, mesmo
debilitada fisicamente, ainda assim reúne energias para cuidar diuturnamente do seu
protegido, claro, secundada por outras mãos bondosas, em tarefas várias junto ao
enfermo. Bené completamente paralítico tornou a “Casa da Oscal” como o lar é chamado,
um ponto de visita obrigatório de todos que ascendem àquela comunidade cristã-espírita.
Que o leitor conheça um dentre os muitos casos da vida do Bené: Alguns companheiros
ligados a um Grupo da Fraternidade Espírita da capital Paulista, compadecidos da
situação do Bené cogitaram de interná-lo em uma Instituição especializada em São Paulo,
até mesmo para aliviar a Vó Luiza.
Seria justo descartar tal oferecimento? Como ajuizar quanto a situação mais apropriada
ao caso? Pois bem um fato inusitado aconteceu, qual seja, durante uma reunião de
ectoplasmia para tratamentos espirituais, no Grupo da Fraternidade Espírita Irmã
Veneranda/CIFRATER, a médium de efeitos físicos Trifina, enquanto o corpo dormitava,
em exteriorizando-se, surpreendeu-se ao contemplar o Bené, certamente em espírito,
presente a reunião.
Este, amorosamente, inclinou-se ao seu ombro, falando quase em súplica: Tria não deixe
que me levem... pelo amor de Deus minha família é vocês e aquele é o meu lar (referindo-
se naturalmente ao lar da Vó Luiza).
Não pensem que a doença me aborrece ou que me sinta aturdido diante do irreversível.
São tantos os corações generosos a me protegerem que nenhum outro sentimento que o
da esperança, agita-me o dia a dia. Do meu quarto contemplo pela janela a mutação da
natureza, oferecendo o dia, a noite, as estrelas, o cantarolar dos pássaros e isto
proporciona a mim compreender melhor o nosso Pai Criador. No imobilismo eu vejo mais;
na minha mudez e quietude eu falo mais com o meu interior e descortino os meus erros
clamorosos do passado e, na assistência amiga dos que me cercam eu descubro a
importância da solidariedade. Oh, querida Tria, prefiro mesmo viver na CIFRATER até os
meus últimos dias.
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O espírito José Grosso manifestou-se pelo mesmo aparelho mediúnico, asseverando
sobre a existência de um Pronto Socorro Espiritual Permanente na “Casa da Oscal” e tece
referências carinhosas sobre o diálogo espírito a espírito entre Bené e Trifina.
Na ocasião desse breve registro biográfico do Bené (junho de 1997), algumas ilações
interessantes podemos nos permitir:
Bem aventuradas as rudes provas existenciais, pois que elas, se bem vividas, reduzem a
distância entre a Terra e os planos espirituais!
Salve o Bené!
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À CIDADE DA FRATERNIDADE
Unidos no ideal do Cordeiro, realizamos aqui a grande obra do Reino de Deus. Entretanto,
não aguardemos as glórias do heroísmo humano, pois nossa recompensa não está entre os
homens, nem se fazem necessárias as honrarias da Terra.
Aquele que executa o serviço de limpeza, faça-o com dedicação e será grande em seu
trabalho. Aquele que lida no campo não seja vangloriado em seu esforço, mas realize-se em
sua utilidade. Aquele que chefia não busque a satisfação do próprio orgulho, mas a sincera
humildade de servir. Aquele que faz a menor tarefa, seja o maior de todos. E aquele que sabe
obedecer seja o que ordena.
Recordem que somos espíritos de natureza rebelde, recalcitrantes no erro. Se deixados a nós
mesmos, certamente conduzir-nos-emos às discórdias e disputas de hegemonias, na exibição
de prepotências. Onde quer que se reunam os homens, se não houver a vigilância cristã,
haverá o dissabor da discórdia.
Vigiemos. O simples fato de rotularmo-nos de espíritos não nos isenta do exercício das velhas
mazelas espirituais. Estamos atados a automatismos do passado, que teimam em ficar no
homem novo que nasce em nós.
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Trabalhemos em nós o melhor e para o nosso irmão, facultemos o sonho de sua felicidade.
Executemos as disposições de nossas consciências, deixando que cada um responda por si.
Doemos amor e compreensão acima de quaisquer exigências.
Saibamos obedecer e ouvir, aceitar e confiar, antes de querer e discutir, antagonizar e criticar.
Somente assim poderá resultar de nosso esforço uma obra que é realmente de amor e com o
aval do Senhor.
Onde impere o velho sabor dos egoísmos humanos separatistas, não há a presença
unificadora do Cristo e as criaturas ficam entregues ao cultivo dos próprios atritos, até que a
experiência da dor as recoloquem no caminho saudável do bem.
O que fazemos, reflete em nós. Ficamos, quer queiramos ou não, como produto de nossas
intenções. Se somos bons nas aparências, porém maus nas intenções, a obra será boa na
superfície, mas má nos resultados. Não há como enganar as sábias leis divinas. Basta o
amor! O Cristo espera de nós a realização da tarefa.
É uma semente de onde deve florir a moral sadia, verdadeiramente incorporada à conduta
humana. Moral onde vigore o amor como construtor de ações e sentimentos puros e que deve
servir de exemplo a todos os homens.
Somos então a videira do Senhor. De nossa pequena colaboração deve florir e frutificar a
semente do Evangelho, para fecundar os corações recalcitrantes da Terra. Que grande
alegria, que bendita oportunidade e também que grande responsabilidade!
Avante companheiros!
Que os fracos não se desnorteiem. Que os desprovidos da fé não venham a fraquejar. E que
os fortes amparem a todos.
Paz sempre.
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ADAMASTOR
Em nome de André Luiz
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CARTA AOS FRATERNISTAS
Unidos sob a égide do Senhor buscamos todos acertar. Embalados por um ideal nobre,
proveniente de planos iluminados, procuramos imensamente executá-los na terra, o melhor
possível.
Neste propósito, temos dado de nós o melhor. Temos mobilizado esforços heróicos no
sentido de superar barreiras a princípio tidas como de dificílima transposição. Obstáculos
enormes foram vencidos com galardia e bom ânimo. Esforços, os mais sinceros, temos
encontrado em todos, dos menores aos principais colaboradores da tarefa.
Perseguindo o ideal do Cordeiro, temos composto um hino de dedicação e trabalho, hino que
canta a paz na Terra e evoca a boa vontade dos homens. Nosso Mestre seguramente nos
ouve e nos acompanha com atenção e desvelado carinho.
Temos empunhado o arado com força e vontade, sem olhar para trás. Tempestades
ameaçam dissipar nossa união, lodaçais de desânimo e desertos de incompreensões
retardam-nos a marcha, charcos de desavenças e invernos de indiferenças exigem-nos
esforços sobre-humanos.
Por este esforço conjunto e esta sinceridade de propósitos, nossos maiores, muito têm
agradecido e incentivam-nos prosseguir passos além, transpondo barreiras e impecilhos.
Uma multidão de Espíritos aguardam a implantação dos pilares fundamentais da obra. Almas
nobres que dependem de nossos esforços desbravadores, devem comparecer quando o
terreno estiver preparado. Então farão germinar a tenra planta do Evangelho, para que o
Reino dos Céus se implante definitivamente nas criaturas humanas. É assim que temos sido
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os operários de linha de frente, enfrentando a rudeza do solo, sulcando o terreno, preparando
a sementeira.
Vislumbramos anos de ventura e paz. Para além de nossos horizontes uma cidade de luz se
descortina em direção ao infinito, recebendo das mãos do Senhor o compromisso de aninhar
em seu seio a Árvore da Vida. Árvore majestosa, cujos galhos espargir-se-ão por toda a
Terra, e todos colherão os frutos do Evangelho, dádivas do Senhor para o consolo e a
salvação do mundo.
Uma voz certamente far-se-á ouvir no imo de cada alma, como um convite à renovação.
Vestir-se de compreensão, esposar a concórdia, fazer-se amigo das dificuldades, amar os
desafetos, viver o perdão, e nutrir-se da fraternidade sincera, trajando o verdadeiro amor ao
semelhante.
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moedas, mas com sentimentos e intenções, porque se realiza primeiramente nos corações
humanos, para depois se concretizar na matéria.
Falamos verdades que ferem, mas não nos deixemos abater pela alertiva. É tempo de
renovarmos os propósitos e seguir nova direção. O Senhor, compadecido, oferece-nos
benditas oportunidades de refazimento. Temos os recursos do tempo, e conhecemos o
Evangelho, então estamos orientados.
Scheilla no bojo de sua fala sutilmente indaga-nos: Qual direção temos imprimido aos
nossos passos. Que respostas temos dado a vida? Qual a extensão do nosso
comprometimento com as causas que abraçamos?
Mais que isto, a amorosa Scheilla sugere-nos reflexões profundas, e induz-nos, no curso
dos nossos pensamentos e atitudes, a dar primazia à espiritualização do ser em evolução.
As realizações materiais do homem são importantes, contudo elas se tornam grandiosas
somente se revestidas do comportamento verdadeiramente evangélico.
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OH! CRIANÇAS!
As nuvens espalhadas
movimentam-se por todos os vãos,
clamando esperanças doiradas
e as estrelas se dão as mãos.
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que rezam por Ti,
na inocência de suas tranças...
Tú estás com elas Divino Rabi!
Cantemos! Cantemos!...
com grinaldas de luz coroemos
neste belo e grande dia
do alvorecer do amor
o nosso bom mentor,
que com desvelo nos guia.
Mais uma vez a insistência dos espíritos, aludindo sobre a missão eminentemente
espiritualizante da Cidade da Fraternidade!
E por que não divagarmos um pouco com a nossa mente - “bem que cada fraternista
poderia propiciar uma Cidade da Fraternidade para crianças desamparadas. E para
materializar tal realização, será bom caminho adotar uma ou mais crianças nos limites
físicos da Cidade-Amor ou, por outro modo, fazê-lo no próprio lar, extrapolando os
acanhados círculos da consangüinidade.
Adotar crianças não significa interferir na lei de causa e efeito, rompendo laços familiares
delineados antes do espírito mergulhar na matéria tangível. Tanto quanto os
compromissos espirituais são intransferíveis o dever da solidariedade haverá de ser
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impostergável, não se compreendendo pois a omissão ou o descaso como resposta a
súplica silenciosa dos pequeninos que perderam a referência do lar.
Fraternidade é o amor maior a se instalar nos corações de boa vontade. Para desenvolvê-la é
importante sair do campo das emoções e entrar em ação em favor daqueles que se
encontram em sofrimentos maiores que os nossos. Há décadas, instalamos a célula Mater do
Movimento da Fraternidade neste solo fecundo, na esperança de criarmos a cidade modelo
para o 3º milênio. É importante que entremos em ação conjunta de trabalho e de amor
unificando ideais, sublimando sentimentos e operando para que esta cidade de luz passe a
ser uma realidade edificada nos corações de todos os fraternistas. Para isso, todos os Grupos
da Fraternidade Espírita devem estar coesos, numa atuação maior, para que o menor carente
receba o amor envolvido pela energia que disciplina, ampara, moraliza e evangeliza.
Há que se criar mecanismos e estimular as pessoas, para trabalharem nas áreas residenciais,
cuidando de jardins, cultivando flores, criando hortas comunitárias, plantações de frutas e
outras atividades que a organização necessita.
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Devemos ainda nos preocupar com a auto-suficiência da CIFRATER, porque o homem passa
e a obra permanece. Vamos cultivar mais pastagens, aumentar o rebanho bovino e com o
tempo criar mini-indústrias de seus derivados. Vamos ainda, nos cerrados, cultivar frutas
como a goiaba que servirão para fabricação de doces e assim estaremos melhorando as
condições financeiras da Cidade.
Todos estes requisitos são importantes para a edificação concreta da Cidade, porém pedimos
que acima de tudo o evangelho de Jesus, à luz da doutrina espírita, seja a base para este
empreendimento que é compromisso dos fraternistas, em favor de criaturas carentes.
Estas crianças que se encontram nas ruas abandonadas são pequeninos, os quais, há alguns
anos atrás avisamos que seriam acolhidos na Cidade da Fraternidade.
Reuniões de evangelização, hinos, palestras sobre mediunidade, deverão ser feitos para que
a harmonia, o amor entre todos seja uma constante em seus corações.
Sabemos das dificuldades para a realização de todos esses trabalhos, mas lembremo-nos
que o Pai jamais desampara seus filhos. Pedi e obtereis, batei e abrir-se-vos-á, buscai e
achareis, estas são as afirmativas do Cristo que não devemos esquecer. Os recursos
financeiros deverão ser conseguidos através do entrelaçamento das mãos no trabalho e no
desejo sincero de crescimento.
Recordemos ainda que Jesus conviveu com leprosos, ladrões e amou a todos. Eduquemo-
nos para que possamos viver pacificamente com todos. Vamos meus filhos, não esquecendo
de propiciar ajuda médico-hospitalar para os residentes da Cidade, preocupando-nos
inclusive, com os irmãos cujo carro físico não apresente condição de trabalho material. Acima
de tudo, o evangelho terá de ser vivenciado em todos os momentos para que as trevas não
encontrem ressonância nos corações daqueles irmãozinhos que, na linha de frente do
trabalho, são os primeiros a serem atingidos.
Somos muitos tarefeiros do bem, porém existe uma quantidade maior de irmãozinhos que não
desejam ver a Cidade como exemplo, onde o amor será constante em todos os corações.
Continuem meus filhos no trabalho, que estaremos intuindo, injetando bom ânimo e
direcionando os seus passos para o sucesso que certamente almejais. Felizes estamos pelo
trabalho até aqui realizado e que Jesus nos abençõe os propósitos hoje e sempre.
Esta mensagem foi psicografada no dia 02 (dois) de maio de 1992 (um mil novecentos e
noventa e dois), pela médium Sônia Cunha, por ocasião do Primeiro Encontro do PTP
(Programa de Trabalho Permanente) em ação nas dependências da Casa Espírita André
Luiz em Belo Horizonte. As alertivas e direções apontadas pela amorosa Scheilla são de
imensa valia. É com alegria que vemos muitos dos seus pontos em fase de concretização.
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No momento em que tecemos comentários sobre a mensagem (08/97), o Movimento da
Fraternidade decidiu sobre a implantação do CONCIFRATER ou Condomínio Rural da
Cidade da Fraternidade, onde as terras da CIFRATER estarão divididas em glebas e sua
ocupação e o trabalho por parte dos comunitários, permitirão não somente a expansão e
o desenvolvimento da comunidade, como também a aplicação de muitas das sábias
sugestões de Scheilla.Agora já no ano de 2003 , por ocasião da Semana da Fraternidade
então prevista para Belo Horizonte,o CONCIFRATER dá mostras de vitalidade , acenando
com um futuro alvissareiro. Doze das trinta e tres glebas estão a produzir e a auto
suficiência da Cifrater haverá de ser uma realidade.
Companheiros amados, a satisfação é imensa em ver amigos tão antigos reunidos, ainda hoje, no
propósito do amor maior.
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Uma luz imensa surgiu nos meandros do plano divinal no final daquela década de 50. Corações de
outras vidas compromissados na tarefa redentora da fraternidade, finalmente, entenderam a razão de
seu surgimento na Terra. Foram compromissos de tantas outras vidas que estavam sendo firmados.
A Cidade surgiu antes espiritualmente, que no plano carnal. Sua aura já era viva em cada um de
nossos corações. Graças à força e à centelha divina este objetivo ainda é levado com o maior dos
interesses.
Estamos aqui reunidos, falando de metas que um dia tínhamos certeza que cumpriríamos. No
começo, irmãos, o amor fraterno que cada companheiro tinha no coração e aquela vontade de fazer
o melhor ao próximo sem saber até o porque foram as molas propulsoras desta maravilha que é o
Movimento da Fraternidade. Desde então, organizações e frentes compromissadas de trabalho vêm
surgindo.
Mas a Cidade não pode ser um ideal vivido unicamente pelos Grupos da Fraternidade, amigos. A
CIFRATER precisa de ser vivida no nosso dia-a-dia. Ela há de resplandecer dentro de cada um: no
trabalho, na família, enfim, em qualquer lugar. Alto Paraíso abriga comunidades de variados
matizes e têm o dever de proteger os atropelados pelas desgraças do mundo, nossos irmãozinhos
sofredores. Cada um de nós tem um compromisso muito grande com a nossa Cidade do Amor, que
se situa naquela região.
A tarefa dos Grupo da Fraternidade em prol da Cifrater é intranferível e urge a cada dia. O tempo é
precioso e inigualável. Vocês vivem numa época privilegiada, este final de século aponta a
transição de ciclo onde a humanidade caminhará para mudanças fundamentalmente importantes. A
cidade não surgiu no século XX por acaso.
Acreditem, já progredimos muito , companheiros! Contudo, vocês vivem num período crucial na
crosta terrestre e a Cidade vem a ser a semente desta maravilhosa germinação. Todos do
Movimento da Fraternidade tên um compromisso muito grande por terem se dispostos a trabalhar
em favor deste maravilhoso objetivo. Tal compromisso não deve jamais nos envaidecer, afinal, o
amor ao próximo é muito natural ao ser humano e devia ser vivido mais por todos. Pelo contrário,
essa responsabilidade nos deixa mais sujeitos a avaliações já que obtivemos a consciência da nossa
tarefa.
A doutrina Espírita nos instrui e é sábia, muito sábia ,jamais deixando dúvidas quanto ao nosso
papel.
Que possam levar a fraternidade para cada lugar onde forem chamados,da mesma maneira que
criateras como Ló ,Jair Soares e tanto outros que acolheram carinhosamente tantos companheiros
na intimidade dos seus lares: eles , sim tinham o amor verdadeiro no coração. Façamos de nossas
51
vidas momentos de renovação e cumpramos o objetivo assumido há tanto tempo. Saibam que
sempre estarão amparados e sentirão a força irresistível do Cristo em seus corações. Um abraço
bastante afetuoso e cheio de confraternização.
Scheilla
Muitos irmãos fraternistas, movidos por algumas incertezas, indagam, intimamente, se a Cidade da
Fraternidade é a prioridade máxima do Movimento da Fraternidade.
52
Achamos natural semelhante inquirição, pois não há quem não se sinta tangido por vibrações
indescritíveis quando pisa aquele solo e, ademais, os Espíritos retornam sempre afirmando-nos sobre os
aspectos espirituais da CIFRATER, apontando-nos, inclusive, sua missão e objetivos, senão vejamos:
"Temos ali um pequenino laboratório espiritual, onde se experimenta a civilização do futuro. Campo de
experimentação social e seara de vivência cristã-espírita para a surgência da nova personalidade humana
estruturada a partir do cultivo do Evangelho (Adamastor/BH - 21.07.87)";
"Na CIFRATER se desenvolverá o conceito onde tudo é de todos e todos amam a Deus e trabalham
alegremente para servir (equipe espiritual/Hortolândia-11.10.91)";
"Ali encontrariam os pequeninos sem teto, o amor verdadeiro e a liberdade cristã-espírita, capazes de
lhes dar a orientação segura, a formação moral adequada a prepara-los para as experiências espinhosas
dos deveres e provas com Jesus (Scheilla/Guaratinguetá - 1960)";
"Necessitamos da Casa Material, mas a nós, é muito mais valiosa a causa do Cristo, que está acima e
além de todas as causas, já que casa nenhuma pode albergar a causa do Cristo, pela imponderabilidade
de sua grandeza (Scheilla/Brasília - 04.10.1970)'";
"É importante que entremos em ação conjunta de trabalhos e de amor unificando ideais, sublimando
sentimentos e operando para que esta cidade de luz passe a ser uma realidade edificada nos corações de
todos os fraternistas (Scheilla/BH - 02.05.1992)";
"Devemos ainda nos preocupar com a auto-suficiência da CIFRATER, porque o homem passa e a obra
permanece. Vamos cultivar mais pastagens, aumentar o rebanho bovino e, com o tempo, criar mini-
indústria de seus derivados. Vamos, ainda, nos cerrados, cultivar frutas como a goiaba que servirão para
fabricação de doces e assim estaremos melhorando as condições financeiras da Cidade. Todos estes
requisitos são importantes para a edificação concreta da Cidade, porém pedimos que, acima de tudo, o
Evangelho de Jesus, à luz da doutrina espírita, seja a base para este empreendimento que é compromisso
dos fraternistas, em favor de criaturas carentes (Scheilla/BH - 02.05.1972)";
Poderíamos fazer outras citações, todas enfatizando a beleza desta grande obra de amor que
vagarosamente está sendo edificada no coração do Brasil e pacientemente elaboradora nas profundezas
do nosso ser.
A CIFRATER é a obra comum das criaturas que operam nos Grupos da Fraternidade Espírita, e, em
decorrência do momento importante e de transição que a comunidade vive, devemos seguir as
recomendações da equipe espiritual que, em 11.10.1991, em reuniões de orientação espiritual no Grupo
da Fraternidade Espírita Irmão Américo, assim delineou: "No momento atual é a obra que merece maior
atenção e para a qual devem se voltar todos os irmãos, no esforço de sua edificação."
53
Por esta ótica, convém um enorme esforço da comunidade fraternista para não permanecermos
demoradamente no terreno das intenções, presos nos campos das idéias, ausentes das realizações que
nos irmanam e nos arremeteu para o Cristo. Alinhemos realizações em curso e a colimar:
Estimulo à criação de mais caravanas fraternas, de forma a irradiar o sentimento fraternista dos
GFE's para a CIFRATER e distender os laços da família espiritual ("A união está no coração. E
quando este vibra com Jesus, no diapasão da fé esclarecida, as barreiras se afastam e a luz se
instala");
Incremento do Condomínio Rural da Cidade da Fraternidade - CONCIFRATER, escalando
gradativamente os caminhos da auto-suficiência e tecendo os laços do trabalho solidário
("Almas nobres que dependem dos nossos esforços desbravadores, devem comparecer quando o
terreno estiver preparado");
Configuração do Grupo da Fraternidade Espírita Irmã Veneranda como uma célula ativa de
trabalhos espiritualizantes, que se expande nos lares comunitários ("Se você foi chamado a
cooperar num grupo de atividades cristãs, agradeça a oportunidade de servir e esqueça seus
direitos imaginários para que a luz do dever resplandeça em seu caminho");
Extinção gradativa da RECIFRA, superando os equívocos administrativos suceptíveis de gerar
focos perturbadores e de dissensão. ("Não nos percamos em melindres e questiúnculas
superficiais, atendendo as sugestões da sombra, onde os homens se chocam, se digladiam
desgastando-se nas idéias, perdidos que se acham na manutenção do orgulho e do personalismo
inferior");
Priorização de vivências espiritualizantes no seio da comunidade, sobretudo com encontros
periódicos de confraternização e culto do evangelho no lar ("Guarde para seus companheiros a
gentileza de que se sente credor diante deles, a cordialidade é o alicerce da paz");
Primazia para uso e preservação dos recursos naturais e aplicação das terapêuticas espíritas para
busca e aprimoramento da saúde ("Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico, se não
sabes calar, nem desculpar, se não ajudas, nem compreendes, se não te humilhas para os
desígnios superiores, nem procuras harmonia com os homens?");
Respeito ao estatuto, regimentos internos e hierarquia organizacional como forma de
manutenção da ordem, da disciplina e da paz, indispensáveis ao êxito filosófico da obra
("Estabeleçamos nossos limites dentro do espiritismo cristão, sem criarmos novas fronteiras que
venham a nos perturbar o horizonte");
Assistência às criaturas desamparadas com ênfase para as crianças órfãs para que elas recebam,
no lar, "a orientação segura, a formação moral adequada a prepara-las para as experiências
espinhosas dos deveres e provas com Jesus".
Implantação e permanência dos Cursos Básicos da OSCAL na CIFRATER, em concordância
com o dístico Kardequiano: ("Espíritas, amai-vos, eis o primeiro mandamento e instruí-vos, eis
o segundo mandamento");
Sublimação da mediunidade no âmbito da CIFRATER, sem prejuízo da sua singeleza, espírito
de ciência e atendimento a recomendação do Cristo: "Curai os enfermos, limpai os leprosos,
expeli os demônios, ressuscitai os mortos. De graça recebei, de graça daí".
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Eis um personagem de grande destaque na história do Movimento da Fraternidade. Ele,
como poucos, viveu o ideal propugnado pela Espiritualidade, guardando o objetivo de
disseminação da moral ensinada pelo Cristo à luz dos princípios espíritas!
Na vida privada exerceu o cargo de promotor de justiça, tendo por quase toda a vida
militado na advocacia.
Quem atentou na leitura dos capítulos historiando sobre a Cidade da Fraternidade, pode
depreender do seu entusiasmo quase juvenil, na pesquisa para a compra das terras e em
compondo a caravana pioneira para lançamento da pedra fundamental de fundação da
futura Cidade da Criança. Na ocasião, a rogativa por ele pronunciada e constante desse
memorial histórico, constituiu-se num belíssimo poema, nascido das profundezas d’alma
em direção ao supremo provedor das cousas!
Foi igualmente importante sua participação junto aos companheiros da FEB, no célebre
“encontro de Belo Horizonte”, nos idos de 1962, onde o órgão máximo do Espiritismo no
Brasil, tomou ciência das aspirações do Movimento Fraternista e, claro, esteve ele a
advogar como outros uma posição para a OSCAL de um simples “órgão”, somando-se ao
“corpo” que representa a FEB, enriquecendo a vida do espiritismo pátrio.
Após vários anos do seu retorno ao mundo espiritual, ei-lo saindo do anonimato para
dirigir aos companheiros Oscalino uma mensagem gotejando esperanças do seu coração
decididamente obstinado. E a confreira Sônia Cunha, do Grupo Espírita da Fraternidade
Albino Teixeira, serviu-lhe de intérprete em 23/11/96, quando do Encontro Regional em
Corinto (Sede do Grupo da Fraternidade Espírita Irmão Oto - 4ª Região Fraterna).
Companheiros,
55
No final do século reuniram-se no plano espiritual, Espíritos de escol afim de cooperarem com
o momento de mudanças que passaria o orbe. Espíritos trabalhadores mergulharam na carne
como pioneiros para que se intensificasse o espírito do Evangelho do Cristo Jesus à criaturas
carentes de amor e fraternidade. E nós pela benção e misericórdia Divina tivemos a
oportunidade de participar dos momentos primeiros do Movimento, que é verdadeiro amor em
ação a benefício de muitos. Estamos lado a lado, na tarefa para que possamos encarnados e
desencarnados, entrelaçados, unir nossas mãos no trabalho do amor.
Muitos desceram à carne com o firme propósito de levarem avante os seus ideais de
crescimento espiritual, para que o amor tocasse a todos com mais intensidade, mas, ante os
primeiros obstáculos recuaram, adiando o compromisso com crianças e idosos,
comportamento este deveras lamentável.
Confrades, que o amor seja uma constante em seus corações e continuem perdoando e
servindo, pondo mãos operosas na edificação de um mundo melhor.
Matemos o ser imperfeito de ontem e deixemos renascer o ser fortalecido pela união e
fraternidade. Ao retornarmos ao mundo espiritual, sentimos o quanto deixamos de fazer e o
quanto poderíamos ter feito, se não fôssemos precipitados muitas vezes.
Persigamos a integração sempre, a fim de nos entregarmos com amor e confiança aos
trabalhos que nos afinizamos por amor.
Deixemos o personalismo, para que o Movimento de André Luiz possa continuar seus
objetivos.
Tenham fé e disciplina, sabendo sempre que homens falíveis jamais poderão constituir
Instituições infalíveis.
56
Perseverem, amando sempre, calando as ofensas, assumindo com paciência as vossas
cruzes por mais pesadas que possam parecer.
Que Jesus o bondoso amigo continue a semear em seus corações o ideal de servir e amar,
matando a fome do corpo de carne e semeando o conhecimento que a Doutrina dos Espíritos
nos dá.
Meus irmãos, que Jesus continue a nos impulsionar para frente e para o Alto.
LYDIO DINIZ
OUVINDO OS ESPÍRITOS
Não podemos olvidar a excelência dos conselhos dos Espíritos! Em matéria de conselhos,
no entanto, urge atentar para a admoestação do evangelista João: “Escutai todos os
Espíritos mas verificai se eles vêm de Deus”.
No meio fraternista as consultas aos Espíritos têm sido uma prática comum e, a propósito,
vários Grupos da Fraternidade possuem Departamentos específicos de Orientação
Espiritual.
Claro que os requisitos exigidos para as reuniões com esta finalidade são de maior
extensão. Exigem-se sensitivos mais educados e com uma certa especificidade na sua
formação mediúnica. Os dirigentes hão de ser mais preparados e apresentarem
discernimento para filtragem do que convém ser indagado aos Espíritos.
Vamos dar uma mostra aos leitores dessas consultas espirituais. Questões emergentes,
na 2ª metade do ano de 1990, avassalavam as mentes dos fraternistas e não existiam
entre eles posições comuns. Elaboramos então perguntas e consideramos de bom alvitre
submetê-las a vários Departamentos de orientação espiritual, como o que está posto a
seguir.
57
a) Grupo da Fraternidade Irmã Scheilla - GFEIS
Belo Horizonte; entrevista realizada nos dias 21/08 e 02/09/91, médium Emmanuel
Chácara e o espírito Fritz, representando a equipe espiritual dirigente da CIFRATER,
para emitir as respostas.
Belo Horizonte, Minas Gerais; entrevista realizada no dia 09/06/91, médium Dalva
Horta e espírito Joseph Gleber, na emissão de respostas as indagações formuladas.
Questão Nº 01
58
se desenvolverá o conceito onde tudo é de todos e todos amam a Deus e trabalham
alegremente para servir.
Questão Nº 02
Questão Nº 03
Por que a Espiritualidade não falou sobre a CIFRATER quando da revelação do PTP -
Programa de Trabalho Permanente, em outubro de 1949?
59
causa de Jesus no mundo que é o bem. Só depois então poderia surgir a CIFRATER
como conquista amadurecida de todo um processo preparatório simbolizado no
movimento fraternista.
GFEIV/VITOR - Não víamos condições de revelar naquela hora aos nossos queridos
amigos e tudo tem sua hora de ser vertido aos homens.
Questão Nº 04
60
preocupamo-nos sim com a formação e construção espiritual daqueles que lá habitam.
É esta construção que nos preocupa, irmãos. Mas estamos satisfeitos pelo entusiasmo
e pela dedicação, nem que isso não seja constante ou ocorra em ondas e fases, mas
algum dia isso vai ser permanente sim.
Questão Nº 05
Questão Nº 06
61
circunscreve apenas nos limites geográficos de uma região. Cada Grupo Fraternista,
em todos os recantos do Brasil, deve buscar viver esta chama, este ideal que é a
própria razão de ser da CIFRATER. Assim, não só de recursos materiais estes grupos
poderão manter a CIFRATER, mas também na conscientização dos fraternistas quanto
aos objetivos da Cidade, pois é destas casas que sairão muitos daqueles que irão se
somar à comunidade já nascente no planalto goiano.
Questão Nº 07
As crianças órfãs que irão residir na CIFRATER deverão ser adotadas pelos casais? Ou
pela Instituição?
62
Questão Nº 08
Como compreender “um novo sistema de viver” mencionado pela Scheilla na mensagem
“Cidade da Fraternidade “ - 1960 - médium R.A.Ranieri?
Questão Nº 09
Questão Nº 10
63
populacional, possa crescer unida, homogênea, harmônica em torno do mesmo ideal.
Só então teremos a expansão da cidade, inclusive no tocante ao número de moradias,
etc. Somente após a formação de uma compreensão espiritual forte e sólida em torno
dos objetivos da cidade é que chegarão pouco a pouco aqueles compromissados em
ali morarem, aumentando a população, e consequentemente, ampliando as
construções de natureza material da cidade. O crescimento espiritual está descrito no
roteiro seguro que é o evangelho de Jesus. O crescimento populacional virá na medida
que cada Grupo de Fraternidade esclarecer-se melhor acerca dos objetivos da
CIFRATER. O crescimento material será uma consequência dos outros dois, pois
corações generosos, não faltarão nas doações em prol da CIFRATER, na medida que
seus integrantes estiverem se esforçando por viver em plena fraternidade.
Questão Nº 11
apenas fogem das lutas diárias de um grande núcleo urbano, mas como espíritos
conscientes de suas responsabilidades cármicas e dispostos a lutarem pela
implantação da chama da fraternidade em pleno coração do Brasil.
Questão Nº 12
64
O que a Espiritualidade espera dos lares-familiares?
Questão Nº 13
65
toda a sorte, possam ser os próprios artífices do crescimento da CIFRATER, em todos
os níveis. Só assim, eles permanecerão ali, pois verão que não estarão afastados do
mundo, mas como nos diz o Evangelho “vivendo no mundo sem serem do mundo”, isto
é, tendo as experiências materiais, mas vivendo-as com um sentimento de elevação,
de fraternidade, com o objetivo de crescimento espiritual que é o nosso objetivo.
Questão Nº 14
GFEIS/SCHEILLA - Convém canalizar esforços já, para fortalecer o bom ânimo, a fé, a
harmonização de ideal e de objetivos daqueles que ali se encontram, bem como dos
confrades de cada grupo também responsáveis pela CIFRATER. Só depois dessa
solidez espiritual de propósitos e realizações, é que poderemos albergar mais crianças.
É necessário que antes arrumemos nossa casa interior, para depois abrirmos as
nossas portas à outros pequeninos, para que estes não venham a sofrer por nossas
invigilâncias e temores.
Questão Nº 15
Para quem ela se destina senão aos nossos corações orgulhosos e altivos do passado,
hoje necessitados do lenitivo da humildade que flui da fraternidade? Quando ela
acontecerá senão no momento em que todos, sem exceção, se decidirem a abraçar
com declinação os próprios compromissos cármicos e, através da CIFRATER, se
libertarem do jugo sufocante do passado obscuro?
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Com ela crescerá senão quando nós mesmos crescermos em bondade, dedicação e
amor a causa de Jesus no Mundo que é o Bem?
Onde ela se estabelecerá senão na terra sedenta das nossas almas, ressecada pelo
nosso egoísmo e desejosa da chuva refrescante e fertilizante da caridade aos
pequeninos desamparados?
Assim, reflitamos um pouco e acharemos não só estas respostas dentro de nós, mas
principalmente o caminho seguro que todos devemos seguir.
CAPITULO II - DA FILOSOFIA
Parágrafo Único: Serão observados os padrões filosóficos do Movimento da Fraternidade dispostos nos
artigos 7º a 18º do Estatuto Social da OSCAL.
Artigo 4° - Para a consecução do objetivo maior, de espiritualização do ser, é necessário que vigore,
sempre, na CIFRATER, a Fraternidade, que é o amor maior a se instalar nos corações de boa vontade.
É imprescindível que os habitantes desta comunidade se disponham a:
67
Artigo 5° - A CIFRATER resulta do agrupamento de criaturas que, sob a égide do Evangelho
de Jesus e à luz da Doutrina Espírita, busca e orienta a Reforma Íntima de seus membros, sendo o seu
processo como comunidade cristã-espírita de edificação permanente. São pontos essenciais nessa
Comunidade as questões:
3.1 - Do Trabalho;
3.2 - Da Família;
3.3 - Da Educação;
3.4 - Da Saúde;
3.5 - Da Vida em Sociedade;
3.6 - Da Moradia;
3.7 - Da Conduta.
a) Comunitário: o maior de idade, que tenha sido aprovado em processo de estágio e/ou que tenha
nascido e/ou sido criado e permanecido (permaneça) até sua maioridade na CIFRATER;
b) Comunitário-Chefe do Lar: o que responde pelo comando do lar;
c) Dependente: a criança e/ou adolescente filho de Comunitários;
d) Membro: a pessoa ligada à CIFRATER por vínculo anterior de residência e que continue mantendo
laços com a comunidade e glebistas não residentes;
e) Assistido: o que estiver, transitoriamente, sob os cuidados da Coordenação de Lares Fraternos;
f) Estagiário: morador em período probatório.
a) Conselho Comunitário - CC
b) Conselho de Administração - CAD
c) Comissão Fiscal - CF
d) Assembléia Geral de Comunitários - AGF,
68
Parágrafo Único - Todos os cargos atinentes ao Conselho Comunitário, Conselho de Administração e
Comissão Fiscal são exercidos voluntária e gratuitamente, sendo vedada, sob qualquer título, a
distribuição de bonificações, lucros, dividendos ou vantagens.
Seção I
Da Organização Sistêmica
Seção II
Do Conselho Comunitário
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Artigo 10 - O Conselho Comunitário terá a responsabilidade de acolher reclamos,
reivindicações e sugestões dos comunitários. Deverá, pois, estar atento às necessidades e anseios dos
comunitários, tanto como a preservação da disciplina, do respeito e da qualidade de vida, que são
fundamentais à harmonia e ao progresso da comunidade.
Parágrafo Único - A pauta dos assuntos de interesse do Conselho Comunitário, a ser exposta em
reunião do Conselho de Administração da Cidade da Fraternidade, deverá ser elaborada em conjunto
com o Coordenador Geral da CIFRATER.
Seção III
Do Conselho de Administração
a) Ordinariamente, uma vez por mês, na sede da administração central da CIFRATER, para tratar de
assuntos de sua competência;
b) Extraordinariamente, em qualquer época, mediante convocação da Coordenação Geral da
CIFRATER, ou 50% (cinquenta por cento) dos membros integrantes, ou da Coordenação Geral da
OSCAL, por petição da maioria dos comunitários.
Artigo 14 - Ao Conselho de Administração compete:
I - Além da educação e cultura definidas pelos órgãos públicos, a promoção da educação dos
comunitários, no que se refere ao Evangelho e à Doutrina Espírita;
Seção IV
Da Coordenação Geral da Cidade da Fraternidade
71
Artigo 18 - Atividades administrativas, contando sempre com o apoio das coordenações
específicas, constituem atribuição do Coordenador Geral da CIFRATER, que é o representante, no
âmbito local, de autoridade executiva.
Seção V
Das Coordenações Específicas
Seção VI
Da Comissão Fiscal
Parágrafo Único - Uma vez constituída, a Comissão Fiscal elegerá seu Coordenador e Secretário
para exercício em todo o período do seu mandato.
72
ao Conselho Comunitário da CIFRATER e ao Conselho de Administração da OSCAL, ao término
de cada exercício fiscal;
b) Emitir pareceres, quando consultada pelo Conselho Comunitário e Conselho de Administração
CAD/OSCAL.
Seção VII
Da Assembléia Geral de Comunitários
CAPÍTULO V - DO PATRIMÔNIO
CAPÍTULO VI - DA ECONOMIA
73
CAPÍTULO VII - DA DISPOSIÇÃO FINAL
Artigo 29 - Este Estatuto, originariamente registrado no Registro Civil das Pessoas Jurídicas da
comarca de Brasília, sob o número 1.p234 de 31 de Janeiro de 1973, finalmente reformado, consolidado
e aprovado pela Assembléia Geral de Fraternistas da OSCAL, realizada em ......... de Abril de 2001, em
Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, é posto em vigor a partir de .......de Abril de 2001, ficando
revogadas quaisquer disposições em contrário.
Brasília, de de 2003
_____________________________________________
Coordenador Geral da CIFRATER
_____________________________________________
Conselho de Administração - CAD/OSCAL
______________________________________________
Conselho de Representação da Assembléia - CRA/OSCAL
Esse Estatuto será ainda aprovado, pela Assembléia Geral da OSCAL, podendo naturalmente sofrer
eventuais alterações.
74
REGIMENTO INTERNO DA CIDADE DA FRATERNIDADE
CIFRATER
3. DA FILOSOFIA
4. DOS MORADORES
4.1. Os moradores da CIFRATER são pessoas provenientes dos Grupos da Fraternidade Espírita,
chamados Fraternistas, que, para serem aprovados como COMUNITÁRIOS, devem passar por estágio
de 01 (um) ano. Para ser aceito o pedido de estágio há de se cumprir os seguintes requisitos:
a) Carta de Apresentação do GFE que freqüente e que se responsabilize pelo retorno do estagiário, caso
o estágio não seja aprovado ou da desistência do candidato;
b) Plano de Trabalho aprovado pelo Conselho de Administração - CAD/CIFRATER;
c) Acatar as normas e diretrizes da CIFRATER;
d) Demonstrar conhecimento da estrutura física e administrativa da CIFRATER, bem como dos
objetivos, filosofia e história do Movimento da Fraternidade, além de ter convivido com os
moradores locais, seja pela participação em Caravanas, Encontros ou Visitas;
e) Moradia disponível.
a) Comunitário: o maior de idade, que tenha sido aprovado em processo de estágio e/ou que tenha
nascido e/ou sido criado e permanecido (permaneça) até sua maioridade na CIFRATER;
b) Comunitário-Chefe de Lar: o que responde pelo comando do Lar;
c) Dependente: a criança e/ou adolescente filho de Comunitários;
75
d) Membro: a pessoa ligada à CIFRATER por vínculo anterior de residência e que continue mantendo
laços com a comunidade, além de glebistas não residentes;
e) Assistido: o que estiver, transitoriamente, sob os cuidados da Coordenação de Lares Fraternos;
f) Estagiário: quem estiver período probatório.
4.3. Para o Estagiário tornar-se Comunitário, deverá atingir pelo menos três dos quatro pontos
definidos no Artigo 6º.
5. DO COMUNITÁRIO
a) Se dispõe a acolher criança e/ou adolescente, em caráter temporário e/ou permanente, cadastrando-se,
para tanto, junto ao Juizado de Menores de Alto Paraíso;
c) Participa ativamente do GFE Irmã Veneranda, sendo fundamental a freqüência em reunião pública;
d) Busca relacionar-se bem com todos, participa da solução de problemas coletivos, está aberto ao
diálogo, tem atitude conciliatória e acata as normas estabelecidas pela Comunidade.
5.1.1 - O Comunitário há de ser avaliado a cada final de ano (dezembro) pelo CAD/CIFRATER. Se por
duas avaliações consecutivas não atingir três dos quatro pontos estabelecidos deixará de ser
considerado comunitário. Isto constitui motivo relevante para que haja desocupação do imóvel e
afastamento da comunidade. Neste caso, serão convocados o GFE de origem do comunitário e o
respectivo GFE Coordenador da Região Fraterna a fim de que o CAD/CIFRATER justifique os motivos
do seu afastamento da comunidade. Ser-lhe-á dado o direito de presença e defesa nesta reunião, tanto
como ser ouvido no CAD da OSCAL, se for do seu interesse, como última instância de recurso.
5.2 - A assinatura do Termo de Adesão ao Trabalho Voluntário, conforme artigo 1º, Lei nº 9608, é
condição imprescindível para que qualquer pessoa permaneça na CIFRATER, seja como comunitário,
dependente, membro, estagiário ou assistido.
6. DA CRIANÇA
6.1 - A CIFRATER é Entidade Filantrópica de Amparo à Criança em Sistema de Abrigo, nos moldes da
lei Federal 8.069, Artigo 92, em Lares Fraternos, ou seja, Lares de Comunitários que, de boa vontade, se
dispõem a adotá-las ou abrigá-las, temporária ou permanentemente, atendendo preferencialmente
crianças de até sete anos de idade.
6.2 - O Lar que tenha filho adotivo ou sob guarda judicial se habilita a receber cesta básica, se assim o
orçamento da CIFRATER comportar.
6.2.1 - O lar que acomodar criança e/ou adolescente oriundo de outra região, para estudar no
Educandário Humberto de Campos - EHC, também se habilita a receber, durante o período letivo, cesta
básica proporcional ao número de crianças, se assim o orçamento da CIFRATER comportar.
76
7. DA MORADIA
7.1 - O Comunitário terá à sua disposição uma casa de alvenaria, em boas condições de uso, até que
construa a própria residência.
7.3 - Qualquer construção, melhoria ou reforma em imóvel será precedida de consulta à Coordenação de
Obras, Habitação e Urbanismo e de inteira responsabilidade do ocupante e às suas expensas.
7.3.2 - O ocupante do imóvel não tem direito a indenização pelas melhorias e reformas realizadas.
7.4 - A permuta de moradia entre comunitários deverá ter aprovação da Coordenação de Lares Fraternos.
Esta permuta poderá ser, também, de iniciativa desta mesma Coordenação.
7.5 - A ausência do comunitário no imóvel, por mais de 60 (sessenta) dias consecutivos, sem
justificativa aprovada pela Coordenação de Lares Fraternos, pressupõe abandono, retornando o imóvel à
CIFRATER.
7.6 - A Coordenação de Lares Fraternos, ao requerer desocupação de imóvel, fá-lo-á com antecedência
mínima de 30 dias. O interessado terá direito a reavaliação do caso.
7.7 - Com a desencarnação ou afastamento dos responsáveis pelo lar, fica assegurado aos demais
membros o direito de moradia, desde que sejam comunitários.
8. DA CONDUTA
d) colaborar na manutenção da limpeza pública e participar dos Mutirões Fraternos organizados pelas
Coordenações, que deverão ser programados com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas,
salvo emergências;
8.2 - Todo cidadão deve obedecer às determinações do CAD/CIFRATER, do Estatuto e dos Regimentos
Internos próprios.
77
8.3 - Para festividades, cujo horário previsto de encerramento exceda 22:00 horas, deve-se consultar, com
antecedência, a Coordenação Geral da CIFRATER.
9. DOS ANIMAIS
9.1 - É dever do comunitário proteger e cuidar dos animais, segundo os preceitos da Doutrina Espírita.
9.2.1 - O não atendimento a esta determinação significará na retirada dos animais da CIFRATER pelo
Conselho de Administração.
10. DO VISITANTE
10.1 - Os Visitantes deverão ser informados sobre as normas de conduta na Cifrater pelos Visitados.
Deverão também assinar o livro de presença existente no prédio da Administração.
10.2 - O Visitante deve, previamente, avisar de sua chegada à Administração; e obedecer ao Regimento
Interno próprio da Hospedaria, caso a utilize.
10.3 - As Caravanas deverão ser aprovadas pela Região Fraterna em que se situam e programadas com
antecedência mínima de 15 (quinze) dias, sendo informado à Administração, por escrito, o período da
visita, número de caravaneiros, objetivos e atividades a serem desenvolvidas.
11. DA SAÚDE
11.2 - O tratamento espiritual tem importante ação preventiva e também terapêutica no trato de moléstias
do corpo e da alma. Na CIFRATER dar-se-á, pois, ênfase:
11.3 - A Coordenação de Saúde e Saneamento manterá o Posto de Saúde Fraternidade, que engloba
consultório médico, dentário e dispensário.
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12. DA EDUCAÇÃO
12.2 - Todo Comunitário terá acesso a educação formal, através do Educandário Humberto de Campos.
12.3 - Deverá ser facultado a todo comunitário que aspira a uma escala de conhecimentos e saber, em
níveis que a CIFRATER não comporta, o acolhimento na Casa do Estudante/Brasília, atendendo o
Regimento Interno e possibilidades daquela unidade.
12.3.1 - A família assume inteira responsabilidade por outra opção de alojamento que não seja a Casa
do Estudante.
12.4 - Compete à Coordenação de Educação e Cultura evocar e comemorar eventos e datas especiais,
como:
a) Aniversário da CIFRATER;
b) Semana da Fraternidade;
c) COMEMOFRA.
12.5 - Alunos não residentes na CIFRATER, matriculados no EHC, poderão ser abrigados em lares de
Comunitários e/ou no Lar Transitório.
13.1 - A Casa do Estudante/Brasília, destinada aos alunos do ensino médio e/ou superior, atenderá
seqüencialmente aos:
13.3.1 - O Regimento Interno da Casa do Estudante deverá ser aprovado pelo CAD/OSCAL e
CRA/OSCAL.
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14.2 - Os condôminos não residentes serão considerados Membros e deverão se esforçar por cumprir o
parágrafo segundo do artigo 16 (dezesseis) do Estatuto Social da OSCAL.
14.3 - Os candidatos a Gleba obedecerão também a este Regimento Interno e deverão ser Fraternistas
ou pessoas ligadas ao Movimento Espírita.
14.4 - As famílias que os condôminos assumirem em suas glebas deverão ter bons antecedentes. Sua
instalação depende de autorização prévia do CAD/CIFRATER, que também, por motivo consistente,
poderá pedir sua remoção, ad-referendum do CAD/OSCAL.
Este Regimento Interno entra em vigor na data de sua aprovação, revogando-se todas as
disposições anteriores.
__________________________________________
Coordenação Geral da Cidade da Fraternidade
_________________________________________
Conselho de Administração - CAD/CIFRATER
____________________________________________
Conselho de Administração - CAD/OSCAL
_______________________________________________
Conselho de Representação da Assembléia - CRA/OSCA
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SCHEILLA
Mal de algo, podemos falar segura e orgulhosamente: a sua estatura moral que facultou-
lhe uma readaptação rápida no Mundo Invisível e, sem delongas, pôs-se à serviço do
Cordeiro de Deus, esparzindo as virtudes do seu coração na condição humilíssima de
operária da gleba do Senhor.
Apesar do seu desenlace terreno em 1943 (um mil novecentos e quarenta e três), pouco
tempo depois Scheilla foi convocada para labores junto a nós, criaturas no corpo físico.
Exemplificando, temos notícias de sua participação grandiosa nas reuniões de
ectoplasmia/materialização no Centro Espírita André Luiz, cidade do Rio de Janeiro, pelos
idos de 1948 (um mil novecentos e quarenta e oito), onde pontificou a exuberância dos
dotes mediúnicos de Francisco Peixoto Lins (Peixotinho).
A partir daí, Scheilla marcou presença no Espiritismo no Brasil e a vertente talvez mais
importante do seu trabalho tenha sido o Movimento da Fraternidade - MOFRA, onde
sinalizou-nos para tempos de esperanças e trabalhos, e seus primeiros contatos constam
desse registro histórico, descritos a partir do capítulo número II (dois) desse livro.
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Centros espíritas, creches, corais espíritas e departamentos diversos de casas espíritas
levam o nome de Scheilla, certamente pelo respeito, confiança e amor que a respeitável
Entidade soube granjear em suas andanças.
Ainda jovem perdeu o esposo, ficando como arrimo de uma família de 04 (quatro) filhos,
porém seu coração virtuoso, honrosamente enfrentou os encargos supervenientes e, além
disso, dedicou tempo ao exercício das obras piedosas.
Já em 1604 (um mil seiscentos e quatro) fazia pregações e a tanto chegava sua
ascendência espiritual que o Bispo Francisco Salles (canonizado santo pela igreja),
submeteu-se à sua direção espiritual.
Em 1612 (um mil seiscentos e doze), alugou uma casa num bairro pobre de Paris e
galhardamente dirigiu a Instituição até 1619 (um mil seiscentos e dezenove) quando
transferiu a missão a uma das mais virtuosas criaturas que já transitou pela Terra: Vicente
de Paulo, o Santo da humildade e, naquela época, confessor e orientador espiritual de
Joana de Chantal.
Conta-nos Clóvis Tavares no livro “Mediunidade dos Santos”, que antes do desencarne
de Joana, São Vicente de Paulo teve a visão de um globo luminoso, subindo da Terra e
alcançando um outro globo, maior e mais luminoso, que o acolhia e, um terceiro, bem
maior que recebia a ambos. Compreendeu que o primeiro era Joana que se libertava; o
segundo era o Bispo de Genebra, São Francisco Salles, desencarnado em 1622 (um mil
seiscentos e vinte e dois) e o terceiro, a essência divina que abraçava Joana, saudando o
seu retorno à pátria espiritual.
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Preferiu aplicar dedicação aos atingidos pelo tormento das doenças e em particular os
vencidos pelo ódio e pelo egoísmo. Como enfermeira cuidava das feridas físicas e como
amiga da caridade, tratava chagas morais e enxugava lágrimas dos vitimados de si
mesmos.
E desde esta época ela faz ponte entre o céu e a terra e, nós humanos, já nos
habituamos com a sua presença, que contabiliza ensinamentos, emoções e de quando
em vez o substrato inesquecível do perfume de uma rosa que ela bem representa.
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PORQUE A CIDADE DA FRATERNIDADE
O colegiado apostolar compreendendo a extensão das tarefas que lhes cabiam, buscou mais
cooperadores. Não consideravam justo deixar a palavra de Jesus para servirem às mesas. Vieram os
diáconos representados por Estevão, Prócoro, Nicanor, Parmenas, Nicolau, Timon e Barnabé. Foi
construída uma casa em anexo para as atividades de oração e evangelho.
"E era um só o coração e a alma da multidão dos que criam e ninguém dizia que coisa alguma do que
possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comum. Não havia pois, entre eles necessitado
algum: por que todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as traziam o preço do que fora
vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se por cada um, segundo a necessidade que
cada um tinha".
A Casa do Caminho era uma plantinha tenra, oriunda de uma semente divina, a enfrentar titânicos
embates, num ambiente hostil e adverso. De um lado eram mais de cem pessoas recebendo alimentação
diária, além dos serviços de assistência aos enfermos, aos órfãos e aos desamparados de uma forma
igual e entre eles, prostitutas, criaturas de má conduta, loucos incuráveis e viciados de variados matizes.
De outro lado, a perseguição atroz do judaísmo o que obrigou a uma relação de permanentes
concessões.
Existiu assim a dependência monetária da sociedade judia para manutenção da obra. O apóstolo Paulo,
quando em visita a Jerusalém, consternado com a situação da Casa do Caminho, em diálogo com Pedro,
obtemperou: "precisamos encontrar um meio de libertar as verdades evangélicas do convencionalismo
humano. Precisamos instalar aqui, elementos de serviço que habilitem a casa a viver de recursos
próprios. Os órfãos, os velhos e os homens aproveitáveis poderão encontrar atividades além dos
trabalhos agrícolas e produzir alguma coisa para a renda indispensável. Cada qual trabalharia de
conformidade com as próprias forças, sob a direção de irmãos mais experimentados. Como sabemos,
onde há trabalho, há riqueza, e onde há cooperação, há paz. É o único recurso para emancipar a
igreja de Jerusalém das imposições do faraisaismo, cujas artimanhas conheço desde o princípio de
minha vida"! Ademais, aduziu Paulo: "Barnabé e eu poderemos retornar aos lugares visitados (igrejas
recém-fundadas), além de buscar outros, na expectativa de ajuntarmos recursos para parte das
necessidades da Igreja de Jerusalém". Paulo entendeu como insuficientes os esforços narrados por
Pedro: "organizei serviços de plantação para os reestabelecidos e impossibilitados de se ausentarem logo
de Jerusalém. Com isto a Casa não tem necessidade de comprar hortaliças e frutas. Quanto aos
melhorados, vão tomando os encargos de enfermeiros dos menos favorecidos da saúde.
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Como vês, estes detalhes não foram esquecidos e mesmo assim a igreja está onerada de despesas e
dívidas que só a cooperação do judaísmo pode atenuar ou desfazer".
Noutra passagem pela Casa do Caminho, Paulo admoestou: "poderemos atender a muitos doentes,
ofertar um leito de repouso aos mais infelizes; mas sempre houve e haverá corpos enfermos e cansados
na Terra. Na tarefa cristã, semelhante esforço não pode ser esquecido, mas a iluminação do espírito deve
estar em primeiro lugar. Se o homem trouxesse o Cristo no íntimo, o quadro das necessidades seria
completamente modificado".
Sabemos que as igrejas se multiplicaram, porém a Casa do Caminho em face as injunções humanas e,
pela ausência do Conselho de Apóstolos e presbíteros, sem dizer das perseguições malévolas do
sacerdócio organizado do judaísmo, fizeram-na ruir no tempo, frustrando o exemplo lídimo para a
humanidade de um novo sistema de viver em comunidade. A Casa do Caminho foi um marco na história
do Cristianismo e um exemplo inesquecível do espírito da abnegação e da fraternidade.
Humberto de Campo retrata no livro "Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho" uma assembléia
no mundo espiritual e, no momento quando a caravana se deslocou para o hemisfério sul, no século
XIV, Jesus exclamou à Helil, espírito responsável pelos problemas sociológicos da Terra, nestes termos:
"Para esta terra maravilhosa e bendita será transplantada a árvore do meu Evangelho de piedade e amor.
No seu solo dadivoso e fertilíssimo, todos os povos da Terra aprenderão a lei da Fraternidade Universal.
Sob estes céus serão entoadas as hosanas mais ternas à misericórdia do Pai Celestial. Aproveitaremos o
elemento simples da bondade, o coração fraternal dos habitantes destas terras novas, e mais tarde,
ordenarei a reencarnação de muitos espíritos já purificados no sentimento da humildade e da mansidão,
entre as raças oprimidas e sofredoras das regiões africanas para formarmos o pedestal da solidariedade
do povo fraterno que aqui florescerá no futuro, a fim de exaltar o meu evangelho, nos séculos gloriosos
do porvir".
Jesus, para transplantar para a pátria do cruzeiro, o seu evangelho de amor, naturalmente planejou, no
seu devido tempo, espalhar a mensagem do consolador prometido, que nada mais é que as vozes e
ensinos dos espíritos a partir do trabalho incansável de Allan Kardec no país das idéias libertárias - a
França.
Neste mesmo período da codificação da Doutrina dos Espíritos, como aduziu o espírito Scheilla, em
1960, em mensagem psicografada por Rafael Américo Ranieri, "reuniram-se Espíritos amigos, cheios de
fé e abnegação, numa tarde maravilhosa, a fim de traçarem o roteiro de futuras lutas missionárias na
superfície da terra. Uniram pensamentos e corações implorando a Jesus lhes concedesse a oportunidade
do trabalho efetivo em favor de numerosas entidades que pretendiam retornar à carne, libertas dos
laços da família tradicional, de maneira a iniciarem no mundo novo sistema de viver para poderem
servir sem os aguilhões dos laços consangüíneos. O Divino Senhor da Vinha enviou-lhes amorosamente
o seu apoio e então, companheiros especializados e categorizados expuseram os planos superiores da
CIDADE DA FRATERNIDADE, futura organização de Paz Cristã a ser edificada no Brasil".
Transplantando o Evangelho do Cristo para as terras de Vera Cruz, seria crível o renascimento da Casa
do Caminho nestas mesmas paragens, sob uma outra feição e à luz dos esclarecimentos do Consolador
Prometido?
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A Cidade da Fraternidade não seria uma comunidade cristã como qualquer outra que se absorveria num
processo seletivo e natural nos erros e contradições dos aglomerados urbanos?
Estará a Cidade da Fraternidade à conta de utopia ou representa uma forma de isolamento ou reclusão
semi-inconsciente de criaturas desajustadas da sociedade convencional?
Estas questões levantadas não são tão relevantes, dado que existe ascendente espiritual para a Cidade da
Fraternidade. Ela prosseguirá realizando a missão a que foi predestinada.
Espaço onde toda sugestão será bem vinda, onde todas as criaturas serão acolhidas e muito
valorizadas pelas suas idéias, pelo seu trabalho e pelo que fazem por si mesmas e para os outros.
Lugar onde todos acreditam que tudo se lhes pertence, onde os problemas são vistos como
oportunidades e, para solução de cada um, procura-se o que está adequado e o que está
inadequado e não quem está certo ou quem é o culpado.
Um oásis em meio a secura dos desequilíbrios humanos tendo esta comunidade um novo
sistema de viver, baseado nas diretrizes clarificantes do Evangelho de Jesus (psicografia de
Emmanuel Chácara - 02.05.95).
Futura organização de Paz Cristã a ser edificada no Brasil (Cidade da Fraternidade - Scheilla,
1960).
Uma obra de amor que se constrói com fraternidade, não somente com pedras e moedas, mas
com sentimentos e intenções (Carta aos Fraternistas - Scheilla - 27.09.88).
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CIDADE DA FRATERNIDADE - MISSÃO/AÇÃO
Ocupação gradativa das terras com extensão de 2.565 hectares, de propriedade da OSCAL, para
prover e auto sustentar a comunidade;
Entrosamento dos comunitários com as Caravanas procedentes das diversas Regiões Fraternas,
envolvendo-se nas atividades e trabalhos de variados matizes que estas se propõem a
desenvolver na CIFRATER e em acordo com a Administração Central;
Integração por parte dos comunitários nos trabalhos espontâneos e voluntários, uma vez por
semana, garantindo a preservação e beleza dos espaços e equipamentos públicos;
Doação espontânea e livre de valor monetário por parte do comunitário que detém ganhos
financeiro-econômicos, para a Administração Central, com o intuito de se preservar e melhorar
os bens e patrimônios da coletividade;
Acolhimento em cada lar de pelo menos um espírito reencarnado qualquer, com primazia para
as crianças em estado de abandono;
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Presença dos comunitários nas Semanas da Fraternidade e Encontros da Região Fraterna na
jurisdição da própria CIFRATER;
Emprego com parcimônia e espírito cristão dos recursos financeiros advindos dos GFEs, ou
órgãos governamentais ou não governamentais;
Convicção por parte dos comunitários que os lares dos fraternistas distribuídos ao longo dos
GFEs do Brasil, são o prolongamento da própria CIFRATER e estes, quando acolhem um
espírito encarnado qualquer e com primazia à criança abandonada, passam a denominação de
fraternistas-comunitários;
Uso dos recursos da Medicina Espiritual, como passe, reuniões de ectoplasmia, reuniões de
desobsessão, orientação espiritual, água energizada, como caminhos para a saúde. Medicina
homeopática e acumpultura como alternativa de Ciência Humana para atingimento dos mesmos
objetivos.
Estudo realizado por Célio Alan Kardec de Oliveria e Vera Maria Rezende Vieira
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