Word Anatomia e Fisio
Word Anatomia e Fisio
Word Anatomia e Fisio
A anatomia é a parte da biologia que estuda a forma e a estrutura dos seres vivos, enquanto
a Fisiologia visa conhecer o funcionamento do corpo humano.
Dessa maneira, essas duas ciências caminham juntas, para explicar o corpo humano.
Variação Anatômica: são variações existentes entre os seres humanos, que não
prejudicam suas funções. Essas variações são consideradas fora do padrão na maior parte
dos organismos.
Posição anatômica: Posição de sentido com pés paralelos, membros inferiores paralelos
e estendidos, membros superiores unidos ao longo do corpo, palmas da mão voltadas para
frente e olhar no infinito.
SISTEMA ESQUELÉTICO
Constituição óssea
Os ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unidos uns aos outros, por
intermédio das articulações constituem o esqueleto. É um tecido vivo, complexo e
dinâmico (são vascularizados e inervados).
São formados por substâncias responsáveis pela sua consistência e por sua firmeza:
Colágeno e Sais Minerais
Crescimento Ósseo
O osso é um tecido vivo e ativo, que cresce, se desenvolve e se renova formado por
Osteoblastos (formação) e Osteoclastos (destruição). Em condições normais, deve existir
um equilíbrio entre o processo de formação e de destruição óssea.
SISTEMA ARTICULAR
Articulações são as uniões funcionais entre dois ou mais ossos do esqueleto. Elas podem
permitir amplo movimento ou nenhum.
• São divididas de acordo com sua estrutura e mobilidade:
Articulações Fibrosas ou Sinartroses: São as articulações imóveis (fixas), unidas por
tecido conjuntivo fibroso.
Articulações Cartilaginosas ou Anfiartroses: permitem movimentos limitados.
Articulações Sinoviais ou Diartroses: articulações que permitem amplos movimentos. As
faces articulares dos ossos não estão em continuidade. São constituídas por cápsula
articular e ligamentos, que envolvem a articulação, impedem o movimento em planos
indesejáveis e limitam a amplitude dos movimentos; por líquido sinovial, que lubrifica e
facilita a movimentação; e por discos e meniscos, que tornam as superfícies articulares
congruentes e agem como amortecedores de impacto.
• São dividas de acordo com o grau de movimentação permitida em:
1. Monoaxial: movimentos apenas em torno de um eixo (1 grau de liberdade). Só
permitem a flexão e extensão ou a rotação. Ex: cotovelo, interfalangianas, radio-
ulnar.
2. Biaxial: movimentos em torno de dois eixos (2 graus de liberdade). Realizam
extensão, flexão, adução e abdução. Ex: punho e polegar.
3. Triaxial: Realiza movimentos em torno de três eixos (3 graus de liberdade). As
articulações que além de flexão, extensão, abdução e adução, permitem também
a rotação. Ex: Ombro e quadril.
SISTEMA MUSCULAR
São estruturas anatômicas que apresentam a capacidade de se contrair, e sob estímulos
nervosos são capazes de transmitir movimento. Este é efetuado por células especializadas
denominadas fibras musculares, capazes de transformar energia química em energia
mecânica (movimento). Representam 40-50% do peso corporal total.
Funções dos músculos
• Produção dos movimentos corporais (Locomoção);
• Estabilização das Posições Corporais;
• Regulação do Volume dos Órgãos;
• Movimento de Substâncias dentro do Corpo;
• Produção de Calor para manutenção da temperatura corporal (Homeotermia).
Tipos de músculos
• Músculo Voluntário ou Estriado Esquelético: Contraem-se por influência da
vontade. Responsáveis pelos movimentos do esqueleto.
• Músculo Involuntário ou Liso: Não depende da nossa vontade para contrair-se.
Formam os órgãos e vísceras do corpo humano.
• Músculo Estriado Cardíaco: músculo que forma o coração. Age sem o controle
consciente do indivíduo.
Propriedades musculares
• Excitabilidade: Para que um músculo, esquelético ou visceral, se ponha em ação,
isto é, se contraia, deve ser excitado. Essa excitação chega ao músculo através dos
nervos motores. O músculo excitado responde ao estímulo contraindo-se.
Estímulos externos que provocam excitação são os mecânicos, térmicos e
elétricos (hipertrofia).
• Contratibilidade: característica essencial do músculo. O músculo excitado se
deforma, se encolhe, aumenta de espessura, mas o seu volume total não muda.
• Elasticidade: Uma vez contraído, o músculo se afrouxa, voltando à sua forma
primitiva para poder contrair-se de novo. Além disso, nos músculos considerados
antagônicos ocorrem dois fenômenos contrários: quando um deles se contrai o
outro se afrouxa.
• Tonicidade: é uma espécie de tensão que existe em estado permanente no tecido
muscular. (Hipertonia e Hipotonia)
Inervação e nutrição
O sistema nervoso controla a atividade de um músculo através de estímulos transmitidos
pelos nervos. As artérias que penetram profundamente nos músculos nutrem-nos para que
este possa realizar seu trabalho mecânico.
SISTEMA TEGUMENTAR
O sistema tegumentar é constituído pela pele e seus órgãos acessórios, como os pêlos, as
unhas, as glândulas sebáceas e sudoríparas e os vários receptores especializados. A pele
constitui um manto contínuo que envolve todo o organismo, protegendo-o e adaptando-o
ao maio ambiente.
Funções da pele
• Regular a temperatura corporal.
• Remover água, sais e vários compostos orgânicos, através do suor.
• Detectar estímulos relacionados à temperatura, ao tato, à pressão e à dor.
• Proteger contra substâncias ou microrganismos nocivos ao corpo.
Estruturalmente a pele é formada por duas camadas principais:
Epiderme
A epiderme (epi – acima) é composta de epitélio escamoso estratificado queratinizado e
contém de quatro a cinco camadas distintas de células. Nas regiões expostas a maior
fricção, como nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, a epiderme é mais espessa.
Derme
A derme situa-se abaixo da epiderme e é composto de tecido conjuntivo contendo fibras
colágenas e elásticas, o que dá a pele força, extensibilidade e elasticidade. A derme é mais
espessa nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, e muito fina nas pálpebras e na bolsa
escrotal. A região inferior da derme consiste de tecido conjuntivo denso e irregular, tecido
adiposo, folículos pilosos, nervos, glândulas sebáceas e sudoríparas, além de receptores
de sensibilidade.
Hipoderme
Abaixo da derme há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, a tela subcutânea. É
enriquecida por grande quantidade de células gordurosas formando uma camada variável
de tecido adiposo. Essa camada funciona como um sistema de armazenamento e reserva
de energia. Ela auxilia também na manutenção da temperatura corporal.
SISTEMA CARDIOCIRCULATÓRIO
Sangue
É um líquido viscoso e de coloração avermelhada. O sangue leva até as células os
nutrientes de que precisam para manutenção do seu processo vital. Estes elementos
nutritivos são constituídos por proteínas, lipídeos, glicídios, sais minerais, água e
vitaminas. Além disso, transporta oxigênio para as células, e retira elementos indesejáveis
como gás carbônico, expelido pelos pulmões, e ureia, eliminado pelos rins.
Vasos sanguíneos
Formam uma rede de tubos que transportam sangue do coração em direção aos tecidos
do corpo e de volta ao coração. Compreendem artérias, veias e capilares.
• Artérias: são vasos cilíndricos, elásticos, onde o sangue circula. Têm a função de
levar sangue oxigenado do coração até as células. Possuem paredes mais espessas
e mais fortes. Pela sua elasticidade, as artérias se expandem quando o sangue é
nelas bombeado e depois relaxam lentamente. As artérias, com exceção às artérias
pulmonares, carregam sangue com O2. A espessura da parede da arterial formada
por 3 camadas (endotélio, tecido muscular liso e tecido conjuntivo), é
característica especial e essencial, pois recebem sangue diretamente do coração e
estão submetidas a altas pressões atuantes sobre os vasos sanguíneos.
• Veias: são tubos que transportam o sangue da periferia para o coração, ou seja,
sangue com CO2. Sua parede muscular é mais fina que a da artéria e apresentam
válvulas que impedem o refluxo do sangue. Como a pressão sanguínea no interior
das veias é muito baixa, o retorno do sangue ao coração deve-se, em grande parte,
às contrações dos músculos esqueléticos, que comprimem as veias, fazendo com
que o sangue desloque em seu interior, e devido às válvulas, onde o sangue só
pode seguir rumo ao coração.
Coração
Possui quatro câmaras: Dois átrios, (câmaras superiores) que recebem sangue das veias e
por isso têm a parede mais delgada; e dois ventrículos (câmaras inferiores) responsáveis
por ejetar o sangue do coração para as artérias e, para vencer a resistência suas paredes
são mais espessas.
Vasos do coração
• Veias pulmonares: desembocam no átrio esquerdo e conduzem o sangue
proveniente dos pulmões. Única veia do corpo rica em O2.
• Veias cavas: drenam para o átrio direito o sangue proveniente de todas as partes
do organismo.
• Artéria aorta: sai do ventrículo esquerdo e distribui sangue arterial para todo o
organismo.
• Artéria pulmonar: emerge do ventrículo direito e conduz sangue venoso em
direção aos pulmões.
Batimentos cardíacos
Os estímulos para os batimentos cardíacos ocorrem de 2 maneiras:
• Inervação extrínseca: nervos situados fora do coração, vindas do sistema nervoso
autônomo (simpático e parassimpático). Fisiologicamente o simpático acelera e o
parassimpático retarda os batimentos cardíacos.
• Inervação intrínseca: sistema só encontrado no coração e que se localiza no seu
interior. Forma o sistema de condução do coração, sendo a razão de seus
batimentos contínuos. Constituído por impulsos elétricos, intrínsecos e rítmicos,
originados nas fibras musculares cardíacas especializadas, chamadas células auto
rítmicas (marca passo cardíaco), por serem auto excitáveis. São eles: nodo sinusal,
nodo atrioventricular, feixe de Hiss e as fibras de Purkinje.
Por meio da contração e do relaxamento dos ventrículos, o coração ejeta um determinado
volume de sangue para as circulações arteriais - sistêmica e pulmonar - e promove o
retorno para si do mesmo volume sanguíneo que circula pelas circulações venosas. Por
seu turno, a contração do miocárdio dos átrios complementa o enchimento dos respectivos
ventrículos, e o relaxamento dos átrios facilita o retorno de sangue das circulações
venosas, sistêmica e pulmonar. Os átrios e os ventrículos não se contraem e relaxam
simultaneamente, mas o fazem em momentos diferentes, ou seja, enquanto os átrios estão
se contraindo, os ventrículos se encontram relaxados para a recepção do sangue, e vice-
versa.
SISTEMA LINFÁTICO
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Alvéolos pulmonares
Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias.
Possuem a forma de bolsa e são representados por milhares em cada pulmão, sendo
unidades respiratórias dos pulmões responsáveis pela hematose. As paredes dos alvéolos
são tão finas que o oxigênio pode passar para o sangue, enquanto o gás carbônico passa
do sangue para o interior dos alvéolos, através da membrana capilar alvéolo-pulmonar.
O surfactante pulmonar é um líquido produzido pelo organismo que tem a função
de facilitar a troca dos gases respiratórios nos pulmões. Sua ação permite que os alvéolos
pulmonares fiquem abertos durante a respiração, através de uma tensão, o que facilita a
entrada de oxigênio na circulação de sangue.
Pulmões
Os pulmões direito e esquerdo estão localizados no interior da caixa torácica, protegidos
pelas costelas. São os órgãos nos quais ocorrem efetivamente as trocas gasosas, ou seja,
a respiração. Os pulmões são subdivididos em lobos. O pulmão direito possui três lobos:
lobo superior, lobo médio e lobo inferior, e duas fissuras, uma horizontal e uma oblíqua
que delimitam esses lobos. O pulmão esquerdo possui dois lobos: lobo superior e lobo
inferior separados pela fissura oblíqua.
Pleura: são revestidos por um saco seroso chamado de pleura, que envolve e protege cada
pulmão. A pleura apresenta dois folhetos: um chamado de pleura visceral que faz contato
direto com os pulmões e um folheto chamado de pleura parietal que reveste a parede
interna do tórax. Entre elas existe um liquido pleural que proporciona o deslizamento dos
folhetos na constante mudança de volume e movimento pulmonar.
Movimentos respiratórios
A Inspiração, que promove a entrada de ar nos pulmões, dá-se pela contração da
musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas
elevam-se, promovendo o aumento da caixa torácica, com consequente redução da
pressão interna (em relação à externa), forçando o ar a entrar nos pulmões.
SISTEMA DIGESTÓRIO
Tem como função modificar os alimentos ingeridos para serem aproveitados como
energia. Para manutenção do organismo é necessário que o mesmo receba suprimento
nutritivo através dos alimentos ingeridos, que precisam se tornar solúveis e sofrer
modificações químicas para que sejam absorvidos.
O processo da digestão consiste em:
• Ingestão: entrada do alimento no tubo digestório,
• Deglutição: transporte do bolo alimentar (engolir);
• Digestão: quebra do alimento em moléculas menores, pela ação de enzimas;
• Absorção: Passagem dos componentes nutritivos para a corrente sanguínea;
• Eliminação: saída dos componentes não absorvidos na forma de fezes.
Componentes do sistema digestório
• Tubo Digestório: Cavidade oral (Boca), Faringe, Esôfago, Estômago, Intestino
Delgado, Intestino Grosso, Reto e Ânus.
• Órgãos Anexos: Glândulas Salivares, Pâncreas, Fígado e Vesícula Biliar.
Estômago
É uma dilatação do tubo digestório, localizado abaixo do diafragma e sua maior parte à
esquerda. Fica entre o esôfago e intestino delgado. É um órgão muscular oco com
tamanho variável, conforme a contração das fibras musculares de suas paredes. Sua
capacidade de armazenamento é de 1 a 2 litros, podendo ultrapassar esse valor,
dependendo dos hábitos alimentares.
O estômago divide-se nas seguintes partes:
• Cárdia: junção com o esôfago. Possui uma válvula superior de comunicação com
o esôfago. Impede o refluxo do bolo alimentar para o esôfago.
• Fundo: Porção superior próxima ao diafragma.
• Corpo: maior parte do órgão
• Piloro: parte final que se une ao intestino delgado permite que o quimo seja
liberado aos poucos ao duodeno, para facilitar a absorção dos nutrientes digeridos.
Possui uma válvula que regula a saída do quimo para o intestino delgado. Essa
válvula
O ácido clorídrico provê o meio altamente ácido necessário para a ação da enzima
digestiva (pepsina). A alta acidez gástrica também atua como uma barreira contra
infecções.
Intestino delgado
Inicia-se após a parte pilórica do estômago, e varia entre 5 e 8 metros. É dividido em 3
porções: Duodeno, Jejuno e Íleo. É um local de maior digestão e absorção dos alimentos.
É o local da digestão final de certas substâncias, e de absorção de nutrientes,
principalmente gorduras.
Duodeno: porção inicial e fixa do intestino delgado, onde ocorre o final do processo
digestório. Para isso, desembocam nele o ducto colédoco, que traz a bile da vesícula
biliar e o ducto pancreático, que traz o suco pancreático, do pâncreas.
Chegando ao duodeno, o quimo é neutralizado pela água, pelo bicarbonato de cálcio e
pelo muco, produzidos pela mucosa intestinal. Nesse momento, já neutralizado de sua
acidez, o bolo alimentar recebe o nome de Quilo, e só depois desse processo é que sofrerá
a ação do suco entérico, liberado pelas glândulas na mucosa intestinal, do suco
pancreático, e da bile.
Jejuno e Íleo: constituem a porção móvel do intestino delgado, que se comunicam com o
intestino grosso e apresentam várias alças presas à parede posterior do abdome. Como é
difícil diferenciar essas duas porções, chamamos de alça jejuno-íleo. Nessa parte do
intestino delgado é que ocorre a maior parte da absorção dos nutrientes digeridos, devido
à grande área superficial composta por pregas, vilosidades e microvilosidades. A parede
intestinal é ricamente suprida de vasos sanguíneos, que transportam os nutrientes
absorvidos até o fígado. Essas duas porções do intestino também liberam muco e água,
para ajudar a dissolver os fragmentos digeridos.
Intestino grosso
É a porção final do tubo digestório, com forma de ferradura invertida e medindo cerca de
2 metros de comprimento. É mais calibroso e mais curto que o intestino delgado e
apresenta dilatações chamadas bosseladuras. O intestino grosso é fixo na parede posterior
do abdome; se inicia na válvula ileocecal e termina no esfíncter anal.
É subdividido em:
• Ceco: comunica-se com o íleo e apresenta o apêndice vermiforme.
• Cólon: constitui a parte mais longa do intestino grosso. Composto pelos cólons
ascendente, transverso, descendente e sigmoide. As ondas peristálticas movem o
material fecal pelos cólons, enquanto a água é continuamente reabsorvida.
• Reto: parte final do intestino, localizado na cavidade pélvica. Comumente,
encontra-se vazio, pois as fezes são armazenadas mais acima, no cólon
descendente. Finalmente, o cólon descendente torna-se cheio e as fezes passam
para o reto, causando a urgência para evacuar. Comunica-se com o meio externo
através de uma abertura denominada ânus, um esfíncter que deve relaxar para que
a defecação possa ocorrer.
As principais funções do intestino grosso são a absorção de água; síntese de vitaminas
pelas bactérias intestinais, formação, acúmulo e eliminação de fezes (substancia composta
pelo material que não foi utilizado pelo organismo).
Fígado
Órgão é um órgão vital localizado abaixo do diafragma, à direita da cavidade abdominal.
É a maior glândula do corpo e a mais volumosa víscera abdominal, pesando 1,5kg.
Desempenha importante papel nas atividades vitais do organismo, e apenas algumas delas
relacionadas à digestão.
A função digestiva do fígado é produzir a bile, uma secreção verde amarelada,
armazenada na vesícula biliar, e liberada quando gorduras entram no duodeno. A bile
emulsifica a gordura e a distribui para a parte distal do intestino para sua digestão e
absorção.
Este órgão também é capaz de armazenar ferro, vitaminas e glicose; participa do
metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas, inativa produtos tóxicos, como o
álcool e medicamentos e metaboliza e elimina resíduos gerados no próprio corpo.
Vesícula biliar
É um órgão muscular em forma de pêra, localizado na face visceral (inferior) do fígado.
É um saco membranoso que acumula a bile no intervalo das digestões, com capacidade
para até 50 ml. Quando estimulada, contrai-se e manda a bile através do ducto colédoco
até o duodeno.
Pâncreas
Situa-se posteriormente ao estômago e se fixa a parede posterior do abdome. Suas células
se dividem em 2 grupos: as que produzem os hormônios glucagon e insulina diretamente
na corrente sanguínea (ilhotas de Langherans) e as secretam o suco pancreático, que entra
no duodeno através dos ductos pancreáticos (ácinos). O suco pancreático é essencial e
importantíssimo para o processo da digestão.
SISTEMA URINÁRIO
O corpo apresenta diversos mecanismos de eliminação dos dedritos do organismo, usando
como via de excreção os pulmões, o intestino, a pele e o sistema urinário. O sistema
urinário é responsável pela produção e eliminação da urina, mantendo assim a homeostase
(manutenção do volume de líquido) do corpo.
Este sistema pode ser dividido em: Órgãos Secretores: produzem a urina (rins); e Órgãos
Excretores: encarregados de processar a drenagem da urina para fora do corpo. Formado
pelos ureteres, bexiga e uretra. Essas estruturas não modificam a urina ao longo do
caminho, ao contrário, elas armazenam e conduzem a urina do rim para o meio externo.
Rins
No seu interior encontram-se os néfrons, unidades microscópicas que filtram o sangue e
produzem a urina. A artéria renal entra com o sangue nos rins e este é filtrado, separando
impurezas para serem eliminadas e as substâncias reaproveitáveis voltam para a corrente
sanguínea, saindo pela veia renal e dando sequência a circulação.
Néfrons
O néfron é a unidade morfofuncional ou a unidade produtora de urina do rim. Cada rim
contém cerca de 1 milhão de néfrons, é formado por dois componentes principais:
Corpúsculo Renal: É o local onde ocorre a filtração do plasma sanguíneo. E Túbulos
Renais: responsáveis pela reabsorção dos nutrientes e água de volta aos capilares
sanguíneos.
Formação da urina
O sangue penetra nos rins pela artéria renal, que se ramifica sucessivamente até que os
capilares possam circular pelos néfrons. Esse sangue, a uma alta pressão, deixa passar
água e substâncias dissolvidas através de suas paredes, que são captadas pelos
Corpúsculos Renais, ocorrendo a filtração glomerular.
O filtrado é formado por água, sais, glicose, vitaminas, ácidos graxos, aminoácidos, ureia
e ácido úrico. Parte dessas substâncias será reabsorvida ao passarem pelos túbulos renais,
ao que chamamos de reabsorção tubular; restando apenas as impurezas. A urina formada
goteja através das papilas renais caindo nos cálices e na pelve renal.
Aproximadamente 2.000 litros de sangue passam diariamente pelos rins, mas apenas 200
litros são filtrados, sendo que 198 litros são reabsorvidos e os 2 litros restantes formam a
urina. Os fatores que alteram a formação da urina são:
• Alteração do volume sanguíneo, já que a urina é derivada do sangue;
• Alteração da Pressão Arterial, pois interfere não só na pulsação do sangue pelos
capilares, como também na diferença de pressão entre capilar e néfron;
• Concentração de substâncias no sangue, pois aumentam ou diminuem a
reabsorção tubular. Ex.: alta concentração de glicose no sangue.
• Ação Hormonal. É o controle do Sistema Nervoso sobre o processo de formação
da urina. São eles: AntiDiurético (ADH) e Aldosterona.
Glândulas suprarrenais
Localizadas entre a face supero - medial do rim e o diafragma.
Cada glândula suprarrenal, envolvida por uma cápsula fibrosa e um coxim de gordura,
possui duas partes: o córtex e a medula suprarrenal, ambas produzindo diferentes
hormônios. Secreta hormônios essenciais à vida. A medula suprarrenal secreta: epinefrina
(adrenalina) e norepinefrina. Já o córtex suprarrenal secreta os hormônios esteroides e
aldosterona.
Ureteres
São tubos (direito e esquerdo) formados por musculatura lisa, localizados entre rim e
bexiga, onde fazem a transferência da urina, através de movimentos peristálticos e ação
da gravidade.
Bexiga
É uma bolsa muscular localizada na porção inferior da cavidade abdominal, tendo em seu
interior pregas vesicais, para sua distensão durante o enchimento. Funciona como um
reservatório de urina que chega através dos óstios uretéricos e o seu esvaziamento ocorre
como uma reação reflexa ao seu enchimento, através do óstio da uretra. Possui capacidade
de armazenamento aproximada em 300 ml, variando de indivíduo para indivíduo.
Uretra
Tubo muscular localizado abaixo da bexiga que conduz a urina para o meio externo, sendo
revestida por mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras de muco. A
uretra se abre para o exterior através do óstio externo da uretra.
Testículos
São duas gônadas em forma de bolsa (saco), localizadas na parte externa da pelve. São
ovoides, com aproximadamente 5 cm de comprimento. Produzem os espermatozoides e
os hormônios (Testosterona) responsáveis por características sexuais masculinas. São as
únicas glândulas localizadas do lado de fora do corpo. Cada testículo é composto pelos
ductos seminíferos, que são um emaranhado de tubos (cerca de 1.000) e pela túnica
albugínea, que é cápsula fibrosa de tecido conjuntivo que recobre os tubos.
Escroto
Bolsa fibromuscular localizada fora do corpo e que aloja os testículos e contém a primeira
porção dos ductos deferentes. É dividido em 2 lojas por um septo. Sua função é manter
uma temperatura ideal para a produção do espermatozoide (até 35°C).
Epidídimo
São dois tubos, que partem dos testículos com cerca de 10m cada um. É uma estrutura de
forma tubular e contorcida, dividida em cabeça (próximo ao testículo), corpo (meio) e
cauda (parte distal que origina o ducto deferente). Nele os espermatozoides ficam
armazenados até completarem seu processo de amadurecimento.
Ducto deferente
São tubos que se continuam ao epidídimo e penetram na cavidade pélvica, conectando os
órgãos internos e externos. São os maiores ductos espermáticos do sistema masculino,
sendo o local de passagem dos espermatozoides até o ducto ejaculatório, onde
desembocam as vesículas seminais.
Vesículas seminais
São 2 bolsas membranosas localizadas abaixo da bexiga e acima da próstata. Elas
secretam um líquido que formará 60% do volume total do sêmen. Este líquido viscoso e
alcalino, ativa e facilita a passagem dos espermatozoides pelas vias condutoras,
neutralizando a acidez da uretra
Ducto ejaculatório
É um fino tubo formado pela junção do ducto deferente com o ducto da vesícula seminal
até desembocar na parte prostática da uretra. Tem a função de levar o sêmen da vesícula
seminal até a uretra.
Próstata
Órgão ímpar, com formato e tamanho de uma castanha, situado abaixo da bexiga e
atravessado pela uretra. Contém glândulas que secretam líquido de aspecto leitoso
acrescentado ao líquido seminal, que será lançado na parte prostática da uretra, através
dos ductos prostáticos, com a finalidade de auxiliar as vias condutoras para a passagem
dos espermatozoides, diminuindo a viscosidade e facilitando a ejaculação.
Uretra
Inicia-se na bexiga e atravessa a próstata, assoalho da pelve e o pênis. Possui um tamanho
aproximado de 18 cm e é um canal para a passagem da urina e do sêmen para o meio
externo.
Divide-se em 3 partes:
1) parte prostática: onde atravessa a próstata;
2) parte membranosa: onde passa pelo assoalho da pelve;
3) parte esponjosa: onde atravessa o corpo esponjoso do pênis.
Pênis
Órgão masculino da cópula, com formato cilíndrico e composto de tecido erétil. Divide-
se em raiz, que se prende à região anterior do períneo; e corpo, que constitui a extremidade
livre e arredondada. Internamente é composta por 3 cilindros de tecido erétil: dois corpos
cavernosos, que se fixam ao osso do quadril; e um corpo esponjoso, que apresenta uma
dilatação anterior denominada glande. O interior destes três elementos apresenta um
aspecto esponjoso pela existência de inúmeras e finas trabéculas que se entrecruzam e se
enchem de sangue durante a relação sexual, produzindo a ereção.
O sistema feminino tem sua anatomia mais simples que a masculina, porém sua fisiologia
é mais complexa, uma vez que os processos de ovulação, fecundação, gestação e parto,
ocorrem todos dentro deste sistema. É constituído por estruturas/órgãos externos e
internos:
Ovários
São dois órgãos arredondados, com 3 cm de comprimento, formato de amêndoa e situados
na cavidade pélvica (um de cada lado). Suas funções são: produção e amadurecimento de
gametas femininos (óvulos); e produção dos hormônios Estrógeno e Progesterona, que
controlam o desenvolvimento das características sexuais e atuam no útero para o
desenvolvimento do embrião, quando se tem a fecundação.
Tubas uterinas
São dois tubos que conectam os ovários ao útero. São formados por uma parede músculos
e por pequenos cílios vibráteis para a movimentação dos óvulos. Atuam transportando
os óvulos para a cavidade do útero e funcionam como local de fecundação, pois os
espermatozoides precisam chegar até as tubas para encontrar o óvulo.
Útero
É um órgão muscular ímpar, com formato de pêra invertida, localizado na parte medial
da cavidade pélvica. Sua parede apresenta 3 porções: o Endométrio, camada interna
composta por uma mucosa altamente vascularizada, responsável por receber o óvulo
fecundado (quando não ocorre ele se descama e provoca a menstruação); o Miométrio,
camada muscular espessa responsável pelo crescimento uterino durante a gestação e por
sua contração (no parto); e pelo Perimétrio, que forma a camada externa e serosa,
responsável pela proteção do útero.
Internamente, o útero divide-se em 3 partes:
1) Fundo: porção superior;
2) Corpo: porção medial, comunica-se com as tubas uterinas;
3) Colo: porção inferior que se afunila e tem sua extremidade voltada para a vagina.
Esta região secreta o muco cervical, substância que aparece na vulva durante o
período fértil, e tem a função de colaborar com a fecundação, nutrindo,
selecionando e encaminhando os espermatozoides até a tuba uterina.
O útero é responsável por alojar o embrião, caso haja uma fecundação, ou por descamação
de sua parede interna, para expulsar o óvulo não fecundado, através da menstruação.
Vagina
É o órgão da cópula feminina, formado por músculo e forma de tubo com cerca de 7cm
de comprimento. Comunica-se superiormente com o útero e inferiormente com o
vestíbulo da vagina (abertura externa). É um órgão com grande elasticidade e sua parede
interna é revestida por uma mucosa específica. Composta por: monte pubiano, lábios
maiores, lábios menores, clitóris, bulbo do vestíbulo e glândulas vestibulares, como
externos
Tem como função receber o pênis no ato sexual, dar passagem ao feto, no parto (canal do
parto) e liberar a menstruação, caso o óvulo não seja fecundado. A vagina possui uma
região denominada lago seminal, capaz de armazenar temporariamente os
espermatozoides.
SISTEMA ENDÓCRINO
Constituído por um conjunto de glândulas endócrinas, também chamadas de glândulas de
secreção interna, são as responsáveis por produzir e secretar hormônios, substâncias que
são transportadas pela circulação a outras células do organismo, regulando suas
necessidades e suas funções. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos
hormônios são denominados órgãos-alvo.
As atividades das diferentes partes do corpo estão integradas pelo sistema nervoso,
responsável pelo controle de toda atividade visceral, e pelos hormônios do sistema
endócrino. O sistema nervoso fornece ao sistema endócrino, a informação sobre o meio
externo, ao passo que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta
informação. Dessa forma atuam na coordenação e regulação das funções corporais,
permitindo a manutenção do meio interno (homeostasia).
Funções: Controlar a velocidade das reações químicas das células; regular o crescimento
e desenvolvimento do indivíduo, bem como de seus órgãos; e manter a inter-relação de
todas as glândulas do corpo e suas secreções.
SISTEMA NERVOSO
SISTEMA SENSORIAL
O ser humano apresenta 5 órgãos que permitem o contato e interação com o meio
ambiente. São órgãos fundamentais do corpo. São eles:
• Língua – para a gustação (Paladar)
• Fossas nasais – para o olfato;
• Pele – para o tato;
• Ouvidos – para a audição;
• Olhos – para a visão.
Os órgãos dos sentidos recebem os estímulos e os transmitem ao cérebro, através de
nervos sensoriais. O cérebro então entende a mensagem produzindo a sensação.
Referências
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