Empiema
Empiema
Empiema
CRUZ
EMPIEMA
CAMPO LARGO
2023
O empiema é uma condição médica na qual há acúmulo de pus dentro da cavidade
pleural, que é o espaço entre as membranas que revestem os pulmões e a parede torácica.
Isso pode ocorrer como resultado de uma infecção pulmonar, como pneumonia, ou devido a
outras causas, como trauma ou cirurgia torácica.
Sintomas
Os sintomas do empiema podem incluir febre, dor no peito, tosse com produção de muco
espesso e amarelado, dificuldade para respirar e sensação geral de mal-estar.
Diagnóstico
Tratamento
(Figura 1)
A remoção do líquido infectado é crucial e pode ser feita através de toracocentese
ou drenagem pleural em selo d'água, dependendo das características do líquido e da
condição do paciente. Recomenda-se esvaziar completamente o derrame pleural durante a
primeira toracocentese diagnóstica, desde que não haja contra-indicação. Pacientes com
líquido francamente purulento e viscoso são mais indicados para drenagem pleural em selo
d'água. O uso de drenos de calibre médio é adequado na maioria dos casos, desde que
bem localizados na parte mais baixa da cavidade pleural. O tratamento cirúrgico deve ser
realizado com agressividade assim que o empiema for diagnosticado, preferencialmente por
um cirurgião torácico experiente, com acompanhamento clínico adequado. Métodos como
irrigação da cavidade pleural com antibióticos e fibrinólise química intrapleural não são mais
recomendados devido aos riscos e falta de benefícios comprovados. A equipe de
enfermagem desempenha um papel essencial no manejo diário do sistema de drenagem.
Fase II e III
Nas fases II e III do empiema pleural, a cirurgia torácica vídeo-assistida (VATS) tem
se mostrado superior à drenagem pleural em selo d'água. A VATS apresenta uma taxa de
cura próxima a 100% e traz benefícios significativos, como maior ganho de função
pulmonar, menor tempo de internação, menor custo financeiro hospitalar, e menor
morbidade e mortalidade em comparação à drenagem pleural.
Na fase II, a drenagem pleural pode ser curativa em mais da metade dos casos, mas
a VATS é recomendada para obter resultados mais consistentes. A VATS envolve uma
pequena incisão no tórax e a remoção da fibrina, debris celulares e coágulos da cavidade
pleural. A recuperação pós-operatória geralmente é menos dolorosa, permitindo a expansão
pulmonar adequada.
Avaliação fisioterapêutica:
A fisioterapia é muitas vezes parte importante do tratamento do empiema e visa
melhorar a função pulmonar e a mobilidade do paciente. Algumas intervenções podem
incluir:
Ausculta pulmonar: Em casos de empiema, podem ser detectados sons anormais, como
crepitações (som semelhante a um frufru) devido à presença de líquido ou pus na cavidade
pleural.
Referências
CERÚLEA, Crisanto Abad et al. Empiema pleural. Medisur, v. 3, n. 5, p. 35-40, 2005.
BRITTO, Murilo Carlos Amorim de; DUARTE, Maria do Carmo Menezes Bezerra; SILVESTRE, Silvia
Maria Mendes da Conceição. Fisioterapia respiratória no empiema pleural: Revisão sistemática da
literatura. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 31, p. 551-554, 2005.
PINTO FILHO, Darcy Ribeiro. Empiema pleural: fundamentos terapêuticos. Sociedade Brasileira de
Cirurgia Torácica. Livro de Cirugia Torácica Geral–Livro OnLine: Livro da Sociedade Brasileira
de Cirurgia Torácica, 2006.
DE ANDRADE, Filipe Moreira et al. Título: Tratamento Cirúrgico do Empiema Pleural.
https://www.hcrp.usp.br/revistaqualidade/uploads/Artigos/218/218.pdf