O documento discute o líquido pleural normal e anormal, classificando as efusões pleurais em transudatos e exsudatos. Transudatos ocorrem devido a aumento da pressão hidrostática ou diminuição da pressão oncótica, enquanto exsudatos ocorrem por aumento da permeabilidade capilar ou diminuição da reabsorção linfática. O exame do líquido pleural, incluindo análises macroscópicas, microscópicas, químicas e microbiológicas, pode ajudar na distinção entre transudatos e
O documento discute o líquido pleural normal e anormal, classificando as efusões pleurais em transudatos e exsudatos. Transudatos ocorrem devido a aumento da pressão hidrostática ou diminuição da pressão oncótica, enquanto exsudatos ocorrem por aumento da permeabilidade capilar ou diminuição da reabsorção linfática. O exame do líquido pleural, incluindo análises macroscópicas, microscópicas, químicas e microbiológicas, pode ajudar na distinção entre transudatos e
O documento discute o líquido pleural normal e anormal, classificando as efusões pleurais em transudatos e exsudatos. Transudatos ocorrem devido a aumento da pressão hidrostática ou diminuição da pressão oncótica, enquanto exsudatos ocorrem por aumento da permeabilidade capilar ou diminuição da reabsorção linfática. O exame do líquido pleural, incluindo análises macroscópicas, microscópicas, químicas e microbiológicas, pode ajudar na distinção entre transudatos e
O documento discute o líquido pleural normal e anormal, classificando as efusões pleurais em transudatos e exsudatos. Transudatos ocorrem devido a aumento da pressão hidrostática ou diminuição da pressão oncótica, enquanto exsudatos ocorrem por aumento da permeabilidade capilar ou diminuição da reabsorção linfática. O exame do líquido pleural, incluindo análises macroscópicas, microscópicas, químicas e microbiológicas, pode ajudar na distinção entre transudatos e
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Líquido Pleural
Profª. Ms. Anna Teles
TRANSUDATOS E EXSUDATOS
• As 2 camadas da pleura normalmente são separadas por
uma quantidade de líquido que facilita seus movimentos de uma contra a outra. • A quantidade de líquido normalmente presente é estimada em 1 a 15 ml.
• O líquido é produzido pela pleura parietal e absorvido
pela pleura visceral como um processo contínuo.
• O líquido é formado pela filtração de plasma através do
endotélio capilar, a uma velocidade controlada pela pressão capilar, pressão osmótica do plasma e permeabilidade capilar.
• A reabsorção é via capilares e linfáticos na pleura
visceral. • O líquido pleural normal não coagula, as amostras devem ser coletadas em tubos heparinizados, porque os líquidos anormais frequentemente contêm fibrinogênio e podem coagular.
• O acúmulo de líquido no espaço pleural são chamados
de efusões.
• Os transudatos são acúmulos de líquidos devido a
pressão hidrostática aumentada nos capilares pleurais ou a diminuição da pressão oncótica do plasma.
• As causas incluem: deficiência cardíaca congestiva,
cirrose hepática e síndrome nefrótica. • Os exsudatos são provocados pelo aumento da permeabilidade capilar ou pela reabsorção linfática diminuída.
• As causas incluem infecções pleurais, neoplasmas e
condições inflamatórias não sépticas como as doenças reumatóides.
• Proteína do líquido pleural: usada para distinguir
transudatos e exsudatos. CLASSIFICAÇÃO DAS EFUSÕES PLEURAIS Transudatos: aumento da pressão hidrostática ou aumento da pressão oncótica do plasma. Deficiência cardíaca congestiva Cirrose hepática Hipoproteinemia (ex. síndrome nefrótica) Exsudatos: Aumento da permeabilidade capilar ou diminuição da reabsorção linfática Infecções Tuberculose (alta porcentagem de linfócitos) Pneumonia bacteriana Pneumonia viral ou por micoplasma Neoplasma Carcinoma broncogênico Carcinoma metastático Linfoma Mesotelioma (aumento do conteúdo de hjaluronato no líquido de efusão)
Infarto Pulmonar (pode ser associado com efusão hemorrágica)
Doença inflamatória não infecciosa envolvendo a pleura Doença reumatóide (na maioria dos casos a glicose do líquido pleural está baixa) Lupus eritematoso sistêmico (células LE ocasionalmente presentes) Fluidos a partir de fontes extrapleurais Pancreatite ( atividade da amilase aumentada no fluido de efusão) Ruptura do esôfago (elevada atividade da amilase e baixo pH) EXAME MACROSCÓPICO
• Transudatos: são claros, amarelo-pálido e não coagulam.
• Cerca de 10 a 25 % dos transudatos aparecem
macroscopicamente sanguinolentos e têm contagem de células vermelhas acima de 10.000/µl.
• Trauma na punção: o sangue não é igualmente
distribuído, clareia gradualmente com a continuação da aspiração e pode formar pequenos coágulos.
• Efusões hemorrágicas ou hemotórax: o sangue é
igualmente distribuído e não coagula. • Líquido nebuloso ou turvo: pode ser devido ao grande número de leucócitos associados com inflamação séptica ou não séptica: p.ex,: infecção bacteriana, tuberculose, doença reumatóide ou febre reumática.
• Líquido leitoso: característicos de efusões quilosas e
pseudoquilosas.
• Efusões quilosas: provocadas por dano ou
obstrução do ducto torácico, com vazamento do quilo (aparência leitosa da linfa) na cavidade pleural. • Efusões pseudoquilosas: provocadas pela degradação dos lipídeos celulares nas efusões crônicas. • Efusões crônicas: podem levar a formação de líquido pseudoquiloso e incluem doença reumatóide, tuberculose e mixedema (hipotireoidismo severo prolongado). A aparência varia de leitoso a amarelo-escuro, esverdeado ou uma aparência de “pintado a ouro”. EFUSÕES QUILOSAS EFUSÕES PSEUDOQUILOSAS
Aparência Leitosa: pode formar camada Leitosa, esverdeada ou aparência
superior cremosa em repouso de “pintada a ouro” Exame microscópico Linfócitos mais finas gotículas de Reação celular mista com cristais gordura de colesterol Triglicérides 2 – 8 x triglicérides do soro Abaixo do triglicérides do soro
Colesterol Abaixo do colesterol do soro Geralmente mais alto que o
colesterol do soro Eletroforese de Quilomícrons (> lipoproteína Quilomícrons escassos ou ausentes lipoproteínas encontrada no corpo) proeminentes Ingestão de corante Corante aparece na efusão Corante não aparece na efusão lipofílico Cultura Sempre estéril Usualmente estéril (verificar tuberculose, fungos) Etiologia Danos ou obstrução ao ducto Efusão crônica de qualquer causa, torácico p.ex., líquido cístico, doença reumatóide, mixedema, tuberculose) EXAME MICROSCÓPICO
Contagem das células totais:
• Contagens de células vermelhas têm pouco valor no
diagnóstico diferencial. Porém uma contagem de células vermelhas e um Ht fornecem dados úteis para líquidos que aparecem sanguinolentos.
• As contagens dos leucócitos é importante na distinção
dos transudatos dos exsudatos, baseado no limite de 1000 WBC/µl. Contagem Diferencial:
• Apesar que a contagem total de leucócitos tem valor
muito limitado, as contagens diferenciados são moderadamente úteis.
• As lâminas devem ser preparadas por centrifugação e
coradas pelo Wright ou coloração de Papanicolaou filtrada.
• Predominância de neutrófilos de aproximadamente 90%
indica efusões causadas por inflamação aguda causada por inflamação aguda devido a pneumonia, infarto pulmonar e pancreatite. 10% dos transudatos também têm uma alta proporção de neutrófilos. • Predominância de linfócitos (80 a 90%) são vistas em efusões devidas a tuberculose, linfoma, quilotórax (acúmulo de linfa no líquido pleural), inflamação subaguda, pleurite reumatóide, lupus eritematoso sistêmico e efusões urêmicas. 10% dos transudatos também predominância de linfócitos.
• Efusões pleurais eosinofílicas são definidas como tendo
mais de 10% de eosinófilos. A eosinofilia pleural é uma reação não específica ao dano pleural e pode estar associada com muitas condições diferentes. ANÁLISE QUÍMICA
Proteínas
• Possuem valor no diagnóstico dos transudatos e
exsudatos. Porém, a eletroforese e outros meios de fracionamento proteico têm pouco valor para o diagnóstico diferencial.
Glicose
• Glicose baixa no líquido pleural é definida como abaixo de
60 mg/dl. A diminuição da glicose no líquido pleural é encontrada em diversos tipos de pleurites e ruptura esofagiana. Enzimas
• Amilase – sua atividade no líquido pleural é elevada
(aproximadamente 2X o valor da amilase no soro) em pancreatites e ruptura esofageana. Aproximadamente 10% das efusões malignas têm a atividade da amilase elevada.
• LDH (desidrogenase láctica). – apresenta valor na
diferenciação de transudatos e exsudatos. LDH muito alta está relacionada com exsudatos devidos a pneumonia ou a abscessos pulmonares. • Lactato – serve como diagnóstico das efusões devidas a infecção bacteriana ou tuberculosa. Porém, também pode estar elevado nas doenças reumatóides. Utiliza-se 6 mmol/l como limite.
• Marcadores tumorais – O CEA (antígeno
carcinoembrionário) tem uma sensibilidade de aproximadamente 60 a 70% para o câncer de pulmão.
• Lipídeos – São úteis no diagnóstico diferencial de
quilotórax versus efusões pseudoquilosas. As determinações de colesterol são propostas para distinguir transudatos de exsudatos, usando-se um limite de 60 mg/dl. ESTUDOS MICROBIOLÓGICOS
• As bactérias mais comuns associadas com as efusões são
o Staphylococcus aureus e as espécies coliformes.
• As bactérias anaeróbias podem ser encontradas em
aproximadamente 35 a 40% dessas efusões, devem ser feitas culturas anaeróbicas bem como as aeróbicas.
• A sensibilidade para cultura de bactérias aeróbias e
anaeróbias não está bem documentada.
• A sensibilidade de culturas para tuberculose é apenas de
aproximadamente 30%. Pela combinação da biópsia pleural, coloração álcool ácido resistente e cultura, esta sensibilidade pode ser aumentada 75 a 90%. Obrigada! [email protected]