FGV - Direito Tributário
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COMPETÊNCIAS
Conheça as competências que você deverá desenvolver ao longo desta disciplina:
BIBLIOGRAFIA
A seguir, você pode acessar a bibliografia recomendada pelo professor do objeto de
aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA
ÁVILA, Humberto. Sistema constitucional tributário. São Paulo: Saraiva, 2012.
Este trabalho consiste em uma sistematização coerente de todas as normas que estão
expressa ou implicitamente previstas na Constituição Brasileira e na Lei Fundamental
Alemã e que limitam o conteúdo do poder de tributar. Para atingir essa finalidade,
primeiramente, são examinadas as características de cada sistema tributário e
investigadas aquelas normas jurídicas que prescrevem como devem ser instituídos os
tributos e quando podem ser exigidos, assim como de que forma devem ser
interpretados os direitos fundamentais afetados na concretização da relação obrigacional
que os têm como objeto.
CARRAZZA, Roque Antônio. Curso de direito constitucional tributário. São Paulo:
Malheiros, 2008.
Esta obra apresenta um estudo completo do nosso sistema tributário, de acordo com a
Constituição Federal de 1988, examinando os seus princípios e fundamentos, as
competências tributárias, os conceitos, as características e a classificação dos tributos
bem como as isenções, a discriminação de rendas e as bases da legislação
infraconstitucional.
GUSTAVO FOSSATI
FORMAÇÃO ACADÊMICA
EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS
Unidade 1
DIREITOS FUNDAMENTAIS
DO CONTRIBUINTE
Nesta unidade, apresentaremos o conceito de
direitos fundamentais na ordem constitucional
brasileira, contextualizando-o com o catálogo geral
de direitos fundamentais constitucionais e com o
Sistema Tributário Nacional.
Também temos como objetivo demonstrar a sua fundamentalidade constitucional, à luz
da Teoria dos Direitos Fundamentais e das cláusulas pétreas. Por fim, apresentaremos os
direitos fundamentais do contribuinte a partir do texto constitucional, contextualizando-
os com a jurisprudência constitucional.
OBJETIVOS
Ao final deste módulo, esperamos que você seja capaz de:
LEITURA
Nesta leitura, você terá a oportunidade de encontrar situações envolvendo os direitos
fundamentais do contribuinte, especialmente aqueles ligados à proteção, à segurança
jurídica e à liberdade de exercício de atividade econômica ou profissão.
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4003/1/arquivo5668_1.pdf
VAMOS PRATICAR?
A sociedade empresária ABC Indústria e Comércio de Equipamentos Eletrônicos Ltda.
foi autuada pela Receita Federal do Brasil, sob o fundamento de não ter recolhido
imposto de renda no montante correto, conforme apuração realizada pelo órgão,
referente aos últimos cinco anos.
A decisão não está correta. É direito fundamental do contribuinte não se sujeitar a uma
tributação com efeito confiscatório, o que se aplica também às multas tributárias,
conforme já decidido pelo próprio STF. Em que pese não haver previsão constitucional
de um percentual máximo para a multa tributária, há decisões do STF que sinalizam
pela sua limitação a 100% do valor do crédito tributário, sendo confiscatório percentual
acima desse valor. O princípio da proporcionalidade é um princípio implícito na
Constituição Federal, ligado à própria ideia de Direito e de justiça, não precisando
apresentar-se de forma expressa para que tenha aplicabilidade como um limitador à
tributação e à imposição de multas desproporcionais. Sendo assim, no caso analisado, a
multa aplicada, em que pese prevista em lei, é confiscatória, violando o princípio da
proporcionalidade.
CONCLUSÃO DA UNIDADE
Os direitos fundamentais do contribuinte possuem previsão não apenas nos dispositivos
constitucionais do Sistema Tributário Nacional mas também nos Arts. 5º, 6º e 7º, inc.
IV, da Constituição Federal.
descrição
Devido à sua fundamentalidade, os direitos fundamentais do contribuinte não podem ser
abolidos nem mesmo por emenda constitucional. Ganham destaque no Sistema
Tributário Nacional, mais precisamente dentro do título referente às limitações ao poder
de tributar.
Unidade 2
PRINCÍPIO DA IGUALDADE TRIBUTÁRIA
Nesta unidade, apresentaremos o conteúdo jurídico e os limites de aplicação
do princípio da igualdade tributária, identificando os critérios legítimos e os
critérios ilegítimos para um tratamento tributário desigual, tanto em favor
quanto em desfavor do contribuinte. Ao final, contextualizaremos a igualdade
no Sistema Tributário Nacional, à luz de casos já julgados pelo STF.
OBJETIVOS
LEITURA
Neste texto, você encontrará uma discussão acerca da isenção do imposto de renda
sobre lucros e dividendos, especialmente se e em que medida a isenção viola o princípio
da igualdade.
https://periodicos.unipe.br/index.php/direitoedesenvolvimento/article/view/542
Por fim, será contextualizada a igualdade no Sistema Tributário Nacional, à luz de casos
já julgados pelo STF.
VAMOS PRATICAR?
A Lei nº 1.234 (hipotética) prevê tratamento tributário simplificado e beneficiado para
microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), assim entendidas aquelas que
auferem receita bruta anual até R$ 1,2 milhões de reais e até R$ 4,8 milhões de reais,
respectivamente. O tratamento tributário em questão prevê a simplificação das
obrigações acessórias e a redução dos tributos incidentes sobre o faturamento,
traduzindo verdadeiro benefício tributário.
CONCLUSÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, vimos como o princípio da igualdade tributária é ancorado no art. 150,
II, da Constituição Federal, que veda aos entes da Federação instituir tratamento
tributário desigual a contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida a
distinção em razão da profissão ou atividade por eles exercida.
Unidade 3
OBJETIVOS
Ao final, você poderá avaliar a sua aplicação nos tributos previstos no Sistema
Tributário Nacional.
VAMOS PRATICAR?
Imagine que uma pessoa necessitada, desprovida de qualquer renda ou assistência
financeira do Estado, compre pão e leite em um supermercado, pagando o ICMS
embutido no preço final de venda ao consumidor.
Avalie a eventual aplicação do princípio da capacidade contributiva no ICMS da
situação apresentada, considerando os seguintes pontos de atenção:
mínimo existencial;
justiça tributária;
restituição do imposto e
praticabilidade tributária.
O princípio da capacidade contributiva deveria ser aplicado ao ICMS. No
entanto, por razões de praticabilidade e de interesses do bem comum, deixa de
ser aplicado diretamente. A consequência é a violação à garantia da proteção
ao mínimo existencial e a violação à justiça tributária. Tributa quem não
apresenta qualquer capacidade contributiva, em que pese possa manifestar
capacidade econômica no momento do pagamento das mercadorias no
supermercado.
Com isso, viola também a justiça tributária na sua manifestação por meio do
princípio da igualdade tributária, dado que tributa igualmente o pobre e o rico,
na aquisição de pão e leite, quando eles deveriam receber tratamento tributário
diferenciado.
CONCLUSÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, vimos como funciona o princípio da capacidade contributiva,
fundamental no Direito Tributário. Esse princípio consiste na tradução de um
ideal de justiça a ser buscado, de uma tributação igualitária com base no
critério da capacidade contributiva. Sob a perspectiva da justiça distributiva, o
princípio orienta a atuação do legislador sob a lógica do "quem ganha mais,
contribui mais; quem ganha menos, contribui menos".
Essas distorções devem ser corrigidas por meio de uma desoneração mais
efetiva de produtos e serviços integrantes do mínimo existencial e de um
mecanismo de restituição ou de compensação do imposto sobre o consumo
pago por quem não manifesta capacidade contributiva.
Unidade 4
https://portalrevistas.ucb.br/index.php/EALR/article/view/%208623/pdf
Por fim, você conhecerá a possibilidade de haver controle judicial sobre as escolhas
legislativas, no tocante às alíquotas do ICMS e do IPI.
VAMOS PRATICAR?
Uma sociedade empresária que se dedica à produção de açúcar de cana insurge-se
contra a cobrança de IPI sobre a sua produção, na alíquota de 18%. Ela alega que tem
conhecimento de que os produtores de outros alimentos não recolhem o IPI ou
recolhem-no com uma alíquota de 5%, o que representa, na sua ótica, uma manifesta
injustiça em termos de concorrência. Essa sociedade contrata você, na condição de
advogado, para defender os seus interesses, propondo a medida judicial cabível.
Avalie o cabimento de uma medida judicial para atender aos interesses da sociedade e a
respectiva chance de sucesso.
Resposta:
Cabe mandado de segurança ou ação ordinária para buscar a realização dos interesses da
empresa por meio do Poder Judiciário. No entanto, as chances de sucesso são remotas.
O princípio da seletividade em função da essencialidade orienta a atuação do legislador
na fixação seletiva das alíquotas do IPI, conforme o critério da essencialidade do
produto para a satisfação das necessidades humanas, nesse caso, ligadas à alimentação,
um direito social fundamental.
Em tese, uma alíquota de 18% de IPI sobre o açúcar, quando comparada a uma alíquota
de 5% sobre outros produtos, pode configurar uma tributação mais agressiva, que viola
o princípio da seletividade em função da essencialidade e, em última análise, a proteção
ao mínimo existencial.
o Poder Judiciário não pode atuar como legislador positivo, fixando determinado
percentual de alíquota para determinado setor;
a fixação das alíquotas do IPI está dentro da discricionariedade do legislador e
o princípio da seletividade em função da essencialidade não significa que deva haver
imunidade tributária, mas sim a graduação seletiva das alíquotas conforme a
compreensão que o legislador tem da essencialidade dos produtos.
Sendo, conforme já afirmado inicialmente, as chances de sucesso da medida judicial
eleita são remotas.
CONCLUSÃO DA UNIDADE
O princípio da seletividade em função da essencialidade orienta o legislador a
graduar, seletivamente, as alíquotas do IPI e do ICMS com base no critério da
essencialidade dos produtos, das mercadorias e dos serviços com relação às
necessidades humanas.
Esse princípio realiza, na tributação do consumo, o valor constitucional da
dignidade da pessoa humana, o qual, conjugado com o princípio do Estado
Social, conforma o mínimo existencial.
Descrição
Esse princípio, que também denota uma técnica de tributação, foi a forma
encontrada pelo constituinte brasileiro para concretizar, em certa medida, o
princípio da capacidade contributiva na tributação do consumo.
Questão 1
Um empresário dedicado ao comércio especializado de croissant insurge-se
contra a cobrança de ICMS na alíquota de 18%. Ele alega sentir-se injustiçado,
tendo em vista que o seu concorrente, uma padaria localizada no outro lado da
rua, vende diferentes tipos de pão, pagando o ICMS na alíquota de 12% e com
base de cálculo reduzida, o que resulta em uma carga tributária final de 7%.
Questão 3
Questão 4
Questão 5
Questão 6
Questão 7
Questão 8
Legalidade.
Proporcionalidade.
Vedação ao confisco.
Liberdade de exercício de atividade econômica ou profissão.
Questão 9
Questão 10