Direito Falimentar
Direito Falimentar
Direito Falimentar
1. CONCEITO E FINALIDADES
Neste viés, pode-se conceituar o direito falimentar como instrumento para solucionar a
controvérsia entre dois interesses, o credor que objetiva o recebimento da prestação assumida
pelo devedor e a manutenção da atividade econômica da empresa, ao passo que subsiste a
situação de crise empresarial. A adversidade da pessoa jurídica pode se refletir por rigidez, a
qual, a atividade econômica não é flexível ao ponto de se adaptar às mudanças de mercado ou
por crise financeira, econômica ou patrimonial, as quais se destacam pela impossibilidade do
funcionamento ativo do empreendimento.
Para a análise na esfera jurídica da lei nº 11.101/05 e na visão de TOMAZETTI (2017, p. 38):
“As crises econômicas, financeiras e patrimoniais são mais preocupantes, na medida em que
podem representar a inadimplência e o aumento do risco dos credores, bem como a redução
de empregos.” Assim, essas merecem maior atenção para o direito falimentar por afligir
interesse de terceiros.
Atualmente, o empresário deve aplicar ações para manter sua atividade empresarial, a fim de
evitar qualquer ocorrência de possível decretação de falência ou necessidade de ingressar
com recuperação judicial. Primeiramente, o controle de caixa rigoroso, quer dizer, o
empresário deve ter um balanço que contenha a movimentação financeira da empresa e a
verificação constante dos valores, no intuito de identificar necessárias modificações da
atividade econômica para a estabilidade empresarial.
Ademais, outra medida a ser tomada consiste na diversificação da carteira de clientes, uma
vez que ao ter numerosos compradores se assegura que não haja a concentração de seu
mercado, a qual poderia desencadear na dependência econômica deste credor. Como também,
proporciona reduzido risco de problemas financeiros, caso ocorra inadimplência por parte dos
clientes. Neste aspecto se destaca o princípio do saneamento, tendo em vista que a falência
pode provocar uma insolvência sucessiva entre credores e devedores, sendo imprescindível
sua decretação para a manutenção da constância mercantil.
Referências Bibliográficas
DURÃO, Pedro; PINTO, Diogo Doria. Direito Empresarial: Resumos e aplicações. 2ª ed.
Aracaju: DireitoMais, 2021.
TOMAZETTE, Marlon. Curso de direito empresarial: Títulos de Crédito, v.2. 8º ed. São
Paulo: Atlas, 2017.