Its Gravidez
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Objectivos
Metodologia
Metodologicamente, a compilação do trabalho recorreu-se a consulta bibliográfica.
Parafraseando a consulta bibliográfica é o método mais exaustivo que consiste na
análise de várias obras e o seu cruzamento de fontes para a concretização do tema em
estudo, Quanto a estrutura o trabalho obedece a seguinte: introdução, desenvolvimento,
conclusão e por fim as referências bibliografia.
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST/ITS)
GONORREIA
A gonorreia é uma doença infecciosa causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, que
é transmitida através de relação sexual vaginal, oral ou anal desprotegida, ou seja, sem
preservativo.
Na maioria das vezes a gonorreia é assintomática, no entanto pode também levar ao
aparecimento de alguns sinais e sintomas como corrimento vaginal com mau cheiro e
dor ou ardor para urinar.
A gonorreia durante a gravidez, quando não é identificada e tratada corretamente pode
representar risco para o bebê no momento do parto, isso porque o bebê pode adquirir a
bactéria ao passar pelo canal vaginal infectado, podendo desenvolver lesões no olhos,
cegueira, otite média e infecção generalizada, por exemplo. Por isso, é importante que
caso a mulher tenha sinais e sintomas de gonorreia durante a gravidez, vá ao obstetra
para que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento adequado, que normalmente é
feito com antibióticos.
Riscos da gonorreia na gravidez
A gonorreia na gravidez é perigosa para o bebê, especialmente se o nascimento for por
parto normal, pois a criança pode ser contaminada pela bactéria presente na região
genital da mãe infectada, correndo o risco de causar ao bebê conjuntivite neonatal e, por
vezes, cegueira e infecção generalizada, com necessidade de tratamento intensivo.
Durante a gravidez, embora a probabilidade de o bebê ser infectado seja menor, a
gonorreia está associada ao risco aumentado de aborto espontâneo, infecção do líquido
amniótico, nascimento antes do tempo, rompimento prematuro de membranas e morte
do feto. A gonorreia também é uma das maiores causas de inflamação pélvica, que
danifica as trompas de Falópio, levando à gravidez ectópica e à esterilidade.
No pós-parto há um risco acrescido de doença inflamatória pélvica e de disseminação
da infecção com dores nas articulações e lesões na pele. Por isso, é importante que a
mulher fique atenta aos sintomas da gonorreia para que o tratamento possa ser iniciado
rapidamente e o risco de transmitir para o bebê diminuam
O tratamento da gonorreia
O tratamento para gonorreia na gravidez consiste no uso de antibióticos de acordo com
a orientação do ginecologista ou obstetra por um período de tempo que varia de acordo
com o tipo e a gravidade da infecção. Normalmente, a gonorreia, se detectada
precocemente, limita-se à região genital e o tratamento mais eficaz é através do uso de
uma dose única de antibiótico. Algumas opções de tratamento, que devem ser
recomendados pelo médico, para gonorreia são os seguintes antibióticos:
Penicilina;
Ofloxacina 400 mg;
Tianfenicol granulado 2,5 g;
Ciprofloxacina 500 mg;
Ceftriaxona 250 mg intramuscular;
Cefotaxima 1 g;
Espectinomicina 2 mg.
Diante das complicações que a gonorreia pode causar a mulher e ao bebê, é importante
que o parceiro também seja tratado, deve-se evitar relações sexuais enquanto a doença
não estiver resolvida, manter um único parceiro sexual, usar preservativos e seguir
sempre todas as orientações médicas ao longo da gravidez.
CLAMÍDIA
A clamídia é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Chlamydia
trachomatis, podendo acontecer tanto em homens quando em mulheres. Essa infecção
pode ser assintomática ou causar sintomas, como fluxo genital alterado ou ardor ao
urinar por exemplo.
A infecção por clamídia também está relacionada a complicações como parto
prematuro, conjuntivite e pneumonia do recém-nascido, causando dor ao urinar,
corrimento vaginal com pus e dor no baixo ventre.
E que pode ser transmitida durante a relação sexual. A infecção por essa bactéria muitas
vezes não causa nenhum sintoma, sendo importante que a mulher realize exames
ginecológicos de rotina pelo menos 1 vez ao ano, assim como os homens devem ir ao
urologista.
Remédios para clamídia
O tratamento deve ser orientado pelo ginecologista ou urologista, que deve indicar
antibióticos como:
Azitromicina 1g, em dose única;
Doxiciclina 100 mg, 2 vezes ao dia durante 7 dias;
Levofloxacino 500 mg, 1 vez ao dia por 7 dias.
É importante que o antibiótico seja tomado na dose e no tempo indicado pelo médico,
mesmo que os sintomas tenham melhorado. No caso dos sintomas persistirem mesmo
após a conclusão do tratamento, é importante consultar novamente o médico.
HERPES
Durante a gravidez, a herpes aumenta os riscos de aborto, microcefalia, retardo do
crescimento do feto e contaminação do bebê pela herpes congênita, especialmente
durante o parto. Nesta doença surgem feridas na região genital que são acompanhadas
de ardência, formigamento, coceira e dor, e podem evoluir para pequenas úlceras.
Risco para o bebê
O risco de contaminação do bebê é maior quando a grávida é infectada pela primeira
vez com o vírus do herpes genital durante a gestação, principalmente no 3ª trimestre,
porque a grávida não tem tempo de produzir anticorpos, sendo menor o risco em casos
de herpes genital recorrente.
Os riscos da transmissão do vírus para o bebê incluem o aborto, ocorrência de
malformações, como problemas de pele, olhos e boca, infecções do sistema nervoso,
como encefalite ou hidrocefalia e hepatite.
O tratamento do Herpes
O tratamento é feito com medicamentos que combatem o vírus e evitam que atinja o
bebê, além de aliviar os sintomas, no entanto a herpes não tem cura definitiva.
O tratamento deve ser indicado pelo ginecologista ou obstetra, que pode recomendar o
uso de remédios antivirais, como o aciclovir.
Porém, antes de administrar este medicamento, devem ser considerados os benefícios do
medicamento devido aos riscos, já que é um remédio contraindicado para grávidas,
principalmente durante o primeiro trimestre de gestação. Na maior parte dos casos, a
dose recomendada é de 200 mg, por via oral, 5 vezes ao dia, até à cura das lesões.
Além disso, é recomendado realizar o parto por cesariana caso a grávida tenha uma
primo-infecção pelo vírus do herpes ou apresente lesões genitais no momento do parto.
O recém-nascido deve ser observado pelo menos durante 14 dias após o parto e, caso
seja diagnosticado com herpes, também deve ser tratado com aciclovir. V
CANCRO MOLE
O cancro mole é caracterizado pelo surgimento de várias feridas dolorosas na região
genital e no ânus, podendo ocorrer também o aparecimento de apenas uma úlcera mais
profunda, sensíveis e com mal cheiro.
Os sintomas do cancro mole surgem cerca de 4 a 10 dias após o contato sexual com
uma pessoa contaminada e podem ser semelhantes aos de outras infecções sexualmente
transmissíveis (ISTs), sendo importante que o ginecologista, urologista ou infectologista
seja consultado para que seja confirmado o diagnóstico e iniciado o tratamento
O tratamento do cancro mole
O tratamento do cancro mole geralmente é feito com o uso de antibióticos, como
azitromicina ou ceftriaxone, que devem ser utilizados conforme a orientação médica
para garantir a eliminação da bactéria.
Também é recomendado manter os cuidados básicos de higiene, lavando a região com
água morna e, se necessário, com um sabão adequado para a região genital, para evitar
que as feridas piorem com outras infecções.
Além disso, geralmente é recomendado que parceiros também sejam tratados, caso
tenham tido contato sexual dentro dos 10 dias anteriores ao início dos sintomas devido
ao risco de desenvolverem cancro mole ou mesmo de causarem uma nova infecção na
pessoa
DONOVANOSE
A donovanose também é conhecida como granuloma venéreo ou granuloma inguinal, e
provoca o aparecimento de úlceras ou nódulos na região genital e anal que normalmente
não causam dor, mas que pioram durante a gravidez.
O que fazer: Na maior parte dos casos, a donovanose não causa prejuízos ao feto, mas
deve ser tratada com antibióticos de acordo com a orientação do médico para não se
disseminar para outras regiões do corpo.
O SIDA
O SIDA é uma doença sexualmente transmissível que pode ser passada para o bebê
durante a gestação, no momento do parto ou no aleitamento, especialmente se a mãe não
receber o tratamento adequado durante a gravidez.
O que fazer: O diagnóstico da AIDS é feito durante os exames do primeiro pré-natal e,
em casos positivos, o tratamento é feito com medicamentos que diminuem a reprodução
do vírus no organismo, como o AZT.
Conclusão
Com base neste trabalho de pesquisa, foi possível concluír que as gestantes são mais
susceptíveis às infecções do que as mulheres não grávidas, pela diminuição nos
mecanismos de defesa. Os cuidados em relação à contaminação pelas ITS devem ser
redobrados, pois além da sua protecção, a mulher grávida deve proteger também a
criança que está sendo gerada.
E a abordagem etiológica das ITS está reservada aos casos de resistência ao tratamento
sindrómico e os casos complicados devem ser transferidos para os hospitais de
referência.
As ITS durante a gravidez podem ter graves consequências, tanto para a gestação,
quanto para a saúde futura da mãe, nomeadamente: parto prematuro, ruptura prematura
da placenta, doença inflamatória pélvica (DIP), abortos, entre outras.
A gestante pode transmitir para o seu filho (transmissão vertical) várias doenças
adquiridas sexualmente. Essa transmissão pode ocorrer antes, durante ou depois do
nascimento. O vírus HIV e o Treponema (agente etiológico da sífilis) podem infectar o
feto ainda no interior do útero, pois têm capacidade de atravessar a placenta
Outras ITS, como a gonorreia, clamídia e herpes podem ser transmitidas ao bebé
durante o nascimento, na passagem pelo canal do parto. O vírus HIV e a hepatite B pode
ainda ser transmitido ao bebé após o nascimento, através da amamentação. As
consequências para o bebé são variáveis e algumas podem ser graves.
E por fim, a melhor forma de prevenir a transmissão das IST é usar sempre e
corretamente a camisinha em todas as relações sexuais;
· No caso de necessitar receber uma transfusão de sangue, exija que ele seja testado para
todas as infecções que podem ser transmitidas pelo sangue.
Referências Bibliográficas