Introducao A Logistica e Procurement
Introducao A Logistica e Procurement
Introducao A Logistica e Procurement
Vertente Militar
Muitos antes do homem de negócios se aperceber da dimensão e centralidade da
logística no mundo empresarial, já o estratego militar a usava para movimentar
exércitos, travar batalhas e averbar vitorias... Em 1837, Jomini, levanta a questão: Será a
logística uma “ciência de detalhe” ou uma “ciência geral”. E foi a partir dai então, que o
conceito se começou a apresentar de forma estruturada. Quando se analisam
convenientemente as grandes actividades da logística militar encontra se um paralelismo
notável com as actividades desenvolvidas no contexto empresarial. Todavia será
legítimo considerar que foi a evolução militar que condicionou, sempre, o
desenvolvimento da logística empresarial?
Vertente Empresarial
O conceito de logística reapareceu a pouco mais de cem anos para exprimir uma função
da organização, relativa ao abastecimento e a formação de stock, de origem
exclusivamente militar. A utilização que se dá no âmbito de gestão actual situa-nos,
sempre a jusante das suas aplicações mais remotas. Vejamos a seguinte cronologia:
1901 Um texto de John Crowell versava a temática dos custos e de outros factores que
afectavam a distribuição dos produtos farmacêuticos...
Entre 1916 e 1927 foram escritos quatro textos relacionados directa ou indirectamente,
com a temática logística. Prenúncios, no mínimo, do que viria a ser a logística
empresarial de hoje: Arch Shaw (1916); L. D. H. Weld (1916); Fred E. Clark (1922); e
Ralph Borsodi (1927)
O primeiro grande marco da logística empresarial vem a dar-se com o lançamento do
artigo de Peter Drucker (1962): The economy Dark Continet” ao referir a logística (na
altura ainda só distribuição física) como a face obscura da economia, verdadeiro
território por explorar, e última fronteira da gestão.
Um papel viria a tornar-se celebre, de John Magee (1960), pois chama atenção para a
necessidade de pensar a logística sob uma óptica de sistema.
Sinal mais para Stewart Wendel (1965) ao lançar a ideia de integração entre actividades,
reforçando, ao mesmo tempo, a noção de sistema.
Em 1968, Alan Gepfert fez surgir as primeiras grandes preocupações quanto a revisão
da estrutura organizacional.
Em 1973, James Heskett apresenta a necessidade de cooperação entre membros de uma
cadeia de abastecimento e quatro anos mais tarde (1977) traz um dos conceitos mais
importantes da logística na actualidade, ou seja, a sua ligação a estratégia.
Em 1984, surge o manifesto Roy Shapiro, para recentrar a logística e deixar explicito o
seu verdadeiro enfoque: a vertente de serviço. O serviço ao cliente/consumidor passa a
ser o output logístico por excelência.
Nas referências mais actuais a logística e traduzida de uma forma bem mais abrangente.
Como um sistema de actividades integradas pelo qual fluem produtos e informação,
desde a origem ao ponto de consumo, sustentado por factores que determinam a vertente
de disponibilização da organização.
Antes dos 50’s 1. Logística = Distribuição física: conceito desenvolvido pelos militares, e
com pouca relevância no contexto empresarial. Os determinantes
empresariais levam à focalização noutras matérias.
Missão:
Satisfação Total de Clientes: disponibilização (ou serviço) total a baixo custo.
Objectivo Geral:
Acrescentar Valor Ao produto Nuclear
Objectivos Operacionais:
Resposta rápida a encomenda;
Eliminação erros/defeitos na resposta a encomendas;
Volume de stock mínimo;
Optimização de gestão de infra-estruturas e de frota própria;
Melhoria continua e,
Incremento da fiabilidade das previsões de vendas.
1.3 Natureza logística
Características
1) Natureza intrínseca: não parece correcto visualiza-la como uma função vertical,
porque tem características cros funcional;
2) Natureza sistémica: por um lado revela-se processual, por outro, não deixa de exigir
uma visão global e integrada.
Atributos
A dupla natureza, por um lado, torna-a indubitavelmente, mais complexa e de difícil
análise e quantificação. Mas por outro, geradora de valor adicional. Acrescentando
atributos de tempo, lugar e quantidade.
Estes atributos permitem, atribuir um valor adicional a qualquer produto/serviço:
Atributo de Forma: elemento valorativo do produto;
Valor Logístico: valor adicionado para além do produtivo;
Atributo Comercial: valor directamente relacionado com as condições comerciais
favoráveis a sua venda.
14.1. Procurement
Termo em inglês que significa aquisição de bens e serviços no sector público e privado
ou então a função procura de bens e serviços usando racionalmente os meios materiais e
financeiros (WORLD BANK, 2004).
Por sua vez (COSTA, 1999) considera Procurement “como uma função administrativa
dentro da organização responsável por coordenar um sistema de informação e controlo
capaz de adquirir externamente bens e serviços na quantidade e qualidade certa, de fonte
certa, no exacto momento e ao preço certo de modo a garantir o fluxo de materiais
necessários para a missão da organização”.
PROCESSO DE COMPRA
PROCUREMENT
Sanai (apud COUSINS et al., 2005) afirmam que uma organização deve ter agentes
intervenientes no processo de procurement. Estes intervenientes devem estar dotados de
competências para o desempenho das suas funções, a saber: competências técnicas,
interpessoais, de negócio interno, de negócio externo, de negócio estratégico.
Para além dos princípios o decreto estabelece regras que devem ser seguidas pelas
empresas contratantes para efeitos de contratação a seguir indicadas:
De acordo com o decreto 5/2016 todos os anúncios de concurso devem ser divulgados
mediante edital, imprensa, podendo ser radio, jornal ou outro meio de comunicação
adequado e de fácil acesso para o público- alvo. A publicação do anúncio de concurso
na imprensa deverá ser divulgada pelo menos duas vezes pela entidade contratante. No
caso de concurso internacional a divulgação deve ser feita através do Boletim da
República e/ou na página da Internet, podendo ser ampliado por outros meios.
Por outro lado é obrigatório a publicação de anúncio de concurso que divulgue a sua
realização, convite público para inscrição no cadastro e adjudicação do objecto de
concurso à empresa e participante vencedora.
A decisão na base do critério de menor preço deve propiciar a escolha das propostas que
garantam o nível de qualidade e qualificações do concorrente necessárias para a
realização do interesse público, de acordo com os documentos do concurso. Na
avaliação do preço devem ser levadas em consideração as condições de pagamento.
Concuso Púbico
9. Devem ser apresentadas as garantias que podem ser provisórias as que são prestadas
no acto de apresentação das propostas para assegurar a sua manutenção nos concursos
cujo valor estimado seja superior a 3500000 Mt para empreitadas de obras e 1750000
para bens e serviços ou garantias definitivas as prestadas após a adjudicação e antes da
assinatura dos contractos para assegurar o cumprimento das obrigações dele
decorrentes.
Na fase de apresentação e abertura dos documentos de qualificação e propostas
cabe a UGEA:
2. Elaborar as listas dos concorrentes que apresentaram as propostas. Por sua vez o júri
faz a abertura das propostas em acto público e elabora a lista dos presentes, identifica o
concurso, efectua a leitura da lista dos concorrentes pela ordem de recepção das
propostas, faz abertura da pasta que contém os documentos de qualificação e as
propostas.
3. Faz se também a leitura dos principais dados tais como: nome dos concorrentes, os
preços cotados, a garantias provisórias quando exigidas, proposta com variante caso seja
exigida e a declaração de documentos exigidos. Todas as páginas dos documentos de
qualificação e das propostas são rubricadas e ainda é elaborada e assinada a acta de
abertura das propostas pelo júri assim como pelos concorrentes.
A estratégia das procurement deve estar na mesma linhagem com a estratégia global da
organização e mais especificamente com a estratégia de negócio. Moreira (apud CARR
e PERSON, 2002). Segundo este autor para que tal aconteça, as compras têm de analisar
a missão, visão e os objectivos estratégicos da organização definidos e transpor esses
objectivos para as compras. Os passos a seguir são:
Para efectuar esta análise é necessário obter informações relativas aos seguintes pontos:
A selecção dos fornecedores vem ganhando cada vez mais importância ao longo do
tempo. Dentre os factores que contribuem para o crescimento destacam se, o aumento
no valor dos itens comercializados em relação ao total das receitas da empresa de
manufactura, a globalização, que viabiliza a aquisição de produtos de outros países a
preços competitivos e a velocidade crescente de mudança de tecnologia, que é
acompanhada por uma redução do ciclo de vida do produto.
Os critérios básicos para a selecção dos fornecedores são: o preço ao qual o fornecedor
oferecia o produto, a qualidade do produto e a velocidade de entrega do produto pelo
fornecedor.
Esta estratégia procura definir se as empresas devem distribuir as compras por vários
fornecedores (multiple sourcing) ou concentrar apenas num único fornecedor (single
sourcing).
A multiplesourcing provoca uma competição intensa entre os fornecedores, colocando-
os uns contra os outros. Com esta competição o comprador pode obter preços mais
baixos de produto e frete por um lado e por outro lado garantir que não haja falta de
material (NZAMO, 2010).
A singlesourcing ajuda a empresa a reduzir sua base de fornecedores. Esta prática surgiu
dentro da filosofia just in time, que defende a eliminação de desperdícios e atenção às
actividades de valor acrescentado.
No que tange a este aspecto importa referir que não existe uma regra para definir a
forma como as compras devem estar distribuídas, embora a tendência seja para a
concentração junto a um único fornecedor, visto que facilita o desenvolvimento de
parcerias, existe maior controlo sobre a qualidade dos produtos. É de salientar que a
concentração das compras num único fornecedor pode ser arriscada se as compras
forem de tamanho reduzido.
Global Sourcing
Esta estratégia leva a empresa a abastecer se em qualquer parte do mundo. Tem Como
objectivo fundamental obter reduções imediatas e significativas dos custos. Em
simultâneo preocupa se em aceder a novas tecnologias, aumentar o número de fontes de
abastecimento disponíveis, marcar presenças em novos mercados, procurar novos
materiais e fornecedores alternativos, etc.
Esta estratégia depara se com algumas barreiras para a sua implementação, sendo
importante salientar as seguintes: quota de importação, variação das taxas de câmbio,
custos de transporte, complexidades logísticas, diferenças culturais, inexperiência na
realização de negócios a nível internacional.
Sourcing Local
Desenvolvimento de parcerias
1.6 Compra
Face as ofertas que forem feitas, o cliente pode se sentir apto para fundamentar as suas
especificações apresentando – as após consultas prévias aos fornecedores que lhe
parecem mais indicados.
1.6.1 Ciclo de compras
Segundo (CHIAVENATO, 1991), a actividade de compras é cíclica e repetitiva.
Cíclica porque envolve um conjunto de etapas que devem ser seguidas, cada uma no
seu tempo e uma após a outra. Repetitiva porque porque o ciclo é seguido cada vez
que surge uma necessidade de adquisição de algum material necessário para a
empresa.
O ciclo de compras encontra se composto pelas seguintes etapas: análise das ordens
de compra; pesquisa e selecção dos fornecedores; negociação com o fornecedor
seleccionado; acompanhamento do pedido e controle de recebimento do material
comprado.