Logística Integrada - Apostila
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1. O QUE ?
Trata-se da rea da gesto responsvel por prover recursos, equipamentos e
informaes para a execuo de todas as atividades de uma empresa.
a parte do gerenciamento da cadeia de abastecimento que planeja, implementa e
controla o fluxo e armazenamento eficiente e econmico de matrias-primas, materiais semiacabados e produtos acabados, desde o ponto de origem at o ponto de consumo, com objetivo
de atender s exigncias dos clientes.
Entre as atividades da logstica esto:
Transporte;
Movimentao de materiais;
Armazenagem;
Processamento de pedidos;
Gerenciamento de informaes.
1.1. Evoluo Histrica:
Desde os tempos bblicos, os lderes militares j se utilizavam da logstica. As guerras
eram longas e geralmente distantes e eram necessrios grandes e constantes deslocamentos
de recursos. Para transportar as tropas, armamentos e carros de guerra pesados aos locais de
combate eram necessrios o planejamento, organizao e execuo de tarefas logsticas, que
envolviam a definio de uma rota. Era necessria, assim, a busca por uma fonte de gua
potvel prxima, transporte, armazenagem e distribuio de equipamentos e suprimentos. Na
antiga Grcia, Roma e no Imprio Bizantino, os militares com o ttulo de Logistikas eram os
responsveis por garantir recursos e suprimentos para a guerra.
A verdadeira tomada de conscincia da logstica como cincia teve sua origem nas
teorias criadas e desenvolvidas pelo Tenente-Coronel Thorpe, do Corpo de Fuzileiros Navais
dos Estados Unidos da Amrica que, no ano de 1917, publicou o livro "Logstica Pura: a cincia
da preparao para a guerra". Segundo Thorpe, a estratgia e a ttica proporcionam o esquema
da conduo das operaes militares, enquanto a logstica proporciona os meios". Assim, pela
primeira vez, a logstica situa-se no mesmo nvel da estratgia e da ttica dentro da Arte da
Guerra.
1.2. Desenvolvimento:
As novas exigncias para a atividade logstica no mundo passam pelo maior controle e
identificao de oportunidades de reduo de custos, reduo nos prazos de entrega e
aumento da qualidade no cumprimento do prazo, disponibilidade constante dos produtos,
programao das entregas, facilidade na gesto dos pedidos e flexibilizao da fabricao,
anlises de longo prazo com incrementos em inovao tecnolgica, novas metodologias de
custeio, novas ferramentas para redefinio de processos e adequao dos negcios. Apesar
dessa evoluo, at a dcada de 40 havia poucos estudos e publicaes sobre o tema. A partir
dos anos 50 e 60, as empresas comearam a se preocupar com a satisfao do cliente. Foi ento
que surgiu o conceito de logstica empresarial, motivado por uma nova atitude do consumidor.
Os anos 70 assistem consolidao dos conceitos como o MRP (Material Requirements
Planning).
Aps os anos 80, a logstica passa a ter realmente um desenvolvimento revolucionrio,
empurrado pelas demandas ocasionadas pela globalizao, pela alterao da economia
mundial e pelo grande uso de computadores na administrao. Nesse novo contexto da
economia globalizada, as empresas passam a competir em nvel mundial, mesmo dentro de seu
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Principais:
o
Transportes Ainda hoje, muitas empresas consideram esta atividade como a
mais importante, sendo que muitas pensam que a rea de Logstica se resume a esta atividade
o que um grande equvoco. A atividade de transporte est relacionada aos diversos mtodos
de se movimentar produtos e insumos e por isso essencial ao processo logstico, sendo ainda
responsvel por uma grande parte dos custos logsticos da empresa. Vale ressaltar que existem
diversos modais (meios) de transportes disponveis: rodovirio, ferrovirio, aerovirio,
dutovirio e martimo, sendo que em nosso pas ainda existe uma grande predominncia pelo
modal rodovirio. Em termos mundiais, observa-se uma tendncia a multimodalidade, ou seja,
a integrao dos diversos modais de transporte.
o
Manuteno de Estoques A questo dos estoques merece uma ateno
especial dos profissionais de logstica, pois o grande desafio ter o menor nvel de estoque
possvel sem prejudicar o nvel de servio ao cliente, ou seja, dispor da quantidade necessria
para atender ao cliente quando ele desejar. Sabemos que no um desafio simples. No entanto
existem tcnicas de gesto que auxiliam nesta tarefa. Em termos de custo logstico esta
atividade tambm representa uma parcela considervel dos mesmos, sendo ento necessria
ateno especial a este ponto.
o
Processamento de Pedidos - Mesmo no sendo uma atividade que representa
um custo elevado como as anteriores, esta atividade est relacionada diretamente ao nvel de
servio ofertado aos clientes, logo tambm de extrema importncia para o processo logstico.
O grande desafio do profissional de logstica consiste em reduzir o ciclo do pedido que o
tempo total entre o cliente realizar um pedido e o mesmo ser entregue. Logo importante
contar com sistemas eficientes de recebimento de pedido, checagem de estoque, aprovao de
crdito, separao, expedio e entrega do produto comprado para o cliente. Com o
crescimento do comrcio eletrnico esta atividade vem se tornando extremamente importante
e pode ser um diferencial competitivo para as empresas, visto que ao fazer uma compra na
Internet o consumidor espera uma entrega to gil quanto foi o processo de realizar o pedido.
Nos prximos artigos estaremos tratando das atividades de apoio (Armazenagem, Manuseio de
Materiais, Embalagem de Proteo, Obteno, Programao de Produtos e Manuteno de
Informao).
Secundrias:
o
Armazenagem - a administrao do espao que se dispe para manter os
estoques, logo percebemos que trata-se de uma atividade que necessita de um alto grau de
planejamento, pois quando tratamos com armazenagem estamos relacionados diretamente a
algumas condies chaves para o seu satisfatrio desempenho como localizao, espao fsico,
arranjo fsico e sistemas de informaes.
o
Manuseio de materiais associado com a armazenagem e tambm apia a
manuteno de estoques. uma atividade que diz respeito movimentao do produto no
local de estocagem, como por exemplo, a transferncia de mercadorias do ponto de
recebimento no depsito at o local de armazenagem e deste ponto at o despacho.
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o
Embalagem - A embalagem um recipiente ou
envoltura que armazena produtos temporariamente e serve principalmente para agrupar
unidades de um produto, com vista sua manipulao, transporte ou armazenamento. Um dos
objetivos da logstica movimentar bens sem danific-los alm do economicamente razovel.
Um bom projeto de embalagem do produto auxilia a garantir a movimentao sem quebras.
o
Obteno/Compras Tal atividade deixa o produto disponvel para o sistema
logstico. Trata da seleo de fontes de suprimento, quantidades a serem adquiridas,
programao das compras e da forma pela qual o produto comprado. No pode ser
confundida com a funo de compras, tendo em vista que as compras incluem vrios detalhes
de procedimento, como negociao, avaliao de preos, de vendedores, que no so
especificamente relacionados com a tarefa logstica.
o
Programao de produto Ao passo que a obteno trata do suprimento
(fluxo de entrada), a programao de produto lida com a distribuio (fluxo de sada). Trata
das quantidades agregadas que devem ser produzidas e quando devem ser fabricadas.
o
Manuteno de informao a base de dados gerada pela cadeia, uma
fonte de dados para futuros planejamentos. As informaes so essenciais para o correto
planejamento e controle logstico, como por exemplo, localizao dos clientes, volumes de
vendas, padres de entrega e nveis de estoques.
2. IMPORTNCIA DO MARKETING NA LOGSTICA:
Marketing como ferramenta logstica um dos processos da cadeia de suprimentos.
Sua atividade hoje de interligar o cliente ao restante da cadeia. Muito sabemos da sua
importncia, mas, como funo logstica vai alm do simples fato do atendimento ao cliente e
as vendas. Tem a ver com o posicionamento da empresa em relao ao mercado.
Posicionamento com objetivo de alcanar competitividade e conseqentemente a
lucratividade. Na Logstica uma das atividades de conexo com o cliente: demanda, produto,
estruturao dos canais de distribuio. Para termos distribuio fsica necessrio
implantarmos primeiramente toda a estrutura de canais de distribuio. Hoje, dentro de uma
viso moderna, os canais de distribuio tem quatro funes bsicas: induo da demanda,
satisfao da demanda, ps-vendas (todo o trabalho de relacionamento com o cliente,
desenvolvimento de novos produtos e servios com base em pesquisas no ponto de consumo)
e troca de informaes (NOVAES, 2001).
Com isso, percebemos a importncia de Marketing a servio da atividade logstica,
conectando o cliente cadeia. Toda essa conexo dentro da cadeia (indstria, fornecedores e
clientes) traz tona estas funes alavancadas pelo starte do cliente gerando uma previso
(forecast - que a avaliao que a empresa faz a cada ms, comparando o budget com a
posio real de momento, a fim de encontrar divergncias e buscar revises.) na cadeia.
Bem, como vemos o cliente inicia o processo logstico l no ponto de venda. A induo
de demanda uma ferramenta poderosa na logstica de marketing como propulsora do
processo e conduz s outras funes como a satisfao da demanda onde iremos perceber no
s a satisfao da demanda prevista, mas, sim poderemos observar uma demanda reprimida
por algum produto ou servio inexistente no mercado, mas que desejado por algum
consumidor. no ponto de venda que conseguimos captar essa satisfao da demanda atravs
de pesquisas e informaes obtida diretas com o cliente.
A ps-venda uma das funes que atende o cliente quanto satisfao, pesquisa de
novos produtos e servios e informaes sobre o cliente. Em recente pesquisa revela que a
eficincia deste servio disponvel ao cliente mostra a reduo de custos ao longo da cadeia
logstica quanto a: previso (forecast) diminui a margem de oscilaes e consequentemente de
erros (falta ou excesso de produto) e auxilia no processo de compras (quando e quanto
comprar); aumento significativo na qualidade das informaes sobre o cliente e suas
preferncias e isso nos leva a trabalhar com dados mais verdicos;
Isso tudo gera maior confiabilidade no desenvolvimento de novos produtos e servios;
reduo de custos e transparncia de informaes ao longo da cadeia.
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1. Product;
2. Price;
3. Promotion;
4. Place.
Atualmente, o composto de Marketing conhecido internacionalmente como Os 4 Ps
do Marketing. Por esse motivo, diversos pases trataram de traduzir para o seu idioma, os 4
grupos, em palavras que mantivessem a grafia iniciada por P. Dessa forma, no Brasil as
atividades passaram a ser: Produto, Preo, Promoo e Praa (ou Ponto-de-Venda).
3. LOGSTICA INTEGRADA
Numa poca em que a sociedade cada vez mais competitiva, dinmica, interativa,
instvel e evolutiva, a adaptao a essa realidade , cada vez mais, uma necessidade para que
as empresas queiram conquistar e fidelizar os seus clientes. A globalizao e o ciclo de vida
curto dos produtos obriga as empresas a inovarem rapidamente as suas tcnicas de gesto.
Hoje, j no basta satisfazer, necessrio encantar. Os consumidores so cada vez mais
exigentes em qualidade, rapidez e sensveis aos preos, obrigando as empresas a uma eficiente
e eficaz gesto de compras, gesto de produo, gesto logstica e gesto comercial. Tendo
conscincia desta realidade e dos avanos tecnolgicos na rea da informao, necessria
uma metodologia que consiga planear, implementar e controlar da maneira eficaz e eficiente o
fluxo de produtos, servios e informaes desde o ponto de origem (fornecedores), com a
compra de matrias primas ou produtos acabados, passando pela produo, armazenamento,
estocagem, transportes, at o ponto de consumo (cliente) (Alves, Alexandre da Silva; 2008; 14).
De forma simplificada podemos identificar este fluxo no conceito de logstica. No entanto, o
conceito de logstica tem evoludo ao longo dos anos. A partir da dcada de 80 surgiu o
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Preos baixos;
Alto giro de estoques;
Baixo custo de aquisio e posses;
Continuidade de suprimento;
Consistncia de qualidade;
Pouca despesa com pessoal;
Relaes favorveis com os fornecedores;
Aperfeioamento do pessoal;
Bons registros.
P re v
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o
o
o
o
Tarifas de transporte:
Taxas relacionadas a volume;
Taxas relacionadas distncia;
Taxas relacionadas demanda;
Taxas de importao e exportao
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Disponibilidade do Servio
Valor do Frete
Tempo mdio de entrega e a sua variabilidade
Perdas e danos
Tempo em trnsito
Fornecimento de informao situacional
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rea.
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o
Necessidade de manter maior estoque nas
extremidades, embora, devido menor velocidade dessa modalidade de transporte, a mesma,
tambm, possa ser utilizada temporariamente como armazm.
o
Adequado para o transporte de embarques grandes e homogneos,
notadamente granis, quando a diferena de frete, em relao ao rodovirio supera os custos
adicionais em estoques e armazenagem. Os custos de transporte por tonelada/quilmetro so
reduzidos medida que aumenta o nmero de unidades de transporte.
7.4. Desvantagens do uso do transporte ferrovirio
o
Custo elevado, quando associado a distncias mdias h necessidade de
realizao de transbordo.
o
Utilizao sujeita a disponibilidade de material rodante
o
Baixa flexibilidade.
o
Rota ou via fixa. O servio oferecido apenas entre os terminais ou
despachantes ao longo de suas linhas.
o
Frequentemente a distncia entre origem e destino maior comparada com o
rodovirio, devido restrio quanto a graus de aclive e raios de curvas.
8. O TRANSPORTE FLUVIAL
Os principais portos brasileiros no so servidos por hidrovia. O sistema de transporte
fluvial utilizado em conexo com o comrcio exterior tem sua abrangncia limitada pelo
prprio sistema hidrovirio interior, hoje em dia, praticamente limitado hidrovia TietParan. A utilizao dos rios exige, portanto, que o usurio esteja localizado em suas margens
ou utilize outra modalidade de transporte combinadamente at a hidrovia. A utilizao do
transporte fluvial, no entanto, tende a crescer notadamente na exportao de gros.
Atualmente, uma parcela da exportao de soja do Centro-Oeste, que utiliza o sistema TietParan, embarca o produto em caminhes em Rondonpolis de onde segue at So Simo
(GO); de l transferido para barcaas que o conduzem at Pederneiras, continuando por
ferrovia at o porto de Santos. Embora essa combinao resulte em distncia substancialmente
superior ao percurso realizado unicamente por rodovia, a utilizao da hidrovia permite obter
um frete bem inferior, o que se revela vantajoso, particularmente para produtos com
movimentao elevada, concentrada em determinados perodos, como os gros.
O acordo de transporte fluvial na hidrovia Paraguai-Paran, Acordo de Santa Cruz de
La Sierra sobre o Transporte Fluvial entre os portos de Cceres (Mato Grosso) e Nueva
Palmira (Uruguai) entrou em vigor depois que os cinco pases envolvidos notificaram a ALADI
(Associao Latino Americana de Integrao) quanto ao cumprimento das disposies
internas. O convnio assinado em junho de 1992 estabelece um marco normativo comum que
ir facilitar a navegao, o comrcio e o transporte atravs da hidrovia Paraguai-Paran, com
uma extenso de 3.000 km.
8.1. Vantagens do uso do transporte fluvial
o
comboios;
o
o
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o
Capacidade de transporte varivel ao longo do ano, em
funo do nvel de gua dos rios;
o
Rotas ou vias fixas, limitadas s hidrovias. Tendo em vista o desnvel
observado em alguns trechos dos rios, podem ser necessrios investimentos elevados para
tornar as hidrovias navegveis ao longo de percursos maiores.
9. O TRANSPORTE AREO
O Transporte areo o movimento de pessoas e mercadorias pelo ar com a utilizao
de avies ou helicpteros. O transporte areo usado preferencialmente para movimentar
passageiros ou mercadorias urgentes ou de alto valor.
Todos os tipos de carga podem ser transportadas por este modal, mas no podem
oferecer risco aeronave, passageiros, aos operadores, a quaisquer outros envolvidos e s
outras cargas transportadas.
Podem ser transportados animais vivos, cargas comuns secas, congeladas,
armamentos, enfim, qualquer carga, porm as restries s cargas perigosas so muito
intensas.
9.1. Vantagens do uso do transporte areo
o
o
o
o
o
o
o
o
o
outros).
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o
Localizao: onde se recomenda priorizar estruturas de armazenagem com boa
localizao geogrfica com vias de acesso facilitado de modo que beneficie o trnsito dos meios
de transporte;
o
Espao fsico: o tamanho (dimenso) da rea destinada armazenagem deve
ser compatvel (suficiente) para o que se destina e que facilite as operaes internas de
movimentao de cargas e aos meios de transporte a serem utilizados;
o
Arranjo fsico: utilizar na estrutura de armazenagem o que melhor se adequar
s necessidades e caractersticas dos produtos, visando aperfeioar espaos que possibilitem
receber maior quantidade de itens com a menor quantidade possvel de movimentao
interna, bem como analisar a melhor opo de transporte interno para movimentao dos
produtos, facilitar acessos e reduzir movimentos desnecessrios de trabalhadores envolvidos
na operao, diminuindo desta forma pontos de refugos e retrabalhos;
o
Sistemas de informaes: refere-se s tecnologias aplicadas para o
gerenciamento da armazenagem, operar com sistemas de TI que melhor se modelar para a
atividade desenvolvida, primando por eficincia em controles de recebimento e expedio,
localizao de itens, transferncias de produtos, kanban eletrnico, EDI etc;
o
Recursos humanos: representa grande parte do custo total, dessa forma, deve
ser composta por pessoas qualificadas aumentando a chance de sucesso do empreendimento.
A armazenagem possui ainda um aspecto de elevada considerao que a capacidade
de causar impacto direto nos custos do negcio como um todo, pois assimila significativa
parcela dos custos logsticos considerados cadeia como um todo.
Pode ser justificada a opo pela armazenagem de produtos seja em qualquer fase
(matria-prima, semi-acabado ou acabado), pela autonomia que se pode ganhar sobre a linha
de ao a ser tomada frente s prioridades aparentes do mercado como: variveis envolvendo
o mercado de transporte quando das suas oscilaes, administrao entre demanda e oferta,
auxlio estratgico para o processo de produo e como apoio comercial e ferramenta de
marketing.
Partindo para uma anlise mais detalhada, vamos observar que, quando falamos em
reduo de custos de transporte, temos a inteno de desonerar valores gastos com
movimentaes desnecessrias ou excessivas dos produtos ao longo da cadeia, o que
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o
Inventrio: Um inventrio permite determinar a
quantidade exata de um artigo no estoque em um dado perodo no tempo. SAP Retail aceita
vrios mtodos de inventrio.
o
Expedio e Transporte: As funes de Expedio e Transporte em SAP Retail
permitem o melhor preparo possvel para sadas de mercadorias e atividades de expedio e
que sejam controlados e monitorados. Elas esto diretamente ligadas funo de
determinao de requisitos das filiais e a Vendas. O alto grau de integrao dos componentes
de R/3 assegura que todos os dados relevantes remessa j estejam contidos no pedido de
depsito da filial.
o
Comrcio Exterior: Informaes de importao e exportao so atualizadas e
a impresso automatizada, permitindo a rpida e fcil criao de documentos de remessa e
outros para o comrcio internacional e remessas a reas econmicas especficas.
Atualmente, predomina a identificao por cdigo de barras, porm h poucas dvidas
que no futuro a radiofrequncia (RFID) ser o formato padro. As suas vantagens so
inmeras, mas os desafios para difundi-lo tambm so enormes.
As Secretarias de Fazenda Estaduais, a Receita Federal e o Ministrio da Cincia e
Tecnologia (MCT), representados pelo Encontro Nacional dos Administradores Tributrios
(ENCAT) e pelo Centro de Pesquisas Avanadas Wernher von Braun, respectivamente,
anunciam o lanamento do projeto Brasil-ID, para iniciar em cadeia nacional o Sistema de
Identificao, Rastreamento e Autenticao de Mercadorias.
O Sistema estabelece um padro nico de Identificao por Radiofrequncia (RFID),
que dever ser utilizado em todo e qualquer tipo de produto em circulao no pas. Alm disso,
prev a estruturao de servios de rastreamento e verificao de autenticidade de
mercadorias, que podero ser desenvolvidos pelos setores pblico e privado, de acordo com a
demanda e as necessidades do mercado, com o objetivo de promover a segurana e a
otimizao de seu comrcio e circulao.
O objetivo do Governo ao desenvolver e adotar a tecnologia oferecer empresa
contribuinte nacional e ao cidado consumidor uma ferramenta para a segurana do
transporte de mercadorias, que diminua o risco e, portanto, o custo final no mercado. Alm
disso, o Governo pretende estruturar no Brasil a total competncia em microeletrnica para
que esta seja competitiva mundialmente. Nos projetos-piloto, as Secretarias de Fazenda dos
Estados selecionados iro se alinhar com uma variedade de empresas nacionais e
multinacionais, para testar a tecnologia atravs de um exerccio real que cubra toda a cadeia de
manufatura, distribuio e comrcio de produtos.
O Sistema de Identificao, Rastreamento e Autenticao de Mercadorias prev, ainda,
a instalao de uma infraestrutura de dados, com gesto nacional de leitura e gravao RFID.
Sero instaladas antenas nas principais vias de circulao de mercadorias para criar mais
obstculos contra fraudes, roubos e furtos, alm de fornecer dados logsticos para toda a
indstria e, inclusive, o consumidor final. Este, por sua vez, tambm poder utilizar o sistema
livremente, para seu prprio benefcio logstico, de garantia de autenticidade e origem, tendo
mais uma proteo contra a circulao de bens roubados.
16. EMBALAGEM: FUNES E VALORES NA LOGSTICA
A embalagem se tornou item fundamental da vida de qualquer pessoa e
principalmente das atividades de qualquer empresa.
O desenvolvimento da embalagem, acompanhou o desenvolvimento humano, da
necessidade inicial do homem de armazenar gua e alimentos em algum recipiente, visando
sobrevivncia prpria, at o inicio das atividades comerciais, e disseminao do uso das
embalagens. Atualmente esto presentes em todos os produtos, com formas variadas, e
funes variadas, sempre com a evoluo das tecnologias utilizadas, que as tornam cada vez
mais eficientes e estratgicas.
Para a logstica, a embalagem item de fundamental importncia, possui
relacionamento em todas as reas, e essencial para atingir o objetivo logstico de
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o
Primria: a embalagem que est em contato com o produto, que o contm.
Exemplo: vidro de pepino, caixa de leite, lata de leite condensado.
o
Secundria: aquele que protege a embalagem primria. Exemplo: o fundo de
papelo, com unidades de caixa de leite envolvidas num plstico. geralmente a unidade de
venda no varejo.
o
Terciria: So as caixas, de madeira, papelo, plstico.
o
Quaternria: So embalagens que facilitam a movimentao e a armazenagem,
qualquer tipo de contenedor. Exemplo: Continer
o
Embalagem de Quinto nvel: a embalagem conteinerizada, ou embalagens
especiais para envio a longa distncia.
Outra classificao proposta por Bowershox e Closs (2001) classifica as embalagens
em dois tipos: embalagem para o consumidor, com nfase em marketing, e embalagem
industrial, com nfase na logstica.
16.2. Funes da Embalagem
As principais funes da embalagem so: conteo, proteo e comunicao. A
conteno refere-se funo de conter o produto, de servir como receptculo, por exemplo,
quando ocorre do produto vazar da embalagem, esta funo no foi cumprida. O grau de
eficincia da embalagem nesta funo depende das caractersticas do produto. Uma
mercadoria perigosa, inflamvel, deve sempre ter 100% de eficincia, realizando o
investimento necessrio para tal. Enquanto que um fabricante de um material de menor valor,
como sal, por exemplo, pode permiti-se utilizar uma embalagem com menor grau de eficincia
nesta funo, o mesmo ocorre com relao funo de proteo.
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o
Estoque isolador: Tambm chamado de estoque de segurana. O propsito
deste estoque compensar as incertezas inerentes a fornecimento e demanda. Este nvel
mnimo de estoque existe para cobrir a possibilidade da demanda vir a ser maior do que a
esperada durante o tempo gasto na entrega dos bens.
o
Estoque de ciclo: Ocorre porque um ou mais estgios na operao no podem
fornecer todos os itens que produzem simultaneamente.
o
Estoque de antecipao: Utilizado para compensar diferenas de ritmo de
fornecimento e demanda. Comumente usado quando as flutuaes de demanda so
significativas, mas relativamente previsveis.
o
Estoques no canal (de distribuio): Existe porque o material no pode ser
transportado instantaneamente entre o ponto de fornecimento e o ponto de demanda.
As decises de estoque baseiam-se nas questes que facilitam as decises dos gerentes
no dia-a-dia. Este procedimento envolve as atividades desde a chegada do produto, incluindo
operaes de armazenamento, emisso de pedidos, envio de mercadorias e controle da
movimentao. No gerenciamento do sistema de estoques, os gerentes de produo esto
envolvidos em trs principais tipos de decises, sendo elas:
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Programa Estadual de Qualificao Profissional SERT/SENAC 2010
Logstica Integrada Cubato Docente: Mara C. Garbellini