IM306 Unid I Texto 2

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO MULTIDISCIPLINTAR
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E TURISMO
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Texto 2: Introdução aos Mercados Financeiros
1- Mercados Financeiros
Os mercados financeiros desempenham a função econômica essencial de canalizar fundos de
pessoas que pouparam fundos em excesso por gastarem menos que sua receita, para pessoas que têm
escassez de fundos porque desejam gastar mais do que sua receita. Esta função é mostrada
esquematicamente na figura 1.
FINANCIAMENTO INDIRETO

Intermediários
FUNDOS Financeiros FUNDOS
FUNDOS

Emprestadores – Poupadores Tomadores – Gastadores

1. Famílias Mercados 1. Firmas comerciais


2. Firmas Comerciais FUNDOS FUNDOS 2. Governo
Financeiros
3. Governo 3. Famílias
4. Estrangeiros 4. Estrangeiros

FINANCIAMENTO DIRETO

Figura 1. Fluxo de fundos através do sistema financeiro. Fonte: MISHKIN (2000:15).


Aqueles que pouparam e estão emprestando fundos, os emprestadores-poupadores, estão à esquerda,
e aqueles que devem pedir fundos emprestado para financiar seus gastos, os tomadores de empréstimo
(gastadores) estão à direita. Os fundos fluem de emprestadores-poupadores para tomadores-gastadores
através de um financiamento direto ou um financiamento indireto.
No financiamento direto, os tomadores pedem fundos emprestados diretamente aos poupadores em
mercados financeiros vendendo títulos (também denominados instrumentos financeiros), que são direitos
sobre a receita futura ou ativos futuros do tomador. O financiamento indireto envolve um intermediário
financeiro que fica entre os emprestadores-poupadores e os tomadores-gastadores, que ajuda a alocar
fundos de um para o outro. Um intermediário financeiro faz isso tomando emprestado fundos dos
emprestadores-poupadores e usando então esses fundos para fazer empréstimos a tomadores-gastadores.
O financiamento indireto é o caminho principal para movimentar fundos de emprestadores para
tomadores. A atividade de intermediação reverte-se de situações de risco. Existe certa probabilidade de os
tomadores de recursos não pagarem em dia os recursos emprestados. Quanto maior o risco do não
recebimento maior será a taxa de juros cobrada na operação.
2- Segmentação dos Mercados Financeiros
A intermediação financeira desenvolve-se de forma segmentada, com base em quatro subdivisões
estabelecidas para o mercado financeiro. Esses segmentos muitas vezes se confundem na prática,
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permitindo que as várias operações financeiras interagem por meio de um amplo sistema de comunicações.
Apresentam, ainda, uma referencia comum para as diversas negociações financeiras, a taxa de juros,
entendida como a moeda de troca desses mercados. Os segmentos do mercado financeiro e suas divisões
podem ser visto na figura 2.
SEGMENTOS CARACTERÍSTICAS
PRAZOS FIM

Mercado de Curto; Médio Financiamento do consumo e


Crédito capital de giro das empresas

Mercado de Médio, longo e Financiamento de capital de giro,


Mercado Capitais indeterminado capital fixo e habitação
Financeiro
Controle de liquidez monetária da
Mercado
Curto e curtíssimo economia e suprimento
Monetário
momentâneos de caixa
Transformação de valores em
Mercado
Curto e à vista moeda estrangeira em nacional
Cambial
e vice-versa
Figura 2. Segmentação dos Mercados Financeiros.
2.1- Mercado de Crédito
O mercado de crédito engloba as operações de financiamento de curto e médio prazos, direcionadas
aos ativos permanentes e capital de giro das empresas, assim como concessão de crédito às pessoas físicas.
Esse mercado é constituído, basicamente pelos bancos comerciais e sociedades financeiras. Muitas vezes
são incluídas no âmbito do mercado de crédito as operações de financiamento de bens de consumo duráveis
praticadas pelas sociedades financeiras. As instituições realizam diversas modalidades de credito no
mercado, destacando-se: certificado de depósito bancário (CDB) e o recibo de depósito bancário (RDB);
empréstimos para Capital de Giro e Pagamento de Tributo; Crédito Direto ao Consumidor (CDC).

2.2- Mercado Monetário


É o mercado que envolve as operações de curto e curtíssimo prazos, proporcionando um controle
ágil e rápido da liquidez da economia e das taxas de juros básicas pretendidas pela política econômica das
autoridades monetárias. Nele são financiados as necessidades momentâneas de caixa dos bancos comerciais
e do Tesouro Nacional. É onde ocorrem as operações de mercado aberto 1 e permite que o Banco Central
execute a política monetária através da negociação de papeis emitidos por ele. O Tesouro Nacional emite
títulos neste mercado visando financiar o orçamento público. Além disso, Estados e Municípios emitem
diversos títulos públicos neste mercado. São ainda negociados no mercado monetário os certificados de
depósitos interfinanceiros (CDI), exclusivamente entre instituições financeiras, e títulos de emissão privada,
como o certificado de depósito bancário (CDB) e debêntures.
2.3 Mercado de Capitais
O mercado de capitais abrange o conjunto de transações para transferências de recursos financeiros
entre agentes poupadores e investidores, com prazo médio, longo ou indefinido. É uma relação financeira
constituída por instituições e contratos que permite que poupadores e empresas demandantes de capital de
longo prazo realizem suas operações.
A existência de um mercado de capitais ativo sinaliza o estágio de desenvolvimento de uma
economia, pois pessoas, empresas, e instituições passam a ter maiores oportunidades de investimento e, as
empresas, fontes permanentes da captação de recursos financeiros. Além disso, a participação no mercado
de capitais permite às organizações a obtenção de recursos a um custo competitivo, uma vez que elas
1
Mercado aberto (open market) é o mercado no qual o Banco Central, de cada país, regula o fluxo de moeda comprando e
vendendo seus títulos.
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poderão captar externamente através de emissão ações e de títulos de dívida, o que reduzirá a dependência
dos financiamentos de curto prazo, de financiamento bancários caros ou mesmo da geração interna de
recursos (os quais nem sempre são suficiente para atingir os níveis de expansão desejados).
Os principais títulos negociados no mercado de capitais são os títulos de dividas (debêntures) e as
ações.
2.4- Mercado de Câmbio
É aquele que envolve a negociação de moedas estrangeiras e as pessoas interessadas em movimentar
essas moedas. No Brasil, as operações de câmbio não podem ser praticadas livremente e devem ser
conduzidas através de um estabelecimento bancário autorizado a operar com câmbio. Os elementos que
participam do mercado de câmbio se dividem nos que produzem divisas e nos que recebem divisas. O que
produzem são: os exportadores; os devedores de empréstimos e investimentos; os turistas estrangeiros; os
que recebem transferências do exterior. Os que recebem são: os importadores; os devedores de
empréstimos que remetem ao exterior o principal e os juros; os tomadores de investimentos que remetem ao
exterior os rendimentos do capital investido (lucros/dividendos); os que fazem transferências para o
exterior.
O Mercado de Câmbio no Brasil está oficialmente dividido em:
Mercado de Câmbio de Taxas Livres (Dólar Comercial) – destinado às operações de câmbio em geral,
enquadrando neste segmento as operações comerciais de exportação/importação e as operações
financeiras de empréstimos e investimentos externos bem como o retorno ao exterior de remunerações
destas operações.
Mercado de Câmbio de Taxas Flutuantes (Dólar Flutuante) – enquadrar neste segmento as operações de
compra e venda de câmbio a clientes e outras operações entre instituições financeiras.
3 Sistema Financeiro Nacional
Uma conceituação bastante abrangente de sistema financeiro poderia ser a de um conjunto de
instituições que se dedicam, de alguma forma, ao trabalho de propiciar condições satisfatórias para a
manutenção de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores. O mercado financeiro - onde se
processam essas transações - permite que um agente econômico qualquer (um indivíduo ou empresa), sem
perspectivas de aplicação, em algum empreendimento próprio, da poupança que é capaz de gerar, seja
colocado em contato com outro, cujas perspectivas de investimento superam as respectivas disponibilidades
de poupança. A estrutura do sistema financeiro pode ser dividido em dois tipos de instituições: as
instituições normativas e as instituições operativas. As instituições normativas estabelecem as normas e/ou
zelam pelas normas e as instituições operativas operam a intermediação financeira.
3.1- Autoridades monetárias ou instituições normativas
Conselho Monetário Nacional (CMN) - órgão normativo responsável pela fixação das diretrizes da política
monetária creditícia e cambial do País. As principais atribuições do CMN são as seguintes: autorizar a
emissão de moeda; fixar diretrizes e normas da política cambial; disciplinar o crédito; determinar taxas de
compulsório; regulamentar operações de redesconto; estabelecer normas para as transações com títulos
públicos; regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições financeiras que
operam no país.
Banco Central do Brasil (BC ou Bacen) – atua como órgão executivo central do sistema financeiro,
cabendo-lhe a responsabilidade de cumprir e fazer cumprir as disposições que regulam o funcionamento do
sistema e as normas expedidas pelo CMN. São de sua competência as seguintes atribuições: emissão de
moeda nas condições e limites autorizados pelo CMN; receber recolhimentos compulsórios; realizar
operações de redesconto e empréstimos a instituições financeiras com problemas de liquidez; regular a
execução dos serviços de compensação; emitir títulos do BC; exercer controle do crédito; exercer
fiscalização sob as instituições financeiras; autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinâmica
operacional, de todas as instituições financeiras; controlar o fluxo de capital estrangeiro
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – É o órgão normativo do sistema financeiro especificamente
voltado para o desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do mercado de valores mobiliários não
emitidos pelo sistema financeiro e pelo Tesouro Nacional, basicamente o mercado de ações e debêntures. O
fortalecimento do Mercado de Ações é o objetivo final da CVM. Seus objetivos fundamentais são:
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Estimular a aplicação de poupança no mercado acionário; assegurar o funcionamento eficiente e regular das
bolsas de valores e instituições auxiliares que operem neste mercado; proteger os titulares de valores
mobiliários contra emissões irregulares e outros tipos de atos ilegais que manipulem preços de valores
mobiliários nos mercados primários e secundários de ações; fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e
a negociação de títulos emitidos pelas sociedades anônimas de capital aberto.
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) – É o órgão normativo do sistema financeiro
especificamente voltado para o desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do mercado de seguros
privados.
Secretaria de Previdência Complementar (SPC) – É o órgão normativo do sistema financeiro
especificamente voltado para o desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do mercado de previdência
complementar (aposentadoria), como os fundos de pensão.

3.2- Instituições Financeiras Operativas


Estas instituições constituem a base do sistema monetário, e realizam a intermediação financeira.
Bancos Comerciais (BC) – seu objetivo básico é proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos
recursos necessários para financiar, a curto e médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras
de serviços e as pessoas físicas.
Caixas Econômicas (CE) – Equiparam-se, em certo sentido, aos bancos comerciais, pois podem captar
depósitos à vista, realizar operações ativas e efetuar prestação de serviços, embora basicamente dirigidas às
pessoas físicas. Sua atuação está dirigida à centralização do recolhimento e à posterior aplicação de todos
os recursos oriundos do FGTS.
Bancos de Desenvolvimento (BD) – o BNDES é o principal agente do Governo para financiamentos de
médio e longo prazo aos setores primário, secundário e terciário.
Bancos de Investimento (BI) – Foram criados para canalizar recursos de médio e longo prazos para
suprimento de capital fixo ou de giro das empresas. Seu objetivo maior é o de dilatar o prazo das operações
de empréstimos e financiamento, sobretudo para fortalecer o processo de capitalização das empresas,
através da compra de máquinas e equipamentos e da subscrição de debêntures e ações.
Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (Financeiras) – sua função é financiar bens de
consumo duráveis por meio do popularmente conhecido “crediário” ou crédito direto ao consumidor.
Sociedades Corretoras (CCVM) – são instituições típicas do mercado acionário, operando com compra,
venda e distribuição de títulos e valores mobiliários (inclusive ouro) por conta de terceiros. Elas fazem a
intermediação com as bolsas de valores e de mercadorias.
Sociedades de Arrendamento Mercantil (Leasing) – em linhas gerais, a operação de leasing se assemelha a
uma locação tendo o cliente, ao final do contrato, as opções de renová-la, de adquirir o equipamento pelo
valor residual fixado em contrato ou de devolvê-lo à empresa.
Associações de Poupança e Empréstimo (APE) – São fundações, cooperativas e outras formas associativas
para a construção ou aquisição da casa própria sem finalidade de lucro, constituem-se obrigatoriamente sob
forma de sociedades civis, restritas a determinadas regiões, sendo de propriedade comum de seus
associados.
Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI) – estas sociedades foram criadas pelo Governo para financiar o
mercado imobiliário, utilizando a caderneta de poupança como instrumento de captação. Suas operações
ativas concentram-se em financiamentos imobiliários diretos ao mutuário final ou através da abertura de
crédito a favor de empresários para empreendimentos imobiliários.
Bancos Múltiplos - Os bancos múltiplos como o próprio nome diz, permite que algumas dessas instituições
financeiras mantenham as funções de varias instituições em separado, com as vantagens de contabilizar as
operações como uma só instituição. As carteiras de um banco múltiplo envolvem carteira comercial,
carteiras de investimento, carteira de crédito imobiliário, carteira de aceite e carteira de desenvolvimento.
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Mais recentemente foi incluída a carteira de leasing. Ele deve possuir pelo menos duas das carteiras
mencionadas, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento.

Bibliografia
 Princípios de Administração Financeira – Essentials of Corporate Finance, de Stephen A. Ross. São
Paulo: Atlas, 1998.
 Princípios de Administração Financeira. Laurence GITMAN. São Paulo: Habra, 1997.
 Mercado Financeiro, de Alexandre Assaf Neto. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2001.
 Administração Financeira – Princípios, Fundamentos e Práticas Brasileiras, de Lemes Junior,
Miessa Rigo e Szabo Cherobim. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
 Mercado de Capitais, de Cavalcante Filho e Misumi, CNBV. Rio de janeiro: Campus, 2002. 373 p.
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QUESTÕES DE FIXAÇÃO 2
1) Conceitue mercado financeiro e comente sobre seus vários agentes. Como eles interagem? Dê exemplos.
Classifique o mercado financeiro. Cite exemplos de produtos de investimento e de financiamento.
2) Como o mercado entende uma redução na taxa de juros básica da economia?
3) Qual a importância do controle das taxas de câmbio para a economia?
4) Qual a diferença entre o mercado monetário e o mercado de capitais?
5) O que se entende por taxas de juros? O que deve ser remunerado por uma taxa de juros?
6) Dentre as instituições financeiras que operam com financiamento a longo prazo no país, temos dois
segmentos distintos : a) bancos b) operadores do mercado de capitais. Em sua opinião qual o papel do
Sistema Financeiro Nacional no desenvolvimento da vantagem competitiva de nossas empresas no mercado
internacional? Como você entende o papel do Banco do Brasil, do BNDES e da Caixa Econômica Federal
como bancos especiais do sistema, pois operam tanto no sistema normativo, como no mercado financeiro,
captando e concedendo empréstimos?
7) Conceitue mercado de capitais, mercado de ações e companhia aberta.
8) Quais são e o que são valores mobiliários mais usuais no mercado de capitais?
9) O que são as bolsas de valores e as sociedades corretoras?
12) Quais são os fatores determinantes no custo de capital das fontes de financiamento? Em sua opinião,
qual deles é o mais relevante? Por quê?
13) Por que a captação de recursos financeiros de longo prazo é tão crítica no Brasil? Quais são os fatores
que mais contribuem para as altas taxas de juros cobradas no país? Como o BNDES é uma exceção dentre
os bancos nos empréstimos de longo prazo? Como a globalização deixa as empresas brasileiras mais
vulneráveis ainda com a desvantagem competitiva advinda das altas taxas de juros praticadas no país?
Como você entende a ida das maiores empresas brasileiras captar recursos na Bolsa de Nova York?
16) Porque o BNDES é considerado o principal instrumento de execução da política de investimento do
Governo Federal? Por que o BNDES é considerado a maior fonte de financiamento de longo prazo do
Brasil e uma das maiores do mundo? Qual sua opinião sua opinião sobre os objetivos do BNDES? Estão
sendo atingidos? É isto que os empresários devem esperar dele? E a sociedade? Você é favorável a que o
BNDES financie multinacionais nos processos de privatização? Justifique sua opinião.

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Extraído do livro Administração Financeira – Princípios, Fundamentos e Práticas Brasileiras, de Lemes Junior, Miessa Rigo e
Szabo Cherobim. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
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RESPOSTAS DAS QUESTÕES DE FIXAÇÃO


1) Mercado financeiro é a reunião das instituições financeiras capazes de intermediar recursos, ou seja,
captar recursos dos agentes superavitários (aqueles com recursos excedentes) para transferi-los aos agentes
deficitários (aqueles com falta de recursos). Por exemplo, os bancos captam recursos por meio do CDB e
emprestam para capital de giro das empresas, por meio de desconto de duplicatas.
Produtos de investimento: CDI (certificado de depósito interbancário), CDB (certificado de depósito
bancário), Export Notes, cadernetas de poupança, títulos públicos, letras e notas do tesouro Nacional, letras
e bônus do Banco Central.
Produtos de financiamento: desconto de duplicatas e notas promissórias, hot money, leasing financeiro –
arrendamento mercantil, CDC (crédito direto ao consumidor), contas garantidas cheque especial, Vendor
finance, operação 63.
2) As taxas de juros menores refletem a maior credibilidade dos investidores na manutenção do equilíbrio e
mesmo no crescimento econômico.
3) Manter a paridade de compra da moeda nacional em relação à moeda estrangeira e a competitividade em
preço do produto nacional a ser exportado; controlar os custos dos produtos importados; equilibrar a
balança comercial e o balanço de pagamentos; e controlar as taxas de juros pagas aos investidores
estrangeiros e aos credores internacionais.
4) O prazo das dívidas. Mercado monetário refere-se a títulos com vencimento antes de um ano. Mercado
de capitais refere-se a títulos de longo prazo e ações de empresa.
5) Taxa de juros é o índice, ou o percentual de um montante emprestado, pago a título de remuneração pela
operação. O que deve ser remunerado por uma taxa de juros é o risco, sendo este referente ao custo do
dinheiro, à expectativa da inflação, à possibilidade de inadimplência por parte do tomador do empréstimo, à
negociabilidade do título em mercado secundário e ao risco de as taxas de juros virem a mudar ao longo do
período do empréstimo.
6) O papel do sistema financeiro nacional é auxiliar as empresas na captação de recursos mais acessíveis,
facilitar o encontro dos poupadores e investidores com os tomadores de recursos, atuar no sistema
normativo financeiro e inserir o Brasil no cenário financeiro internacional. São bancos que, pela sua
natureza (ligados ao Estado), tem como objetivo primeiro alavancar o desenvolvimento econômico do país,
por isso é fundamental que atuem no sistema normativo, determinando as regras para a realização das
operações financeiras e, ao mesmo tempo, atuem no mercado financeiro a fim de facilitar o acesso de
empresas à financiamentos de longo prazo.
7) Mercado de capitais: Abrange o conjunto de transações para transferencia de recursos financeiros entre
agentes poupadores e investidores, com prazos médio e longo indefinido. Ou seja, é uma relação financeira
constituída por instituições e contratos que permitem que os poupadores e empresas demandantes de capital
de longo prazo realizem suas operações.
Companhias abertas: São aqueles que possuem ações e/ou debêntures negociadas junto ao público em
bolsas de valores ou mercado de balcão
Mercado de ações é um seguimento de mercado de capitais que envolvem a colocação primaria de ações
emitidas pelas empresas e a negociação secundária das ações em circulação.
8) Ações, bônus de subscrição e debêntures.
9) Bolsas de valores são instituições civis sem fins lucrativos e com função de interesse público e seu
principal objetivo é manter local ou sistema de negociação eletrônica adequada para as negociações de
compra e venda de títulos nelas registrados. Sociedades corretoras são instituições financeiras que
compram, vendem e distribuem títulos e valores mobiliários por conta própria ou de terceiros.
12)
 Condições gerais da economia
 Condições de mercado
 Decisões operacionais e financeiras da empresa
 Volume de recursos a serem financiados.
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O fator mais relevante é as decisões operacionais e financeiras das empresas, pois através delas é que o
administrador financeiro pode atuar obtendo retornos quanto a credibilidade junto ao mercado financeiro e
de capitais. Através dessas decisões o administrador conduz os rumos da empresa, pois qualquer decisão
errada, ou até mesmo precipitada, poderia onerar a empresa perante o mercado tornando cada vez mais
difícil a alavancagem de qualquer projeto, ou até mesmo refinanciamentos.
13) Porque a taxa de juros, que é o principal custo de captação, é muito alta no Brasil. O aluno pode
destacar também o aspecto da restrita capacidade da análise de fontes de financiamento de longo prazo por
parte das empresas brasileiras. Os fatores que contribuem para que a taxa de juros no Brasil seja alta são: os
altos níveis de inflação, as políticas fiscais instáveis e pouco responsáveis, a taxa de câmbio real instável, a
excessiva abertura econômica sem salvaguardas apropriadas, o baixo nível de poupança interna, as baixas
taxas de crescimento e um sistema financeiro insuficientemente regulado. Outros fatores relevantes são os
altos percentuais de depósitos compulsórios sobre os depósitos à vista e a prazo dos bancos, e a
contribuição provisória sobre movimentação financeira (CPMF). O BNDES consegue ser uma exceção
entre os bancos que oferecem financiamento de longo prazo pelo seu objetivo, que é operacionalizar as
políticas públicas de apoio ao desenvolvimento empresarial e pelas suas fontes de recursos, que é
basicamente o Estado, o retorno de suas aplicações e os disponíveis no exterior.
A globalização deixa as empresas brasileiras em desvantagem competitiva por trazer empresas
multinacionais com custos financeiros num patamar que as empresas brasileiras não conseguem chegar,
com acesso facilitado aos mercados financeiros internacionais e com domínio da complexidade das
operações de financiamento de longo prazo.
As empresas brasileiras que conseguem negociar na Bolsa de Nova York são favorecidas, pois os bancos
nacionais, que poderiam oferecer financiamento, têm dificuldades na captação de recursos a custos e prazos
adequados às necessidades do mercado.
16) Porque o seu primeiro objetivo é apoiar programas, projetos, obras e serviços que se relacionem com o
desenvolvimento econômico e social do país, isto é, o principal não é o lucro financeiro, ao contrário de outras
instituições. Porque tem vários intermediários financeiros, porque é essencialmente um banco de fomento e porque
tem uma taxa de juros bem favorável à captação de recursos. Os objetivos do BNDES são fundamentais para que as
empresas brasileiras tenham profissionalização e competitividade e para amenizar as conseqüências da abertura
econômica e da globalização. Os objetivos do BNDES são atingidos à medida que as empresas e os empreendedores
brasileiros buscam esta fonte de financiamento e, assim, colaboram com o desenvolvimento do país.
Acho que o BNDES não deveria financiar multinacionais e sim procurar empresas brasileiras que, através do
financiamento, atenderiam as áreas estratégicas que as multinacionais querem atuar e para que o patrimônio, ao
deixar de ser estatal, não deixasse de ser brasileiro.
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Anexo 1 – Estrutura do Sistema Financeiro Nacional


Bancos Múltiplos com Carteira Comercial
Órgãos de Regulação e Fiscalização
Instituições
Financeiras
Bancos Comerciais
Captadoras de
Depósitos
à Vista Caixas Econômicas
Cooperativas de Crédito

Bancos Múltiplos sem Carteira Comercial


Bancos de Investimento

Bancos de Desenvolvimento
Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento
Demais
Banco Central do Brasil Instituições Sociedades de Crédito Imobiliário
Financeiras
Companhias Hipotecárias
Associações de Poupança e Empréstimo

Agências de Fomento
Sociedades de Crédito ao Microempreendedor
Comissão
de Valores Mobiliários Bolsas de Mercadorias e de Futuros
CMN
Bolsas de Valores
Conselho
Monetário Sociedades Corretoras de Títulos e Valores
Nacional Mobiliários
Outros intermediários Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores
ou Auxiliares Mobiliários
Financeiros
Superintendência Sociedades de Arrendamento Mercantil
de Seguros Privados
Sociedades Corretoras de Câmbio
Representações de Instituições Financeiras Estrangeiras

Agentes Autônomos de Investimento


Entidades Fechadas de Previdência Privada

Entidades Ligadas aos Entidades Abertas de Previdência Privada


Sistemas de
Sociedades Seguradoras
Secretaria de Previdência
Previdência e Seguros Sociedades de Capitalização
Complementar
Sociedades Administradoras de Seguro-Saúde
Fundos Mútuos
Administração Clubes de Investimentos
de Recursos de
Terceiros Carteiras de Investidores Estrangeiros
Administradoras de Consórcio

Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC


Sistemas de
Central de Custódia e de Liquidação Financeira de
Liquidação
Títulos - CETIP
e Custódia
Caixas de Liquidação e Custódia

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