Ortopedia e Traumatologia - P1fisio Fisio
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Fraturas
g) Deslocamento
Define-se como a quebra da continuidade do
h) Galho verde
osso, levando a uma perda mecânica.
i) Flutuante: articulação sem sustentação
a) Osteoblasto: célula mesenquimal -
periósteo (porção celular, fibrosa e
Complicações na consolidação
vascularizada)
a) Retardo de consolidação: ocorre em
b) Osteócito: osteoblasto maduro
10% das fraturas
c) Osteoclasto: reabsorção óssea
b) Consolidação viciosa: se consolida de
modo errado, torto
Classificação de fraturas c) Pseudoartrose: fica de 6-8 meses sem se
a) Traumática: trauma mecânico e leva a consolidar
incapacidade d) Infecções: osteomielite - mais comum
- Direta: Fratura no local do em fratura aberta
trauma, lesão de tecido e) Síndrome comportamental: pressão no
adjacente osso que impede a vascularização e
- Indireta: Fratura em local inervação
diferente ao trauma f) Síndrome de dor regional: mais comum
b) Patológica: Enfraquecido por uma em mulheres, atinge punho ou antebraço
doença, não suporta a carga corporal - Fase primária: inflamatória
c) Estresse: Sobrecarga repetitiva, mais - Fase secundária: lesão nervosa
comum em tíbia seguido de fêmur e
Consolidação óssea
metatarso
Fases da consolidação
d) Exposição
INFLAMAÇÃO - CALO MOLE - CALO
- Aberta: Rompe a pele e outros
DURO - REMODELAÇÃO
tecidos moles, pode levar a
a) Inflamação: sangue coagula formando
infecção
um hematoma
- Fechada: Não rompe a pele
b) Calo mole: vaso sanguíneo cresce na
e) Localização
fratura, vai servir como uma ponte para
- Diafisária: No meio do osso
a deposição da matriz óssea,
- Metafisária: Na placa epifisária
angiogênese e aumento da célula
- Epifisária: Na epífise
mesenquimal.
- Intra-articular: Superfície
c) Calo duro: ossificação do calo, mas não
articular
estável, tecido condral se calcifica e
f) Extensão
invade o canal medular.
- Completa: atravessa o osso
d) Remodelação: osteoclasto tira o excesso
- Incompleta: rompe só uma parte
do calo, vai reforçar a matriz óssea
Morfologia ou tipo de fratura Pode ocorrer por dois meios:
a) Transversa a) Primário: ocorre por contato, não terá
b) Avulsão: ligamento ou tendão tira um formação de calo mole uma vez que não
pedaço do osso precisa de ponte, já que as duas partes
c) Espiralada: ao longo da diáfise (torção) do osso estão “juntas”; fixação absoluta,
d) Oblíqua por isso se utiliza de gesso ou tala;
e) Achatamento osteoclasto vai se projetar para formar
canais de Havers, que ajudam na
vascularização. SEMPRE manter o movimento ativo, uma vez
b) Secundário: ainda há pequena que este vai:
movimentação, por isso se forma o calo - Melhorar a circulação - perfusão
mole, já que será necessário a formação sanguínea
de um ponte uma vez que os dois ossos - Melhorar a articulação - líquido sinovial
não estão conectados. - Minimizar a perda de força
- Diminuir a contração isométrica
Lei de Wolff: o osso responde ao estresse protetora (ponto gatilho - dores
Classificação do osso longo secundárias)
Manter a funcionalidade (ver quais movimentos
Traço Cunha Complexa
são utilizados para o dia-a-dia)
simples
*Fratura fechada é mais comum e melhor para o Tratamento por fixação externa
prognóstico, já as abertas podem infeccionar, Tratamento agudo quando há lesão extensa
consolidar viciosamente e acarretar de tecidos moles, antes da fixação definitiva ou
comprometimento cardiovascular. na reconstrução de condições pós-traumáticas
Tratamento conservador complexas. Podem levar a problemas de
Se faz o alinhamento do foco da fratura, levando vascularização e serve para fraturas
a possibilidade de micromovimentos, com a multi-fraturas (cominutivas).
imobilização (tala, gesso - síndrome Tecido mole agredido - osso fraturado -
compartimental em relação a condição fixação externa - recuperação do tecido mole -
circulatória e neurológica). Não é necessário alinhamento do osso - cirurgia
cirurgia e deve ser realizado somente em fraturas a) Parafusos: estabilidade absoluta,
estáveis. compressão da fratura articular parcial
Mais realizado em clavícula, tíbia e úmero. com um parafuso, a rosca vai tracionar o
*Naturalmente estável: sem contração muscular fragmento oposto em direção ao
que altera a posição da fratura. parafuso.
b) Placa de compressão: se coloca uma
Complicações: redução de mobilidade articular
haste ao longo do osso a perfurando com
por utilização (não ocorre produção do líquido
parafusos que criam uma pressão
sinovial - perda de força muscular); úlcera por
fazendo as duas partes do osso se
pressão; redução da matriz celular - fibra
conectarem.
colágena se torna mais aproximada, ficando
c) Placas + parafusos: junção das duas
desorganizada; perda do comprimento muscular
anteriores. Serve para fraturas do colo
(consequência indireta ao local da fratura).
femoral, trocantéricas e côndilo femoral.
d) Banda de tensão: se coloca fios em Pós-operatório: pensar nas possíveis lesões que
extremidades opostas que puxam as possam ocorrer nas partes moles. Realizar
partes por tensão, as conectando. treinos de mudança de decúbito e atenção aos
sinais de hipotensão ortostática, aumento da base
Encavilhamento (haste) intramedular de apoio e muleta para espalhar a carga.
Tratamento padrão para diáfise do fêmur, tíbia e - Prevenção de lesões por pressão,
úmero. Não realiza a abertura do local, insere o TVP/TPE e minimizar edema: elevar
implante ao longo do eixo da carga mecânica membros e movimentos ativos do
levando à compartilhamento precoce de carga tornozelo e crioterapia.
para permitir a marcha. Cuidado com a - Prescrição de dispositivo auxiliar de
embolização pulmonar. marcha: treinar para o uso correto,
orientações dos exercícios para serem
realizados em casa.
Atuação fisioterapêutica
Fatores biológicos + fatores psicológicos + Fraturas de fêmur
fatores sociais Diáfise de fêmur: haste intramedular, descarga
Alguns dos fatores relevantes para a recuperação precoce, preserva tecido mole. SEMPRE
da capacidade funcional são: considerar a musculatura abdutora na
- Capacidade de deambulação antes da reabilitação. Avaliar de forma funcional,
fratura progredir carga para fortalecimento, estimular
- Estabilidade clínica exercícios ativos. Educar sobre o medo de se
- Alteração de cognição mover e a importância do movimento precoce.
- Infecção
- Lesões graves de partes moles Fraturas proximais de fêmur: 90% são
decorrentes de queda e possuem alta
*Tabagismo e corticoide retardam a mortalidade. Colo femoral, transtrocantérica e
consolidação óssea, assim como anticoagulante subtrocantérica são os mais comuns.
pode acarretar em trombose venosa e O tratamento conservador possui uma indicação
antiinflamatório em problemas na cicatrização. limitada, em foco nos pacientes com problemas
A idade também é um fator importante já que o cardíacos ou psiquiátricos.
metabolismo estará devagar, o que leva a
problemas na cicatrização e sarcopenia Fraturas do colo de fêmur:
(dificuldade na consolidação). - Fratura sem desvio: parafuso canulado
- Fraturas com desvio: parafuso deslizante
Avaliação fisioterapêutica: dor, edema, ADM, + placa de compressão, pode levar a
força muscular, capacidade de realizar atividades necrose avascular da cabeça femoral
diárias.