(Livro 1) Química - 240223 - 104032

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Sinopse

Faz tempo desde a última transa de Emily. E o último relacionamento?


Foi há tanto tempo que ela mal se recorda. O que significa que está na
hora de um ter um caso bem picante. Emily está preste a conhecer
alguém que vai deixá-la em chamas.
Classificação etária: 18+
Autor não informado

Livro sem Revisão


E-book Produzido por: Galatea Livros e SBD
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Livro Disponibilizado Gratuitamente! Proibida a Venda


Livro 1
Capítulo Um
EMILY

Eu me jogo na cama e olho para o teto.


Merda. O que há de errado comigo?
Erguendo minha mão para sentir meus mamilos endurecendo, não
consigo entender por que diabos estou me sentindo tão inquieta.
Sério. Pare de pensar. Pare de se tocar. Apenas pare!
Eu estava na praia.
Nicole implorou por minha companhia e eu nunca conseguia dizer
não para minha melhor amiga. De qualquer forma, nada a impedia de
concretizar seus planos, nem mesmo o fato de que eu deveria me
encontrar com meu chefe hoje.
Assim que chegamos à praia, Nicole jogou a bolsa na areia e tirou a
blusa rosa antes de empurrar para baixo a minissaia branca.
— O que você está esperando? Vamos nadar! — Nicole disse
impaciente e começou a puxar meu vestido tomara que caia para baixo.
Ela sabe que sou um pouco insegura quando se trata do meu corpo.
Não importa quantas vezes as pessoas digam que sou bonita. Ainda sinto
que alguém está olhando para minhas falhas e fazendo anotações.
Celulite? Confere.
Seios que poderiam ser maiores? Confere em dose dupla.
Corpo escultural? Item não encontrado.
Ugh. Revirar os olhos? Confere.
Tenho malditos vinte e nove anos e ainda tenho problemas com o
meu corpo. Eu me amo, não me entenda mal. Só que alguns dias eu
simplesmente não gosto do que vejo no espelho, sabe?
— Oh, pare com isso! Você está linda! Eu mataria para ter essas
pernas! — Nicole cruzou os braços por um segundo e sorriu. Ela segurou
meu rosto e me olhou diretamente nos meus olhos verde-oliva.
— Preciso te dar um tapa?
— Eu te odeio. — Eu sorri.
— Só porque estou certa — Sim. Ninguém me conhece melhor do que
minha amiga de infância Nicole.
— Alex acabou de enviar uma mensagem. — Mudei de assunto
enquanto colocava meu telefone de volta na minha bolsa. — Ele estará
aqui em uma hora. Tenho uma reunião com meu chefe em algumas
horas, então tudo bem se eu for embora quando ele chegar?
Nicole revirou os olhos. — Por que você precisa se encontrar com seu
chefe? Ele geralmente não liga?
— Eu acho que a Villa Pascoal será alugada por um mês. Talvez ele
precise me dar alguns detalhes sobre o que os inquilinos precisam.
Tenho o que muitos consideram o trabalho mais estranho. Bem, nem
eu realmente consigo explicar. Eu sou praticamente uma recepcionista
de hotel, exceto que não é um hotel. É um monte de casas e vilas.
Meu chefe, Sr. Torres, um advogado aposentado de setenta e oito
anos, tem dezenas de casas e vilas que ocasionalmente aluga.
Ganhando dinheiro sem mover um dedo. Isso é o que as pessoas pensam
que ele faz.
Meu trabalho é fazer o que for preciso para manter a propriedade em
boas condições para os inquilinos e fazer com que eles se sintam em casa.
Já estou neste emprego há cinco anos e raramente vejo o Sr. Torres
pessoalmente. Sei que ele confia em mim e geralmente só conversamos
por telefone antes da chegada de novos inquilinos.
— Isso significa que Alex vai me dar uma carona para casa? Merda,
Em, você sabe o que aquele Colorado Z71 faz comigo!
Eu sorri porque sabia que ela não estava falando sobre a caminhonete.
— Sim, você se certificou de que eu soubesse! Você vai me agradecer mais
tarde, depois que aquela sua libido matar a sede dela!
Sim. Ela vai me agradecer mais tarde e com certeza vai me contar sobre
todas as maneiras como Alex a fodeu naquela caminhonete. Ugh. Eu preciso
de um amigo colorido como Alex.
Sem pensar duas vezes, Nicole pulou na água.
Continuei caminhando ao longo da costa, sentindo arrepios toda vez
que uma onda batia em meus tornozelos.
— A água está uma delícia, Em!
A energia positiva de Nicole era tão contagiosa que respirei fundo,
fechei os olhos e mergulhei na água.
Merda. Está muito fria. Sua mentirosa maldita, Nicole.
Enquanto eu estava subindo para respirar, senti meu rosto bater
abruptamente em algo duro. Coloquei minhas mãos para frente para que
meu peito não batesse também, e então percebi que minhas palmas
estavam contra um peitoral nu tatuado.
Eu acabei de gemer?
Eu não sabia quanto tempo havia se passado, mas eu estava apenas
olhando, enquanto minhas mãos ainda estavam naquele peitoral tatuado
duro, surpresa com o quão macia aquela pele era e sentindo o quão
quente minhas mãos estavam ficando.
Puta merda! Minha vagina acabou de descongelar!
Minhas mãos começaram a deslizar para baixo, e meus olhos
percorreram cada centímetro daquela pele beijada pelo sol até que senti
minha cintura sendo segurada, e meu corpo inteiro rapidamente foi
empurrado para cima e para trás contra uma onda.
O que...?
Perdendo o equilíbrio ao tentar me endireitar, olhei para cima.
Este homem lindo acabou de me empurrar?
— Isso foi desnecessário! — Eu parecia irritada porque realmente
estava, mesmo que o homem parado na minha frente fosse
provavelmente o homem mais atraente que eu já estive tão perto.
O azul em seus olhos combinava com a cor do céu. O cabelo castanho
escuro os destacava ainda mais.
Santo Deus! O que aqueles lábios poderiam fazer comigo! Mmmm...
Merda.
O pensamento de que ele tinha me afastado dele porque obviamente
não estava interessado passou pela minha cabeça. Então, instintivamente
ataquei antes de mostrar qualquer tipo de constrangimento.
Mecanismo de defesa: ativado.
— Sou muito capaz de me afastar, muito obrigada! Não precisa me
empurrar!
Idiota. Sexy pra caralho, idiota. Ugh.
Ele fechou a boca com a mesma rapidez com que a abriu. Eu podia ver
seu pomo de adão subindo e descendo enquanto ele erguia a mão direita
para alisar o cabelo para trás.
Pare de olhar, Emily. Pare. De. Olhar.
Ele não pareceu se importar com o que eu tinha acabado de dizer e
apenas olhou para mim enquanto eu franzia a testa e me virava para
caminhar de volta para a costa.
— O que acabou de acontecer? — Nicole voltou a ser seu eu
romântico, o tipo pervertido de romântico—você não notaria se não a
conhecesse.
— Ele pediu o seu número? Ele deu o número dele? Qual é o nome
dele? Aquele abdômen era muito duro?
Nicole estava toda contente, e tenho certeza de que ela estava olhando
para ele, medindo-o, e olhando de volta para mim.
— Nic! Por favor! — Voltei para minha toalha e Nicole não conseguia
deixar de lado.
— Já faz muito tempo, Em. Se você não se permitir conhecer um cara,
mesmo que seja apenas para se divertir, então talvez eu faça isso com
minhas próprias mãos para te ajudar.
— Nic. Foi constrangedor, está bem? — Eu deito na toalha. — Foi um
acidente e quase não nos falamos. Bem, ele realmente não falou. Nada.
Ele não disse uma palavra. Nenhuma. Eu sou tão desagradável assim?
Idiota.
Assim que fechei os olhos, senti meu corpo ser pressionado contra a
toalha.
— Alex! Que diabos?
Depois de beijar minha testa, Alex deu um pulo e repetiu o ataque a
Nicole. Sempre que os vejo juntos, não posso deixar de desejar que eles
fossem mais do que amigos coloridos.
Só Deus sabe como tentei convencê-los a se tomarem namorados!
Conheço Alex desde que cheguei aqui. Ele foi o primeiro cara que
conheci neste lugar e, embora no início eu tivesse considerado ficar com
ele, percebi que seríamos melhores como melhores amigos.
Vamos ser honestos. Não foi fácil. Com aqueles olhos azuis, cabelo
loiro arenoso, corpo musculoso, um metro e noventa, combinado com
uma personalidade descontraída incrível definitivamente me fez
questionar essa situação.
Acontece que, só porque um cara é extremamente gostoso, isso não
faz dele o seu tipo. O que quer que isso signifique.
Então, esse é Alex. Meu amigo não-meu-tipo-extremamente-gostoso.
— Consegui convites para aquela Festa de Máscaras em Preto e
Branco! — Ele sorriu para nós duas e piscou para Nicole.
Claro que ele conseguiu. Ele é o dono da maldita boate...
— E você — —Nicole semicerrou os olhos para mim... — vai transar esta
noite!
Suspiro.
— Já faz tanto tempo, hein? — Alex disse, rindo e olhando para mim.
— Calem a boca, vocês dois. — Eles estão certos. Já faz muito tempo. —
Preciso me encontrar com meu chefe em cerca de uma hora, então vou deixar
vocês agora.
— Esteja pronta às nove da noite! — Alex disse enquanto pegava
Nicole no estilo noiva e caminhava em direção à água.
— Vou para sua casa cedo para nos arrumarmos lá! — Nicole gritou
antes de ser jogada na água com os braços ainda em volta do pescoço de
Alex.
Eu amo aqueles dois.
Então, é isso. Aqui estou eu, olhando para o maldito teto, tocando um
mamilo com minha mão esquerda e movendo lentamente minha mão direita
para baixo na minha barriga, sob a bainha da parte inferior do meu biquíni.
Por que não consigo tirar esse cara da minha mente? Por que diabos
eu tive que tocar seu maldito peitoral delicioso?
Por que diabos ele não me agarrou lá e me beijou e me envolveu como
se eu fosse a última mulher na Terra?
Libido 1 - Cérebro 0
Ugh. Eu preciso de um banho. E disso que eu preciso. Eu não preciso
fantasiar sobre um cara que não mostrou interesse em mim e
literalmente, literalmente, me jogou for a como um frisbee indesejado!
Libido 1 - Cérebro 1
Nicole está certa. Eu preciso transar. Não consigo nem me lembrar da
última vez que isso aconteceu. E não estou falando de relacionamento.
Não.
Isso foi um ano antes de me mudar para cá, há cinco anos. Desde
então, tenho estado totalmente bem em sair ocasionalmente em alguns
encontros e fazer sexo casual por um tempo. Não que isso aconteça com
frequência.
Bem... Dois caras em cinco anos, para ser exata.
Eu me lembro do último, no entanto. James. Me fez gozar quantas vezes
eu precisasse. Bem, talvez mais algumas vezes do que isso, na verdade. Droga,
sinto falta dessa sensação.
Merda. Eu preciso tanto transar.
Libido 2 - Cérebro 1
Merda.
LIAM

Eu estava lutando para manter minha cintura debaixo d'agua. Eu


queria me aproximar, mas não havia nenhuma maneira de minha ereção
ir a qualquer lugar tão cedo.
Era de se esperar que a porra da água gelada impedisse seu pau de ficar
tão duro. Merda.
Minha respiração estava falhando. Ela estava com as mãos molhadas
em mim e, quando as senti se movendo para baixo, foi tão bom.
Bom pra caralho.
Por um segundo, esqueci onde estava e imaginei que ela abaixaria os
braços e seguraria meu membro.
Eu me imaginei puxando suas pernas em volta da minha cintura,
minha mão agarrando suas bochechas redondas, meus dedos ficando
cada vez mais perto de sua abertura molhada.
Bom. Pra. Caralho.
Eu rapidamente afastei o pensamento. Ela acabou de dizer algo, mas
minha mente estava muito longe para ouvir sua voz.
Por que diabos ela está brava?
Eu a observei sair da água. Era como se ela estivesse andando em
câmera lenta. Sua mão alcançou seu cabelo castanho claro encaracolado
por cima do ombro esquerdo até o seio.
Ela apertou seu cabelo e eu cerrei meus punhos.
Minha nossa.
Tudo que eu podia ver eram gotas de água caindo em seu biquíni,
deslizando por seu seio coberto, e eu imaginei minha língua pegando
cada gota enquanto eu lambia seu mamilo. Gota por gota.
Não. Não vou seguir esse caminho. Estou aqui a negócios. Isso mesmo.
Foco.
Apenas. Uma. Lambida.
MERDA. Eu preciso de uma bebida.
Capítulo Dois
EMILY

Eu tinha razão. O Sr. Torres me chamou para uma reunião para falar
sobre a Villa Pascoal. Era sua vila mais valiosa e requintada.
Cada vez que a vila estava prestes a receber inquilinos, ele sempre me
ligava para que eu pudesse saber como lidar com eles.
A única outra vez que ele me encontrou foi pouco antes do Natal. Ele
fez questão de me dar meu bônus de Natal pessoalmente.
Desta vez, ele queria que eu soubesse que um jovem casal ficaria na
vila por duas semanas.
Elliott, o motorista, já os havia buscado no aeroporto, então não havia
necessidade de eu encontrá-los hoje.
— Tenho certeza de que eles vão querer privacidade, então seus
serviços não serão necessários com frequência. Dito isso, você deve saber
que o Sr. Harding também está aqui a negócios.
— Ele e eu estamos investindo em um projeto que exigirá algumas
reuniões na próxima semana.
— Você gostaria que eu marcasse as reuniões na Sala de Conferências
Menti?
— Sim, querida. Vou garantir que você tenha as datas para que possa
organizar tudo como de costume. Obrigado.
— Mais alguma coisa, senhor?
— Sim. O Sr. Harding se interessou pela área, então você poderia fazer
a gentileza de levar o casal para um passeio de barco com guia no
domingo e mostrar a vista do mar?
— Receio que estou muito velho para entreter um casal tão jovem. Já
me certifiquei de que o iate está pronto. Você receberá o dobro da taxa
diária normal por sua ajuda.
— Claro, senhor.
— Obrigado. Isso é tudo.
Verifiquei minhas mensagens ao sair do escritório e não fiquei
surpresa ao ver que havia cinco mensagens não fidas.
Nic: Eu preciso parar de foder com Alex. OH MEU DEUS! Eu odeio como a caminhonete
dele é confortável!

Sim. A culpa é da caminhonete, garota!


Nic: Vou usar o vestido preto de seda mais sexy esta noite e você vai usar um novo
branco que acabei de comprar.

Oh, senhor.
Nic: Avise quando terminar o trabalho.

Alex: Nic me disse que você conheceu um cara na praia. Avise se você precisar de um
braço direito ou um empata-foda Por que, Nicole? Por quê?
Nic: Você está demorando muito. Peguei sua chave reserva com Alex. Estou indo para
sua casa!

Suspiro.
Quando chego em casa, Nicole começa a dançar ao meu redor, me
mostrando seu vestido novo. É absolutamente incrível; ele a faz parecer
mais alta e ela definitivamente transmite confiança.
Ela me entrega uma caixa. Abro para ver o vestido que ela me deu e,
sem dúvida, é lindo.
— Eu amei! Obrigada, Nic!
— Eu sabia que você iria amar. É a sua cara. Eu não poderia deixar na
loja!
O vestido na altura dos joelhos é simples, ele se agarra à parte superior
do meu corpo e a abertura atrás desce até a parte inferior das minhas
costas, com certeza me faz sentir sexy. Sem sutiã para mim esta noite Seu
corte em linha A toma-o confortável para andar e dançar, e é exatamente
isso que procuro em vestidos.
São quase nove da noite e Nicole está quase terminando de me ajudar
com a maquiagem. Eu não gosto de usar muita. Apenas o suficiente para
aprimorar algumas características e talvez esconder algumas falhas.
— Meus olhos sempre parecem muito mais verdes quando você faz
minha maquiagem, Nic.
— Eu quase não fiz nada, Em. Isso é tudo você! Você é linda, — ela diz
enquanto nos dirigimos para o balcão da minha cozinha para pegar uma
bebida.
Estávamos pegando dois copos de doses quando ouvimos uma batida
na porta.
— Melhor pegar três copos, — Nic diz enquanto recebe Alex. Ele está
vestindo um temo preto perfeitamente ajustado e uma gravata. Ele
poderia estar na capa da GQ todos os meses, e ninguém jamais se oporia
a isso.
— Eu sei que não é a primeira vez que vemos você de temo, mas
caramba, você parece...
— Como um taco gostoso e elegante! — Nic interrompe, e nós dois
rimos. Ela sabe ler mentes.
Alex pisca para Nic e começa a andar em minha direção, olhando para
o meu vestido a cada passo do caminho.
Ele está a centímetros de distância quando para. Ele coloca a mão
direita na minha cintura e sussurra no meu ouvido.
— Explique de novo por que decidimos que nunca ficaríamos?
Capítulo Três
EMILY

— O que Alex disse a você antes de sairmos? Seu rosto ficou vermelho
como um maldito tomate!
Nicole nunca admitirá ter ciúme quando se trata de Alex. Eu podia
ouvir em sua voz, no entanto. Ela estava se esforçando.
— Alex estava apenas sendo Alex. Você conhece o jogo dele. Vamos
apenas dizer que ele estava aumentando meu ego.
— Ugh. Eu sei. Mas falando sério. Eu não posso – continuar transando
com ele. O jogo dele realmente me excita. Como isso é possível? Eu o
vejo se aproximando de outras mulheres e só quero pular nele! Ele é bom
nesse nível!
— Você gosta dele.
— Eu gosto do pau dele. — Nicole diz com naturalidade, deixando
escapar um suspiro que termina em uma risada.
Quando estamos saindo do banheiro da boate, verificamos se as
máscaras uma da outra estão certas e vamos para o bar.
Alex está encostado no balcão, falando com o que só posso descrever
como seu irmão gêmeo perdido. Mesma altura, a cor do cabelo é
ligeiramente mais escura; ele tem lábios incríveis que envolvem um
sorriso delicioso.
Ele está vestindo um temo feito sob medida todo branco com uma
gravata preta que combina com sua máscara.
Nicole e eu estamos indo na direção deles. Eu continuo olhando para
aquele homem, e minha língua desliza ao longo do meu lábio superior
conforme nos aproximamos. Alex coloca a mão nas minhas costas e me
dá uma piscadela.
Sim, ele sabe o que estou pensando.
É melhor ele estar trabalhando em suas habilidades de braço direito esta
noite.
Oh, Alex vai – ajudar essa garota! Eu o sinto suavemente me
empurrando para mais perto daquele homem atraente.
— Esta é minha amiga, Emily. Seja o que for que você precise nesta
cidade, ela é quem tem os contatos.
O homem pega minha mão e a leva aos lábios. Seus olhos castanhos
estão focados nos meus e eu luto para não me contorcer. — Bom saber.
Sou Ryan.
Alex coloca o braço em volta da cintura de Nicole e a apresenta. Ryan,
o Deus da Calcinha Molhada, a cumprimenta da mesma forma.
Aqui estava eu pensando que era especial.
— O que vocês querem beber esta noite? — Ryan pergunta enquanto
sinaliza para o barman.
— Eu quero um gim com tônica, e um Jack com Coca-Cola para Em,
— Nicole pisca para Dave, o barman, que já sabe que não haverá muita
tônica ou Coca-Cola nessas bebidas.
Estamos segurando nossas bebidas quando — Truth Hurts — da Lizzo
começa a tocar. Nicole imediatamente agarra minha mão e a puxa. —
Segurem nossas bebidas, rapazes. Estamos indo para a pista de dança!
Eu adoro dançar, e se for encorajada pelo Sr. Daniels, o que acontece
com mais frequência do que gostaria de admitir, danço até o DJ ir
embora.
Isso não significa que eu sei – dançar; eu simplesmente movo qualquer
parte do meu corpo conforme a música.
Nic e eu dançamos até uma seção da pista que ainda tem espaço para
mais pessoas.
Eu não gosto muito de ter espaço ao meu redor para dançar. Às vezes,
tenho a sensação de que, se não houver mais pessoas bloqueando a visão,
alguém está observando e provavelmente julgando meus passos de
dança.
Ou a falta deles.
Mas isso acontece apenas às vezes e esta noite não é uma delas. Eu
sinto que estou na música, fazendo o teste de DNA, e tudo que consigo é
uísque como resultado do teste.
A sensação é tão boa que até dançamos a música seguinte.
Já dancei duas músicas e meus pés já estão reclamando. Merda de salto
alto. Estou ficando muito velha para isso.
Felizmente, Nicole sinaliza para voltarmos para onde os caras estão.
Por um segundo, eu questiono minha sobriedade porque, em vez de
apenas ver Alex e Ryan, vejo dois outros homens igualmente cativantes
em frente a eles.
Com todo mundo usando máscaras, não é possível se maravilhar com
os seus rostos, mas a maneira como seus temos se agarram a seus corpos,
deixando todas as mulheres saberem que estão em forma... Uau!
— O que é isso? O Comitê de Homens Gostosos?
— Já voltaram? Eu estava gostando bastante de ver as duas dançando.
— Alex morde o lábio inferior e nos entrega outra bebida.
— Oh, eu sei que você estava. E também sei que você não era o único
que estava admirando O olhar de Nicole vai de Alex para os outros três
homens. — Eu sou Nic, e esta é Em, — ela aponta para mim. — E tudo o
que Alex disse a vocês sobre nós é muito possivelmente verdade.
Sim. O gim está fazendo efeito.
Ryan apresenta Ethan, que tem um estilo meio Justin Timberlake, e
mesmo que ele seja o mais baixo, eu ainda tenho que inclinar meu queixo
para alcançar seus olhos. Ele é definitivamente o mais amigável e tem
uma risada contagiante.
Em seguida, o presidente de um metro e oitenta e cinco desse Comitê
de Homens Gostosos é apresentado como Liam. Estou de salto alto e
minha testa sobe até o seu queixo.
Aquela barba por fazer e aquele queixo perfeito. Uau.
Sei que ele está me observando desde que nos juntamos a eles e,
embora normalmente alguém comece a se sentir desconfortável, estou
totalmente confusa ao perceber que não estou.
Na verdade, gosto de ter seus olhos azuis em mim; estou saboreando
tanto que só quero que ele me observe mais. Pode ser o uísque falando,
mas quero que ele me veja.
E me toque. Como faço isso acontecer? Quer dizer, ele está bem aqui, na
minha frente. Como faço para que esses lábios suculentos toquem minha
pele?
— Como?
— Como o quê?
— Merda. Eu disse isso em voz alta, não disse?
Ele tem um olhar curioso e está mordendo o lábio inferior, fazendo
minhas coxas pressionarem uma contra a outra. Este homem é
incrivelmente delicioso!
Sinto que meu cérebro está em uma corrida contra o tempo para
descobrir uma maneira de continuar falando com ele quando Alex me
gira tão rápido que me sinto cambaleando, apenas para sentir duas mãos
fortes atrás de mim segurando minha cintura.
Que porra é essa, Alex!
Ele deveria ser meu braço direito, e agora ele está sendo um total
empatada-foda. Ugh.
Estou olhando para Alex, mas não tenho ideia do que ele está dizendo.
Algo sobre Nicole estar bêbada. Quem se importa?
Todo o meu foco está nessas duas mãos segurando minha cintura.
Posso sentir seus polegares habilidosos esfregando as laterais de minhas
costas nuas, e apenas me deixo inclinar lentamente contra seu corpo.
Não consigo evitar lamber meu lábio superior. Eu quero essas mãos no
meu corpo todo.
— Você me deve uma, — Alex grita antes de me beijar na bochecha e
me girar de volta, soltando minha mão que agora segura as chaves de seu
escritório no andar de cima.
Liam consegue manter as mãos na minha cintura, minha pele está
queimando e eu não quero olhar para cima ainda porque agora, meu
rosto está a centímetros de sua clavícula.
Eu vou mesmo fazer isso?
Ainda posso sentir as mãos fortes na minha cintura, minha pele está
queimando e não quero olhar para cima ainda, porque agora, meu rosto
está a centímetros de sua clavícula.
Se você pudesse sentir o cheiro dele como eu posso agora, você nunca
iria querer ir embora. Suas mãos estão deslizando para cima no meu
vestido lentamente enquanto eu inclino minha cabeça para cima.
Eu vejo o canto esquerdo de sua boca se erguer quando seus polegares
alcançam as laterais dos meus seios.
Seus olhos estão sombrios agora, e sinto que ele está me estudando,
como se estivesse tentando descobrir se sou bonita sem essa máscara
branca ou não.
Pego sua gravata e a puxo para baixo, para que seu rosto fique mais
perto do meu, seu nariz tocando o meu. Minha nossa, acho que vou
mesmo fazer isso!
— Se eu te beijar agora, não vou conseguir parar. De jeito nenhum vai
ser apenas um beijo, — sua voz rouca me avisa, então eu solto sua gravata
e deslizo minha mão para baixo até pegar a fivela de seu cinto.
Nunca fui tão ousada com os homens, mas sinto que, se não fizer isso
agora, estou apenas um passo mais perto de uma eternidade de
frustração sexual. Então, puxo a fivela do cinto para mais perto do meu
corpo.
Eu me viro levemente para as escadas que levam ao escritório de Alex,
mantendo o controle.
— Vem comigo.
Ele morde o lábio inferior, e eu juro que se eu não tivesse um implante
anticoncepcional, instantaneamente engravidaria quando ele diz: Oh, eu
definitivamente vou chegar lá com você.
Capítulo Quatro
EMILY

Não é a primeira vez que Alex me dá a chave de seu escritório. Eu pedi


a ele uma vez quando eu estava casualmente namorando James, mas não
aconteceu nada. Na verdade, eu não queria, eu acho.
Mas agora, caramba, não acho que consigo resistir.
Eu tranco a porta atrás de mim, e ele se aproxima quando eu me viro.
— Emily. — Ele coloca uma mão na porta, bem ao lado da minha
cabeça.
— Liam. — Eu coloco uma mão em seu peito, e o calor vai direto para
o meu ponto sensível.
Ele começa a tirar minha máscara, mas eu o impeço.
— Vamos manter as máscaras. — Eu reprimo meu nervosismo e digo
com a maior confiança que consigo. Ele inclina a cabeça e passa os dedos
pela minha bochecha até que seu dedo indicador segure meu queixo.
'Eu vou te beijar agora.
Seus lábios roçam os meus, e ele passa sua língua pelos meus lábios,
que imediatamente se separam, deixando escapar um suspiro.
Ele aprofunda o beijo, alcança a parte de trás das minhas coxas e eu
envolvo minhas pernas em volta de sua cintura. Suas mãos estão
agarrando minha parte inferior e eu as sinto se movendo lentamente
para o meio das minhas coxas.
— Você está tão molhada, linda. Eu tenho que provar você. — Sua voz
faz meu núcleo aquecido se contrair.
Eu vou gozar e ele nem me fodeu ainda!
Estou surpresa que ele não me leva para o sofá. Mas ainda bem,
porque sei que Alex ocasionalmente traz mulheres para cá, e suponho
que sua mesa esteja muito menos suja.
Ele me coloca na mesa, com minha parte inferior bem na borda, e
minhas costas lentamente caem em cima do que eu acho que é papelada.
Ele massageia a parte interna das minhas coxas, abrindo caminho para
o meu núcleo com suas mãos; ele coloca minha calcinha de renda branca
de lado, e todo o meu corpo estremece quando sua língua roça meu
clitóris.
— Porra... você tem um gosto tão bom. — Sua língua explora minhas
dobras. Seus dentes roçam suavemente meu clitóris antes de sugá-lo com
tanta força que minhas unhas arranham a mesa de madeira quando eu
chego ao ápice.
— Porra... Oh, isso é incrível! — É mais do que incrível, mas é o
melhor que posso dizer neste momento. Meu cérebro agora é escravo da
minha libido.
Ele passa por cima de mim e me diz para tirar o vestido.
— Não consigo me mover... — choramingo, ainda tendo alguns
tremores secundários do orgasmo mais eletrizante que já experimentei.
— Se você não tirar agora, vou arrancar ele de você. — Eu levanto
minha cabeça ao som de seu tom ameaçador e o vejo sorrir.
Ouço seu zíper sendo aberto enquanto jogo meu vestido na cadeira
atrás da mesa.
Sento-me ereta na borda da mesa; ele está parado entre minhas
pernas com uma embalagem de preservativo pendurada em sua boca,
prestes a puxar sua boxer para baixo.
Ele puxa a embalagem dos dentes, rasgando-a. Pego seu volume com a
outra mão.
Oh, obrigada, senhor. Ele foi abençoado.
Ele está duro como uma rocha e minha mão parece bem pequena ao
redor dele. — Eu quero você dentro de mim, — eu digo, olhando de seu
pau para seus olhos.
— Você está no comando de toda a situação agora. — Ele ri. — E por
mais que eu esteja gostando do que você está fazendo agora, estou mais
do que disposto a lhe dar o que você quer.
Eu envolvo minhas pernas em tomo dele, e ele penetra em mim.
Puta merda!
Nunca me senti tão completa—tão totalmente repleta de prazer,
muito prazer. Ele me deixa ajustar ao seu tamanho. A dor desaparece,
sendo superada por essa excitação febril.
Eu sei que ele está esperando que eu me mova, então eu começo a
balançar meus quadris. Ele se inclina sobre mim e chupa meu seio direito
com tanta força que com certeza vai deixar uma marca.
— Você é tão apertada, Emily... porra, — ele diz, atacando meu seio
esquerdo com um gemido.
— Oh Deus. Estou tão perto, — eu digo. E não me entenda mal, eu
quero muito, mas não quero chegar lá ainda porque o agora é incrível pra
caralho, e eu quero que isso dure. Para sempre.
Ele continua enfiando seu membro em mim, e eu juro por Deus que
minha alma deixa meu corpo enquanto ele esfrega o polegar no meu
ponto inchado, e eu encontro meu alívio.
— Eu disse que chegaria lá com você, — ele diz entre respirações
fortes, e então ele me beija, me deixando sem fôlego novamente.
Estou segurando meu telefone enquanto saímos para que eu possa
chamar um Uber.
Estamos fora da boate agora, e a rua está tranquila, como deveria
estar, dado o quão tarde é. Liam está me observando digitar no meu
telefone e atende o dele, mantendo os olhos no meu.
— Porta da frente. Dê-me dez minutos, Ryan. — Eu acho que ele
percebeu que o Uber estaria aqui em dez minutos, então eu acho que esta
é sua tentativa de ser um cavalheiro por uma noite.
Agradeço a companhia enquanto espero, no entanto.
Começamos a caminhar em direção à esquina. Eu sei com certeza que
é de lá que normalmente vem a minha carona. Quando viramos para a
rua mal iluminada, ele me puxa contra a parede de tijolos ásperos e
arenosos.
Eu solto um gemido e já consigo imaginar alguns arranhões nas
minhas costas nuas. Dói um pouco, mas meu foco está no homem cada
vez mais perto.
Eu posso ouvir sua respiração e fecho meus olhos enquanto sua testa
se inclina contra a minha.
Seu corpo cobre o meu, sua mão levanta meu vestido e eu levanto
minha perna enquanto ele segura meu núcleo molhado.
Meus braços contornam seu pescoço, e ele me puxa e me segura com
um braço. O outro braço se move para cima e segura minha nuca
enquanto ele começa a me beijar.
O melhor beijo de boa noite que já tive. O melhor de todos.
— Eu preciso ver seu rosto, — ele diz enquanto gentilmente puxa a
parte de trás da minha máscara.
Minhas costas nuas ainda estão contra a parede. Dói um pouco, mas
não vou sair daqui e, definitivamente, não vou pedir a ele que saia. Vou
sobreviver a alguns arranhões, certo?
Então, eu afrouxo meu aperto em seu pescoço, deixando minhas
costas encostarem um pouco mais na parede, e tiro sua máscara ao
mesmo tempo que ele tira a minha.
Ele é... Puta merda! E ele! O idiota lindo é o presidente da Aliança dos
Deuses do Sexo!
— Puta merda, — ele sussurra, e por um segundo, eu não sei o que
está acontecendo. Tudo o que sinto é uma dor excruciante enquanto
minhas costas escorregam pela textura arenosa da parede.
Ele apenas me soltou. E minha bunda está prestes a bater no chão.
Literalmente.
Estou olhando para ele e não sei se é choque, confusão ou
arrependimento o que vejo em seu rosto.
Sou ofuscada por um clarão de luz branca que para bem na nossa
frente, e não me importo em verificar se é o meu Uber. Eu simplesmente
pulo para dentro do carro.
Capítulo Cinco
EMILY

Eu gostaria de ter acordado com uma ressaca enorme. Eu gostaria de


ter bebido o suficiente para não me lembrar da noite passada. A última
parte, pelo menos.
Eu acordo com meu telefone vibrando, sentindo relances do que
aconteceu na noite passada invadirem minha mente, e minhas costas
doem demais.
Como você pode ter a melhor e a pior noite com um cara ao mesmo
tempo?
Meu cérebro está lutando contra minhas malditas partes femininas, e
meu ego não sabe que lado escolher.
O maldito telefone continua vibrando e eu sei que não é trabalho.
Preciso fazer alguns telefonemas, mas só depois do almoço. Eu estico
meu braço para alcançar o telefone na mesa de cabeceira.
É Nic e o fato de ela já estar acordada me faz pensar se ela ainda não
foi para a cama.
— Nic, — é tudo que preciso dizer quando atendo o telefone.
— Veremos Nic de ressaca em coma ou Nic com cafeína logo cedo?
— Oh Deus, Em! Você está em casa? Estou a caminho e levando café!
Eu quero saber tudo sobre a noite passada, e você não tem ideia do
quanto eu preciso te contar!
Nic animada então.
— Você está vindo da casa de Alex?
Ela diz que está, então eu sei que ela estará aqui em cerca de sete
minutos. — Você ainda tem a chave reserva que pegou de Alex? Eu
preciso de um longo banho. Se você tiver, apenas entre.
— Não tenho. Aquele filho da puta não me deixou ficar com ela. Mas
sim, estarei em sua casa em cinco minutos.
— Vou deixar a porta destrancada. Só não invada meu banheiro, por
favor. Vou precisar da minha terapia silenciosa de água quente de quinze
minutos. Por favor.
Estou falando sério. Embora o que eu realmente precise seja cuidar
das minhas costas, que ainda estão doendo. Está ardendo, e não quero
que isso seja a primeira coisa sobre a noite passada que eu contarei a Nic.
Vou contar para ela, mas não imediatamente.
Eu entro no banheiro e ligo o chuveiro. Enquanto estou tirando a
roupa, noto que meu corpo ainda tem o cheiro dele. Merda, ele cheirava
bem. Eu olho para o espelho. Tenho bolsas IKEA debaixo dos olhos.
Graças a Deus não vou trabalhar hoje.
O ar no banheiro está começando a ficar espesso, como uma névoa
quente, mas vejo uma marca no meu seio.
Eu olho para ela, e minha mente traz de volta aqueles olhos azuis que
estavam sedentos quando ele marcou meu seio.
Merda. Não, não, não. Ele não merece nenhum tipo de excitação de você,
digo à minha vagina. Eu realmente preciso de água escaldante para me
ajudar a relaxar e tirar seu cheiro de mim. Droga.
— São dez da manhã e você está usando o vestido da noite anterior.
Desembucha, — eu digo enquanto saio do meu banheiro, secando meu
cabelo com uma toalha.
Nicole está deitada no sofá. Seu cabelo loiro mel está preso em um
rabo de cavalo bagunçado, e ela certamente lavou o rosto, mas é visível
que ela ainda não tomou banho.
— Alex nos pediu para ir embora, já que ele tinha trabalho a fazer, e
nós seríamos uma distração. — Os olhos de Nicole brilham e seu sorriso
está me dizendo que há mais.
— O que você quer dizer com 'nos pediu'?
Ela ri, abre os braços no ar, trazendo-os de volta para baixo em ondas.
— Bem... se você precisa saber...
Não. Eu não preciso saber. Mas ela vai me dizer de qualquer maneira
— Passei a noite com Alex.
Como de costume. Não estou surpresa
— E Ameba! — Ela conclui, se abanando.
— Sua vadia safada! — Eu rio, realmente surpresa.
Nicole está muito em sintonia com sua sexualidade, que é algo que
admiro um pouco, então o fato de ela estar em um ménage à trois não
me surpreende.
Só não achei que ela iria querer compartilhar Alex com outra pessoa.
Acho que estava errada — Eu sei! Não foi realmente planejado. Amelia
estava flertando com Alex, e eu estava totalmente bem com isso. Eu não
consigo explicar. Ugh. Vê-lo flertando de volta meio que me excitou.
— Acabamos indo parar na casa dele e, ai meu Deus, não fazia ideia de
que seria tão bom!
— Eu não quero nenhum detalhe, — eu imploro.
Bem... na verdade, acho que desta vez sim? Eu preciso de distração.
— Em. Eu mesma me surpreendi! Puta que pariu, toquei uma mulher!
Eu a deixei lamber minha boceta enquanto um homem estava a fodendo
por trás, e foi incrível! Perdi a conta de quantos orgasmos tive! Você
deveria ter visto!
— Não. Não. Eu não deveria.
— Você sabe o que eu quero dizer! Sempre pensei que faria um
ménage à trois com dois homens e nunca pensei em fazê-lo com um
homem e uma mulher. Digamos que superou totalmente minhas
expectativas!
— Eu preciso te perguntar uma coisa. E sei que já conversamos sobre
isso antes, mas preciso perguntar, — Nicole está falando sério agora, e
não tenho ideia do que ela está falando.
— Você pode me perguntar qualquer coisa. Você sabe disso.
— Isto é estranho. Bem... meio... quero dizer, vai ser estranho para
você, definitivamente. Estou apenas tentando descobrir algumas coisas.
— Se você vai me pedir para participar de um ménage à trois, então
isso é um não. Você é como minha irmã, Nic. Eca.
Ela ri de mim, e então seus olhos castanhos escuros olham
diretamente nos meus. Eu conheço esse olhar. Esse é o olhar detector de
mentiras. Lá vem.
— Houve alguma coisa entre você e Alex? Antes de eu conhecê-lo,
quero dizer.
Eu limpo minha garganta. Não sei por que ela está fazendo uma
pergunta para a qual já sabe a resposta.
— Ele é meu melhor amigo, Nic. Ele nunca me tocou. Sexualmente,
quero dizer. Ou o contrário. Você sabe disso. Por que a pergunta?
De onde diabos isso está vindo?
— Sério, Nic, por que a pergunta?
Ela está apenas olhando para o teto agora, batendo no nariz com o
dedo indicador.
— Sinto muito, — ela diz, olhando para mim e sorrindo.
— Eu só estava me perguntando por que você não faria isso, sabe?
Vamos esclarecer uma coisa. Se vocês dois acabarem transando, não vai
ferir meus sentimentos, está bem?
Eu posso ver carinho em seus olhos, e então ela me abraça.
Eu não tenho ideia do que trouxe isso à tona. Enquanto ela está me
abraçando, seus antebraços apertam minhas omoplatas e eu recuo.
Minha reação a assusta.
Sim. Hora de acabar com o clima.
— Aquele filho da puta! — Nicole grita a cada minuto, ficando cada
vez mais irritada.
— Podemos não falar mais sobre isso? — Isso é tudo o que posso dizer.
Eu disse tudo a ela, desde o sexo insanamente incrível à rejeição
dolorosa. Estou magoada e envergonhada. Eu realmente não quero falar
sobre isso. É ruim o suficiente que eu continue pensando nisso.
— Aquele! Filho! Da puta!
— Sim, ele tem um cartão VIP para o Clube dos Idiotas. Quero dizer,
ele não propositalmente me jogou contra a parede, mas sim, eu não tirei a
sorte grande dessa vez.
— Pare de inventar desculpas para ele! Que tipo de idiota faz isso com
uma mulher? Ai meu Deus, esta é uma daquelas horas em que eu gostaria
de ter amigos na máfia ou uma gangue ou algo assim. Ele estaria tão
morto!
Estou sentada no sofá com uma camiseta extragrande e Nicole está
andando de um lado para o outro até se agachar na minha frente. Ela
segura meu rosto com as mãos e me pergunta se estou bem.
— Estou apenas confusa. Minha vagina está gritando por mais, e meu
cérebro está enfurecido. — Eu digo a ela enquanto ela me ajuda a tirar
minha camiseta e começa a aplicar um creme antibiótico nas minhas
omoplatas arranhadas.
— Podemos ficar em casa hoje? — Eu pergunto, não querendo
continuar pensando sobre a noite passada, e ela concorda. — Mas você
tem que tomar banho, Nic. Você cheira a sexo e álcool.
— Eu sei! — Ela diz com orgulho enquanto se dirige para o meu
banheiro.
Consigo verificar meus e-mails e fazer alguns telefonemas.
Vou levar o casal que está hospedado na Villa Pascoal para um passeio
de barco amanhã, então tomo todas as providências necessárias.
O Sr. Torres me enviou um e-mail dizendo que eu deveria chamar um
chef a bordo, pois eles almoçariam no iate.
Em seu e-mail, ele também me pediu para responder a todas as
perguntas que o Sr. Harding pudesse ter sobre o espólio do Sr. Torres e
que eu deveria levar um arquivo contendo todas as informações sobre
ele.
Estou intrigada. Sim, às vezes eu levava os inquilinos para um passeio
de barco, mas agia como uma guia turística.
Navegaríamos ao longo da costa e eu mostraria a beleza das colinas e
diria que eles poderiam caminhar com segurança até o mar. Eu
organizaria tudo se eles quisessem fazer a trilha.
Eu também contaria a história dessa cidade litorânea e, dependendo
do lugar em que estivessem, mostraria qual era a praia particular deles.
O capitão do iate sempre parava onde o mar estava mais calmo e as
águas eram mais claras. Os passageiros dariam um mergulho e
apreciariam a paisagem. E era isso.
Na verdade, nunca precisei falar sobre a propriedade do Sr. Torres.
Quem é esse casal e para que tipo de negócios eles estão aqui?
— Você terminou? — Nicole pergunta, e eu aceno. Meu telefone vibra
e vejo que é uma mensagem de Alex. Antes de ler, volto-me para Nicole.
— Por favor, não conte a Alex sobre o que aconteceu na noite passada.
— Ele viu você e Liam subindo as escadas para o escritório dele. Ele
vai saber eventualmente. Além disso, Alex deveria saber.
— O mínimo que ele pode fazer é banir aquele filho da puta da boate.
Deus sabe que ele fez isso com alguns caras só porque eles estavam nos
incomodando.
Nicole está certa, e odeio esconder qualquer coisa de Alex, mas digo a
ela que estou muito envergonhada com o que aconteceu.
Eu me sinto rejeitada e não posso lidar com Alex agindo como um
irmão mais velho protetor comigo agora.
— Eu não vou dizer a ele se é isso que você quer. Agora vá para a
cozinha, garota! Você me prometeu comida e estou com fome!
— E se isso foi Alex pedindo para passar aqui, — ela diz, apontando
para o meu telefone, — diga a ele para trazer vinho tinto!
Eu olho de volta para o meu telefone e leio sua mensagem.
Alex: Você estragou minha papelada, Emily.

Merda, acho que sim. Por que isso de alguma forma me deixa zonza?
Emily: Sinto muito.

Droga, na verdade eu não sinto...


Emily: Estou prestes a cozinhar sua massa favorita. Nicole disse 'traga vinho'.

Alex chega enquanto estamos arrumando a mesa. Ele está vestindo


um moletom cinza e uma camiseta preta com decote em V. Posso ouvir
Nicole suspirar, o que me faz sorrir. O pau dele tem um feitiço mágico nela,
com certeza.
Ele beija sua testa e dá uma piscadela. Eu amo como esses dois
interagem.
Ele se aproxima de mim, enquanto estou segurando uma tigela de
salada, coloca o braço em volta da minha cintura, aperta firme e ouço a
seriedade em sua voz baixa.
'Minha maldita mesa, Em.
Capítulo Seis
EMILY

Ter Nicole e Alex em minha casa ontem à noite foi a melhor coisa que
poderia ter acontecido. Eu tenho os melhores amigos do mundo. Eles
mantiveram minha mente longe de Liam na maior parte do tempo.
Estou feliz que meu episódio de bunda no chão depois do sexo não foi
mencionado.
Nicole me olhava de vez em quando, dando a entender que achava
que Alex deveria saber. Alex às vezes fixava seus olhos em mim como se
estivesse esperando que eu dissesse algo.
Eu perguntei a ele sobre Amelia. Eu sabia que ela não era exatamente
sua pessoa favorita.
Ele uma vez ameaçou bani-la da boate quando ela atacou verbalmente
cada mulher que falava com ele, incluindo Nic e eu.
E eu sei que ela não é o tipo de garota com quem ele ocasionalmente
fica.
— Sim, isso aconteceu, — foi tudo o que ele disse, nunca tirando os
olhos da TV.
Acordei antes que o despertador tocasse e levantei depois de revisar
todas as minhas tarefas do dia na minha cabeça.
Basicamente, estou sendo paga para ser a vela de um casal enquanto
converso sobre os negócios do meu chefe com eles... Não é divertido?
Decidi deixar meu cabelo solto, apesar de saber que poderia ventar
muito no iate.
Tenho uma relação de amor e ódio com meus cachos. Cheguei a
aceitar que eles não vão ficar mais bonitos e não há como domesticá-los,
então por que perder um tempo absurdo tentando esconder o que eles
são naturalmente?
Eu vesti uma saia azul escura apropriada, uma camiseta branca solta e
sapatilhas.
Se há uma coisa que adoro no meu trabalho é o fato de que meu chefe
não se importa com a maneira como me visto, desde que não tenha uma
aparência promíscua e o trabalho seja bem executado—palavras dele, não
minhas.
Decidi eu mesma conduzir o Chevrolet Silverado HD preto do Sr.
Torres. Normalmente faço isso quando levo um casal para passear, a
menos que eles peçam especificamente a limusine.
Nesse caso, tenho que pedir a Elliott para vir porque não dirijo aquela
coisa.
Assim que chego à Villa Pascoal, sou recebida por Anne, a governanta.
Anne é a mulher de sessenta anos mais doce e trabalhadora que eu já
conheci.
Ela me dá um beijo na bochecha e me diz que os convidados estão
prestes a sair de casa.
— Que inesperado! O Sr. Torres deveria surpreender nós, mulheres,
com mais frequência, não deveria? — ela diz em tom de brincadeira.
Não entendo muito bem do que ela está falando, mas imagino que
seja um de seus comentários animados sobre os inquilinos que só vou
entender depois de conhecê-los.
Ouço a porta da frente abrir e meu queixo cai no chão quando um
jovem de aparência renovada está caminhando em direção ao carro. Seus
olhos castanhos encontram os meus, e aquele sorriso limpa qualquer
dúvida que eu pudesse ter sobre quem ele é.
— Puta merda — eu murmuro.
— Um verdadeiro colírio para os olhos, não é, Emily? — Anne diz com
a mão no meu braço.
Minha mente está fervendo de perguntas. Ele é o Sr. Harding? Onde
está a esposa dele? Ela estava na boate na sexta-feira passada? Eu a ignorei?
Ele me reconhece?
— Como eu gostaria de ter a sua idade de novo! — Anne finge se
lamentar enquanto se dirige para a casa.
Estou em pânico agora e espero que Ryan não me reconheça.
Sentindo-me bastante desconfortável, só consigo olhar para seus pés, que
se movem em minha direção.
Em seguida, vejo outro par de sapatos de iate. O quê? Meus olhos se
movem. Bermuda marrom. Camiseta azul. Sorriso amigável. Olhos
castanhos. É Ethan, não é?
Ele bate levemente no ombro de Ryan com o seu enquanto eles se
aproximam de mim.
Jesus Senhor Todo-Poderoso! Eles são o casal?
— Sr. Harding? — Eu pergunto a Ryan, ainda esperando que ele não
me reconheça.
— Eu mesmo, mas você pode me chamar de Ryan. — Ele estica os
lábios em seu rosto, e eu faço o meu melhor para fingir que não é nada
estranho.
Eu, então, sorrio para Ethan, que parece gostar da situação. Ele olha
para Ryan e depois de volta para mim.
— Emily, certo? Nos conhecemos na sexta-feira passada!
Posso sentir meu rosto esquentar e tenho quase certeza de que estou
vermelha como uma placa de pare.
— Sim, Emily Rhodes. E você é Ethan, certo?
Seu aceno é seguido por um sorriso encantador, e sua sobrancelha
direita sobe, dando-me um olhar como se ele esperasse que eu dissesse
algo.
Merda, tudo bem, apenas diga o que você sempre diz quando se encontra
com os inquilinos.
— Espero que vocês dois estejam aproveitando bastante. A Villa
Pascoal é particularmente romântica nesta época do ano, e tenho certeza
de que vocês não se arrependerão de sua estadia. Agora, podemos ir?
Eles se olham e caem na gargalhada. Ethan coloca o braço em volta do
ombro de Ryan, e os dois parecem estar zombando de mim.
— Você acha que somos um casal! — Ethan diz entre risos.
— Bem, vocês não são? O Sr. Torres me disse que um jovem casal
estava hospedado na vila. — Minhas palavras soam desconfortáveis.
No momento, eu quero que eles sejam um casal gay, para que não
pareça que eu não tenha a menor ideia quando se trata de fazer meu
trabalho como anfitriã.
— Sr. Torres deu a você a informação correta, — Ryan diz enquanto
sua expressão se toma severa. — Eu tinha planejado vir aqui com minha
noiva. Acontece que ela prefere foder com um dos meus funcionários.
Então, aqui estamos nós.
Sua honestidade e franqueza aparente são surpreendentes e
comoventes. Suas palavras estão cheias de mágoa e raiva.
— Sinto muito, — é tudo o que posso dizer.
— Eu também. — Ryan me dá um sorriso falso e encolhe os ombros. É
claro que ele ainda está sofrendo de uma ferida recente.
Ethan, que ainda está com o braço em volta de Ryan, dá um leve soco
no peito do amigo com a outra mão.
— Você está melhor sem ela, cara, — ele diz como se esse fosse o
melhor comentário reconfortante que qualquer homem pudesse ouvir.
Quando estou prestes a abrir a porta do passageiro para eles, ouço a
porta da frente da casa bater.
E, claro, o universo não pode me dar um maldito descanso.
— Este vai ser um dia interessante. — Ethan sorri enquanto entra no
banco de trás do carro. Ryan o segue depois de acariciar suavemente meu
ombro.
— Sem dúvida. Agora, chega para lá, — ele diz a Ethan.
Estou apenas parada ali, observando aquela máquina de molhar
calcinhas caminhando em minha direção.
Mas. Que. Merda. E. Essa.
Liam.
Sua caminhada fica mais lenta, e vejo seu peito subindo e descendo
em uma velocidade não natural. Estaria igual ao meu se eu pudesse
respirar agora.
Ele é tão incrivelmente robusto. Eu não aguento. -Existem camisetas
sob medida? Isso é real? E ele está usando bermuda cáqui, o que seria
desagradável, mas de alguma forma, ela encaixava nele perfeitamente.
Ele passa a mão pelo cabelo já desgrenhado. Oh meu Deus, aquele
cabelo seco com toalha está me matando.
— Oi, — ele diz lentamente. Seu tom rouco me faz derreter e
estremecer.
Eu sinto meus ombros arranhados coçando enquanto os arrepios
viajam para minhas costas, e isso me lembra o quanto ele é um idiota.
Seus olhos percorrem meu corpo da cabeça aos pés e voltam até
encontrarem os meus. Ele coloca as mãos nos bolsos da frente e respira
fundo.
— Podemos conversar?
Oh, agora o filho da puta quer conversar!
Eu viro minhas costas para ele e entro no carro, ligando o motor.
Capítulo Sete
EMILY

É uma hora de carro da Villa Pascoal até a marina. Não estamos nem
na metade do caminho, e parece que estou dirigindo há duas longas
horas.
Eu seguro o volante como se isso fosse a única coisa que me
mantivesse calma agora.
Por que o silêncio está me incomodando? Não é como se eu costumasse
bater um papo com os visitantes.
Ligo o rádio, torcendo para que fique menos estranho. Pelo canto do
olho, noto que ele está me observando, e cada vez que passa a mão pelo
cabelo, posso sentir seu cheiro ainda mais.
Não sei se é seu desodorante, sua colônia ou apenas seu perfume
natural. Isso intoxica meus hormônios.
É como se meu corpo fosse uma caixa cheia de bolas de pingue-
pongue, e cada vez que Liam se move, a maldita caixa balança e as bolas
de pingue-pongue quicam para todo lado.
Eu respiro um suspiro de alívio quando Ryan quebra o silêncio.
— Há quanto tempo você conhece Alexander e Nicole?
— Eu conheço Nic desde sempre. Ela se mudou para cá alguns anos
depois de mim. E conheci Alex há cinco anos, no dia em que me mudei
para cá. Ele é meu melhor amigo, minha força, — eu respondo com
sinceridade.
Estou ciente de que estou compartilhando informações demais, mas
não consigo evitar. Eu amo aqueles dois.
— Meu irmão e eu estávamos nos perguntando se o Sr. Torres já
marcou uma data para nossa reunião, — disse Liam após respirar alto e
profundamente.
Espere... Irmão?
— Ele está falando sobre Ryan, — Ethan responde minha pergunta, e
eu me pergunto se é porque eu perguntei em voz alta ou se ele viu minha
expressão confusa pelo espelho retrovisor.
— Disseram-me que sua reunião será na terça-feira às oito e meia da
manhã, — digo, sabendo muito bem que eles já receberam um e-mail a
respeito. Eles até já confirmaram!
Por que ele está me perguntando isso?
Quando paramos em um sinal vermelho, eu olho rapidamente para a
minha direita e vejo que ele está tirando o telefone do bolso.
Pare de olhar para baixo, Emily!
Ele está segurando o telefone com a mão direita e move a mão
esquerda para o pescoço, coçando a nuca.
Oh. Meu. Deus. Eu deixei um chupão nele!
Eu não consigo parar de olhar para ele. Está bem ah, na nuca. Merda
Eu quero meus lábios lá novamente.
Não, não, não.
Eu desacelero quando estamos nos aproximando da entrada da
marina e digo a eles que podem descer e esperar por mim no café, pois
preciso levar o carro para o estacionamento.
Ryan e Ethan saem do carro e eu fico lá sentada esperando que Liam
faça o mesmo. Mas ele não se move.
— Vou lhe fazer companhia, — ele diz, olhando diretamente nos meus
olhos e depois descendo o olhar para o meu colo.
Assim que o carro está estacionado, eu me dirijo para a porta e Liam
coloca a mão na minha perna direita. Seu toque é suave.
Quase não há pressão, mas sinto uma onda de frio se espalhando
daquele ponto na minha perna para todas as extremidades do meu
corpo.
— Não me toque.
Não consigo olhar para ele quando digo isso. Meus olhos se
concentram em minha perna e vejo sua mão se erguer e se transformar
em um punho. Ele está com raiva agora?
Eu literalmente pulo para fora do carro, precisando respirar o ar
salgado em vez de seu cheiro atraente. Eu me sinto quente quando tudo
que eu quero é sentir frio e distância.
Depois de fechar a porta, eu olho para cima e vejo meu reflexo na
janela do carro. Minha imagem no espelho logo é acompanhada pela
dele. Ele está parado atrás de mim, me observando enquanto coloca as
duas mãos no carro, me prendendo.
Estou nervosa, mas preciso ficar com raiva. Eu preciso me lembrar de
como ele me tratou fora da boate.
Eu me viro para encará-lo e ele dá um passo mais perto de mim. Esse
maldito cheiro e aqueles olhos azuis deslumbrantes que estão ficando
mais sombrios conforme ele se aproxima estão me matando.
Mecanismo de defesa: LIGADO
— O que você quer, Sr Harding? — Eu disparo para ele, pronunciando
seu sobrenome na esperança de que isso crie alguma distância entre nós.
Eu nem mesmo dou tempo para ele responder.
— Nós transamos. Foi legal. E depois você me machucou. Isso não foi
legal. Então, o que você quer? — Repito a pergunta, sem saber se quero
uma resposta.
Ele dá outro passo mais perto e minhas mãos vão direto para o seu
peito, com a intenção de empurrá-lo. Por que ele é tão definido? Puta que
pariu.
Mecanismo de defesa: não encontrado.
— Você acabou de dizer que nosso sexo foi legal? — Ele pergunta, não
olhando para mim, mas para a distância atrás de mim.
Sério? De tudo que eu disse, é isso que chama a atenção dele?
— Um sexo legal? — Ele repete, elevando-se sobre mim a ponto de sua
camiseta tocar meu nariz. Estou usando sapatilhas hoje, e agora percebo
que ele é muito mais alto do que eu pensava.
Sua mão direita acaricia meu braço esquerdo e se move lentamente
para a minha cintura, chegando mais perto da faixa do meu sutiã.
Eu realmente preciso dizer que minha calcinha está encharcada e
estou pressionando minhas coxas juntas, esperando que isso me ajude a
lutar contra o que quer que seja isso que estou sentindo?
Sua boca roça minha orelha e ele sussurra,
— Minha língua lambeu sua boceta com tanta força que você não
conseguia nem se mover depois que gozou em minha boca. Sua boceta
engoliu meu pau como se você quisesse que estivesse lá para sempre. E
isso foi apenas... legal?
Você não tem ideia do quanto eu quero deixá-lo me envolver agora.
Estou derretendo e ele move a outra mão sob meu cabelo, para minha
nuca.
Ele esmaga seus lábios contra os meus, beijando-me com força e
pedindo mais. Seu beijo me leva a um lugar de puro êxtase.
Estou agarrando sua nuca, puxando-o para perto de mim. Ele geme
em aprovação, e seu aperto em tomo de mim aumenta. É quando eu
sinto uma queimadura indesejada na minha omoplata e me afasto.
Eu interrompo o beijo, balanço minha cabeça e empurro minhas mãos
com força contra seu peito. Não acho que meu empurrão tenha feito
nada, mas ele dá um passo para trás.
— Sabe de uma coisa? Não. Vamos parar com isso agora, antes que
minha bunda atinja o chão!
A luxúria em seus olhos está gradualmente sendo substituída por
confusão. Vejo seu pescoço enrijecer e só então percebo que minhas
mãos ainda estão em seu peito. Ele olha para elas e de volta para mim.
— Não é a primeira vez que te digo isso, mas você está no comando de
toda essa situação.
Ele diz isso como se acabasse de perceber o que acabou de dizer.
Capítulo Oito
ALEX

Nicole acabou de me mandar uma mensagem dizendo que quer


conversar. Merda. Eu amo essa garota até a morte, mas conversar não é
nossa praia, então que porra ela quer? Eu mando uma mensagem de volta
dizendo que estou no meu escritório e que ela poderia passar aqui.
Eu realmente não quero conversar. É domingo, porra. Eu deveria estar
relaxando na praia, mas minha mente está em outro lugar. Eu nem estou
aqui para fazer nenhum trabalho. Estou apenas sentado olhando para a
minha papelada manchada de suor.
Minha maldita mesa. Ainda cheira a ela.
Droga.
Por que essa merda me incomoda tanto?
NICOLE

Em está naquele passeio com os inquilinos da Villa Pascoal e não me


mandou nenhuma mensagem com nenhum comentário engraçado
ainda, então acho que ela está presa a um casal sem graça. Isso não é
divertido.
Entrando no escritório de Alex, lembro-me da promessa que fiz a Em,
então não contarei a Alex sobre aquele outro filho da puta. Ainda acho
que ele deveria saber, no entanto.
Fecho a porta e Alex me cumprimenta com aquele sorriso que deixa
todas as calcinhas encharcadas. Mas por mais que eu ame aquele pau
dele, não é para isso que estou aqui agora.
Ele se recosta na cadeira e coloca as mãos atrás da cabeça.
— Você está deixando a barba crescer? — Eu pergunto, pensando que
ele vai ficar ainda melhor do que já está.
Ele cruza os braços e encolhe os ombros. Caramba, este pegador está
realmente fora de si.
ALEX

Ela não tem o olhar de — eu quero foder, — então acho que há -algo
que ela realmente quer conversar.
Não somos bons em conversar. Quero dizer, sim, somos bons amigos,
sempre honestos um com o outro e nos divertimos mesmo quando não
estamos transando. Mas falando sério? Nah, nós não fazemos isso.
Ela contorna a mesa, senta-se nela e pigarreia antes de falar.
— Você está encrencado, senhor, — ela diz com naturalidade. Ela está
olhando diretamente para mim.
— Isso é sobre a diversão que tivemos na noite de sexta-feira passada?
Não sei como isso -poderia me causar problemas. — Eu ri.
NICOLE

Eu pulo da mesa e me movo para uma cadeira à sua direita,


arrastando-a para mais perto dele.
Ele sabe que, assim que eu começar a falar, não vou permitir nenhum
tipo de interrupção, então estou dando a ele tempo para dizer o que
quiser.
Aproveito o fato de que ele menciona nosso ménage com Amelia, e
bam! Lanço a ele aquele olhar que diz: — É melhor você anotar porque só
vou dizer isso uma vez.
— Eu te amo, Alex. Eu não estou apaixonada por você, no entanto. E
eu sei que você sente o mesmo.
— Tudo bem, — ele diz antes de se desculpar, levantando as mãos ao
perceber que não deveria interromper. Deixe a garota falar, caramba!
— Sexo com você é fora deste mundo e transar com você e Amelia na
noite de sexta-feira passada, nossa, eu nem tenho uma maneira de
descrever como foi bom.
Minhas palavras o estão fazendo sorrir e ele exala pelo nariz. Agora, eu
sei que o que vou dizer a seguir vai mudar seu humor completamente,
mas de jeito nenhum vou deixá-lo continuar mentindo para si mesmo.
— Eu saboreei cada minuto do nosso ménage, não me entenda mal,
mas só estou me perguntando por que você escolheu Amelia?
ALEX

Merda.
Se você conhece Nicole, sabe que ela já sabe as respostas para a
maioria das perguntas que faz.
Merda.
Por que Amelia? Além do fato de que meu peito estava prestes a
explodir quando os vi subindo as escadas em direção ao meu escritório?
Essa merda estava bagunçando minha mente.
E naquele momento, Amelia começou a dar em cima de mim, e eu
simplesmente tive que me livrar da vontade de subir, agarrá-la e levá-la
para casa comigo.
Poderia ter sido qualquer outra mulher naquele momento, mas
Amelia estava lá.
— Porque eu sabia que ela iria topar, — posso não estar dizendo a
verdade, mas pelo menos não estou mentindo quando respondo.
E não foi nada mal que ela era da mesma altura que ela, mesmo
tamanho de seios, mesma cor de cabelo. Amelia estava até usando um
vestido branco também.
Ela não estava tão bonita quanto ela, mas contanto que ela não
falasse, eu poderia realmente imaginá-la em vez de Amelia.
— Corta essa, Alexander. Você não está fazendo nenhum bem a si
mesmo se continuar reprimindo seus sentimentos assim.
— Você acha que eu ignoraria o fato de que você chamou o nome de
Emily enquanto fodia Amelia por trás?
Merda.
NICOLE

Não posso acreditar que ele está parado na minha frente, pensando
que pode mentir para mim.
Seu filho da mãe!
— Serio, Alex? Eu não sou apenas sua amiga colorida. Eu sou sua
amiga.
— E como sua amiga, deixe-me dizer que é melhor você se recompor,
porque se você quer que ela o veja como mais do que apenas um melhor
amigo, foder comigo ou com qualquer outra mulher não é o caminho a
percorrer.”
Falo de brincadeira, mas Alex sabe que estou falando sério. Ele abre a
boca como se estivesse prestes a dizer algo, mas ainda não terminei com
meu conselho amigável.
— E pare de dar a ela a chave deste escritório para que ela possa vir
aqui e foder com outro cara. Juro por Deus, não sei como você pode ser
um especialista em seduzir mulheres, mas seu QI cai a zero quando se
trata de Emily. Jesus!
— E pare de dar a ela a chave deste escritório para que ela possa vir
aqui e foder com outro cara. Juro por Deus, não sei como você pode ser
um especialista em seduzir mulheres, mas seu QI cai a zero quando se
trata de Emily. Jesus!
Eu dou um tapa em sua nuca para ter certeza de que ele entende o que
quero dizer.
— Puta que pariu, Nic!
— De nada. Agora vá e me compre o almoço.
ALEX

— Podemos apenas fingir que essa conversa nunca aconteceu? — Eu


imploro enquanto saímos para almoçar.
— De jeito nenhum, senhor. É melhor você assumir seus sentimentos.
Merda.
Capítulo Nove
EMILY

Nós quatro estamos caminhando ao longo da proa deste iate de quase


duzentos pés de comprimento, e eu sei que eles estão definitivamente
gostando da vista.
Eles não ficam maravilhados com a embarcação luxuosa, o que
significa que eles estão acostumados, mas a paisagem é definitivamente
algo que eles não veem todos os dias.
Lutando contra a vontade de enviar uma mensagem de texto para Nic
e contar a ela sobre o que aconteceu menos de meia hora atrás,
concentro-me no Sr.
Harding pelo qual estou realmente aqui.
— Aquela área bem ah, — digo a Ryan enquanto aponto para as
pequenas casas que ficam exatamente onde as colinas encontram o mar,
— é a mais populosa.
— Era onde moravam todos os pescadores e suas famílias. Agora que a
cidade praticamente vive do turismo, a maioria das casas foi vendida para
outras pessoas.
— É muito pitoresco. Não existem duas casas da mesma cor, isso é
engraçado. É uma área segura para se viver? — Ethan, que está parado à
minha direita, pergunta.
— Não há muito crime se é isso que você quer dizer. As casas nesta
área não são caras, em comparação com outras casas à beira-mar.
— A razão para isso é que, embora você more em frente à praia, nadar
na água nem sempre é seguro.
— Eles não têm salva-vidas lá?
— Nós temos. E você pode ir à praia livremente. Na verdade, eu vou lá
para uma caminhada matinal sempre que tenho a chance. Você só precisa
ser extremamente cuidadoso. As correntes são fortes e complicadas.
— O cuidado é fundamental, principalmente na maré baixa. Não é
aconselhável andar descalço visto que existem algumas rochas
escondidas e uma enorme quantidade de conchas na areia.
— Acho que é por isso que os turistas não ocuparam essa área.
— Alguma dessas casas pertence ao Sr. Torres? — Ryan pergunta.
Estou um tanto grata porque parece que estamos finalmente
chegando ao ponto deste passeio, e meus assuntos pessoais com o idiota
andando à minha esquerda na minha frente podem ser deixados de lado.
— Ele costumava ter uma. Foi sua primeira casa nesta cidade. Estou
feliz em dizer que agora é minha. O Sr. Torres investe em alguns
negócios lá, mas a maior parte de sua propriedade fica mais ao sul, para
onde estamos indo.
Enquanto navegamos ao longo da costa, mostro a eles o arquivo com
os detalhes da propriedade. Eles trocam olhares e parecem ter muito a
dizer, mas minha presença os impede de falar.
Quero saber em que tipo de projeto eles trabalharão com o Sr. Torres,
mas não cabe a mim perguntar.
Deixo-os no convés superior e desço para o convés inferior, pensando
que seria uma boa ideia pegar um café para eles.
Ouço alguns dos membros da tripulação conversando e, quando me
viro para o bar, vejo Dave, um dos bartenders da boate de Alex.
— Ei, Dave! Trabalhando em um domingo? Você está substituindo o
seu irmão de novo?
— Sim. Aquele garoto já teria perdido o emprego se não fosse por
mim, — ele diz, soando como o irmão mais velho que é, encobrindo seu
irmão favorito, — Então, o que você quer?
— Estou aqui apenas para dar a eles um pouco de privacidade lá em
cima, dar-lhes algum tempo para conversar e depois tomarei um pouco
daquele café maravilhoso que você tem aí.
— São esses os caras com quem você estava na sexta-feira passada? —
ele pergunta, parecendo um pouco tímido. Na verdade, só temos algum
tipo de conversa quando o irmão dele falta no trabalho e ele dá
cobertura.
Eu olho para ele, sabendo muito bem que estou com o rosto
vermelho. Ele está sorrindo e então pisca.
Tudo o que posso fazer é revirar os olhos e fingir que não estou
envergonhada, porque tenho certeza de que ele me viu levando Liam
para o escritório naquela noite.
— Foi o que pensei. — Ele ri.
Ugh. Cale a boca, Dave.
— Eu não estava com eles. Eu estava com Nic e Alex. Agora me dê
aquele café. Eu mesma levarei a bandeja lá em cima.
Quando chego ao andar superior, eles estão sentados nos sofás ao
redor da mesa de centro, e eu coloco a bandeja ah.
— Se quiserem mais alguma coisa, me avisem, — eu ofereço enquanto
pego uma das xícaras quentes e me viro para deixá-los ter privacidade.
— Por que você não se senta conosco? — Ryan me convida e eu aceno,
mas não posso perder o olhar nos olhos de Liam. Ele poderia matar Ryan
com aquele olhar, e não tenho certeza se fazer companhia a eles é uma
boa ideia.
Ryan parece estar um pouco interessado em Nic, já que fez algumas
perguntas sobre ela. Ele faz parecer que é sobre mim, mas tenho a
sensação de que ele quer saber mais sobre ela.
— Puta merda! — Ethan de repente grita e pula do sofá, me jogando
para o lado no processo, — Aquilo é um golfinho?
Eu grito de dor e choque, sentindo algo que só posso descrever como
um chicote ardente no peito. Eu olho para a minha camisa e percebo que
derramei o café fervente que estava segurando em mim.
Minha pele está queimando, foda-se o golfinho!
Antes que eu possa pensar em reagir, estou sendo puxada para cima
do sofá e minha camiseta está voando pelo ar.
Lei da Atração o caramba. Estou escrevendo uma carta de reclamação
para a porra do Universo.
Capítulo Dez
LIAM

Eu não estava pensando quando imediatamente tirei sua camiseta,


quase rasgando-a, na frente dos caras. Eu deveria saber que eles ficariam
ali olhando para ela.
Filhos da puta.
Eu estava honestamente tentando evitar que ela ficasse com a pele
queimada. Pela primeira vez na minha vida, tirei a roupa de uma garota
sem intenção de transar com ela.
Bem, pelo menos não naquele momento.
Havia uma vermelhidão se formando em seu peito, e só levei um
segundo para ver a marca vermelha escura, quase parecendo um
hematoma, do tamanho da minha boca, logo acima do sutiã.
Ela parecia tão sexy com o que meus lábios fizeram ah.
Calma, garoto. Eu disse ao meu pau, mas não foi uma tarefa fácil.
Tenho tentado domar meu eixo desde o momento em que deixei a vila e
a vi parada ao lado do carro.
Seus seios estavam cobertos por um sutiã de renda rosa claro. Esse
pequeno pedaço de tecido era quase transparente, e eu não queria que
Ryan e Ethan olhassem para o que não era deles.
Eu comecei a tirar minha própria camiseta para que ela pudesse se
cobrir. Essa é outra novidade—eu tentando cobrir o corpo de uma mulher.
Em vez disso, ela rapidamente envolveu o peito com os braços logo
depois de me dar um tapa!
Que porra é essa?
Ryan e Ethan estavam agora parados atrás dela e acenaram para mim
com um sorriso malicioso e sobrancelhas levantadas. Eles estavam
gostando disso, com certeza.
Filhos da puta.
Eu os vi baixando os olhos para as costas dela. Senti raiva na boca do
estômago, pensando que eles estavam prestes a dar uma olhada em sua
bunda, mas seus olhos pararam onde seu cabelo terminava.
Por que eles estão franzindo a testa? Ela é perfeita pra caralho.
Deus, o que estou dizendo?
Ela recusou minha camiseta, me deu as costas e desceu correndo.
Fiquei pasmo e não sabia mais o que fazer a não ser segui-la.
— É a primeira vez! Liam Harding indo atrás de uma mulher! — Meu
irmão idiota riu.
Filho da puta.
Ele está certo, no entanto. Eu não faço essa merda. Eu não tenho que
ir atrás de mulheres. Nunca! Eu fodi com ela, então eu deveria não querer
mais nada com ela, certo? Merda Por que ela nem quer conversar?
Chego ao saguão do convés inferior e encontro um cara mais jovem
que está bloqueando meu caminho de propósito.
— Me desculpe, senhor. Receio que você terá que esperar aqui. — Ele
diz como se suas palavras fossem a porra da lei.
— Vamos lá, cara. Saia daí. — Eu exijo. Juro que estou sendo o mais
educado que posso agora.
— Não posso fazer isso, senhor. — Ele responde, olhando para a porta
à sua direita.
Eu sei que ela está lá, e este idiota está prestes a levar uma surra se ele
não se mover. Eu inspiro, estalo o pescoço como forma de aliviar a tensão
e opto pela abordagem de negociação.
— Eu só preciso ver se ela está bem, cara. Vamos. Me dê um minuto.
O cara olha para mim e talvez entende o que quero dizer. Eu quero ver
se ela está bem. Eu quero pelo menos um minuto com ela. Então, ele se
afasta e eu agradeço.
Ela está em um dos banheiros; a porta está entreaberta e, de onde
estou, posso vê-la fechando o armário de remédios e pegando uma
camiseta de um armário ao lado da pia. Eu bato levemente na porta.
— Estou bem, Dave, — ela responde, sem nem olhar para a porta.
— O que aconteceu com suas costas? — Eu pergunto depois de limpar
minha garganta. Eu não tinha notado os pequenos arranhões e
hematomas até que ela me deu as costas lá em cima.
Então era isso que Ryan e Ethan estavam olhando.
Sério? — Ela responde, parecendo surpresa e irritada.
Ela está brava. Porra, ela fica sexy quando está brava.
Ela dá alguns passos em minha direção e aponta o dedo indicador
para mim.
— Você! — Ela está sussurrando e gritando, e o jeito que ela faz isso a
faz parecer fofa. Não tenho ideia de onde ela está chegando, mas ela
continua, desta vez cutucando o dedo indicador no meu peito.
É a porra de um dedo. Controle-se!
— Você — aconteceu com as minhas costas! Você é um idiota e nem
percebe! Inacreditável!
Ela pode estar me atacando, mas posso ver que ela também está me
olhando.
Sim, ela gosta do que vê.
Estou prestes a perguntar a ela o que ela quer dizer com isso, quando
memórias borradas daquela última noite de sexta-feira piscam em meus
olhos e, antes que eu possa falar, ela suspira pesadamente e me diz o que
eu mereço ouvir.
Por alguma razão, dói que esteja vindo dela.
— Não se deve tratar as mulheres assim! Você quer foder e ir embora?
Tudo bem! Sinceramente, não esperava menos do que isso! Apenas me
faça a porra de um favor e siga o habitual: me ignore como eu quero
ignorar você!
Eu posso dizer que ela não é do tipo que gosta de confronto porque
ela está apenas olhando para o meu peito, evitando contato visual, e suas
palavras são cheias de mágoa ao invés de raiva.
Ela não é especialista em repreender as pessoas, então por que isso
está me afetando cada vez mais enquanto ela continua fazendo isso?
— Pare de fazer as mulheres se sentirem como lixo só porque é você
que tem uma atitude suja e vil!
Caramba.
Meu coração está batendo forte e parece que meu peito está
desabando.
Eu me lembro agora. Eu era o idiota que não conseguia dizer uma
porra de palavra quando tirei a máscara dela e vi aquele mesmo rosto
lindo que tinha visto na praia.
Eu me sinto como um filho da puta sabendo que a deixei cair quando
minha mente congelou. Ela raspou as costas na porra da parede por
minha causa. Como eu poderia ter feito algo assim?
Certo, eu não sou exatamente o cavalheiro que as garotas querem
levar para casa para conhecer seus pais, e eu costumo foder e ir embora
mais do que entro em relacionamentos, em qualquer relacionamento.
Mas não fui criado assim. Eu nunca iria querer machucar uma mulher
assim.
Merda.
— Sinto muito, — é tudo o que posso dizer. Estou sem palavras e tudo
o que quero fazer é abraçá-la, levá-la para casa e cuidar dela até que seu
corpo esteja curado.
Eu gentilmente seguro seu rosto e peço desculpas novamente, e sou o
mais honesto que já fui com uma mulher.
— Não me toque, Liam. Nunca mais me toque, — ela diz baixinho,
como se estivesse implorando. Em seguida, ela me empurra para fora da
porta e a fecha.
Eu a machuquei, e isso está acabando comigo.
Como ela pode me pedir para ignorá-la? Essa merda não acontece comigo.
Nunca.
Merda.
Capítulo Onze
EMILY

Sabe quando você chega em casa e precisa de um banho, mas está tão
exausto que se deixa cair na cama, sem se importar em trocar de roupa?
Bem, sou eu agora.
Minha mente continua voltando para aquele iate, e meu coração é
uma mistura de orgulho e inquietação.
Estou orgulhosa de ter repreendido Liam. Não consigo nem me
lembrar do que disse exatamente. Ugh.
Isso sempre acontece. Cada vez que confronto alguém, fico tão
nervosa com isso que nem sei se estou fazendo algum sentido.
Meu telefone está embaixo do travesseiro quando vibra, mas nem
tenho energia para abrir os olhos. Vou verificar amanhã.
Adormeço apenas para ser acordada pelo despertador. Parece que tirei
uma soneca de dez minutos em vez das dez horas de sono.
Depois de um banho muito necessário, ainda um pouco
desconfortável no peito, abro meu laptop na ilha da cozinha para
verificar meus e-mails. O Sr. Torres enviou dois e-mails. Isso é mais um
do que o normal.
Eu tenho onze dias para deixar tudo pronto?
Olhando para o texto do e-mail, reli as mesmas frases várias vezes. A
ansiedade me atinge como uma avalanche. Por que ele mudou a data
planejada?
Ainda bem que eu não mandei nenhum convite! Merda! Tenho que enviar
convites o mais rápido possível! Reservar o local! Avisar o serviço de bufe!
Começo a fazer uma lista de todas as coisas que devo fazer
imediatamente e, em seguida, respondo ao Sr. Torres.
Volto para o meu quarto para pegar meu telefone debaixo do
travesseiro, para que eu possa fazer alguns telefonemas, e só agora me
lembro do meu telefone vibrando na noite passada. Vejo que tenho
algumas mensagens de texto não lidas.
Alex: Você está bem? O que aconteceu no iate?

Vejo que Dave, o barman, tem uma boca grande.


O primeiro e-mail é o e-mail regular que recebo com a lista super
detalhada de minhas tarefas semanais. Meu chefe de 78 anos é um pouco
maníaco por controle.
De vez em quando, ele não consegue deixar de fazer parte do meu
trabalho para mim. Não que eu me importe, isso toma meu trabalho
mais fácil, na verdade.
O segundo e-mail é sobre o Baile Anual de Caridade para Veteranos da
cidade. Sendo ele próprio um veterano, o Sr. Torres leva este evento
muito a sério.
Se tiver a chance, ele sempre deixará você saber o quanto ele se
considera um dos sortudos, o que significa que ele foi capaz de voltar
para casa e fazer algo de si mesmo em vez de se perder no estresse pós-
traumático.
Mas ele só tinha conseguido fazer isso com a ajuda de outras pessoas,
e esse baile era sua maneira de retribuir.
Ciente de como este evento é importante para ele—e não posso
ignorar o fato de que também é importante para mim—, tenho a missão
de organizá-lo perfeitamente todos os anos.
No ano passado, assim que o baile acabou, comecei a planejar o
próximo, que achei que seria no final do mês que vem. Mas acho que não
mais.
Alex: Me ligue se precisar.

Alex: Emily.

Quase posso ler seu tom de súplica sério. Quando ele quer que eu me
abra para ele, ele apenas diz meu nome. É à sua maneira de dizer que é
meu melhor amigo. Devo ligar para ele depois de verificar as outras
mensagens de texto.
Nic: é segunda-feira de Mojito, vadia! Vamos nos encontrar na casa do Alex desta vez.

Não é nem meio-dia ainda, e ela já está pensando em beber.


Nic: Traga açúcar!!!
Eu mando uma mensagem para Nic de volta primeiro. Ela sabe que eu
nunca digo não à nossa tradição de segunda-feira de Mojito, que Alex e
eu tínhamos começado logo depois de conhecê-lo e antes de ela se
mudar para a cidade. Ainda me lembro daquela primeira segunda-feira.
— Segundas-feiras são uma droga, — reclamei, colocando meus
cotovelos no balcão com minhas mãos segurando minha cabeça.
Estávamos na Hook, a boate de Alex. Eu estava voltando para casa,
mas não conseguia passar pela boate sem dizer oi para Alex.
Eu o conhecia há alguns meses e, de alguma forma, desenvolvi uma
queda por ele.
Em minha defesa, eu era uma mulher de 24 anos, determinada a ser
mais feliz nesta nova cidade, e Alex foi o primeiro homem em três anos a
flertar comigo como o pegador que é.
Talvez porque ele não soubesse muito sobre mim na época. Além
disso, ele era atraente.
— Posso fazer com que as segundas-feiras sejam menos ruins para
você. — Ele pegou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e
correu a parte de trás dos dedos pelo meu rosto. — Vem aqui, — disse ele,
gesticulando para que eu fosse atrás do balcão, e eu fui.
— Já estou me sentindo melhor, — eu disse sarcasticamente, parando
ao lado dele.
Ele se colocou atrás de mim e eu deixei minhas costas encostarem em
seu peito.
Estávamos então de frente para as prateleiras de bebidas e ele disse: —
Escolha uma.
Eu soube então que ele iria me oferecer uma bebida, então apontei
para uma das garrafas de rum na prateleira de baixo.
— Sem uísque hoje? — ele perguntou suavemente, com seus lábios
atrás da minha orelha.
— O uísque também não gosta de segundas-feiras.
— Rum, então, — disse ele com determinação em sua voz, mas eu o vi
indo em direção a uma garrafa na prateleira de cima. Eu franzi minhas
sobrancelhas quando ele olhou para mim, mostrando a ele que eu não
tinha pedido por isso.
— Você é o tipo de garota superior, Emily — explicou ele com charme.
Ele fez dois mojitos e me entregou um. Me movi com a intenção de
sentar em um banquinho do outro lado do balcão, mas ele me pegou e
me sentou no balcão, ficando de pé entre minhas pernas e me
observando.
— Diga-me se você gosta, — disse ele enquanto me examinava.
Eu adorei, o que não me surpreendeu em nada.
Alex era o dono da boate, mas ele começou como bartender, então ele
definitivamente tinha as habilidades.
Conversamos enquanto saboreávamos os mojitos e seu jeito de flertar
era deliciosamente tentador.
Ele estava distraidamente acariciando minha perna com a mão, e eu
tive que lutar contra a vontade de beijá-lo. Em vez disso, coloquei minhas
mãos em seus ombros e agradeci.
— Isso definitivamente fez com que esta segunda-feira fosse menos
horrível, — eu disse com sinceridade.
— Vamos fazer isso toda segunda-feira então. Vamos chamar de
nossas segundas-feiras de Mojito, — sugeriu ele, e adorei a ideia.
Eu ainda estava apaixonada por ele e debatendo se fazer sexo com ele,
não importa o quão tentador, eventualmente enfraqueceria essa amizade
que eu estava começando a estimar de todo o meu coração.
Foi quando eu disse a mim mesma que ele não era meu tipo e pulei do
balcão.
— Graças a Deus você é uma vadia enrustida, então, em vez de um
caso, você arranja um melhor amigo, — pensei comigo mesma.
Ficando na ponta dos pés, beijei sua bochecha e agradeci novamente.
— Quando quiser, Emily, — disse ele quando eu estava saindo.
Merda. -Estou sentada aqui lembrando de Alex, em vez de realmente
ligar para ele. Então, eu faço exatamente isso, e ele atende no segundo
toque.
— Que demora, — ele exclama para mim, o que eu sei que significa
que ele está preocupado comigo, então me desculpo por não ter
respondido a ele antes, e ele suspira meu nome. — Emily.
Não quero fazer isso agora, especialmente por telefone. Então, conto a
ele sobre o incidente do café e omito tudo relacionado a Liam. Acho que
é o remorso que me inunda, já que eu deixo de incluir essa parte
intencionalmente.
Capítulo Doze
EMILY

Estou parada na frente da porta da frente de Alex, prestes a tocar a


campainha, e o cheiro de hortelã atinge meus sentidos.
— Ei, — Alex diz quando ele abre a porta e a segura enquanto coloca a
outra mão no batente. Ele está vestindo sua calça de moletom cinza usual
e uma camiseta branca surrada.
Se ele nem sempre cheirasse tão bem, seria de se pensar que ele só
tinha aquele conjunto de roupas para vestir em casa. Seu cabelo
despenteado combina com sua barba desgrenhada e crescente.
Eu levanto minha mão e acaricio sua barba, dizendo a ele que fica bem
nele. Droga, realmente fica.
— Vamos fazer esta segunda-feira ser menos ruim, — ele diz enquanto
beija minha testa.
A elegante casa moderna branca e cinza de Alex é o oposto total da
minha casinha em um estilo mais boho e menos chique.
Seu lar tem um ambiente relaxante que instantaneamente faz você se
sentir em casa. Não há bagunça em lugar nenhum, o que permite que
você se concentre apenas nas pessoas e não nos objetos.
Sua sala de estar e cozinha de espaço integrado tornaram-se meu
esconderijo tranquilo sempre que preciso refletir sobre minha vida.
— Você vai preparar os mojitos esta noite? — Tento não parecer
desapontada quando pergunto a Nicole. Ela está vestindo calças de ioga
azul claro e uma blusa que diz Intensamente Zen.
Estou olhando para ela e ficando com ciúmes de como ela parece
confortável. Eu vim direto do trabalho, então ainda estou de camisa e
saia lápis. Ugh.
Tirei os sapatos, como sempre faço quando venho aqui, mas ainda
gostaria de ter trazido algo mais confortável.
— Hoje é o dia! — ela responde, significando que hoje é o dia em que
seus mojitos terão um gosto melhor do que os que Alex faz. Sim, nenhum
dia é o dia, querida... -Você tem que admirar a determinação dela, no
entanto.
Coloco o pacote de açúcar no balcão da cozinha e vou para o grande
sofá branco.
— Dia difícil, uh? — Alex pergunta, olhando para minha saia.
Conto a ele sobre a reunião que tive com um dos patrocinadores
habituais do baile de caridade e como demorou mais do que eu esperava,
então acabei indo direto para a casa dele.
— Vá para o meu quarto—gaveta superior à esquerda. Fique
confortável, Em, — ele diz e me dá uma piscadela.
Abro a gaveta e pego um de seus menores shorts. Ao vestir, eu o
enrolo para que não caia. Esse short é o epitome da liberdade.
Deixo minha saia na cama king-size e volto para a sala. Alex está
sentado no meio e Nicole à esquerda, com as pernas esticadas no colo de
Alex.
Os mojitos estão na mesinha de centro, junto com nachos e
guacamole. Eu secretamente gostaria que Nic e Alex não estivessem com
fome para que eu pudesse comer todos os nachos sozinha. A comida me
toma gananciosa.
— Eu amo nossas segundas-feiras de Mojito, — eu confesso enquanto
me sento nos calcanhares ao lado de Alex. — Mas eu não posso beber
mais do que este copo. Eu preciso acordar cedo amanhã.
— Você vai a reuniões o tempo todo, Em. — Nic dá de ombros, me
desconsiderando totalmente. — O idiota vai estar lá? — Enquanto ela
deixa escapar a pergunta, ela me olha se desculpando.
Eu não a amo agora, e ela sabe disso.
— Quem? — Alex pergunta.
— O cara com quem ela fez sexo no seu escritório, — explica Nic, e eu
a interrompi antes que ela deixasse o mojito falar por ela.
— Ele está hospedado na Villa Pascoal, Alex. Sorte a minha. No
momento em que deixo minha vagina assumir o controle, ela vai direto
para o pau errado.
Na verdade, aquele pau era meio perfeito, mas não quero dizer isso em
voz alta. — Eu pensei e esperava nunca mais vê-lo novamente.
— Por quê? Ele fez algo com você? — O rosto de Alex fica sério.
— Vamos apenas dizer que ele é meio como Amelia, — estou tentando
inverter a conversa, mas não tenho certeza se está funcionando, porque
agora os dois estão olhando para mim, esperando que eu elabore. Merda.
— Você sabe, ótima foda, mas pobre personalidade?
Nic e Alex concordam com a cabeça, então agora acho que consegui
desviar a atenção deles.
— A propósito, estou esperando o ingresso da próxima festa! — Nic se
vira para Alex, batendo o pé no chão.
— Você sabe que não precisa disso, Nic. — Alex responde e revira os
olhos.
Ele tem razão. Não precisamos do cartãozinho que todos ganham
como ingresso para ir às festas temáticas da boate.
Mas Nic tem essa coisa de guardar todos os ingressos para todas as
festas e shows que ela vai. Perdi a conta dos álbuns de fotos que ela tem
para mantê-los.
— Eu também não preciso de um vestido novo, mas vou comprar um
de qualquer maneira! — ela diz, levantando-se e indo para o balcão da
cozinha. — E você também, Em! — Ela acrescenta enquanto volta com
mais mojitos.
Estou no terceiro mojito agora, e o rum parece estar subindo direto
nas minhas veias. Agora eu nem me importo em ir embora, e tenho
certeza de que não estou preocupada com a reunião de amanhã.
Estou apenas deitada no sofá, com a TV sem som ligada e ouvindo
música, discutindo para quais shows venderíamos nossas almas.
Digo a mim mesma que estou embriagada quando, na verdade, já subi
alguns níveis acima disso.
Acordo com uma leve dor de cabeça e sinto que o sofá está muito mais
duro do que deveria. Percebo que minhas pernas estão entre as de Alex.
Estou deitada sobre ele e minha mão está sob sua camisa, acima de
seu coração.
Eu posso sentir seu batimento cardíaco e seu peito subindo e
descendo tão lentamente que me acalma. Eu olho para cima e ele está
com uma mão atrás da cabeça. Embora eu tenha certeza de que ele não
está confortável, ele parece relaxado.
— Bom dia, — ele diz, com os olhos ainda fechados enquanto uma de
suas mãos está acariciando minhas costas como uma pena. Estou
olhando para ele quando ele abre os olhos e olha para os meus.
Respiro fundo e, quando estico um pouco as pernas, ele se contrai em
seu centro. Meu estômago sente seu comprimento crescendo sob sua
calça de moletom.
Eu deveria me levantar e sair, mas essa contração vai direto para o
meu núcleo como se esse fosse o único destino possível. Meus olhos se
arregalam quando sinto uma umidade quente em tomo da minha
entrada.
Pare de babar, sua vadia, eu ordeno minha vagina.
Seu aperto nas minhas costas aumenta enquanto seus olhos olham
diretamente nos meus. A sede luxuriosa em seu olhar combina com a
minha. Você não fode com seu melhor amigo.
Você especialmente não fode com seu melhor amigo que
ocasionalmente fode com sua outra melhor amiga. Eu sou ^uma pessoa
sensata ou assim me disseram.
Mas agora, se você olhar ao redor da sala, não há sensibilidade a ser
encontrada.
Antes que eu possa impedir, ouço-me gemer baixinho e sinto mais a
rigidez sob meu estômago. Minha mente vai direto para minha boceta.
Tire as mãos da porra do volante, sua vadia.
Eu rapidamente me levanto e fico de pé, de costas para o sofá,
enquanto finjo habilmente fazer um coque bagunçado.
Eu tenho cabelo cacheado, então não importa o que eu faça, sempre
vai parecer bagunçado, mas a tarefa está momentaneamente me tirando
desta situação estranha.
A questão é que nunca me senti estranha com Alex, nunca.
Não quando eu tinha uma queda por ele, que de repente está
ressurgindo como um fantasma do passado. Não quando falamos sobre
nossos— principalmente seus—casos.
Ele me conhece e eu o conheço. Então ele sabe que estou tentando
evitar o constrangimento, e eu sei que ele está me ajudando a ter sucesso
nisso.
Mas merda, não quero ficar desconcertada perto dele.
Ou em torno de sua ereção matinal, por falar nisso
— Sinceramente pensei que isso, — digo, apontando para o centro
dele, — só acontecia com adolescentes.
Vou com a estratégia de piada-sobre-a-situação-que -você-prefere-
nem-mencionar. Obviamente, é uma merda, mas Alex definitivamente
vai aceitar isso por mim.
Ele ri e se move no sofá, claramente tentando colocar seu corpo de
volta em uma posição confortável. — Em...
— Merda. Eu tenho que ir! Merda! — Eu o interrompo sem intenção e
com nervosismo quando verifico a hora. Corro para o quarto dele e
percebo que Nicole está dormindo em sua cama, com uma das pernas
dela na minha saia.
Quanto rum ela colocou nesses mojitos?
Troco de roupa e volto para a sala. Alex está bebendo água e aponta
para outro copo no balcão. Eu pego e bebo a água em um segundo.
— Obrigada, — eu digo apressadamente. Eu beijo sua bochecha e saio
correndo de lá.
Tenho exatamente quarenta e sete minutos para chegar ao trabalho e
só preciso de trinta para ficar pronta.
Eu sei que não vou me atrasar para o trabalho, mas prefiro acreditar
que essa adrenalina correndo pelo meu corpo está relacionada a trabalho
do que relacionada a pau.
O que diabos eu quase fiz? Nada, vadia. Você quase não fez nada. Você
apenas pensou sobre isso.
Eu sinto que estou fazendo a caminhada da vergonha, aparentando
estar com pressa porque estou. Estou fugindo, o mais rápido que posso,
desta sensação indecente que minha vagina está me provocando.
Capítulo Treze
EMILY

O Sr. Torres me dispensou logo após o início da reunião, o que achei


intrigante e aliviante.
Eu não teria me importado de participar da reunião, já que Liam não
estava em lugar nenhum, mas acho que agora tenho tempo para ir ao bar
da piscina do hotel e finalmente tomar minha dose de cafeína.
Eu olho em volta da grande piscina e observo os turistas.
A maioria deles são jovens casais claramente aproveitando suas
pequenas férias. As espreguiçadeiras acolchoadas são organizadas em
pares especificamente para eles.
Vejo uma senhora idosa sentada à beira da piscina, lendo um livro. Ela
parece estar se divertindo muito.
Seus olhos nunca saem das páginas e, a cada dois segundos, um
sorriso é perceptível em seu rosto.
Eu me pergunto se ela está aqui sozinha considerando que aquele
livro é sua única companhia. Ela pode estar sozinha, mas não parece
solitária. Ela parece esperançosa, me mostrando que a solidão pode ser
uma escolha em vez de um castigo.
Estou terminando meu café quando recebo um telefonema da
empresa de bufê confirmando o que eu havia pedido para o baile de
caridade, e sinto como se um peso tivesse sido tirado de meus ombros.
Posso riscar essa da minha lista de tarefas.
A senhora de oitenta e poucos anos está agora ao meu lado, no bar,
pedindo algo para beber. Ela me olha e sorri.
— Persuasão, — ela diz, me mostrando a capa do livro. — É o meu
favorito. Eu levo para onde quer que eu vá.
— Estou vendo. Deve ser uma história maravilhosa, — digo, me
perguntando se ela sente falta de uma conversa.
— Ele me lembra meu falecido marido, — seu rosto se ilumina como o
sol.
Como invejo sua capacidade de sorrir ao pensar em alguém que você
nunca mais verá. Alguém que nunca mais te beijará.
Ela deve ter notado minha reação sombria quando disse: — Vejo que
você perdeu alguém que lhe é querido.
A maldita sabedoria dos idosos.
— Mas devo dizer que o medo de perder alguém que você ama é
muito maior do que a própria perda.
— Quando amamos e somos amados de volta, devemos garantir que
eles saibam disso para que, mesmo quando morremos ou eles morrem,
esse amor permanece intocado e nunca se perde.
Eu estava errada. Idade não traz sabedoria porque isso era pura
insanidade.
— Obrigada, — é o que eu digo porque eu sou uma pessoa legal e eu,
de vez em quando, filtro meus pensamentos. — Aproveite sua estadia.
Eu sorrio e começo a andar para o outro lado, na direção de tudo o
que não me lembra de mim.
Paro no saguão do hotel e mando uma mensagem para Nic.
Emily: Você nunca mais vai fazer mojitos. Além disso, tenho certeza de que Alex pensou
que eu era você esta manhã.

Ela responde imediatamente, como a viciada em telefone que é.


Nic: MEU DEUS! Eu sabia que algo tinha acontecido! Vocês dois transaram?

Emily: Não tenho ideia do porquê somos amigas.

Sério, ela não tem filtro. Ela pode ter um MBA, mas não pode dizer
sessenta e nove ou setenta e sete ou qualquer outro número aleatório
sem adicionar uma insinuação sexual esquisita.
Juro que ela precisa de terapia mais do que eu.
Nic: Você me ama! Me ligue depois do trabalho!

Estou usando um dos dois terninhos que realmente têm bolsos, então
mantenho meu telefone em um dos bolsos e decido que é hora de voltar
lá para cima.
Com sorte, Ethan não precisa mais se desculpar pelo incidente do
café. Ele tem boas intenções, mas eu realmente não preciso de um
lembrete daquele dia.
Eu olho para a entrada e noto este presente de Deus de mais de um
metro e oitenta, embrulhado em um temo cinza. Liam.
Ele está sorrindo enquanto tira os óculos de sol.
Como tirar os óculos de sol pode ser tão excitante?
Ele é tão alto e musculoso que nem percebi a mulher andando atrás
dele, movendo-se para a direita.
Ela é linda. Seu cabelo castanho ondulado perfeito cai até os ombros, e
ela está usando um vestido floral curto com um grande -decote.
Sim, mostre para nós, garotas comuns, como não podemos parecer
gostosas.
Para minha consternação, o vestido fica incrível nela, e eu não julgaria
se ela não estivesse com o braço em volta dele agora.
Ele se vira para ela e eles se abraçam. Não consigo ver se eles se
beijam, mas é definitivamente um abraço apertado. Quem é ela? Ela é a
razão pela qual ele não está na reunião? Merda. Essa é a namorad...
Não. Não é da minha conta. A ignorância é uma benção. Merda.
Viro-me para o elevador, repreendendo-me por querer olhar para trás,
mas orgulhosa porque não o faço. O autocontrole é um trabalho árduo.
Assim que as portas do elevador se abrem, eu entro, sentindo-me
cercada por calor. Liam. Espero que outra pessoa entre, mas não tive essa
sorte.
Estamos em lados opostos do elevador.
Esse temo cinza justo está me matando. Sua camisa branca está
desabotoada, permitindo-me dar uma espiada na memória de seu peito
forte.
Estou seriamente perdendo a capacidade de respirar e acho que acabei
de desenvolver claustrofobia. Ele está olhando para os botões do elevador
como se quisesse ter certeza de que apertei o botão certo.
Eu posso ser uma idiota, mas eu entendo de elevador, imbecil.
— Eu direi isso uma vez, então, por favor, me escute, e prometo que
vou ignorá-la exatamente como você me pediu, — ele se aproxima de
mim e exala depois de respirar fundo.
Ele parece tão sério que não ousarei me mexer.
— Você... Não era minha intenção. Aquela noite. Machucar você,
quero dizer. Mesmo com sua máscara, eu sabia que você era linda, mas
quando vi seu rosto, porra, não pude acreditar.
— Eu estava hipnotizado por você e congelei. Eu nem sabia que você
tinha arranhado as costas, porque tudo que pude fazer foi olhar para o
seu rosto.
Ele respira fundo novamente, sugando todo o oxigênio dentro do
elevador, e continua. — Eu sinto muito. Mas não vou pedir desculpas
repetidas vezes por ter feito algo de que não me arrependo.
As portas se abrem e ele sai, dando passos firmes, esticando os dedos
ao máximo e, instantaneamente, fechando-os em punhos.
Capítulo Quatorze
Alex: Almoce comigo.

Emily: Se se eu pagar dessa vez.

Alex: Combinado.

Frequentamos o Nonna’s desde sempre. É assim que gosto de pensar


nisso.
O Nonna's é um pequeno restaurante italiano rústico de propriedade
do casal siciliano mais fofo que já vi. Alex e eu escolhemos como nosso
lugar, o único lugar que vamos para almoçar, só nós dois.
Acho que é porque ambos gostamos do fato de que os proprietários,
Rosa e Francesco, nos tratam como tratariam seus próprios filhos. É
irritante e reconfortante ao mesmo tempo.
Assim que entro, a campainha toca, e Alex, que já está sentado à nossa
mesa, olha para mim e levanta levemente o queixo.
Uau, vamos ter uma conversa séria hoje.
O restaurante está meio cheio e os clientes não falam muito alto.
Estou a dois passos quando meu corpo é esmagado em um abraço forte.
Eu olho para a fonte desse afeto e sorrio.
— Como você pode ser tão pequena e, ao mesmo tempo, tão forte,
Rosa, — eu digo enquanto a abraço de volta.
Rosa é a dona, garçonete e ajudante de cozinha. Ela é o coração deste
lugar. Bem, junto com Francesco, seu amado como ela gosta de chamá-lo.
Seu pequeno corpo contrasta com seu sorriso tremendamente amplo
e acolhedor. Ela sempre usa vestidos esvoaçantes de cores vivas, e o único
detalhe que pode denunciar sua idade é o cabelo prateado, preso em um
coque perfeito.
— Amore! Não te vejo há mais de uma semana! Agora me dê um beijo
antes de se sentar ao lado do nosso lindo ragazzo, — ela diz enquanto
passa as mãos nas minhas roupas, como se estivesse verificando se estou
bem.
— Você precisa de um pouco de massa, criança. Eu posso sentir seus
ossos.
Isso não é verdade, mas é o que ela me diz toda vez que nos
encontramos.
— Aquela é a Emilia? — Uma voz rouca pergunta, vindo da cozinha. O
homem caminha calmamente, sacudindo a farinha das mãos.
Seus olhos escuros e rugas profundas dão aquela impressão
estereotipada de que ele é um mafioso. Mas quando você consegue um
sorriso dele, sabe que ele tem um coração de ouro.
— Nosso Alessandro parece que precisa de um frango Vesúvio e sua
cara, minha querida, me diz que você precisa de um penne alia vodca! —
ele diz, soando como um especialista profissional em comida caseira
porque ele é.
— Parece bom, — eu digo com sinceridade. Não consigo me lembrar
da última vez em que realmente pedimos algo; Francesco insiste em
decidir o que precisamos com base em nossa aparência. E não posso
reclamar.
Eu ando em direção à nossa mesa e me sento ao lado de Alex.
— Você fugiu de mim esta manhã, — ele diz com naturalidade.
— Eu não fugi, — eu respondo sem pensar um segundo porque é
verdade. Eu não fugi dele. Eu fugi de meus pensamentos sujos.
— Eu cheguei ao trabalho na hora certa, obrigada por perguntar, —
digo sarcasticamente enquanto o cutuco.
Como foi a reunião?
— Eu nem era necessária lá. Tudo o que fiz foi providenciar a papelada
e esperar.
— Aquele Liam estava lá? — Ele pergunta hesitantemente, e eu noto
sua mandíbula cerrando.
Eu seguro seu braço e escondo meu rosto com ele. — Podemos não
falar sobre isso? — Eu imploro, sentindo minhas bochechas ficarem
vermelhas.
— Quando é que nós não falamos sobre nada? — Ele pergunta, e eu sei
que ele está certo. Eu odeio quando ele está certo. Então eu admito.
— Em primeiro lugar, nunca mais usarei seu escritório para sexo.
— Definitivamente não, — ele responde como se já tivesse decidido
isso.
— Em segundo lugar, o sexo foi ótimo, — eu digo, corando como
sempre coro quando falamos sobre o sexo que temos com outras pessoas.
Eu sou uma vadia em negação. Ugh.
Seus olhos azuis estão examinando meu rosto e ele está prestes a dizer
algo quando Rosa traz nossos pratos para a mesa. Meu prato poderia
alimentar uma família de três pessoas, e ela está definitivamente
orgulhosa disso.
— É melhor você limpar seu prato, ou vai levar o resto para casa, — ela
ordena da maneira mais carinhosa. — Buon appetito, — ela diz enquanto
sai.
Pego meu garfo e percebo que Alex ainda está olhando para mim.
— Existe um terceiro lugar? — Ele pergunta como uma forma de me
fazer manter o assunto da conversa. Então, apenas conto a ele tudo o que
aconteceu.
Falo entre mordidas, tentando não me distrair com a refeição
deliciosa que estou tendo.
Quando não há mais nada a dizer, eu me viro para ele e percebo que
ele ainda não comeu nada. Ele está apenas se concentrando em mim e de
repente estou preocupada.
Ele não parece bravo, não completamente, mas há uma pitada de
tristeza ou decepção em seus olhos.
Não consigo identificar exatamente o que é. Ele não está dizendo
nada, então faço questão de mostrar que minha aventura de uma noite
não é relevante, voltando a atenção para ele.
— Chega de falar sobre mim. Não conversamos sobre como você
acabou sendo compartilhado por Nic e Ameba. — Eu digo de brincadeira.
— Você está fazendo parecer que fui usado, — ele brinca. —
Simplesmente aconteceu. Eu estava... eu bebi um pouco demais naquela
noite, — ele parece arrependido, e eu digo a ele exatamente isso.
— Não foi o melhor ménage que eu já fiz, e agora tenho que impedir
Amelia de pensar que vai a qualquer lugar mais longe do que isso.
Oh, as dores de ser um pegador.
— Você já pensou que poderia estar com alguém, apenas
comprometido com uma pessoa? — Eu digo, me perguntando de onde
diabos essa pergunta veio. Ele não fica surpreso com a pergunta, no
entanto.
— Eu não sei, Em. E você? — Ele pergunta, e eu percebo que minha
pergunta saiu pela culatra para mim.
Ótimo.
— Você sabe que já fiz isso, Alex. Estive em um relacionamento
totalmente comprometido e tudo o que recebi foi uma carta sangrenta,
literalmente sangrenta e um corpo para enterrar.
Sinto meus olhos lacrimejarem enquanto falo, e ele coloca o braço em
volta de mim, me puxando para mais perto dele.
— Não é culpa sua, e você sabe disso. — Ele me conforta com um beijo
na minha testa.
— Olhe para mim, — ele diz enquanto segura meu rosto com as mãos
e olha nos meus olhos. — Você merece mais do que uma aventura de
uma noite e uma tentativa fracassada de sexo contra uma parede de
tijolos.
Nós dois rimos.
— Você também, Alex.
Nós nos abraçamos de acordo. Rosa vem à nossa mesa para nos
repreender por não termos comido tudo e declara que vamos comer a
sobremesa, queiramos ou não.
— Ainda não conversamos sobre esta manhã, — ele diz com um
sorriso malicioso enquanto coloca uma colher de tiramissu na boca e me
olha de lado.
— Oh, tire esse sorriso do seu rosto, — eu ameacei. — Eu só... droga...
Tento explicar, embora ele não tenha realmente pedido uma
explicação.
— Não consigo mais confiar em mim. Sério, Alex, entendo que você
pensou que eu era Nic, mas por um momento, eu realmente queria
transar com você. Você! O meu melhor amigo! — Eu confesso em um
sussurro envergonhado.
— Eu sabia que era você, Em.
— Tanto faz. Essa não é a questão. E depois eu vou trabalhar e Liam
aparece extremamente gostoso. E ainda estou perturbada por causa da
sua... situação matinal.
— Merda! Devo estar sofrendo de um desequilíbrio hormonal ou algo
assim.
Eu desabafo embaraçosamente tudo o que estou sentindo e suspiro.
— Você estava nervosa, hein? — ele pergunta enquanto tenta não rir.
— Cale a boca. — Eu reajo rapidamente levantando uma colher cheia
de minha panna cotta e segurando na frente de sua boca para ele comer.
Rosa está atrás do balcão perto da máquina de café expresso quando a
campainha toca, e Alex segura minha coxa enquanto sussurra no meu
ouvido.
— Por favor, finja que estamos juntos para ela não tentar algo. Estou
sem paciência, — ele implora.
Eu olho para ele e levo minha mão ao rosto, acariciando sua barba
crescente. Meu sorriso diz a ele que já estou gostando de sua situação.
— Que bom encontrar vocês dois aqui, — Amelia diz, desfilando em
direção à nossa mesa.
— Já estamos indo embora, — o tom de Alex é frio, e eu acho que ele
não estava exagerando quando reclamou do fato de que ela não tinha
parado de mandar mensagens para ele desde a última sexta-feira.
— Ele tem estado ocupado, — eu digo enquanto me inclino para mais
perto dele e coloco minha mão em seu peito, sem saber o quanto de suas
investidas vou ser capaz de bloquear.
— Entendo, — ela responde. — Mas eu sei com certeza que nosso Alex
aqui é muito bom em multitarefas. — Ela sugere sedutoramente.
Droga, essa garota é boa.
— Só quando o que estou fazendo é fácil, — Alex responde, e eu me
viro para encará-lo enquanto estou absolutamente atordoada e orgulhosa
de sua resposta sarcástica.
Ele então leva a mão ao meu rosto, esfrega meus lábios com o polegar
e me beija.
Nossos lábios se tocam e minha mente sofre espasmos. Eu ouço
Amelia dizer algo no fundo, mas é como se ela estivesse muito longe para
eu entender o que ela está dizendo.
Alex lambe meu lábio superior enquanto sua língua pede permissão.
Estou indefesa. Eu não quero que isso acabe. Meu corpo inteiro está
derretendo e tudo que posso fazer é obedecer.
Meus lábios se abrem e minha língua prova o tiramissu na dele. Eu
paro para respirar quando ele mordisca meu lábio inferior, e uma onda
celestial de desejo desce até meu núcleo.
Eu caio do céu— direto para a porra do inferno com certeza —-quando
nosso beijo é interrompido pelo som estridente do moedor de café.
Eu me sinto tão aquecida quanto ele parece se sentir, e quando
recupero a capacidade de falar, ainda estou sem palavras.
— Acho que ela foi embora, — é tudo que posso dizer, olhando para o
assento onde Amelia estava.
Capítulo Quinze
EMILY

Dr. Joseph Mortimer Granville.


Como esse homem nunca recebeu o Prêmio Nobel da Paz está além
da minha compreensão. Vá em frente, pesquise no Google. Ouso dizer
que, se não fosse por ele, metade da população mundial já teria
enlouquecido.
E graças àquele homem admirável, levanto-me e vou para o chuveiro
me sentindo uma pena.
Eu rolo o Instagram sem rumo enquanto tomo um café e encontro
uma dessas citações edificantes inevitáveis: — Ame-se primeiro e tudo se
ajusta.
Você deve se amar verdadeiramente para fazer qualquer coisa. Quem quer
que tenha escrito isso, na verdade tem razão. Eu definitivamente me amei
logo pela manhã, e agora que tomei meu café, estou convencida de que
posso fazer qualquer coisa hoje.
Minha moral está em alta e tudo de que preciso é minha caminhada
regular na praia.
Caminhar à beira-mar é uma delícia, especialmente se você fizer isso
quando ela estiver deserta. Existe uma certa gratificação em pisar na
areia que ainda não tem nenhuma outra pegada.
Existem apenas as linhas que marcam onde as ondas chegaram e as
pegadas ocasionais de gaivotas.
O bom de andar ao som das ondas é que me permite pensar. O lado
ruim disso é que me permite pensar.
Eu estaria mentindo se dissesse que beijar Alex não me afetou. Não é a
primeira vez que nos beijamos.
Às vezes, nós nos beijamos como forma de agradecimento, certo?
Mas isso não foi um selinho. Aquele foi um tipo de beijo apaixonado
dos céus que diz vou-levar-seu-DNA-e-alma-durante-o-processo.
Ugh. Eu sou uma idiota.
Meu telefone vibra no bolso e vejo que Nicole acordou cedo.
Nic: é melhor você estar pronta para ir às compras de vestidos! Estou a caminho.

Merda. Esqueci que deveríamos comprar vestidos para a festa Fire and
Ice. Acho que vou para a loja vestindo calças de ioga e uma camiseta
extragrande com um nó na frente.
Pelo menos vou fazer compras confortavelmente.
Emily: Estou na praia. Encontre-me no caminhão de sorvete.

Se não fosse pelo Dr. Joseph Mortimer Granville, provavelmente


estaria inventando uma desculpa para não ir. Agora, depois de me amar
ao som de uma invenção vibrante, sinto que quero um vestido novo.
Droga, eu quero sapatos novos, roupas intimas novas, posso até comprar
maquiagem!
Chego ao caminhão de sorvete e Nic ainda não chegou, então pego
meu telefone e verifico se ela ligou. Ela não ligou, mas há uma mensagem
de Alex.
Alex: Acho que você está usando uma camiseta minha.

Ele tem razão. Estou usando uma de suas camisetas. Eu peguei


emprestado uma vez, alguns meses atrás, quando fiquei na casa dele. Mas
eu nunca disse que devolveria.
Eu olho em volta e examino a área, mas não o vejo, então mando uma
mensagem de volta.
Emily: Estou usando uma camiseta que costumava ser sua, sim.

— Fica melhor em você de qualquer maneira. — Uma voz muito


familiar me assusta. Eu me viro e o vejo, vestindo uma calça de temo azul
escuro, uma camisa branca e um cinto marrom combinando com
sapatos.
O Dr. Joseph Mortimer Granville falhou em inventar isso
— O que você está fazendo acordado tão cedo e pronto para o
trabalho? — Eu pergunto, genuinamente interessada.
— Bom dia. — Ele sorri e beija minha testa. — Tenho uma reunião
com um dos meus fornecedores. Estou indo para o escritório deles agora,
— ele diz.
— Bem, estou esperando por Nic, e depois vamos comprar vestidos, —
digo, um pouco animada demais. Ele sorri e engole ruidosamente antes
de deixar o ar sair de seu nariz.
— Ficarei surpreso se você conseguir encontrar um vestido tão sexy
quanto o que usou na festa Fire and Ice do ano passado, — ele diz antes
de olhar para o relógio.
— Merda. Eu realmente preciso ir. Divirta-se nas compras, — ele diz
enquanto coloca o braço em volta da minha cintura, me puxando para
mais perto e me beijando na testa.
Enquanto observo Alex sair, ouço o tom de reprovação de Nic.
— Você esqueceu que íamos fazer compras, não é? — Ela pergunta,
acenando com o dedo indicador apontado para o meu traje.
Sim. — Não, eu não esqueci. Você pode fazer qualquer coisa com
calças de ioga.
Eu amo Nicole, mas como é possível que ela verifique na internet o
que as lojas têm e ainda precise investigar cada canto de cada loja antes
de escolher uma única peça de roupa?
Ugh Eu me sinto como aquela senhora do meme — ninguém tem
tempo para isso.
— Eu saí com um cara ontem à noite, — ela me diz, e eu a vejo rir.
— Então é por isso que você não apareceu!
— Sim, não foi uma coisa planejada. Eu esbarrei nele e acabamos
jantando juntos, — ela diz com indiferença.
— Que legal! Como foi? — Eu pergunto, genuinamente interessada.
Ela já havia mencionado que ela e Alex pararam de ficar. Acho que isso
prova que estou errada, porque realmente pensei que eles iriam acabar
juntos.
Agora estou me perguntando se ela conheceu alguém especial, mais
especial do que Alex.
— Eu não o levei para casa se é isso que você está perguntando.
Eu não estava perguntando isso.
— Mas havia muito flerte envolvido, e eu acho que posso vê-lo
novamente. Na verdade, eu sei que eu vou porque ele estará na festa na
sexta-feira também.
— Parece que você tem um encontro! — Aplaudi, sabendo que Nicole
se recusa a ir a encontros. Eu continuo dizendo a ela que seu eu
romântico tem padrões muito elevados e tem muito medo da decepção.
É isso, ou ela está com muito medo de se apaixonar. No último
encontro que ela saiu, o cara a levou para um passeio em um balão de ar
quente; no dia seguinte, ela decidiu que não queria vê-lo nunca mais.
— Não é nada disso, — ela diz, enquanto entramos em outra loja. Esta
tem muitos vestidos vermelhos, então pode ser a último em que
entramos hoje.
— Ele acabou de sair de um relacionamento sério, e estou mais do que
disposta a ser seu rebote ou lançamento ou o que quer que seja! Ele pode
me driblar na cama o quanto quiser!
Ela ri e me dá uma piscadela enquanto tiramos vários vestidos a
caminho do provador.
— Quem é o cara que faz você disparar jargões aleatórios de basquete?
— Eu pergunto enquanto tento o vestido número dois e decido que este
é o escolhido.
Sei exatamente que roupa íntima vou usar com este vestido, e já tenho
os sapatos para combinar. Estou me sentindo bonita e muito confiante, se é
que posso dizer isso.
— Você o viu, então você sabe que ele vale totalmente a pena. É Ryan,
irmão de Liam. Acontece que ser um idiota não é uma doença genética,
— ela afirma, e minha mente vai instantaneamente para Liam.
Se Ryan vai para a boate, então Liam provavelmente estará lá também.
Merda Há alguma chance de ele se tomar o corcunda de Notre Dame
desde a última vez que o vi?
— Vou escolher este vestido e você definitivamente vai escolher
aquele! — Nic delira quando ela abre a cortina da cabine.
Voltamo-nos para o espelho para admirar nossas escolhas. O vestido
de Nic é um vestido de faixa com decote em V curto com uma fenda. Ele
molda perfeitamente seu corpo em uma forma de ampulheta.
Nós duas escolhemos vestidos vermelhos, mas o meu é um pouco
mais escuro. Optei por um vestido maxi que Nic insiste em chamar de
vestido de tule.
Espero que o decote profundo e a fenda na coxa desviem a atenção da
minha omoplata ainda em recuperação, visível sob as alças cruzadas.
— Esta foi uma manhã muito produtiva, — orgulha-se Nicole.
— E com as ligas e as roupas íntimas de renda que compramos,
amanhã à noite com certeza parece promissor, — declara ela aos
transeuntes na rua enquanto balança as sacolas no ar.
Eu não posso levar essa garota a lugar nenhum.
Capítulo Dezesseis
EMILY

Eu disse a Alex que chamaríamos um Uber para ir até a boate, sabendo


que Nicole se atrasaria e ele provavelmente ficaria irritado se tivesse que
esperar.
— Você tem cinco minutos, Nic, — eu a aviso, mas ela não se move.
Ela está grudada no espelho, conferindo novamente sua maquiagem e
triplamente seu cabelo.
Ela às vezes se esquece do pouco que precisa para tentar ficar
absolutamente deslumbrante.
— Esta é a festa mais agitada que a boate faz todos os anos. É como a
reunião anual das mentes pervertidas enrustidas que enlouqueceram.
Então me dê um minuto para parecer uma, — ela afirma com
entusiasmo.
No momento em que nosso Uber está na porta da frente, ela insiste
que ela não está totalmente pronta, e eu tenho que chutá-la para fora de
casa e para dentro do carro.
A Hook sempre parece uma boate completamente diferente quando a
Fire and Ice acontece.
Este ano, o local está dividido em duas seções. O mais próximo da
entrada é iluminado com lâmpadas brancas frias do chão para cima.
As barras têm o mesmo efeito. Tudo é prateado, das garrafas aos
banquinhos e mesas, e há esculturas de gelo nas bancadas.
Na parte de trás da boate, uma luz vermelha cai em cascata ao longo
das paredes, e há dois enormes sofás de cada lado, um preto e um
vermelho.
Minha atenção vai para um dos sofás, onde duas mulheres estão
confortavelmente sentadas.
Uma delas, uma ruiva sensual, está usando um espartilho vermelho
que faz muito pouco para esconder seus seios, uma saia com anquinha
laranja-escura e meias sete oitavos vintage Estradas pretas. Ela parece
gostosa.
A outra mulher, magra com cabelo preto curto, está usando um
vestido de festa Charleston cor de vinho bem curto. Suas mãos estão
seguindo a parte interna das coxas uma da outra.
A ruiva está brincando com a liga preta sob o vestido Charleston e um
homem, que acaba de se sentar atrás da mulher de cabelos escuros,
sussurra atrás de sua orelha.
Ele deve ter dito algo lascivo, visto que a reação imediata dela é
morder o lábio inferior.
— Nunca imaginei que você gostasse de assistir, — Alex brinca, agora
de pé ao meu lado. Eu nem sei há quanto tempo ele está parado ali.
— Eu tenho que admitir que eles são incrivelmente sexys, — eu
confesso, ainda não querendo tirar meus olhos deles.
— Eu os contratei, — ele afirma presunçosamente.
— Você está mentindo!
— Eu estou, — ele diz, sorrindo e dando um beijo na minha testa. Eu
coloco minha mão em seu peito e me afasto ligeiramente. Estou fazendo
o meu melhor para parecer e soar firme e determinada.
— Emily, — ele diz com expectativa.
Eu acaricio seu rosto e digo o óbvio.
— Você fez a barba, — eu digo enquanto estou organizando meus
pensamentos. Parece que preciso de um maldito guincho para tirar
minhas mãos dele. Merda.
— Não vou beber muito esta noite, — declaro, mas seu olhar me diz
que não sou convincente o suficiente.
Eu odeio que ele me conheça. — Por favor, não me deixe beber muito, —
eu imploro, parecendo desesperada e envergonhada.
— Eu acho que posso fazer isso. Depois de tomarmos nossa dose, —
ele diz e pisca para mim.
Três doses e estou me sentindo tão bem quanto Nina Simone. A boate
está cheia de suor e hormônios balançando ao som da música lenta.
A maioria das mulheres está vestindo um tom de vermelho ou prata, e
todos os homens estão vestindo preto da cabeça aos pés. Estou pensando
que é uma tarefa difícil distinguir um homem de outro.
Mas é claro, estou errada. Não há como você confundir aquela figura
alta e robusta, aquele cabelo digno de ser agarrado e aqueles olhos azul-
celeste. Droga. A cor preta fica bem nele. Merda.
— Olhe para ele, — diz Nicole, direcionando nossa atenção para Ryan.
— Ele é tão doce. Ele nem imagina que vamos estar fodendo mais tarde,
— seus olhos são os de um predador estudando sua presa.
— Meu Deus, Nic. Você poderia, por favor, deixá-lo ter uma palavra a
dizer sobre isso? — Eu rio de sua franqueza atrevida.
Ethan é o primeiro a se aproximar de nós, dando um aperto de mão
em Alex, seguido por um olhar cavalheiresco para Nicole e eu.
Ryan imediatamente começa a falar com Nic, e quando ele se move
para o lado dela, eu olho para Liam de perto. Ele evita olhar para mim e
mantém os olhos em Alex, que o cumprimenta, e eles começam a
conversar.
Alex está de pé ao meu lado, conversando sobre o que quer que eles
tenham em comum... Ambos são muito atraentes e têm um pênis, acho que
é isso...
Estou olhando para eles e minha mente agora está mais obscura do
que minha lista de leitura do Wattpad.
Eu não aguento.
— Oi, você trabalha para o Sr. Torres, certo? — Eu me volto para a
origem dessa pergunta. Por que não a notei antes? Merda.
Eu reconheço aquela figura perfeita; é a mulher que Liam estava
abraçando outro dia. Ela é ainda mais bonita de perto. Posso odiá-la, por
favor?
Ela está segurando o braço de Liam com uma das mãos e brincando
com o cabelo com a outra. Vou ter que esconder meu ciúme atrás de um
enorme sorriso.
Fechando a porta para a necessidade iminente de gentilezas, eu aceno,
me desculpo e faço a única coisa razoável que posso fazer. Eu me viro
para o bar e peço a Dave duas doses de uísque.
E pretendo tomar as duas.
Dave olha para mim e depois para Alex como se esperasse permissão.
Traidor.
— Eu quis dizer sete doses, — minto enquanto finjo contar o grupo
agora formado.
— Eba! Doses! — Nic pula para longe de Ryan e me abraça. Seu abraço
continua enquanto ela sussurra: — Se você quiser ir embora, é só dizer.
— Eu sei, — eu respondo e dou um selinho nela. Ela dá um passo para
trás e seu sorriso me diz que ela sabe que estou bêbada, e não discordo.
Saber que Nicole está ao meu lado é revigorante, então não há
nenhuma chance de eu ir embora.
Eu simplesmente não posso ficar aqui -então eu me guio para o
banheiro, ziguezagueando meu caminho através da multidão, com a
intenção de ter uma conversa rápida comigo mesma na frente do
espelho.
Estou em uma espiral descendente para o poço do absurdo. Eu acho
que é isso que acontece quando você recusa a terapia e tenta descobrir
por si mesma.
Olhando para o meu reflexo, coloco sentido em meu absurdo
enquanto algumas mulheres vêm e vão, lavando as mãos ou retocando a
maquiagem. O número de mulheres que não fazem as duas coisas é
assustador.
Se eu fosse meu próprio terapeuta, provavelmente estaria dizendo a
mim mesma que estou caminhando no Limbo entre minhas duas
estratégias de enfrentamento favoritas, embora opostas.
Uma diz, transe e tenha aquela sensação momentânea de êxtase e a outra
diz, abstenha-se para evitar a dor. Eu não deveria ir para nenhuma delas e
apenas ser eu mesma, mas não consigo me lembrar quem sou.
Foda-se. Vou jogar uma moeda.
Ao sair do banheiro, posso sentir o cheiro do suor de casais sedentos
no corredor que leva à pista de dança. Estou ziguezagueando de novo,
como se não tivesse cuidado com quem toco os ombros, talvez eu
pegasse uma DST.
De repente, sou empurrada para o lado por um casal ansioso. Boa sorte
em conseguir alguma privacidade no banheiro, idiotas.
Não sei se é o uísque ou—quem estou enganando? É o uísque —Eu não
consegui me impedir de atingir uma estrutura muscular escondida sob o
tecido preto mais macio, com um toque de cedro.
Talvez?
Eu sei que é Liam antes de conseguir olhar para cima. Vejo seus braços
se erguendo como se quisessem me ajudar a recuperar o equilíbrio, mas
eles mergulham abruptamente em seus bolsos.
Liam levanta o queixo em direção ao teto, e quando ele olha para
baixo, seus olhos encontram os meus.
— Srta. Rhodes, — ele diz, sem tirar os olhos dos meus.
— Sr. Harding, — eu respondo, ansiosa para ganhar esta competição
estridente. Eu gostaria de ser Nicole agora. Ela é uma profissional nisso.
Assim que eu acho que estou prestes a enlouquecer, quando estou
tentada a olhar para seus lábios, ele se afasta.
Capítulo Dezessete
LIAM

Emily engoliu aquele uísque como se fosse suco de morango. Ela


lambeu a borda do copo antes de deslizar a língua pelo lábio superior.
Boom. Ereção instantânea.
Meu pau estava lutando para sair da minha calça social para chegar à
boca dela. Ela sussurrou algo no ouvido de Alex e se virou para sair.
Há algo acontecendo entre os dois?
Percebi que ela estava indo para o banheiro. A forma como seu vestido
se movia enquanto ela caminhava, se você prestasse atenção, poderia ver
que ela estava usando uma liga.
Merda Eu só conseguia imaginar meus dentes roçando nela.
Eu vi como outros homens olharam famintos para ela quando ela
passou por eles. Fiquei de olho nela até que ela sumisse de vista e,
quando me virei para Alex, percebi que ele estava fazendo a mesma coisa.
Ele estava definitivamente atento aos malandros.
Eu disse a ela que a ignoraria, pensando que seria fácil. Deus sabe que
fiz isso com mais mulheres do que posso contar, então por que não
consigo ignorar Emily? Não faço ideia.
Ela estava demorando muito para voltar, e eu não podia simplesmente
ficar ali parado e esperar.
— Eu já volto, — eu disse a Lara, que claramente não achou graça.
Eu não deveria ter deixado ela vir aqui.
Empurrando alguns dos canalhas que estavam olhando para Emily, eu
ando direto para o corredor que leva ao banheiro. Eu só preciso vê-la.
Eu a tinha visto na praia no dia anterior. Eu estava fazendo minha
corrida matinal quando a vi caminhando na praia. Parei de correr e fingi
que estava me espreguiçando só para olhar para ela.
Ela estava linda naquele momento, e estava ainda mais tentadora
agora. Eu só queria continuar olhando para ela.
Ó
Ótimo. Eu sou um stalker agora.
Caminhar por este corredor era como caminhar em um campo
minado sexual. Havia um casal bêbado se movendo desajeitadamente e
não fiquei surpreso quando vi a mulher tropeçando.
Fui pego de surpresa quando percebi que a mulher tropeçou em
Emily. Ela perdeu o equilíbrio e caiu no meu peito.
Senti suas unhas cravando na minha pele e só queria agarrá-la e fazê-
la deixar sua marca em mim em todos os lugares.
Eu a quero.
Mas ela me pediu para não tocá-la. Merda. Suas palavras ecoaram em
minha mente. Não me toque.
Então, eu dolorosamente me controlei. Minhas mãos estavam
queimando em meus bolsos. Eu me odiava por não a tocar, mas foi isso
que ela me pediu.
No segundo que seus olhos encontraram os meus, meu pau ficou
insuportavelmente duro.
— Srta. Rhodes, — eu a chamei pelo sobrenome como se isso fosse
uma maldita cerca de arame que me impedia de fazer o que queria com
ela.
Então, eu dolorosamente me controlei. Minhas mãos estavam
queimando em meus bolsos. Eu me odiava por não a tocar, mas foi isso
que ela me pediu.
No segundo que seus olhos encontraram os meus, meu pau ficou
insuportavelmente duro.
— Srta. Rhodes, — eu a chamei pelo sobrenome como se isso fosse
uma maldita cerca de arame que me impedia de fazer o que queria com
ela.
— Sr. Harding — ela respondeu, combinando com minha
formalidade, mas tendo um efeito completamente oposto em mim. Meu
sobrenome em sua voz parecia uma chamada sedutora para meu pau
estar dentro dela.
Puta merda.
Se eu tivesse ficado lá mais um segundo, eu teria fodido ela contra a
parede.
Capítulo Dezoito
ALEX

Estou tentando tirar os braços de Amélia do meu pescoço quando vejo


Emily.
Essa garota é extremamente irritante.
Caminhando em nossa direção, Emily sorri quando me vê, e posso
dizer que a última dose que ela tomou já fez efeito.
Acho que ela está levemente bêbada e peço a Dave que me traga um
expresso duplo. Ele me olha como se eu estivesse falando outro idioma.
E, ainda assim, ele é o barman mais inteligente da minha boate.
Ela está se aproximando de nós, e Ameba ainda está agindo como uma
porra de uma gata no cio. Eu seguro seu pulso para que eu possa tirar sua
mão do meu abdômen.
— Não vai acontecer, Amelia, — eu digo severamente, nem mesmo
olhando para ela. Meus olhos estão em Emily, e assim que ela está ao
alcance, pego o café expresso e entrego a ela.
— Você é meu salva-vidas, — ela me agradece e me dá um selinho
antes de tomar o café.
Merda. Ela cheira bem.
— Você precisa que eu jogue uma corda de salvamento para você? —
Ela pergunta, olhando para Amelia e estendendo a mão para mim. Eu
imediatamente pego sua mão e me aproximo dela.
— Vamos, dance comigo. Isso vai afastá-la, — ela diz.
O negócio é o seguinte: eu não danço. Nunca. Mas de alguma forma,
aqui estou eu, movendo meus pés.
Ela ri por eu estar totalmente desconfortável na pista de dança, e eu
me sinto o cara mais sortudo quando o ritmo da música muda, e nós
simplesmente balançamos ao som de um lento jazz eletrônico.
Emily está com as mãos no meu peito e posso sentir um de seus
polegares esfregando delicadamente minha camisa social.
Minha mão direita serpenteia lentamente por trás de sua cabeça, e eu
mantenho a outra mão em sua cintura, languidamente empurrando seu
corpo para mais perto do meu. Ela respira fundo antes de olhar para
mim.
— Acho que vou encerrar a noite, — ela diz, mas sei que seu corpo
quer ficar. Suas mãos estão coladas no meu peito.
É como na outra manhã, quando acordamos no sofá. Ela queria ficar
tanto quanto eu queria que ela ficasse. Ela está se questionando.
— Eu vou com você, — eu digo antes de beijar sua têmpora. — Eu te
levo para casa.
Assim que entramos no carro, ela tira os sapatos e solta um suspiro de
alívio.
— Você ainda tem aquele sorvete de chocolate triplo no freezer? —
Sua pergunta soa como um apelo.
Ela é a única que come isso, então não tenho a menor ideia se ainda
tenho um pouco de sorvete lá ou se ela já comeu e não consegue se
lembrar.
Eu digo que sim de qualquer maneira, e paramos na minha casa antes
de eu levá-la para a casa dela.
Abro a porta da frente e ela entra primeiro. Ela tira os sapatos
novamente, e não posso deixar de admirar como ela caminha
confortavelmente descalça, direto para o freezer.
É como se ela naturalmente pertencesse aqui.
— Quer um pouco de café depois disso? — Eu ofereço enquanto estou
pegando um pouco para mim. Ela pode ter ficado bêbada, mas parece que
o café e o chocolate venceram essa batalha.
Ela está sentada no banco da cozinha, seus olhos estão fechados e ela
desliza a colher em sua boca, com a língua debaixo daquela colher de
prata.
Eu tenho que sentar no banquinho ao lado dela antes de perder o
controle.
— Emily, — o nome dela sai da minha boca, tentando fazê-la se
concentrar em mim. A partir do momento em que ela entrou na boate,
sua atenção era tudo que eu desejava.
Esse vestido nela. Puta merda.
Eu acho que ela está gostosa mesmo quando ela está vestindo apenas
a minha camiseta surrada. Então, sim, esse vestido está absolutamente
me matando.
Minhas costas estão contra a ilha, e ela coloca as pernas no meu colo
enquanto leva outra colher de sorvete para sua boca.
Foda-se. Eu vou agir.
Minha mão acaricia sua perna e há um suspiro suave saindo de sua
boca. Quando meus dedos alcançam a liga e ela ainda não se move, eu sei
que ela quer que eu a toque tanto quanto eu.
— Alex, — ela murmura quando eu saio do banquinho para chegar
mais perto dela.
Ela inclina a cabeça para trás. Seu pescoço está completamente
exposto, e eu me inclino para ele, beijando-a suavemente do canto do
pescoço para cima enquanto minha mão está passando por sua coxa. —
Alex, — ela suspira.
— Não pense demais nisso, Em, — eu sussurro quando meus lábios
alcançam seu ouvido e suavemente belisco seu lóbulo.
— Por favor, — eu imploro a ela, e ela coloca a mão na minha nuca,
abrindo suas pernas para que eu fique entre suas coxas.
Meu corpo está agora mais perto do dela, e meus dedos acariciam a
bainha de sua calcinha já encharcada.
Puta merda. Eu amo isso.
— Olhe para mim, Em. Deixe-me ver seus olhos, — eu gemo.
Meu pau se contorce quando ela lambe o lábio superior e eu deslizo
dois dedos sob sua calcinha. Minha língua toca a dela e eu a chupo antes
de começarmos a nos beijar ferozmente.
Eu exploro sua entrada com meus dedos. Meu dedo indicador
percorre sobre seu clitóris, e meu dedo médio está lentamente deslizando
para dentro e para fora de sua umidade.
Ela solta um gemido e encosta sua cabeça no canto do meu pescoço.
Com minha mão livre, puxo sua cabeça para cima enquanto deslizo dois
dedos dentro dela.
— Olhe para mim, Em, — eu digo enquanto minha respiração está tão
descontrolada quanto a dela. Preciso ver como é o prazer em seu rosto.
Eu quero ver o quanto ela gosta disso.
Eu dobro meus dedos e acaricio a parede interna de sua boceta
enquanto meu polegar dança em seu clitóris. Ela envolve seus braços em
volta do meu pescoço e suas pernas em volta da minha cintura, e eu a
sinto apertar em tomo dos meus dedos.
Puta merda, meu pau está na porta do céu.
— Pode gozar, Em. Goze para mim.
— Alex... Oh, Deus, Alex, — ela chama meu nome, e eu quero
continuar dando prazer a ela até... para sempre. Eu sinto seu orgasmo em
torno dos meus dedos, e ela abre os lábios, deixando escapar um longo e
silencioso oh.
Estou segurando o rosto dela com uma das mãos, então continuamos
nos olhando e, enquanto meu polegar esfrega seus lábios, ela mostra a
língua e o lambe.
Seu corpo está tremendo, e não acho que posso ficar mais duro do que
estou agora.
Não conseguimos parar de nos beijar, ela desliza a mão entre nós e
segura meu pau através da minha calça, e eu mordo seu lábio inferior.
Estou prestes a explodir agora, então eu a agarro e carrego, com suas
pernas ainda ao redor da minha cintura.
Eu preciso ver seu corpo nu desmoronando por mim, comigo,
completamente nu, em cada cômodo desta casa.
E estou começando com o quarto.
Capítulo Dezenove
EMILY

Eu tinha comprado o sorvete há mais de um mês, depois de reclamar


com Alex que ele nunca tinha em sua casa. Sério, você não pode me
receber sem ter sorvete.
Eu tive que resolver o problema com minhas próprias mãos.
Ele perguntou se eu queria café, mas achei que estava bem sóbria.
Dito isso, eu estava, no entanto, definitivamente bêbada.
Quando Alex dobrou as mangas antes de ligar a máquina de café e
antes que aqueles antebraços bronzeados se flexionassem, nossa, ele me
deixou bem ligada.
Eu não preciso de café. Preciso de água benta para limpar essa minha
libido suja.
Eu nem mesmo me recuperei do orgasmo alucinante e galvanizante
ainda, e a sensibilidade de todo o meu corpo foi feita refém do seu toque.
Ele curva seus braços sob minhas pernas, e quando suas mãos agarram
minha bunda, me levantando do banquinho, arrepios vão direto para o
meu núcleo já sensível.
Posso sentir sua dureza, então aperto minhas pernas ao redor dele,
querendo sentir mais. Ele me puxa para cima e meu clitóris inchado roça
seu cinto, enviando uma onda de prazer pelo meu corpo.
— Eu preciso de você nu, — exijo da maneira mais lasciva que eu me
sinto. Nunca estive tão brava com vestimentas.
Ele solta um gemido enquanto me deita na cama e paira sobre mim,
me beijando apaixonadamente.
— Você é linda, Emily, — ele sussurra enquanto mergulha sua língua
na minha boca, e assim que ela toca a minha, meu corpo sofre um
espasmo em uma onda de choque prazerosa.
Ele me fez gozar com os dedos e só posso imaginar o que ele pode
fazer com a língua.
— Você tem certeza de que quer fazer isso? — Ele pergunta enquanto
puxa meu cabelo para trás com as mãos.
— Quem está pensando demais agora? — Eu respondo revirando os
olhos.
Este não é o momento para ele ser meu melhor amigo. Ugh.
Ele olha para mim e seus olhos são uma mistura de preocupação e
sede. Eles estão fixos nos meus, e só posso esperar que ele veja o quanto
eu o quero. Ele acaricia minha bochecha e deixa beijos suaves em meus
lábios.
— Emily, — ele sussurra, meu nome soando mais longo do que
realmente é, e assim que ele respira, eu sei exatamente o que ele está
pensando.
Merda. Ele está realmente fazendo isso?
— Agora não, Alex, — eu imploro enquanto me sento de costas contra
a cabeceira da cama. Eu sei que está levando tudo o que ele tem para não
me fazer olhar para ele. Suas mãos estão fechadas em punhos
impedindo-o de me abraçar.
Ele não tem medo de estragar nossa amizade. Ele não pode ter. Foder
nunca afetou sua amizade com Nicole, então esse não é claramente o
problema aqui. Certo?
Merda. Não sou boa o suficiente para uma aventura de uma noite? Ou
ele acha que vai quebrar meu coração como fez com a maioria das
mulheres?
Você não pode quebrar algo que já está quebrado, e isso é algo que ele
já deveria saber sobre mim. Mas é só isso. Ele sabe tudo sobre mim.
Então por que ele está questionando disso? Ugh. Eu ainda quero saber?
— Você não pode fazer isso, — eu disparo para ele, enquanto meus
olhos lacrimejantes revelam o quão nervosa estou.
— Você não pode me fazer gozar assim. Você não pode me fazer querer
você -assim e nem mesmo ter a decência de me tratar como um de seus
casos!
As palavras saem da minha boca antes que eu perceba o quão sem
sentido pareço. Mas eu sei que ele entendeu porque está olhando
diretamente para mim e sua expressão me diz que ele entende o que
quero dizer.
— Eu quero você, Emily. Você não tem ideia de quanto, — ele diz, se
aproximando de mim e colocando meu rosto suavemente em suas mãos.
— Eu quero beijar cada centímetro de sua pele, lamber cada
centímetro de você até que eu aprenda o que faz você enlouquecer para
que eu possa fazer isso repetidamente. Então, não, eu não posso -tratá-la
como um dos meus casos.
Ele se levanta e começa a andar na frente da cama, esfregando a nuca.
— O que você está fazendo, Alex? — Eu pergunto quando o que eu
realmente quero saber é o que ele está pensando. Pela primeira vez, não
consigo lê-lo agora.
Ele para e se inclina contra a cômoda à esquerda, sua respiração
instável contrastando com seu olhar firme.
— Eu nunca usaria você para sexo, Emily. Você significa muito para
mim. Eu sei que você sabe disso. — Ele suspira.
— No máximo nós estaríamos usando um ao outro, Alex, — eu
brinco, esperando conseguir arrancar um sorriso dele. Não quero que
nenhum de nós agrave a situação.
Eu me levanto e caminho em sua direção. Ele coloca as mãos na
cômoda e atrás das costas. Sua mandíbula está cerrada, mas seu olhar em
mim é afetuoso.
Eu olho para sua camisa desabotoada e meu peito aperta a ponto de
eu não conseguir respirar. Como é possível que depois dessa conversa, eu
ainda o queira?
Meu núcleo ainda está implorando por ele, e meus braços estão
pedindo por seu toque.
— Você é meu melhor amigo, Alex, e eu te amo, — eu digo de todo o
coração e suavemente, apertando meus braços ao redor dele. Eu quero
ele. Eu quero que ele me abrace como sempre faz, mas ele não está se
movendo.
Eu nem sei se ele está respirando.
— Eu também te amo, — ele sussurra antes de beijar minha têmpora.
Ele tira as mãos da cômoda e segura meu rosto com elas, seus polegares
acariciando minhas bochechas e sua testa tocando a minha.
— Eu te amo de verdade, — ele diz antes de sair do quarto e ir para o
banheiro.
Eu fico lá com minhas mãos na cômoda. O quarto esfriou, ouço o
chuveiro ligado e não tenho certeza se devo ficar aqui ou apenas ir para
casa.
Decido tomar um copo d'água na cozinha. Uma parte de mim me diz
que estou com sede e a outra parte diz que não aguento vê-lo sair do
banheiro, enrolado em uma toalha, depois de tomar um banho.
***

— Fique, Em. Por favor, — ele pergunta enquanto me entrega um


short e uma camiseta. — Você pode até ficar com esta também.
Eu deito em sua cama, secretamente esperando que ele venha e se
deite ao meu lado. Quando acordo, percebo que ele nunca o fez, e meu
coração cai em uma estranha sensação de decepção.
Ele nem está em casa. Ele geralmente vai à boate na manhã seguinte a
uma festa, para que possa — avaliar os danos, — como gosta de dizer. Mas
mesmo assim. Ele não está aqui.
Pego meu telefone para checar Nic e peço um Uber para ir para casa.
De jeito nenhum vou usar aquele salto alto de novo. Quero deixar um
recado para Alex, mas, pela primeira vez, não sei o que escrever. Pego a
caneta e escrevo a única coisa que consigo pensar.
— Definitivamente vou ficar com sua camiseta.
Mas eu prometo devolver o short.
Em
Deixo o bilhete na ilha da cozinha e saio pela porta quando percebo
que meu Uber já está esperando.
Nicole está vindo para o almoço, então, assim que chego em casa,
tomo um banho e verifico meus e-mails antes que ela chegue.
O Sr. Torres marcou uma reunião com os inquilinos da Villa Pascoal.
Eles se encontram amanhã, no final da tarde. Portanto, devo reservar
uma mesa para eles no restaurante mais chique da cidade.
Eu me pergunto por que o Sr Torres está tentando impressioná-los.
Faço a reserva e envio um e-mail a todos para confirmar a reunião.
Enquanto o Sr. Torres, Ryan e Ethan respondem com um
agradecimento, eu continuo atualizando minha caixa de entrada e ainda
não há resposta de Liam.
Foda-se. Ele não pode dizer que não foi informado.
Estou prestes a me sentar no sofá quando ouço Nicole na porta.
— Eu vi você saindo com Alex na noite passada, — ela diz
maliciosamente. Essa garota ainda nem entrou e já está me
bombardeando com perguntas.
— Onde vocês dois foram? Como foi? O que aconteceu? Conte-me
tudo!
— Só se você me contar sobre você e Ryan primeiro, — eu rio. A essa
altura, eu deveria apenas ouvir Nic e começar a fazer anotações sobre
como ter sucesso em ter um caso de uma noite.
— Sim, bem, vamos precisar de uma taça de vinho para isso, — ela
bufa, e eu concordo completamente.
— Acontece que Ryan é um cavalheiro completo, — ela diz, parecendo
chocada e frustrada. — Aparentemente, ele quer me conhecer melhor, —
ela bufa, e eu tento o meu melhor para não rir.
— Sério, ele me levou para dar um passeio na praia quando saímos da
boate. Na verdade, eu esperava que fôssemos foder ah mesmo, mas tudo
o que ele fez foi me beijar!
— E eu juro por Deus, a língua dele na minha boca sozinha quase me
fez gozar. Eu estava pronta para deixá-lo fazer qualquer coisa, qualquer
coisa, comigo.
Ela faz uma pausa e me lança um olhar mortal, como se para me avisar
que isso não era motivo de riso. Nunca vi Nicole tão frustrada
sexualmente e devo admitir que é divertido.
— Eu estava tão -excitada, e eu poderia dizer que ele estava com uma
enorme ereção sob as calças. Mas não!
— Em vez de me foder e me dar orgasmos durante toda a noite, ele
escolheu ir para casa e se masturbar pensando em mim. Ugh. Espero que
ele torça o pulso!
— Se isso faz você se sentir melhor, — digo entre risos, — Eu também
não fiz sexo.
Quando termino de contar a ela sobre minha noite com Alex, percebo
que esvaziamos a garrafa de vinho.
— O que há de errado com esses homens? A única ^vez que
precisamos que eles pensem com seu pau, eles conseguem bagunçar
tudo. — Ela franze a testa antes de ir para a cozinha para pegar outra
garrafa.
Capítulo Vinte
EMILY

Não sei muito sobre vinho. Realmente não sei dizer se é frutado ou
terroso ou quantos pontos atinge no seu paladar. O que posso dizer é o
quanto ele causa ressaca.
E o vinho de ontem é o tipo de ressaca leve, mas duradoura, que faz
você esquecer que é segunda-feira. Até que seu chefe ligue para você e a
ressaca passe magicamente.
— Todos confirmaram presença, — digo com orgulho ao Sr. Torres,
enquanto o atualizo sobre o Baile Anual de Caridade para Veteranos.
— Excelente, — ele diz sem parecer muito animado.
— Convidei pessoalmente o Sr. Harding para o evento.
Qual Sr. Harding?
— Quantos lugares extras devemos esperar ter, senhor? — Eu
pergunto, embora já tenha providenciado vinte lugares extras.
A primeira vez que fui responsável pelo planejamento desse baile,
descobri da pior maneira que o Sr. Torres tem o hábito de fazer convites
de última hora.
— Seis lugares, eu imagino, — ele diz, e não estou surpresa. O baile é
na sexta-feira; Ethan, Ryan e Liam vão ficar na vila até sábado; faz
sentido que eles estejam presentes.
E levem acompanhantes.
— Serei necessária na reunião com os irmãos Harding, senhor? — Eu
pergunto.
— Isso não será necessário, querida. Ligarei para você se precisar.
Depois de encerrar a ligação, fico olhando para o telefone por um
tempo. Alex ainda não me ligou ou mandou mensagem.
Encarar o telefone como uma adolescente carente com certeza fica bem
em mim. Ugh.
Na tentativa de realmente ser produtiva hoje, concentro-me nas
contas que tenho que pagar. Esse é o meu tipo de mantra de segunda-
feira e funciona como um encanto.
Enquanto tranco a porta da frente, meu telefone vibra no bolso.
Quando vejo um número desconhecido na tela, fico um tanto
desapontada.
'Emily Rhodes falando.
— Emily, oi. Quem fala é Ryan, Ryan Harding? — ele anuncia
alegremente.
— Oh, olá. Como você está? Está tudo bem na vila? — Eu atendo,
imediatamente ligando meu piloto automático para chamadas de
inquilinos. Eles só ligam quando precisam de algo ou quando há algo
errado.
— Está tudo ótimo, obrigado, — ele me garante. — Estou ligando
porque Liam precisa de uma carona para o aeroporto, mas aquele
preguiçoso não ligou para você, então estou me perguntando se isso
pode ser providenciado.
Liam está indo embora?
— Certo. Quando ele precisa da carona?
— Logo após nossa reunião com o Sr. Torres.
— Tudo bem, nosso motorista Elliott estará esperando por ele.
— Obrigado... — Ryan diz, mas sem realmente encerrar a conversa.
Algo mais? — Eu pergunto.
— Sim. Quero dizer. Claro. — Ele parece um menino de cinco anos, e
aposto que está corando.
Isso cheira a Nicole.
— Tudo bem se—quero dizer, você se importaria em... me passar o
número de Nicole?
O que eu acabei de dizer? —Típico de Nicole, o cara a trata como uma
dama, e ela nem dá o número dela.
— Vou ter que perguntar a ela primeiro, tudo bem?
Eu sinto que deveria apenas ter dado a ele o número de Nicole.
Coitadinho nem fodeu com ela e já está sendo torturado. -Como prometido,
pergunto a Nicole, escolhendo mandar uma mensagem em vez de ligar.
Emily: Ryan quer seu número de telefone.

Nic: Ele não deve se dar ao trabalho de me ligar, a menos que esteja planejando me
foder.

Emily: Vou interpretar isso como um sim!

Nic: Tanto faz!

Caramba, atrevo-me a dizer que Ryan a atingiu forte.


Quando tiro os olhos do telefone, percebo que já passei pelo Nonna’s e
preciso voltar andando.
Vou lá verificar o pedido das sobremesas que vamos servir no baile.
Contratei uma empresa de bufê, mas prefiro pedir as sobremesas do
Nonna’s.
— Amore, — Rosa imediatamente me cumprimenta com seu afeto
natural. — Alessandro esteve aqui! Você o viu saindo?
Alex veio aqui? Sem mim?
Minha mente está a mil, me perguntando se ele está me evitando ou
se está com raiva de mim e, por um momento, sou eu que estou com
raiva.
Eu faço o meu melhor para me concentrar no que me trouxe aqui.
Depois do affogato deles, que Francesco disse que eu não ousaria recusar,
ainda me sinto incomodada com o fato de Alex estar me evitando.
Eu não posso acreditar que isso está acontecendo. Pelo contrário, eu
deveria estar evitando-o. Ou, melhor ainda, ninguém deveria estar
evitando ninguém.
Decido ir até a Hook, pensando que ele poderia estar indo para lá.
A porta está fechada quando eu chego lá e, quando estou prestes a
bater, a porta se abre e um dos bartenders, uma jovem morena de vinte e
poucos anos, está saindo.
Ela tem um sorriso no rosto e parece que me reconhece, então ela me
deixa entrar.
A boate está de volta à sua decoração minimalista normal em preto e
azul escuro. Eu olho em volta e ouço Alex no andar de cima, conversando
com alguém na sala VIP. Devido à janela de vidro espelhado que vai do
chão ao teto, não consigo vê-lo, então ando lentamente pela pista de
dança, esperando que ele possa me ver no caminho. Enquanto estou
subindo as escadas, outro barman, Dave, está descendo.
— Ei, Emily! Você está procurando por Alex? — Ele pergunta
enquanto aponta para a sala VIP, me avisando que Alex está lá.
Agradeço a ele antes de entrar na sala. As paredes são de um azul
escuro aveludado, assim como o enorme sofá que fica de frente para a
janela do chão ao teto.
Todo o resto é preto, incluindo a porta do banheiro privativo nos
fundos. Alex está atrás do pequeno bar, olhando para um laptop no
balcão.
Quando ele olha para cima e me vê caminhando em sua direção, seu
corpo fica tenso, mas seus lábios se estendem em seu rosto, me
mostrando um sorriso sutil.
— Ei, — ele diz casualmente, não me encontrando no meio do
caminho. Quando chego mais perto dele, ele coloca as mãos em volta da
minha cintura e beija minha testa.
— Oi, — eu digo, querendo soar brava com ele, mas falhando
completamente. — É muito cedo para a nossa segunda-feira de Mojito?
— Eu pergunto enquanto me puxo para cima e sento no balcão.
— Nunca, — ele diz antes de se virar e pegar a garrafa de rum. Ele se
mantém ocupado fazendo os coquetéis, o tempo todo sem olhar para
mim.
— Alex, — eu quero falar com ele, mas parte de mim parece que sou a
única que vê o elefante nesta sala. Ele olha para mim e sorri, esperando
que eu continue. — Você está me evitando?
Por favor, diga não...
Ele limpa a garganta, ainda preparando os mojitos, e responde sem
olhar para mim.
— Honestamente... acho que estou. — Ele franze os lábios e olha para
mim. Minha expressão confusa é inconfundível, mas ainda tenho que
perguntar a ele o motivo. Porquê?
Ele abaixa a cabeça e suspira pesadamente antes de se endireitar e
olhar nos meus olhos.
— Eu usei todo o autocontrole que tenho, Emily. Basicamente, ele
acabou na outra noite. Eu só... preciso reabastecer, — ele diz, tentando
fazer uma piada com isso e se volta para terminar os mojitos.
Ele está segurando violentamente a coqueteleira de aço inoxidável,
tanto que as pontas de seus dedos estão em um tom de branco. Ele não
vai olhar para mim por mais de dois segundos, e toda vez que ele evita
meus olhos... dói.
— Eu quero você pra caralho, Emily. De tantas -maneiras, — ele
suspira pesadamente, me entregando um dos mojitos e indo para o
banheiro.
Eu não posso evitar. Sinto como se meu corpo tivesse caído em uma
câmara de gravidade zero cheia de penas fazendo cócegas em meu
coração. Tudo o que posso fazer é pular do balcão e segui-lo.
Quando abro a porta do banheiro, sem bater, certifico-me de que ele
veja como meu corpo clama por seu toque.
Ele está com as mãos na pia, a torneira está aberta e seu rosto está
todo molhado. Ele espirra água fria no rosto e passa as mãos pelos
cabelos antes de olhar para mim pelo espelho.
— Mostre-me, — digo a ele suavemente enquanto olho para as gotas
de água caindo de alguns fios de seu cabelo. Ele está claramente lutando
com alguma coisa e parece confuso com o que acabei de dizer.
— A maneira que você me quer, — eu explico enquanto fecho a porta
atrás de mim.
— Mostre-me, — digo a ele novamente, com as costas contra a porta.
Ele ainda está olhando para mim pelo espelho quando eu começo a
desabotoar minha camisa até que esteja completamente aberta, e eu a
deixo deslizar para baixo.
Seus olhos estão fixos nos meus enquanto minhas mãos vão atrás das
minhas costas para alcançar o zíper da minha saia lápis.
Eu estremeço ao som do zíper, e assim que a saia atinge o chão, Alex
geme e se vira para me encarar.
Meus mamilos estão tão duros que posso senti-los pressionados
contra meu sutiã de renda preta. Minhas mãos se movem para meus
seios e eu traço meus dedos sobre as taças transparentes.
Em uma fração de segundo, Alex está parado na minha frente, sem
quebrar o contato visual. Ele coloca as mãos e os antebraços na porta, um
de cada lado da minha cabeça, fechando a distância entre nós.
Quando pego sua camisa social e começo a desabotoá-la, ele solta um
gemido lento.
— Estou encharcada, Alex. Me toque. — Eu gemo quando meus lábios
tocam seu peito. Quando sua língua desliza sobre meu mamilo, em um
instante, suas mãos agarram minha nuca e seus lábios tocam os meus.
Nosso beijo é tão intenso. Movemos nossas línguas com tanta
ansiedade e paixão que sinto meu corpo queimando de desejo.
Eu tiro sua camisa, sem interromper esse beijo febril, querendo ainda
mais dele.
Ele me puxa para cima e eu envolvo minhas pernas em tomo de sua
cintura, uma das minhas mãos segurando a parte de trás de sua cabeça e
a outra acariciando seu pau sob sua roupa.
Ele me coloca na bancada antes de começar a tirar a calça social e a
cueca boxer.
Meus olhos se voltam dos dele para a máquina de preservativos no
banheiro, e ele acena com a cabeça antes de pegar um.
Eu paro por um segundo para poder dar uma boa olhada em seu
corpo. Eu vi seu abdômen esculpido, terminando em forma de V,
inúmeras vezes. Mas é a primeira vez que vejo seu pau.
Os rumores são verdadeiros. E enorme e se curva ligeiramente. Só de
olhar para ele faz meu coração pulsar e, como se por puro instinto,
envolvo meus dedos em tomo dele, deslizando meu polegar em sua
ponta.
— Puta merda, — ele sibila. Droga, ele fica tão sexy quando faz isso.
Estou encharcada e ele desliza para cima e para baixo na minha
entrada. Ele provoca meu núcleo, e sua mão direita está pressionada
contra minha virilha, esfregando seu polegar sobre meu clitóris.
— Por favor, Alex. Pare de me provocar, — eu imploro. Eu o quero
tanto que dói.
— Eu tive cinco anos de provocações. Você está com apenas cinco
minutos, — ele diz com um sorriso.
Acho que vingança é uma provocação.
Seu pau está coberto com meu líquido, e quando eu me esfrego na
ponta de seu pau, ele entra em mim.
Eu gemo com a sensação de plenitude, e a dor que sinto por ele ser
enorme está lentamente se transformando em uma avalanche de prazer.
Ele lentamente se empurra para dentro e para fora, posso sentir tudo
dele, e ele sente tudo de mim. Ele está alcançando lugares que ninguém
nunca tocou antes. Meu Deus, o que é isso?
Meu corpo está tremendo de calor com o orgasmo iminente. Parece
que estou gozando em câmera lenta, como se o orgasmo estivesse me
atingindo e não saindo.
Alex geme baixinho. Seus braços estão enrolados sob os meus e
segurando minhas costas. Eu amo como ele geme enquanto beija a base
do meu pescoço e lambe meu ponto fraco lá.
— Olhe para mim, Emily, — ele ofega enquanto segura meu rosto com
as mãos. — Eu quero ver você quando você gozar. Quero que você me
veja quando meu pau for comprimido por sua boceta apertada, pulsando
para mim.
Ele geme, e posso sentir seu pau se contraindo conforme as estocadas
se tomam mais rápidas e mais profundas.
— Isso é... tão... porra, eu vou gozar, — eu ofego, e sinto meu corpo
em convulsão.
Este orgasmo é tão forte que sinto que não consigo respirar. Minha
boceta aperta e o orgasmo explode quando Alex empurra com mais força,
deixando escapar grunhidos altos.
Nós dois estamos ofegantes, e ele intensifica meus tremores
secundários do orgasmo, ainda se movendo para dentro e para fora de
mim. Ele mantém esse movimento lento enquanto segura meus seios
com as mãos e começa a chupar meus mamilos duros.
Eu quero que essa sensação dure.
Eu não quero que isso acabe.
Capítulo Vinte e Um
ALEX

Eu estava chupando seus mamilos, com meu pau ainda dentro dela, e
podia sentir que logo ficaria duro novamente.
Ainda bem que esse menino não está me deixando na mão. Literalmente.
Ela gemia levemente, e eu não pude deixar de gemer cada vez que ela
cravava as unhas nas minhas costas.
Eu a tirei da bancada e a virei, ficando atrás dela. Nós dois estávamos
nos olhando através do espelho.
Ela me deixou curvá-la ligeiramente. Aquela bunda redonda e firme
trouxe meu pau de volta à sua dureza total.
— Abra suas pernas, — eu exijo suavemente. Pareço mais implorando,
o que está mais perto da verdade, mas não consigo evitar.
Ela está olhando para mim através do espelho, lambendo o lábio
superior, e ela não tem ideia de como ela está extremamente linda. Suas
bochechas coradas e aqueles olhos lascivos estão me matando.
Eu deslizo meu pau para cima e para baixo entre suas nádegas
enquanto eu as agarro com força, e ela geme novamente.
Porra, eu adoro ouvir seus doces gemidos.
Eu rapidamente pego outro preservativo e posiciono meu pau bem
contra sua abertura, lentamente me acomodando dentro dela.
Porra, ela aperta meu pau com tanta força, sem nem tentar.
Estou pegando leve com ela, sentindo lentamente todas as suas
paredes. Sua boceta está apertando e pulsando em volta do meu pau, e eu
pego o ritmo.
Olhando para ela pelo espelho, vejo seus seios balançando
ligeiramente, então pego minhas duas mãos para agarrá-los, e eles se
encaixam perfeitamente.
— Mais rápido, Alex, — ela pede.
Porra, sim!
Isso é tudo que eu precisava ouvir antes de levar minha mão para seu
clitóris e começar a esfregar em círculos enquanto empurrava rápido e
profundamente em sua boceta molhada.
Eu preciso vê-la gozar tanto que farei qualquer coisa que ela pedir. Eu
nunca quis dar tanto prazer a uma mulher quanto desejo a ela.
— Porra, eu amo sua boceta apertada... Puta merda, — eu quase perco
o controle quando ela aperta com força em tomo do meu pau. Eu sei que
ela está prestes a chegar lá também.
Seus gemidos estão ficando mais altos, e ela está mordendo o lábio
inferior e girando levemente os quadris.
Não estou me segurando mais, mas não posso gozar agora, não até
que ela o faça.
— Ah, Alex! — Ela grita, e seu rosto é de pura beleza orgástica.
— Ppporrra, — eu exalo. Este é o paraíso, o nirvana absoluto.
— Isso foi... eu nem consigo... — Ela se esforça para encontrar as
palavras, mas eu sei exatamente o que ela quer dizer.
— Foi mesmo, — eu concordo enquanto deixo beijos em seu ombro
até o pescoço. Jesus, eu não me canso dela.... — Mas eu não terminei com
você ainda.
De jeito nenhum eu terminei com ela ainda.
Estaciono a caminhonete na garagem e chego à porta da frente. Eu
deixo Emily entrar primeiro, e apenas a visão dela... caramba.
Sua camisa está para fora da saia, que inclusive está amarrotada, e seu
cabelo encaracolado está mais selvagem do que nunca. Nossa, ela é
incrivelmente sexy.
E se ela se afastar depois de termos esta sessão de sexo alucinante? Ela fez
isso com todos os caras com quem fez sexo. Porra. Eu não posso perdê-la.
Ela olha para mim, lambendo o lábio superior, e meu pau me diz: —
Foda-se. Lembre-se, ela nem está usando calcinha agora.
Eu a puxo para mim e a coloco sobre meu ombro.
— Sério, Alex? Me coloque no chão, — ela ri, e embora eu ame sua
risada, eu realmente preciso ouvi-la gemer e gritar meu nome
novamente.
Eu a coloco na beira da cama, tirando a roupa rapidamente enquanto
ela se senta sobre os calcanhares, estendendo o braço até que sua mão
macia alcance meu pau.
O toque dela, cara, completamente inacreditável.
Ela está me acariciando lentamente e eu inclino minha cabeça para
trás. Eu não consigo acreditar em como isso é bom. Ela se aproxima e
lambe a cabeça do meu pênis antes de sugá-la e girar sua língua em tomo
dela novamente.
Quando ela enche a boca com meu pau. nossos olhos se encontram, e
juro por Deus que nunca vi nada mais sexy.
— Em, eu amo pra caralho seus lábios em volta do meu pau, mas se
você não parar agora, vou gozar na sua boca e realmente quero estar
dentro da sua boceta de novo, — digo a ela.
Ela me lança um olhar malicioso enquanto puxa a cabeça para trás, e
meu pau sai de sua boca com um som de estalo.
Puuuuuta que pariu.
Eu agarro seu rosto e mergulho minha língua em sua boca. Ela
massageia sua língua na minha e me puxa para a cama.
Pego um preservativo da mesa de cabeceira e deito de costas enquanto
a vejo se despir antes de se mover em minha direção.
Ela monta em mim e começa a se esfregar na minha dureza. Sua
boceta pingando está cobrindo meu eixo com seu líquido antes que ela
lentamente comece a se ajeitar em mim.
Seu rosto me diz que ela está se ajustando ao meu tamanho, girando
os quadris primeiro e depois movendo-os para frente e para trás.
— Porra, isso. Assim mesmo, Em, — eu digo enquanto agarro seus
quadris e começo a puxá-la para cima e para baixo.
— Isso é tão bom, Alex, meu Deus, — ela diz entre respirações.
Ela está cavalgando em seu próprio ritmo, usando meu pau para fazê-
la gozar, e levo algum tempo para assistir seus seios perfeitos saltarem
enquanto sua boceta aperta meu pau. Para cima e para baixo, de novo e
de novo.
Porra! Eu a amo!
Merda. Eu a amo.
Eu começo a empurrar dentro dela, sabendo que ela está prestes a
gozar forte no meu pau.
— Não pare, Alex, nunca pare, — ela ofega.
Foda-se, vou fazer isso todos os dias pelo resto da minha vida!
Ela arqueia as costas, coloca as mãos nas minhas pernas e eu continuo
empurrando por baixo dela.
Ela grita meu nome enquanto sua boceta latejante aperta e, em uma
fração de segundo, eu gozo com tanta força, segurando seus quadris com
tanta força que acho que pode deixar hematomas.
Ela deita no meu peito com meu pau ainda dentro dela. Eu envolvo
meus braços em tomo dela, e nós dois ainda estamos ofegantes.
Eu quero isso. Eu a quero.
— Jesus, Alex, você me destruiu, — ela sussurra, soando como se
estivesse prestes a adormecer.
É isso ai!
Ela não tem ideia do quanto eu queria que ela dissesse isso! Eu não
tinha ideia do quanto eu queria que ela dissesse isso!
Meu coração está batendo forte no meu peito, mas preciso ter cuidado
com o que digo porque não posso assustá-la.
— Vamos descansar um pouco, Em, — eu digo baixinho enquanto
puxo seu corpo em minha direção, para que seu rosto fique mais perto do
meu.
Meu pau desliza para fora dela com o movimento, e ela geme,
fazendo-me chiar e grunhir. — Durma um pouco. Estou pensando em
destruí-la novamente pela manhã.
Capítulo Vinte e Dois
EMILY

Meu estômago está roncando. Nunca pensei que escolheria sexo antes
da comida. E ainda assim, no momento em que sinto sua respiração em
meu pescoço, acho que realmente não é o momento de começar a
questionar minhas prioridades.
Alex está dormindo com o braço sobre mim e sua mão está em um dos
meus seios.
Ele é o tipo de cara que gosta de seios? Meus seios não são grandes o
suficiente para entreter caras que gostam de seios...
Consigo sair da cama sem acordá-lo e vou para a cozinha vestindo sua
camisa. Ainda está escuro, mas deve ser perto das seis da manhã, pois o
sol está começando a nascer.
Abro a geladeira e o frio que vem dela atinge meu corpo como um
mergulho. Na verdade, eu abro minhas pernas um pouco para poder
sentir o ar frio saindo da geladeira.
Nunca estive tão dolorida em minha vida, e mesmo assim é tão bom.
Tão bom. Aqueles orgasmos bombásticos foram, sem dúvida, inesquecíveis.
Isso definitivamente elevou meus padrões.
Sua geladeira está cheia de alimentos saudáveis.
Ugh. Posso odiá-lo por ser saudável, por favor? -Isso não é o que meu
corpo está desejando agora.
Pego uma maçã, alguns morangos e uma garrafa do que parece ser um
smoothie verde muito feio, quando o que eu realmente preciso é de pão
branco, pasta de amendoim e Nutella. E Alex...
Oh Deus, só de pensar nele me faz abrir a porta da geladeira
novamente para me refrescar um pouco.
— Você acordou cedo, — eu o ouço dizer, e quando eu olho na direção
do quarto, eu o vejo—completamente nu—encostado no batente da
porta, com os braços cruzados e um sorriso matador.
Eu sinto como se ele estivesse lá por um tempo, me observando.
— Eu já não te disse que você precisa começar a comprar comida de
verdade, Alex? Esta não é a forma como se deve tratar um convidado, — eu
reclamo em tom de brincadeira.
Ele ri, mas não se afasta do batente da porta. Levo um morango à boca
e o chupo antes de dar uma mordida, sem tirar os olhos dele.
Ele geme e limpa a garganta enquanto inclina a cabeça para o lado. Já
o vi me olhando assim antes, mas nunca com tanta intensidade.
Meus olhos percorrem seu corpo, e não posso negar que ele é um
presente dos deuses.
Ele começa a andar em minha direção e eu pego a garrafa de
smoothie.
— Largue isso. Você provavelmente vai querer me odiar se beber, —
ele ri, e eu faço o que ele diz porque tenho certeza de que ele está certo.
— Vou fazer um suco de laranja para você, — ele diz antes de ficar
atrás de mim e começar a beijar meu ombro.
Eu inclino minha cabeça para o lado, e seus lábios traçam beijos no
meu pescoço. Posso sentir sua dureza na parte inferior das costas e
instintivamente fico na ponta dos pés, mas ele para de repente e eu
lamento.
— Você precisa comer, — ele diz enquanto dá um leve tapa na minha
bunda e se vira para a geladeira.
Eu quero que sua mão fique lá. Esse milissegundo não foi suficiente.
Alex está sentado ao meu lado enquanto comemos os ovos mexidos
que ele fez. Não há nada de incomum nisso.
Compartilhamos inúmeras refeições sentados lado a lado nesta ilha de
cozinha, então isso parece completamente familiar. Exceto que ele está
nu, e eu estou vestindo nada além de sua camisa social.
— Eu preciso de um banho, — ele diz, e eu aceno. — Com você. Eu
preciso de um banho com você.
Como posso dizer não a ele quando ele está acariciando minha coxa e
roçando seus lábios nos meus?
Cada vez que Alex me toca, eu perco o controle sobre mim mesma;
meu corpo se entrega a ele. Isso me assusta muito, mas não consigo me
conter.
Ele liga o chuveiro e o vapor lentamente começa a preencher o
banheiro. Eu entro de frente para ele, sentindo o calor da água que está
borrifando entre nós.
Ele pega seu frasco de xampu, ensaboa um pouco na minha mão e
uma boa quantidade na dele.
Surpreendentemente, ele começou a lavar meu cabelo em vez do seu.
Embora eu possa ver claramente que ele definitivamente nunca lavou um
cabelo encaracolado antes, ele parece tentar não emaranhar muito.
Minhas mãos alcançam seu cabelo, e a suavidade dele me faz querer
massagear sua cabeça por mais tempo do que o necessário.
Ainda estou enxaguando seu cabelo quando ele pega o sabonete. Ele
ensaboa diretamente nos meus seios e começa a massageá-los.
Suas mãos então percorrem minhas laterais até meus quadris e se
movem rapidamente para minha bunda. Ele agarra minhas nádegas com
força, o tempo todo me beijando apaixonadamente. Eu sinto que a água
que está borrifando em nós agora está muito quente.
Ele segura meu rosto com as mãos e bufa.
Seus olhos refletem o desejo nos meus, mas ele rapidamente se afasta
de mim e sai do box amplo, apenas para retomar em cinco segundos.
Ele levanta uma sobrancelha e sorri, apontando os dedos para a
virilha, e eu sorrio enquanto balanço mentalmente a cabeça. Tenho quase
certeza de que ele está orgulhoso de ter colocado uma camisinha em tempo
recorde.
Ele agarra a parte de trás das minhas coxas e eu envolvo minhas
pernas em tomo dele antes que ele me empurre contra a parede de
azulejos. Eu estremeço com o contraste da temperatura, mas dou boas-
vindas ao frescor.
Ele está beijando e lambendo meu pescoço e, embora ainda me sinta
dolorida, eu o quero. Eu o quero tanto Alguns gemidos escapam da
minha boca quando sinto seu pau deslizar ao longo da minha abertura
antes de entrar em mim. Isso. E. Puro. Êxtase. A sensação dolorida parece
desaparecer assim que sua dureza me preenche ao máximo.
Eu me sinto tão apertada em tomo dele. Tão apertada e tão bem. Eu
balanço meus quadris para frente e para trás enquanto ele está
empurrando em mim em um ritmo delicioso.
Seu pau toca cada pedacinho do meu núcleo e atinge aquele meu local
de prazer que eu não tinha ideia que poderia ser tão incontrolavelmente
intenso.
Meus braços estão em volta do seu pescoço e minhas mãos estão
agarrando seus cabelos.
— Porra, Em. Você é tão linda, — ele ofega enquanto me penetra em
uma velocidade que eu não tinha ideia de que amava tanto. Até agora.
— Eu... Alex... eu vou... — Eu não consigo nem formar uma frase
coerente. — Porra...
— Goze para mim, amor. Quero ver você gozar, — ele exige enquanto
seus olhos suplicantes olham nos meus.
Meu corpo inteiro o agarra, e eu gemo em sua boca enquanto o
orgasmo eletrizante me domina. Ele continua me penetrando, e eu não
acho que posso lidar com essa sensação trêmula no fundo do meu
interior.
— Porrrra, — ele solta um longo grunhido gutural. Isso soou tão
sensual, caramba...
Eu amo como seu corpo nu se sente contra o meu e como sua língua
desliza ao longo dos meus lábios antes de eu chupar seu lábio inferior.
Esta manhã não pode ficar melhor do que isso.
— Me liga mais tarde? — ele pergunta antes de secar o cabelo com
uma toalha e colocar uma camiseta branca.
Deus, eu já sinto falta de vê-lo nu.
— Acho que vou passar a noite com Nicole, — eu honestamente digo
a ele enquanto abotoo minha camisa.
Eu olho de volta para a cama, desejando não ter que deixar este quarto
ainda. Alex coloca as mãos na minha cintura e beija minha têmpora
quando prometo ligar.
Estamos saindo do quarto quando ouvimos a campainha tocar. Ele vai
atender e eu volto para a cozinha para pegar uma garrafa de água para
beber no caminho para casa.
— O que diabos você está -fazendo aqui? — Ele pergunta rudemente, o
que me surpreende e me intriga.
Eu ouço um gemido falso, que eu não reconheço de jeito nenhum. É
claramente uma mulher, mas não posso dizer quem, então dou um passo
para a esquerda para ver melhor.
Aquela é... E a jovem de vinte e poucos anos de cabelos escuros que vi
saindo de sua boate ontem?
— Eu estava pensando que poderia ser seu despertador, e talvez
pudéssemos terminar o que começamos ontem, — ela persuade.
Ela coloca uma mão em seu peito, e a outra mão apalpa sua calça de
moletom onde seu pênis está.
O tempo para.
Minhas mãos repousam na ilha da cozinha, e isso é a única coisa que
me impede de perder o equilíbrio.
Eu não consigo me mover. Não consigo nem piscar.
Eu fico olhando para o sofá. Alex é um pegador. Joguei minha bolsa no
sofá ontem à noite. Um mulherengo, certo? Meus sapatos estão perto da
porta. Isso é o que ele faz, certo?
Eu não deveria estar surpresa, mas estou. Eu não deveria estar
machucada. Mas estou. Meu coração está preso na minha garganta.
O que eles começaram? Ontem? Tipo ontem-ontem?
Eu sugo minhas lágrimas de volta, respiro mais fundo que já consegui,
pego minha bolsa e meus sapatos alguns passos antes de Alex perceber
que estou chegando à porta.
— Dê a ele mais dois minutos e ele estará pronto para mais uma
rodada, — eu disparo enquanto saio pela porta, mantendo meus olhos
nela. Esta vadia tem a coragem de sorrir para mim.
Se eu olhar para ele, posso perder todo o controle que tenho sobre
minhas lágrimas.
Sinto a mão de Alex tocar meu braço enquanto ele tenta segurá-lo,
mas eu saio de lá e corro como se eu fosse o Usain Bolt de saia.
Capítulo Vinte e Três
EMILY

— Por que você não está atendendo as ligações de Alex? — Nicole


pergunta enquanto eu olho para a tela e viro o telefone na mesa pela
terceira vez. Alex tem me ligado e não tive coragem de falar com ele.
— Estou tendo um almoço rápido com você, então não vou passar o
tempo no telefone com outra pessoa.
Nicole olha para mim e eu respiro fundo porque sei que ela está
prestes a me dar um sermão.
— Em. Ele me ligou esta manhã, — ela afirma enquanto levanta o
dedo indicador. — Eu atendi o telefone.
O dedo médio encontra o dedo indicador. Ela está contando o que está
dizendo... por que ela faz isso?
— Ele falou. — O dedo anelar se junta aos outros dois. — Eu escutei.
— Seu dedo miudinho se junta à festa dos dedos dançantes. — Você
deveria tentar. — Seu polegar sobe e ela dá um tapa no meu ombro.
— Eu só não saberei o que dizer, — digo a ela honestamente. — Eu
vejo garotas dando em cima dele o tempo todo, e isso nunca me
incomoda. Eu não sei por que aquela vad... — Eu me impeço de terminar
a frase.
Seja legal, Emily! — Por que essa garota me incomodou tanto.
— Por que você não diz a ele apenas isso! Vocês se comunicam até sem
palavras, então pare de agir assim, — ela diz enquanto pega meu telefone
e o entrega para mim com uma sobrancelha levantada.
— Ligue para ele. Só porque garotas dão em cima dele o tempo todo,
não significa que ele dorme com todas elas, — ela diz ao se levantar.
— Vamos sair hoje à noite. Encontre-me no Diver's. Ouvi dizer que o
bar tem um novo dono e quero dar uma olhada. — Ela me dá um beijo e
vai embora.
Como é que a amiga mais louca que eu tenho geralmente é aquela que
está certa? Eu odeio quando ela está certa.
Eu ouço o telefone chamar duas vezes antes de Alex atender.
— Emily, — ele me diz, e eu sei que ele não está sorrindo.
— Ei, eu sinto muito por esta manhã. Fui rude com a sua... amiga. —
Estou tentando ser o mais casual possível, embora sinta... ciúmes?
— Ela não é minha amiga, Emily. Ela trabalhou para mim até que
tentou me fazer um boquete ontem. Eu a despedi ali mesmo.
— Eu não tenho ideia de por que diabos ela apareceu na minha casa
hoje, — ele explica, parecendo irritado. Seu tom muda para um mais
suave quando ele pergunta se estou bem.
— Estou bem, — minto.
— Emily.
— Ugh. Você poderia simplesmente fingir que acredita em mim
quando estou mentindo para você? — Eu imploro, mas ele não responde.
— Ugh. Nicole quer sair hoje à noite para o Diver's. Você quer nos
encontrar lá?
— Estarei lá, — ele diz, após o que parece uma eternidade de silêncio,
e encerramos a ligação com a sensação de que tínhamos muito mais a
dizer.
A realidade é que não sei o que fazer com tudo isso. Alex e eu. Fazer
sexo com ele foi, por falta de uma palavra melhor, incrível.
Pela primeira vez em anos, me senti completamente desejada, de
corpo e alma. Pela primeira vez em anos, me entreguei completamente,
de corpo e alma. Era bom demais para ser verdade, não era?
A última vez que isso aconteceu, eu tinha vinte e dois anos. E não
quero me sentir assim de novo.
— Aceito, — eu disse com o coração cheio de amor e esperança.
Eu tinha me guardado para o casamento e agora iria me entregar ao
meu amigo de infância. Eu senti como se minha vida, minha verdadeira
vida, estivesse apenas começando.
Ele me amava, talvez até mais do que eu o amava, se isso fosse
possível. Compramos uma casa e conversamos sobre ter filhos.
Eu queria ser a mãe de seus filhos e não conseguia imaginar nada além
de envelhecer com ele em nossa linda casa.
Quando ele foi enviado em uma viagem de serviço ao Afeganistão, eu
realmente acreditei que ele voltaria ileso. E ele voltou—com todos os
dedos. Oito meses e vinte e três dias em serviço—nenhuma cicatriz em
seu corpo.
O fato é que eu estava tão cega pelo amor que não vi as feridas
invisíveis em sua alma até que fosse tarde demais.
Procuramos um terapeuta de estresse pós-traumático no dia em que
ele me acordou com as mãos em volta do meu pescoço, me sufocando.
Levei alguns meses para descobrir que ele bebia e fodia mulheres
aleatórias em vez de ir para a terapia. Meu coração estava partido, mas eu
ainda o amava.
Quando o confrontei, ele não negou e, mesmo assim, não parou. Não
até o dia em que ele se sentou à nossa mesa em casa, escreveu uma carta
de amor para mim e deu um tiro na cabeça.
Não me lembro muito daquele dia. Não me lembro de ter chamado
uma ambulância, mas chamei. Não me lembro de chorar e gritar, mas fiz.
Não me lembro de ter fido a carta manchada de sangue, mas li.
Eu o amava tanto que eu gostaria de poder sofrer por ele. Eu gostaria
de ter levado o tiro com ele.
Daquele dia em diante, comecei a dizer a mim mesma que o amor só
causa dor. Depois de seu funeral, tudo que eu queria era estar perto dele.
Eu queria sentir o que ele sentia.
A dor era tão insuportável que fui aos bares que ele frequentava. Eu
bebi tanto quanto pensei que ele havia bebido. Eu seduzi alguns homens,
pensando nas mulheres que ele fodeu.
Nicole foi a única pessoa que me tirou dessa espiral descendente. Eu
estava péssima quando ela me levou para sua casa e me ajudou a lidar
com a dor.
A única coisa em que Nicole não conseguiu me ajudar foi em como
era insuportável morar naquela cidade. Cada rua me lembrava dele e,
como uma faca no coração, me lembrava que eu nunca o veria
novamente.
Vendi a casa e me mudei para o outro lado do país, para este lugar
pitoresco que era o oposto de onde passei minha vida inteira.
Isso foi há cinco anos e não visitei ninguém lá desde então. Eu renasci,
não sendo mais vista como a viúva cujo marido havia cometido suicídio.
Nunca tive a intenção de contar a Alex sobre meu passado, mas estava
almoçando com ele no aniversário da morte de meu marido, e sua mãe
me ligou como sempre faz.
E, como sempre, eu desabei. Alex era meu ombro para chorar
enquanto eu contava tudo a ele.
Desde então, ele parou de flertar tanto e se tomou muito mais
carinhoso. Foi quando eu soube que tinha um melhor amigo. Para
sempre.
E agora eu fiz sexo com meu melhor amigo. Merda. Eu não me
arrependo. Verdade seja dita, meu corpo ainda esquenta quando penso
em seu corpo nu tocando o meu.
Mas eu prefiro tê-lo como amigo do que eventualmente perdê-lo
como amante.
Capítulo Vinte e Quatro
EMILY

Ao entrar no Diver's, fico surpresa com a beleza do lugar. Tem um ar


litorâneo, apesar de estar pouco iluminado.
Lâmpadas feitas de capacetes de mergulho antigos pendem do teto e
fazem muito pouco para iluminar o bar.
De alguma forma, isso dá ao espaço uma vibração íntima onde você
pode sentar e conversar ou—talvez, dependendo de quanto você bebe—
ficar em pé e dançar.
Nicole está sentada em uma banqueta de bar e, quando me vê
caminhando em sua direção, ela se vira para o barman e pede duas
bebidas irlandesas. Céus, eu sinto problemas.
— Não vou beber isso, Nic, — digo a ela, sabendo que ela está
definitivamente ignorando cada palavra que digo.
— Em, se você não beber, então eu vou beber os dois, — ela bufa
frustrantemente.
— O que aconteceu? — 'Você deu meu número para Ryan, — ela
lamenta.
— Sim.
— Bem, a menos que você conte sexo por telefone, ele não me fodeu
ainda. — Ela está genuinamente desapontada.
Este é um espetáculo para ser visto: Nicole Lauder está interessada em
um cara que não transa com ela! Posso estar gostando disso mais do que
deveria!
— Juro por Deus que estou sofrendo de abstinência. Aquele homem
descreveu vividamente o que seu pau poderia fazer comigo, — ela
resmunga, e eu falho em minha tentativa de não rir.
— Não se atreva a rir de mim, Em. Isso é coisa séria. Se ele me levar
para sair de novo e nem mesmo tiver a decência de me comer, eu desisto.
Ela levanta o copo e dá um gole na bebida, mostrando-me como eu
deveria estar bebendo.
— Este lugar está ótimo, — digo a ela, tentando acalmá-la.
— Está mesmo, — os olhos de Nicole vagam por cima do meu ombro,
e ela se inclina para o lado. Quando me viro, vejo Alex se aproximando de
nós. Ele coloca a mão nas minhas costas e beija minha testa.
Nada mudou. Ele ainda está aqui.
— Então, o que vocês acham deste lugar? — ele pergunta, parecendo
genuinamente interessado em nossa opinião.
— Nós adoramos, — responde Nicole por nós duas. — Sua boate pode
perder alguns clientes com o quão legal este bar é.
— Eu não acho que isso vai ser um problema, — ele diz
presunçosamente.
— O que você não está nos contando, Alex? Você comprou este bar? —
Nicole pergunta ansiosamente.
O sorriso de Alex nos mostra o que ele fez quando disse a palavra
surpresa e de repente nos encontramos em um abraço coletivo. Sinto o
braço de Alex apertar minhas costas e o braço de Nicole em volta dos
meus ombros.
— Isso pede uma dose de comemoração, — diz Nicole enquanto pula
da banqueta.
Assim que os copos vazios atingem o balcão, Nicole levanta uma
sobrancelha para Alex, e quando eu olho para ele, vejo a mão de uma
mulher acariciando seu braço.
— Alex, querido, eu amei o que você fez com o lugar, — ela diz
enquanto se aproxima dele e dá um beijo em sua bochecha. Querido?
Obrigado, Gabby, — ele responde.
Ela é incrivelmente sexy... e eu quero odiá-la.
Seu cabelo loiro perfeitamente liso emoldura seu belo rosto. Suas
pernas longas e corpo esguio acentuam seus seios grandes e fartos.
Ela sabe que ele é um homem que gosta de seios. Ela está se certificando
de que ele olhe para seu decote. Por um momento, acho que a invejo e
não acho que gosto dessa sensação.
Como se estivesse lendo minha mente, Nicole me cutuca com o
ombro.
— Eu acho que é hora de nós, meninas, tomarmos outra dose, — ela
diz com naturalidade.
Eu estava errada. Ela não leu minha mente. O que eu quero é sair desse
bar e parar de pensar nessa tal de Gabby. Com ele.
A mulher, Gabby está pedindo a ele para mostrar a ela o lugar, e Alex
me lança um olhar questionador.
— Emily.
O que ele quer que eu diga a ele? Que eu não gosto de ver uma mulher
linda dando em cima dele?
'Nós ficaremos bem. Vejo você depois, — minto.
Ele estreita os olhos e cerra a mandíbula.
— Tudo bem, então, — ele suavemente, mas rapidamente diz antes
que eu me vire para encarar Nicole, que torce a boca para o lado e
balança a cabeça.
— Oh, cale a boca, Nic.
— Eu não disse nada, Em, — ela diz, ainda balançando a cabeça. — No
máximo, eu estou apenas me impedindo de dar um tapa em você. Então,
novamente, eu diria que você está fazendo um bom trabalho se batendo
mentalmente.
— Mais uma bebida e vou embora, — respondo, ignorando o
comentário dela.
O lugar está lotado e eu continuo lutando contra a vontade de
procurar por Alex. Eu me pergunto onde ele está, com quem está, o que
está fazendo. Merda.
— Preciso de ar fresco, — digo a Nicole enquanto me dirijo para a
saída.
Assim que chego à porta, vejo Ryan entrando. Ele está claramente
procurando por Nic, tanto que nem percebe que estou parada na frente
dele.
— À esquerda, perto das torneiras de cerveja, — digo, chamando sua
atenção. Ele me lança um olhar agradecido, e eu sei que ele a viu quando
seu sorriso cresce.
Saindo do bar, respiro o ar fresco e expiro meus pensamentos.
Debatendo se devo voltar para dentro ou apenas ir para casa, começo
a andar de um lado para o outro e, com o canto do olho, vejo que alguém
está me observando.
Merda.
Liam está encostado na parede; ele está vestindo jeans escuro e uma
camisa cinza que lhe cai como uma luva. Ele está com as mãos nos bolsos
e noto que seus braços esculpidos flexionam. Droga.
Eu sei que ele me viu, mas ele desviou os olhos. Ele está desviando o
olhar, fingindo que não estou lá. Idiota.
— Oh, pelo amor de Deus! Você realmente vai fingir que não estou
aqui? — Eu pergunto, agora ciente de que o álcool me deu coragem. E
idiotice.
Suas mãos deixam os bolsos e seus dedos correm pelo cabelo. Ele
então olha para mim, mas não diz nada.
— Eu acho que educação não é o seu forte, — eu disparo, preocupada
por não ser capaz de pronunciar minhas palavras sem dar a entender que
posso estar um pouco embriagada.
Eu ando em direção a ele, e ele cerra sua mandíbula. — Não tenho
ideia de pôr que esperava que você fosse educado.
Ele dá um passo à frente em minha direção e se aproxima. Ele cheira
como se tivesse acabado de sair do chuveiro. Uau. Ele levanta o braço
direito tatuado e esfrega a testa com as costas da mão.
— Fui criado para respeitar os pedidos de uma mulher, então você
deve esperar que eu faça exatamente isso. Você esqueceu que me pediu
para ignorá-la?
— É essa a sua maneira de dizer que é um cavalheiro? — Eu pergunto
enquanto toco seu braço, da mesma forma que a loira Gigi—ou Gabby ou
qualquer que seja o nome dela—estava segurando o braço de Alex. Merda
'Você está bêbada.
— Sim, — eu reajo com orgulho, como uma idiota.
Porque eu sou uma, obviamente. — Eeee eu também vou embora, — eu
digo enquanto me viro e começo a andar.
Estou prestes a atravessar a rua quando Liam passa na minha frente.
— Você vai voltar para casa andando? Sozinha? Bêbada?
— Estarei em casa em dez minutos e não estarei sozinha. Eu tenho
meus quarenta e sete seguidores leais no Instagram para me fazer
companhia, — eu digo sarcasticamente. — Então, sim, vou voltar para
casa andando.
Ele olha para os dois lados da rua e expira com força.
Certo, isso não vai acontecer.
Capítulo Vinte e Cinco
LIAM

Eu não queria entrar naquele bar. Droga, eu não queria nem sair. Mas
meu irmão idiota está com o pau sob a merda de um feitiço de boceta.
Claro, estou feliz que ele esteja de volta ao jogo. Já faz um tempo que
ele não fala com uma mulher sem nenhum ceticismo de seu lado.
Então, o fato de ele estar falando com a amiga de Emily já é um passo
à frente ou para longe de sua ex-noiva vadia traidora, para dizer o
mínimo.
Quando Ryan mencionou que encontraria Nicole naquele bar, eu
sabia que as chances de Emily não estar lá eram mínimas.
Não me entenda mal. Eu queria vê-la. Eu quero -vê-la. Mas eu não
estava com vontade de assistir outros homens conversando com ela ou
até mesmo tocando-a.
Foda-se.
— Basta entrar primeiro e verificar se ela está aí, cara. Apenas me
mande uma mensagem e eu vou embora, — digo a Ryan.
O filho da puta começa a zombar de mim. Estou aqui tentando
respeitar os desejos de uma mulher, enquanto ele tem uma mulher
disposta a cavalgá-lo a noite toda, mas ele está com muito medo de tirar
o pau das calças.
Quem é o covarde aqui? Meu irmão. Ele é um covarde sentimental.
— Cale a boca, cara, — eu o aviso. Juro por Deus que ele precisa ser
lembrado das inúmeras vezes que lhe dei uma surra desde que ele tinha
seis anos.
Ele entra no bar e, nem mesmo dois minutos depois, Emily está
parada na calçada, bem na minha frente, de costas para mim. Merda. -Ela
está usando jeans extremamente justos.
Meu pau estremece ao ver aquela bunda redonda, e eu tenho que
desviar o olhar. Se eu continuar olhando para ela, terei uma ereção aqui
mesmo, nesta calçada.
Posso dizer pela respiração dela que ela pode estar ansiosa. Por que ela
é tão difícil de ler? —Ela começa a andar de um lado para o outro até
perceber minha presença.
Eu sei que ela está olhando para mim. Posso sentir aqueles lindos
olhos verdes olhando para o meu corpo.
Tudo que ela precisa fazer é pedir, e eu afarei minha. Porra, eu seria dela se
ela pedisse.
— Oh, pelo amor de Deus! Você realmente vai fingir que não estou
aqui? — Ela me pergunta.
Posso dizer que ela está bebendo, então não tenho certeza do que
devo dizer ou fazer. Eu corro meus dedos correndo pelo meu cabelo e
apenas olho para ela, tentando descobrir que tipo de bêbada ela está.
Definitivamente não é o tipo amoroso, com certeza.
— Eu acho que educação não é o seu forte, — ela retruca, e tenho que
admitir que ela é linda quando está bêbada.
Suas palavras não saem arrastadas, mas é adorável como ela está
fingindo dizer cada uma delas com calma, como se estivesse contando
cada sílaba.
Posso dizer que ela está tentando não ser afetada por mim e, por
algum motivo, isso só me faz desejá-la mais.
Conforme ela se aproxima, eu noto que ela cheira a uísque, mas ainda
há uma pitada de seu perfume. É fresco e não muito doce. Aposto que
isso deixa a pele com um gosto ainda melhor. Merda.
Eu quero minha boca em seu corpo, em sua boceta novamente; eu
quero esses líquidos agridoces na minha língua e ao redor do meu pau.
Tudo que ela precisa fazer é pedir.
— Não tenho ideia de pôr que esperava que você fosse educado.
Sua observação me atinge como um insulto. Não me entenda mal. Já
fui insultado por mulheres antes; isso geralmente acontece quando eu
paro de transar com elas assim que elas querem mais do que sexo.
Esses insultos nunca me incomodaram antes.
Mas essa mulher... Não acredito que ela está me dizendo que não sou
educado! Eu não posso acreditar que isso me atormenta.
— Fui criado para respeitar os pedidos de uma mulher, então você
deve esperar que eu faça exatamente isso, — digo a ela com orgulho.
Certifico-me de parecer ofendido porque estou. -Minha mãe pode ter
arranjado um marido machista, mas ela se certificou de que Ryan e eu
não terminássemos como ele.
— Você esqueceu que me pediu para ignorá-la? — Eu a lembro,
deixando-a saber que eu com certeza não esqueci suas palavras exatas.
— É essa a sua maneira de dizer que é um cavalheiro?
— Você está bêbada, — é tudo que posso dizer, e essa é a única coisa
que me impede de beijá-la agora.
Porque eu sou um cavalheiro de merda.
Quando ela me diz que vai voltar para casa sozinha, sei que não vou
deixá-la fazer isso de jeito nenhum. Eu não me importo o quão
incrivelmente segura eles dizem que esta cidade é. Vou acompanhá-la,
queira ela ou não.
Ela faz uma pausa no caminho para amarrar o cabelo. Seus cachos
caem naquele rabo de cavalo, agora me dando uma visão clara de seu
pescoço e clavículas.
Aposto que o perfume dela é mais forte lá.
Estou esperando que ela comece a andar novamente, mas ela está
apenas parada lá, definitivamente me comendo com os olhos por alguns
segundos. Eu percebo porque tenho feito o mesmo com ela.
Ela move ligeiramente os quadris e juro que pressiona as coxas por um
segundo. Eu tenho que dar um soco mental no meu pau.
Eu só quero arrancar suas roupas, abrir bem suas pernas e afundar em
sua boceta apertada.
Posso imaginá-la nua na minha cama, minha língua em suas dobras
molhadas, meus lábios sugando seu clitóris até que ela goze e me implore
para fodê-la. E eu definitivamente faria até que ela não aguentasse mais
orgasmos.
— Você é perfeito, — ela diz, tirando-me dos meus pensamentos. Seus
olhos ainda vagam pelo meu peito e param na minha virilha antes que ela
olhe para mim.
— Quero dizer, você seria -perfeito. Todo alto, bonito, sexy e
habilidoso lá em baixo..., — ela continua. Eu concordo totalmente com
ela, e juro por Deus que ela definitivamente está pensando na minha
cama também.
... — e atraente e partindo para sempre em alguns dias. — O quê? —
Pena que você é um idiota, — ela afirma com naturalidade e parecendo tão
desapontada quanto eu. O que ela acabou de dizer?
— Eu moro aqui, — ela desacelera e faz um gesto para abrir uma porta
vermelha para o que parece ser uma casa bem pequena. Ela faz uma
pausa e pega o telefone na bolsa antes de abrir a porta.
— Oi, — ela diz baixinho enquanto atende o telefone. Ela nunca falou
comigo com aquele tom suave, e de repente estou surpreso de como
quero ser a pessoa que o recebe.
— Estou bem. Estou prestes a abrir a porta. Você quer... — ela é
interrompida por algo ou alguém, seus olhos se fecham, e quando ela os
abre novamente, eu não posso dizer se ela está com raiva ou triste.
Ela desliza o telefone de volta na bolsa e olha para mim. Seus olhos
encontram os meus, e eu só espero que ela possa ver o quanto eu a quero.
Ela olha para os meus lábios antes de me puxar pelo pescoço e me
beijar de repente.
Porra, eu queria isso.
Sua língua trilha meu lábio superior, e não tenho vontade de parar
agora. Eu mordo seu lábio inferior por pura necessidade de prová-la. Suas
mãos agarram meu cabelo enquanto nossas línguas lutam pelo domínio.
Ela geme na minha boca, me fazendo grunhir na dela. Seus braços
estão segurando meu pescoço, eu quero tanto tocá-la, mas mantenho
minhas mãos na porta atrás dela.
Eu prefiro deixá-la me ter agora do que me afastar se eu agarrar sua
cintura como eu quero.
Isso é pura luxúria, e estou prestes a tomá-la toda minha se ela
continuar me beijando assim. Então, dou um passo para trás.
A distância repentina entre nós é como a porra de um ácido
queimando minha pele.
— Você ainda está bêbada, — eu sussurro, me sentindo
completamente derrotado.
— Acredito que já decidimos isso, — ela diz. Suas bochechas estão
rosadas e ela ainda está lambendo o lábio superior.
— Boa noite, Liam, — ela sussurra antes de entrar na casa e fechar a
porta atrás dela.
Por um segundo, acho que ela estava perto de dizer meu nome
naquele tom suave e carinhoso que eu desejo.
Puta merda, eu a quero.
Capítulo Vinte e Seis
EMILY

Eu rapidamente fecho e tranco a porta, mantendo minha mão nas


chaves, ainda sem conseguir me mover. Eu fico lá mesmo depois de ouvir
os passos de Liam enquanto ele está se afastando.
Por um momento, gostaria de não o ter deixado pensar que eu estava
tão bêbada quanto ele provavelmente pensa que estou.
Eu sabia exatamente o que estava fazendo quando beijei Liam. O que
mais me assusta é que acho que sei exatamente por que fiz isso.
Ele caminhou ao meu lado todo o caminho até aqui, mesmo que eu
não tenha sido legal com ele. Sua proximidade estava provocando
choques de eletricidade pela minha espinha.
Não consegui evitar que esse frio febril subisse direto para o meu
centro e, quando parei para prender o cabelo, não consegui tirar os olhos
dele.
Meu corpo o queria nu na minha frente. Eu queria que ele me tocasse
como fez na noite em que transamos. Eu queria sentir aquela
calamidade, sem compromissos.
Meu núcleo estava uma poça de excitação e eu esperava que o ar frio
no meu pescoço ajudasse. Quando Cheguei à minha porta e Alex ligou,
senti como se meu coração estivesse batendo nas minhas costelas e eu
não conseguia respirar fundo sem doer.
Eu estava prestes a perguntar se ele queria almoçar no Nonna’s
amanhã quando ouvi alguém falando ao fundo.
— Largue o telefone, querido, por favor.
Querido. Ugh.
Essa palavra entrou oficialmente na minha lista de palavras
detestáveis. Ao lado de crosta e antes de regurgitar.
Eu nem encerrei a ligação, sentindo que nem deveria ter atendido em
primeiro lugar; enfiei meu telefone de volta na minha bolsa.
Quando olhei para cima, percebi que o azul nas íris de Liam estava
diminuindo, dando lugar às pupilas escuras dilatadas.
Ele estava inconscientemente mordiscando o lábio inferior e, em uma
fração de segundo, puxei seu corpo para o meu, beijando-o, querendo
que ele me beijasse de volta e me agarrasse com tanta intensidade quanto
eu o estava agarrando.
Mas ele não o fez, e de alguma forma eu senti uma mistura de
decepção e alívio.
Sim. Eu vou para o inferno. Mas primeiro, eu realmente preciso ir para a
cama.
Meu telefone está vibrando e, quando olho para a tela, vejo que Alex
está me ligando. De novo.
— Você saiu com aquele cara. Liam, — sua voz era baixa, e ele parecia
magoado.
— Você ficou com aquela garota. Gab, — Eu não escondo meu
desconforto porque eu sei que ele perceberia de qualquer maneira.
— Eu fiquei com muitas pessoas, Emily.
— Estou cansada e meio bêbada, Alex, — digo com sinceridade. — Eu
te ligo amanhã, está bem?
— Emily.
— Eu te figo amanhã, — repito e encerro a ligação. Meu peito parece
que está amarrado em um nó pesado enquanto deito na minha cama. Eu
encolho os ombros, dizendo a mim mesma que deveria pelo menos
escovar os dentes e lavar o rosto antes de dormir.
Meu corpo não obedece aos meus pensamentos e adormeço
instantaneamente. Prioridades.
Devo ter dormido um total de cinco segundos. Eu sei que o
despertador diz que foram cinco horas, mas não é isso que meu corpo
está me dizendo.
Minhas pálpebras estão secas e tenho quase certeza de que estou com
o pior hálito matinal de todos os tempos.
Vamos culpar os irlandeses e sua Guinness por isso.
Depois de tomar um longo banho quente e beber muita água, decidi
fazer minha caminhada matinal na praia.
A maré está subindo e as ondas quebrando com sua força e ritmo
imprevisíveis de costume. É possível observar alguns segundos do mar
calmo de vez em quando até que algumas ondas enormes surjam do
nada.
Essa é uma das razões pelas quais muitas pessoas não vêm aqui.
Sei que andar descalça nesta praia não é uma boa ideia, a menos que
você queira ir para casa com alguns cortes nas solas dos pés.
Acho que é um preço que estou disposta a pagar porque realmente
quero sentir a água fria em meus pés.
Continuo caminhando devagar e com cuidado, evitando as pedras
aqui e ah; a água chega até meus joelhos e raramente recebo um respingo
que atinge meu short.
As conchas marinhas na areia deixam o andar desconfortável, então
deixo meus pés afundarem na areia e me agacho um pouco até poder
correr meus dedos na água.
Com a maré subindo, a água já está um pouco acima dos meus joelhos
quando uma bola de praia quica ao meu lado.
Eu ouço uma criança me chamando, e quando me viro para jogar a
bola na direção dela, vejo Liam, vestindo nada além de tênis e bermuda.
Oh, e o suor delicioso por todo o peito. Droga. Eu o noto diminuindo a
velocidade de sua corrida e caminhando em minha direção. Merda.
Esperando que ele não tenha me reconhecido, eu viro minhas costas
para ele e dou um passo à frente na água, parando ah por um tempo
enquanto olho para o horizonte.
Provavelmente se passaram cinco minutos ou mais. A água já está nas
minhas coxas. Acho que ele não me reconheceu e continuou correndo,
então me viro. Ele está bem ah, me observando, seus olhos piscando.
Eu me viro, mas, quando estou prestes a dar um pequeno passo à
frente, encontro uma parede de água prestes a me engolir inteira.
Merda. -Está tudo escuro. Não consigo respirar enquanto a onda
congelante me puxa e me empurra até que bato em algo forte que aperta
meus pulmões.
A maré está subindo, então há uma boa chance de ser jogada de volta
à costa.
Devo estar em pânico porque a única coisa em que consigo pensar são
as histórias que ouvi sobre os golfinhos nesta área salvando pessoas do
afogamento.
Sinto tanta pressão em volta do meu corpo e não sei para que lado
estou virado, mas começo a ver um ponto de luz em toda a escuridão.
Quando sinto o calor do sol no rosto, finalmente tenho coragem de
abrir os olhos e tentar respirar.
Estou de volta à costa, mas minhas costas não estão tocando a areia.
Estou flutuando? Ouço meu corpo sendo arrastado pelas conchas, mas não
dói. Devo estar em choque. -
Não consigo mover meus braços e, quando olho para baixo, noto que
dois fortes braços tatuados estão segurando meu corpo, lentamente me
soltando, mas ainda me protegendo. Eu me viro e percebo que minhas
costas estavam no peito de Liam.
— Você está bem? — Ele pergunta apressadamente, sentando-se e
verificando se meu corpo está machucado.
Só então penso em suas costas. Seu corpo estava protegendo o meu, o
que significa que foi ele que foi arrastado pelas conchas.
— Estou... você... Oh, merda! Você está sangrando, — eu grito
enquanto olho para seu braço e depois para suas costas. Sua pele está
vermelha, arranhada e posso ver alguns cortes profundos.
— Não é nada. Você está machucada? — Ele insiste em ignorar sua
situação e verificar a minha, me ajudando a me levantar, embora eu sinta
que ele é quem deve ser ajudado.
— Você está todo arranhado. Pare de se preocupar comigo, — eu digo
com nervosismo, apontando para suas costas e braço. — Eu tenho um kit
de primeiros socorros em casa, — eu ofereço, e ele relutantemente acena
enquanto continua me estudando.
Enquanto caminhamos em direção à minha casa, fico imaginando
como ele me atingiu tão rapidamente, como envolveu seu corpo ao redor
do meu, como se me protegesse e me puxasse de volta para a costa.
Sua expressão séria se suaviza quando chegamos à minha porta. Eu o
levo para o meu banheiro e coloco um banquinho no chuveiro.
— Sente-se, — eu exijo enquanto ligo o chuveiro.
Ele limpa a garganta antes de fazer o que eu pedi e estremece ao sentir
a água morna em suas feridas.
Estou tentando lavar a areia de suas costas, certificando-me de que as
feridas estejam limpas. Ele está respirando de forma lenta, mas ofegante,
e quando eu me movo e olho para ele, seus olhos estão viajando da
minha cintura aos meus seios.
Minhas roupas molhadas estão agarradas ao meu corpo, e eu sei que
ele pode ver meu sutiã por trás da blusa branca. Ele levanta o queixo e
olha para mim enquanto limpa a garganta.
— Obrigado, — ele diz, e sua voz rouca faz meus mamilos
endurecerem. Minhas pernas roçam seus joelhos, enviando um arrepio
direto para o meu núcleo.
Este não é o momento, -digo a mim mesma. Respiro fundo e me forço a
não olhar para ele.
— Você precisa tomar um banho. — Eu suprimo minha inquietação
por não o encarar. — Dê-me sua bermuda. Ela estará lavada e seca
quando você terminar, — eu digo, o mais rápido possível.
Preciso sair deste banheiro antes que meu corpo tire o melhor de
mim. Antes que ele pegue o melhor dele.
Capítulo Vinte e Sete
LIAM

Puta merda.
Eu podia ver seu sutiã de renda por baixo da blusa molhada.
Sério, puta merda.
Eu só queria agarrar sua cintura e puxá-la para o meu colo. Ela estava
bem ali.
Saio do banheiro, completamente ciente de que agora estou com o
cheiro do sabonete dela. É como se ela estivesse por toda parte em mim.
Jesus, o que essa mulher está fazendo comigo?
Ela sai do banheiro com um vestido que parece um tamanho grande
demais para ela. As alças são entrelaçadas, de modo que o vestido sobe na
frente, cobrindo seu decote.
Não sei se ela está tentando esconder seu corpo de mim, mas está
apenas me fazendo querer ver mais o que está por baixo daquele vestido.
Merda.
Eu continuo esperando que ela não esteja usando roupa íntima agora.
Ela coloca um kit de primeiros socorros na mesa de centro à minha
frente e me diz para sentar de lado no sofá, de frente para o braço dele.
Eu continuo fazendo tudo que ela me diz para fazer.
Sério, o que ela está fazendo comigo?
Ela se coloca atrás de mim, seu joelho esquerdo entre meu quadril e o
encosto do sofá, e sua coxa direita alinhada com a minha.
— Isso pode doer um pouco, — ela me diz enquanto pega o tubo de
bacitracina e o abre.
Ela começa a aplicá-lo na minha pele e, mesmo que esteja frio, a
maneira como suas mãos estão me tocando está fazendo meu corpo
esquentar.
Tenho certeza de que ela está esfregando partes das minhas costas que
não estão nem arranhadas. Suas mãos deslizam para baixo e se movem
para as minhas laterais.
Puta merda. Ela está me apalpando, não está?
Meu pau está fazendo um trabalho muito bom em ficar alerta, e meu
corpo está cedendo ao seu toque enquanto ela se aproxima atrás de mim.
— Emily, — eu a advirto. — Meu autocontrole está pendurado por um
fio muito, muito fino agora, — eu digo enquanto sua mão direita desliza
pelo meu braço.
Ela segura meu braço e o move de modo que minha mão agora esteja
tocando sua coxa, logo abaixo da bainha de seu vestido.
Puta que pariu. Ela está me matando.
— Me toque, — ela sussurra, e essas duas palavras fazem meu pau
parecer que acabou de sair da prisão. Eu não consigo mais me conter.
Simplesmente não posso.
Eu agarro sua coxa com mais força e a puxo para que ela fique
montada em mim, seus braços estão em meus ombros, e ela passa os
dedos pelo meu cabelo. Eu agarro seus quadris e mantenho meus olhos
nos dela. Eu quero transar com ela sem dó agora, mas também quero ir
devagar e provar cada pedacinho dela.
— Eu já te disse antes. Você está no comando aqui, — eu sorrio e digo
com sinceridade. — Eu vou te tocar, te beijar, te provar, te foder e fazer
você gozar até que você me diga para parar.
Porra, por que eu sinto que ela é dona do meu pau?
Ela começa a se esfregar em mim e geme quando sente seu centro na
minha dureza. A única coisa que nos separa são as merdas das roupas que
odeio agora.
— Tire a bermuda, — ela diz antes de se ajoelhar para que eu possa
empurrar a bermuda para baixo.
Meu pau se liberta, pronto para o que ela quiser. Ela pressiona seu
corpo com mais força contra mim, e sinto sua calcinha encharcada na
cabeça do meu pau.
Estou fazendo o melhor que posso para ir devagar, mas estou prestes a
arrancar suas roupas se ela não ficar nua logo.
Ela arqueia as costas e eu deslizo minhas mãos sobre suas coxas e sob
seu vestido até que eu seguro seus seios. Ela não está usando sutiã.
Perfeito.
Ela geme e levanta os braços para que eu possa tirar o vestido. Valeu a
pena a maldita espera.
Minha boca vai direto para seu mamilo direito, e minha língua brinca
com ele enquanto eu chupo sua pequena aréola. Ela geme e arqueia as
costas novamente.
Eu a empurro lentamente para trás até que ela esteja deitada na
minha frente, ainda montada em mim. Inclinando-me para frente, deixo
minhas mãos percorrerem seu corpo enquanto a lambo e beijo, do
pescoço até os seios.
Ela está usando um fio dental, tomando mais fácil para eu rasgá-lo de
uma vez. Ela suspira e olha para mim enquanto sua língua está
acariciando seu lábio superior.
Ela faz isso tão naturalmente. Eu sei que ela não tem ideia do que isso
faz com meu pau.
Eu coloco minha mão em sua nuca e a puxo de volta, roçando meus
lábios contra os dela.
Não há dúvida de que quero esses lábios em volta do meu pau, mas a
necessidade de beijá-la é muito mais forte agora.
Ela abre os lábios, deixando escapar um gemido e dando as boas-
vindas à minha língua. Ela chupa por um segundo, fazendo meu pau
estremecer.
A cabeça do meu pau está bem na sua entrada pingando, e, agora, eu
nem me importo em usar camisinha. Eu a quero tanto que vou fodê-la no
pelo e sentir toda a sua boceta apertada ao meu redor,
Isso é o quanto eu a quero.
Minhas mãos agarram suas nádegas e eu a puxo para mais perto de
mim, sentindo meu comprimento deslizar sob sua boceta.
Seu líquido está pingando no meu pau, ela está gemendo e ela fecha
os olhos enquanto lentamente roça em mim. Pego minha mão para
acariciar seu rosto e meu polegar passa por seus lábios.
Ela lambe meu polegar suavemente antes de chupá-lo com força. Meu
pau se agita com isso, e ela o sente em sua boceta. Ela abre os olhos, mas
eu a sinto de repente ficar tensa.
O que diabos eu fiz agora?
Ela se levanta ao lado do sofá e olha para mim, demorando-se quando
seus olhos encontram meu pau dolorosamente duro.
— Os preservativos estão no meu quarto. Você vai ficar aí e esperar ou
vai comigo? — ela diz com nervosismo.
Suas bochechas ficam vermelhas e eu acho fofo que ela ache essa
situação constrangedora. Eu, por outro lado, estou bastante aliviado por
ela não ter mudado de ideia, então eu me levanto e a sigo.
Puta merda. Desde quando eu sigo uma mulher até o quarto dela?
— Espero que você tenha preservativos suficientes para o que quero
fazer com você, — digo baixinho.
Ela olha para mim e levanta uma sobrancelha.
— Eu ouvi isso, — ela diz, olhando para o meu pau e depois de volta.
Eu não posso ficar mais duro do que isso. Não. Retiro o que -disse
porque agora, ela está se curvando para pegar os preservativos de sua
mesa de cabeceira na minha frente.
Puta que pariu. Eu quero isso.
Eu vou até ela e fico atrás dela, deslizando minha mão entre suas
coxas. Meus dedos se movem lentamente entre suas dobras encharcadas.
Ela descansa as mãos na mesa de cabeceira, ainda curvada.
Suas coxas estão escorregadias por causa de seu líquido enquanto eu
deslizo um dedo para dentro de sua boceta. Ela solta um gemido de
prazer e pressiona as coxas.
Eu abro suas pernas e fico de joelhos.
Quando diabos eu comecei a ficar de joelhos por uma mulher?
Eu não me importo mais. Eu fico de joelhos, agarro suas nádegas e as
abro para mim enquanto passo minha língua de seu clitóris até sua
entrada.
Estou lambendo e provando sua boceta até que ela começa a gemer e
suas pernas tremem.
Puta merda. Essa visão está me matando.
Eu pego a embalagem do preservativo da mesa de cabeceira na frente
dela e seguro meu pau firme enquanto vejo o pré-sêmen na minha
extremidade antes de colocar o preservativo.
Eu envolvo um braço em volta da cintura dela e a jogo direto na cama;
ela cruza as pernas e as pressiona juntas enquanto olha diretamente para
mim e lambe o lábio superior.
Eu solto um grunhido enquanto me sento em meus calcanhares e
minhas mãos trilham suas pernas até que eu abro suas coxas para mim.
Tão incrivelmente linda.
— Liam, — ela geme enquanto levanta os quadris e coloca as mãos nas
minhas, me puxando para ela. Sua voz é suave, e seus gemidos de luxúria
deixam meu pau desesperado para estar dentro dela.
Ela ainda está de costas. Eu agarro sua cintura e a puxo para mim,
uma perna de cada lado, até que sua boceta molhada roça meu pau.
— Porra, — nós dois gememos em uníssono enquanto eu a penetro.
Seu aperto é tão bom.
Bom pra caralho.
Eu puxo meu pau todo para fora apenas para vê-la implorar por ele e
empurro de volta apenas para ouvir sua satisfação. Eu faço isso uma,
duas, três vezes, e sua boceta aperta mais a cada vez.
— Nunca me diga para não tocar em você de novo, Emily, — ameacei,
e espero que ela não perceba que estou realmente implorando.
Merda.
Capítulo Vinte e Oito
EMILY

— Nunca me diga para não tocar em você de novo, Emily, — ele


suavemente ameaça, mas seu tom me deixa saber que ele está cedendo a
este prazer carnal tanto quanto eu.
Estamos olhando nos olhos um do outro enquanto ele lentamente tira
sua dureza de mim de novo e eu olho para ele de novo.
Ele começa a esfregar meu clitóris com o polegar enquanto
lentamente empurra seu pau, e uma onda de eletricidade congelante flui
pelo meu corpo. Ele agarra minha cintura e me puxa para mais perto dele
enquanto continua empurrando.
O som molhado das minhas nádegas batendo em sua pele me excita
ainda mais.
— Você é tão gostosa, linda, — ele grunhe enquanto me puxa para
cima e coloca as mãos nos meus quadris, fazendo-me mover para cima e
para baixo.
Minha boceta está pulsando, e eu sei que não posso controlar o
orgasmo que está se formando. Meus braços passam ao redor dele, e
coloco as palmas das minhas mãos em suas costas. Ele estremece e me
lembro de que suas costas estão completamente arranhadas.
Eu murmuro a palavra desculpe -enquanto coloco minhas mãos em
seu rosto e o beijo. Ele avidamente força sua língua na minha boca,
dançando com a minha, me fazendo perder o fôlego enquanto suas
estocadas se intensificam.
Há uma sensação avassaladora de prazer prestes a explodir em meu
núcleo enquanto ele me penetra com mais força e lambe meu lábio
superior. Eu inclino minha cabeça para trás, perdendo todo o controle
sobre meu corpo trêmulo enquanto chamo seu nome.
— Porra, eu amo sua boceta apertando em tomo do meu pau assim, —
diz ele entre as respirações antes de agarrar meus quadris, me empurrar
para trás e me virar.
O simples fato de que ele pode fazer isso tão facilmente, como se meu
corpo não pesasse nada, me excita.
Ele passa o braço entre o colchão e minha cintura e inclina meu corpo
para trás.
Minha bunda está em meus calcanhares e mais perto dele, meu rosto
roça os lençóis e eu mordo o tecido com expectativa enquanto ele
lentamente empurra em mim novamente.
Ele está mantendo minhas pernas pressionadas juntas, e posso sentir
seu pau deslizando na minha pele enquanto empurra para dentro e para
fora da minha boceta.
— Porra, — eu exalo enquanto sinto meu núcleo apertar
incontrolavelmente e tudo que posso fazer é girar meus quadris para dar
as boas-vindas ao meu ápice.
— Goze para mim, linda, — ele grunhe, e eu me solto, agarrando os
lençóis.
Ele não para de empurrar; ele continua enfiando seu comprimento
duro em mim enquanto agarra meu pescoço e me puxa até que minhas
costas encostem em seu peito. Suas mãos agarram meus seios e seus
lábios atacam meu pescoço com beijos vorazes. Eu levanto meus braços,
querendo alcançar seu rosto atrás de mim, e meus dedos enredam seu
cabelo.
Posso sentir seu pau pulsando dentro de mim enquanto ele
desacelera.
— Porra, você é tão apertada, Emily, — ele grunhe enquanto goza e
envolve seus braços em volta de mim.
— Jante comigo esta noite, — ele diz enquanto estou indo para o
banheiro. Não sei se ele ainda está se recuperando do orgasmo ou se está
apenas ansioso com o que acabou de me perguntar.
— Não é isso que se deve fazer antes do sexo? — Minha pergunta
retórica é tentar evitar responder à dele.
— Podemos fazer sexo depois do -jantar, então, se é isso que se deve
fazer. — Ele ri, mas posso ver que ele está faminto por isso.
Ele se levanta e se veste, o que leva cerca de dois segundos, visto que
tudo o que ele veio usando foi uma bermuda e tênis de corrida.
Pego a toalha mais próxima perto da porta do banheiro e envolvo em
tomo de mim, equilibrando nosso estado seminu.
Sim, eu sou uma puritana hipócrita. Pare de julgar.
Há algo na maneira como ele está de pé que me atrai.
Ele é tão seguro de si; não há uma gota de insegurança em sua
postura. Ele parece estar em posição de sentido enquanto espera minha
resposta.
— Vou jantar com você, — digo, mas não percebo o que disse até vê-lo
sorrir e parecer tão surpreso quanto eu. — Contanto que não seja
nenhum lugar chique, — acrescento.
Merda. Eu vou jantar com meu caso de uma noite idiota e sexy pra
caralho.
Ele ainda é um idiota? Merda.
Eu o levo para a porta da frente, segurando-a para ele enquanto a uso
simultaneamente como um escudo. Minha toalha de mão mal cobre
minha bunda, e de alguma forma me sinto vulnerável.
Ele levanta uma das mãos acima da cabeça e a coloca do outro lado da
porta, o que está criando uma espécie de barreira entre nós. Sua outra
mão sobe e seu dedo indicador levanta meu queixo.
Seus olhos azuis cintilam dos meus lábios aos meus olhos. Não tenho
certeza se ele quer me dar um beijo de despedida ou me foder
novamente.
— Vejo você mais tarde, — ele diz antes de sair.
Enquanto eu fecho e tranco a porta, eu largo a toalha que está me
cobrindo e olho para o meu corpo. Eu vejo as manchas rosadas em meus
seios, marcando os lugares que ele chupou e beijou.
Minha boceta aperta e meus dedos do pé se curvam com o
pensamento disso.
Meu corpo amou cada segundo do que acabou de acontecer. A sede de
Liam por ele me deixa ainda mais excitada, e seu corpo musculoso é um
ímã. Ele simplesmente me atrai.
Por que concordei em jantar com ele? Ugh.
Minha ansiedade aumenta quando penso sobre o que devemos
conversar durante o jantar.
Eu não quero que ele me veja de forma diferente do que ele vê agora—
a garota com tesão que abriu as pernas para ele na primeira vez que se
conheceram.
De alguma forma, isso soa muito melhor do que a viúva de coração
partido que sempre se culpará por não ter evitado a morte do marido.
Eu não quero que ele saiba. Eu não quero que ele me veja assim. Como
acho que Alex vê.
Alex.
Meu coração bate forte contra meus pulmões quando penso em Alex.
E, por um momento, eu sinto que meu batimento cardíaco para quando
minha mente é atingida pelo pensamento de seu corpo no corpo daquela
mulher: Gabby-senhorita-olhe-para-meus-peitos-grandes.
O pouco de bom senso que ainda tenho está me dizendo que estou
atendendo a todos os critérios para o Prêmio Vadia Egoísta. E melhor
começar a trabalhar no meu discurso de aceitação.
De pé no chuveiro, deixei a água lavar meus pensamentos pesados.
- Sexo é apenas sexo, certo? Busca pura de prazer físico mútuo e
nenhum apego emocional necessário, certo?
Eu preciso dizer isso a mim mesma repetidamente. Só porque preciso
de amor, não significa que o quero.
Sexo com Liam é uma avalanche de desejo carnal que meu corpo não
pode negar. Sério. —Seu corpo divino domina o meu a ponto de eu não
conseguir me controlar.
Acho que ele gosta da sensação de liberdade do compromisso, tanto
quanto eu quero quando estamos juntos, e isso me faz sentir segura.
Você não pode perder o que nunca teve, certo?
Sexo com Alex é— era —-uma tempestade de desejo lascivo. Eu deixei
a paixão que eu tinha por ele anos atrás ressurgir e deixei meu medo ir.
Guiada pelo desejo, eu tinha Alex—tudo dele—sem medo de perdê-lo.
Reviro os olhos e balanço a cabeça, completamente ciente de que
preciso de algum tipo de terapia. O mais próximo que posso chegar disso
é Nicole.
Estou esperando que ela me dê um tapa porque, agora, minha mente
está uma bagunça, e a vadia enrustida em mim está dançando tango com
a sombra do meu passado.
Capítulo Vinte e Nove
ALEX

Eu não consigo trabalhar.


Sou um cara muito tranquilo, mas não consigo pensar direito agora.
Ela disse que ligaria.
Estou sentado atrás da minha mesa há mais de uma hora e fico
olhando para o meu telefone a cada cinco minutos. E nada. Nem mesmo
uma mensagem dela. Nada.
Por que isso me incomoda?
Eu sei que normalmente não me preocuparia muito em não receber
um telefonema dela. Mas ela estava falando com aquele cara da última
vez que a vi fora do bar. Merda.
Meu sangue ferve quando penso que ela pode tê-lo levado para casa
com ela. Eu sinto como se alguém tivesse acabado de me chutar no
estômago e seu pé ainda estivesse lá, pisando nele.
Eu não faço isso, cara. Não sou o tipo de homem que fica irritado
quando Emily conhece outra pessoa. Eu. Não. Faço. Isso.
Então, por que me arrependo de não a ter impedido de sair do bar?
Parecia que minha alma partiu com ela e eu não pude aproveitar o resto
da noite.
Merda. O que é isso?
Na tentativa de parar de pensar nisso, começo a verificar o lucro da
noite anterior no bar. Ser dono daquele bar é um risco que estou
correndo, com um tipo diferente de clientela.
Somando o fato de que me tomei sócio de alguém para abri-lo,
realmente preciso ter certeza de que dará lucro.
Eu olho para o meu telefone novamente e percebo que há uma
mensagem de Gabby.
Gabby: O quanto foi bom para nós ontem à noite? Vamos conversar
sobre isso durante o jantar.
Eu realmente não estou com ânimo agora. Terei que responder isso
mais tarde.
Estou prestes a colocar meu telefone na mesa pela enésima vez
quando ele vibra.
Finalmente.
— Ei”, ela diz suavemente, e tudo que quero fazer é ir para casa, voltar
para a minha cama, onde ainda posso me sentir mais perto dela. Tive que
trocar os lençóis depois de fazermos sexo, mas mantive a fronha que
ainda tem o cheiro dela.
Porra, por que eu sinto falta dela? Tudo dela.
— Emily, — eu respondo, só porque adoro dizer o nome dela.
Ela está quieta, mas sei que há algo que ela quer me dizer. Ela sempre
hesita quando quer me dizer algo. Algo pessoal, algo que a faz se sentir
vulnerável.
Mas não há nada vulnerável nela. Mesmo quando ela desmorona,
ainda posso ver o quão forte é sua alma.
Ela é mais forte do que eu, com certeza.
Ela luta contra suas emoções com a valentia de uma leoa, da mesma
forma que evito as minhas com a valentia de um lobo.
Ambos fazemos sexo casual com outras pessoas, sem complicações e
emoções. Certo, tenho feito isso com muito mais frequência do que ela.
Mulheres gostosas e cheias de tesão vêm até mim, e estou muito feliz em
obedecer.
E isso funcionou muito bem.
Mas então, fizemos sexo. Emily e eu fizemos sexo.
Sinceramente, acho que ambos baixamos a guarda, e no momento em
que a vi se abrindo completamente para mim, me transformei em um
maldito cachorrinho.
Merda.
Eu queria fazer sexo com ela desde o dia em que nos conhecemos.
Era um dia frio e ensolarado, e a brisa suave fez com que a saia de seu
vestido esvoaçante se levantasse ligeiramente em ondas.
Ela estava linda. Tão linda.
Admito que me recusei a oferecer-lhe um emprego porque se ela
trabalhasse para mim, eu não iria transar com ela. E eu queria transar
com ela. Definitivamente.
Ela era sedutora, mas tímida, e cada palavra que saía de sua boca era
honesta, cada movimento de seu corpo era real. Ela era tão diferente de
todas as mulheres com as quais eu estava acostumado.
Ela era tão real que eu queria ver mais dela.
Claro, a tensão sexual quase me matou naquele momento. Lembro-
me de ir para casa mais cedo naquele dia e ir direto para o chuveiro.
Posso dizer que foi o melhor orgasmo que eu já tive enquanto me
masturbava com o pensamento de uma mulher.
Enquanto a água quente escorria pelas minhas costas, coloquei minha
mão esquerda na parede de cerâmica fria e segurei meu pau ereto com
minha mão direita. Eu não conseguia parar de pensar nela.
Aqueles olhos lindos, aquele sorriso sexy e a maneira atraente como
ela se movia. Porra.
Fechei meus olhos, mantendo seu rosto em minha mente e
imaginando que ela era a única acariciando meu pau enquanto lambia
seu lábio superior, do jeito que ela fez quando eu a vi pela primeira vez.
Imaginei suas mãos macias ao meu redor, acariciando lentamente
minha dureza. Continuei imaginando seu corpo nu, roçando no meu
enquanto bombeava meu corpo inteiro.
Eu firmei meu aperto em meu pau, acariciando-o no mesmo ritmo
que eu foderia sua boceta se ela estivesse lá comigo.
Porra. Foi a primeira vez que me masturbei pensando nela, e agora sei
que a única coisa melhor do que isso é realmente estar dentro dela.
Por dias, ela era tudo em que eu pensava, então quando a ajudei a
conseguir o emprego do Sr. Torres e ela se ofereceu para me pagar o
almoço como agradecimento, não pude dizer não.
Verdade seja dita, eu estava pensando em transar com ela o tempo
todo.
Foi a primeira vez que fomos ao Nonna’s. íamos nos sentar frente a
frente, mas Rosa, a dona, não quis.
O perfume de Emily me atormentou imediatamente. Ela estava tão
perto de mim, eu não fiz nada além de prestar atenção a todos os seus
detalhes.
Sua saia curta subiu enquanto ela estava sentada. Sua camisa estava a
um botão de distância de me mostrar a pele que a renda de seu sutiã mal
cobria.
Seus cachos indomáveis estavam chamando meus dedos para enrolá-
los.
Porra.
Esse foi literalmente o almoço mais difícil que já tive. Obriguei-me a
me concentrar em nossa conversa, em vez de no quanto eu queria curvá-
la e foder com ela sobre a mesa de jantar.
Essa foi basicamente a primeira vez que conversei ativamente com
uma mulher e fiquei realmente interessado no que ela estava dizendo.
Emily era — é — tão magnificamente diferente. Ela sorriu com
sinceridade e não fingiu que minhas piadas horríveis eram engraçadas.
Não me entenda mal, terminamos o almoço e eu ainda queria transar
com ela. Caramba, acho que nunca vou parar de querer isso. Mas eu
queria falar mais com ela.
Eu queria saber mais sobre ela e queria que ela soubesse mais sobre
mim. Foi quando começamos a conversar e a fazer confidências um com
o outro quase todos os dias.
Merda. Nós nos colocamos na friendzone.
— Como foi sua noite? — Ela pergunta. Não é um começo incomum
para nossas conversas habituais, mas sua voz está trêmula.
— Rentável, — eu respondo, embora eu realmente não tenha
verificado tudo ainda. — Como foi a sua?
— Você viu Liam saindo comigo, — ela diz, e meus ombros ficam
tensos. É a primeira vez que fico desconfortável com ela me contando
algo.
Meu rosto está todo franzido enquanto tento manter essa emoção
estranha fora dessa conversa.
— Meu telefonema atrapalhou você? — Eu pergunto, usando o maior
tom de brincadeira que consigo.
— Não, — ela responde, e meu coração afunda. Merda. — O uísque
cuidou disso, — ela acrescenta, parecendo desapontada. Devo dizer que
estou no polo oposto da decepção agora.
— Você está trabalhando agora? Quer tomar um café? — Eu pergunto
ansiosamente. Quanto mais falamos ao telefone, mais quero vê-la.
— Estou trabalhando. Esta manhã, eu... eu tive um... hum... tipo louco
e estranho de manhã. E agora eu preciso colocar o trabalho em dia.
Ela está nervosa de novo enquanto fala. — Podemos fazer isso
amanhã, talvez? — ela acrescenta, e eu concordo, sentindo-me
desanimado.
— Rentável, — eu respondo, embora eu realmente não tenha
verificado tudo ainda. — Como foi a sua?
— Você viu Liam saindo comigo, — ela diz, e meus ombros ficam
tensos. É a primeira vez que fico desconfortável com ela me contando
algo.
Meu rosto está todo franzido enquanto tento manter essa emoção
estranha fora dessa conversa.
— Meu telefonema atrapalhou você? — Eu pergunto, usando o maior
tom de brincadeira que consigo.
— Não, — ela responde, e meu coração afunda. Merda. — O uísque
cuidou disso, — ela acrescenta, parecendo desapontada. Devo dizer que
estou no polo oposto da decepção agora.
— Você está trabalhando agora? Quer tomar um café? — Eu pergunto
ansiosamente. Quanto mais falamos ao telefone, mais quero vê-la.
— Estou trabalhando. Esta manhã, eu... eu tive um... hum... tipo louco
e estranho de manhã. E agora eu preciso colocar o trabalho em dia.
Ela está nervosa de novo enquanto fala. — Podemos fazer isso
amanhã, talvez? — ela acrescenta, e eu concordo, sentindo-me
desanimado.
Não quero desligar, então espero que ela desligue e acabamos em
silêncio. É o tipo de silêncio que só parece confortável com ela.
Eu ouço uma batida na minha porta, e Gabby entra antes que eu
desligue.
Juro por Deus, se ela me chamar de querido de novo, eu vou vomitar.
— Vamos falar de negócios esta noite, querido Gabby diz, e eu
imediatamente tenho um caso grave de refluxo ácido.
Capítulo Trinta
EMILY

Nicole me olha como se eu fosse seu herói recém-descoberto.


Inacreditável. Não tenho ideia de pôr que pensei que ela me ajudaria com
bons conselhos.
Eu diria que ela está me olhando como se meus encontros com Liam e
Alex fossem duas das minhas maiores conquistas.
— Então, quem é maior? — ela pergunta, parecendo genuinamente
interessada.
Eu não posso acreditar que isso é o que eu tenho como melhor amiga.
Ugh.
— Estou falando sério, Nic. Estou completamente confusa e minha
mente está toda ferrada. Além disso, agora posso dizer que fiz sexo com
dois caras diferentes em menos de uma semana, — eu lamento.
— Como passei de dois caras em cinco anos para dois caras em cinco
dias?
— Me escute, Em. Contanto que você esteja completamente segura e
aproveite isso totalmente, quem se importa com quantos caras você
dorme? — Ela fica séria enquanto segura minhas mãos e olha
diretamente para mim.
— Eu sei o que você está pensando, mas não deixe o medo do que
você não pode controlar tomar conta da sua vida, Em, — ela afirma, e eu
aceno com ceticismo.
— Isso é fácil para você dizer. Você está falando sobre sentimentos -
mas agora, eu não consigo nem controlar minha própria libido!
— Aproveitei a primeira oportunidade que tive de fazer sexo com
Liam de novo, embora tivesse dito a mim mesma que não faria isso. E eu
praticamente seduzi Alex! O meu melhor amigo! O único homem que
não quero perder!
— Em, eu vou te interromper bem aí antes que você leve um tapa. Não
pense demais nisso. Liam logo vai embora, então é melhor você
aproveitar esse pedaço de mau caminho.
— E Alex, bem, você já deveria saber que não importa o que faça, você
nunca o perderá. Alex não é ele. Nem Liam.
— E você não é quem era há seis anos. Então pare com isso e me diga
quem tem o pau maior! — Ela exclama enquanto me abraça.
— Você fez sexo com Alex. Você sabe o quão grande ele é, — eu
sussurro, me sentindo desconfortável ao responder.
— Oh meu Deus, Em. Isso é ciúme que estou sentindo? — Ela sorri
enquanto se inclina para trás para olhar melhor para mim.
Sim.
— Não, — estou surpresa como meu instinto é mentir. — Como eu
poderia ficar com ciúmes quando você -transou com ele antes de mim?
— Se eu tivesse ciúme, provavelmente teria ciúme de metade da
população feminina desta cidade, terminando com Gabby, — não posso
suprimir o desdém em minha voz, e isso me incomoda.
— Alex é um pegador, mas ele não ficou com tantas mulheres, Em. E
Gabby costumava -ser uma distração; eu não acho que ele vai foder com
ela novamente.
— Você não vai sair com Ryan hoje à noite? Eu pergunto, impondo
minha técnica de escape para mudar o assunto da conversa. Não quero
falar sobre Alex com outra mulher.
Argh.
— Eu vou! Você sabe, eu dei a ele o melhor boquete da vida dele
ontem à noite—palavras dele, não minhas— então ele vai me levar para
fora da cidade esta noite.
— Agora que coloquei seu pau na minha boca, irei a qualquer lugar
com ele até colocá-lo no fundo da minha boceta!
E aqui eu estava pensando que era a única com uma libido indomada.
— Vou jantar com Liam esta noite, — digo timidamente, tentando o
meu melhor para soar o mais despreocupada possível. Nic me olha de
cima a baixo e se levanta, se virando e se movendo na direção do meu
quarto.
— O que foi? — Tenho medo de perguntar, pois posso sentir sua aura
travessa.
— Vou escolher um vestido sexy para você usar!
— É um jantar casual, Nic. E eu não -vou usar nada sexy.
— Vai sim! Você vai a um encontro e usando isso — ela sai do meu
quarto segurando meu vestido flare vinho.
Suas mangas curtas, quase sem ombro, cobrem aquela parte dos meus
braços que eu não gosto muito, mas seu corte profundo com decote em
V me faz sentir um pouco sexy.
— Eu ficaria mais confortável vestindo jeans e uma camiseta, para ser
honesta, — eu digo com sinceridade.
— Você pode se sentir confortável quando estiver nua! E você pode
me agradecer amanhã, — ela diz com um sorriso presunçoso enquanto
me abraça em sua saída.
Decido ir com pouca maquiagem, como de costume, e sem joias. Eu
disse a Liam para não escolher nada chique, então de jeito nenhum eu
quero parecer arrumada demais ou ansiosa para este jantar.
Quando abro a porta para Liam, imediatamente me arrependo de usar
este vestido. Seus olhos azuis parecem escurecer e seu braço passa pela
minha cintura, me puxando para mais perto dele.
— Saia e tranque a porta agora, antes de pularmos o jantar, — sua voz
rouca envia arrepios até o meu núcleo.
Ele está vestindo jeans escuros e uma camisa preta perfeitamente
ajustada. Se encaixa em seu corpo musculoso, e eu diria que a única coisa
errada nisso é que cobre seu peito delicioso.
Não posso acreditar que dei um passo para fora da minha porta da
frente e esse carajá me deixou molhada.
Merda.
Percebo que Liam pegou a limusine do Sr. Torres.
Sinto que estou fazendo algo errado ao entrar naquela limusine.
Sempre que a uso, é para trabalhar. Elliott, o motorista, não parece se
importar, mas me pergunto se o Sr. Torres se importaria.
Liam faz sinal para eu entrar, e eu entro. Sentamos lado a lado e eu
olho pela janela, do lado esquerdo do assento, ainda sem saber como
iniciar uma conversa.
— Não faça isso, — ele diz suavemente enquanto vira seu corpo para
mim. — Você está muito longe, — ele se inclina para mais perto de mim e
coloca a mão esquerda no assento de couro.
Eu deslizo em sua direção até que minha mão direita toque a dele.
Seus dedos acariciam os meus enquanto ele lentamente move sua mão
para mais perto da bainha do meu vestido. Seus lábios roçam os meus e
meu corpo dispara.
— Liam, — eu gemo e olho preocupada para a janela de privacidade
aberta. Elliott não está na minha linha de visão, mas ainda me deixa
incomodada.
— Tudo bem. Eu não vou beijar você agora, — ele sussurra em meu
ouvido enquanto sua mão se move abaixo da bainha do meu vestido,
vagarosamente subindo pela minha coxa.
Seus olhos nunca deixam os meus, e acho que ele está estudando
minha reação a ele. Quando eu inclino minha cabeça para trás, eu abro
levemente minhas pernas e seus dedos tocam minha calcinha.
— Porra, você está tão molhada para mim, — sua voz é rouca, e ele
ajusta seu jeans onde seu volume agora é perceptível.
Seu polegar agora está circulando em meu clitóris, e ele desliza os
dedos por baixo da minha calcinha. Eu respiro fundo como uma forma
de me impedir de gemer quando ele coloca um dedo dentro de mim.
— Hmmm, — ele exala enquanto desabotoa e abre o zíper de sua calça
jeans, nunca tirando os olhos dos meus.
Quando sinto um segundo dedo dentro de mim, meu núcleo aperta
com a sensação, e assim que seus dedos se curvam, esfregam meu ponto
G.
Eu mordo o interior do meu lábio inferior e movo meu braço atrás do
dele, deslizando minha mão sob sua cueca boxer, instintivamente
buscando o que minha boceta está implorando.
Eu envolvo minha mão em tomo de sua dureza e o acaricio
lentamente. Não sei se é a pressão de suas roupas na minha mão ou o
prazer de seus dedos na minha boceta que tomam difícil para mim
acariciar todo o seu pau.
Estou fazendo o meu melhor para ficar quieta, mas seus dedos me
massageiam completa e implacavelmente até que minha boceta não
consegue parar de pulsar, e a onda avassaladora de prazer se espalha por
todo o meu corpo.
Eu quebro o nosso contato visual e me inclino em direção ao seu
ombro até que minha boca alcança sua camisa, e eu mordo o mais forte
que posso.
Ele continua esfregando meu clitóris com o polegar enquanto
pressiono minhas pernas, incapaz de suportar tanto prazer.
Minha mão ainda está acariciando sua dureza se contraindo, e eu juro
que meus dedos podem sentir seu batimento cardíaco irregular.
— Se você não parar, vou gozar nas minhas roupas, Emily. E eu ainda
quero jantar com você, — ele geme entre as respirações, e isso de alguma
forma me excita.
Minha outra mão alcança seu jeans e cueca boxer e os empurra para
baixo o suficiente para puxar seu pau para fora.
— Puta merda, — ele grunhe quando sua ereção não está mais
contraída. Eu continuo acariciando-o, meu polegar roçando sua ponta
enquanto lambo meu lábio superior, e seus olhos semicerrados me dizem
que ele está quase lá.
— Porra, Emily. Eu vou gozar, — seu tom faminto e desesperado é o
mais sexy que já ouvi.
Eu lambo meu lábio superior novamente antes de me curvar e colocar
seu pau na minha boca. Seu esperma quente atinge o fundo da minha
garganta enquanto eu o chupo até secar, e ele exala fortemente, o mais
silenciosamente que pode.
Quando me sento, ele está com a respiração ofegante e encarando o
teto da limusine.
— O que você está fazendo comigo, Emily? — ele morde o lábio
inferior e segura meu rosto com as mãos, esfregando meus lábios com o
polegar.
Capítulo Trinta e Um
EMILY

Só quando saí da limusine me dei conta de onde iríamos jantar.


The Shore: é o restaurante mais bonito da região. O edifício em si
parece uma extensão natural da praia.
A comida é um pouco acima da média, mas se você conseguir uma
mesa com vista para o mar, poderá sair como um cliente incrivelmente
feliz.
Nossa mesa estava posta no que provavelmente era o melhor lugar do
restaurante. Tínhamos uma visão completa do oceano sem estar muito
perto das outras mesas.
— Então, o que você faz? — Pergunto a ele e só agora percebo que mal
o conheço e começo a ficar nervosa.
O garçom nos traz uma garrafa de vinho tinto, e já estou pensando
que ele deveria começar a preparar a segunda garrafa logo se eu quiser
sobreviver ao constrangimento deste jantar.
— Parece um maldito encontro às cegas, — digo baixinho, e
imediatamente me encolho com a palavra encontro.
'Eu não saberia, — ele diz.
Ele me ouviu. Merda.
— Presumo que você não vá a encontros às cegas, então, — eu faço
cara de corajosa e finjo que esta conversa não é estranha.
— Eu... eu simplesmente não vou a encontros.
Então o que diabos ele está fazendo, jantando comigo? Não que seja um
encontro, porque não é. Mas o que ele está fazendo? O que estou fazendo?
— Bem, isso significa que estamos em sintonia, — eu digo o mais
indiferente que posso. — Então, o que você faz exatamente?
— Sou arquiteto, — sua voz me diz que ele está tão nervoso quanto
eu. Não me lembro da última vez que fiz essa coisa de conhecer alguém, e
ele definitivamente parece que nunca fez isso.
— Interessante. Por que arquitetura?
— É um arquiteto a menos que meu irmão precisa contratar. Ajuda
quando um dos chefes pode fazer essa parte do trabalho.
— É por isso que você escolheu se tomar um arquiteto?
Ele ri e fecha os olhos por um momento. Eu fiz a ele uma pergunta tão
simples, mas ele parece estar se debatendo se deve responder ou não.
Ele levanta a taça e olha para o vinho enquanto decide responder.
— Acho que quando você se cansa de destruir coisas, criar algo do
zero é algum tipo de redenção.
Eu posso ver que ele está sendo completamente honesto, mas eu
realmente não sei o que ele quer dizer com isso, e ele percebe minha
expressão intrigada.
Abro os lábios, mas não sei como continuar a conversa a partir disso.
— Chega de falar sobre mim. Me fale sobre você.
— Sobre mim? Não há muito o que dizer, na verdade.
— Eu sinceramente duvido disso.
O garçom vem até a nossa mesa e pergunta se queremos sobremesa.
Melhor garçom de todos os tempos. Chegou na hora certa. Eu realmente
não quero falar sobre mim.
— Como você conheceu o Sr. Torres? — Eu pergunto, ainda pensando
em que tipo de projeto meu chefe está planejando com a empresa de
Liam. Se ele planeja construir mais vilas, com certeza terei mais trabalho.
— Meus pais eram amigos dele. Na verdade, ele é o padrinho do meu
irmão e nos procurou com uma proposta de negócios. — Ele cerra a
mandíbula e cruza os braços.
— Você não parece muito feliz com isso, — eu observo, e ele
instantaneamente relaxa os ombros.
— Só porque um negócio é lucrativo, não significa que seja bom, —
ele suspira enquanto o garçom traz nossas sobremesas, e desta vez é ele
quem está claramente grato pela interrupção.
— Mousse de chocolate, hein?
— Mmm, — eu gemo com a colher na boca. — O melhor de todos. —
Eu gemo de novo e ele limpa a garganta.
Sua mão vai para baixo da minha cadeira e a puxa para perto dele. O
fato de que ele pode fazer isso tão facilmente é muito excitante. Uau.
Ele puxa a colher da minha boca e me surpreende quando me beija
apaixonadamente enquanto acaricia minha bochecha.
Ele interrompe o beijo, mas seus lábios ainda roçam os meus, e eu me
sinto derretendo na cadeira.
— Se você lamber aquela colher assim de novo, vou fazer mais do que
apenas te beijar, — ele avisa, e por um momento, tudo que eu quero fazer
é desafiá-lo.
— O que você -vai fazer? — Eu pergunto antes de tomar um gole de
vinho.
Ele me observa enquanto engulo o vinho e meus lábios roçam a borda
do copo. Ele coloca firmemente uma das mãos sobre a mesa e se inclina
para mim, sussurrando em meu ouvido.
— Eu vou te curvar sobre a mesa. Bem aqui, na minha frente. Vou
levantar a saia do seu vestido até que eu possa ter a melhor visão da sua
bunda e você possa sentir como minhas mãos se ajustam perfeitamente a
ela, Sua voz rouca de alguma forma combina com a suavidade de seu
dedo, desenhando círculos no meu joelho. — Vou manter a sua calcinha
fio dental encharcada até fazer você gozar com meus dedos de novo.
Ele limpa a garganta e expira pelo nariz. — Depois, eu vou arrancar
sua calcinha sexy com meus dentes antes que você sinta meu pau
deslizando dentro de sua boceta perfeita e apertada.
Seus olhos estão presos aos meus, e pressiono minhas pernas juntas,
tentando aliviar essa dor necessitada em meu núcleo.
Meu Deus do céu.
Sua respiração aquece meus lábios e sinto meu pescoço e ombros
estremecerem. Ele se inclina para trás e estica o pescoço para trás, tanto
quanto pode.
— Puta merda, — ele exclama e passa os dedos pelo cabelo antes de
seus olhos encontrarem os meus novamente.
— Eu preciso me refrescar, — eu honestamente digo, completamente
ciente do meu estado de nervosismo.
Eu luto para recuperar algum controle sobre meu corpo enquanto
caminho em direção ao banheiro.
Eu gostaria de não ter passado nenhuma maquiagem porque eu
realmente preciso jogar um pouco de água fria no meu rosto.
Saindo do banheiro, ouço uma risada alta vindo do extremo direito da
sala de jantar.
Eu a reconheço. Eu sei quem é.
Gabby.
Meu coração afunda quando a vejo segurando uma taça de vinho
branco com uma das mãos e acariciando a camiseta branca de Alex com a
outra.
Ele parece cansado e sua postura descontraída só é quebrada pela leve
frieza em seu rosto.
Se você conhece Alex, se você realmente o -conhece, sabe que ele não
está prestando atenção a uma palavra que ela está dizendo.
Eu o vejo mover sua cadeira e se levantar, mas eu apenas fico lá e
sorrio para ele quando ele parece surpreso em me ver. Eu o observo
enquanto ele se aproxima de mim.
Ele coloca a mão nas minhas costas e beija minha testa.
— Você está em um encontro, — eu digo com naturalidade. Acho que
consigo lançar um sorriso ah, embora saiba que isso não o enganará.
— Não estou, — ele parece insultado e me olha com as sobrancelhas
franzidas e a mandíbula cerrada.
— Mas você -está, — sua voz é baixa e aflita enquanto ele olha por
cima do meu ombro antes de travar seus olhos nos meus novamente.
Eu sinto que ele está tentando me dizer algo, mas seus lábios ainda
não se movem. Ele suspira profundamente quando o garçom se aproxima
de nós e diz que sua refeição está na mesa.
Liam está lá fora, no terraço, falando ao telefone. Quando vejo que ele
terminou a ligação, me aproximo dele.
Ele está encostado em um pilar e seus braços estão cruzados, fazendo
com que os músculos de seu peito se destaquem ainda mais. Ele está
balançando levemente a cabeça ao me observar enquanto me aproximo
dele.
— O que foi? — Eu pergunto enquanto ele continua me estudando.
— Você não tem ideia do quanto estou me esforçando neste
momento, — ele dá um passo à frente para me encontrar, e suas mãos
agarram minha cintura. Sinto seus dedos me apertarem e quero mais.
Capítulo Trinta e Dois
EMILY

Não consigo acreditar que não fiz sexo com Liam ontem à noite.
Enquanto estávamos sentados na limusine, ele pediu a Elliott para
buscá-lo no dia seguinte às quatro e quarenta e cinco da manhã e então
se desculpou pelo fato de Elliott não conseguir dormir o suficiente.
Quem é este cavalheiro? -Por um momento, eu senti um tipo diferente
de excitação.
Eu estava olhando para ele, e a avalanche de tremores que flui
consistentemente do meu núcleo para todo o meu corpo de repente
atingiu o lugar onde está meu coração.
E pela primeira vez em muito tempo, eu não tive força para encolher
os ombros ou até mesmo fugir disso.
Minha desorientação era tanta que nem questionei por que ele tinha
que acordar tão cedo.
Por alguma razão, eu me sentia como uma adolescente ingênua e
tímida, e ainda não queria que ele me beijasse, sabendo que Elliott
poderia nos ver.
Então ele continuou acariciando minha coxa por todo o caminho de
volta para minha casa. Coloquei minha mão na dele, para que não fosse
longe demais. Sinceramente, nunca me senti tão excitada e frustrada até
ontem à noite.
Na verdade, acordei me tocando e teria continuado se meu
despertador não tivesse disparado.
Eu deixo o chuveiro quente ligado mais do que o necessário enquanto
me examino. Eu acaricio meus seios enquanto meus pensamentos rolam
soltos.
Eu gostaria de poder encontrar Nic e Alex para almoçar, mas
conforme estamos nos aproximando do Baile de Caridade para
Veteranos, tenho muito mais trabalho.
Eu verifico meus e-mails, e o Sr. Torres já verificou a disposição do
local, bem como a distribuição dos assentos.
Antes de começar a pedir os cartões para as mesas, figo para Nicole.
— Quanto sucesso aquele vestido fez, Em? — ela pergunta, e eu sei
que ela está esperando que eu lhe agradeça.
— Muito, — eu rolo meus olhos e me concentro em por que estou
realmente ligando para ela. — Você não me disse que seria a
acompanhante de Ryan no baile, — eu digo enquanto estou rolando a
lista de convidados e sorrindo.
Puta merda. -Meus olhos congelam em dois nomes Estados. Nicole
está falando sobre como é ótimo transar com Ryan, mas não consigo
respirar.
Não, não, não.
— Eu quero aquele pau mais uma vez, pelo menos. Não posso deixar
passar essa maravilha, — ela continua.
Puta merda.
— Merda, — pareço apavorado porque estou.
— O que foi? — Nicole está claramente irritada porque eu a
interrompi e estou olhando para a tela, esperando ter perdido a
capacidade de ler.
— Nicole... Há um Liam e uma Lara Harding na lista, — eu digo com
nervosismo, sentindo como se estivesse prestes a vomitar.
Ele é casado? Meu Deus, ele é casado?
— Qual o problema? — A primeira reação de Nicole não está
ajudando. — Talvez seja a mãe dele, ou eles têm uma irmã ou uma prima
que não conhecemos. Está escrito Sra.?
— Meu Deus, Nic. Eu sou a amante?
— Não faça isso, Em. Você sabe o que acontece quando você assume
as coisas. — Ela está tentando me acalmar, mas minha mente está a mil.
E por isso que ele não vai a encontros, certo?
Merda.
— Não posso entrar em pânico agora, — digo a Nicole. — Preciso
preparar os cartões e entregá-los no local hoje.
— Então se concentre nisso primeiro e lide com o idiota depois. Sinto
muito, Em. Eu realmente preciso ir agora. Eu sinto muito. Me ligue
quando terminar de trabalhar.
Sem saber se realmente fiz o trabalho direito e esperando ter escrito
todos os nomes corretamente, vou até o local e entrego os cartões.
O lugar parece lindo e sereno. As paredes são brancas, os lustres
dourados se destacam e mal posso esperar para ver os narcisos brancos
por todo o local e nas mesas.
Acho que fiz um bom trabalho. O meu objetivo é criar um espaço
calmo aqui e, embora ainda não esteja pronto, já consigo sentir o seu
ambiente tranquilo.
Enquanto estou caminhando em direção ao carro, noto que a
limusine do Sr. Torres está estacionada não muito longe de onde estou,
do outro lado da estrada.
Elliott está no banco do motorista, lendo um jornal como sempre faz
enquanto espera.
A limusine está estacionada bem na frente de uma joalheria, e quando
eu destranco meu carro, vejo Liam saindo, parecendo cansado ou
entediado, pois não posso dizer a diferença.
Ele está colocando seus óculos escuros enquanto olha na minha
direção e os tira. Ele sorri e começa a andar na minha direção.
Merda.
Diz-se que antes de entrar no modo lutar ou fugir, seu corpo congela
por um segundo ou menos. Meu corpo, no entanto, não descongelou até
que ele estivesse parado na minha frente, com meu carro nos separando.
Ele fica olhando para mim e eu não consigo parar de olhar para ele.
Ele me paralisou de raiva, tristeza e, para meu constrangimento, tesão.
Por que ele tem que ser tão alto, tão gostoso e andar com tanta
sensualidade? Merda.
Ele começa a contornar o carro em minha direção. Dou um passo para
trás, para longe dele e mais perto da porta. Ele parece confuso com a
minha reação, mas há uma pitada de sede em seus olhos.
Eu realmente preciso lutar ou fugir para entrar em ação. Agora.
Tento evitar olhar para ele e, pelo canto do olho, vejo alguém saindo
da joalheria e entrando na limusine. Eu já vi esta mulher antes. Eu já vi
esta mulher com ele antes.
Meu Deus, eu não consigo acreditar que me tornei uma destruidora de
lares.
Ele ainda não está dizendo nada quando para ao meu lado e coloca a
mão na minha cintura. Eu dou um tapa em sua mão e coloco minhas
mãos em seu peito, empurrando com força. Ugh. Ele nem mesmo se
move, nem um centímetro. E eu preciso que ele se mova. Eu preciso que
ele saia.
— Emily, o que... — ele pergunta com as sobrancelhas franzidas, mas
eu o interrompo.
— Você mencionou algo sobre destruir algumas coisas e construir
outras como algum tipo de redenção, — eu digo, e minha mente não tem
certeza de para onde esta afirmação está indo.
— Uh, acho que sim? — Ele parece confuso e seus olhos piscam como
se estivessem procurando algo freneticamente.
— Bem, deixe-me dizer uma coisa, rapaz, — eu digo severamente
enquanto tento empurrá-lo novamente.
Eu nem sei por que tento.
— Eu não queria nada disso. Eu não vou ajudá-lo a arruinar seu -
casamento porque não há nenhum monumento que você possa construir
para compensar isso, — Espere um pouco, — ele diz apressadamente,
soando tão perplexo quanto parece. Ele segura meu braço, mas eu o puxo
para fora de suas mãos e rapidamente entro no carro e vou embora.
Estou orgulhosa da minha resposta de luta e fuga? De jeito nenhum.
Eu sei que deveria ter questionado ele primeiro. Eu deveria tê-lo
confrontado. Mas eu estava lutando contra lágrimas inesperadas que não
queria que ele visse.
Respiro fundo e me concentro na direção. O rádio está tocando e
sinto uma lágrima escorrer pela minha bochecha.
Tenho vontade de voltar e dar um tapa nele. Eu deveria ter dado um
tapa nele. Eu deveria ter me dado um tapa por ainda querer beijá-lo.
Merda.
Meu telefone está vibrando, mas sou uma motorista segura e
orgulhosa, então paro o carro e pego o telefone.
Três chamadas perdidas de Elliott. Por que Elliott está me ligando?
Meu Deus. Ele sabe que sou uma destruidora de lares. Merda.
Meu telefone está vibrando, mas sou uma motorista segura e
orgulhosa, então paro o carro e pego o telefone.
Três chamadas perdidas de Elliott. Por que Elliott está me ligando?
Meu Deus. Ele sabe que sou uma destruidora de lares. Merda.
Estou tentando descobrir o quão estranha será a próxima conversa
com Elliott quando sou surpreendida por uma batida na janela do meu
banco do passageiro.
Alex.
Eu ofereço uma carona a ele, embora eu saiba que definitivamente
não sou um exemplo de convivência.
Capítulo Trinta e Três
LIAM

Quando saí da joalheria e vi Emily, estava pronto para dizer a Elliott


para ir embora sem mim.
— Dane-se Lara, ela pode cuidar de si mesma, — pensei comigo
mesmo enquanto me aproximava de Emily.
Ela parecia preocupada e eu só queria chegar até ela e de alguma
forma mandar essa preocupação embora. Me incomodou que ela não
estava sorrindo. De alguma forma, fiquei viciado naquele sorriso dela.
Percebi ontem à noite que preciso vê-la sorrir. Na verdade, eu preciso
ser o motivo pelo qual ela sorri. Todo maldito dia.
Estou tão ferrado.
Eu deveria ter apenas ficado com o sexo. É isso. Mas merda, foi o
melhor sexo que já fiz. Definitivamente o melhor. Mas não, eu tive que
levá-la para jantar.
Porra, não consigo nem mentir mais para mim mesmo. Claro, vê-la
gozando no meu dedo naquela limusine era algo fora deste mundo, e
seus lábios em volta do meu pau—puta que pariu!
Eu não esperava aquilo. Eu realmente adorei. Mas aquele jantar, uau.
Aquele jantar valeu totalmente a pena. A maneira como ela sorriu, a
maneira como ela me deixou confortável ao falar sobre mim.
Merda. -Quase contei tudo a ela.
Porra. Estou tão ferrado.
Eu deveria saber que havia algo errado quando Cheguei perto dela, e
ela não me deixou tocá-la, mas eu estava perto o suficiente para sentir
seu perfume, e tudo em que conseguia pensar era nos lábios dela nos
meus.
— Eu não queria nada disso. Eu não vou ajudá-lo a arruinar seu
casamento porque não há nenhum monumento que você possa construir
para compensar isso”, suas palavras estavam cheias de decepção.
Eu podia ver em seus olhos. Ela estava com raiva e magoada.
Eu tenho que admitir, há algo sexy sobre ela quando ela está brava, e
eu amo que ela pense que pode me empurrar. E se ela me empurrasse
pela terceira vez, eu daria um passo para trás apenas para agradá-la.
Mas havia mágoa em seus olhos também. E essa merda ainda está
mexendo comigo. Senti um desejo estranho de fazê-la se sentir melhor.
— Para onde, senhor? — Elliott pergunta enquanto eu rapidamente
entro na limusine.
— Eu pedi para você parar de me chamar senhor, Elliott, — digo a ele
pela enésima vez antes de perguntar se ele poderia me dar o número de
telefone de Emily.
Não faço ideia do que estou fazendo.
— Com todo o respeito, se a própria Sra. Rhodes não lhe deu o
número dela, não acho que seja apropriado.
— Ela me deu o número dela. Eu simplesmente nunca salvei. Por
favor, cara. — A essa altura, estou preparado para implorar para poder
falar com ela.
— Vou ligar para ela pessoalmente, se você não se importar, e você
pode falar com ela então, — ele diz, soando como um pai protetor, o que
é louvável, mas eu realmente não preciso desse tom agora.
Quando chegamos à vila, Emily ainda não havia atendido.
— E aí, cara? — O tom arrogante de Ryan me diz que ele finalmente
transou. Filho da puta.
— Ela me acusou de arruinar meu casamento, — digo a ele, e ele parece
tão perplexo quanto eu. Exceto que o que acabei de dizer faz meu
estômago revirar, enquanto ele está se divertindo pra caralho.
— Você está falando sobre Emily, — ele diz com um sorriso malicioso
no rosto, e eu dou a ele o olhar de advertência que ele já conhece. E
melhor ele prestar atenção no que está prestes a dizer.
— Então, seu casamento? — Ele começa a rir, e eu respiro fundo.
— Porra. Desde quando me importo com o que uma mulher pensa de
mim? — Eu me pergunto em voz alta, sentado no sofá.
— Acho que você sabe a resposta para isso, irmão.
Eu odeio quando ele está certo.
— Estou tão ferrado, Ryan. Ela está me matando.
— Nunca pensei que veria esse dia. Meu irmão mais velho Liam
Harding—amarrado!
— Cale a boca, idiota.
Eu realmente odeio quando ele está certo.
'Estou tão ferrado, Ryan. Ela está me matando.
— Nunca pensei que veria esse dia. Meu irmão mais velho Liam
Harding—amarrado!
— Cale a boca, idiota.
Eu realmente odeio quando ele está certo.
— Não. Vou aproveitar isso, mano. E você também deveria. Já era hora
de você conhecer alguém de quem você realmente gosta.
— Ela acha que eu sou casado, porra!
— Relaxa, cara. Nicole me ligou. Tenho certeza de que ela já disse a
Emily que você não é.
Capítulo Trinta e Quatro
EMILY

Não quero ir para casa imediatamente, então decidimos ir até a casa


de Alex para tomar um café. Eu poderia tomar uma dose de uísque, mas
Alex continua dizendo que não vai permitir.
— Emily. — Ele está me dizendo que posso parar de fingir que não
estou chateada, mas ainda não estou pronta.
Eu tiro meus sapatos e caminho para a área da cozinha. O sol está se
pondo, e os lindos tons de vermelho e laranja invadem todo o espaço
aberto através das janelas de vidro do chão ao teto.
— Então, vamos ao baile juntos, não vamos? — Tento ignorar minha
inquietação, e seu sorriso me diz que ele está me dando o tempo e o
espaço que preciso para me abrir enquanto ele se inclina contra a janela,
a poucos passos de mim.
— Vamos juntos há cinco anos. Eu não estava planejando levar
ninguém além de você. Por quê? Liam pediu que você fosse com ele?
Ugh. Acontece que ele pode ser um idiota maior do que eu pensava, —
digo enquanto pego duas canecas de café.
— Ele te machucou? — Sua postura relaxada desaparece e é
substituída por um olhar severo e tenso.
— Não. Ele apenas me ajudou a me tomar o pior tipo de mulher que
existe.
Percebo que Alex não está seguindo minha linha de raciocínio, mas
então ele vê como fico envergonhada e desapontada quando conto a ele o
que aconteceu antes de me encontrar com ele.
— Tenho quase certeza de que ele é casado! Merda, tenho certeza de
que é a mulher com quem o vi na frente do hotel e -na festa Fire and Ice.
Meu Deus. Ela estava bem ah!
— Ele não é casado, Em. Mas se fosse, a culpa seria dele, não sua.
Apenas relaxe, está bem? Ele não é casado.
— Você quase soa como se estivesse defendendo-o. É algum tipo de
código de honra que vocês têm?
— Você disse que o nome dela é Lara, certo? — ele pergunta, e eu
aceno. — Ela é irmã dele, Em. Ele nos apresentou na festa.
Oh. Puta merda.
— Bem, eu ainda estou com raiva, de qualquer maneira! Porque eu
nunca seria voluntariamente uma amante. Nunca! Não é como se eu não
merecesse isso, no entanto. Deus, eu sou tão hipócrita.
'Não diga isso.
— Mas é verdade! Como posso reclamar de estar presa em um
triângulo amoroso ou sexual quando criei o meu próprio?
— Quer dizer, vamos ser honestos, eu transei com ele, e depois eu
transei com você, e depois eu transei com ele de novo, e ainda estou
pensando em você.
Acho que só interrompo esse meu discurso porque estou
repentinamente sem fôlego.
— Você está o quê? Você está pensando em mim? Não diga isso, Emily.
Não diga que você está pensando em mim e espere que eu fique aqui
parado sem fazer nada.
Ele dá um passo para mais perto de mim e franze as sobrancelhas
enquanto olha nos meus olhos.
— Oh, cale a boca, Alex. Você não está parado aí sem fazer nada. Você
está saindo por aí com Gabby levando-a em encontros e transando com
ela, — eu digo acusadoramente.
Transferi toda a minha fúria anterior para este momento e, embora
saiba que não estou sendo sensata, não posso evitar.
— O quê? Eu não levei Gabby em nenhum maldito encontro. Jantei
com ela porque ela é sócia do bar comigo e tínhamos que conversar sobre
isso. — Tudo bem. -Você não a levou para um encontro. Mas você transou
com ela, — minha última frase saiu como um sussurro lento e doloroso.
— Sim, e isso foi há meses, — ele coloca as duas mãos no vidro da
janela e balança a cabeça.
— Jesus Cristo, Emily. Sou eu que não tenho saído com mais ninguém
desde que transamos. — Ele está esfregando as mãos na testa e parece
exausto.
— Eu não faço isso, Em. Eu não sei o que diabos é isso, mas eu não faço
isso.
Meu coração para quando eu percebo para onde essa conversa está
indo, e me encontro lutando contra o desejo de envolver meus braços em
tomo dele.
— Alex, — meu tom sincero o faz suspirar pesadamente. — Eu
também não faço isso, mas aqui estou eu! Vadiando, — Eu digo meio
brincando enquanto dou um passo para mais perto dele.
— Estamos em um nível totalmente novo de bagunça, Em, — ele diz
antes de beijar minha testa, e eu o abraço o mais forte que posso. Minhas
mãos repousam em suas costas e não posso deixar de cravar minhas
unhas em seus músculos rígidos.
— Por que você transou comigo? — Eu pergunto a ele, com meus
braços ainda em volta dele, meu rosto descansando perto de onde está
seu coração.
— Por que você -transou comigo? — Posso sentir seu coração batendo
mais rápido enquanto ele repete minha pergunta.
Se há uma pessoa com quem posso ser honesta, é ele, e é por isso que
as palavras saem da minha boca sem medo de julgamento.
— Porque eu quis. Eu queria mais de você. Eu queria sentir tudo de
você em mim e por mim, Alex. Por que você -transou comigo?
— Eu não transei com você, Emily. — Ele faz uma pausa e, por um
segundo, quase não entendo o que ele quer dizer. — Aquilo não era eu
transando com você. Você me conhece, Em.
Ele está sendo o mais honesto que eu já vi. Meu coração afunda
quando percebo o que ele quer dizer e o abraço com mais força.
Eu o conheço. E, conforme eu prevejo o que ele está prestes a dizer,
meu coração começa a ressurgir.
— Eu sinto que fiz amor com você. Eu te dei tudo de mim. Eu estava
todo em você e por você, pelo amor de Deus. E eu não faço isso. Nunca.... —
Ele segura meu rosto com as mãos e olha nos meus olhos. — Eu não
consigo entender isso, Em.
Ele tenta se afastar do meu abraço, mas encontro toda a força que
tenho para mantê-lo perto.
— Acho que sei o que você quer dizer, Alex. Eu pensei sobre isso, — eu
digo a ele suavemente e com sinceridade. — Você pegou leve comigo, —
eu sussurro, e ele suspira em concordância.
O problema com Alex é que, por trás de seu olhar descontraído sobre
a vida e sua personalidade super descontraída, ele é—como ele uma vez
me disse—um animal sexual dominante. Lembro-me de rir quando ele
disse isso pela primeira vez.
A primeira vez que ele mencionou como gostava de algo bruto, como
a indelicadeza aumentava seu prazer e como as mulheres gostavam tanto
quanto ele, tive vontade de estremecer. Mas fiquei surpresa com o
quanto isso me excitou.
Então, quando transamos, eu me perguntei se ele tinha se mantido
sob controle porque era eu, e isso o deixou vulnerável.
— Você se lembra de ter dito que usaríamos um ao outro? — ele
pergunta.
— Eu lembro. Mas eu não usei você. E eu sei que você não me usou.
— Eu sei. Exceto que nós meio que usamos, — ele sorri suavemente.
— Eu acho que nós dois tiramos algo disso. Além dos orgasmos
alucinantes, — ele diz, rindo.
— Eu te amo, Em. E só porque você se entregou a alguém que te ama,
não significa que você vai perder essa pessoa.
Ele está falando sobre ele. Merda, ainda não consigo dizer o nome
dele.
Meu marido, o homem que deixou uma carta dizendo que seu amor
por mim foi a razão pela qual ele teve que se matar.
Eu não posso impedir meus demônios, então vou me impedir porque eu te
amo. —Suas palavras escritas estão gravadas em minha mente.
E agora as palavras de Alex estão de alguma forma me acalmando,
mostrando que não preciso ter medo.
— Eu te amo, Alex. E só porque você se entregou a alguém que te ama,
não significa que você vai se perder.
— Sim, mas ainda estou trabalhando nisso — ele sussurra antes de eu
o abraçar. Eu posso sentir sua dureza perto do meu umbigo e
instintivamente olho para baixo.
— Estou realmente -trabalhando nisso, — ele grunhe enquanto coloca
uma mecha de cabelo atrás da minha orelha e levanta meu queixo com o
dedo indicador, então estamos olhando nos olhos um do outro.
— Você não está facilitando as coisas agora, — ele murmura e levanta
uma das sobrancelhas enquanto olha para baixo entre nós.
Só então percebo que minha mão está segurando a fivela do cinto. Sua
respiração se tomou mais pesada e ele cerra sua mandíbula quando eu
deslizo meus dedos sobre a tira de couro e a solto.
Seus braços vão ao meu redor quando ele alcança minha cintura, e
seus polegares pressionam para baixo onde minha camisa encontra
minha saia.
— Sempre posso começar a trabalhar nisso amanhã, — ele geme antes
de seus lábios pousarem em um ataque faminto nos meus, me deixando
sem fôlego.
Capítulo Trinta e Cinco
EMILY

— Sempre posso começar a trabalhar nisso amanhã.


Meu amanhã se perde em sua voz baixa.
Meu foco está em seu dedo indicador que vagueia do botão de cima
até o botão de baixo da minha camisa social.
Ele respira fundo e seus braços flexionam enquanto ele rasga a camisa.
Os botões estalam um a um antes de tilintar no piso de mármore.
— Você pode ficar com outra camiseta minha, — ele diz com um
sorriso malicioso enquanto rapidamente tira meu sutiã rendado.
Eu fecho meus olhos e lentamente inclino minha cabeça para trás
enquanto sinto suas mãos em meus seios.
Meu corpo inteiro estremece quando ele roça os dentes em meus
mamilos, e uma onda de prazer atinge meu núcleo quando ele chupa
meu mamilo direito logo após mordiscá-lo.
Minhas mãos alcançam sua nuca, puxando-o para mais perto. Sua
língua deixa um rastro úmido na minha pele até meus lábios, e ele os
lambe suavemente.
Quando sua língua desliza em minha boca, eu a chupo e ele geme.
Suas mãos agarram minha cintura e ele rapidamente me vira.
Meus seios estão pressionados contra o vidro e meus mamilos sofrem
com a superfície fria e dura.
Posso ver o lindo jardim nos fundos da casa, o azul da piscina
escurecendo um pouco.
O último raio de sol afunda no horizonte e as luzes da rua começam a
quebrar a escuridão que se aproxima desta cidade tranquila.
Quase consigo ver a Villa Pascoal daqui. Eu olho seu contorno
sombrio, esperando ter uma visão mais clara dela.
Ele provavelmente está lá.
Merda.
Alex levanta minha saia pelas laterais e meus pés deixam o chão
enquanto ele afasta meus pensamentos e puxa a saia para cima. Ouço as
costuras rasgarem antes dele amarrotar a saia ao redor da minha cintura.
Seu peito pressiona minhas costas, e ele move lentamente o braço
para baixo e ao meu redor, sentindo meu núcleo com sua mão.
— Porra. Você está encharcada, — ele geme enquanto belisca meu
clitóris sobre o tecido. Todo o meu corpo se contrai e fico surpresa com a
rapidez com que essa sensação dolorosa se transforma em prazer.
Ele desliza a mão sob o tecido fino e sinto seus dedos explorarem
minhas dobras. Eu gemo baixinho quando ele provoca meu clitóris antes
de circular seus dedos em tomo da minha entrada molhada.
Quando ele enfia dois dedos em mim, minhas pernas cedem e meus
seios nus deslizam para cima e para baixo no vidro da janela agora
escorregadio. Eu gemo com a pulsação incontrolável em tomo de seus
dedos curvados.
Eu sinto meu orgasmo crescendo mais e mais quando ele lambe
minha nuca e traça beijos molhados na minha pele antes de chupar
minha orelha.
Um gemido alto escapa dos meus lábios quando seus dedos circulam
meu ponto G, e todo o meu corpo se toma um delírio incansável.
— Alex. — Minha boceta apertada está pedindo por mais, e eu
imploro para ele estar dentro de mim.
Minhas costas estão frias e meu núcleo dói com a necessidade quando
ele de repente dá um passo para trás. Eu me viro e o vejo alcançando o
bolso de trás antes de tirar a roupa.
Uma embalagem de preservativo está pendurada entre seus dentes
enquanto ele agarra a parte de trás das minhas coxas e me puxa para
cima.
Minhas pernas instintivamente envolvem sua cintura e nossos olhos
se encontram enquanto ele me carrega para o sofá. Eu monto nele
enquanto ele se senta e agarra minhas nádegas com tanta força que eu
acho que pode deixar hematomas.
— Al... — minha língua toca o céu da minha boca ao som da letra — L.
— Meu coração implode e um sentimento que não consigo descrever
toma conta de mim.
Por que estou pensando nele?
Merda.
Alex segura meu rosto com as mãos e descansa sua testa na minha.
— Eu realmente -quero foder você, Emily, — ele diz, parecendo
exasperado. — Mas você quer fazer amor.
— E você não faz isso, — sorrio, embora possa sentir uma lágrima
silenciosa escorrendo pela minha bochecha.
Ele me puxa para mais perto dele, minha pele beija a dele e ele exala
profundamente.
— Toda a nossa conversa está prestes a voar pela janela se
continuarmos nos abraçando assim, Em, — ele grunhe, e eu sinto sua
dureza embaixo de mim.
— Vou precisar dessa sua camiseta, — digo.
Eu vou para o banheiro e faço o meu melhor para vestir minha saia
antes de jogar um pouco de água fria no meu rosto e prender meu cabelo,
me olhando o tempo todo no espelho.
Sim. Estou tão apresentável quanto um naufrágio poderia estar. Ugh.
— Tem certeza de que não quer ficar? — Alex pergunta enquanto se
inclina no batente da porta.
'Tenho.
Ele coloca a mão na minha cintura e beija minha têmpora.
Eu verifico meu telefone antes de ligar o carro e percebo que Nicole
me ligou seis vezes e me mandou uma mensagem duas vezes.
Nic: Você não é uma destruidora de lares! Yay!

Nic: Sério, Ryan me disse que Liam não é casado. Liga para mim!

Tenho uma reunião cedo com meu chefe amanhã, então deveria
dormir um pouco, mas mando uma mensagem para Nicole assim
mesmo.
Emily
Está muito tarde para eu passar aí?
Nic: Estou mais perto da sua casa. Em um Uber agora. Estarei aí em 10 minutos.

Acho que vou para casa afinal.


— Onde você estava? — Pergunto a Nicole quando ela entra. Ela está
usando um vestido sexy de lantejoulas vermelhas. A área ao redor de sua
barriga e coxas é transparente e fica linda nela.
— Você saiu para beber alguma coisa? Meu Deus, você estava em um
encontro T Eu pergunto, sorrindo e balançando minhas sobrancelhas
para cima e para baixo.
— Não. Eu fui para a Villa Pascoal. Não um encontro. Eu estava,
entretanto, no pau de Ryan, — ela orgulhosamente ri, e eu amo como ela
parece estar se apaixonando por ele e nem mesmo sabe disso.
— Você viu o Liam? — Eu não posso evitar. Eu tive que perguntar.
— Sim. Ele não estava exatamente de bom humor, — ela encolhe os
ombros, mas eu me pergunto o que isso significa.
— Então, por que você está me perguntando sobre Liam quando
acabou de sair com Alex? — Seu tom inquisitivo me lembra minha mãe.
Ugh.
Como você sabia que eu estava com ele? 1 — Eu não sabia onde você
estava a tarde inteira e você não estava atendendo ao telefone, então
mandei uma mensagem para ele e ele me disse.
— Ugh. Sinto que estou agindo da maneira como teria agido quando
adolescente se não tivesse me apaixonado completamente tão jovem.
— Besteira. Você sempre foi uma boa garota. Exceto por... você sabe...
— Minha fúria sexual para lidar com o luto?
— Sim, isso, — ela sorri com ternura e acaricia minha bochecha.
— Por que eu quero tanto estar com Alex de repente? E por que não
posso controlar o quanto Liam me atrai?
— Em, eu não posso responder isso. Você é a única que pode
responder a isso, — ela diz de uma forma tranquilizadora, mas
determinada.
Eu me levanto do sofá e vou para a área da cozinha.
— Eu ainda estou de luto? É isso? — Eu me pergunto em voz alta
enquanto abro um dos armários da cozinha para pegar uma garrafa de
vinho.
— Não toque nessa garrafa, Em, — ela exige. — Você realmente
precisa estar sóbria para me ouvir agora, — sua sobrancelha esquerda
sobe, e ela faz um gesto para que eu me sente no sofá.
Sim. Estou prestes a receber uma bronca totalmente terapêutica de Nicole.
— Eu tenho três -coisas para te dizer, e então eu vou deixar você dar
uma palavrinha quando eu terminar.
O que acontece é que eu já sei que provavelmente estarei sem palavras
quando ela terminar.
— Número um, — e começa. — Você sempre, sempre, estará de luto.
Mas isso não significa que você viverá sua vida sob a sombra de sua dor.
Eu respiro fundo como se quisesse manter essas palavras dentro de
mim.
— Número dois — essa garota e essa coisa que ela tem sobre contar seus
pontos... — Você se apaixonou pelo seu melhor amigo, se casou com ele e
depois o perdeu.
— Alex é seu melhor amigo e ele te ama—quase tanto quanto eu te
amo—mas a história nem sempre se repete. Nem sempre nos
apaixonamos por nossos melhores amigos e vivemos felizes para sempre.
— Número três...
Ela é imbatível, mas minha mente ainda está cambaleando com o que
ela acabou de dizer.
— Você merece amor. Não pense o contrário nem por um segundo!
Portanto, pare de procurar desculpas para que coisas boas não
aconteçam. — Ela sorri para mim e, por uma fração de segundo, parece
que está fazendo uma reverência.
— Além disso, o último gim que tomei enquanto esperava pelo meu
Uber pode estar fazendo efeito agora, então posso retratar minhas
declarações amanhã—se eu me lembrar delas.
Capítulo Trinta e Seis
EMILY

Tenho que estar no escritório do Sr. Torres em trinta minutos, e ainda


estou olhando para a máquina de café, esperando o som borbulhante
parar para poder realmente começar minha manhã.
Minha mente ainda está presa no que Nicole disse na noite passada.
Ela podia estar perto de bêbada, mas não posso deixar de pensar que
pode haver alguma verdade em suas palavras.
Quando o Sr. Torres ligou ontem, ele parecia informal, o que é
incomum. Para ser honesta, estou feliz por poder passar o dia me
concentrando no trabalho.
— Sente-se, Emily, — a voz do Sr. Torres é uma estranha mistura de
tristeza e empolgação. Ele parece ter envelhecido dez anos desde que o vi
na semana passada, mas sua postura é a mais relaxada que já vi nele.
Ele coloca os cotovelos na mesa, apoiando os antebraços entre duas
pastas que estão bem colocadas na superfície de madeira. Ele entrelaça os
dedos enquanto parece decidir sobre qual pasta falar primeiro.
Uma sensação estranha toma conta de mim quando penso que ele
poderia ter me chamado para falar sobre a Villa Pascoal, que logo estará
desocupada.
Terei que encontrá-los lá antes que saiam para cuidar pessoalmente
do checkout.
O que eu geralmente faço é verificar com a governanta se tudo está no
lugar, pedir a Elliott para levá-los ao aeroporto e basicamente apenas
dizer adeus aos inquilinos.
Agora, o pensamento de Liam indo embora dá um nó no meu
intestino. Eu mal o conheço, e de alguma forma eu acho... Eu acho que
não quero que ele vá embora.
Merda.
Eu deveria me sentir assim? Não é assim que funciona, é? Quero dizer,
você não sente essa atração magnética apenas por alguém que acabou de
conhecer.
Ugh. Eu odeio como minha vagina pensa. E eu realmente não deveria
estar pensando em Liam enquanto estava sentada na frente do Sr. Torres.
— Vou precisar que você converse com todos os funcionários até o
final da próxima semana, — ele diz de forma assertiva. — No final da
próxima semana, não serei mais seu empregador.
O quê?
Estou sem palavras e confusa.
— Sr. Torres?
— Vendi todas as minhas propriedades para a Harding Company.
O quê? Quem faz isso? Por quê?
— Vendeu? Tudo?
— Minha querida, você tem trabalhado para mim nos últimos cinco
anos. Você é confiável e trabalhadora, e sei que será de grande ajuda para
esses meus jovens.
Ele coloca a mão na pasta à esquerda. — Este é o seu novo contrato de
trabalho que eu gostaria que você lesse e, com sorte, assinasse.
— Sr. Torres. Não estou entendendo. Você está vendendo toda a-sua
propriedade?
— Esta pasta contém todos os novos contratos que podem ser fidos
por todos os outros funcionários. Espero que você consiga as assinaturas
antes do final da próxima semana, — ele ignora minha pergunta, e não
estou surpresa porque ele não gosta de se repetir. — Emily, não precisa se
preocupar. Conheço Ryan e Liam desde que nasceram.
— Eles respeitarão o que tive a sorte de construir nesta cidade, e ouso
dizer que farão um trabalho ainda melhor do que eu.
— Me desculpe senhor. Estou... perplexa.
— Naturalmente, — ele limpa a garganta e me olha com o que
acredito ser afeto.
— Recentemente, percebi que tudo pelo que trabalhei duro não vai
para o túmulo comigo. E não tendo filhos, não consigo pensar em
ninguém para cuidar de tudo isso.
— Mas senhor, por que agora?
— Decidi que vou aproveitar a última parte da minha vida com o
mínimo de cuidado possível no mundo. Eu vou viajar ao redor do mundo
e desfrutar dos frutos do meu trabalho.
— Vou sentir sua falta, — eu digo de todo o coração.
O Sr. Torres sorri e me entrega a pasta com os novos contratos.
Eu pego a pasta e a seguro no meu peito com meus antebraços
cruzados sobre ela. Estou abraçando-a tanto quanto gostaria de abraçar o
Sr. Torres.
Fechei a porta do escritório e me virei para sair. Eu me deparei com
uma camiseta cinza aparentemente velha que cobre um peito
distintamente delicioso. Droga.
Eu olho para cima e ele dá um passo para trás. Posso ver que ele não
fez a barba e parece que não dormiu o suficiente. Eu quero saber se ele
está bem. Eu quero acariciar sua bochecha enquanto ele me diz o que
está em sua mente.
Eu estaria mentindo para mim mesma se dissesse que não queria
beijá-lo inconscientemente, mas tudo que consigo pensar é um trêmulo
— Oi.
— Srta. Rhodes, — ele diz depois de dar uma rápida olhada na porta
atrás de mim. Sua formalidade me incomoda, mas acho que ele sabe que
o Sr. Torres tem uma audição melhor do que deixa as pessoas pensarem.
— Eu... eu te devo desculpas. Fui rude com você, — digo com
sinceridade e timidez.
Eu transei com este homem e ainda sou tímida perto dele. Droga.
— Você foi, — ele responde com naturalidade. Sua mão se move mais
perto do meu pescoço, logo abaixo da minha clavícula. Seus olhos estão
presos aos meus, e eu me sinto corar enquanto antecipo seu toque.
— Sinto muito, — digo enquanto a corrente do colar de ouro desliza
lentamente ao redor da minha nuca e minha pele formiga em um arrepio
frio.
Seus dedos estão segurando o pequeno pingente de esmeralda em
forma de lágrima, mas eles nunca tocam minha pele.
Eu sinto o pingente bater suavemente no meu peito, logo acima do
meu decote, e o braço de Liam volta para a sua lateral.
— Verde fica bem em você, — ele diz. Não consigo quebrar nosso
contato visual, e parece que ele está sentindo o mesmo até que de
repente levanta o queixo e deixa sair todo o ar de seus pulmões.
Capítulo Trinta e Sete
LIAM

Esta mulher está me matando.


Eu estava mentalmente pronto para dizer a ela algumas verdades.
Juro por Deus.
Sério, cara. De jeito nenhum uma mulher vai ter
Liam Harding -na palma de sua mão assim. E depois do que ouvi
ontem, eu estava pronto para acabar com isso.
Mas então ela se vira, olha direto nos meus olhos e me desarma. Bem
desse jeito.
Puta merda.
O que diabos estou fazendo? Estou indo contra meus princípios aqui,
e não consigo nem me conter.
A cor do pingente do colar combina com seus olhos, e quando eu
deslizo de volta para o seu lugar em seu peito, ela mostra o tipo mais
perfeito de bochechas rosadas.
A última vez que a vi corar assim, ela tinha acabado de gozar com
meus dedos dentro dela.
Este não é um bom momento para ficar de pau duro. Merda.
Preciso de todas as minhas forças para parar de olhar para ela. Mas eu
paro porque preciso deixar essa merda sair.
— Liam. — Pela primeira vez, eu a ouço dizer suavemente meu nome,
e essa porra ativa cada centímetro do meu corpo.
Meu braço está prestes a envolver sua cintura, mas coloco minha mão
em suas costas, levando-a para longe da porta. Realmente não quero que
seu chefe ouça o que tenho a dizer.
Sei que a próxima porta à direita é a da biblioteca, então eu a abro e
entramos antes de trancar a porta.
— O que você está fazendo?
Ela parece confusa, mas há um toque de luxúria em seus lindos olhos
verdes que me faz acreditar que ela está definitivamente gostando do
toque da minha mão que agora se moveu para sua cintura.
Eu realmente preciso tirar minha mão dela e me concentrar.
O que estou fazendo? Estou perdendo minha cabeça, porra. E isso que
estou fazendo.
Preciso colocar minha cabeça no lugar agora, porque se não o fizer,
vou acabar arrancando suas roupas e jogando-a contra a porra da porta.
Dou dois passos para trás para ter espaço suficiente para pensar.
Merda. -Ela está parada perto da porta, ambas as mãos na cintura,
parecendo que vai me repreender.
Ela parece incrivelmente adorável, tentando parecer intimidante
assim. Puta merda. -Minhas mãos vão direto para os bolsos para que eu
possa lutar contra a vontade de envolvê-la em meus braços.
— Você tem feito suposições sobre mim desde que nos conhecemos.
Você continua questionando minha integridade e, por algum motivo,
isso me irrita.
Percebo que pareço condescendente e chateado. Ela me olha com uma
expressão desconcertada.
Mas a verdade é que não estou chateado com ela e estou com raiva de
mim mesmo porque geralmente não me importo com o que uma mulher
pensa de mim e, por algum motivo, me importo com o que ela -pensa de
mim.
'Eu sei e sinto muito, mas...
— Emily, pare de falar. — Eu preciso interrompê-la agora porque se
ela continuar falando, eu não vou ser capaz de fazer isso.
Ela parece surpresa com a minha interrupção, e não tenho mais
certeza de como esse tipo de conversa deve ser.
Quando eu já tive esse tipo de conversa? Nunca, porra, nunca.
— Porra, Emily, você está somando motivos para eu ficar longe.
— Não, não estou, — ela refuta, mas a expressão em seu rosto me diz
que ela sabe que estou certo.
— Emily... vou ser honesto agora porque um de nós tem que ser. —
Não posso deixar de soar condescendente, e ela dá um passo para trás
quando olho em seus olhos.
— Caso você não tenha notado, desde o momento em que te vi
dançando na boate, na noite em que nos conhecemos, eu
definitivamente deixei você tomar as rédeas.
Dou um passo mais perto dela e sua respiração para por um segundo.
— Liam...
Caramba, como ela faz isso? Eu preciso ser breve. Caso contrário, ela
vai me atingir. Isso é pior do que entrar em um campo minado.
— Você não está errada, sabe. Eu sou o idiota ocasional que dorme com
todas e nem se incomoda em sair em encontros. Mas o engraçado é que...
você é a jogadora aqui, Emily.
— Eu não estou brincando com você, Liam. — Ela soa como se eu a
tivesse insultado.
A última coisa que quero é vê-la se sentindo magoada, mas minha
mente continua me lembrando do que ouvi Nicole dizer sobre Emily e
Alex. Com certeza parecia que os dois estavam transando.
Eu sei que não tenho direitos sobre ela. Porra, eu odeio dizer isso. E ela
pode fazer o que ou quem ela quiser, mas meu sangue ferve com a ideia
de outro cara a tocando.
— Você pode não se importar com isso, e Alex pode não se importar
também, mas eu me importo. — Não diga isso, Liam, não diga isso. Não
diga isso.
— Eu quero você, Emily, e não estou disposto a compartilhar.
Pronto. Eu disse, porra.
Capítulo Trinta e Oito
EMILY

— E depois ele simplesmente foi embora, — digo a Nicole por


telefone. Considerando o quão quieta ela está, eu imagino que seu queixo
acabou de cair. Não que ela esteja chocada ou impressionada; aposto que
ela está apenas desapontada por não ter nada interessante para contar a
ela. — Sim. Ele foi direto para a porta e saiu.
— Como você se sente com isso?
Neste momento? Estou com vontade de dirigir direto para a vila e pular
naquele pedaço de mau caminho. — Eu não sei.
— Oh! Meu! Deus! Você quer ir lá e foder com ele como se não
houvesse o amanhã!
— Cale a boca, Nic. — Eu odeio quando ela lê minha mente. — Eu tenho
trabalho a fazer. Acabei de passar mais de uma hora conversando com
cinco funcionários da Villa Molina.
— Você já foi à Villa Pascoal?
— Cale a boca.
— Oh meu Deus, você vai lá agora! — 'Estou desligando.
'Não faça nada que eu não faria!
Eu entro no carro e gostaria de não estar a caminho da Villa Pascoal só
para provar que Nicole estava errada.
— Emily, querida — sou recebida por Anna, a governanta da vila,
antes de perguntar se posso usar a casa de hóspedes para falar com ela e
os outros trabalhadores que estão aqui hoje.
— Os meninos -estão na academia, — ela diz ao notar meus olhos
vagando pela área. — Aqueles dois, minha querida, são um verdadeiro
colírio para os olhos!
— Você se comporte agora, Arma. Tenho algo importante para falar.
— Eu sorrio, mas ela percebe que estou falando sério sobre a conversa
que estamos prestes a ter.
Não demorou muito para eu explicar a ela que aqueles dois jovens de
dar água na boca logo serão nossos chefes. A maioria dos trabalhadores
fica surpresa, mas na maior parte fica aliviada por conseguir manter seus
empregos.
— Você gostaria de um pouco de limonada fresca antes de sair,
querida? — Anna oferece enquanto coloco os contratos assinados na
pasta.
— Como posso dizer não à melhor limonada da cidade? — Eu sorrio e
a sigo para a cozinha na casa principal.
Anna coloca um copo na ilha da cozinha. O mármore azul claro está
tão frio quanto a bebida, e esta é a primeira vez que realmente me sinto
relaxada hoje.
— Srta. Harding, — eu ouço Arma dizer alegremente atrás de mim, e
meus ombros voltam ao seu estado tenso.
Esta pode ser a melhor limonada da cidade, mas um pouco de vodca faria
maravilhas agora.
Quando me viro, vejo que ela me reconhece, e a culpa flui através de
mim quando penso sobre as razões insensíveis pelas quais eu queria não
gostar dela.
— Oh, Emily, oi. — Seu tom amigável a deixa ainda mais bonita. Seus
olhos são do mesmo azul celeste que os de Liam, e me sinto um idiota
por ter presumido que eles eram marido e mulher.
— Lara, — eu sorrio.
Anna está preparando uma bandeja com uma variedade de frutas
frescas enquanto Lara me olha atentamente.
Eu lanço a ela um olhar questionador não ameaçador enquanto ela
sorri para mim e então olha de volta para Anna, que está enchendo uma
tigela com pedaços de melancia.
Lara agarra a bandeja e rapidamente se move à minha frente.
— Ele está lá em cima. Segunda porta à esquerda. — Ela me entrega a
bandeja e se vira, abrindo a porta para mim.
— Como assim? — Eu pareço tão perplexa quanto me sinto.
— Oh, vamos lá. Você estará me fazendo um favor. Tenho um
telefonema a fazer. — Ela anda ao meu redor e me empurra suavemente
para fora da cozinha.
Encontro-me subindo o longo lance de escadas, quase circulando em
tomo do lustre dourado que graciosamente pende do teto alto.
A segunda porta à direita é um dos quartos principais. A última vez
que entrei foi para tirar medidas para que eu pudesse encomendar novas
cortinas para a porta que dá para a varanda.
É um lindo quarto, e provavelmente é o meu favorito na vila, não só
pelo seu ambiente aconchegante, mas também pela bela vista que tem da
varanda.
Bato na porta enquanto tento equilibrar a bandeja com uma das mãos.
Ninguém responde, então bato de novo e espero enquanto consigo pegar
um morango da bandeja e comê-lo.
Acho que não tem ninguém.
Decido entrar para poder deixar a bandeja no quarto e sair. O quarto
cheira a ele Atravesso o quarto e coloco a bandeja sobre a mesa, que fica à
esquerda da porta de vidro da varanda.
— Emily? — Eu ouço o tom surpreso de Liam vindo do banheiro atrás
de mim. Merda.
Eu me viro e, claro, ele parece tão delicioso quanto o rei da beleza
seria se houvesse um. Ou talvez haja... e seja ele.
Ele está vestindo o que parece ser a calça de moletom mais confortável
de todos os tempos. Ela está tão baixa que é perceptível que ele não está
usando mais nada, e não há nenhuma célula em meu corpo que não fique
excitada.
Ele deve ter secado o cabelo com a toalha, mas ainda há algumas gotas
de água caindo de seu cabelo desgrenhado direto sobre seu peito nu
tatuado.
Minha Nossa Senhora.
É como a primeira vez que o vi na praia e, sim, meu núcleo está tão
molhado e libertino quanto naquele dia.
— Oi. Umm... sua irmã...
Eu perdi oficialmente a habilidade deformar uma frase totalmente
coerente.
— Deixe-me adivinhar, ela tem coisas melhores para fazer, — ele diz
enquanto revira os olhos e se move para o centro do quarto.
Ele está me estudando enquanto eu não consigo parar de olhar para
ele. O constrangimento me inunda e eu olho para os meus pés quando
ele ri e balança a cabeça no que parece ser desaprovação.
— Você vai ser meu chefe — é a única coisa que passa pela minha
cabeça que não tenho vergonha de dizer.
— No papel, sim. Não vou lidar com a propriedade. Ryan vai, — ele diz
com naturalidade enquanto passa por mim e se dirige para a mesa.
— O que você está fazendo aqui, Emily? — ele pergunta antes de se
aproximar da mesa onde está a bandeja com as frutas. Ele pega uma fatia
de manga e dá uma mordida silenciosa, olhando para mim como se
esperasse minha resposta.
— Tenho que fazer com que todos os contratos sejam assinados pelos
funcionários.
— Tem certeza? É por isso que você está no meu quarto?
Ele tem aquela postura confiante e parece muito mais relaxado do que
normalmente está. Eu me pergunto se é porque ele acabou de malhar e
tomou um banho ou apenas porque ele está no conforto de seu quarto.
Há uma brisa vindo da varanda, e eu me aproximo da mesa, tentando
evitar um arrepio.
— Você foi embora depois de me dizer essas coisas e nem mesmo me
deu a chance de falar.
— Não teria acontecido muita conversa se eu tivesse ficado. — Ele
sorri, e sua petulância ah me irrita principalmente porque ele
provavelmente está certo. Ugh.
— Pare com isso. Não tome essa conversa sobre sexo.
Você me acusou de estar com dois caras e... você... não está errado.
— Parece que você também está tentando dizer que não estou certo.
Mas ele está certo, e eu sinto que não tenho nada que valha a pena
dizer, embora eu queira dizer tudo.
— Você disse que me quer, mas você nem mesmo me conhece. Tudo o
que você sabe é que fiz sexo com Alex na mesma semana que fiz sexo com
você. E acredite ou não, essa não sou eu.
Digo isso com sinceridade, sentindo que quero que ele saiba mais do
que apenas isso.
Tudo que ele sabe é que sou uma vadia enrustida.
— Bem, eu sei, — ele diz enquanto enfia uma mecha de cabelo atrás
da minha orelha. — Eu sei que você adora dançar, mas odeio a ideia de
pessoas assistindo você dançar.
— Eu sei que você revira os olhos para tudo que Nicole diz, mas você a
ama como uma irmã. Eu sei que você não gosta da cor preta, e tenho
certeza que nunca vou te ver usando um vestido preto.
Ele se inclina mais perto de mim com um pedaço de melancia entre o
dedo indicador e o polegar.
— Eu sei que você lambe o lábio superior toda vez que quer ser tocada.
Ele desliza o pedaço de melancia sobre meus lábios, e o suco escorre
até meu queixo.
Ele esfrega o polegar no meu queixo e, quando nossos olhos se
encontram, sua outra mão vai direto para a minha nuca.
Ele me puxa para mais perto até que nossos lábios se tocam, e eu sinto
meu coração lutando por espaço no meu peito enquanto sua língua
lambe meus lábios entreabertos.
Eu posso sentir a doçura da manga em sua boca enquanto nossas
línguas se enredam apaixonadamente.
Minhas mãos estão em seu peito nu, lutando uma batalha porque eu
sei que deveria retaliar, mas minhas unhas cavam sua pele por mais.
Rompemos o beijo, sentindo a necessidade de respirar.
E, no entanto, ainda não consigo respirar.
Não importa o quanto ele esteja certo sobre o que sabe sobre mim,
quero que ele saiba mais.
— Zack. — O nome sai dos meus pulmões até os meus lábios como
uma faca afiada.
Liam parece confuso, e tudo que posso fazer é sair para a varanda,
esperando que a brisa fresca me acalme.
— Isso é uma -coisa que você não sabe, — digo a ele enquanto ele está
parado bem atrás de mim.
Capítulo Trinta e Nove
EMILY

Merda.
Como ele faz isso? Já é ruim o suficiente eu perder todo o controle
sobre meu corpo quando ele está perto de mim. Agora não consigo nem
guardar as coisas para mim.
Merda.
As palavras saem da minha boca antes que eu possa detê-las.
— Ele é meu falecido marido.
Não consigo dizer o nome dele novamente. Até mesmo a frieza dessa
frase não dói tanto quanto. A brisa suave toca minhas bochechas, e a pele
onde minhas lágrimas estão caindo parece mais fria.
Merda. Eu realmente não quero chorar agora.
Liam se move lentamente para o meu lado e suavemente coloca as
mãos na minha cintura, movendo-me para que estejamos um de frente
para o outro.
Acho que ele está com uma cara do tipo — no que diabos eu me meti,
— e eu rio de puro nervosismo. Eu me pergunto se ele está pensando que
sou louca enquanto cerra a mandíbula e respira fundo.
— Se você sentir vontade de chorar, chore. Quero dizer. Não guarde
isso dentro de você, — ele diz suavemente antes de segurar meu rosto
com as mãos e acariciar minhas bochechas com os polegares.
Ele está olhando nos meus olhos lacrimejantes, e a calma que ele está
mostrando agora me faz sentir como se estivesse segura.
— Não consigo mais ver o rosto dele. Quando fecho os olhos, não
consigo mais ver com clareza, — confesso a única coisa que ainda não
contei a Nicole ou Alex.
A verdade é que nem quero admitir isso para mim mesma. Desde o dia
em que conheci Liam, essa imagem foi desaparecendo gradualmente.
A imagem daqueles grandes olhos castanhos sorrindo para mim
enquanto eu caminhava pelo corredor era tudo que eu tinha dele.
Foi a única imagem que eu permiti manter em minha mente porque
foi a única que me lembrou de como a vida poderia ser perfeita quando
você se apaixonava por seu melhor amigo. Merda.
Eu estava tentando recuperar essa sensação quando fiz sexo com Alex?
— Quer um copo d'agua? — Ele pergunta enquanto esfrega
suavemente minhas costas e respira calmamente. Eu balanço minha
cabeça e inclino minha testa em seu peito.
Meus braços vão ao redor dele, e minhas mãos frias seguem sua pele
macia até quase alcançar suas omoplatas.
— Emily, — ele sussurra como se me implorasse para dizer a ele o que
eu quero.
— Eu não quero água, Liam. — Eu quero uísque. É isso que eu quero.
Dou um passo para trás e todo o meu corpo instantaneamente fica
mais frio. Mas, para ser sincera, preciso de distância física. Então, volto
para o quarto e ele me segue lentamente.
— Pelo amor de Deus, vista uma camiseta, — lamento baixinho, e ele
parece ter me ouvido quando ri e caminha em direção à cômoda, que fica
em frente à cama.
Ele pega uma camiseta azul marinho e, assim que a pega pela parte de
baixo, não consigo parar de observar a maneira como ele levanta os
braços e a camiseta sensualmente e lentamente envolve a parte superior
do corpo.
Ele caminha de volta para a porta da varanda e a fecha, mas seus olhos
ainda estão na vista que este primeiro andar oferece.
— Você pode ver a cidade daqui, — ele diz calmamente. — Você não
pode ver exatamente sua casa daqui, no entanto. Não claramente, de
qualquer maneira. Mas você sabe que ela ainda está aí, e ainda está em
seu coração.
Ele se vira, encostado na porta e olhando nos meus olhos. — Assim
como seu... marido. — Seu tom reconfortante está envolto em um sorriso
sincero e suave.
Ele dá um passo à frente em minha direção, mas rapidamente dá um
passo para trás contra a porta, com os braços cruzados.
Tenho a sensação de que ele quer se aproximar de mim, mas está me
dando espaço.
— Você está tentando fazer com que eu me sinta melhor, — digo, e
espero que ele perceba meu tom de gratidão. — Eu fiquei olhando para
cá, olhando para a vila, da última vez que estive com Alex, — deixei
escapar.
De onde diabos veio isso?
— Pelo amor de Deus, Emily, não fale sobre estar com ele -quando
você estiver no meu quarto. — Ele cerra a mandíbula e fecha os punhos.
Dou dois passos para perto dele, mas seus nós dos dedos ainda estão
incrivelmente brancos e tenho certeza de que suas unhas estão cravando
as palmas das mãos.
— Estou falando de você, Liam, — afirmo enquanto dou mais um
passo para mais perto dele, e ele me lança um olhar incrédulo.
Ele está claramente perdido, e nem mesmo eu sei aonde quero chegar
com isso, mas não consigo calar a boca. — Fiquei olhando para cá e...
pensei em você. Por uma fração de segundo, eu vi você em minha mente.
Eu quero me aproximar, mas toda a minha energia está focada em
manter minha respiração sob controle.
— Emily, — sua voz é baixa e questionadora. Sua mão se move
lentamente para a minha cintura, como se ele estivesse se perguntando
se eu vou impedi-lo. Mas cada centímetro do meu corpo quer ser tocado
por aquela mão.
— Emily, — sua voz é baixa e questionadora. Sua mão se move
lentamente para a minha cintura, como se ele estivesse se perguntando
se eu vou impedi-lo. Mas cada centímetro do meu corpo quer ser tocado
por aquela mão.
Eu coloco minha mão na barra de sua camiseta, segurando
suavemente a bainha e puxando-a para mais perto de mim. Ele move a
outra mão sob meu cabelo para minha nuca.
Seus olhos escuros estão fixos nos meus, e o aperto na minha cintura
aumenta antes que ele pigarreie.
— Eu vou te beijar agora, — ele geme, e eu aceno. — Você não está
entendendo. — Ele exala. — Eu vou beijar cada centímetro de você Suas
palavras disparam um choque lascivo de eletricidade direto para o meu
núcleo, e eu aceno novamente enquanto deslizo minha língua ao longo
do meu lábio superior.
Em menos de um segundo—ele esmaga seus lábios contra os meus,
me beijando apaixonadamente e exigindo mais.
A suavidade de seus lábios está escondida atrás de sua luxúria, e ele
morde meu lábio inferior antes de agarrar minha bunda.
As pontas de seus dedos provocam uma onda de desejo enquanto ele
empurra minhas nádegas para cima, esticando minha pele, e eu me sinto
ficando mais molhada.
Eu deslizo minhas mãos sob sua camiseta, sentindo cada músculo
proeminente de dar água na boca. Caramba, como eu senti falta isso.
Meus dedos percorrem seu abdômen em V irresistível enquanto ele
puxa o zíper na parte de trás da minha saia lápis, que ainda está
pendurada em meus quadris.
Eu agora odeio essa saia apertada demais.
Liam começa a desabotoar minha camisa no que só posso descrever
como uma tortura sensual de encharcar a calcinha.
Ele desabotoa um botão e chupa meu ponto ideal, onde meu pescoço
termina e meu ombro começa. O segundo botão é desabotoado quando
seus lábios tocam minha pele logo abaixo das minhas clavículas.
Suas mãos deslizam para o terceiro botão, e ele respira fundo antes de
franzir os lábios e deixar todo o ar fluir entre meus seios e o tecido da
minha camisa, que flui para os lados.
Ele passa a língua, da esquerda para a direita, logo acima do meu sutiã
de renda quando seus dedos alcançam o último botão.
Enquanto ele o desabotoa, eu liberto meus braços da camisa e sinto os
lábios de Liam percorrendo minha barriga, até onde minha saia ainda
está pendurada.
Ele lentamente começa a puxar a saia para baixo enquanto coloca o
joelho direito no chão de madeira. Ele olha para mim e sorri antes de
deixar beijos ao longo da bainha da minha calcinha.
Minhas mãos caem em seus ombros e inclino minha cabeça para trás
quando sinto seu hálito quente em minha virilha e suas mãos em meus
quadris.
— Liam... — Não acredito que já estou implorando.
— Você está molhada pra caralho, Emily. Porra, sua boceta está
brilhando. Isso é tão sexy.
Ele geme enquanto puxa minha calcinha para baixo e levanta minha
perna esquerda até que minha coxa esteja em seu ombro, e ele está
mordendo o lábio inferior enquanto olha para a minha entrada.
Aquele olhar faminto em seu rosto pode me fazer gozar.
Seus lábios roçam a parte interna da minha coxa e ele mordisca minha
pele enquanto se aproxima cada vez mais de onde eu mais o desejo.
A intensa antecipação de seu toque está provocando calafrios
aquecidos até meu núcleo, e não consigo parar de balançar meus quadris
para frente e para trás enquanto sua boca se aproxima de minhas dobras.
Um gemido suave escapa dos meus lábios quando sua língua circula
meu clitóris, e eu cavo minhas unhas em seus ombros enquanto seus
dentes roçam em minha protuberância antes de ele chupar.
Minhas pernas estão enfraquecidas pelos arrepios incontroláveis e não
consigo nem manter o equilíbrio. Seu aperto firme em meus quadris é a
única coisa que me mantém no lugar.
— Leve-me para a cama, Liam, — eu imploro enquanto minha
respiração acelerada combina com meus gemidos suplicantes. Apenas me
leve agora, droga!
Eu seguro sua nuca enquanto ele lentamente se levanta, me erguendo
pelos meus quadris, e meu joelho esquerdo enganchado em seu ombro
enquanto eu envolvo minha outra perna em tomo dele.
Liam caminha até a cama, inclinando-se para frente, e eu sinto os
lençóis de seda frios nas minhas costas. O tempo para quando ele olha
nos meus olhos e coloca meu cabelo atrás da orelha.
Eu sinto que meu coração não tem espaço suficiente no meu peito
quando ele morde o lábio inferior e sorri antes de se ajoelhar e tirar a
camiseta.
Sento-me com as pernas entre os joelhos e, assim que minhas mãos
alcançam a parte inferior de suas costas, me puxo para mais perto dele e
começo a traçar beijos molhados em seu peito esculpido.
Sinto meu coração formigar e não consigo evitar me esfregar nos
lençóis, embora isso não esteja oferecendo o alívio que desejo.
Eu quero que ele tenha tudo de mim até que minha pele cheire a ele e
seu hálito cheire a mim.
— Liam, por favor... — Não estou nem com vergonha de como estou
desesperada por ele agora.
— Emily, — ele geme enquanto suas mãos se movem para o meu
rosto, segurando-o. Seus olhos azuis escuros estão me dizendo que ele
quer tudo de mim também, e eu lambo meu lábio superior sem pensar.
'Eu não vou te foder, — ele diz humildemente.
Capítulo Quarenta
LIAM

Eu não tinha certeza do que deveria dizer ou fazer. Eu sei como ela se
sente, mas eu não tomaria isso sobre mim. Não era a hora nem o lugar
para isso.
No momento em que ela disse que estava pensando em mim, puta
merda houve um novo sentimento que pareceu inundar meu peito e, sim,
eu estaria mentindo se dissesse que meu pau não estava fazendo a dança
da felicidade também.
Minha mão se moveu para sua cintura com cuidado, esperando que
seu toque acalmasse meu desejo por ela. Mas eu precisava que ela me
encontrasse no meio do caminho.
Quando ela puxou a barra da minha camiseta, a porra do meu peito
implodiu com a melhor sensação do mundo. Eu nem sei o que era.
Parecia incrível pra caralho.
Eu tive que beijá-la, realmente absolutamente beijá-la por inteiro. —
Ela é linda pra caralho.
Eu deixei as cortinas abertas, e a luz do sol em seu rosto realça o verde
em seus lindos olhos, e suas bochechas estão no tom perfeito de rosa.
Ela agora está deixando beijos no meu peito, deixando meu pau duro
como uma rocha, e por mais que eu queira seus lábios na minha pele,
preciso me controlar.
— Eu não vou te foder. — Eu paro e ela me lança um olhar ameaçador.
O fato de ela estar chateada com o que acabei de dizer é absolutamente
excitante.
Não se engane, eu definitivamente quero -transar com ela. Eu quero
transar com ela até o fim do mundo. Mas agora, tudo que quero são
meus lábios em cada centímetro de seu corpo.
Posso ser egoísta, mas quero reivindicar cada pedaço dela.
Meus olhos percorrem seu peito e eu sorrio quando percebo que seu
sutiã de renda é do tipo que abre na frente.
Assim que meu dedo indicador pressiona aquele clipe metálico, as
taças caem para as laterais de Emily, e meu pau se contorce quando esses
mamilos duros ficam à vista.
— Eu não vou te foder ainda. — Minha voz rouca está cheia de
luxúria, e eu gemo quando ela se inclina para trás em seus antebraços.
Porra, é melhor ela me querer tanto quanto eu a quero.
Pego seu tornozelo com uma mão e começo a beijar a partir daí.
Minha outra mão está acariciando sua coxa, chegando mais perto de sua
entrada. Ela começa a soltar gemidos suaves e a levantar a bunda do
colchão.
Porra, minha calça de moletom está começando a ficar muito
apertada, então eu rapidamente a puxo para baixo, e meu pau
instantaneamente fica ainda mais duro.
Não sei por quanto tempo mais vou conseguir me conter, mas preciso
fazer isso. Eu quero ver como ela responde ao meu toque. Quero saber o
quanto cada parte de seu corpo adora isso.
— Abra suas pernas para mim, — eu imploro enquanto a viro de
barriga para baixo e começo a beijar a parte de trás de suas coxas.
Porra, ela já me colocou de joelhos. Agora estou implorando e... Não
consigo evitar, porra.
Ela suavemente chama meu nome enquanto empina sua bunda, e
minha língua roça entre suas nádegas. Suas unhas estão arranhando os
lençóis e sua respiração acelera.
Deito-me de costas entre suas pernas e a levanto um pouco mais para
que sua boceta fique bem acima da minha boca. Ela está pingando, e
minha língua saboreia seu líquido antes de girar em tomo de seu clitóris.
Eu sei que ela está prestes a gozar quando eu deslizo minha língua em
sua boceta inchada e ela aperta, fazendo meu pau se contorcer
dolorosamente.
— Oh... puta merda... Liam... Deus, sim. — Ela chama meu nome, e é
o som mais doce que já ouvi.
Eu quero que ela goze tanto, então eu chupo seu clitóris furiosamente
até que suas pernas tremam, e ela grita meu nome como se fosse a única
palavra que ela pode pronunciar.
Ela está ofegante e seu corpo ainda está tremendo quando a sinto se
mover para baixo ao longo do meu corpo.
Ela desliza lentamente no meu peito, deixando um rastro de seu
líquido na minha pele, e, puta que pariu fico tão duro que acho que a pele
do meu pau atingiu seu ponto máximo de elasticidade.
Ela abre os olhos e olha direto nos meus antes de colocar as mãos no
meu peito e lamber seu lábio superior.
Tão incrivelmente linda.
Quero absorver toda a sua beleza enquanto ela está montada em mim,
mas não consigo tirar meus olhos dos dela.
Porra estou dando tempo a ela para fazer o que ela quiser com meu
pau.
Quando meu pau está completamente dentro dela, ela solta um
gemido, e isso é o suficiente para fazer todo o meu corpo estremecer.
Eu sinto sua boceta inchada se expandindo enquanto ela lentamente
desliza para cima e para baixo no meu pau. Ela está demorando, para
cima e para baixo, e eu amo como sua boceta aperta meu pau.
— Liam... — ela geme meu nome, e eu me sento, movendo seus
quadris em um ritmo mais rápido.
— Oh... mmm... — Ela continua gemendo, e isso é tudo que eu preciso
ouvir para começar a beijá-la com força. Ela me beija de volta com tanta
paixão que sinto que há eletricidade em nossas línguas.
Eu amo a sensação apertada dela e como seu líquido cobre todo o meu
pau, escorrendo para minhas bolas. Minha pele é extremamente sensível.
Eu posso sentir suas paredes inchadas me apertando, e ela está me
absorvendo por completo. Eu sinto que minha extremidade está
atingindo seu útero. Ela é tão gostosa, e eu quero estar com ela todos os
dias.
— Porra, Emily... eu quero você, eu quero tanto —você, — eu gemo
entre as respirações enquanto ela morde a curva do meu pescoço e todo
o seu corpo envolve o meu em um aperto contorcido.
— Goze dentro de mim, Liam, — ela pede enquanto seu orgasmo
toma conta de seu corpo. Porra, eu nunca quis ouvir essas palavras tanto
quanto agora.
— Eu quero sentir seu pau vibrar, pulsar e gozar dentro de mim, — ela
diz ofegante. Ela está me matando, porra.
Eu começo a empurrar com força por baixo dela, e não demora muito
até que eu exploda dentro de suas paredes apertadas.
Porra, eu não consigo respirar.
Eu continuo empurrando enquanto ela roça seus lábios nos meus e
morde meu lábio inferior.
À medida que nossos olhos se encontram, nossa respiração pesada e
irregular de alguma forma combina. Eu ainda estou me contorcendo
dentro dela e ela sorri, deixando-me saber que ela gosta dessa sensação.
Continuamos olhando nos olhos um do outro enquanto meu esperma
começa a deslizar lentamente pelo meu pau, e quando ela levemente
mexe seus quadris, meu esperma desliza de sua boceta para minha
virilha.
Incrivelmente sexy.
À medida que nossos olhos se encontram, nossa respiração pesada e
irregular de alguma forma combina. Eu ainda estou me contorcendo
dentro dela e ela sorri, deixando-me saber que ela gosta dessa sensação.
Continuamos olhando nos olhos um do outro enquanto meu esperma
começa a deslizar lentamente pelo meu pau, e quando ela levemente
mexe seus quadris, meu esperma desliza de sua boceta para minha
virilha.
Incrivelmente sexy.
Eu seguro seu rosto corado com minhas mãos e a beijo tão suave e
lentamente quanto posso.
— Você precisa de comida e água, — eu sussurro em seu ouvido. —
Porque vamos fazer isso de novo. E de -novo.
E de novo e de novo.
Eu acaricio seus braços, aumentando meu aperto para que ela se
incline mais perto de mim. Meus dedos massageiam a pele macia de seus
braços e sinto um caroço fino, do tamanho de um palito de fósforo, em
seu braço esquerdo.
Ela deve ter percebido minha curiosidade ao olhar naquela direção e
se abaixar para me beijar.
É
— É o meu implante anticoncepcional, — ela sussurra entre beijos
enquanto sua boceta está encharcando meu pau.
Seus gemidos estão ficando mais altos enquanto ela esfrega sua boceta
no meu pau e, quando sua mão se move entre nós, eu juro por Deus, meu
pau lateja com seus dedos em tomo dele enquanto o pré-sêmen se
mistura com seu líquido.
Ela posiciona minha extremidade bem em sua entrada inchada, e eu a
sinto deslizando para baixo lentamente.
Droga, ela é tão gostosa.
Tão. Incrivelmente. Gostosa.
— Mmmm... — Ela morde o lábio inferior e minhas mãos vão direto
para seus seios, esfregando e beliscando seus mamilos. Estou dando
tempo a ela para se ajustar ao meu tamanho.
Capítulo Quarenta e Um
EMILY

Meu Deus.
Ele quer pedir comida e eu ainda nem consigo me mover. Sério, eu
não consigo me mover. Eu sinto que ainda estou curtindo os vestígios do
melhor orgasmo que já tive.
Como ele faz isso?
Ele sai do banheiro, parecendo revigorado, embora esteja usando a
mesma calça de moletom de antes. Ele pega uma camiseta branca da
gaveta de cima da cômoda e a entrega para mim.
Como uma camiseta pode cheirar tão bem?
Ele está segurando uma toalha com as outras mãos, mas em vez de
entregá-la para mim, ele se senta ao meu lado, massageando a toalha na
minha coxa.
Meu olhar confuso e questionador o faz inclinar a cabeça e sorrir.
— Você realmente acha que vou perder a chance de tocar em você de
novo? — Minhas coxas relaxam instantaneamente para os lados com seu
tom rouco, e ele sorri com uma sobrancelha levantada.
Ele parece um gato pronto para derrubar um copo de uma mesa.
— Me dê isso. — Eu rolo meus olhos e arranco a toalha de sua mão.
Ele ri e fica olhando para mim como se gostasse do fato de eu estar
irritada e um tanto envergonhada.
Procurei minha calcinha em todos os lugares, mas não consegui
encontrá-la, então agora estou descendo as escadas, vestindo nada além
da camiseta de Liam. Ótimo.
Ela cobre minha bunda e a parte superior das coxas, mas não posso
deixar de me sentir um pouco constrangida. Liam está parado no fim da
escada, me olhando com olhos semicerrados.
Ele tem alguma coisa a ver com minha calcinha MIA? Oh Deus, eu
realmente espero que ele não seja um daqueles que colecionam roupas
intimas femininas como troféus.
— Temos a cozinha só para nós, — ele diz antes de colocar a mão nas
minhas costas e me levar para a cozinha. Sua mão desce para a minha
bunda, apertando-a.
Ele continua olhando para frente com um sorriso malicioso no rosto.
O que ele está fazendo?
Eu olho para ele, e ele tem um sorriso irritantemente satisfeito. Droga.
Eu deveria estar preocupada que ele pudesse acabar sendo um pervertido, mas
não, a maneira como ele está agindo me excita. Como ele faz isso?
De todas as maneiras sexy que um homem pode olhar, nunca pensei
que fazer ovos mexidos seria uma. Mas aqui estou eu, babando ao ver
Liam segurando uma frigideira.
Levei meu telefone comigo para a cozinha para que pudesse verificar
meus e-mails e mensagens de texto, mas estou tão distraída que só olho
para a tela quando algo vibra no balcão de mármore.
Nic: Que tal um café e sorvete depois do jantar?

Emily: Desculpe. Não posso.

Breve como tirar um band-aid. De jeito nenhum eu vou começar uma


conversa com Nicole agora.
Nic: Quando você diz não para sorvete?

Merda. Ela tem razão.


Emily: Falo com você depois.

Ela é uma mulher inteligente. Ela deve saber que eu realmente não quero
falar agora.
Nic: OMG. EU sabia!

O problema é que ela é muito inteligente... Aí vem...


Nic: Você está com o Liam!

Emily: Sim. Por -Pavor, pare de enviar mensagens.

Nic: Faça-o se esforçar, garota!

Emily: Estou prestes a bloquear você.


Nic: Se ele é tão bom quanto o irmão, então...

Não. Não vou ler o resto.


Desligo o telefone e, quando olho para cima, Liam está me olhando
com um sorriso.
'Nicole? — Ele pergunta, erguendo as sobrancelhas.
— Sim... desculpe. Ela é...
— Especial?
— Essa é uma palavra para descrevê-la.
— Especial — nem mesmo começa a descrever Nicole.
— Meu irmão parece pensar assim. — Ele sorri e me entrega um
prato.
Estamos comendo em silêncio e não posso deixar de pensar que ele
está tão nervoso quanto eu, mas parece ser melhor em esconder isso.
Ele descansa a mão na minha coxa nua, e eu sinto uma onda trêmula
de arrepios fluir pelo meu corpo.
— Liam, — eu sussurro distraidamente, sem realmente saber o que
mais dizer. Acho que só queria dizer o nome dele.
Ele está olhando nos meus olhos e quero dizer tudo o que estou
sentindo, mas não sei como.
— Não tenho ideia de como isso funciona, Emily. — E assim, meus
pensamentos escapam de seus lábios. — O que quer que isso -seja. Eu não
faço ideia.
Ele respira fundo e seus olhos piscam entre meus lábios e meus olhos.
— Eu também não. Isso... Eu sempre achei que isso é o tipo de coisa
que só acontece com melhores amigos. Não com pessoas que mal se
conhecem.
Falo a verdade, completamente ciente de que o que acabei de dizer é
infantil e clichê. — Isso é meio novo para mim, Liam.
— Isso é totalmente novo para mim, Emily, — ele respira fundo
enquanto seus olhos azuis olham diretamente para os meus.
— Eu nunca vou a... encontros, Emily.
Definitivamente, nunca fiz sexo desprotegido—não até hoje. E eu com
certeza nunca estive com uma mulher por tempo suficiente para ela
dormir aqui.
Eu olho para ele, surpresa. Ele está compartilhando tudo isso comigo?
Espere? Dormir aqui?
— Não me olhe assim. Você e eu sabemos que você não vai deixar esta
casa tão cedo, — sua mão serpenteia pela minha coxa, roçando
levemente as pontas dos dedos em minhas dobras já molhadas.
— Então o que estamos fazendo aqui? — Eu pergunto, mal
conseguindo me concentrar na conversa.
— Eu não tenho absolutamente nenhuma ideia, — seus lábios roçam
os meus enquanto ele fala. — Mas seja o que for que estejamos fazendo,
não quero parar de fazer.
Capítulo Quarenta e Dois
EMILY

Estou completamente nua, meus seios estão pressionados ao seu lado,


meu braço descansa em seu peito enquanto minha mão acaricia sua pele
tatuada e minha perna direita cai sobre a esquerda.
O sol está nascendo e uma luz quente e dourada invadindo o quarto.
Estou surpresa com o quão calmo e aconchegante é este quarto espaçoso.
Eu me pego pensando em como a proximidade de Liam me faz sentir
segura.
Seus olhos estão fechados, mas eu percebo que ele está acordado
quando seus lábios formam um sorriso enquanto eu esfrego levemente
seu quadril. Estou incrivelmente dolorida, mas faria uma sexta rodada
sem pensar duas vezes.
Não sei do que vou precisar mais depois disso, fisioterapia ou um dia de
spa. Talvez ambos?
Ele está com o braço direito em volta de mim, desenhando pequenos
círculos nas minhas costas com o polegar.
— Eu preciso ir. Hoje é o Baile Anual de Caridade para Veteranos, —
eu digo, e sua mão esquerda se move para a minha direita, apertando-a
levemente.
— Vá comigo, — ele diz, e acho que acabou de se surpreender com sua
própria pergunta. — Na verdade... Que tal não irmos?
— Você vai com sua irmã e eu vou...
Eu hesito. Eu vou com Alex. — Este é o evento favorito do Sr. Torres.
Preciso ir, nunca faria isso com o Sr. Torres, e acho que você também
não.
Espero estar fazendo um bom trabalho evitando com quem vou ao
baile, mas Liam prova que estou errada.
— Você vai com Alex. — Sua mandíbula cerra e ele fecha os olhos,
franzindo o rosto, e eu sinto meu estômago afundar.
— Nós vamos juntos todos os anos, Liam. Ele é meu melhor amigo.
— Não significa que eu tenho que gostar, — ele diz baixinho enquanto
se senta e inclina as costas na cabeceira de couro branco. Percebo uma
mancha bem perto de onde está sua orelha.
Minha mente instantaneamente volta ao momento em que minhas
mãos suadas—sem mencionar minha testa e até mesmo meus dentes em
algum momento— estavam na cabeceira da cama quando Liam me fez
gozar de novo.
Ele continuou penetrando em mim com o aperto mais forte que eu já
senti em meus quadris. Eu sinto essa pressão no meu interior só de
pensar nisso.
Sento-me e instintivamente puxo o lençol para me cobrir quando
ouvimos uma batida na porta e, antes que possamos responder, a porta se
abre.
— Que porra é essa, Lara. — Liam está claramente irritado, e é meio
engraçado como essa parece ser uma reação comum a Lara.
— Oh, cale a boca, Liam! Ela está aqui graças a mim, — Lara sorri e
caminha ao redor da cama enquanto Liam veste sua calça de moletom
sob os lençóis.
— Estou indo para o aeroporto pegar Katie, já que Ethan -nem se
preocupou com isso, — Lara coloca uma bandeja com croissants e café ao
meu lado. Em seguida, ela se senta antes de assistir Liam entrar no
banheiro.
— Ele a está levando ao baile porque você pediu, não é o suficiente? —
Liam parece irritado antes de fechar a porta do banheiro, e Lara apenas
dá de ombros.
— Posso ter feito besteira, — ela sussurra e olha para mim com um
olhar penitencial. — Bem, com certeza verei você no baile esta noite e
estarei ao seu lado. ' Ela parece mudar de assunto e me pergunto aonde
ela quer chegar com isso. — Tenho um bom pressentimento sobre você,
— ela sorri e pisca para mim antes de sair rapidamente do quarto.
Assim que Lara fecha a porta atrás dela, a porta do banheiro se abre, e
Liam inclina o antebraço sobre a cabeça contra o batente da porta. Seus
olhos percorrem meu corpo enquanto caminho em sua direção.
Estou prestes a tomar um banho. É apenas um banho—não fique nervosa,
Emily.
Geralmente leva vinte minutos para chegar à cidade, mas esta é
provavelmente a minha viagem mais lenta de todos os tempos.
Abro as janelas do carro e deixo o ar fresco e a maresia entrar,
esperando que os momentos da noite passada não passem pelos meus
olhos a cada cinco segundos.
Não está funcionando bem e, quando chego em casa, sinto que
preciso de outro banho.
Depois de fazer várias ligações para verificar os preparativos finais
para o baile, decido ligar para Nicole.
— Você e Liam bagunçaram a cozinha da vila, — ela diz, parecendo
que está me contando um segredo, e eu fico um pouco nervosa.
— O quê? Como você sabe disso? Oh meu Deus, você nos viu?
— Isso teria sido divertido e -estranho. Não se preocupe. Chegamos lá
mais tarde naquela noite. Percebi que seu carro ainda estava lá quando
saí.
Seu tom questionador é irritantemente cativante e, graças a Deus,
estamos no telefone, porque do contrário, ela me veria agarrando um dos
meus seios como uma reação imediata ao seu comentário.
— Você não dormiu lá? — Eu pergunto, fazendo o meu melhor para
evitar responder a isso.
— Oh não, não, não! Não quero dar a ele uma ideia errada, — ela
responde rapidamente.
Oh... Esta é a Nic ansiosa, aquela que começa a afastar a ideia de que ela
pode realmente gostar de alguém.
— VOCÊ quer falar sobre isso?
— Não por telefone e definitivamente não sem uma taça de vinho na
mão. — Ela suspira e eu pergunto se ela quer vir em casa mais tarde.
— Liam deve ser tão -bom, seus orgasmos devem ter causado perda de
memória recente temporária. — Ela ri de mim e, para meu
constrangimento, me lembra que temos o evento de caridade para
participar esta noite.
Pedi a Alex que me pegasse mais cedo para que eu pudesse estar no
local antes que todos os outros convidados chegassem. Quero estar
presente especialmente quando o Sr. Torres chegar.
Isso pode soar presunçoso, mas adoro a sensação de realização que
tenho todos os anos quando o Sr. Torres entra, dá uma olhada ao redor
do local e sorri com orgulho.
Esta é a única vez por ano que, de fato, passo mais de uma hora me
arrumando para sair de casa.
Eu sinto que consigo acertar minha maquiagem, mas preciso de três
vídeos tutorias on-line excruciantes para fazer um penteado simples, mas
apresentável. Ugh.
Mas eu amo meu vestido. É um vestido verde esmeralda com decote
em V profundo e mangas compridas que terminam em punhos elásticos.
De pé na frente do espelho, eu giro um pouco, e a saia de duas
camadas se move, revelando mais das minhas pernas. Quando minha
campainha toca, estou quase pronta.
Para ser sincera, não vou calçar meu salto alto preto até que seja
absolutamente necessário, então ando descalço até a porta, com o salto
alto pendurado na ponta dos dedos.
Abro a porta e Alex está parado ali, com uma das mãos no bolso
enquanto a outra passa pelo cabelo perfeitamente desgrenhado.
Ele está usando um smoking novo que parece absolutamente perfeito
e parece tão relaxado quanto normalmente.
Ele dá um passo em minha direção, coloca a mão direita na minha
cintura e beija minha testa.
— Você está linda, Em.
— Você também está muito charmoso. — Eu corro meus dedos pela
seda da lapela de seu paletó.
Capítulo Quarenta e Três
EMILY

— Está maravilhoso, minha querida, — o Sr. Torres é todo sorrisos e


seus olhos brilham toda vez que ele vê um convidado entrar no local.
Os narcisos brancos acabaram sendo a escolha perfeita. Eles
equilibram a escuridão de todos os smokings, mas não o distraem dos
lindos vestidos que as mulheres estão usando.
O local é grande o suficiente para ter todas as mesas redondas
confortavelmente colocadas ao redor da pista de dança, e a decisão de
contratar um DJ em vez de uma banda de alguma forma faz com que o
local pareça mais leve.
— Prefiro ter uma pequena orquestra tocando, mas entendo como o
DJ pode ser mais atraente para os jovens, — o Sr. Torres diz, apontando
para mim e Alex.
— Vá em frente, vocês dois. — Seus gestos parecem implorar para que
Alex e eu dancemos, e a inquietação aperta minha mente.
— Você não dança, — eu baixo minha voz para Alex enquanto ele
segura minha mão e me leva para a pista de dança.
— Não acho que seu chefe seja o tipo de homem para quem você diz
não. — Ele para no meio, puxando minha mão contra seu peito antes de
colocar o outro braço em volta da minha cintura.
Alguns outros casais estão se balançando confortavelmente no piso de
vinil branco. Acho que o DJ está tocando uma música de Michael Bublé, e
tenho certeza de que Alex está grato por como a música é lenta, então ele
não precisa dançar muito.
Nossos pés mal se movem e parecemos estar em câmera lenta.
— Eu senti falta disso, — Alex diz enquanto me puxa para mais perto,
aquecendo meu coração. Eu sei que ele está falando sobre me abraçar, e
não posso deixar de sentir o mesmo.
— Nós somos muito bons nisso de não -dançar, Emily, — ele sussurra
em meu ouvido, e eu posso sentir sua bochecha moldando um sorriso.
— Nós somos mesmo, — eu olho para cima e sorrio de volta para ele.
— Devíamos almoçar no Nonna’s na próxima semana. Eu também sinto
falta disso.
Sinto falta do meu melhor amigo e quero contar a ele o que aconteceu
recentemente com Liam, não importa o quanto isso possa nos deixar
desconfortáveis.
— Deveríamos, — ele balança a cabeça e beija minha testa.
A voz de Michael Bublé está sumindo junto com o som suave de um
piano que o acompanha. Eu viro minha cabeça para ver se mais pessoas
chegaram.
Essa música deve ter cerca de três minutos, e demorou menos do que
isso para o local ficar realmente lotado.
Meus olhos caem sobre os impressionantes olhos azul-celeste com os
quais eu já deveria ter me acostumado, mas eles parecem me atordoar
todas as vezes. Liam.
A vibração leve ao redor do meu coração de repente é substituída por
uma preocupação pesada em todo o meu peito.
Ele está me encarando, e seus olhos estão ignorando completamente a
presença de Alex. Suas sobrancelhas baixas combinam com seus lábios
franzidos, e de repente eu sinto que não é com Alex que eu deveria estar
dançando.
— Há algo aí, não é? — Alex me pergunta quando paramos de nos
mover, e ele segura minhas mãos. Tudo o que posso fazer é fechar os
olhos e acenar com a cabeça antes que ele beije minha testa.
Quando eu abro meus olhos e olho para trás na direção onde Liam
estava parado, eu vejo Lara em vez dele. Ela está usando um elegante
vestido longo azul marinho com uma blusa de renda bordada em
dourado.
— Você está linda, — digo a ela e, por um momento, me repreendo
por não prestar realmente atenção em como ela está linda.
— Obrigada! Você também, — ela parece feliz e curiosa. — Ele foi por
ah, — ela sorri enquanto aponta na direção do DJ.
Eu pareço tão desesperada assim?
Eu não posso nem fingir que ele não é a razão de eu ter caminhado dessa
forma. Maldita atração magnética.
— Ele tem um coração, Emily, — Lara me para pelo meu braço quando
estou prestes a me virar e andar. — Eu gosto de você, você sabe, mas se
você o magoar, com certeza vai trazer à tona a vadia que há em mim.
Seu olhar severo rapidamente muda para um sorriso suave. Isso é um
tipo de código de irmãos que ela está fazendo? — Vá, — ela diz com uma
piscadela.
Sentindo-me como se tivesse sido simultaneamente elogiada e -
ameaçada, começo a andar na direção que Lara apontou.
Já posso vê-lo caminhando em minha direção. Seu smoking preto
azeviche deve ter sido feito pelo mestre de todos os alfaiates. Cada
centímetro deste homem exala confiança.
Caramba. É a primeira vez que noto como ele anda, e tenho que
desacelerar para aliviar a doce e pesada pressão em meu núcleo. Como
ele faz isso?
Seus olhos estão observando meu corpo. Parece que ele está tentando
memorizar como este vestido se encaixa em mim enquanto caminho em
sua direção, e quando seus olhos encontram os meus, ele para e coloca as
mãos nos bolsos.
Uma linda música começa a tocar e eu reconheço a introdução do
piano, mas ainda não consigo dizer qual é.
Ele estende a mão direita com a palma para cima enquanto ouço os
primeiros versos, e sinto que não há outra música que poderia descrever
melhor este momento.
Ele limpa a garganta e expira profundamente antes de me puxar para
mais perto dele, e não consigo parar de pensar que isso não é perto o
suficiente.
Suas mãos seguram minha cintura e eu inclino levemente minha
cabeça para trás enquanto um arrepio sobe pela minha espinha.
— Você está linda, — ele sussurra em meu ouvido antes de roçar os
lábios na minha bochecha.
— Liam. — Merda. Por que continuo dizendo o nome dele sem motivo?
Merda.
— Emily, — ele diz enquanto passa as mãos da minha cintura para
cima, e a maneira como ele me toca de alguma forma combina com o
ritmo da música perfeitamente.
— Você conhece essa música? — Eu pergunto, mas imediatamente me
lembro de que música é quando ouço o verso: — Para dizer o mínimo,
estou afim de você.
— É Chet Faker, — eu digo, e Liam sorri antes de morder o lábio
inferior e assentir.
Sua mão direita se move para o canto do meu pescoço, e as pontas de
seus dedos suavemente percorrem minha pele pelo meu decote enquanto
seus lábios se aproximam dos meus.
— Deveríamos nos sentar. O Sr. Torres está prestes a fazer seu
discurso. — Eu coloco minha mão na dele, lutando contra a vontade de
beijá-lo.
Ouvimos o som de um sino chamando a atenção das pessoas e eu me
sento à mesa ao lado de Alex. Ele se recosta na cadeira e coloca a mão nas
minhas costas.
— Estou feliz por você, Em, — ele diz antes que o Sr. Torres comece
seu discurso.
— Obrigado a todos por estarem aqui hoje. Tenho o prazer de
anunciar que o Chances Medical Center estará pronto para ser
inaugurado no próximo mês. Servirá como um centro de tratamento
para veteranos necessitados, física e mentalmente.
O Sr. Torres parece orgulhoso e esperançoso. — Este projeto não teria
sido possível se nosso irmão de guerra, Liam Harding, não tivesse se
apresentado para projetá-lo e financiá-lo.
Irmão? De? Guerra?
Continuo olhando para o Sr. Torres, mas não consigo realmente vê-lo
e, de alguma forma, espero que minha audição também tenha sido
afetada. — Por favor, recebam o ex-Tenente Comandante Navy SEAL,
Liam Harding.
O local se enche de aplausos e sinto como se cada palmada ferroasse
minha pele.
— Emily, — Alex olha para mim com preocupação em seus olhos, mas
minha energia está toda focada em não deixar as lágrimas caírem pelo
meu rosto.
Eu olho para ele, esperando que ele entenda o quanto eu quero sair
dessa situação.
— Deixe-o terminar. Você não pode se levantar e sair agora, — ele diz
antes de mover a mão para a minha, e ele a segura com força sobre a
mesa.
— Obrigado. — Liam está claramente desconfortável em subir no
palco, e suas palavras parecem deixar escapar uma pitada de
aborrecimento.
E por isso que ele não queria vir. Não consigo entender o que ele está
dizendo; minha mente está a mil, tentando reconhecer a dor em meu
peito.
A última vez que me senti assim, meus olhos estavam em meu marido,
um dia antes de ele acabar com sua vida. Ele, entretanto, não era mais o
homem com quem me casei.
Naquele dia, percebi que a guerra havia destruído o homem com
quem me casei, e qualquer esperança que eu tivesse de ver meu melhor
amigo novamente estava tão perdida quanto ele.
Eu me agarrei ao amor que sentia por aquele homem, aquele que fez
um álbum de fotos com fotos bobas minhas, aquele que me beijava no
nariz e dizia que me amava todos os dias. Mas não foi o suficiente.
Naquele dia, percebi que o uniforme que ele decidira queimar em
nossa banheira era mais poderoso do que meu amor por ele.
Enquanto as chamas rachavam os azulejos do banheiro, eu sabia que o
homem me arrastando para fora de casa não era nada além de uma
versão quebrada e reduzida a cinzas do homem que eu amava.
Meus pensamentos são interrompidos por outra salva de palmas, mas
minha mão suada ainda está sobre a mesa, sob as mãos de Alex.
— Ele vai se transformar em outra pessoa também? — Eu sussurro. O
aperto de Alex na minha mão aumenta, e ele pode ver o medo em meus
olhos.
Liam está saindo do palco. Seus olhos estão em mim, a cada passo do
caminho até que alguém fique em seu caminho e aperte sua mão,
claramente querendo iniciar uma conversa.
O olhar de Liam abaixa e para exatamente onde a mão de Alex está
segurando a minha. Eu vejo a mandíbula de Liam cerrar quando ele se
vira abruptamente para o velho e o interrompe.
— Eu preciso ir, Alex, — eu digo apressadamente enquanto peço
licença.
— Eu vou com você, — ele se levanta, mas eu o impeço. Eu realmente
preciso absorver tudo isso. E preciso fazer isso sozinha.
Merda.
Eu sei que isso não é grande coisa. Liam não é... ele.
Não há razão para eu sentir que estou hiperventilando.
Capítulo Quarenta e Quatro
EMILY

Abro a porta do banheiro, esperando poder evitar o ataque de pânico


iminente que está borbulhando em meu peito.
Inspire. Isso não é grande coisa.
Por que Liam não me disse que era um maldito Navy SEAL?
Expire. Isso não é grande coisa.
Espere—foi isso que ele quis dizer quando me contou por que se
tomou arquiteto? Porque ele se cansou da destruição—ele quis dizer
guerra? —então criar algo do zero era algum tipo de redenção. Por que ele
simplesmente não me contou?
É inspirar ou expirar? As malditas meditações conscientes só
funcionam quando você está calmo, em primeiro lugar.
— Emily, certo? — A voz estridente diz cheia de pretensão e um toque
de álcool, e me viro para ver de onde vem.
Nunca vi essa mulher antes, mas acho que ela deve ter se hospedado
em uma das vilas no passado. Eu realmente não quero iniciar uma
conversa com ela, mas ela parece ter outros planos.
— Isso é bastante surpreendente, — ela afirma, olhando para mim da
cabeça aos pés e depois de volta para o meu rosto, sem sequer inclinar a
cabeça.
Que diabos?
— Ninguém jamais imaginaria isso.
— Com licença? Eu... acho que não nos conhecemos. — Do que diabos
ela está falando?
Eu olho para ela e percebo que há uma funcionária da limpeza parada
bem atrás dela. Eu nem tinha percebido que a senhora estava lá quando
entrei aqui, então, desculpando-me, sorrio para ela.
Ela tem cara de quem vai pegar pipoca embaixo da mesa ao lado dela e
curtir um show.
Acho que esse tipo de conversa é comum no banheiro porque, ao
contrário de mim, ela parece saber o que está por vir.
— Não... Não nos conhecemos. — A mulher alta e esguia está fingindo
um sorriso enquanto levanta o queixo e olha para mim. — Uau... Isso
com certeza é um retrocesso.
— Desculpe, não estou entendendo. — Ela pensa que sou outra pessoa?
— Quer dizer, Liam sempre gostou das lindas loiras magras, — ela diz,
praticamente se descrevendo.
Isso é sobre Liam? Quem é essa mulher?
— E você? Você definitivamente não é o tipo dele, — suas palavras
desdenhosas me atingiram como um trovão. O que está acontecendo aqui?
-
Vejo a porta do banheiro se abrir com o canto do olho antes que Lara
entre e sorria para mim. Seu sorriso rapidamente se transforma em uma
expressão de choque quando a jovem continua falando.
A loira de alguma forma parece muito feia para mim agora. — Eu não
acho que já o vi com alguém tão comum -quanto você.
— Katie! Que porra é essa! — Lara dispara para ela, e se o olhar de
Lara pudesse matar, essa amiga dela, Katie, definitivamente estaria em
um caixão agora.
— Sério, Lara. Olhe para ela, — Katie acenou descuidadamente com o
dedo indicador na minha direção.
Estou sem palavras, e suas palavras estão confundindo minha mente
ainda mais e sutilmente ferindo minha autoestima.
Eu continuo me forçando a respirar lenta e profundamente, tentando
não ser obscurecida pela insegurança e pelo medo.
Meu ego reclama ao ouvir que não sou o tipo de Liam, mas é o meu
coração que chora só de pensar que posso não ser o suficiente. Ou... forte
o suficiente?
Inspire.
Expire.
Respire...
Oh, foda-se. Essa merda de respiração não está funcionando.
— Tire esse pedaço de batata frita vencida do McDonald's da frente da
minha amiga antes que sua língua nojenta sinta o gosto da água da
privada, — ruge Nicole enquanto segura a porta do banheiro aberta.
— Eu realmente preciso contar até três? — Nicole pergunta
ameaçadoramente, mas consegue piscar as sobrancelhas para Lara,
sinalizando para ela se mover.
— Eu sinto muito, Emily. — Lara se vira para mim com os lábios
franzidos e abaixados antes de arrastar Katie pelo braço para fora do
banheiro.
Eu posso ouvi-la gritar, — Eu cansei de ser sua amiga, vadia, — antes
de Nicole bater à porta.
— Emily. — A voz de Nicole é tão amorosa quanto seu abraço. — Não
deixe a lama de esgoto na boca daquela vadia atingir você, está bem?
— Eu nem sou o tipo dele, Nic, — eu rio de nervosismo e confusão. —
Eu nem sou o tipo dele, e estou ficando sem técnicas de respiração para
meditação.
— Cale a boca, Em, — a assertividade de Nicole está clara em seus
olhos. — Eu vi vocês dois juntos, Em. Eu vi como ele olha para você,
especialmente quando você não está olhando.
— Então, seja o que for que você tenha medo, deixe essa merda de
lado. Você é mais do que o tipo dele. Sério. Não é apenas o pau dele que
está interessado, — ela diz.
Reviro os olhos, embora esteja grata por sua tentativa de me fazer
sorrir.
— Estou falando sério, Em. Enquanto você estava conversando com
Lara antes, ele pediu ao DJ para tocar uma música antes de se aproximar
de você!
— Sim! Você precisa que eu diga de novo? Ele pediu ao D J para tocar
uma música, para você! E por mais cafona que seja, isso é o -suficiente.
— Oh Deus, isso é -cafona, — eu rio, e Nicole levanta uma
sobrancelha para mim, me mostrando que ela sabe que eu não acho que
seja cafona.
— Tudo bem, eu realmente amo a música que ele escolheu, — eu
admito e reviro meus olhos de vergonha.
— Você nem ouviu o que ele disse quando estava no palco, Em. Eu não
poderia me levantar e ir até você, mas sei que você apagou totalmente.
A voz calmante de Nicole combina com a suavidade de sua mão na
minha bochecha, e ela suspira antes de falar novamente. — Você se
lembra da última vez que visitamos o cemitério?
— Ficamos bêbadas e fomos expulsas pelo zelador, Nicole, — Como eu
poderia esquecer isso? Ugh.
— Sim, nós fomos, — ela diz com orgulho. — Logo depois de você tirar
sua aliança de casamento e dizer adeus de verdade.
— Aonde você quer chegar com isso, Nic?
— Bem, eu me lembro de rir do zelador nos repreendendo, dizendo
como devemos respeitar aqueles que se foram e que devemos viver nossa
vida. E é exatamente isso, Em. Aquele velho estava certo.
— Você está me dizendo para viver minha vida?
— Sim! Uma vida feliz! Emily, não deixe o medo atrapalhar isso, por
favor.
— Você deveria se ouvir mais, Nic. — Ela realmente deveria.
— Ugh. Cale-se. É do seu drama que estamos lidando aqui. Falando
nisso, Alex e Liam estavam prestes a duelar, — ela diz, pouco antes de a
porta se abrir e nós duas olharmos naquela direção.
'Emily.
Capítulo Quarenta e Cinco
ALEX

Ela tem sentimentos por ele.


Porra, eu quero odiar o jeito que ela olha para ele. Quer dizer, eu sei
que ela está atraída por ele, mas é a primeira vez que vejo seus olhos
brilharem assim.
Por que eu não simplesmente fiquei com ela no meu sofá na outra
noite? Por que não fui totalmente egoísta e não fiquei com ela ali
mesmo?
Porque eu arruinaria nossa amizade, é por isso. Isso nos arruinaria de
muitas maneiras.
Nicole está sentada a uma mesa no lado oposto da pista de dança,
olhando para Emily como um tigre observando seu filhote.
E então seus olhos esbugalhados caem sobre os meus. Tenho certeza
de que ela está com raiva de mim por não ser capaz de ler sua mente e
fazer o que sabe ser melhor agora.
A mão de Emily está gelada sob a minha, e dói não poder tirá-la daqui
agora.
— Ele vai se transformar em outra pessoa também? — Sua pergunta
parte meu coração, e tudo que posso fazer é firmar meu aperto em sua
mão.
Ela está com medo de que ele mude como seu marido mudou. Puta
merda.
É claramente visível que Liam não está feliz quando o Sr. Torres o
chama para o palco, e ele parece desconfortável em falar para o público,
mas seu discurso improvisado não é tão ruim assim.
... — E eu tive a sorte de conseguir a ajuda de que precisava quando
voltei de minha segunda operação. Mas também sei que minha
recuperação só foi possível porque minha família tinha meios para me
ajudar.
— Tomar-me arquiteto foi um processo desafiador, mas me deu a
chance de projetar e ajudar a construir casas, clínicas e até centros de
educação, para servir aqueles que não tiveram a mesma sorte que eu e...
Puta merda. Por que ele não pode ser apenas um idiota?
Ele continua falando, mas eu sei que Emily não está ouvindo uma
única palavra que sai de sua boca. Quando ele olha para ela, tenho a
sensação de que ele percebe o medo em seus olhos.
Ele também pode lê-la.
Liam imediatamente interrompe seu discurso e, enquanto todos estão
aplaudindo, ele não consegue tirar os olhos dela. Ele está fazendo um
péssimo trabalho, fingindo que minha mão na dela não o incomoda.
Eu diria que é a primeira vez que o vejo assustado.
— Eu preciso ir, Alex, — ela diz, pedindo licença da mesa e parecendo
que não está recebendo oxigênio suficiente aqui.
Eu me levanto e me ofereço para ir com ela, mas ela me impede. Estou
prestes a segui-la de qualquer maneira, mas vejo Nic olhando em minha
direção, me lançando um olhar mortal.
Acho que tudo o que ela pensa que eu devo fazer, não estou fazendo.
Tenho certeza de que ela vai ficar me importunando por dias por causa
disso.
Nic se levanta antes que eu me vire para verificar onde Liam está,
apenas para perceber que ele já está marchando nessa direção, com um
olhar de águia por cima do meu ombro.
De jeito nenhum vou deixá-lo ir atrás de Emily agora.
— Eu vou ter que te parar bem aqui. — Eu fico na frente dele,
cruzando os braços, e ele respira fundo, estufando o peito.
Tenho certeza que ele está decidindo o que fazer ou dizer e ainda está
olhando por cima do meu ombro.
Esse cara é muito bom em se manter calmo e não acho que ele vá me
dar um soco ainda, mas também não estou apostando nisso.
— Ela precisa processar o que acabou de acontecer, cara.
— O que -aconteceu? — Ele realmente parece que não sabe.
— Você disse algo para machucá-la? — Ele pergunta, desta vez
acusadoramente, enquanto dá um passo mais perto de mim e olha
diretamente para mim como se estivesse pronto para me dar uma surra
caso eu diga que sim.
Eu tenho que reconhecer isso, no entanto. Ele está pronto para
protegê-la, e posso ver que ele se preocupa com ela.
Merda. Estou tendo dificuldade em odiar esse cara.
— É melhor você não dizer que eu tenho algo a ver com como ela está
se sentindo agora, — eu digo calmamente, embora o fato de que ele
pensa que eu faria algo para machucar Emily me deixa enfurecido. —
Isso é tudo culpa sua, cara, — eu declaro, e abaixo meus braços para os
lados.
Ele olha para mim como se não soubesse do que estou falando, e
agora estou questionando o quanto Emily realmente contou a ele sobre
seu marido, então pego um copo de uísque da mesa e continuo falando.
Não tenho certeza se estou fazendo isso para dar tempo a Emily para
se acalmar ou se estou apenas tentando descobrir que tipo de cara Liam
é.
— Emily contou a você sobre seu marido. Você não achou que teria
sido uma boa ideia dizer a ela que você é do exército?
— Era do exército, — ele me corrige, claramente irritado por eu ter
mencionado isso. — O que isso tem a ver com o que acabou de
acontecer, afinal?
Merda. Ela não contou tudo a ele.
— Não é minha função dizer, cara, — eu digo a ele honestamente. Se
ela não contou a ele, eu preciso respeitar isso.
Liam parece completamente derrotado. Sua cabeça se inclina para
baixo, seu corpo inteiro encolhe e ele apoia as mãos na grade superior de
uma das cadeiras ao nosso lado.
Quando ele olha para mim novamente, a severidade em seus olhos diz
que ele descobriu.
— Ele era do exército, não era? — ele pergunta humildemente. Ele
claramente espera que esteja errado, mas interpreta meu silêncio como
um sim. — Estresse pós-traumático?
Ele olha para mim e eu aceno minha resposta. — Porra. Eu sou um
idiota, — ele diz para si mesmo em voz baixa.
Esse cara está falando sério sobre ela. Merda
Estou me sentindo como se meu corpo pesasse uma tonelada. Eu
invejo o cara. Ele parece abatido e perdido, e eu o invejo pra caralho. Não
tenho ideia de por que me sinto assim.
— Ela não vai querer falar comigo, vai? — Ele pergunta enquanto se
endireita e olha na direção em que Emily saiu.
'Hoje não, cara.
Capítulo Quarenta e Seis
EMILY

— Emily. — Sua voz é cautelosa e seus olhos pousam suavemente em


Nicole, como se pedissem permissão. A funcionária da limpeza parece
surpresa e curiosa enquanto fecha cuidadosamente a porta atrás de si.
— Lara me contou o que aconteceu com Katie. Há algo que eu possa
fazer por você? — Ele pergunta enquanto seus olhos piscam de mim para
Nicole.
— Você pode me levar para casa, por favor? — Eu pergunto, sentindo
como se tivesse acabado de correr uma maratona mental. Minha cabeça
está latejando, e eu só quero rastejar para a minha cama e debaixo dos
meus lençóis.
Ele franze a testa e pega o telefone em um dos bolsos. — Claro, — ele
diz enquanto coça a nuca com a outra mão e olha para Nicole
novamente.
— Ryan! Você poderia, por favor, parar de pensar em me foder e se
concentrar em conseguir uma carona para Emily? — Nicole dispara para
ele, e se havia uma chance mínima de que ele não estivesse pensando
sobre isso, ele está agora.
Até a funcionária da limpeza está pensando nisso.
— Desculpe. Pode deixar. — Suas palavras têm o objetivo de nos
tranquilizar, mas ele está hesitantemente digitando em seu telefone.
— É melhor sairmos este banheiro. Tenho certeza de que nossa
carona estará esperando quando chegarmos à saída, — diz Nicole
enquanto se move em direção à porta do banheiro.
— Temos que pegar um Uber... Hum... Liam pegou a limusine.
Ele acena com o telefone no ar com a tela voltada para mim. Posso ver
o aplicativo de mensagem de texto aberto, mas não consigo distinguir as
palavras naquele pequeno balão de fala.
Sinto pequenas agulhas picando meu peito encolhendo, pensando que
ele foi embora e que aquela mensagem de texto é de alguma forma o
mais próximo que estou de Liam agora.
Assim que nosso Uber para na minha porta, tenho uma sensação de
alívio.
Bem, principalmente, meus pés ficam assim quando eu tiro meus
lindos e doloridos saltos altos antes mesmo de abrir a porta. Eu os jogo
descuidadamente no chão antes de trancá-la.
Arrastando minhas costas pela porta, sento no chão sentindo como se
os seis ou sete passos que tenho que dar para chegar à minha cama são
um desafio muito grande agora.
Pouco antes de eu sair do Uber, Nicole sussurrou: — Não deixe o
medo governar você, — no meu ouvido, e agora é só nisso que penso.
Ela está certa, não é? Eu tenho feito isso. Ugh. Preciso afundar minha
cabeça no travesseiro.
Coloco minhas mãos no chão, reunindo energia para me levantar e,
finalmente, ir para o meu quarto.
Como um reflexo involuntário, minha mão esquerda rapidamente se
afasta do chão e eu olho para baixo para verificar o que diabos encostou
em meu dedo miudinho.
Minha respiração para quando me viro e sento nos calcanhares,
olhando para o pequeno padrão floral que se assemelha a um narciso e
leio o nome impresso em palavras douradas no centro do cartão da mesa.
Liam Harding.
Sem nem pensar, viro o cartão e a tinta azul revela uma caligrafia
firme e graciosa:
Sinto muito.
Eu não sabia.
L.
Meu coração não cabe no meu peito.
Reli essas duas linhas e só quando percebo uma sombra se movendo
na fresta sob a porta é que meu cérebro registra o fato de que o cartão
acabou de passar por ali.
Você já sentiu que esqueceu o que está vestindo e seus movimentos
ficaram presos em suas roupas? Esse sou eu agora, e é uma merda.
Parece que estou demorando muito para realmente me levantar do
chão enquanto estou usando um vestido longo, porque eu continuo
pisando na maldita saia.
Ele está prestes a entrar na limusine quando dou dois passos para fora
e fico de pé no capacho. Não tenho certeza do que fazer ou dizer, mas sei
que não quero que ele vá embora.
'Liam? 1
Ele para no meio do caminho e passa os dedos pelos cabelos antes de
se virar para me encarar. A porta do passageiro ainda está aberta e ele
continua olhando para mim como se esperasse que eu dissesse alguma
coisa. Qualquer coisa — Não vá, — é tudo que posso dizer, com as
palavras de Nicole no fundo da minha mente.
Ele não está vestindo seu paletó, os botões de cima de sua camisa
estão abertos e, quando ele dá alguns passos lentos em minha direção,
posso ver, bem na nuca, um hematoma vermelho-arroxeado.
Caramba! Eu deixei outro maldito chupão nele? Eu tenho quinze anos de
novo? Ugh.
Minhas bochechas esquentam de vergonha, então eu abaixo minha
cabeça e faço um gesto para ele entrar.
— Por que você não me contou? — Eu pergunto enquanto fecho a
porta atrás de mim. Eu não deveria ter perguntado isso, mas a pergunta
saltou da minha boca. Ele estava escondendo seus fantasmas, como meu
marido fazia?
Ainda estou parada na porta, de frente para ele, enquanto ele parece
estar lutando com a pergunta que fiz.
— Se eu soubesse mais sobre seu marido, teria sido mais diplomático
ou respeitoso. Mas eu não sabia, Emily, então honestamente não achei
que isso importasse, — ele responde se desculpando.
Eu me movo para ficar mais perto dele.
— Eu me orgulho do meu serviço, Emily, mas trabalhei muito para me
recuperar de coisas que gostaria de não ter visto. Falar sobre quem eu era
na época nem passou pela minha cabeça quando estava com você.
Ele passa os dedos pelos cabelos e respira fundo antes de falar
novamente.
— Sei tudo sobre como nossas experiências anteriores ajudam a
moldar nossa identidade, mas usei isso a meu favor e escolhi focar no
homem que sou agora. E isso...
Ele faz uma pausa enquanto a parte de trás de seus dedos acaricia
minha bochecha antes de colocar uma mecha de cabelo solto atrás da
minha orelha.... — é quem eu queria que você -conhecesse.
Eu fecho meus olhos e sinto sua mão acariciar minha bochecha. O
quão bom ele cheira é o suficiente para me excitar. Droga.
— Eu quero conhecer você. — Não posso deixar de dizer isso em voz
alta, e a suavidade de seu toque na minha bochecha envia um arrepio a
cada extremidade do meu corpo.
Quando eu abro meus olhos, ele move as mãos para a camisa e
começa a desabotoá-la.
Sério? Não foi isso que eu quis dizer. Há uma parte de mim, uma parte
muito suja de mim, que não se opõe a isso, mas não foi o que eu quis
dizer.
Ele sorri, não porque ele me vê franzindo a testa e claramente irritada,
mas porque ele percebeu como eu o fodi com os olhos por cerca de dois
segundos antes disso.
Ugh. Tento empurrá-lo, mas percebo que tenho que ser a única a
contorná-lo.
— Você está falando sério? Oh meu Deus, como você pode ir de
cavalheiro irresistível a idiota sexy? Inacreditável.
— Olhe para mim. — Ele me pressiona contra o batente da porta do
meu quarto, pega minha mão e a leva ao peito.
— Olhe para elas, — ele insiste enquanto suavemente envolve seus
dedos em volta do meu pulso. Por um momento, não sei o que ele quis
dizer; ainda estou me concentrando em não ficar excitada com a visão de
seu peito esculpido — Este sou eu, — ele diz enquanto meus dedos roçam
sua pele cheia de tinta e meus olhos traçam as linhas e tons de preto e
cinza que misturam desenhos intrincados.
Meus dedos traçam suavemente uma linha que vai do desenho
detalhado de uma torre até o que parece ser dois terços de uma casa.
— Essa é a primeira casa que projetei, — ele diz, e pela primeira vez,
identifico orgulho em seu tom.
Meu dedo indicador percorre as linhas e as sombras que cobrem sua
pele enquanto ele continua falando, sinto seus olhos em mim, mas suas
palavras seguem meu toque.
— Essa é a flor favorita da minha irmã... essa é a árvore da minha casa
do lago... — Suas descrições são sincronizadas com o traçado dos meus
dedos, que pausam a cada desenho, ouvindo-o.
... essa foi uma aposta que perdi para o Ryan...
— ... ainda não tenho certeza do que quero aqui, — ele diz quando
toco um pequeno círculo sem tinta, do tamanho de uma moeda, bem
onde está seu coração.
Meus olhos encontram os dele antes de voltar para aquele pequeno
círculo em sua pele.
Minhas mãos deslizam por seu torso, descansando em suas laterais, e
eu sinto meus mamilos endurecerem enquanto ele massageia
suavemente minha nuca com as mãos.
— Emily, — ele geme enquanto meus lábios roçam seu peito. Posso
sentir como sua pele está quente e ouvir seu coração batendo
rapidamente. Quando minha língua roça seu mamilo, ele levanta o
queixo e exala alto.
— Porra... — ele geme, e aquela voz rouca dele envia um arrepio pela
minha espinha.
Suas mãos estão no meu cabelo, e parece que ele está se segurando
como se quisesse que eu -tenha certeza de que eu o quero.
E eu quero.
— Eu quero você, — eu sussurro contra seu peito enquanto minha
mão direita pousa no tecido que cobre seu comprimento ereto.
Ele rapidamente move as mãos para segurar meu rosto e seus lábios
pairam sobre os meus.
— Eu preciso que você diga isso de novo. — Ele parece exigente, mas
seus olhos estão esperando desesperadamente que eu diga isso.
Ele suavemente passa o polegar pelos meus lábios, que imediatamente
se separam, deixando seu polegar deslizar na umidade da minha língua.
Eu sinto a pressão exuberante cm meu núcleo, e a fenda das minhas
coxas está encharcada. Meu coração, por outro lado, é um incêndio
esperando para acontecer.
'Eu quero você, Liam.
Capítulo Quarenta e Sete
LIAM

Puta merda, esses olhos verdes esmeralda vão ser a minha morte.
Eu tinha que ter certeza de que ela realmente disse o que eu pensei
que ela havia dito. Ela realmente disse isso, ou aquele pensamento
positivo estava pregando uma peça em mim?
— Eu quero você, Liam, — essas palavras saem de sua boca, seus lábios
entreabertos soltam um suspiro suave, e todo o meu corpo age por puro
impulso.
Eu a pressiono com mais força contra o batente da porta, incapaz de
controlar minha fome por ela. E não é apenas meu corpo que a quer; a
porra da minha alma anseia por ela.
Eu não posso acreditar que estou dizendo merdas assim, mas foda-se.
Eu cansei de questionar isso.
Nunca senti tanta necessidade de um beijo de mulher como agora. Ela
lambe o lábio superior, convidando minha língua a dançar com a dela.
Meu pau se contrai quando ela geme levemente em minha boca.
Porra, eu adoro quando ela geme.
Minha mão começa a subir em seu vestido longo. O maldito vestido
fica lindo nela, sem dúvida. Mas, para ser sincero, desde o momento em
que a vi usando isso, tudo em que consegui pensar foi em despi-la.
Meus dedos roçam a pele macia de suas coxas e, -porra, ela está
usando uma cinta-liga! Mmm... Quão duro eu acabei de ficar agora?
Como uma pedra.
Ela inclina a cabeça para trás enquanto meus dedos cavam em sua
bunda. Estou pensando que a cinta-liga definitivamente vai ficar bem
onde está, emoldurando sua boceta molhada para mim.
Mas vou arrancar essa calcinha logo.
Eu traço beijos molhados pelo seu pescoço, completamente ciente de
como isso a distrai de tirar o vestido.
Ela me olha confusa quando dou um passo para trás e me inclino
contra o lado oposto do batente da porta.
Eu a quero tanto, mas também quero saborear lentamente cada
detalhe dela. Especialmente se ela estiver se despindo. Mmmm.
— Não tenha pressa, — digo a ela, com um sorriso malicioso no rosto,
enquanto meus olhos percorrem seu corpo, desejando sua nudez.
Seus olhos estão fixos nos meus enquanto ela lentamente tira o
vestido, e eu começo a desabotoar meu cinto, tirando minha calça do
smoking.
— Não, — eu gemo quando seus dedos deslizam por uma alça da
cinta-liga e tocam o clipe. — Isso continua aí.
Porra, ela é tão bonita.
Em um instante, minha mão direita pousa na nuca dela, e eu a puxo
para mim até que seu corpo se choca contra o meu e nossas línguas se
encontram novamente.
Eu não me canso disso, e sinto meu pau pulsar quando ela desliza a
mão sob a minha cueca boxer, esfregando os dedos para cima e para
baixo no meu comprimento.
Ela está deixando beijos pelo meu peito, e quando seus lábios
alcançam o cós da minha cueca boxer, sua língua desliza na minha pele
antes que ela se ajoelhe e olhe para mim.
Porra, apenas olhar para ela me deixa extremamente duro.
Ela está balançando levemente os quadris, seus mamilos estão
implorando para minha boca chupá-los, e eu sinto uma onda de puro
êxtase fluindo pelo meu corpo quando ela olha para mim com aqueles
olhos incríveis.
Sua língua desliza em seu lábio superior, e não posso deixar de deixar
escapar um gemido gutural, pois sei exatamente o que ela está prestes a
fazer.
Sua língua gira na cabeça do meu pau, e eu juro por Deus que já sei
que sua boca é a melhor que eu já terei. A melhor de todas Ela começa a
chupar a cabeça do meu pau antes de deslizar a ponta da língua na minha
fenda.
— Pooorr... mmm... — Eu fecho meus olhos e corro meus dedos no
meu cabelo. Isso é incrível pra caralho!
Quando ela coloca o máximo que pode do meu pau dentro de sua
boca quente, chupando forte, eu sei que ela pode sentir o gosto do pré-
sêmen na minha extremidade.
Ela deixa escapar outro de seus doces gemidos em tomo do meu pau.
Puta merda... Meu pau estremece, e tudo que eu quero fazer é puxá-la para
cima e jogá-la na cama. Mas a boca dela é tão gostosa...
Posso sentir sua língua em minhas veias, seus lábios deslizando com
força no meu comprimento, até que abraçam a cabeça do meu pau antes
de deixá-lo com um estalo.
Eu preciso dela desesperadamente. Por inteiro.
— Eu não terminei ainda, — ela lamenta quando eu a puxo para cima,
segurando seu rosto com minhas mãos. Há luxúria em seus olhos e seus
lábios brilhantes me dizem que ela gostou tanto quanto eu amei.
— E eu nem comecei.
Claro que não.
Capítulo Quarenta e Oito
EMILY

Ele morde o lábio inferior antes que sua língua encontre a minha. Eu
o chupo enquanto minha mão ainda está acariciando seu pau, deixando-
o saber que eu realmente não terminei.
Sua mão direita desliza para a parte de trás da minha coxa,
levantando-a, e ele aperta minha bunda. Minha pele estica, puxando
levemente minhas dobras molhadas contra minha calcinha.
Minha boceta aperta com o alongamento inesperado.
Como ele faz isso? Ele mal está perto da minha entrada, e eu já sinto que
vou gozar.
Ele interrompe o beijo apenas para levar sua boca ao meu peito. Ele
belisca meu mamilo duro antes de molhar com sua língua e chupá-lo.
Meu corpo inteiro parece que vai explodir. Existe fogo gelado? Porque a
sensação é essa, meu núcleo está queimando enquanto explode chamas
geladas trêmulas por todo o meu corpo.
Ele agarra a parte de trás das minhas coxas, me puxa para cima e eu
envolvo minhas pernas em volta de sua cintura. Meus braços vão sobre
seus ombros enquanto agarro sua nuca.
Eu gemo quando sinto sua dureza esfregando o tecido da minha
calcinha bem onde meu clitóris está. Eu gemo de novo, alto desta vez,
amando e ainda precisando de ainda mais atrito.
— Leve-me para a cama, Liam. Apenas me leve, — eu imploro
enquanto ele se inclina contra o batente da porta quando eu o esfrego
com mais força.
LIAM

Meu pau está esfregando sua calcinha encharcada.


Ela está tão molhada, tão incrivelmente sexy, tão absolutamente
perfeita.
Quando ela me implora para levá-la, antes de deixar escapar um de
seus gemidos sexys direto na minha boca, eu trago seu lábio inferior
entre os dentes e, em seguida, a beijo apaixonadamente.
A única maneira de beijá-la novamente.
Eu a movo ligeiramente até que meu dedo médio alcança sua calcinha
e puxa o tecido fino de lado.
Ela está pingando, e seu líquido cobre meu pau enquanto ele roça sua
entrada. Em uma fração de segundo, eu penetro em sua boceta apertada,
e ela suspira e geme de prazer.
Puta merda. Eu não me canso de seus gemidos.
Suas paredes imediatamente apertam meu pau. Ela é tão apertada.
Isso é tão bom que todo o meu corpo é galvanizado por ela. Não há
nenhum outro lugar que eu queira estar. Nunca mais.
Estou segurando seu peso e ela está girando os quadris quando
começo a movê-la para cima e para baixo.
Eu abaixo seu corpo até que meu pau esteja profundamente em sua
boceta, então eu a puxo para cima até que a cabeça do meu pau lateja no
ponto ideal dentro dela.
Nossas respirações pesadas combinam e se encontram em nossas
línguas enquanto eu continuo abaixando e levantando seu corpo até que
ela geme alto na minha boca e afrouxa o aperto em volta do meu
pescoço.
EMILY

— Puta merda, isso... é... tão... bom, — eu ofego enquanto meus braços
voam e minhas mãos agarram a extremidade superior do batente da
porta.
Ele está no controle total de como meu corpo sobe e desce, o tempo
todo chupando meus seios. É como se ele gastasse a quantidade de
tempo perfeita em cada um. Como ele faz isso?
À medida que ele aumenta o ritmo, não consigo controlar minha
respiração ou a sensação de tremor no fundo do meu núcleo. O som da
nossa pele suada batendo cada vez que ele me abaixa só me excita mais.
Cada centímetro do meu corpo está brilhando em um prazer
crescente e incontrolável.
Minha cabeça cai para trás e eu empurro o batente da porta, fazendo-
o grunhir.
— Emily, — ele ofega, e meus olhos encontram os dele novamente. Eu
sinto que estou prestes a ter um orgasmo a qualquer momento. Eu sinto
isso tão intensamente que minhas pernas formigam, e ele tem que firmar
seu aperto em mim.
Quando olhamos nos olhos um do outro, reconhecemos o mesmo
desejo um no outro. Eu tiro minhas mãos do batente e envolvo meus
braços em tomo dele, beijando-o como se minha vida dependesse disso.
Sua língua domina a minha, enviando ondas de luxúria direto para o
meu núcleo. Meu corpo é atingido por espasmos deliciosos enquanto eu
chamo seu nome e freneticamente chego ao ápice.
LIAM

Eu sinto sua boceta apertar com tanta força em volta do meu pau que
mal consigo controlar. Ela está me espremendo como se sua vida
dependesse disso, porra, e ainda assim eu nunca me senti mais vivo.
Eu interrompo nosso beijo para que eu possa olhar para suas
bochechas rosadas e meus dedos cavam profundamente em sua pele
enquanto alguns gemidos escapam de sua boca.
Três passos para a minha esquerda e estou de pé ao lado da cama. Os
faróis de um carro que passa brilham através da janela e em seu corpo
enquanto eu a coloco na cama.
Tão linda.
Puta merda. Não quero ir embora nunca.
EMILY

Eu acordo de lado, sentindo o calor do peito de Liam nas minhas


costas.
Nossos corpos ainda estão suados, então toda vez que ele expira, eu
sinto sua pele deixando a minha apenas para se colar com calma nela de
novo.
É a segunda noite consecutiva que durmo com ele. Tipo, realmente
durmo. Não que houvesse muito sono de verdade envolvido, mas mesmo
assim...
E é a primeira vez que realmente faço sexo na minha própria cama
desde que me mudei para cá. Minha casa é uma espécie de santuário, e as
únicas pessoas que deixei entrar aqui foram Nicole e Alex. E agora, Liam.
É bom tê-lo tão perto de mim; sinto-me segura. Seu corpo esculpido
envolve o meu e, por algum motivo, cada célula do meu corpo solta um
suspiro de puro contentamento.
Sinto-me confortável em minha própria nudez enquanto seus dedos
traçam círculos levemente em minha barriga. Eu fecho meus olhos
quando sinto seus lábios na minha nuca.
Seus beijos suaves me fazem sentir cuidada e eu sorrio. Seus dedos
continuam roçando minha pele, descendo lentamente para mais perto da
minha entrada incrivelmente dolorida e gratificada.
Meu coração suspira com o que só posso descrever como êxtase.
Isso é exatamente como me senti ontem à noite quando ele pairou
sobre mim e empurrou para dentro de mim, sem tirar os olhos dos meus
enquanto nossos dedos se entrelaçavam sobre a minha cabeça.
Ele nunca quebrou nosso contato visual, nem mesmo quando gozou
dentro de mim, me enchendo de uma euforia incontrolável.
Um gemido escapa da minha boca quando seus dedos deslizam entre
minhas dobras e sua dureza se contrai entre a parte de trás das minhas
coxas.
— Bom dia, — eu digo baixinho enquanto minhas mãos amassam os
lençóis quando seus dedos roçam minha protuberância, acariciando-a
suavemente.
— Perfeito dia, — ele sussurra, e mesmo que eu não possa ver seu
rosto, eu sei que ele está sorrindo.
Ele se move um pouco para que sua ponta esteja agora na minha
entrada já molhada. Seus dedos agora estão circulando habilmente meu
clitóris.
Eu quero me virar e beijá-lo, mas isso é tão bom que não ouso me
mover, exceto meus quadris.
— Podemos... — Ele penetra em mim com um grunhido.
Sim. Sim, para tudo o que ele está pedindo.
... — fazer... — Outra estocada profunda e deliciosa. Sim...
... — isso... — Seu pau toca no meu ponto fraco novamente. Simmm...
... — toda... — Outro impulso e outro grunhido. Oh, sim!
... — manhã?
— Oh meu Deus, sim!
Espere o quê?
Ele rapidamente me vira e agarra minha cintura até que estou
montando nele e minhas mãos caem em seu peito duro como pedra.
Minha Nossa Senhora, não consigo me concentrar assim! O que ele quis
dizer com essa pergunta?
As borboletas na minha barriga estão batendo suas asas e voando
livremente até meu peito a toda velocidade.
Ele abaixa os braços, suas mãos ainda acariciando minha pele, para
cima e para baixo, como se estivesse indeciso sobre se agarraria minha
cintura ou minha bunda.
Seus olhos estão fixos nos meus. Ele morde o lábio inferior antes de se
sentar com as costas na cabeceira da cama e se certificar de que ainda
estou montada nele.
— Liam. — O medo constrói a palavra na minha garganta e joga para
ele, soando mais como uma pergunta.
— Emily, passei as últimas duas semanas questionando o que estou
fazendo, o que estou dizendo e, especialmente, o que estou sentindo. E
estou cansado de questionar.
Ele coloca uma mecha de cabelo solto atrás da minha orelha e eu me
inclino para o calor de sua mão. — Dito isso, você não é a única que está
com medo aqui.
— Você nem vai a encontros. — Eu ouço meu pensamento expresso
no ar.
Ele acabou de falar sobre acordar comigo todas as manhãs, mas ele
nem vai a encontros. Essas duas coisas não cobrem realmente o
significado básico de um amigo colorido?
Meus pensamentos são interrompidos pela pressão de seus lábios na
curva do meu pescoço. Ele trilha beijos pelo meu pescoço e pela minha
mandíbula até que seus lábios suavemente roçam os meus.
Suas mãos sobem pelas minhas costas, me puxando para mais perto
dele, e ele respira fundo antes de falar novamente.
— Você disse que me quer como eu quero você, — ele diz antes de
arrastar a língua no meu lábio superior. — Seja minha, como eu sou seu.
Suas palavras queimam o medo em meu coração, abrindo espaço para
as borboletas dançarem.
Ele está me pedindo para ser sua namorada. Cada centímetro de mim
quer dizer sim. Eu o quero. Eu quero ser dele, e quero que ele seja meu, e
não sei o que dizer ou fazer para não estragar tudo.
— Sim, — eu sussurro contra seus lábios. — Eu sou sua, — eu repito
enquanto distraidamente balanço meus quadris em seu comprimento
endurecido. Todo o meu corpo está dizendo sim para ele. Eu não seria
capaz de pará-lo se quisesse.
Ele segura meu rosto com as mãos, seus olhos escuros olham
profundamente nos meus, e posso ver o quanto ele me quer, porque
continua olhando para mim como se nada mais existisse no mundo.
— Me toque, — eu imploro, ainda esfregando nele e cobrindo-o com
minha umidade.
Suas mãos deslizam suavemente pelos meus braços até que seus dedos
se enrolam entre os meus, e ele me beija com tanta paixão que acho que
ele sabe.
Ele sabe que não estou pedindo a ele para me tocar. Ele sabe que estou
pedindo a ele... que me ame. E meu coração se aquece em pura felicidade.
— Sempre, — ele geme enquanto a cabeça de seu pênis desliza entre
minhas dobras e lentamente entra em mim.
Um longo gemido escapa da minha boca enquanto minhas paredes
apertam seu comprimento. Eu me sinto tão apertada em tomo dele.
Seu pau lateja enquanto eu movo meus quadris no ritmo mais
delicioso, e quando suas mãos agarram meus seios, eu arqueio minhas
costas, implorando por sua boca em meus mamilos.
— Você é tão gostosa, Emily, — ele grunhe, puxando meu cabelo para
trás com as mãos e olhando nos meus olhos.
— Goze para mim, — ele ofega antes de me beijar com força até que o
desejo em nossas línguas encontre o prazer em meu núcleo.
Eu grito seu nome enquanto minha boceta latejante aperta, e em uma
fração de segundo, ele goza tão forte dentro de mim que eu mal posso
lidar com a velocidade com que meu coração está batendo.
Há um telefone tocando ao longe, mas ainda estamos nos braços um
do outro, tentando firmar a respiração.
Seu aperto em tomo de mim aumenta quando eu me movo, e ele me
beija novamente antes de falar.
— Vem comigo.
De novo? Não acho que meu corpo aguente...
Ele sorri maliciosamente e enfia o rosto na curva do meu pescoço
antes de rir.
Ele está tentando não rir de mim e... é estranho que eu ache isso sexy?
— Eu tenho um avião para pegar depois do almoço, — ele diz
enquanto beija minha clavícula.
Eu esqueci que ele estava indo embora. As borboletas descansam suas
asas como se quisessem voltar para seus casulos.
— Eu tenho uma reunião e a papelada relativa à propriedade aqui.
Tenho certeza de que ainda podemos conseguir uma passagem aérea
para você. — Ele olha para mim e morde o lábio inferior.
— Liam. — Minha voz arrasta seu nome, questionando a ideia.
Capítulo Quarenta e Nove
EMILY

— Você deveria ter me contado sobre Liam convidar você para ir com
ele! E por que você simplesmente não foi? Ugh. — Nicole parece
aborrecida, mas se você a conhecesse tão bem quanto eu, notaria seu
olhar de agradecimento.
Eu queria ir com Liam. Eu até disse a ele que iria. Até fiz as malas
antes de atender o telefonema de Nicole.
Ela ligou para ver como eu estava, mas trinta segundos depois da
ligação e era óbvio que ela era quem precisava de atenção.
Então, deixei Liam e Ryan no aeroporto antes de encontrar Nicole em
sua casa.
E aqui estou eu agora, sendo repreendida por ser a melhor amiga do
mundo. Ugh.
— Você disse que era uma emergência, Nic. E o que você costuma
dizer? Garotas acima de garotos? Melhores amigas acima de homens? Eu
não poderia ir sabendo que você precisava de mim. Agora, você poderia
me dizer o que está acontecendo?
— Eu acho que estraguei tudo, Em, — ela responde com uma risada
desesperada. Oh merda, isso é sério. Este é o mecanismo de defesa dela; ela
força seu corpo a rir toda vez que sente vontade de chorar.
— Você precisa ser mais específica, Nic. Do que você está falando? —
Eu pergunto, esperando que não seja relacionado ao trabalho, mas
preocupada que possa ser relacionado ao coração.
— O que há de errado comigo, Em? Oh não, apague isso—o que há de
errado com ele V
Então eu acho que isso é sobre Ryan. Agora eu entendo porque ele estava
incrivelmente quieto no caminho para o aeroporto.
Ela está andando de um lado para o outro, balançando a cabeça como
se isso fosse afastar seus sentimentos.
— A ex-noiva dele ligou para ele ontem à noite. Mas eu estava calma,
certo? Totalmente -calma. Eu estava tão calma que até me surpreendi.
Não me atrevo a discutir com ela sobre isso. Tenho certeza que sua
cara de pau estava escondendo todo o ciúme fervente que estou
testemunhando agora.
— Quero dizer, ela é amiga daquela vadia da Katie do banheiro. Então
ela ligou perguntando sobre o que aconteceu e por que Lara a expulsou
da vila.
Ela se senta na mesa de centro na minha frente e esconde o rosto nas
mãos.
As palavras maldosas de Katie invadem minha mente, mas eu as afasto
ao perceber que Nicole tem sentimentos verdadeiros por Ryan e está
lutando para se livrar deles.
Este é o momento em que ela começa a se concentrar em todas as
razões pelas quais ela não deveria gostar de um cara. Ela faz isso todas as
vezes, mas desta vez, desta única vez, ela parece estar realmente se
esforçando.
— E... você ainda está calma? — Esta sou eu testando as águas. Se eu a
pressionar para falar sobre seus sentimentos, ela se afastará.
— Eu estava com ciúmes, Em! Estou com ciúmes! E você me conhece,
eu não fico com ciúmes. Eu fico com tesão!
— Bem... — Eu sou a pior amiga de todas. Eu não tenho absolutamente
nenhuma ideia do que dizer a ela.
— Cale-se! Tudo que eu queria era sexo. Ele sabia disso, mas me
enganou! Ele fodeu seu caminho até o meu coração, e agora, oh, agora
ele está a caminho de casa para jantar com ela.
Ela ri antes de ouvirmos uma batida na porta.
— Ei, —Alex entra com um sorriso no rosto e uma garrafa de rum na
mão. — Eu vi a limusine na sua porta na noite passada. — Ele beija
minha testa antes de olhar para mim novamente.
Minha respiração acelera e minha testa pousa suavemente em seu
peito.
— Liam estava lá, — eu mordo meu lábio inferior e sorrio só de pensar
na noite passada. E esta manhã.
— Eu notei. Ele não é um cara ruim, Em.
— Eu sei, — eu respondo antes de abraçá-lo, e quando ele me abraça
de volta, eu percebo o quanto sinto falta dos abraços do meu melhor
amigo, o tipo de abraço que alivia minha mente e aquece meu coração.
Sentamos no sofá, abrindo espaço para Nicole se sentar entre nós.
— Vamos lá, desembucha. — Alex sorri enquanto coloca o braço em
volta de Nicole, puxando-a para mais perto dele e beijando sua têmpora.
Ela inclina a cabeça para trás e suspira antes de reclamar sobre como
ela pode ter sentimentos por Ryan.
Alex continua olhando para ela com um sorriso malicioso no rosto. Eu
sei que ele está gostando disso porque não é todo dia que você vê Nicole
assim.
— É você quem sempre tem conselhos a dar, Nic. Talvez você deva
ouvir mais a si mesma, — eu digo calmamente. Ela realmente deveria.
— Eu sou patética! Quer dizer, eu disse a Ryan que não queria mais
transar com ele, mas agora estou olhando o Instagram da ex-noiva dele.
Olha, ela ainda tem fotos dos dois. E como se eles ainda estivessem
juntos! Olha.
Ela estica o braço, de frente para a tela do telefone a cinco centímetros
do rosto de Alex.
— Oh, uau. — A tela está muito perto do rosto de Alex para que ele
realmente veja a foto; ele está tão surpreso quanto eu com o
comportamento de Nicole. Nenhum de nós nunca a viu agir assim por
causa de um cara.
— Dê-me isso, Nic, — eu digo enquanto tiro o telefone de sua mão.
— Eu amo vocês, garotas, mas eu preciso de uma bebida. Você está
muito intensa agora. — Ele suspira antes de abrir a garrafa.
— Oh, por favor, Alex, — Nicole diz enquanto segura um copo vazio,
esperando que Alex coloque um pouco de rum nele. — Dê uma boa olhada
em nós três. Nós somos donos da patente de intensidade. E você, rapaz, é
diretor do maldito conselho de fobia de compromisso.
— Culpado, — ele sorri e pisca na minha direção.
Pego meu telefone da bolsa quando ouço um toque. Liam.
Liam
Você deveria estar aqui.
Eu realmente deveria.
Emily
Você deveria estar aqui.
Liam
Sempre.
Alex percebe o brilho em meus olhos e sorri suavemente de volta para
mim.
— Eu tenho que ir, — afirma ele, de repente parecendo
sobrecarregado antes de esvaziar o copo em um único gole. — Me ligue
se precisar de mim, está bem? — ele diz, abraçando Nicole com força e
beijando sua bochecha.
— Você está bem? — Eu pergunto a ele enquanto o levo até a porta da
frente. Posso sentir que ele está tenso.
Há algo o incomodando, e eu sei que se eu o tocar, mesmo que seja
apenas minha mão em seu antebraço, ele se abrirá para mim. Então, eu
faço exatamente isso, e ele desacelera instantaneamente.
— Emily. — Ele me encara do lado de fora da porta e respira fundo
antes de falar.
— Eu honestamente não pensei que ver você com outro cara seria tão
difícil. Eu sei que não tenho motivo para me sentir assim.
— Quero dizer, eu te amo com certeza, só... não o suficiente para
mantê-la comigo. E eu seria egoísta se tentasse fazer isso. Eu
provavelmente quebraria seu coração no processo.
— Você definitivamente faria isso, — eu digo enquanto meus dedos
agora acariciam sua bochecha. Eu sei que ele está certo. — Bem, eu
também quebraria o seu, — acrescento, sabendo que ele não vai
discordar.
Nós definitivamente destruiríamos nossa amizade se estivéssemos juntos,
porque estaríamos sempre procurando por mais.
A verdade é que amo Alex e não há nada que eu não faria por ele.
E, no entanto, o que sinto por Liam é mais forte.
Inexplicavelmente mais forte.
Capítulo Cinquenta
LIAM

Assim que saio do avião, imediatamente sinto falta da maresia que flui
pela cidade, e a única coisa que me faria sentir melhor por estar aqui é se
Emily também estivesse aqui.
Pego meu telefone e mando uma mensagem para ela antes de entrar
no carro. Com ela não estando aqui, eu poderia encurtar esta viagem;
vou resolver tudo o que preciso em três dias, em vez de cinco.
Assim que chego em casa, verifico a hora, deito na cama e espero que
Emily atenda minha vídeo chamada.
Meu quarto inteiro parece vazio. Como isso é possível? A casa que
construí do zero, o quarto onde sempre me senti mais confortável, de
alguma forma parece incompleto.
Estou olhando para as pinturas em preto e cinza na parede quando os
olhos verdes de Emily aparecem na minha tela e iluminam meu quarto.
— Oi. — Sua voz é suave e ela não está maquiada.
Porra, ela é linda.
— Você acabou de sair do banho, — eu digo com naturalidade,
pensando em seu corpo nu e gotas de água morna escorrendo para seus
seios, quadris. Porra, eu deveria estar lá.
Estou ficando duro só de olhar para seus lábios carnudos e aqueles
lindos olhos, então desabotoo meu cinto, e os olhos de Emily escurecem
quando ela ouve o som agudo do meu jeans abrindo.
— Você está em casa, — ela diz, e tenho a sensação de que minha
partida a machuca mais do que eu esperava.
Sinto como se tivesse levado um soco no estômago quando percebo
que ela tem medo de que eu não volte, e não posso fazer nada a respeito
agora.
Tudo o que quero fazer é pegar o próximo avião de volta e tirar essa
preocupação de seu rosto. Eu estaria lá em menos de três horas. Eu deveria
ter insistido para que ela viesse comigo, certo?
Merda, esses são os oitocentos quilômetros mais longos do mundo. Eu
deveria ter percebido que ela sentiria que estou deixando-a. Eu sou um
idiota, certo?
— Emily. — Estou implorando para que ela me diga o que está
pensando. Eu mentalmente dou um suspiro de alívio quando ela começa
a se abrir para mim, e tudo que posso fazer é aceitar cada palavra que sai
de sua boca.
Cada sílaba é um passo adiante para conhecê-la mais.
— Isso é a sua campainha?
Merda. Eu estava tão envolvido em nossa conversa que nem ouvi.
— Não desligue. Deixe-me ver quem é, — eu digo enquanto saio da
cama e caminho até a porta da frente, esperando que seja alguém de
quem eu possa me livrar rapidamente e manter a conversa com ela.
Ainda estou olhando para ela na tela, e seu lindo sorriso é o oposto do
rosto severo de Ryan. Meu irmão está de péssimo humor desde que
deixamos a cidade.
Eu daria uma surra nele por isso, mas sei que estaria me sentindo
exatamente da mesma maneira se Emily não estivesse em casa quando
fui lá para deixar o bilhete para ela. Como eu tive tanta sorte?
Ryan nem percebe que ainda estou falando com Emily. Eu daria
minha vida pelo meu irmão, mas, agora, não tenho certeza se gosto
muito dele. Porque agora eu tenho que tomar conta do chorão do meu
irmão.
Graças a ele, sou forçado a encerrar a ligação com Emily antes de
poder dizer tudo o que quero dizer a ela.
— Você tem certeza disso? — Ryan coloca a pasta que pedi na minha
mesa de centro e levanta as sobrancelhas.
— Você está realmente questionando minhas decisões? Você? Você
decidiu se encontrar com sua ex-noiva traidora para jantar, mas é a
minha -decisão que você está questionando?
Idiota impulsivo.
— Eu não sei o que estou fazendo, Liam. Eu nem pensei que voltaria
aqui tão cedo. Eu estava pronto para me mudar para aquela cidade e
apenas trabalhar a partir daí. Morar lá e...
Ele suspira pesadamente e vejo tristeza em seus olhos.
— Isso é sobre Nicole? — Eu nem sei por que estou perguntando. Eu
conheço meu irmão. É claro que isso é sobre Nicole.
— Você sabe o que ela me disse? — Eu não. Mas meu irmão é o tipo de
cara sentimental, então, sim, estou prestes a saber. — Tínhamos acabado
de fazer o melhor sexo que já...
— Cara.
— Tudo bem. Continuando. Eu recebo a ligação da...
— Cobra.
— Sim, ela... E Nicole apenas me disse que eu deveria atender. Ela
estava tão calma. Em seguida, ela disse, e eu cito, isso foi divertido, mas
você e eu deveríamos continuar com nossas vidas normais!
— Ela olhou diretamente para mim e estava tão calma que eu nem
sabia o que dizer. O que diabos eu deveria dizer...
— Cara, eu mal conheço Nicole. Mas eu conheço você. Portanto, não
jante com sua ex apenas para obter algum tipo de reação de Nicole.
— Você não entende. Ela estava tão calma! Como ela não sentiu nada,
cara? — Ryan afunda no meu sofá, parecendo perdido. Não muito tempo
atrás, eu estava me sentindo exatamente da mesma maneira.
— Emily é parecida com Nicole? — Ele pergunta como se eu desse um
conselho melhor se fossem semelhantes.
Eu sorrio, pensando nas vezes em que Emily ficou nervosa e
adoravelmente irritada comigo. Porra, ela deveria estar aqui comigo.
— Ela não se parece com ninguém que eu já conheci, — eu
verdadeiramente respondo e deixo escapar uma risada leve.
Ryan me observa com uma sobrancelha levantada e um sorriso.
— Por que eu não fiquei -com Emily em vez de com Nicole?
— Diga isso mais uma vez, e eu farei você cavar sua própria cova no
quintal da mamãe e do papai, — eu rosno.
— Eu só estou brincando com você, mano. É a primeira vez que vejo
você assim, totalmente -entregue para uma mulher, — ele bate levemente
no meu ombro e se levanta. — Ainda não consigo acreditar no que você
está prestes a fazer.
— Eu estive na guerra e Sobrevivi. Duas vezes. Isso não é nada, —
minto.
Isso é tudo.
Ryan acena com a cabeça, me dizendo que ele entende minha decisão.
— Eu sei que você tem um monte de coisas para lidar amanhã, mas
vamos pegar algo para comer. Já que não vou jantar com a...
— Traidora.
— Sim. — Ryan revira os olhos para mim enquanto eu pego minha
velha jaqueta de couro preta e saio com ele.
Jantamos no restaurante japonês favorito de Ryan, e posso dizer que
esta será uma longa noite. Ele está comendo muito pouco e bebendo
muito.
Ele insiste em ir a um bar, e eu simplesmente não posso deixá-lo
bêbado sozinho. Entramos no bar e imediatamente me arrependo de não
ter ido direto para casa depois do jantar.
— Eu juro que não sabia que ela estaria aqui.
Meu irmão idiota sempre se esquece que não pode mentir para mim,
então eu apenas balanço minha cabeça e faço o meu melhor para ignorar
a maneira como sua ex-noiva está olhando para nós. Seu olhar de
remorso é tão falso quanto seus cílios.
— Cara, não faça isso, — digo a ele, mas sinto que estou falando com
um adolescente bêbado que não sabe onde está ou o que está fazendo.
Ele é movido por mágoa e álcool.
Nunca o vi assim, nem mesmo quando descobriu que havia sido
traído.
— Foda-se, Liam. Chame isso de encerramento duplo. Você sabe, dois
coelhos... uma cajadada? Vou transar com ela e tirar Nic do meu sistema,
— sua fala arrastada é tão ruim quanto sua lógica carregada de uísque.
— Você está bêbado, Ryan.
— Só desta vez, Liam. Eu não preciso de um anjo da guarda agora, —
ele diz e se aproxima dela.
Ele vai se arrepender muito disso.
Ela está tirando selfies com os amigos e, quando ele se aproxima, sinto
como se estivesse observando meu irmão bêbado vestindo uma calça
jeans suja depois que alguém cagou nela.
Ele está com sua língua profundamente em sua boca. Estou tendo um
caso sério de refluxo ácido só de olhar para eles. Ele não está gostando
muito, mas está bêbado e magoado demais para se importar.
Por outro lado, ela ainda consegue esticar o braço, segurar o telefone e
tirar fotos desse ato circense.
Merda. Ele vai me odiar, mas não vou deixá-lo fazer isso a si mesmo.
Antes que eu possa dar um passo em direção a eles, sinto longas unhas
afiadas cravando na minha camiseta branca.
Claro, isso acontece mais vezes do que posso contar quando saio. Para
ser honesto, até muito recentemente, eu normalmente daria uma olhada
na mulher que faria isso e, sim, eu transaria com ela se estivesse com
vontade.
Mas agora, essa merda parece errada. Todo o meu corpo está
rejeitando o toque desta mulher.
Porque não é ela. Não é Emily.
Eu franzo minhas sobrancelhas e olho para baixo para verificar quem
diabos está tentando sentir meu peito, apenas para perceber que é Katie.
Essa garota não desiste. Eu disse a ela meses atrás que nunca gostaria
de ter nada a ver com ela. A única coisa pior do que seu perfume nauseante é
sua personalidade.
Eu rapidamente agarro seu pulso, tiro sua mão do meu peito e me
aproximo de Ryan, que parece quebrado e afogado em culpa.
— Olhe como estamos sexy, — diz a cobra traidora, rindo, enquanto
Ryan e eu olhamos as fotos agora postadas no Instagram.
Puta merda. -Meus olhos ignoram o beijo dolorosamente desleixado e
focam no fundo.
As garras de Katie no meu peito.
A foto toda revira meu estômago, e tudo que eu quero fazer agora é
ligar para Emily.
Capítulo Cinquenta e Um
EMILY

Eu troquei os lençóis ontem, mas se eu mantiver meus olhos fechados


e tomar uma respiração profunda e longa, ainda posso sentir o cheiro
dele.
Posso dizer que o sol está nascendo e que ainda não há trânsito. Posso
ouvir as ondas quebrando na costa e simplesmente não quero abrir os
olhos. No momento em que fizer isso, terei que me concentrar no trabalho.
É o meu primeiro dia sem trabalhar para o Sr. Torres e já sinto falta
dele. Principalmente porque agora não receberei seus e-mails detalhados
Estando todas as coisas que devo fazer.
Nem terei aquele chefe maníaco por controle que assume algumas de
minhas responsabilidades, o que significa que terei de administrar meu
tempo de maneira diferente.
Sem mencionar o fato de que eu nem sei quando ou até mesmo se
Ryan vai voltar.
Recebi um e-mail marcando uma reunião no Skype na próxima
semana. Talvez eu tenha que me acostumar com uma colaboração on-
line profissional.
Ugh. Sinto como se meu cérebro estivesse zumbindo constantemente
ou como se houvesse uma abelha zumbindo intermitentemente em
minha cabeça.
Eu me levanto e puxo as cortinas para deixar o sol entrar. Acho que
posso ouvir minha geladeira zumbindo em minha mente, mas quando eu
olho para minha cama, percebo que o som está vindo de debaixo do meu
travesseiro.
Merda. Dez ligações perdidas de Liam? Como é que dormi tanto?
Espere. Por que ele me ligaria dez vezes?
Quando estou prestes a tocar em Ligar, minha campainha grita como
se estivesse sendo atacada. Parece exatamente como aquela vez em que
uma criança colocou um palito de dente na lateral do botão. Ugh.
— Bem, você não adora quando estou certa? — Nicole dá uma risada
levemente forçada da porta da frente do meu quarto.
— Eu disse que seria seu estepe. — Seu sorriso desaparece
instantaneamente quando ela se senta na minha cama e continua
olhando para o telefone.
Seus cílios ainda estão úmidos e a vermelhidão da pele ao redor dos
olhos parece já existir há um tempo.
Merda.
Nicole não chora. Nunca Ao longo dos anos, ela construiu uma parede
de concreto grossa em tomo de seu coração. Sou uma das poucas pessoas
que realmente sabe o quão profundamente seu coração é capaz de amar.
— Você deveria falar com ele, Nic. Você deveria dizer a ele como se
sente, e talvez ele diga como se sente.
Minha tentativa de dar um conselho sensato, como se eu fosse um
personagem de um filme de romance, cai no estremecimento de Nicole e
se afoga na lágrima que lentamente escorre por seu rosto.
— Mas eu sei -como ele se sente, — ela diz enquanto tira os olhos do
telefone. Ela limpa a garganta e olha para o teto como se estivesse
tomando coragem antes de responder.
— Vou imprimir esta foto, emoldurá-la e pendurá-la na parede ao lado
da minha porta.
O quê?
— Sério, vai ser meu mantra visual! Lembrando-me que os homens
não valem a pena, — ela diz com raiva, enquanto segura o telefone na
minha direção.
Eu coloco meu telefone na cama e pego o dela para que eu possa dar
uma olhada melhor no que ela está tentando me mostrar.
Merda.
— Esta é uma foto recente? — Eu pergunto, esperando que não seja.
Há uma mancha de batom vermelho mesclando os lábios de Ryan e de
outra mulher. Seus olhos estão bem fechados, parecendo uma criança
prestes a tomar a vacina antitetânica.
— Foi postado menos de doze horas depois que aquela boca dele
esteve em mim, então eu diria que é bem recente, — ela diz com calma
antes de se levantar.
— Isso é ruim, — eu sussurro enquanto continuo olhando para a foto.
Tão ruim.
Meu coração afunda e meu peito fica dolorido quando minha atenção
se volta para o fundo da foto.
Meu cérebro começa a zumbir novamente, parecendo cada vez mais
alto a cada segundo. Eu ouço a voz de Nicole, e parece que está a
quilômetros de distância enquanto meu nome ecoa fracamente em meus
ouvidos.
— Emily. — Ela coloca a mão no meu ombro. — Liam está ligando, —
ela me entrega meu telefone e me olha curiosamente.
Ela não viu. Ela não sabe. Só se consegue ver até o nariz dele. Mas é ele. E
o peito dele.
Distraidamente, coloco o telefone perto do meu ouvido, mas a
geladeira zumbindo em minha mente está de volta.
Tudo o que posso fazer é piscar, esperando que, quando o fizer, a mão
dominante que vejo segurando sua camiseta desapareça de alguma
forma.
- Emily... liguei tantas vezes... queria ouvir sua voz. Noite passada...
Sua voz é tão suave que o zumbido na minha cabeça abafa cada palavra.
... foi então que percebi que eu...
Não é estranho ouvir sua voz, mas sua boca formar uma linha dura e fina
na foto?
— Emily?
Minha voz parece ter murchado, e a mão segurando sua camiseta prendeu
minhas palavras.
O zumbido continua entorpecendo meu cérebro, mas algo dentro de
mim deve estar reagindo ao que ele está dizendo enquanto meu corpo
parece relaxar com sua voz.
Nicole tira o telefone de mim e começa a falar com Liam, o tempo
todo me olhando atentamente.
Não tenho ideia do que estão falando. Não tenho ideia de quanto
tempo a conversa deles dura desde o momento em que afundo no chão
com as costas contra o estribo até o momento em que Nicole se senta ao
meu lado.
— Eu tive que fazer isso, você sabe, tempos desesperados exigem
medidas desesperadas. — Nicole se desculpa com um abraço, logo depois
de me dar um tapa, fazendo com que o zumbido na minha cabeça
diminua.
— Sua mente ficou completamente paralisada, e é tudo minha culpa.
Eu sinto muito. Eu não fazia ideia.
— Ele está fazendo a mesma coisa que... Zack... não está? Não é? A
mesma coisa. Ele saía e fodia qualquer mulher que cruzasse seu caminho,
e Liam está fazendo exatamente o mesmo, não é?
Eu trago meus joelhos até meu peito e abraço minhas pernas.
Se eu me encolher, não haverá espaço para a dor que estou sentindo.
— Ele não está fazendo isso, Em, — Nicole se move para se sentar à
minha frente, perto o suficiente para que suas mãos segurem meu rosto.
— Olha, sua mente paralisou, e você nem mesmo ouviu uma palavra
do que ele disse. Você acidentalmente o colocou no viva-voz e sei que
congelou, mas eu ouvi tudo, — ela diz.
Eu aceno em concordância enquanto tento relaxar todos os músculos
do meu corpo. — E quando ele voltar, você deve ouvi-lo.
— Eu não quero, Nic. Recuso-me a cair nesse padrão, — choro, e
penso nas vezes em que perdoei meu marido até aprender que o perdão
nem sempre salva.
— Eu sei. Mas você não pode perdoar alguém por algo que não fez, —
diz Nicole suavemente enquanto aponta o dedo indicador para o
telefone.
Seus olhos encontram os meus e ela parece triste. — Há apenas um -
idiota de merda nessa foto.
Capítulo Cinquenta e Dois
EMILY

Reuniões on-line são uma merda. Não é nem mesmo o fato de que a
conexão de internet nesta cidade é sem dúvida a pior do país.
Por mais que eu gostaria de ser o tipo de pessoa que só usa o traje
apropriado da cintura para cima, vestindo nada além de roupas íntimas—
se houver — -abaixo da cintura, eu ainda ajo como se fosse me encontrar
pessoalmente.
Eu até uso sapatos! Sem contar que eu até passo desodorante como se eles
notassem.
Ugh. Cinco minutos após o início desta reunião com Ryan, e eu já estou
cansada das falhas congelando a imagem ou distorcendo sua voz. Ugh.
Maldito Skype.
Os olhos de Ryan vagam preocupados da esquerda para a direita,
como se estivessem seguindo alguém atrás da tela, e me pergunto se é
Liam.
Nicole disse que não havia como ele saber que ela estava no Instagram
da ex de Ryan, então ele nem sabia que eu tinha visto a foto.
Ele só queria falar comigo sobre o que tinha acontecido de qualquer
maneira.
Ele queria me contar, não esconder de mim.
Ela não vai me contar tudo o que ele disse enquanto minha mente fica
paralisada. Tudo o que ela fez foi pedir para ele não me ligar, dizendo que
seria melhor conversarmos pessoalmente.
Agora, já se passaram dois dias desde a última vez que ouvi sua voz.
Ele nem mesmo enviou uma mensagem de texto e não sei o que fazer
com isso.
Fico pensando nas vezes que o afastei, até mesmo pedi para ele me
ignorar. Ele sempre respeitou isso, embora, agora percebo, tudo o que ele
quisesse era fazer o contrário do que eu havia pedido.
Merda. Talvez eu não devesse sentir falta dele, mas tudo que consigo
pensar é nele.
Eu nem sei se ele realmente vai voltar! E Ryan nem mesmo o
menciona. Por que Ryan não o menciona?
— A Villa Pascoal foi vendida, então você terá que cancelar quaisquer
acordos de aluguel que possam ter sido feitos.
— Você venderá mais? — Eu pergunto, esperando que este não seja o
começo do fim do meu trabalho. Se eles venderem todas as casas e vilas, fico
sem emprego, certo?
— Isso não acontecerá em um futuro próximo.
— Oh. — Eu ficaria mais confortável com um não definitivo.
— Além disso, nem todos os trabalhadores da Villa Pascoal serão
necessários lá, como seria de se esperar. Eventualmente, você falará com
o novo proprietário para que possa concordar sobre quais trabalhadores
ainda terão valor lá.
O profissionalismo frio de Ryan só é suportável porque seus olhos não
conseguem esconder o que só posso descrever como um doce
constrangimento.
— Aqueles cujo trabalho não será exigido na vila, você terá que
transferi-los para outras vilas ou casas. Não queremos que ninguém
perca o emprego.
Eu suspiro de alívio, mas ainda espero que o novo proprietário da Villa
tenha uma família enorme e queira manter todos lá.
Isso é tudo? 1
— Não. Quer dizer, sim, — Ryan gagueja, e eu aposto que ele quer me
perguntar sobre Nicole. — Sim, terminamos aqui. — Ele balança a cabeça
e encerra a ligação.
Começo a enviar e-mails, esperando que as pessoas não cancelem suas
reservas, mas fiquem em outra vila disponível.
Meu telefone começa a vibrar e quando vejo que é Anne, a governanta
da Villa Pascoal, atendo imediatamente.
— Anne?
— Emily, querida, há dois caminhões de mudança estacionados na
garagem e quatro homens querendo descarregar um número absurdo de
caixas! Você sabe algo sobre isso?
Ela parece preocupada, e posso ouvi-la andando de um lado para o
outro em algum lugar fora da casa.
Ryan não mencionou nada sobre os novos proprietários mudarem
suas coisas hoje, então acho que ninguém disse a ele também.
— Não se preocupe, Anne. Deixe os homens trabalharem e estarei aí o
mais rápido possível. Vou ter que parar primeiro na Vila Galapos.
Os malditos inquilinos exigiam uma caixa de ouro de luxo para seu
chihuahua. Um pastor alemão caberia naquele que já fornecemos, mas
acho que não é grande o suficiente para a personalidade de sua pequena
diva.
Quando chego à Villa Pascoal, o céu já é um rio de cores quentes,
anunciando o inevitável pôr-do-sol.
— Emily, querida — Anne me cumprimenta, e estou surpresa que ela
não parece tão nervosa quanto parecia antes ao telefone. — Sr. Harding
acabou de me contar sobre a vila. Que legal!
— Legal? — Isso definitivamente não é como eu pensei que ela
reagiria. Ela tem sido a governanta aqui há décadas e há uma chance de
que ela não trabalhe aqui em breve.
— Sim! Disseram-me que vou continuar com o meu emprego, mas só
vou trabalhar aqui três vezes por semana. Sem corte de pagamento, por
incrível que pareça! Finalmente vou curtir minha própria casa.
A felicidade de Anne é contagiante e não posso deixar de abraçá-la
com força.
— Estou feliz por você, Anne, — eu sorrio enquanto ela me leva para a
cozinha para que possamos tomar sua famosa limonada antes de eu sair.
Entrando na cozinha, um arrepio percorre minha espinha quando
penso na última vez que estive aqui. Aquela noite que passei com Liam. Eu
pressiono minhas pernas juntas só de pensar nisso. Droga.
— Emily, querida, você poderia me pegar um raminho de hortelã da
geladeira? — Anne pergunta enquanto corta limões ao meio e usa o
espremedor de frutas.
Abro a geladeira, o frio atinge meus braços, contraindo minha pele,
movendo meus cabelos até que meus olhos caem na lata de spray de
chantili, e os arrepios de ansiedade atingem meu núcleo.
Minha mente volta para aquela fração do momento que Liam e eu
compartilhamos na cozinha, os poucos segundos antes de fazer sexo com
ele na ilha.
Abri a geladeira para pegar uma garrafa de água e o corpo de Liam
pressionou contra o meu, me envolvendo.
Seu braço direito serpenteou ao meu redor e sua mão agarrou minha
coxa, me fazendo gemer quando seus lábios roçaram a curva do meu
pescoço.
Ele moveu sua mão até minhas dobras molhadas, e eu balancei meus
quadris para frente e para trás contra sua dureza.
Sua outra mão encontrou seu caminho por baixo da camiseta que ele
me deu para vestir. O calor de seus dedos beliscando meu mamilo
endurecido derreteu meu corpo, e inclinei minha cabeça para trás em seu
ombro.
Não havia outra luz na cozinha, exceto a lâmpada na geladeira.
Parecia que este era o único lugar onde a luz estava acesa e o restante
do mundo estava escuro.
Minhas bochechas esquentam com a velocidade daquele flashback.
— A hortelã, querida. — Anne ri ao perceber que suas palavras acabam
de me fazer sair de algum tipo de transe delicioso.
— Obrigada pela limonada, Anne.
— Vou fazer bolo de limão na próxima vez que você vier aqui.
— Não voltarei aqui, agora que não faz parte da propriedade. — Eu
respondo enquanto me levanto e pego minha bolsa. Dou uma última
olhada na cozinha, como seja tivesse sentido saudades.
— Pois então, você será sempre bem-vinda em minha casa!
— E eu adoraria isso. — Eu a abraço e, antes de saúda cozinha,
pergunto se ela quer passear pela vila comigo antes de ir embora.
— Esta pode ser a última vez que assisto ao pôr do sol da piscina. Você
gostaria de me fazer companhia?
— Vá em frente, Emily. Este foi um longo dia, preciso limpar a
cozinha, para poder ir para casa e descansar os pés. — Anne sorri e me
manda um beijo antes de se virar para a pia.
Sem saber se algum dia terei a chance de caminhar por este lindo
lugar de novo, dou passos lentos pelos fundos da vila, onde fica a piscina.
A simplicidade da piscina retangular é cercada por travertinos de tons
frios e a suave brisa do mar é barrada pelas árvores.
Pego meu telefone e caminho até o final da piscina e passo pelas
árvores, para poder tirar uma foto do pôr do sol quente e rosado.
Quando toco o botão, o ruído da foto sendo tirada é misturado com
um som mergulho.
Merda.
Sei que os funcionários nunca deveriam usar a piscina, então me viro
e espero estar invisível o suficiente enquanto caminho em direção à
saída.
A luz da piscina subaquática já está acesa e não consigo parar de olhar
como aquele corpo desliza sem esforço debaixo d'água.
Minhas pernas diminuem gradualmente quando reconheço aquela
estrutura notoriamente atlética. Meu Deus do céu. Toda vez que o vejo, ele
atinge um novo nível de perfeição.
Liam desliza debaixo d'água até o final da piscina e volta, e eu me pego
prendendo a respiração.
Capítulo Cinquenta e Três
EMILY

Estou completamente em desvantagem.


Estou sem palavras e com uma perda absurda de autocontrole. Isso é
tão injusto. Quero dizer, sério. Por que, apenas por que ele está nu agora?
Ugh.
Ele sai lentamente da água, colocando as mãos na borda da piscina e
empurrando-se para fora.
Estou concentrando toda a minha energia em olhar apenas para o
rosto dele. Não seus braços flexionados ou seu abdômen esculpido—não—
estou olhando para seu rosto. Senhor, me ajude.
Quero dar um tapa nele por ter a mão de outra mulher em seu peito,
mas também abraçá-lo por querer me contar o que aconteceu.
Quero empurrá-lo por não me ligar por dois dias, mas também beijá-
lo por sempre respeitar meus limites.
E claro, eu faço todas as opções acima.
Assim que ele chega perto de mim, dou um tapa nele e o empurro,
mesmo que ele nem mesmo se mexa. Eu nem sei por que ainda tento
empurrá-lo, sério...
Ele até inclina a cabeça, e vejo seus lábios construindo um sorriso
divertido.
Ugh. Eu não aguento. É tão difícil ficar brava com ele. Maldito seja.
Ainda sentindo a palma da minha mão formigando, eu envolvo meus
braços em volta do seu pescoço e o beijo.
Minha camisa branca absorve a água fria de seu corpo; ele se agarra à
minha pele quente, causando arrepios no meu corpo.
— Acho que mereço isso. — Ele ri enquanto envolve seus braços em
volta da minha cintura e me levanta, acariciando meu pescoço.
— Você mereceu isso. Tudo -isso. Agora, coloque-me no chão, — eu
exijo, e quando ele o faz, uma parte de mim deseja que ele me pegue
novamente. A maneira como ele está olhando para mim me diz que ele
não faria objeções.
— Eu fui até sua casa mais cedo, mas você obviamente não estava lá,
— ele diz enquanto passa os dedos pelo cabelo molhado, fazendo com
que pareça ainda mais sexy do que o normal.
Maldito cabelo lindo...
— Então Anne me disse que você estaria aqui, achei que poderia
esperar e poderíamos conversar.
E malditos sejam aqueles olhos sedutores também.
— Você precisa de roupas, — eu o encaro antes de começar a andar
em direção à casa. — De jeito nenhum eu vou ter uma conversa com você
nu, — eu bufo.
Eu o ouço rir novamente, e mesmo que ele esteja andando atrás de
mim, eu sei que ele ainda tem aquele sorriso sexy e provocador no rosto.
Abro a porta mais próxima, que leva à academia da casa. É um grande
espaço, equipado com o habitual, desde esteira e máquina de remo até o
conjunto de halteres e pesos do tipo seja lá o que for.
Eu passo por um par de calças de moletom estendida em um supino.
Aponto meu dedo indicador em sua direção enquanto continuo
caminhando até chegar à parede espelhada do chão ao teto.
Ele coloca a calça de moletom e se inclina contra a barra de flexão
antes que eu me vire para encará-lo. Ele continua me olhando como se
esperasse que eu iniciasse a conversa.
— Você comprou a vila? — Meus olhos estão nos dele enquanto evito
olhar para seu peito ou até mesmo para seus lábios. Deus, eu sinto falta
disso.
— Sim. — Liam franze as sobrancelhas, me dando um olhar confuso.
— Você realmente não ouviu nada do que eu disse quando liguei para
você, — ele diz como se não achasse que isso fosse possível.
— Bem, me desculpe. Minha mente estava ocupada com a imagem de
uma mulher apalpando -você, — eu contra-ataquei amargamente,
sentindo meu peito encolher.
— Emily, — ele calmamente dá dois passos mais perto em minha
direção, mas eu coloco minha mão para cima, fazendo sinal para ele
parar. Preciso de distância, então não me distraio com a vontade de beijá-
lo. Novamente
— Eu nunca, nunca —tive nada com Katie. Só de pensar nisso me dá
ânsia de vômito. Mas, para ser honesto, devo dizer que não lamento que
ela se tenha atirado em mim.
O quê?
Choque e dor se misturam em meu peito. Eu fico inquieta e me afasto
dele, movendo-me para a saída à esquerda, esperando que esteja mais
perto do que parece.
Liam rapidamente me segue até que sua mão alcança o interior do
meu cotovelo, me virando de volta para ele.
Minhas mãos caem em seu peito nu e eu fecho meus olhos, tentando
não ser afetada pelo arrepio que provoca das minhas mãos ao meu
núcleo. Droga.
— Olhe para mim, Emily, — ele coloca o dedo indicador sob meu
queixo, puxando meus olhos para encontrar os dele. — E, por favor, me
escute.
Eu me inclino contra a parede do espelho e cruzo os braços sobre o
peito. Liam olha para minha camisa, que ainda está molhada e
ligeiramente transparente de quando eu o abracei.
Ele limpa a garganta, tentando disfarçar um gemido baixo, e seu olhar
encontra o meu antes de falar novamente.
— No momento em que ela tocou minha camiseta, tudo que eu
conseguia pensar era em você. Você —era quem eu queria que estivesse lá
comigo.
— Ter outra mulher agarrando minha camiseta fez meu estômago
revirar, Emily. Na verdade, foi mais do que isso.
— Porque foi quando eu percebi com certeza que você é, sem dúvida, a
única mulher que eu quero que me toque. E você é, absolutamente a única
mulher que eu quero tocar.
Suas palavras parecem sorvete de chocolate derretendo na minha
garganta. Assim como o chocolate, eles adoçaram minha mente e
confortaram meu coração.
Eu confio nele.
Cada célula do meu corpo está esquentando, e pela maneira como ele
está olhando para as minhas bochechas, ele sabe disso.
— Quando vi a foto, acho que minha mente ficou paralisada, porque
não aguentava a sensação de que estavam mentindo para mim de novo.
Doeu muito pensar que você tinha acabado de ir embora e
imediatamente encontrou outra pessoa para...
— Eu nunca -faria isso com você, Emily, — Liam me interrompe e
segura meu rosto com as mãos, encostando sua testa na minha.
— Nunca, — ele repete com firmeza enquanto seus lábios roçam os
meus, e eu não posso deixar de erguer levemente minha cabeça até que
meu lábio inferior toque o dele.
Nossos lábios continuam dançando, nossa respiração combina, e eu
honestamente só quero que ele mergulhe a língua na minha boca e
assuma o controle total de mim.
Mas ele está me acariciando suavemente, não apenas com os lábios;
seus dedos agora desenham ondas suaves pelos meus braços até que eles
pousam calmamente na minha cintura.
Ele está me dando tempo para organizar meus pensamentos e dizer
algo. Só quero saber se ele realmente vai se mudar para esta vila.
Por mais bobo que pareça, eu preciso desesperadamente ouvi-lo dizer
isso, embora eu tenha um medo incrível de perguntar.
— Você comprou a vila. — Eu testo as águas enquanto minhas
palavras soam como se estivessem construindo uma pergunta. — Isso é
algo que você planejou o tempo todo?
— Tudo que eu faço é planejado, Emily. Sou um arquiteto, pelo amor
de Deus. Sei quais negócios estou fechando nos próximos três meses e
quais projetos estou iniciando daqui a seis meses.
— Eu desenho, planejo e executo para viver. — Eu sinto seus lábios
formando um sorriso acima da minha sobrancelha.
— Então, a compra da vila também foi planejada, — digo, quase para
mim mesma, enquanto me viro para o espelho e sinto minhas costas
encostadas em seu peito.
— Não, eu não tinha planejado comprar este lugar, Emily. Não até a
primeira vez que acordei com você ao meu lado.
Estamos nos olhando nos olhos através do espelho. Os cantos de sua
boca se erguem quando ele vê o efeito que suas palavras têm sobre mim.
Eu respiro o nervosismo em mim, deixando um rastro de felicidade
em meus olhos.
— Você tomou essa decisão com base no sexo matinal? — Eu pergunto
de brincadeira, e ele ri.
— Isso definitivamente ajudou. — Ele acaricia meu cabelo até meu
ombro esquerdo e começa a deixar beijos no lado direito do meu
pescoço.
Eu fecho meus olhos, deixando todo o meu corpo derreter sob seu
toque. Eu pressiono minhas pernas juntas e me inclino com mais força
contra seu peito antes que um suspiro escape da minha boca.
— Não planejava sentir o que sinto por você, Emily. — Seus lábios
roçam o lóbulo da minha orelha, minha mão se move para a parte de trás
do seu pescoço, implorando para que ele não pare de beijar meu pescoço.
— Eu não planejei sentir o que sinto por você também, — eu sussurro.
A suavidade da minha voz combina com a suavidade de seus lábios.
Com seus braços em volta da minha cintura e seus lábios no meu
pescoço, Eu poderia ficar aqui para sempre penso comigo mesma.
— Você pode. Eu quero que você fique, — Liam sussurra em meu
ouvido.
Capítulo Cinquenta e Quatro
LIAM

— Eu poderia ficar aqui para sempre.


Eu sei que ela não quis dizer isso em voz alta e, por algum motivo, isso
faz com que pareça ainda melhor. Eu adoro quando ela faz isso.
Não consigo tirar esse sorriso idiota do meu rosto enquanto a carrego
para cima. Suas pernas estão tão fortemente entrelaçadas em minha
cintura que eu nem preciso ter minha mão sob ela para segurá-la.
Não se engane, minha mão está lá. Em vez de segurar seu peso, estou
deixando meus dedos esfregarem o tecido de sua calça, bem onde sua
boceta está.
Porra, meu pau endurece com o pensamento de quão molhada ela
está. Cada vez que meu dedo médio sente o tecido, ela geme levemente,
puxa meu cabelo e empurra.
Eu preciso dela assim. Eu não vou mentir; eu a quero nua também.
Deus, eu preciso dela nua.
Entrando no quarto, sinto o alívio invadindo meu peito, destruindo
todo o medo que eu tinha de nunca mais ter Emily nesta cama comigo
novamente.
Por mais que eu queira tocar cada centímetro de sua pele nua, o jeito
que ela está pendurada em meu pescoço e em volta da minha cintura é
tão bom que não estou pronto para soltá-la ainda.
Sento-me na beira da cama, com meus pés plantados no chão de
madeira. Ela está montada em mim e eu a beijo tão apaixonadamente
que só posso descrever como minha língua fazendo amor com a dela.
Porra, meu pau se contorce quando sua língua desliza no meu lábio
superior.
Ela se move como se quisesse sair de cima de mim, mas meus braços
não a deixam. Isso está muito bom.
— Liam, — ela diz antes de tentar se mexer.
— Não. Eu preciso de você. Bem. Aqui, — eu afirmo e começo a beijar
e lamber seu pescoço. Porra, eu amo o cheiro dela.
— Bem, — ela geme e começa a balançar seus quadris na minha
dureza, me fazendo soltar um gemido. Meu pau está lutando por baixo
dessas calças de moletom, e ela sabe disso.
— Eu preciso. Ficar. Nua, — ela responde, copiando meu tom, antes
de morder suavemente meu lábio inferior e deslizar as pernas para fora
da cama.
Tudo o que posso fazer é sorrir com sua persistência e astúcia
enquanto me certifico de que ela fique à distância de um braço. De pé na
minha frente, eu a puxo para mais perto de modo que seus pés fiquem
plantados entre os meus.
Eu coloco minhas mãos em minhas laterais e espero em antecipação
ela se despir.
Seus dedos brincam com o botão e o zíper de sua calça, enquanto seus
olhos estão no volume evidente em minha calça de moletom. Eu amo a
maneira deliciosa como ela está olhando para ele.
Porra, ela é sexy demais. -Ela lambe o lábio superior e eu aperto meu
queixo, lutando contra o desejo déjà arrancar suas roupas.
Ela desliza a calça social pelas coxas, deixando a calcinha. Oh, espere... -
Essa é a calcinha de renda branca mais sexy e pequena que eu já vi.
Eu gemo e instintivamente movo minha mão para deslizar entre suas
coxas. Meus dedos deslizam em sua umidade antes mesmo de eu chegar
ao tecido encharcado.
Mmmm.
Quando ela está tirando a calça social, meus dedos deslizam sob o
tecido, e a sensação de seu líquido revestindo meus dedos provoca um
choque de prazer por todo o meu corpo.
Porra, eu quero que meu pau sinta seu líquido pingando sobre ele,
encharcando-o.
Meus dedos circulam em tomo de sua entrada molhada, deslizando
entre suas dobras enquanto meu polegar acaricia seu clitóris brilhante.
Ela joga a cabeça para trás, gemendo meu nome novamente.
— Olhe para mim, Emily, — eu imploro enquanto ela lentamente
desabotoa a camisa. Meu polegar desenha círculos em seu clitóris e meus
dedos deslizam em sua fenda sedosa.
Seus olhos esmeralda encontram os meus, e eu juro por Deus que a
luxúria que vejo em seu rosto corado apenas toma seus olhos ainda mais
bonitos.
Seus lábios se separam enquanto soltam outro gemido suave quando
eu deslizo um dedo dentro dela.
Eu a sinto apertar em tomo do meu dedo, e quando sua camisa cai no
chão, ela se aproxima de mim, lentamente tirando o sutiã.
É preciso todo o controle que eu tenho para evitar que minha ereção
exploda. Tu do o que tenho
Eu deslizo um segundo dedo nela, curvando ambos os dedos até que
esfreguem o ponto ideal nela, fazendo-a pressionar suas coxas juntas,
espremendo minha mão.
Porra, ela está tão apertada em tomo dos meus dedos, e posso dizer
pela forma como seu corpo se mexe que ela está amando meu toque.
— Liam, por favor, — ela implora. Você não tem ideia do quanto eu
quero obedecer, do quanto eu preciso do meu pau dentro dela, mas
agora, não há nada que eu queira mais do que a ver gozar em tomo dos
meus dedos.
EMILY

— Oh Deus... eu quero que você... dentro de mim. — Meu núcleo não


aguenta mais. Estou dividida entre a forma incrível que seus dedos estão
me fazendo sentir e a esmagadora sede de seu pênis.
E não posso dizer que estou desapontada quando ele opta por
continuar com seus dedos hábeis, exatamente onde deveriam estar. Puta
merda, isso é tão bom!
Ele se inclina para frente até que sua língua alcance meu seio direito.
A maneira como ele lambe suavemente meu mamilo incrivelmente
sensível é tudo o que preciso para liberar uma onda de prazer absoluto,
fazendo meus joelhos dobrarem.
Minha boceta aperta seus dedos com mais força quando ele envolve
seu outro braço em volta de mim e chupa meu seio com força enquanto
seus dentes roçam meu mamilo.
Oh meu Deus, extremamente maravilhoso!
Seus dedos sabem exatamente o que fazer, e sua língua é perfeita em
todos os lugares que percorre. Está ficando difícil respirar, e a pressão
crescente em meu núcleo está rapidamente assumindo o controle de
todos os meus sentidos.
Minhas mãos pousam em seu peito e minhas unhas cavam em sua
pele enquanto um orgasmo incontrolável faz meu núcleo convulsionar.
— Oh! Meu! D-deus. — Eu mal consigo pronunciar as palavras, e sei
que teria caído se ele não tivesse segurado uma das minhas nádegas e
pressionado meu corpo contra o dele.
— Tão incrivelmente linda, — ele geme. Oh cara, essa voz gutural dele
só faz meu orgasmo durar mais tempo.
LIAM

Puta que pariu. É o rosto pós-orgasmo mais lindo que já vi.


Ela está deitada na cama e sua barriga se contorce algumas vezes antes
de eu tirar minha calça de moletom. Ela olha para mim e depois para a
minha enorme ereção. Nem eu nunca o vi ficar tão grande.
Estou ajoelhado entre suas pernas; meus olhos estão admirando toda
a sua beleza. Sua língua molhando aqueles lábios carnudos. Seus dedos
acariciando seu mamilo duro. Seus quadris se movendo lentamente para
cima e para baixo.
Há gotas de pré-sêmen escorrendo da minha extremidade, e quando
ela vê, com as pernas bem mais abertas, sua mão se move para seu centro,
chegando lentamente em seu clitóris. Puta merda, como isso é sexy.
— Você é tão linda, Emily, — Eu sussurro quando eu chegar perto o
suficiente para roçar minha extremidade entre suas dobras brilhantes.
Meu pau desliza para cima e para baixo em sua entrada, enquanto sua
umidade e a minha mistura pré-sêmen se tomam o líquido mais sexy que
já cobriu meu pau.
Eu descanso meu antebraço direito ao lado de sua cabeça,
certificando-me de que meu peso está sobre ele. Minha mão esquerda
agarra seu seio direito, e ela arqueia as costas quando minha extremidade
desliza em sua boceta.
— Porra, — eu gemo com seu aperto, e ela geme. Eu amo como ela é
apertada, como ela geme seu prazer tão perfeitamente, me fazendo
querer dar a ela tudo de mim. De todas as maneiras possíveis.
Meus lábios roçam os dela, e quando eu lambo seu lábio inferior, ela
chupa minha língua tão lenta e profundamente que meu pau se contrai e
eu penetro em sua boceta.
— Liam, — ela geme novamente e move ligeiramente os quadris,
ajustando-se ao meu tamanho. — Por favor, — ela pede antes de segurar
meu rosto com as mãos.
— Emily, — eu expiro enquanto penetro mais fundo em sua vagina e,
lentamente, puxo para trás, deixando apenas minha extremidade dentro
dela. E eu fazer de novo e de novo, bem devagar.
Bem devagarinho.
Nosso contato visual é inquebrável. A sensação dela em tomo de mim
é mais incrível do que nunca.
Cada vez que fazemos sexo, meu corpo parece que foi feito
perfeitamente para o dela, mas desta vez é diferente. É mais intenso, e
seus olhos estão me dizendo que ela sente o mesmo.
Incapaz de controlar minha sede por mais dela, eu entro no ritmo,
amando a maneira como suas paredes estão apertando em tomo do meu
pau. Ela envolve uma perna em volta da minha cintura e meu pau lateja
em seu aperto pulsante.
EMILY

Nossos olhos estão travados como se nada fosse quebrar o vínculo que
eles criaram.
Ele está penetrando mais fundo e mais rápido em minha boceta, meu
líquido se espalhou por todo nosso centro, o som de nossa pele batendo
me excita ainda mais, e o formigamento dentro de mim estremece com
mais força.
— Puta merda, Liam, não-não-pare..., — eu imploro enquanto o
orgasmo vem ondulando do meu núcleo para cada extremidade do meu
corpo.
— Porra, Emily, porra, — ele grunhe enquanto empurra seu pau
latejante bem fundo dentro de mim, e eu sinto o calor de seu esperma
me encher.
Ele se afasta lentamente e penetra em mim mais uma vez; seu pau
ainda está se contorcendo enquanto eu sinto nossos líquidos misturados
escorrendo pela minha pele entre minhas nádegas.
Minha boceta ainda está formigando incontrolavelmente em tomo de
seu pau enquanto continuamos nos olhando nos olhos.
— Isso é tão -bom, Liam, — Eu ofego e o puxo para mais perto em um
beijo. Eu li em algum lugar que você é seu eu mais honesto logo após
fazer sexo. E neste momento, estou provando que o estudo está certo.
— Eu amo muito isso. — Tudo isso, eu amo tudo isso e tudo dele. Eu
amo. Eu o amo.
Ele interrompe o beijo apenas para olhar nos meus olhos novamente.
— Eu também te amo, — ele sussurra.
Sem dúvida em seu sorriso, sem hesitação em seus olhos.
Capítulo Cinquenta e Cinco
EMILY

— Vou pedir algumas bruschettas antes que os caras cheguem, — bufa


Nicole enquanto nos sentamos à mesa para quatro, situada na
extremidade do Nonna’s.
Decidimos chegar aqui cedo para que pudéssemos desfrutar um
pouco de uma conversa entre garotas antes de Liam e Alex chegarem.
— Chi talvez eu peça a torta dupla de chocolate com framboesas. Ugh.
Eu odeio estar menstruada, — ela lamenta enquanto suas mãos aliviam a
blusa preta sobre seus seios.
O restaurante ecoa música italiana e, se você respirar fundo, poderá
sentir o cheiro da torta dupla de chocolate recém-assada, com um toque
de framboesas ácidas por cima.
— Peça os dois, — sugiro, sabendo muito bem como ela está se
sentindo. Basta ser mulher para saber exatamente como ela está se
sentindo.
Seus seios estão inchados e doloridos, seu útero está liberando um
mar vermelho de dor e todo o seu corpo se transformou em um sistema
de detecção de chocolate em alta velocidade.
— Emilia, — a alegria de Rosa é perceptível em sua voz quando ela se
aproxima de nossa mesa. — Venha aqui, amore, deixe-me dar um abraço
em você! Quero ver como você está, — ela exige.
Eu me levanto, abraçando minha pequena, mas poderosa, senhora
italiana favorita. Ela me abraça como uma avó faria, sabe, para ver se
estou comendo bem.
Eu poderia ganhar o dobro do meu peso, e ela ainda pensaria que não
estou comendo bem o suficiente.
— Você também, Nicoletta! Vem cá, — Rosa se aproxima de Nic,
dando-lhe um abraço antes de apertar suas mãos. — Onde está aquele
seu lindo amante?
Oh, Rosa deve estar falando sobre Ryan. Não é o melhor assunto para
uma Nicole menstruada.
— Ele está morto. — Nic dispara as palavras e encolhe os ombros,
carregando uma falsa indiferença, que não passa despercebida e faz Rosa
sorrir.
— Amore, você é exatamente como eu e meu Francesco quando eu
tinha sua idade, — os olhos de Rosa parecem dois diamantes em forma
de coração olhando para a cozinha, onde Francesco está.
— Às vezes, eu juro que vou matá-lo, — Rosa revira os olhos de
brincadeira. — Mas meu coração bobo não me deixa!
— Vocês dois são definitivamente uma edição especial, Rosa. Ry—
aquele cara e eu tínhamos estoque limitado, e acabou. — Os lábios de
Nicole são uma linha reta, lutando para não se curvar.
Rosa sorri e lhe dá um beijo na bochecha, prometendo que sua torta
dupla de chocolate vai adoçar seu coração.
— Já se passaram quase três semanas, Nic, — atrevo-me a mencionar
Ryan e o fato de que ela continua fingindo que ele não existe. — Você
deveria falar com ele.
— Eu falei -com ele. Você não me viu falando com ele no telefone
outro dia?
— Bem, não acho que atender o telefone e dizer *vá se foder, não
quero saber’ seja considerado uma conversa, Nic.
— Emily. Por favor. Nós estávamos apenas transando. Nós nem
estávamos namorando. — Nic olha para o teto como se quisesse evitar
que uma lágrima caísse.
Mas vocês estavam ^namorando, Nic.
'Bem, se estávamos, não era minha intenção.
Mentirosa.
— Você -uma vez me disse que eu deveria parar de ter medo de amar e
ser amada, Nic. Se não fosse por seu conselho, eu provavelmente...
Eu provavelmente seria ela agora. É o que quero dizer, mas me lembro
que os hormônios de Nicole já estão sendo atacados pela mãe natureza e
não quero acrescentar combustível a esse incêndio.
— Eu provavelmente teria perdido minha chance com Liam. Eu
sempre digo que você deve ouvir seus próprios conselhos. Você não pode
continuar fugindo toda vez que sentir algo diferente de atração sexual
por um cara.
— Eu sei que havia algo entre você e Ryan. Sim, ele foi um idiota, mas
acredito que ele se importa com você.
Nicole cerra os olhos para mim e rapidamente pega uma colher da
torta de chocolate antes de pegar mais uma colher, como se chocolate
fosse a única coisa que importa para ela agora.
Eu sei que vai demorar para ela admitir que ele roubou seu coração.
Ela levará o mesmo tempo para aceitar que roubou o dele.
Tudo o que posso fazer é estar aqui para ela e esperar que eles
eventualmente encontrem o caminho um para o outro.
Mas isso definitivamente não vai acontecer hoje.
— Nós não vamos mais falar sobre Ryan, está bem? — Nicole dispara. —
Vamos falar sobre como você perdeu duas de nossas segundas-feiras de
Mojito, duas.
Ela levanta a mão, formando um sinal de paz em minha direção,
apenas para rapidamente dobrar o dedo médio e apontar o indicador
para o meu nariz.
— Eu sei... eu meio que fiquei... distraída, — eu me desculpo enquanto
escondo meu sorriso crescente.
Nicole e Alex me ligaram dizendo que Liam era bem-vindo para se
juntar às nossas segundas-feiras de Mojito. Na verdade, eles disseram que
ele deveria ir. Nas duas segundas-feiras, eu me arrumei e Liam me
encontrou em minha casa para me buscar.
Na primeira segunda-feira, eu fiz uma nota mental para não me
atrasar quando se está em um relacionamento com alguém que é
absurdamente pontual. O tipo de pontualidade precoce de dez minutos.
Ele bateu na minha porta quando eu estava saindo do chuveiro. Sem
tempo para secar meu cabelo, abri a porta com uma toalha enrolada no
corpo apenas para vê-la no chão assim que ele entrou.
Eu fechei a porta.
Segunda-feira passada, eu fiz uma nota mental para não beijá-lo ou
cheirá-lo quando estávamos prestes a sair. Mas eu fiz exatamente isso, e
em seguida estava pulando em cima dele. Droga.
Nota mental: pare de fazer notas mentais. Sua libido as destrói.
— Bem, é melhor o pau de Liam ficar trancado em suas calças porque
eu já disse a Alex, e estou lhe dizendo agora que nos encontraremos em
sua casa amanhã.
A unha rosa limonada, em forma de amêndoa, está exigindo um sim
de mim. E, como sempre, é isso que ela ganha.
— Ainda estou me acostumando com a ideia de Liam e Alex serem
amigos, no entanto, — eu confesso.
— Alex me contou sobre a conversa que eles tiveram outro dia quando
se encontraram. — Nicole sorri, e eu cubro meu rosto com as mãos.
— Ugh. Por que eles tiveram essa conversa? Só de pensar nisso me
deixa desconfortável, — Fico imaginando-os comparando tamanhos de
pênis. Ugh. O quão estúpida sou eu?
— Foi importante para Liam entender que Alex não vai passar dos
limites com você. E acho que Liam sem saber ajudou Alex de uma forma
que você e eu não fizemos.
— Como assim?
— Você sabe como Alex sempre foi um pegador. Mas acho que nós
duas mexemos com seus sentimentos. Bem, você -principalmente, —
Nicole repreende de brincadeira.
— Não era minha intenção. E para ser honesta, acho que estava tão
confusa quanto ele.
— É claro que não era sua intenção. Nem a minha. Mas acho que
fomos as primeiras mulheres com quem ele se preocupa e com quem fez
sexo. E ele não sabia o que fazer com isso.
— A última vez que quase fizemos sexo, nós dois percebemos como
não parecia certo. Não importa o quanto nos amemos, nunca estivemos
apaixonados um pelo outro.
— Exatamente. E acho que ele aprendeu a diferença apenas
conversando com Liam. Ele viu como Liam está apaixonado por você e -
ele sabe o quanto você está apaixonada por Liam.
O eu romântico de Nicole agora está pulando de alegria. Talvez
porque eu e Liam estamos juntos, talvez porque o chocolate esteja
entrando em seu sistema.
Seja qual for o motivo, toda vez que ela salta daquele lugar escondido
em seu coração, você pode vê-lo em seus olhos.
— Estou apaixonada por ele. Este sentimento não tinha sido
registrado no meu cérebro até que saiu da minha boca, sabe? E agora é
bom dizer isso, — eu digo a verdade.
Eu me encontro desejando que Liam já estivesse aqui.
Assim que olho para a porta da frente, Alex está entrando no
restaurante.
Quando ele chega à nossa mesa, seus olhos param no decote de
Nicole, e ele inclina a cabeça para o lado antes de estreitar os olhos na
minha direção. Sim. Ele sabe que é essa época do mês.
E, sabendo como seus hormônios se tomam tão rebeldes quanto meus
cachos em um dia ventoso, ele se senta em silêncio ao lado dela,
esperando que ela fale primeiro. Ela começa, mas não antes de olhar para
mim maliciosamente.
— Quem era aquela ruiva que eu vi te afastando ontem à noite? —
Nicole está esfregando levemente a ponta do nariz com o dedo indicador.
Os olhos azuis de Alex ficam escuros, fixando-se no copo vazio à sua
frente.
— Podemos não falar sobre ela? Ela é ninguém. — Ele está claramente
irritado, e eu me pergunto por que ele está de repente tão tenso. Talvez ele
conheceu alguém especial. O pensamento me faz sorrir.
— Ela trabalha para você? — Nicole insiste, e Alex revira os olhos
antes de falar.
— Você só quer saber se eu a fodi.
— Bem, eu senti -um pouco de tensão sexual ah! Ela é gostosa. — 'Ela
é dor de cabeça, — ele bufa e balança a cabeça.
Quando coloco minha mão na dele, meu polegar acariciando o dele,
ele olha para mim e murmura: — Agora não. — Eu sorrio, sabendo que
ele logo vai se abrir comigo sobre essa ruiva que está lhe dando dor de
cabeça.
— Liam chegou. Ainda bem. — Alex parece aliviado enquanto acena
com a mão como se estivesse segurando um sinalizador de emergência
na direção de Liam.
Assim que Liam se senta ao meu lado, sinto sua mão acariciando
levemente minha coxa, e quando seu nariz roça minha orelha, as
borboletas no meu estômago batem suas asas, resultando em arrepios na
minha espinha.
Eu olho ao redor da mesa e sorrio, grata por ter as três pessoas mais
importantes da minha vida aqui comigo.
Eu só posso imaginar esta mesa crescendo de tamanho, esperando que
Ryan em breve entre na fortaleza que Nicole construiu em tomo de seu
coração.
E, por mais louco que possa parecer, posso imaginar Alex
verdadeiramente apaixonado. Mesmo que ele chame de dor de cabeça.
— Podemos ir para a sua casa esta noite? — Eu pergunto a Liam
quando estamos saindo do restaurante e caminhando em direção ao seu
carro.
Ele me pressiona contra a lateral do carro, sua mão direita pousa na
minha nuca e ele limpa a garganta antes de sussurrar.
— Não, — o tom sedutor de Liam combina com a forma sedutora de
sua mão esquerda acariciando minha cintura, e eu fecho meus olhos
enquanto seus lábios roçam meu pescoço.
— Eu vou levar você para a vila. Vou fazer amor com você e te fazer
gozar em cada metro quadrado daquele lugar até que você comece a
chamá-lo de nossa -casa.
Como você diz não a isso? Simples, você não diz.
Epílogo
LIAM

— Pare, — ela sussurra enquanto sente meu peito em suas costas e


meu pau ereto roçar entre suas nádegas. Mmmm. — Preciso me levantar
agora se quiser dar as boas-vindas aos meus primeiros inquilinos a tempo, —
ela diz.
Suas palavras se afogam na umidade entre suas coxas; cada sílaba é
comprimida sob seus quadris deslizantes.
— Ligue para Elliott. Ele vai buscá-los, — com meu braço esquerdo ao
redor dela, adiciono um aperto firme em seu seio ao meu tom
esperançoso e persuasivo.
Levei seis meses para fazê-la morar comigo. Eu mantive minha
promessa e a fiz gozar em todas as superfícies desta vila.
Porra, eu amo o rosto dela quando ela goza.
E agora que ela está aqui, não vamos deixar de fazer sexo matinal.
De jeito nenhum.
— Elliott não trabalha para mim, Liam, — ela geme quando a
extremidade do meu pau roça suas dobras. Minha outra mão se move
entre suas pernas, meu polegar no seu orifício estreito e ela empurra sua
bunda contra minha mão, fazendo meu pau se contrair.
Puta que pariu, ela é tão responsiva, tão incrivelmente disposta a ser
minha e me ter como dela.
— Nós temos tempo..., — eu digo antes que minha língua acaricie a
curva de seu pescoço.... — Mas, eu paro... Se é isso que você quer, — Eu só
posso esconder metade da malícia que brota do meu sorriso quando ela
rapidamente vira as costas para o colchão e me encara.
Ela se apoia nos cotovelos, seu cabelo está uma bela bagunça caindo
em cascata por trás dos ombros. Eu alegremente puxaria aqueles cachos e
bagunçaria ainda mais, mas eu saio da cama e fico ah nu, de costas para
ela.
Oh, eu também posso jogar este jogo. Eu esfrego levemente minha
omoplata e leva três segundos. Eu nem sabia que era tão bom nisso.
— Você está falando sério? — O tom indignado de Emily é adorável.
— O quê? — Eu sei que estou brincando com fogo agora e meu pau
está morrendo de vontade de ter aquele calor entre suas coxas, mas ela
vai ter que se esforçar um pouco agora.
Eu me viro para encará-la, correndo meus dedos pelo meu cabelo. Seu
olhar viaja dos meus lábios, parando no meu abdômen e deslizando pela
minha linha em V até pousar no meu pau.
Isso mesmo, dê uma boa olhada no que você está perdendo agora. Ela
cerra os olhos para mim como se estivesse lendo minha mente.
Emily se senta e se inclina para frente, colocando as mãos no colchão
e levantando os quadris. Seus olhos estão examinando todo o meu corpo
enquanto ela começa a engatinhar na cama. Em suas mãos e joelhos, ela
levanta os quadris ainda mais e sua língua roça seu lábio superior quando
ela chega à beira da cama, bem na minha frente.
Puta merda. Toda vez que ela faz isso, parece que é a primeira vez. Seus
sedutores olhos esmeralda enviam ondas de choque elétrico pela minha
espinha e direto para o meu pau.
Eu sinto sua língua deslizar da base da minha ereção até a minha
extremidade. Ela faz isso de novo, fazendo meu pau estremecer e meus
dentes afundarem no meu lábio inferior.
Ela lambe o pré-sêmen da minha extremidade e passa a língua ao
longo de seu lábio inferior, espalhando um pouco desse creme.
Ela abre a boca ainda mais e introduz a cabeça do meu pau, girando
sua língua e chupando mais profundamente. Mmmm. Porra, ela é tão boa
nisso. Ela está sugando toda a minha ansiedade.
Sentindo a vibração de seu gemido em tomo do meu pau, eu me
inclino para frente até que meus dedos alcancem sua entrada molhada.
Porra.
— Eu preciso de você. Agora, — eu gemo e dou um passo para trás
antes de puxá-la para cima e envolver suas pernas em volta da minha
cintura. Ela lambe meu pescoço e mordisca o lóbulo da minha orelha.
— Me foda, Liam, — ela sussurra com um tom implorando enquanto
seu líquido goteja no meu pau latejante.
Eu a carrego para o banheiro e entro no chuveiro. Assim que suas
costas atingem os azulejos azuis e frios, eu penetro em sua boceta
quente.
Porra, ela é tão apertada em torno de mim, tão perfeita para mim.
Estou. Em. Casa.
— Mais... Liam... Mais, — ela implora entre as respirações e isso é tudo
que eu preciso para começar a meter em suas paredes apertadas. Ela
mexe os quadris, puta merda, meu pau está construindo uma onda de
prazer por todo o meu corpo.
As unhas de Emily estão marcando luas crescentes vermelho-sangue
nas minhas costas enquanto ela grita meu nome e aperta meu pau com
tanta força que meu orgasmo segue imediatamente o dela.
Estamos ambos ofegantes e eu amo como meu pau ainda está dentro
dela, sentindo-a apertar em tomo de mim a cada segundo. Eu olho para
baixo e há uma gota de suor escorrendo entre seus seios.
Porra, até o suor fica sexy nela.
Ela estende o braço para a torneira do chuveiro e arrepios cobrem
nossa pele quando a água fria nos atinge.
— Eu te amo, — ela diz enquanto afrouxa seu aperto e eu agarro suas
nádegas com força, puxando-a para cima. Meu pau instantaneamente
sente a necessidade de estar de volta dentro dela, mas eu sei que vou ter
que esperar até mais tarde.
— Eu te amo, — eu respondo enquanto a coloco no chão para que
ambos possamos tomar banho.
— Você vai me encontrar para almoçar, certo? — Pergunto enquanto
me visto e ela me olha com um sorriso que me diz que já está pensando
em meu pau como sobremesa.
Eu olho para ela pensando em tê-la para o resto da minha vida.
Antes de ir trabalhar, ligo para o restaurante para ter certeza de que
está tudo pronto para mais tarde.
Minha ansiedade voltou a toda velocidade. Por mais que eu queira
terminar este modelo 3D que prometi a Ryan que estaria pronto hoje,
fico checando meu relógio e a caixinha em meu bolso.
O som irritante do telefone do escritório me distrai do que poderia ser
o resto da minha vida e eu imediatamente me arrependo de ter atendido
quando ouço a voz irritante do meu irmão.
— Cara, eu preciso ir até aí e te dar uma surra até que você finalmente
entregue o Hotel Holandês no prazo?
Ele está brincando contigo?
— Quando eu perdi um prazo?
É melhor ele dizer nunca.
— Nunca.
Exatamente.
— Esta será a primeira vez que isso vai acontecer se você não desligar
agora. Pare de perder meu tempo, Ryan, — Juro por Deus, quase quero que
ele venha para a cidade para que eu possa dar uma surra nele. — Se você quer
vir ver Nicole, então pegue a porra de um avião e pare de usar meu trabalho
como desculpa.
— Eu estraguei tudo, Liam.
— Sim. Agora, conserte as coisas e me deixe trabalhar. — Eu desligo e
me concentro no que tenho que fazer para deixar tudo pronto antes que
Emily entre neste escritório.
As próximas duas horas voam e quando ouço uma batida suave na
porta, meus olhos estudam o modelo finalizado com orgulho.
— Está com fome? — Eu pergunto a Emily sentindo meu batimento
cardíaco um pouco mais rápido quando seus dedos se entrelaçam com os
meus e saímos do escritório.
— Está tudo bem? — Ela me pergunta enquanto entramos no
restaurante e me vejo me impedindo de dizer as quatro palavras que
nunca pensei que diria a ninguém.
— Sim, — sorrio para ela enquanto ela cerra os olhos e estuda os meus
antes de sorrir de volta para mim. Este é o sorriso que me lembra que
estou exatamente onde deveria estar.
Quando chegamos à sobremesa, ela já me contou sobre sua manhã.
Eu a vejo sorrir maliciosamente enquanto lambe os restos da mousse de
chocolate de sua colher. Ela está me provocando e está funcionando. Eu
cerro minha mandíbula e coloco minha mão na parte interna de sua coxa.
— Eu sei o que você está fazendo, — eu sussurro com meus lábios
roçando em sua orelha. — E eu vou te cobrar por isso mais tarde, —
minha voz baixa promete a ela e ela pressiona suas coxas, apertando
minha mão. — Mas agora, preciso que você tire os sapatos, — digo a ela
enquanto meus lábios agora roçam os dela.
— Você tem um fetiche por pés e só está me contando agora? — Seu
tom brincalhão me faz rir antes de convidá-la para um passeio na praia.
— Foi aqui que te vi pela primeira vez, — digo enquanto nossos pés
afundam na areia molhada.
— Foi aqui que eu vi você pela primeira vez, — ela responde. Suas
bochechas ficam vermelhas e quando ela me encara, eu sinto que poderia
olhar em seus olhos para sempre.
— E aqui, — eu pego a mão dela e coloco no meu peito, bem onde
meu coração está. — Foi aqui que você me tocou pela primeira vez. — Eu
sorrio e ela revira os olhos. — Eu não sabia na época, mas acho que me
apaixonei por você no momento em que você me tocou pela primeira
vez, Emily. Seu toque me marcou mais profundamente do que qualquer
agulha de tatuagem.
Ela envolve seus braços em volta do meu pescoço e eu mentalmente
me repreendo por não seguir o que planejei dizer. Tenho a sensação de
que não estou fazendo isso direito, mas então ela me beija
apaixonadamente, passando os dedos pelo meu cabelo e toda a minha
ansiedade é substituída por uma sensação calmante de plenitude.
As palavras escapam da minha alma e disparam para fora da minha
boca.
— Quer se casar comigo?
Eu planejava me ajoelhar, planejava abrir a caixinha com o anel para
ela aceitar; eu gostaria que ela aceitasse assim como ela aceitou meu
coração no dela.
Mas ela continua me beijando com os braços colados em volta do meu
pescoço, me deixando impotente.
Estou me perguntando se realmente expressei as palavras que ficaram
gravadas na minha cabeça nos últimos dois meses.
É só quando aquela palavra sai de sua boca que sinto que posso
respirar novamente. Sua voz doce envia um choque elétrico pela minha
espinha e ela parece tão extasiada quanto eu.
Sim!
Continua no Livro 2…
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