Lógica E Argumentação Juridica: 17/02/2023 - Aula T/P
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Lógica formal
Lógica material
-Apresentação ;
Plano interno :
Ideia ;
Juízo ;
Raciocínio ;
Plano externo ;
A lógica material é informal , impura , maior , criativa , construtiva , imaginativa , uma lógica de
compromisso , uma lógica valorativa na medida em que é a lógica do bem , do mal , do certo e
do incerto.
Lógica jurídica é uma lógica material que visa refletir sobre o que fazer quando nos limites do
possível queremos chegar a juízos razoáveis e justos. Visa refletir sobre o que fazer e que
comportamentos a adotar.
A lógica jurídica é uma lógica material assente na dialética e na argumentação com vista a
persuadir um auditório.
Lógica jurídica :
Lógica jurídica é uma lógica material que visa refletir sobre o que fazer quando nos limites do
possível queremos chegar a raciocínios razoáveis e justos.
Quando nos limites do possível queremos chegar/atingir juízos razoáveis e justos , ou seja ,
queremos alcançar e fazer justiça.
Se não for permitida a interpretação da lei , a dicotomia entre as correntes que defendem a
interpretação da lei que são as correntes atuais na maioria dos países , e quando estamos
perante correntes jurídicas que defende/permite e que ache essencial a interpretação da lei
quais são os limites dessa interpretação da lei? É a dicotomia entre o positivismo e o
jusnaturalismo.
Por outro lado , uma corrente positivista é uma corrente monista , ou seja , o direito é apenas
a vontade do legislador representada na lei.
Se dissermos que uma corrente jusnaturalista é aquela em que o legislador aceita e poe a si
mesmo limites , então o que será o direito natural?
O direito natural para uns constitui sempre um limite ao legislador , para outros provem de
outras coisas , mas que no essencial tem sempre a função de impor limites quer ao legislador
quer ao intérprete.
Pelo contrário , a solução positivista consiste num direito cuja validade não se interroga e que
pode consistir numa mera técnica de controlo social que está ao saber de quem a cada
momento se apodera do poder.
O direito natural dá o sentido , fim e ética normativa ao direito positivo , ou seja , o direito
positivo tem como limite aquilo que resulta desta harmonia da vida na terra.
O conceito de “direito natural” é algo superior a nos que se impõe à natureza humana e
conforme as correntes e épocas se reconduz a várias entidades/ordens de fatores.
Esses princípios do direito natural reconduzem-se a deus , como por exemplo , não matar etc…
Existe uma dificuldade em arranjar uma definição para direito natural , mas todos nós estamos
de acordo que este está acima do direito positivo/da vontade do homem/legislador.
Será que se não houver no código penal ou na CRP uma norma jurídica que diga que a vida
humana é inviolável , não está o legislador na mesma obrigado a respeita-la?
Esta obrigação que o juiz tem de ver se a sua solução é justa (tem contribuído muito para a
mudança de regimes jurídicos) , equitativa , razoável e socialmente aceitável.
São grandes linhas orientadoras de cada ramo do direito e que se extraem do próprio direito
positivo. Por exemplo , princípios gerais do direito constitucional (separação de poderes etc..).
Para que as leis sejam “boas” deve intervir na sua feitura o legislador , mas também deve
intervir quem aplica essas leis.
A lei não faz sentido se não tiver como fim os cidadãos , ou seja , deve pensar nos seus
destinatários e nas consequências que pode gerar.
Na idade média : Recusa a existência de leis injusta , chegando até mesmo a afirmar que caso
seja injusto a população deve recusar-se a aplica-la ;
Confusão entre direito e justiça : se se aplicou o direito , a lei diz que se aplicou isto e fez-se
justiça , ou então , nem sequer se pode questionar se foi feita , ou não , justiça , por exemplo ,
num teste aparece a seguinte questão :
Confronte o dever de o juiz aferir se a sua sentença é justa , equitativa , razoável e socialmente
aceitável , colocar-se-ia logo aqui o confronto com a visão monista/positivista.
Um ponto comum que todas as correntes positivistas têm é que o direito expressa a vontade
do legislador , logo o juiz está reduzido a um trabalho quase mecânico de simplesmente aplicar
a lei.
A ordem positivista/monista exclui o direito natural seja ele de origem divina , origem nas
coisas , origem na natureza do homem etc…
A idade média :
Para um positivista que entende que o direito é aquilo que está estritamente previsto na lei ,
não importam outros fatores que levaram o individuo em questão a tomar esse
comportamento.
Existem outras escolas positivista (positivismo sociológico) que encara o direito como uma
técnica de controlo social.
Esta forma de ver o direito tem tido ao longo dos séculos consequências negativas para os
cidadãos.
Para o positivismo a lei identifica-se com o próprio direito , logo o legislador é a própria fonte
de direito.
Escola espanhola do direito natural – esta escola teve vários autores/defensores , um dos
quais diz que desvinculava de deus o direito e este direito teria como fonte não
a vontade/razão divina mas sim a natureza racional do homem , em
consequência disto separam o direito natural do direito positivo atribuindo ao
legislador a única exclusividade de criar direito defendendo o direito positivo.
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17/03/2023 – Aula T
24/03/2023 – Aula T
31/03/2023 – Aula T
14/04/2023 – Aula T/P
Jusnaturalismo contemporâneo
Para o 2º teste :
Argumentos valorativos
Sistemática e sinteticidade - Pág.112 ;
Clareza e verosimilhança - Pág.113 ;
Art.607º CPC
2. Diga o que entende por escola da exegese referindo o papel desempenhado pelo
juiz.
R: A escola da exegese é uma escola monista , de natureza positivista. O juiz limita-se a
aplicar a lei tal e qual ela foi redigida pelo legislador o que se pode traduzir na
expressão “juiz boca da lei”. Há aqui uma confusão entre direito e justiça , sendo o
termo “confusão” usado no sentido de se considerarem iguais uma coisa e outra , se
aplicou a lei fez justiça.