Professor Ou Professor Pesquisador
Professor Ou Professor Pesquisador
Professor Ou Professor Pesquisador
Resumo
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Graduado em Ciências Contábeis, MBA em Gestão de Negócios, Especialista em Magistério Superior.
Introdução
Com o passar dos anos, os professores de graduação vêm transformando e mudando suas
metodologias, incorporando novas práticas de ensino. Docentes vêm adotando práticas inovadoras,
buscando diferentes formas de ensino e pesquisa. Sabe-se que a maior parte dos professores não
procura a pesquisa educacional para melhorar as suas práticas (MITCHEL, 1985; COOKSON, 1987;
GURNEY. 1989; DOIG. 1994) em decorrência disso a participação dos discentes nos movimentos dos
professores como pesquisador tem sido, preferencialmente, para produzir uma literatura acadêmica
sobre a pesquisa de professores (MITCHEL, 1985; COOKSON, 1987; GURNEY. 1989; DOIG. 1994).
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases – LDB (1996), no artigo 43, a educação superior
deve incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica buscando desenvolver a ciência, a
tecnologia, criação e difusão da cultura.
De acordo com Fazenda (2008) o professor deve desenvolver quatro tipos diferentes de
competências, caracterizadas por ele como: a intuitiva onde o professor se auto questiona antes
de executar o planejamento elaborado; a intelectual onde o professor incentiva todas as atividades
que desenvolvem o pensamento reflexivo; a competência prática onde o professor consegue boas
cópias, alcança resultados de qualidade e por fim, a competência emocional onde o professor expõe
suas ideias por meio do sentimento, criando uma sintonia mais imediata. Segundo Ivani Fazenda
(2008).
Aprender a pesquisar, fazendo pesquisa, é próprio de uma educação interdisciplinar, que,
segundo nossos dados, deveria se iniciar desde a pré-escola. Uma das possibilidades de
execução de um projeto interdisciplinar na universidade é a pesquisa coletiva, em que
exista uma pesquisa nuclear que catalise as preocupações dos diferentes pesquisadores, e
pesquisas satélites em que cada um possa ter o seu pensar individual e solitário. Na pesquisa
interdisciplinar, está a possibilidade de que cada pesquisador possa revelar a sua própria
potencialidade, a sua própria competência. (p. 10).
E o professor pesquisador
No que se refere ao papel do pesquisador ou do professor pesquisador ele afirma que “desde
sua formação deve estar relacionado ao contexto e às práticas pedagógicas e de ensino, então a
ação reflexiva sobre a prática docente e a importância da utilização da pesquisa para tal, terá um
sentido”, Lima (2007).
Garcia (2009), afirma que o professor pesquisador seria aquele professor que busca
questões relativas à sua prática com o objetivo de aperfeiçoá-las. São apresentadas diferenças entre
a “pesquisa do professor” e a “pesquisa acadêmica ou científica”. Sobre à finalidade ela aponta que:
A pesquisa acadêmica tem a preocupação com a originalidade, a validade e a aceitação pela
comunidade científica. A pesquisa do professor tem como finalidade o conhecimento da
realidade para transformá-la, visando à melhoria de suas práticas pedagógicas e à autonomia
do professor. Em relação ao rigor, o professor pesquisa sua própria prática e encontra-se,
portanto, envolvido, diferentemente do pesquisador teórico. Em relação aos objetivos, a
pesquisa do professor tem caráter instrumental e utilitário, enquanto a pesquisa acadêmica
em educação em geral está conectada com objetivos sociais e políticos mais amplos. (Garcia
2009, p. 177).
O professor deve se preocupar em atingir da melhor forma possível, seus objetivos buscando
uma reflexão junto aos alunos. Neste sentido os objetivos da pesquisa devem ser claros e possuir
uma relevância acadêmica e social. A pesquisa é sempre uma investigação para conhecimento da
realidade, entendimento sobre a mesma e quando necessário à busca de sua transformação. Demo
(2011) define que:
Primeiro, é preciso distinguir a pesquisa como princípio científico e a pesquisa como princípio
educativo. Nós estamos trabalhando a pesquisa principalmente como pedagogia, como
modo de educar, e não apenas como construção técnica. Bem, se nós aceitamos isso, então
a pesquisa indica a necessidade da educação ser questionadora, do indivíduo saber pensar.
É a noção do sujeito autônomo que se emancipa através de sua consciência crítica e da
capacidade de fazer propostas próprias. (Demo 2011, p. 22).
Considerações finais
Formar graduandos críticos tem importância fundamental no momento atual das universidades
e faculdades, onde paira muitas questões superficiais de estudo, pesquisa e compreensão dos
saberes fundamentado e aqueles que precisam ser criticados e analisados. Assim, um professor que
busca um desfecho final de todo o processo de ensino e aprendizagem, que não se atem apenas aos
métodos tecnicista de ensino preparando assim indivíduos capazes de refletir as suas ações.
Diante disso, este artigo buscou refletir, sobre a importância da pesquisa na prática docente,
sem no entanto esgotar no tema, exercendo um papel fundamental para o seu esclarecimento e
aprofundamento no âmbito acadêmico.
Referências
FAZENDA, Ivani C. A. (org.) Didática e interdisciplinaridade. 13ª ed. São Paulo: Papirus, 2008.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 14ª Ed. São Paulo: Editora Paz e Terra S/A, 1985.
MIRANDA, Marília G. de. O professor pesquisador e sua pretensão de resolver a relação entre a
teoria e a prática na formação de professores. In: O Papel da pesquisa na formação e na prática
dos professores. 5ed. Campinas: Papirus, 2006.