ANDRADE, Fábio Júnio de
ANDRADE, Fábio Júnio de
ANDRADE, Fábio Júnio de
Caruaru
2020
1
Caruaru
2020
1
Catalogação na fonte:
Bibliotecária – Simone Xavier - CRB/4 - 1242
BANCA EXAMINADORA
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 11
1.1 OBJETIVOS ..................................................................................................... 12
1.1.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 12
1.1.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 13
2 O ENSINO E APRENDIZAGEM DE GEOMETRIA .......................................... 14
3 O MODELO DE DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO GEOMÉTRICO
DO CASAL VAN HIELE................................................................................... 16
4 OS QUADRILÁTEROS .................................................................................... 20
4.1 CLASSIFICAÇÃO DOS QUADRILÁTEROS .................................................... 20
5 ASPECTOS METODOLÓGICOS .................................................................... 24
5.1 O INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS................................................... 26
6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .............................................. 34
6.1 ANÁLISE DA QUESTÃO 1 ............................................................................... 34
6.2 ANÁLISE DA QUESTÃO 2 ............................................................................... 37
6.3 ANÁLISE DA QUESTÃO 3 ............................................................................... 40
6.4 ANÁLISE DA QUESTÃO 4 ............................................................................... 43
6.5 ANÁLISE DA QUESTÃO 5 ............................................................................... 46
6.6 ANÁLISE DA QUESTÃO 6 ............................................................................... 48
6.7 ANÁLISE DA QUESTÃO 7 ............................................................................... 50
6.8 ANÁLISE DA QUESTÃO 8 ............................................................................... 52
6.9 ANÁLISE DA QUESTÃO 9 ............................................................................... 53
6.10 ANÁLISE DA QUESTÃO 10 ............................................................................. 55
6.11 ANÁLISE GERAL DOS RESULTADOS ........................................................... 57
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 60
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 62
APÊNDICE A – FORMULÁRIO ....................................................................... 64
11
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
4 OS QUADRILÁTEROS
Figura 6 - Trapézio Isósceles (V), trapézio escaleno (VI) e trapézio retângulo (VII)
5 ASPECTOS METODOLÓGICOS
Afirmamos também que esta consiste numa pesquisa descritiva, que, segundo
Gil (2002), possibilita caracterizar um problema mediante a aplicação de técnicas
padronizadas de coleta de dados. O autor salienta ainda que "As pesquisas descritivas
têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada
população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis."
(GIL, 2002, p. 42).
O foco desse estudo não foi quantificar os resultados obtidos, mas avaliar e
classificar, de acordo com a teoria do casal Van Hiele, os caminhos percorridos pelos
discentes para resolver os problemas propostos. Desta forma, é importante ressaltar,
de acordo com Fiorentini e Lorenzato (2009), a natureza qualitativa desta pesquisa,
25
A Questão 5 não foi elaborada para um nível específico, pois o foco dessa
questão era gerar uma discussão a respeito das duas definições adotadas para o
trapézio e observar se o discente seguiria uma mesma definição para este, até o final
do formulário, não se contradizendo durante as respostas de outras questões. Ao
afirmar que o quadrado é um trapézio retângulo, o discente estaria utilizando a
seguinte definição para o trapézio: quadrilátero que possui um par de lados opostos
paralelos, já ao negar, ele estaria fazendo uso da outra definição: quadrilátero que
possui apenas um par de lados opostos paralelos.
A3 Visualização C3 Análise
A4 Análise C4 Dedução
Informal
A5 Visualização C5 Dedução
Informal
A6 Análise C6 Dedução
Informal
A7 Dedução C7 Análise
Informal
A8 Visualização C8 Análise
Fonte: autoria própria (2020)
não realizaram todas, pois aqueles que conseguiram realizar todas elas tiveram suas
respostas classificadas como Dedução Informal.
O outro tipo de resposta que tivemos, se classifica no nível de Dedução
Informal, uma vez que o discente conseguiu estabelecer todas as relações presentes,
diferenciando-se da resposta do discente C8, ao indicar que B e C também são
losangos. Para exemplificar esse tipo de resposta, temos na figura 20, a resposta do
discente C1.
A3 Visualização C3 Análise
A4 Visualização C4 Análise
A5 Visualização C5 Análise
A6 Visualização C6 Análise
A7 Visualização C7 Análise
A8 Análise C8 Análise
Fonte: autoria própria (2020)
A8 Análise C8 Análise
Fonte: autoria própria (2020)
Nessa questão não houve tanta diferença entre os níveis das respostas dos
grupos A e C, tendo em vista que o grupo C teve apenas duas respostas a mais do
nível de Dedução Informal.
A8 Análise C8 Análise
Nessa questão vemos uma diferença entre os níveis das respostas dos
discentes do início do curso e os discentes que estão no último período, pois, diferente
dos discentes do início do curso, a maioria dos concluintes conseguiram atingir o nível
mais elevado dessa questão. A figura 28 mostra a resposta do discente A1, na qual
ele marcou “sim” apenas para o quadrado, portanto classificamos a sua resposta
como Análise.
O segundo caso, diz respeito aos discentes A7, C4 e C6. Todos eles afirmaram
que o trajeto percorrido por Paulo possuía a forma de retângulo e paralelogramo, como
mostrado na figura 30.
O último caso retorna ao discente B1, um dos discentes que utilizou a definição
de trapézio menos adotada pelos participantes da pesquisa. A sua resposta,
apresentada na figura 31, nos mostra que B1 continua seguindo a mesma definição.
Para essa definição adotada, a resposta, dada por ele para a Questão 4, é coerente
e se classifica como Dedução Informal. Vale ressaltar que assim como os discentes
do segundo caso, B1 não considerou que o quadrilátero possuía os quatro lados
congruentes.
A Questão 5, que não foi desenvolvida para um nível específico, trazia uma
discussão a respeito das definições de trapézio, pois, ao concordar, o discente deveria
47
era possível afirmar que ABCD é um quadrado e justificar por meio da ausência de
uma propriedade do quadrado: os quatro lados congruentes. Aqueles que
responderam corretamente, suas respostas foram classificadas no nível de Análise,
pois houve o reconhecimento das propriedades de um quadrilátero. Abaixo, no
quadro 6, temos a classificação, por meio do modelo Van Hiele, das respostas da
questão 6.
os outros discentes que ficaram no nível de Análise também fizeram uso dessa mesma
justificativa.
Com exceção dos discentes A3 e A8, todo o restante atingiu o maior nível de
pensamento geométrico que poderia ser sondado por meio dessa questão. Embora a
diferença seja pouca, entre os grupos A e C, os discentes do 9º período se
sobressaíram, pois todos responderam no nível de Análise.
A7 Dedução C7 Dedução
Informal Informal
A8 Dedução C8 Dedução
Informal Informal
Fonte: autoria própria (2020)
grupo C. Mesmo com dois participantes que não responderam a questão, podemos
notar que houve um melhor desempenho do grupo A, em relação ao grupo C.
A4 - C4 Dedução
Informal
A5 - C5 Dedução
Formal
A6 Dedução C6 Dedução
Informal Formal
A7 Análise C7 Dedução
Informal
A8 Dedução C8 Dedução
Informal Informal
Fonte: autoria própria (2020)
1 A fonte do discente C6, na Questão 9, é diferente da fonte utilizada pelo formulário do Google, porque
ele utilizou o espaço destinado para o envio de arquivo e enviou a sua resposta em um arquivo no
formato PDF.
56
A4 - C4 Dedução
Formal
A5 - C5 Dedução
Formal
A6 Análise C6 Dedução
Formal
A7 Análise C7 -
A8 Análise C8 Dedução
Informal
Fonte: autoria própria (2020)
Por fim, na figura 46, temos o exemplo de uma resposta do nível de Dedução
Formal, na qual o discente C2 conseguiu realizar a demonstração e apresentou
domínio da escrita.
No Quadro 11, temos uma visão geral da classificação das respostas de todos
os discentes. Como anteriormente, os espaços preenchidos por hífen indicam a
ausência da resposta por parte do discente.
Vale salientar, para todos os resultados apresentados e discutidos aqui, que os
discentes A4 e A5, responderam um total de sete questões; e os discentes B2, C2 e
C7 responderam um total de 9 questões; dentre as dez questões propostas pelo
formulário. Portanto, não podemos afirmar nada a respeito dessas questões ausentes.
Observando o Quadro 11, podemos identificar os discentes cuja maioria de
suas respostas foram classificadas nos níveis mais básicos. Destacando os discentes
e a quantidade de respostas desses níveis, temos: o discente A2 com oito respostas;
58
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
C, que também cursaram essa disciplina, não fizeram uso da mesma definição? Quais
implicações levam os discentes a seguir certa definição de trapézio? Qual a
importância de cada uma dessas definições para a Matemática e para o Ensino de
Matemática? Qual dessas definições é apresentada na Educação Básica? E qual
delas se deve discutir na Educação Básica? Ambas? Esses questionamentos fogem
do foco da nossa pesquisa, mas seriam pontos de partida interessantes para futuras
investigações. Além da reflexão a respeito da definição de trapézio e de identificar que
B1 e B2 a utilizaram de forma coerente diante de todas as questões que a
necessitavam, é importante destacarmos o desempenho do discente B1 ao responder
todas as questões mediante os níveis mais elevados propostos por elas.
Refletindo sobre os resultados das análises de cada questão, notamos um
melhor desempenho dos discentes concluintes, pois, de dez questões, se
sobressaíram em oito delas, tendo como exceção as questões 7 e 8, ambas com
perspectivas semelhantes. Na Questão 7, houve um desempenho similar entre os
grupos A e C, já na Questão 8, o grupo A teve um melhor desempenho. No restante
das questões, os discentes do grupo C abarcaram resultados melhores,
principalmente nas questões 2, 4, 5, 9 e 10.
Em relação aos níveis alcançados pelos discentes em suas respostas, foram
os discentes concluintes que tiveram os melhores resultados, se comparados aos
ingressantes, pois grande parte dos discentes do grupo C conseguiram atingir níveis
desejados na maioria de suas respostas, já boa parte das respostas dos discentes do
grupo A foram classificadas nos níveis mais elementares propostos pelas questões.
Tendo em vista que estabelecemos uma relação em que os níveis de
pensamento geométrico dos discentes do grupo C, quando iniciaram o curso, seriam
similares aos dos discentes do grupo A, pudemos concluir que houve um
desenvolvimento do pensamento geométrico ao longo do curso, pois encontramos
uma diferença significativa entre as respostas dos discentes ingressantes e
concluintes.
Para finalizar, esperamos que o nosso trabalho inspire novas pesquisas e gere
reflexões para os cursos de formação de professores, a respeito do ensino e
aprendizagem de Geometria.
62
REFERÊNCIAS
BARBOSA, J. L. M. Geometria Euclidiana Plana. 11. ed. Rio de Janeiro: SBM, 2012.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
NASSER, L.; TINOCO, L. Curso Básico de Geometria: enfoque didático: módulo II:
visão dinâmica da congruência de figuras. 3. ed. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004b.
APÊNDICE A – FORMULÁRIO
Estudante,
Ao responder o presente questionário, você estará contribuindo para a
pesquisa do Trabalho de ConclusŸo de Curso de Fábio Júnio de Andrade,
estudante do 9ì período do curso de Matemática - Licenciatura da Universidade
Federal de Pernambuco – Centro Acadêmico do Agreste, que objetiva pesquisar
sobre “o nível de pensamento geométrico desenvolvido pelos discentes ao
longo do curso de Matemática – Licenciatura mediante o modelo Van Hiele,
tendo como foco os quadriláteros”.
Ressaltamos que as informações obtidas serŸo utilizadas, única e
exclusivamente, para fins acadêmicos e que garantiremos o anonimato d@
participante.
Afirmo que aceitei participar por minha prÌpria vontade, sem receber qualquer
incentivo financeiro, ou ter qualquer ônus, e com a finalidade, exclusiva, de
colaborar para o sucesso da pesquisa.
( ) Concordo.
Nome:
E-mail:
InstituiçŸo:
Campus:
Curso:
Período:
A B C D E F G H
Losango
Retângulo
Quadrado
Sim NŸo
Trapézio
Paralelogramo
Retângulo
Losango
Quadrado
4) Paulo, todas as manhŸs, corre pelo seu bairro, realizando o seguinte trajeto:
ao se alongar em frente à sua casa (lugar indicado pelo ponto A), ele inicia a sua
corrida indo no sentido indicado pela seta. Ao chegar à primeira entrada, a sua
direita, ele realiza um movimento de 90ì, e continua correndo até chegar à Rua
Euclides, na qual realiza outro movimento de 90ì, entrando a sua direita. Ao
correr pela Rua Euclides, ele passa a primeira entrada da rua e vira na segunda
entrada, a sua direita, realizando mais um movimento de 90ì. Paulo segue
correndo, entra em sua rua, passa pela frente de sua casa e completa uma volta.
Para finalizar a sua atividade física, ele realiza mais algumas voltas pelo mesmo
percurso. Observe que o trajeto realizado por Paulo, possui a forma de um
quadrilátero. Como pode ser chamado esse quadrilátero?
67
Sim NŸo
Trapézio isÌsceles
Trapézio escaleno
Trapézio retângulo
Paralelogramo
Losango
Retângulo
Quadrado
10) Mostre que ter dois pares de ângulos opostos congruentes é condiçŸo
suficiente para um quadrilátero ser paralelogramo.
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