Atp e GTP - Dalva Lucia

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Instituto Superior De Ciências e Tecnologia de Moçambique

Farmácia e Controle de Qualidade de Medicamentos


Bioquímica 1
Tema: ATP e GTP

Discente:
Dalva Lúcia

Maputo, Novembro de 2023

1
Indice
Introdução..................................................................................................................................................3
ATP..............................................................................................................................................................4
Vias produtoras de ATP...............................................................................................................................5
Estrutura do ATP..........................................................................................................................................6
Energia sob forma de ATP.......................................................................................................................6
Função do ATP.............................................................................................................................................7
Doenças relacionada a ATP.........................................................................................................................9
Aumento dos níveis de glicose................................................................................................................9
GTP............................................................................................................................................................10
Estrutura da GTP........................................................................................................................................10
Receptores associados a proteínas G........................................................................................................11
Conclusão..................................................................................................................................................12
Referencias bibliográficas..........................................................................................................................13

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Introdução

O ATP é a principal molécula armazenadora de energia de praticamente todas as formas de vida


da terra. Todas as células necessitam de energia para garantir sua sobrevivência e reprodução. E
o ATP (adenosina-5’-trifosfato) é a forma mais importante de energia química. O ATP está
envolvido em várias transformações biológicas, como por exemplo, nas reações de fosforilação,
onde o ATP transfere uma de suas unidades de fosfato para o grupo –OH de outra molécula .

O GTP é uma molécula parecida em estrutura e função com o ATP, pode ser usado pela célula
para produzir ATP ou então ser directamente usado na realização de trabalhos.

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ATP
Adenosina-5 trifosfato,é a principal fonte de energia intracelular para os tecidos corporais. Toda
a contração muscular / produção de força deve-se a esta molécula (adenosina trifosfato). Quando
uma molécula de ATP é combinada com água, o último dos três grupos de fosfato separa-se e
produz energia.

Esta degradação do ATP para gerar contrações musculares resulta na adenosina difosfato (ADP).
As reservas limitadas de ATP têm que ser restabelecidas de forma a poder fornecer combustível
para gerar mais trabalho; por isso ocorrem reações químicas que adicionam um grupo fosfato
novamente ao ADP, de forma a criar ATP.

Apresenta também funções extracelulares, mediadas sobretudo pelos receptores de membrana


(purinérgicos P2Y e P2X) que estão presentes em muitos tipos de células, além de operar como
cotransmissor em ambos os sistemas central e periférico do sistema nervoso para realizar
modificações locais dos tecidos durante a neuro-transmissão.

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Vias produtoras de ATP

Um dos principais locais de produção de ATP são as mitocondrias, que são organelos
responsáveis pela produção de energia.

As principais vias catabólicas têm mecanismos regulatórios atrelados e coordenados, que lhes
permitem funcionar juntas, em uma forma econômica e autorregulada, para produzir ATP e
precursores biossintéticos.

As concentrações relativas de ATP e ADP controlam não somente as taxas de transferência de


elétrons e a fosforilação oxidativa, mas também as velocidades do ciclo do ácido cítrico, da
oxidação do piruvato e da glicólise .

Sempre que o consumo de ATP aumenta, as velocidades da cadeia transportadora de elétrons e


da fosforilação oxidativa aumentam. Simultaneamente, a velocidade de oxidação do piruvato
pelo ciclo do ácido cítrico aumenta, elevando o fluxo de elétrons na cadeia respiratória. Esses
eventos podem, por sua vez, evocar um aumento na velocidade da glicólise, aumentando a
velocidade de formação de piruvato.

Quando a conversão de ADP em ATP reduz a concentração de ADP, o controle pelo aceptor
diminui a transferência de elétrons e, assim, a fosforilação oxidativa. A glicólise e o ciclo do
ácido cítrico também têm sua velocidade reduzida, porque o ATP é um inibidor alostérico da
enzima glicolítica fosfofrutocinase-1 e da piruvato-desidrogenase .

A fosfofrutocinase-1 também é inibida por citrato, o primeiro intermediário do ciclo do ácido


cítrico. Quando o ciclo estiver em “ponto morto”, o citrato se acumula dentro das mitocôndrias,
sendo então transportado para o citosol. Quando tanto as concentrações de ATP quanto de citrato
aumentam, eles produzem um efeito alostérico conjunto da fosfofrutocinase-1, que é maior do
que a soma dos seus efeitos individuais, reduzindo a glicólise.

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Estrutura do ATP

O ATP é um composto derivado de nucleotídeo em que a adenina é a base e o açúcar é a ribose.


O conjunto adenina mais ribose é chamado de adenosina. A união de adenosina com três radicais
fosfato leva ao composto adenosina trifosfato, ATP. As ligações que mantêm o segundo e o
terceiro radicais fosfato presos no ATP são altamente energéticas (liberam cerca de 7 Kcal/mol
de substância).

Energia sob forma de ATP


Cada vez que ocorre a desmontagem da molécula de glicose, a energia não é simplesmente
liberada para o meio. A energia é transferida para outras moléculas (chamadas de ATP-
Adenosina Trifosfato), que servirão de reservatórios temporários de energia, “baterias” que
poderão liberar “pílulas” de energia nos locais onde estiverem.

No citoplasma das células é comum a existência de uma substância solúvel conhecida como
adenosina difosfato, ADP. É comum também a existência de radicais solúveis livres de fosfato
inorgânico (que vamos simbolizar por Pi), ânions monovalentes do ácido ortofosfórico. Cada vez
que ocorre a liberação de energia na respiração aeróbica, essa energia liga o fosfato inorgânico
(Pi) ao ADP, gerando ATP. Como o ATP também é solúvel ele se difunde por toda a célula.

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Função do ATP

ATP é uma molécula carregadora de energia, armazena energia proveniente das moléculas dos
alimentos seja em um grupo químico, posteriormente transferidos ou electrões energizados e
transportam até o local em que será utilizada pela célula.

 Reacção de hidrólise – ocorre quebra de uma molécula libertada por uma reacção de
hidrólise, após a hidrólise, essa molécula de ATP pode ser regenerada pela fosforilação
da molécula de ADP.
 Regulação da fosforilação oxidativa - a fosforilação oxidativa é regulada pelas
demandas energéticas celulares. A [ADP] intracelular e a razão massa-ação
[ATP]/([ADP][Pi] são medidas do estado energético de uma célula.

Em células hipóxicas (desprovidas de oxigênio), um inibidor proteico bloqueia a hidrólise de


ATP pela atividade reversa da ATP-sintase, impedindo uma queda drástica na [ATP].

As respostas adaptativas à hipoxia, mediadas por HIF-1, reduzem a transferência de elétrons para
a cadeia respiratória e modificam o complexo IV para que ele atue de maneira mais eficiente sob
condições de baixo oxigênio.

As concentrações de ATP e ADP estabelecem a velocidade de transporte de elétrons pela cadeia


respiratória, por uma série de controles interconectados sobre a respiração, a glicólise e o ciclo
do ácido cítrico.

 Na respiração celular – há decomposição de matéria organica em dióxido de carbono e


água, libertando energia. Para cada molécula de glicose oxidada no processo de
respiração celular, obtém-se um saldo energético final de 32 moléculas de ATP.
 Na fermentação – há degradação parcial da matéria organica sendo que o produto final
dependente do organismo que realiza esse tipo de reacção, o seu saldo energético é de 2
moléculas de ATP.

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 Força muscular

O Cálcio facilita a interação entre duas proteínas de músculo: actina e miosina, que aciona
diretamente a contração muscular. Portanto, quanto mais cálcio, maior a interação actinamiosina
que gera contrações musculares mais fortes, aumentando a força. Estudos recentes, mostram que
a contração muscular desencadeia a liberação de ATP a partir da célula do músculo. Após a
liberação a partir da célula muscular, o ATP liga-se ao receptor de adenosina do lado de fora da
célula muscular, provocando um aumento do cálcio no interior do músculo. Além disso, também
tem sido demonstrado que a adição de ATP diretamente para o tecido muscular, também
aumenta os níveis de cálcio por via intramuscular, o que sugere que as fontes externas de ATP,
ou a suplementação de ATP, também aumente a contração muscular.

 Aumento limiar a dor

ATP possui uma capacidade extraordinária para minimizar a dor. Vários estudos têm
demonstrado que os pacientes com dor cirúrgica aguda ou dor neuropática crônica têm sua dor
aliviada quando tratados com ATP. Além disso, em um outro estudo, ofereceram uma dose
intravenosa de ATP a camundongos, onde evidenciou-se que, estes camundongos apresentaram
um aumento do limiar da dor no teste de “placa quente”.

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Doenças relacionada a ATP

A fosforilação oxidativa defeituosa em células β pancreáticas bloqueia a secreção de insulina. Na


situação normal , quando a glicose sanguínea aumenta, a produção de ATP nas células β
aumenta. O ATP, bloqueando canais de K+, despolariza a membrana plasmática e, assim, abre
os canais de Ca2+ controlados por voltagem. O influxo de Ca2+ resultante desencadeia a
exocitose de vesículas secretoras contendo insulina, liberando este hormônio. Quando a
fosforilação oxidativa em células β é defeituosa, a [ATP] nunca é suficiente para desencadear
este processo e a insulina não é liberada.

Aumento dos níveis de glicose


Além do aumento de cálcio no interior das células musculares e do aumento da contração
muscular, estudos adicionais mostraram que o aumento de cálcio induzido por ATP no tecido
muscular também provoca o aumento do influxo de glicose para a célula, mantendo portanto, a
célula muscular com níveis mais elevados de energia. Também tem sido demonstrado que, o
aumento dos níveis de cálcio no fígado, a partir de consumo de ATP, aumenta a conversão de
glicogênio em glicose, para que ele possa ser utilizado como fonte de energia pelo tecido
muscular, assim como o resto do corpo. Uma vez que é abundante o glicogênio hepático, a
conversão de glicogênio em glicose desencadeada por ATP fornece uma grande fonte de energia
para a célula do músculo, melhorando assim o desempenho do exercício.

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GTP

Trifosfato de guanosina, também conhecido como guanosina trifosfato ou GTP é uma purina.
Pode atuar como substrato para a síntese do RNA durante o processo de transcrição ou de DNA
durante a replicação.

É uma molécula de "transporte de energia", na forma de potencial de transferência de grupos


fosfato, assim como o ATP. É usado como fonte de energia para a síntese de proteínas e na
gliconeogênese.

GTP é essencial para a transmissão de sinais, especialmente com proteínas-G, em mecanismos


mensageiros secundários onde é convertido a guanosina difosfato (GDP) pela ação de GTPases.
O GTP atua, nesse sentido, no transporte de macromoléculas pelos poros nucleares, ligando-se
ao receptor de transporte nuclear. Essa ação permite a liberação de macromoléculas, geralmente
proteínas, no núcleo. Na continuidade do ciclo, o receptor de transporte volta ao citosol para ser
reutilizado, onde GTP é hidrolisado em GDP, liberando fosfato e o sítio de ligação da proteína.

Estrutura da GTP

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Receptores associados a proteínas G

Os receptores associados a proteínas G (GPCR, de G protein-coupled receptors), como o nome


implica, são receptores associados a um membro da família de proteínas de ligação a
nucleotídeos de guanosina (proteínas G).

Três componentes essenciais definem a transdução de sinalização via GPCR: um receptor na


membrana plasmática com sete segmentos helicoidais transmembrana, uma proteína G que
alterna entre as formas ativa (ligada a GTP) e inativa (ligada a GDP), e uma enzima efetora (ou
canal iônico) na membrana plasmática que é regulada pela proteína G ativada. A proteína G,
estimulada pelo receptor ativado, troca o GDP ligado a ela por GTP, e, então, dissocia-se do
receptor ocupado e liga-se à enzima efetora vizinha, alterando sua atividade.

A enzima ativada, então, gera um segundo mensageiro que afeta alvos a jusante. O genoma
humano codifica cerca de 350 GPCR que detectam hormônios, fatores de crescimento e outros
ligantes endógenos, e talvez 500 que atuam como receptores olfativos e gustativos.

Conclusão

O ATP e GTP tem como propriedades: combate à fadiga muscular; aumento da resistência física;
aumento da força muscular; estímulo do fluxo sanguíneo. O ATP é um composto derivado de
nucleotídeo em que a adenina é a base e o açúcar é a ribose. O conjunto adenina mais ribose é
chamado de adenosina. A união de adenosina com três radicais fosfato leva ao composto
adenosina trifosfato, ATP. As ligações que mantêm o segundo e o terceiro radicais fosfato presos
no ATP são altamente energéticas (liberam cerca de 7 Kcal/mol de substância). Assim, cada vez
que o terceiro fosfato se desliga do conjunto, ocorre a liberação de energia que o mantinha unido
ao ATP. É esta energia que é utilizada quando andamos, falamos, pensamos ou realizamos
qualquer trabalho celular.

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Referencias bibliográficas

 https://pt.wikipedia.org/wiki/Trifosfato_de_guanosina
 https://www.biologianet.com/biologia-celular/atp-adenosina-
trifosfato.htm
 https://www.biologianet.com/biologia-celular/atp-guanosina-
trifosfato.htm

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