06 Genética e Mutações

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GENÉTICA E MUTAÇÕES

Genética e Mutações

Mutação é uma alteração, natural ou induzida por algum agente mutagênico, que ocorre no genoma
(material genético do organismo ou vírus). Ela pode ocorrer tanto em células somáticas como em célu-
las germinativas, podendo, assim, ser herdada.

As mutações são as principais fontes de variabilidade genética, influenciando diretamente o processo


de evolução dos seres vivos. Podem ser classificadas de acordo com o lugar onde ocorrem e efeitos
causados.

Mutação é uma alteração que ocorre no material genético dos indivíduos. Podem originar-se de forma
natural, durante os processos de mitose, meiose ou síntese proteica, ou ser decorrente da ação de
algum agente mutagênico. Também podem ocorrer em três níveis:

Alterações que surgem de forma natural ou induzida no material genético dos organismos são denomi-
nadas mutações.

1. Molecular: pode também ser chamada de mutação genética ou pontual, afeta um nucleotídeo ou um
grupo de nucleotídeos do DNA;

2. Cromossômica: ocorre em mais de um gene, afetando, assim, a estrutura do cromossomo;

3. Genômica: altera o conjunto do genoma, podendo afetar o número total de cromossomos ou os


cromossomos presentes nos pares de forma individual. Esse tipo de mutação é responsável por causar
algumas síndromes, como a síndrome de Down.

Como ocorrem as mutações?

Como dito, as mutações surgem de forma natural ou podem ser induzidas por agentes mutagênicos,
isto é, substâncias químicas ou de natureza física que podem induzir as mutações, como os raios ul-
travioleta e raios X, bebidas alcoólicas, substâncias derivadas do tabaco, bem como alguns medica-
mentos.

As mutações ocorrem em virtude de alterações que surgem nos nucleotídeos do DNA, podendo ocorrer
por meio de alterações químicas nas bases nitrogenadas, erros na incorporação de nucleotídeos (in-
serção de uma base nitrogenada no lugar de outra), adição ou deleção de bases nitrogenadas, altera-
ções na estrutura e no número de cromossomos, entre outros fatores.

Muitas vezes, algumas dessas alterações que surgem são corrigidas antes da replicação do DNA.
Quando isso não ocorre, surge uma nova molécula com a alteração, e ela pode reproduzir-se, perpe-
tuando a mutação.

As mutações podem ocorrer em células somáticas ou germinativas. Quando surgem nas células somá-
ticas (células do corpo, exceto as reprodutivas), elas geralmente não são herdáveis, podendo causar
problemas como o desenvolvimento de tumores, envelhecimento precoce, malformações (quando
ocorre no período embrionário), entre outros.

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Quando ocorrem em células germinativas (células que originam os gametas), essas mutações são pas-
sadas aos descendentes, podendo causar diversas desordens genéticas, o surgimento de síndromes,
malformações e aborto.

Tipos de Mutações

As mutações podem ser classificadas de diferentes maneiras. Anteriormente, destacamos a sua clas-
sificação conforme o local onde ocorrem. Agora apresentamos alguns tipos de mutações conforme o
efeito que elas causam:

Mutação silenciosa: é um tipo de mutação molecular cuja mudança no nucleotídeo do DNA não altera
o aminoácido sintetizado.

Mutação com alteração ou perda de sentido: é também um tipo de mutação molecular, no entanto, a
mudança no nucleotídeo causa uma alteração que leva à síntese de um aminoácido diferente do espe-
rado.

Mutação sem sentido (nonsense): mutação molecular cuja alteração no nucleotídeo causa o surgimento
de um códon (sequência de três bases nitrogenadas) de término, indicando o fim da cadeia de amino-
ácidos. Assim, a proteína que está sendo sintetizada é cortada prematuramente.

Mutação frameshift: a inserção ou deleção de bases nitrogenadas altera a sequência de códons, o que
gera uma sequência diferente de aminoácidos ou, até mesmo, um códon de término.

Duplicação: mutação cromossômica na qual surgem cópias de determinado trecho do cromossomo,


podendo alterar a sequência de códons. Geralmente está relacionada com a perda desse trecho (de-
leção) no cromossomo homólogo.

Deleção: perda de um segmento de cromossomos, seja na extremidade, seja em seu interior. Esse tipo
de mutação cromossômica também pode ocasionar mudança na sequência de códons.

Importância das Mutações

As mutações, muitas vezes, são relacionadas a algo ruim, principalmente por estarem ligadas ao sur-
gimento de alguns tipos de tumores e síndromes. Entretanto, as mutações podem criar novos alelos e
novos genes, contribuindo para uma maior variabilidade genética.

A variabilidade genética amplia a capacidade das populações de lidarem com mudanças ambientais e
está sujeita à seleção natural, que eliminará ou preservará um determinado fenótipo (conjunto de ca-
racterísticas observáveis em um organismo) gerado por um determinado genótipo, sendo um fator es-
sencial no processo evolutivo.

Geralmente, quando a mutação faz surgir uma característica que confere uma determinada vantagem
ao indivíduo, ela é preservada. O genótipo das espécies é fruto de mutações vantajosas, que foram
preservadas ao longo do tempo pela seleção natural.

As mutações alteram a estrutura do DNA, composto por nucleotídeos. Essa mudança pode resultar
na síntese de uma proteína com função alterada. O DNA é constituído por íntrons como regiões não
codificantes - e éxons - regiões ditas “codificantes”-. Ou seja: trechos que contêm informação para a
síntese de proteínas.

Os genes presentes nos éxons são transcritos em RNA e, posteriormente, traduzidos em uma sequên-
cia de aminoácidos que dão estrutura e função à proteína. Sua sequência é determinada exatamente
de acordo com os códons presentes no RNAm.

Portanto, mudanças no material genético ocasionam a formação de um RNA mensageiro que con-
tém códons diferentes. Assim, poderá levar à síntese de uma proteína chamada de proteína mutada,
com sequência de aminoácidos diferente da que deveria ter.

Para melhor entender o processo de mutação genética, são necessários conhecimentos básicos sobre
as moléculas de DNA e RNA, bem como os processos de replicação, transcrição e síntese protéica (tra-
dução).

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Classificação das Mutações

As mutações podem ser classificadas de acordo com o tamanho da sequência alterada, tipo de altera-
ção feita e consequência dessa alteração:

Mutação Gênica

Ocorre em um nucleotídeo específico ou em sequências curtas de DNA e podem ser subdivididas em:

Mutação Pontual: é a alteração em um único nucleotídeo da cadeia. A Guanina pode se parear com a
Timina, a Adenina com a Citosina e vice-versa. Esse tipo de mutação, geralmente, é devido a erros na
replicação do DNA. Suas consequências podem ser de caráter silencioso (o RNAm gerado, embora
também contenha a informação alterada, resulta na formação da mesma proteína), não-silencioso ou
“missense” (a mutação no DNA acabou levando à alteração da sequência de aminoácidos constituintes
da proteína, podendo alterar sua estrutura e função) ou sem sentido, também chamado de mutação
“nonsense” (quando a alteração dos pares de bases gerou informação para “código de parada”, utili-
zado para sinalizar o fim da síntese da proteína e, dessa forma, a proteína fica sem aminoácidos em
sua cadeia e, com isso, sem função).

Inserção: é a adição de pares de bases na sequência do DNA. Esse tipo de mutação é muito comum
ao replicar as regiões de íntrons do DNA onde estão presentes grandes sequências repetitivas.

Deleção: é a exclusão de alguns poucos pares de bases no DNA. Esse tipo de mutação, assim como
a inserção, está mais relacionada com a replicação dos íntrons. Pode alterar a posição em que se
deveria iniciar a transcrição do DNA, como também mudar o RNAm gerado após o processo de Spli-
cing.

Mutação Cromossômica

São mutações que alteram grandes sequências de DNA, de modo que reflita até na estrutura do cro-
mossomo. Esse tipo de mutação também pode dividido em subgrupos:

Duplicação ou Amplificação: quando genes completos ou grandes sequências de nucleotídeos são du-
plicados ou inseridos em regiões onde não estariam normalmente.

Deleção: exclusão de genes completos ou de grandes sequências de DNA.

Embaralhamento de éxons: dois ou mais genes podem ser quebrados e religados para formarem
um gene híbrido, que contém segmentos de ambos os filamentos de DNA.

Transferência horizontal de genes: também chamada de transferência intercelular. O processo consiste


em transferir um pedaço de DNA do genoma de uma célula para como regiões não codificantes -
e éxons - regiões ditas “codificantes”-. Ou seja: trechos que contêm informação para a síntese de pro-
teínas.

Os genes presentes nos éxons são transcritos em RNA e, posteriormente, traduzidos em uma sequên-
cia de aminoácidos que dão estrutura e função à proteína. Sua sequência é determinada exatamente
de acordo com os códons presentes no RNAm.

Portanto, mudanças no material genético ocasionam a formação de um RNA mensageiro que con-
tém códons diferentes. Assim, poderá levar à síntese de uma proteína chamada de proteína mutada,
com sequência de aminoácidos diferente da que deveria ter.

Para melhor entender o processo de mutação genética, são necessários conhecimentos básicos sobre
as moléculas de DNA e RNA, bem como os processos de replicação, transcrição e síntese protéica (tra-
dução).

Classificação das Mutações

As mutações podem ser classificadas de acordo com o tamanho da sequência alterada, tipo de altera-
ção feita e consequência dessa alteração:

Mutação Gênica

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Ocorre em um nucleotídeo específico ou em sequências curtas de DNA e podem ser subdivididas em:

Mutação Pontual: é a alteração em um único nucleotídeo da cadeia. A Guanina pode se parear com a
Timina, a Adenina com a Citosina e vice-versa. Esse tipo de mutação, geralmente, é devido a erros na
replicação do DNA.

Suas consequências podem ser de caráter silencioso (o RNAm gerado, embora também contenha a
informação alterada, resulta na formação da mesma proteína), não-silencioso ou “missense” (a muta-
ção no DNA acabou levando à alteração da sequência de aminoácidos constituintes da proteína, po-
dendo alterar sua estrutura e função) ou sem sentido, também chamado de mutação “nonsense”
(quando a alteração dos pares de bases gerou informação para “código de parada”, utilizado para si-
nalizar o fim da síntese da proteína e, dessa forma, a proteína fica sem aminoácidos em sua cadeia e,
com isso, sem função).

Inserção: é a adição de pares de bases na sequência do DNA. Esse tipo de mutação é muito comum
ao replicar as regiões de íntrons do DNA onde estão presentes grandes sequências repetitivas.

Deleção: é a exclusão de alguns poucos pares de bases no DNA. Esse tipo de mutação, assim como
a inserção, está mais relacionada com a replicação dos íntrons. Pode alterar a posição em que se
deveria iniciar a transcrição do DNA, como também mudar o RNAm gerado após o processo de Spli-
cing.

Mutação Cromossômica

São mutações que alteram grandes sequências de DNA, de modo que reflita até na estrutura do cro-
mossomo. Esse tipo de mutação também pode dividido em subgrupos:

Duplicação ou Amplificação: quando genes completos ou grandes sequências de nucleotídeos são du-
plicados ou inseridos em regiões onde não estariam normalmente.

Deleção: exclusão de genes completos ou de grandes sequências de DNA.

Embaralhamento de éxons: dois ou mais genes podem ser quebrados e religados para formarem
um gene híbrido, que contém segmentos de ambos os filamentos de DNA.

Transferência horizontal de genes: também chamada de transferência intercelular. O processo consiste


em transferir um pedaço de DNA do genoma de uma célula para o de outra. É comum em procario-
tos que utilizam seus plasmídeos como vetores de transferência no processo de conjugação.

Mecanismos de Defesa contra as mutações

As mutações podem ser espontâneas, quando o motivo da alteração é devido a erros no processo de
replicação ou reparo do DNA.

Durante o processo de replicação, novos nucleotídeos são pareados com a fita molde para a síntese
da nova molécula de DNA. Esse pareamento pode ocorrer de forma inadequada. Uma vez a sequência
de bases é alterada, levará a uma molécula de RNA mensageiro com informação diferente para a sín-
tese de uma proteína específica.

Outro motivo que favorece as mutações no DNA é a exposição a certas condições, como raios X, subs-
tâncias radioativas, raio ultravioleta e outros fatores que podem promover essas alterações. Essas con-
dições são chamadas de agentes mutagênicos. A origem da mutação, nesse caso, é conhecida
como induzida.

A célula, principalmente a eucariótica, se detém de mecanismos de defesa contra essas alterações.


Os mecanismos de reparo do DNA modulado por enzimas presentes no núcleo, conhecidas como en-
donucleases, corrigem o DNA ao encontrar algum erro no pareamento, o que diminui a incidência de
mutações pontuais.

Ao sinal de alteração de grandes trechos do DNA, a célula pode sinalizar para as células vizinhas sua
situação. Não havendo outra forma de corrigir a mutação, a célula pode decidir morrer, ativando o pro-
cesso de apoptose (morte celular programada).

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Outra maneira de lidar com as alterações cromossômicas é aumentar as chances das mutações serem
de caráter silencioso, não alterando a estrutura protéica formada a partir dela. Dessa forma, vários có-
dons diferentes conferem a característica do mesmo aminoácido, fazendo com que o código genético
seja “regenerado”

Consequências das Mutações

As mutações podem ocorrer em células somáticas. Neste caso, a mutação não é hereditária, isso é, o
indivíduo portador não passará essa mutação aos seus descendentes.

Se a mutação ocorrer nas células germinativas do indivíduo, essas células mutadas gerarão gametas
mutados. Dessa forma, a informação alterada será passada adiante, gerando descendentes com a
mesma mutação.

Temos como exemplo indivíduos com anemia falciforme. Esse tipo de anemia é caracterizado pelo
formato de foice das hemácias, além de estrutura mais rígida, o que dificulta o transporte de oxigê-
nio entre os vasos de menor calibre.

A origem dessa patologia é uma mutação hereditária que substitui duas bases nitrogenadas na estru-
tura do DNA responsável pela síntese da hemoglobina.

Na estrutura do DNA sem a mutação, há uma sequência de bases na seguinte ordem: Citosina, Timina,
Citosina.No processo de transcrição, essa região será transcrita no RNAm como Guanina, Ade-
nina, Guanina, e esse códon (GAG) é correspondente ao aminoácido ácido glutâmico.

Em indivíduos portadores da anemia falciforme, a Timina presente no segmento de DNA é substituída


pela Adenina. O RNAm gerado, portanto, terá como sequência Guanina, Uracila (o RNA não possui
Timina) e Guanina, códon este (GUG) que codifica a Valina.

Então, a alteração de um único nucleotídeo no DNA gera um códon para um aminoácido diferente que
altera toda a estrutura da hemoglobina e, consequentemente, da hemácia.

Na imagem abaixo temos um exemplo de patologia causada por mutação, a anemia falciforme. Em um
código genético sem mutação, o DNA contém um trecho de citosina, timina e citosina CTC) que, ao ser
transcrito, gera o códon GAG, que é correspondente ao Glutamato. Este é inserido na cadeia polipep-
tídica da hemoglobina, o que gera uma hemácia saudável. Em indivíduos com anemia falciforme, O
DNA sofre uma mutação e o trecho passa a ser CAC. Com uma troca da timina pela adenina, esse
trecho é transcrito em um códon GUG, que é correspondente a Valina. Esta é incorporada à hemoglo-
bina, tornando-a mutada e alterando toda a conformação da hemácia, que fica no formato de foice, não
tão eficaz no transporte de oxigênio.

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Esquema da Mutação que acarreta a patologia anemia falciforme.

As alterações genéticas ocorridas ao acaso garantem mudanças na estrutura protéica, o que ocasiona
alteração de funções.

Algumas mutações fazem com que as proteínas geradas percam suas funções, enquanto outras mu-
tações geram proteínas com ganhos de função. Essas alterações de função não são, necessariamente,
prejudiciais ao organismo.

Algumas alterações fazem do indivíduo mais apto a sobreviver em determinado ambiente, o que faz
com que sua mutação acabe se tornando uma característica adaptativa. No processo de seleção natu-
ral, por exemplo, foram gerados indivíduos mais adaptados a determinadas condições.

Todos os dias as suas células produzem proteínas que contêm aminoácidos em uma certa sequência.

Imagine, por exemplo, que em um certo dia uma célula da epiderme de sua pele produza uma proteína
diferente. Suponha também que essa proteína seja uma enzima que atue em uma reação química que
leva a produção de um pigmento amarelo em vez do pigmento normalmente encontrado na pele, a
melanina. Essa célula se multiplica e de repente aparece uma mancha amarelada em sua pele.

Provavelmente essa proteína poderá ter sofrido uma alteração em sua sequência de aminoácidos,
tendo havido a substituição de um aminoácido por outro, o que acarretou uma mudança em seu meca-
nismo de atuação e, como consequência levou à produção de um pigmento de cor diferente. Agora,
como a sequência de aminoácidos em uma proteína é determinada pela ação de um certo gene que
conduz à síntese do pigmento.

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Essa alteração na sequência de bases na molécula de DNA constituinte do gene é que se chama de
mutação gênica.

O albinismo é causada por uma mutação na enzima tirozinase que transforma o aminoácido tirozina
em pigmento da pele, a melanina. Esta doença ocorre em animais e nas plantas e é hereditária.

A mutação e suas Consequências

Se a alteração na sequência de aminoácidos na proteína não afetar o funcionamento da molécula e


não prejudicar o organismo, de modo geral ela passa despercebida, é indiferente.

Outras vezes, a alteração leva a um favorecimento. Imagine, por exemplo, que uma certa célula do seu
intestino passe a produzir uma enzima chamada celulase, capaz de digerir a celulose dos vegetais que
você come. provavelmente a mutação que levou a esse erro será vantajosa para você, que poderá
eventualmente até alimentar-se de papel picado.

Muitas vezes, porém, a mutação pode ser prejudicial. Na anemia falciforme, a substituição do aminoá-
cido ácido glutâmico pelo aminoácido valina, em uma das cadeias de hemoglobina, conduza a uma
alteração na forma da proteína toda. Essa alteração muda o formato do glóbulo vermelho, que passa a
ser incapaz de transportar oxigênio. Outra consequência, grave, é que hemácias com formato de foice
grudam umas nas outras nos capilares sanguíneos, o que pode provocar obstruções no trajeto para os
tecidos.

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As Mutações são Hereditárias

Dependendo da célula em que a mutação ocorre, ela pode ser transmitida à descendência. Nas supo-
sições que fizemos, relacionadas ao pigmento da pele e à enzima celulase, evidentemente que não
ocorrerá a transmissão dos genes mutantes para os filhos.

Trata-se de mutações somáticas, ou seja, ocorreram em células não envolvidas na confecção de ga-
metas.

Já a mutação que conduziu à anemia falciforme, deve ter ocorrido, no passado, em células da linhagem
germinativa de algum antepassado. O gene anômalo, então sugerido, deve ter sido transportado por
um gameta e daí se espalhou pela espécie humana.

As Causas das Mutações

De maneira geral, as mutações ocorrem como consequência de erro no processo de duplicação do


DNA. Acontecem em uma baixíssima frequência. Muitas delas, inclusive, são corrigidas por mecanis-
mos especiais, como, por exemplo, a ação do gene p53 que evita a formação de tumores.

Há, no entanto, certos agentes do ambiente que podem aumentar a taxa de ocorrência de erros gené-
ticos. Entre esses agentes mutagênicos podemos citar: substâncias existentes no fumo, os raios X, a
luz ultravioleta, o gás mostarda, ácido nitroso e algumas corantes existentes nos alimentos. Não é à
toa que, em muitos países, é crescente a preocupação com a diminuição da espessura da camada do
gás ozônio (O3), que circunda a atmosfera terrestre. Esse gás atua como filtro de luz ultravioleta pro-
veniente do Sol. Com a diminuição da sua espessura, aumenta a incidência desse tipo de radiação, o
que pode afetar a pele das pessoas. Ocorrem lesões no material genético, que podem levar a certos
tipos de câncer de pele.

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