2016 Artigo Arte Unioeste Neivaterezinhaziliottodick
2016 Artigo Arte Unioeste Neivaterezinhaziliottodick
2016 Artigo Arte Unioeste Neivaterezinhaziliottodick
AMBIENTE ESCOLAR
Resumo: A arte contemporânea transforma o ser humano desde o aspecto de pensar e agir
perante seus semelhantes, buscando assim a transformação por meio da expressão artística. Com a
prática de pintura mural, permitiu-se ao aluno uma ressignificação do olhar sobre o cotidiano no qual
está inserido. Tal estudo teve como base pictórica os muralistas Poty Lazzarotto, Cândido Portinari e
Alfaro Siqueiros; e os principais autores Anne Cauquilin, René Huyghe e Ernst Fischer. Foram
pesquisadas manifestações e artistas contemporâneos que acreditaram na arte produzida “para o
povo”. O tema aborda a arte contemporânea, conteúdo que faz parte do PTD ( Plano de Trabalho
Docente) e permitiu um maior conhecimento sobre a arte atual e consequentemente sua relação com
a sociedade. As reflexões foram de suma importância para que os mesmos compreendessem a
proposta apresentada, desta forma, a implementação do projeto de pesquisa oportunizou aos
educandos um novo olhar, sensibilizando-os para a prática artística valorizando e preservando o
ambiente escolar.
INTRODUÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Produzir arte com grafite é de suma importância, pois além do aluno conhecer
a história, suas origens, também percebe a diferença entre pichar e grafitar, pois
ambos são muito diferentes. O grafite expressa uma crítica social, já a pichação é
considerada uma atitude de vandalismo.
Olha o que diz Anne Cauquelin (2005, p. 94):
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A cada encontro os alunos vinham com novidades que buscavam nas mídias
e já sinalizavam mudanças de estratégias no projeto, momentos gratificantes. Após
um ano de afastamento de sala aula para o PDE, era perceptível que o entusiasmo
não era só meu e sim da turma, que buscava além da produção, o conhecimento e o
crescimento coletivo.
Inúmeras reflexões surgiram durante e após as escolhas do que e como
registrar as produções coletivas nos espaços do muro do colégio, constatando-se
que a arte provocou a curiosidade e a sensibilidade dos grupos e das demais turmas
da escola, produzindo assim uma pintura/mural em toda sua extensão, com apoio e
auxílio de toda a comunidade escolar. Diante dos inúmeros enfrentamentos no
cotidiano das salas de aula, percebem-se atualmente, na maior parte das escolas
que há falta de espaço físico para realização de atividades artísticas, a escassez de
materiais e a falta de contato direto com obras de arte em museus, galerias,
memoriais e arte pública, o que tem dificultado o processo de construção do ensino
aprendizagem.
A princípio o objetivo era aplicar a Unidade Didática com a turma citada
anteriormente, como surgiu o interesse de todas as turmas e do Projeto Ginga
(grafite) da Unioeste de Toledo e Marechal Cândido Rondon em “fazer parte”, houve
empenho e apoio da direção do colégio em convidar os demais professores em
“abraçar o projeto”, escolhendo uma turma e um tema disponibilizado pelo Programa
Ensino Médio Inovador (PROEMI), e outros temas transversais abordados nas
disciplinas. Em toda caminhada percorrida até então, jamais imaginava desenvolver
e coordenar um projeto de tamanha extensão.
Trabalhar com a arte contemporânea exige, do docente, além do
conhecimento, envolvimento e desprendimento de preconceitos para compreendê-la
e apreciá-la. É um desafio a ser superado. Percebe-se, no cotidiano escolar, a
necessidade de um aprofundamento teórico-prático sobre o tema, para o
desenvolvimento das atividades pedagógicas em sala de aula que levem o
educando a conhecer e refletir sobre sua realidade, de modo a superá-la e
transformá-la. Para toda atividade educativa, se faz necessário um bom
planejamento. A importância de um projeto que sistematize o que se quer como
propósito, quais os conteúdos serão abordados, assim como quais materiais e
espaços a serem trabalhados, são ações que definem o sucesso de um bom
trabalho. Cada artista escolhido fez história em seu tempo, com características e
técnicas próprias de composição artística.
Duarte Júnior (1991) classifica a Arte através de três dimensões: a
sociocultural, que aponta o pensamento artístico como causa da preservação da
cultura de um determinado grupo social num determinado tempo; a dimensão
currículo-escolar, na qual a arte como área específica leva o aluno a estabelecer
conexões com outras disciplinas do currículo - a Geografia e a História, por exemplo;
e a dimensão psicológica, que observa a educação em arte como promotora de um
pensamento capaz de fazer com que o indivíduo possa relacionar-se com outros
levando em conta uma maior afetividade, além do desenvolvimento da criatividade.
A intenção de utilizar artistas de contextos diferentes: o paranaense Poty
Lazzarotto, o brasileiro Cândido Portinari e o mexicano David Siqueiros, reforçam a
importância da apreciação em arte através das reflexões da leitura de imagens. É
um dos pontos importantes do ensino da Arte, pois o nosso cotidiano é repleto de
variedades de imagens, produtos, propagandas e de mídias digitais. O nosso aluno
tem contato diário com essa enxurrada de imagens, muitas com informações
positivas e outras negativas. Na escola prioriza-se trabalhar o exercício de análise
para que o aluno possa refletir e analisar e assim fazer uma leitura mais crítica.
REFERÊNCIAS
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2002.
BEDOIN, Graziela; MENEZES, Kátia (Org.). Por trás dos muros: horizontes sociais
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1998.
HUYGHE, René. Sentido e destino da arte: arte e comunicação. 29. ed. Lisboa:
Edições 70, 1986.2 v.
ROSSI, Maria Helena Wagner. Imagens que falam: leitura da arte na escola. 5. ed.
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SANTANA, Ana Lúcia. Arte contemporânea. 2016. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/artes/arte-contemporanea/>. Acesso em: jun. 2016.
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<http://lounge.obviousmag.org/taberna_das_artes/2012/10/uma-arte-publica-quase-
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SYNEK, Manuela. Arte Urbana: texto de apresentação. 25 set. 2010. Disponível em:
<http://www.artecapital.net/recomendacoes_ev.php?ref=105>.