Introducao Alimentar

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INTRODUÇÃO ALIMENTAR

 Alimentação complementar de transição:

É a alimentação especialmente preparada para a criança até que ela possa receber
alimentos da mesma consistencia da família. Os alimentos devem ser oferecidos
inicialmente na forma de papa, passando-se a apresentá-los em pequenos pedaços dos 9-
11 meses e, aos 12 meses, na mesma consistencia que são consumidos pela família.

Água: deve ser oferecida no intervalo das refeições, respeitando a aceitação da criança.
Aumentar a oferta nos dias mais quentes. Água de coco pode ser oferecida após o 6º
mês, mas não substitui a água!

Frutas: devem ser oferecidas na forma de papa, raspadas ou amassadas. Nenhuma fruta
é contra-indicada.

Sucos naturais: devem ser evitados até 1 ano de idade.

Papas principais: a primeira papa principal deve ser oferecida a partir do 6º mês , no
horário do almoço ou jantar, complementando-se a refeição com o leite materno até que
a criança se mostre saciada apenas com a papa. A segunda papa principal deverá ser
oferecida a partir do sétimo mês de vida.

A refeição deverá conter pelo menos 1 alimento de cada um dos seguintes grupos:

 Cereais ou tubérculos

 Leguminosas

 Carne: vaca, ave, suína, peixe, vísceras ou ovo. Lembrando que as


vísceras quando ultilizadas deverão sofrer cozimento atento e demorado)

 Hortaliças

Não utilizar nenhum condimento industrializado. Pode-se usar temperos variados como
cebola, alho, cheiro verde, manjericão e pimentão. Não acrescentar sal até 1 ano. A
papa deve ser amassada, sem peneirar ou liquidificar. Após cozido, amassar e
acrescentar uma colher de sobremesa de azeite de oliva extra-virgem.

Obs: O óleo para o preparo deve ser o que contém ácido linoleico e alfa-linolênico em proporções
adequadas (5 a 15:1), para melhor absorção do ômega 3, como óleo de soja e canola. Deve ser usado na
quantidade de 3 a 3,5 ml por cada 100mL ou 100 gramas de preparação4,5. O consumo de peixes deve ser
estimulado, principalmente o arenque, sardinha e salmão, devido ao aporte de DHA.
Dos 6 aos 11 meses , acriança amamentada estará recebendo 4 refeições com alimentos
complementares ao dia (2 papas principais e 2 porções de frutas).

A partir de 12 meses, acrescentar às três refeicões mais dois lanches ao dia com frutas
ou leite. Deve-se também oferecer frutas como sobremesa.

Cereal ou Leguminosa Proteína Animal Hortaliças


Tubérculo (50-70g/dia)

Arroz Feijão Carne bovina Verduras

Milho Soja Vísceras Legumes

Macarrão Ervilha Carne de aves

Batata Lentilhas Carne suína

Mandioca Grão-de-bico Carne de peixe

Inhame Ovos

Cará

Aveia

Trigo

Proibido:

Iorgutes, danoinho, doces, açúcar, mel, achocolatados, suco artificial, refrigerantes e


industrializados em geral. Esses alimentos alem de reduzir o apetite da criança e competir
com os alimentos nutrituivos estão associados a anemia, ao excesso de peso e às alergias
alimentares.

Recomendações:
IDADE TEXTURA QUANTIDADE
A partir de 6 meses Alimentos amassados Iniciar com 2 ou 3 colheres de sopa e ir
aumentando conforme aceitação
A partir de 7 meses Alimentos amassados 2/3 de uma xícara ou tigela de 250ml
9 a 11 meses Alimentos cortados ou ¾ de uma xícara ou tigela de 250ml
levemente amassados
12 a 24 meses Alimentos cortados Uma xícara ou tigela de 250ml
Procedimento para a higienização de hortaliças, frutas e legumes:
1. Selecionar, retirando as folhas e ou partes deterioradas;
2. Vegetais folhosos (alface, escarola, rúcula, agrião, etc.) devem ser lavados em água corrente,
folha a folha e as frutas e legumes, um a um;
3. Colocar de molho por 10 minutos em solução de hipoclorito de sódio 2,5% (20 gotas de
hipoclorito para um litro de água), pode ser utilizado o vinagre, mas a eficácia do hipoclorito é
maior;
4. Enxaguar;
5. Para reduzir o risco de contaminação dos alimentos por agrotóxicos, preconiza-se a utilização de
bicarbonato de sódio a 1% (imergir as frutas e verduras por 10 minutos em solução de uma colher
de sopa de bicarbonato para 1 litro de água);
6. Enxaguar;
7. Manter sob refrigeração até a hora de servir.

Atenção a esses itens:


1. Limites: onde, quando, o quê e quanto comer.
2. Distrações: evitar barulhos, brinquedos, televisão, tabletes, celulares e outras mídias que possam
tirar o foco da ação principal: comer. A criança precisa saber de um modo lúdico que o ato de
comer é prazeroso, odores e sabores precisam ser aprendidos.
3. Apetite: existe um controle central do apetite, que é acionado pela queda na glicemia, além de
outros hormônios que irão atuar somente se um jejum de três a quatro horas ocorrer, chamados de
“intervalos alimentares”.
4. Atitude Neutra: reações extremas de felicidade ou “dureza” podem interferir no desenvolvimento
do hábito alimentar.
5. Duração: comer não deve ser um martírio, mas um prazer, 30 minutos é o tempo máximo para
uma refeição, se durar mais que isso, tem algo errado nos itens acima citados.
6. Comida apropriada para idade: tipos de alimentos e texturas.
7. Novos Alimentos: cada novo alimento apresentado, se rejeitado deve ser reapresentado de 10 a
15 vezes. Não desistir! Não colocar rótulos tipo “ele não gosta disso”.
8. Autonomia: a introdução alimentar e seu seguimento deve acompanhar os marcos do
desenvolvimento da criança, sentar, mastigar, pegar o alimento com a mão e levar a boca, usar o
talher começando com a colher, tudo de modo lúdico e agradável.
9. Bagunça: como já dissemos, comer é um momento lúdico, passo a passo, deixe a criança se sujar,
depois vamos limpar juntos, mas sendo propositalmente repetitivo: comer deve ser prazer e não
momentos de terror, angústia e ansiedade.

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