Apostila AT3

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Antigo Testamento 3 SEMINÁRIO TEOLÓGICO PENTECOSTAL DO BRASIL

Rua Hélcio Rodrigues, 431, Jd. Novo 2, Mogi Guaçu, SP


Tel.: 19 3569-2849
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SETEPEB
Seminário Teológico Pentecostal do Brasil

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivamento em qualquer sistema de
banco de dados sem permissão Núcleo de Educação a Distância – SETEPEB.

SEMINÁRIO TEOLÓGICO PENTECOSTAL DO BRASIL

Diretor Honorário: Rev. Daniel Silva de Oliveira


Diretoria Executiva: Pr. Heitor Frugulli
Secretaria Acadêmica: Dc.Jezemiel Pereira Ramos
Coordenadora Pedagógica: Prof Maria Gersi Tonholo
Instituição Mantenedora: Igreja de Cristo Pentecostal no Brasil

NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD

Coordenação geral de EAD: Pr. Heitor Frugulli


Coordenação acadêmica: Dc. Jezemiel Pereira Ramos
Coordenação pedagógica: Profª. Maria Gersi Tonholo
Coordenação Operacional:
cional: Vanessa Alves Ferreira Ramos
Escritor do Material: Isaac Pinto de Oliveira

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Járdim Novo II – 13.848--340
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Prezado(a) Aluno(a),

vindo(a) à disciplina ANTIGO TESTAMENTO 3


Seja bem-vindo(a)

Nós da Equipe NEAD SETEPEB, temos o prazer de lhe apresentar o material


de ensino à distância do SETEPEB, um material preparado exclusivamente para os
alunos da nossa instituição e pensado de forma a atender às necessidades do reino de
Deus e os anseios de conhecimento de cada um. Poder chegar até você com esse
material é um marco na história do ensino teológico do SETEPEB, e por isso
queremos zelar para que a história continue sendo delineada pelos cuidados do Senhor.

O envio correto de seus portfólios,


portfólios, avaliações intermediárias e avaliação Final são
de suma importância para uma boa formação teológica.
teológica. O saber está intimamente
ligado ao ler, portanto não deixe de fazer as leituras indicadas pelos nossos
professores, em alguns momentos você verá que que autores divergem sobre assuntos de
suma importância teológica, é aí que podemos definir o que realmente nos dará um
norte para seguirmos em frente.

Contamos com sua colaboração para que possamos melhorar esse conteúdo à
cada versão, portanto seja um colaborador
colaborador de melhorias, nos enviando suas sugestões
para [email protected].

Antigo Testamento 3
Você está recebendo o material de AT-3
AT 3 que tratará a respeito dos Livros
Poéticos e Sapienciais. Afinal, O que é tratado
tratado no Livro de Jó? Qual a finalidade do
Livro de Salmos? Quais os propósitos enunciados no Livro de Provérbios?
Provérbios Qual o
objetivo do Livro de Eclesiastes?
Eclesiastes Do que fala o Livro de Cântico dos Cânticos?
Cânticos Essas
questões serão tratadas com bastante cuidado durantes nossas aulas, avaliações
intermediárias e portfólio.

Esperamos que durante seus estudos, você aprenda e reflita de forma abundante a
respeito dessas questões e tantas outras que virão. A reflexão nos faz ir além daquilo
que é comum, convencional,
convencional, permitindo ampliar nossos conhecimentos e horizontes.

Que esse material lhe seja útil de forma abrangente e impactante.

É um prazer contar com você nessa jornada! Sigamos em frente juntos.

Tenha um ótimo estudo!

Pr. Heitor Fruguli


Diretor do SETEPEB

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SUMÁRIO_________________________________
ANTIGO TESTAMENTO 3

Introdução......................................................................................
.................................................................................................
...............................5

Resumo para a Avaliação Intermediária 1.............................................................


1 ..............................12

I – Jó.........................................
...........................................................................................1
..............................13

Resumo para a Avaliação Intermediária 2...............................................................2


..............................21

II – Salmos..................................................................................................................
Salmos............................................................................. ..............................23

Resumo para a Avaliação Intermediária


Intermed 3..............................................................
..............................30

III – Provérbios..........................................................................................................
Provérbios........................................................................ ...........................31

Resumo para a Avaliação Intermediária 4.............................................................34


............................................34

IV – Eclesiastes....................................................................................
Eclesiastes..........................................................................................................36

V – Cântico dos Cânticos......................................................................


Cânticos......................................................... ...........................39

Resumo para a Avaliação Intermediária 5.............................................................45


5.......................................................

I.
II. Adendo: Entendendo Corretamente os Salmos Imprecatórios......................46
Imprecatórios.

Bibliografia........................................................................................
.............................................................................................
.......................49
4
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Introdução.

Os Livros Poéticos (Salmos e Cânticos dos Cânticos) e Sapienciais (Jó, Provérbios e


Eclesiastes) da Bíblia são os escritos inspirados
inspirados no Antigo Testamento cujo tema é
exclusivamente didático-sapiencial.
sapiencial. O Oriente Antigo sempre esteve voltado para a
poesia e o estudo da sabedoria de tal modo que Israel também recebeu grande
influência.

Hoje o mundo literário conhece algumas is: a egípcia de Ptah


alguma documentações sapienciais:
Hotep (séc. XXVII a.C.); a sabedoria de Ka-gemmi (séc. XXX a.C.); os provérbios de
Amenemope (seus maiores contatos são com os textos bíblicos de Provérbios 22:17 –
24:22); As Instruções de Amenemat (séc. XX a.C.), etc.

A Mesopotâmia também foi outro centro de cultura sapiencial. O deus da sabedoria


Marduque é louvado no poema didático de Ludlul Belnimeki “Louvarei o senhor da
sabedoria”. O Poema do justo sofredor, da biblioteca de Assurbanípal (669-626);
(669 o
Qohelet babilônio,, de característica pessimista. A sabedoria mesopotâmica também se
preocupava com o bem-estarestar temporal e as sentenças ricas de bom senso vêm num
colorido literário muito forte.

Os israelitas por estarem inseridos no meio de povos que se dedicavam ao estudo da


sabedoria experimentaram sua forte influencia. Por exemplo, o nome de Salomão ficou
eternizado como símbolo de sabedoria e a própria Escritura Sagrada lhe faz o maior
elogio através das palavras da rainha de Sabá quando lhe disse: “...Foi verdade a
palavra que a teu respeito ouvi na minha terra e a respeito da tua sabedoria (...)
Eu, contudo, não cria naquelas palavras, até que vim e vi com os meus próprios
olhos. Eis que não me contaram a metade: sobrepujas em sabedoria e
prosperidade a fama que ouvi...” (1º Reis 10:6,7).

Por fim todos os povos tem sua literatura e ela revela que esse costume é universal.
Além da literatura egípcia, mesopotâmica, e babilônica,, existem as literaturas: grega,
romana, chinesa, celtas, etc.,
etc. que também contém seus provérbios. Os provérbios
p são
excelentes instrumentos didáticos, a maioria das religiões têm se utilizado dos
provérbios, eles também são úteis no ensino de princípios éticos e para manifestar
expressões de bom senso ou entre o verdadeiro e o falso.

Os livros sapienciais além da Sabedoria Humana falam da Sabedoria Divina,


Divina como
um dos mais belos e importantes atributos de Deus. Muitos eruditos entendem que na
literatura sapiencial bíblica os atributos de Deus se resumem numa palavra
“Sabedoria”, A Teologiaogia Sistemática destaca como atributos divinos: amor, vida,
onisciência, onipresença, onipotência, justiça, misericórdia, o sábio destaca como
Sabedoria de Deus.

Ordem dos Livros na Bíblia Hebraica:

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Os Livros da Bíblia Hebraica são ordenados em três seções:


se

A. Torá – Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, e Deuteronômio.

B. Os Profetas (Neviim) estão subdivididos em dois grupos:

1º. Profetas Anteriores – Formados por Josué, Juízes, Samuel, Reis. Reis Na nossa
Bíblia corresponde aos livros históricos: Josué, Juízes, 1º e 2º Samuel, 1º e 2 º
Reis.

2º. Profetas Posteriores – Formados por três profetas maiores: Isaías, Jeremias,
Ezequiel e Doze profetas menores: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas,
Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, e Malaquias, são
assim nomeados
eados porque os seus conteúdos ou seus escritos são menores que os
escritos dos “três profetas maiores”.

C. Os Escritos (ketuvim) são compostos dos seguintes livros: Salmos, Provérbios, Jó,
Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Neemias, e
Crônicas.

Ainda que os “Escritos” da Bíblia Hebraica não contenham mandamentos


específicos de Deus como se encontra nos livros Proféticos, contudo eles são
essenciais para a edificação do povo de Deus:

a. São fornecedores de padrões para oração e louvor;

b. Expõe de maneira compreensiva o trabalho de Deus na história universal e


particularmente na nação de Israel;

c. Faz o leitor ficar atento para as lições que devem ser extraídas da criação e do
ambiente social humano;

d. Retratam o comportamento e as reações ansiosas e iradas de um povo que


procura ser fiel diante dos mistérios dos caminhos de Deus;

e. São úteis como modelos para encorajar a devoção que o povo de Deus deve
manter apesar da fragilidade humana e das contrariedades da vida.

A versão da Bíblia Septuaginta – LXX, seus livros são ordenados de acordo com seu
gênero literário e não de acordo a Bíblia Hebraica, portanto as versões brasileiras
seguem a mesma ordem da Septuaginta e os livros poéticos do Antigo Testamento
são: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, e Cântico dos Cânticos ou Cantares de
Salomão, exceto os poéticos: Odes, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico ou Sirácida,
e Salmos de Salomão.

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Os especialistas em assuntos bíblicos concordam que este grupo de livros pertence


pertenc à
Idade de Ouro da história dos hebreus, que foram as épocas de Davi e de Salomão.

Entre os cinco livros poéticos, existem três que são considerados sapienciais ou livros
da sabedoria divina, mas sua forma literária é poética:
poética

 O livro de Jó apresenta sabedoria


sabedoria para quem está passando por sofrimentos ou
provações;

 O livro de Provérbios apresenta sabedoria, ensino teórico e prático para quem quer
conseguir maturidade na vida espiritual e material;

 O livro de Esclesiastes apresenta sabedoria espiritual e filosófica para quem


procura a razão de viver (Eclesiastes 7:17,18).

A Poesia Hebraica e Suas Características:

O estudante de Teologia ao estudar estes livros chamados poéticos vai descobrir um


tipo de literatura que se chama “Poesia
“P Hebraica”, ela não tem métrica nem rima como
é a maioria das nossas poesias no idioma português.

i) Poesia. Arte de escrever em verso. Composição poética de pequena extensão.

ii) Poeta. É alguém que expressa suas ideias mediante imagens verbais e outros
artifícios literários. O poeta é hábil em expressar com poucas palavras os seus
sentimentos, pois ele é criativo, e tem capacidade de transmiti-los
transmiti los numa linguagem
inspirada e reveladora.

iii) Métrica. Arte que ensina os elementos necessários à feitura de versos medidos.
Sistema de versificação particular a um poeta.

iv) Rima. Repetição de um som no final de dois ou mais versos, ou Repetição, no


meio dum verso, de som que termina o verso anterior, ou Repetição
Repetição de um som em
mais de uma palavra de um mesmo verso.

Exemplos de Rima com repetição de um som:


som

Hinos do “Hinário Cristão Pentecostal” Propriedade da ICPB


Nº 371 Nº 373
Ouvi vós, povos da terra, Vejo no céu resplendente,
Quer vos salvar o Senhor. Do sol a clara Luz;
Quanta bondade se encerra, Quero viver tão somente,
Nestas palavras de amor. Brilhando por Jesus.

v) Paralelismo. A existência da d poesia hebraica com todas suas características


próprias, é apenas um setor básico da imensa coleção de poesiass líricas do Antigo
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Oriente Próximo especificamente na Mesopotâmia e Egito.


Egito A poesia hebraica
tornou-se
se relevante através dos músicos e cantores de Canaã, bem como da
Mesopotâmia e Egit. Israel também se destacou neste gênero literário dando ao
mundo cultural do seu tempo uma grande contribuição nesse sentido.

Na poesia hebraica não existe a rima sonora ou de sons, mas, rima de ideias que se
denomina “Paralelismo
Paralelismo”.

Existem duas obras clássicas


ássicas de dois autores ingleses que como ninguém se
aprofundou neste
este assunto.
assunto Robert Lowth, professor de poesia em Oxford, Inglaterra
a mais antiga universidade do mundo anglo-saxônico,
anglo foi quem primeiro
p chamou a
atenção para o princípio fundamental da poesia hebraica,, através de sua obra
“LEITURAS ACADÊMICAS SOBRE A POESIA SAGRADA DOS HEBREUS”, obra
publicada em latim em 1753, e Jorge Buchanan Gray, bispo de Londres professor
de hebraico no Colégio Mansfield, com sua obra “FORMAS DA POESIA
HEBRAICA”.

Paralelismo é uma ideiaia afirmada e logo em seguida é novamente expressa com


palavras diferentes sendo que os conceitos das duas linhas se equivalem
eq de forma
aproximada.

Os tipos de Paralelismo foram classificados por Robert Lowth em vários modos ou


categorias.

O paralelismo hebraico toma várias formas que só através de exemplos práticos


poderão ser demonstrados.
demonstrados

Abaixo serão demonstrados vários modos de Paralelismo:

1º. Paralelismo Sinonímico:


Sinonímico

Este paralelismo tem o objetivo de apresentar o segundo verso poético paralelo


de modo que comunique a mesma ideia contida no primeiro, para dar ênfase,
isto é, a segunda linha do verso repete a primeira com palavras um pouco
diferente.

Provérbios 28:12:
Primeira Linha – Na vereda da justiça, está a vida,
Segunda Linha – e no caminho da sua carreira não há morte.
morte

Cântico dos Cânticos 2:1:


2:1
Primeira Linha – Eu sou a rosa de Sarom,
Segunda Linha – o lírio dos vales.
vales

Salmo 1:2:
Primeira Linha – Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor

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Segunda Linha – e na sua lei medita de dia e de noite.

2º. Paralelismo Antitético:


Antitético

Coloca dois versos poéticos um contra o outro, a fim de forma um contraste,


isto é, as ideias
ias são contrárias,
contrárias a segunda linha do verso faz contraste com a
primeira.

Salmo 1:6:
Primeira Linha – Pois o Senhor
Se r conhece o caminho dos justos,
Segunda Linha – mas o caminho dos ímpios perecerá.
perecerá

Provérbios 10:12:
Primeira Linha – O ódio excita contendas,
Segunda Linha – mas o amor cobre todas as transgressões.
transgressões

3º. Paralelismo Sintético:


Sintético

A segunda do verso complementa o pensamento da primeira linha enriquecendo


o pensamento original.

Salmo 23:1:
Primeira Linha – O Senhor é o meu pastor;
Segunda Linha – nada me faltará.
faltará

Provérbios 4:23:
Primeira Linha – Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração,
Segunda Linha – porque dele procedem as fontes da vida.
vida

4º. Paralelismo Simbólico:

A primeira linha do verso é completada pelo pensamento da segunda linha.


linha

Salmo 42:1:
Primeira Linha – Como suspira a corça pelas correntes dass águas,
Segunda Linha – assim, por
p ti, ó Deus, suspira a minha alma.
alma

Provérbios 11:22:
Primeira Linha – Como jóia de ouro em focinho de porco,
Segunda Linha – assim é a mulher formosa que não tem discrição.
discrição

5º. Paralelismo Binósfico:

A primeira linha é seguida por diferentes tipos de paralelismos ou a mistura


com diferentes tipos de paralelismo.
paralelismo

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Salmo 45:1:
Primeira Linha – De boas palavras transborda o meu coração.
Segunda Linha – Ao Rei consagro o que compus;
Terceira Linha – a minha língua é como a pena de habilidoso escritor.

alelismo Formal:
6º. Paralelismo

Preocupa-sese apenas com a forma, de modo que os versos não apresentam


contraste, expansão ou ênfase. Trata-se
Trata se de dois versos poéticos arranjados com
o fim de expressar um pensamento ou tema.

Salmo 2:6:
Primeira Linha – Eu, porém, constituí
constitu o meu Rei
Segunda Linha – sobre o meu santo monte Sião.
Sião

vi) Acróstico. É o poema onde as primeiras letras de cada frase ou verso formam uma
palavra ou frase. Existem nove salmos acrósticos são ão eles: 9,10,25,34,37,
9
111,112,119 e 145. Neste tipo de poema, as primeiras letras de cada frase ou verso
formam uma palavra ou frase,frase as linhas ou estrofes iniciam-se se com letras do
alfabeto hebraico.. Essa técnica, a exemplo do paralelismo, auxilia na memorização
e no ensino. Isto sugere que o assunto foi tratado de formaa completa.

Exemplo:

ACRÓSTICO de Waldir J. Silva:

B – Eu sou o "B" da Bíblia Sagrada.


I – Eu sou o "I" do ide por todo o mundo, pregai o Evangelho.
B – Eu sou o "B" do Brasil gigante e forte do Chuí ao Oiapoque.
L – Eu sou o "L" de levai as boas novas de Jesus ao povo.
I – Eu sou o "I" de irmãos unidos levando a Bíblia ao mundo.
A – Eu sou o "A" de avançar sem recuar e a Bíblia levar.

S – Eu sou o "S" de Santidade.


A – Eu sou o "A" de Alegria.
G – Eu sou o "G" de Grandeza.
andeza.
R – Eu sou o "R" de Resposta.
A – Eu sou o "A" de Arrependimento.
D – Eu sou o "D" de Divindade.
A – Eu sou o "A" de Amor.

Finalmente é importante sabermos que a poesia bíblica não se limita aos “Livros
Poéticos”
oéticos” os livros proféticos também se apresentam em algumas ocasiões em
forma poética.

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vii) A Figura de Linguagem:

A figura de linguagem é uma forma de expressão em que as palavras usadas


comunicam um sentido não literal. É uma representação legítima que pretende
comunicar mais clara e graficamente uma ideia literal. São estratégias que o
escritor pode aplicar no texto para conseguir um determinado efeito na
interpretação do leitor.

Os livros poéticos e sapienciais nos oferecem várias figuras de linguagem:

a) Metáfora – Semelhança
emelhança entre dois objetos ouo fatos, caracterizando-se
caracterizando um
com o que é próprio do outro. A metáfora é uma comparação mais forte que
o símile, pelo fato de que há equivalência direta posta entre os dois objetos.

Salmo 84:11 – “...Porque o SENHOR Deus é sol e escudo; o SENHOR dá


graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam retamente...”.
retamente...”

Cântico dos Cânticos 4:12 – “...Jardim fechado és tu, minha irmã, noiva
minha, manancial recluso, fonte selada...”.
selada...”

b) Símile – Comparação expressa pelas palavras “semelhante


semelhante” ou “como”. A
ênfase recaii sobre algum ponto de similaridade entre duas ideias,
id grupos,
ações, etc.

Salmo 5:12 – “...Pois tu, SENHOR, abençoas o justo e, como escudo, o


cercas da tua benevolência...”.
benevolência...”

Cântico dos Cânticos 2:3a – “...Qual a macieira entre as árvores do


bosque, tall é o meu amado entre os jovens...”.
jovens...”

c) Zoomorfismo – Atribuir características animais a Deus ou a homens.

Salmo 91:4 – “...Cobrir-te-á


“...Cobrir com as suas penas,, e, sob suas asas, estarás
seguro; a sua verdade é pavês e escudo...”.
escudo...”

d) Personificação – Atribuir características humanas a determinadas coisas,


ideias, ou animais.

13a – “...Alegrem-se
Salmo 96:11-13a se os céus, e a terra exulte; ruja o mar e a
sua plenitude. (...) Folgue o campo e tudo o que nele há; regozijem-se
regozijem
todas as árvores do bosque, (...) na presença
nça do SENHOR...”.
SENHOR...”

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Resumo para a Avaliação Intermediária 1

Textos:

Descreva ou Responda com suas Palavras:

1. Como os israelitas foram influenciados pela cultura sapiencial


2. A ordem doss Livros da Bíblia Hebraica.
Hebraica
3. Como os livros poéticos ou os “Escritos” da Bíblia Hebraica são essenciais para a
edificação do povo de Deus.
Deus
4. O que Paralelismo na Poesia Hebraica?
5. Dê três exemplos de Paralelismo:
6. O que são figuras de linguagens?
7. Dê cinco exemplos de figuras de linguagens:

ANOTAÇÕES:

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I – Jó – O Problema do Sofrimento e um homem procurando


procurando a Justiça.

Introdução.

O livro de Jó sustenta-se
se por si mesmo, não está associado a nenhum outro, e deve,
portanto ser considerado isoladamente. Muitas cópias da Bíblia hebraica situam-no
situam
depois do livro de Salmos, e algumas depois do de Provérbios, o que talvez tenha dado
margem a que algunss eruditos imaginassem ter sido escrito por Isaías ou por algum
dos profetas posteriores. Mas, como o assunto parece ter sido muito mais antigo, então
não temos razões para pensar senão que a disposição do livro foi, e muito
adequadamente, colocado primeiro
primeiro nesta compilação de máximas divinas;
divinas além disso,
sendo doutrinário, é apropriado que preceda e introduza o livro de Salmos, que é
devocional, e o livro de Provérbios que é prático; pois como adoraremos ou
obedeceremos a um Deus a quem não conhecemos?1

A respeito deste livro pode--se afirmar que: é inspirado por Deus; é fundamentado em
fatos verídicos, e o seu personagem principal existiu, e é provado tanto pelo Antigo
Testamentoo (Ezequiel 14:14) como pelo pelo Novo Testamento (Tiago 5:11); é muito
antigo, embora não se pode determinar a data em que Jó viveu ou quando o livro foi
escrito; é muito útil para a igreja, e para o cristão, embora existam nele textos não
muito claros e difíceis de serem entendidos.
entendidos

O problema do sofrimento humano tem sido um assunto que que as pessoas por vários
milênios têm debatido no sentido de descobrir o seu significado. Dentro da literatura
mundial o livro de Jó é o que mais se destaca nesta narrativa. O livro de Jó por
concentrar-se no problema do sofrimento humano,
humano muitas das vezes frustra o leitor por
não apresentar respostas simples e escapatória.

O Livro de Jó trata da vida de um homem que sofreu muito, Jó não é uma ficção
religiosa. Jó não foi um personagem imaginário, mas sim uma pessoa real (Ezequiel
14:14,20; Tiago 5:11). Jó foi um homem real, com experiências reais, assim sendo, o
livro de Jó é capaz de nos contar aquilo que precisamos saber sobre a vida e os
problemas do sofrimento.

O livro começa descrevendo que “...Havia um homem na terra de Uz, cujo nome
era Jó; homem íntegro
ntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal...” (Jó 1:1).
Depois de uma série de calamidades, seus sete filhos e três filhas, seus bens materiais
sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas
lhes foram tirados. Ao lermos estas narrativas imediatamente surge a pergunta:
pergunta Como
Jó se conservou na presença de Deus? a resposta que temos é: “...Em tudo isto não
pecou Jó com os seus lábios...” (Jó 2:10).

O livro nos revela uma disputa celestial pela fé de Jó. Será que Jó vai confiar em Deus
ou negá-lo?
lo? Jó realmente está no banco
banco dos réus, embora não tenha feito nada de

1
COMENTÁRIO BÍBLICO ANTIGO TESTAMENTO – Matthew Henry – Jó a Cantares de Salomão –
páginas 1 e 2.
13
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errado. A acusação que Satanás fez contra Jó é que Deus não é digno de ser amado, r
as pessoas que dizem que O amam e O seguem fazem isso porque adquirem alguma
coisa com isso. O livro ainda nos ensina que “...a fé é a certeza de coisas que se
esperam, a convicção de fatos que se não vêem...” (Hebreus 11:1), por isso
precisamos dela.

Além de Jó, o livro apresenta outras personagens: Deus é o Iavé dos hebreus, Senhor
dos céus e da terra, os anjos, Satanás o adversário
adversário dos seres humanos inclusive de Jó,
os três amigos mais velhos de Jó – Elifaz, o temanita, Bildade,, o suíta e Zofar, o
naamatita e Eliú, que esperou para falar no fim, pois os outros três eram mais velhos
do que ele (Jó 32:4).

Depois dos longos debates


es entre Jó e seus amigos o Senhor se manifesta no meio da
tempestade. O pedido insistente de Jó para que Deus apareça e lhe dê significado ao
seu sofrimento finalmente é atendido. Deus não fala sobre o problema individual de
Jó, mas, deixa bem claro quem Ele é, e expressar o Seu desejo de relaciona-se
relaciona com o
ser humano.

No final do livro vemos a restauração dos amigos de Jó, a saúde do próprio Jó, sua
família, e a duplicação da sua prosperidade anterior, a ponto de viver feliz mais 140
anos e “...Então,
Então, morreu Jó, velho e farto de dias...” (Jó 42:17).

Particularidades do livro:

a) O nome do Livro – Leva o nome do personagem central do livro que é Jó cujo


nome significa – odiado ou perseguido, isto significa que Jó sofreu uma retaliação
feita por Satanás,
anás, o maior inimigo de Deus.

b) Autoria – Não existe nenhuma evidência interna do nome do seu autor. A Tradição
judaica aponta Moisés. Outros nomes sugeridos são: Esdras, Ezequias, Salomão,
Eliú, que viveram entre 500 a.C. e 200 a.C., e o próprio patriarca Jó que viveu
“...cento e quarenta anos...” após Deus ter revertido sua situação (Jó 42:16).

c) O Lugar – Jó viveu em Uz, situada no deserto sírio, entre as latitudes de Damasco e


Edom (Jeremias
mias 25:20; Lamentações 4.21).

d) Data – A Data do livro é totalmente desconhecida, mas, para se determinar sua data
existem os mais variados critérios ou julgamentos:

i) Cultural – A religião presente no livro é do tipo primitiva, e remonta à época


em que não existe sacerdócio e nem santuário. A ira divina é aplacada mediante
sacrifícios oferecidos pelo patriarca (Jó 1:5; 42:8; cf. Números 23:1,14,24). A
riqueza mede-sese pela quantidade de rebanhos e escravos (Jó 1:3; 42:12; cf.
Gênesis 12:16; 32:5). A longevidade do patriarca Jó (cf. 42:17) somente se
iguala ou é superada nas gerações patriarcais.

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ii) Linguístico – A língua hebraica usada no livro apresenta dificuldades, visto que
muitas palavras são obscuras aos filólogos e a mistura de elementos aramaicos
em Jó excede a de qualquer outro livro bíblico. Assim, há os que defendem que
o livro é uma tradução para o hebraico a partir do aramaico e colocam a obra de
Jó no período de florescimento do aramaico: a época pós-exílica.
pós exílica.

Nos dias de Moisés a escrita alfabética havia se difundido, conforme atesta a


literatura religiosa encontrada
encontrada em Ras Shamra (antiga Ugarite). O dialeto
ugarítico (c.14000 a.C.) é muito próximo do hebraico, de modo que Moisés pode
ter escrito o Pentateuco em hebraico antigo.

Textos religiosos ugaríticos


ugaríticos em tabletes de argila descobertos por Claude F. A.
Schaeffer em 1929 em Ras Shamra (antiga Ugarite),
Ugarite) comprovam plenamente a
depravação moral dos cultos cananeus c.1400 a.C., apoiando a severidade
divina nos textos bíblicos dos livros históricos ao ordenar sua destruição. Por
Israel não ter eliminado esse povo imoral,, isto se tornou um ato de
desobediência levando a nação se tornar apostata e ter várias derrotas na época
dos Juízes
ízes (Juízes 2:14-17),
2:14 17), e na época dos reis levando cativo ambos os
Reinos: Israel – Reino do Norte (2º Reis 17:7-23)
17:7 e Judá – Reino do Sul (2º
Crônicas 36.14-21).

iii) Dependência Literária Extra Bíblica – Existem traços literários típicos com a
deus chefe, lae (’ēl) El, o
literatura da religião Ugarítica que estava centrada no deus-chefe,
criador da criação e o pai da humanidade. A corte de lae (’ēl ’ēl) El era chamada
de !yH'úla> (’ělōhîm)) Elohim, (deuses). A literatura ugarítica fornece aos
estudiosos das religiões muitas informações sobre a religião dos cananeus e
suas ligações com a religião antiga de Israel. A literatura épica de Ras Shamra,
garite no norte da Síria, revela a adoração de deuses imorais, lae (’ēl)
antiga Ugarite
El e l['B' (ba'al) Baal, e das prostitutas sagradas, Anate, Aserá e Astarte. Essa
literatura comprova plenamente os relatos do Antigo Testamento sobre a
mistura promíscua religiosa e a degradação moral dos cananeus. A religião de
Ugarite e a religião dod antigo Israel embora sendo bem diferentes, no entanto
existiram notáveis coincidências. Por exemplo, o nome do deus supremo em
Ugarite era lae (’ēl)) El, um dos nomes do Deus de Israel. Baal o “rei dos
deuses” em Ugarite nos ajuda a entender a proibição de se adorar l['B' (ba'al)
Baal no Antigo Testamento.

Há ainda várias mitologias como: A mesopotâmica de Atrahasus que fala do


sofrimento humano por causa da ira dos deuses. O hino babilônio a Marduque,
onde um sofredor lastima suas perdas com sentimentos como os de Jó. A obra
suméria mais antiga c. 2000 a.C., que exemplifica as queixas que se devem
levar a deus, quando
do bate a calamidade. O texto egípcio com os “Protestos do
Camponês Eloquente”, contestando a injustiça social, apresentando assim uma
estrutura bem parecida com a de Jó. A literatura cananéia
canan ia de Ugarite que
descreve as provações do rei Keret que assim como
como Jó perdeu sete filhos. Assim

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sendo,, acreditam os estudiosos, que o livro de Jó seja uma reinterpretação de


antigas literaturas épicas relativa a um personagem chamado Jó.

iv) Dependência Literária Dentro da Bíblia – Tudo que Jó passou quanto a sua
provação, nos propõe interrogações que jamais podem ser consideradas em
outra literatura antiga fora da Bíblia. A estrutura literária como a do livro de Jó
não possui nenhum paralelo. O livro de Jó é em muitos aspectos como outros
escritos da Bíblia e também constitui
consti uma categoria em si.

O livro de Jó lança mão de muitos estilos de literatura bíblica para anunciar


suas mensagens, no entanto, ele não pertence a nenhum desses estilos. Vejamos
alguns estilos de material bíblico encontrados em Jó são:

1º. Lamentos. Jó lamenta


menta repetidas vezes sobre tudo o que ele estava passando
(Jó 3:1-26; 6:2--7; 10:1-12
12 comparar com Salmos 22:1-18;
22:1 102:1-11;
Lamentações 3:1--20).

2º. Hinos de Louvor.


Louvor Jó mesmo em sua provação com frequência louva a Deus
por seu poder e justiça, (Jó 5:9-16;
5:9 26:5-13
13 comparar com Salmos 94 e 97).

3º. Provérbios. Declarações curtas de sabedoria e metáforas aparecem em Jó


5:2 e 6.:5-,6
,6 Comparar com Provérbios 14:30; Isaías 1:3. Encontra-se
Encontra
também ditados de sabedoria em Jó 28:28 comparar com Provérbios 1:7.

4º. Discurso Profético,


Profético Assim como faziam os profetas, os amigos de Jó às
vezes alegaram possuir experiências proféticas e pregam para Jó (Jó 4:12-
4:12
14; 11:13-20;
20; 32:8).

5º. Poemas de Sabedoria.


Sabedoria O livro de Jó possui alguns poemas longos sobre o
valor da sabedoria e da conduta
conduta correta (Jó 28 comparar com Provérbios
30:2-4 e Jó 8:11-22
22 comparar com salmo 1),

6º. Ditados Numéricos.


Numéricos Jó 5:19 comparar com Provérbios 30:21.

7º. Questionamento reflexivo.


reflexivo Jó às vezes desafia de maneira abrupta a
sabedoria convencional (Jó 21:17-19
21:17 compararr com Eclesiastes 9:2,3).

8º. Apocalíptica. Jó possui algumas características em comum com livros como


Daniel e Apocalipse. A luta terrena faz parte de um conflito celeste entre
Deus e Satanás (Jó 1–2).
1 2). Os inimigos humanos tentam fazer com que o fiel
abandone a perseverança (a esposa de Jó e os seus três amigos). Mas, a
perseverança fiel leva Jó ao triunfo e as bênçãos (Jó 42).

A leitura do livro de Jó precisa ser interpretada como algo exclusivo, tanto


em estilo literário como em mensagem, por isso ele não pode
pode ser julgado por
comparação.

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v) Característica Teológica – Alguns estudiosos relacionam m o livro com o


período persa, devido a assembléia dos deuses em Jó 1:6; 2,1 refletindo
reflet assim
um antigo elemento mitológico, que se encontra tanto na Mesopotâmia quanto
em Ugarite.

e) Mistério do Livro de Jó – Racionalmente é difícil entender por que Satanás teve


te
liberdade de ir diretamente diante de Deus e assistir a uma das Suas reuniões com
Seus anjos. Esse direito é visto claramente em Apocalipse 12:10 que diz que
Satanás é aquele “...acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus...”.
Deus...”

Em Hebreus 2:14 diz que Jesus Cristo quando morreu na cruz foi para que
“...destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo...”.
diabo...” No grego a
palavra “destruísse” é katargew v katargeō, que significa “tornar ineficaz”,
“abolir”, “anular”. Jesus Cristo na Sua morte removeu
removeu o pecado dos homens que
Satanás até então usava de maneira eficaz para destruí-los,
destruí los, mas, através da Sua
morte Ele destruiu o destruidor – Satanás – e assim os homens ficaram livres.

Todavia o direito de “acusar os homens” ainda continua não mais de maneiraman


eficaz; isso só lhe será tirado por algum tempo quando um anjo o prender por mil
anos (Apocalipse 20:1,2), e mesmo assim no final do milênio ele ainda exercerá
influência sobre os homens (Apocalipse 20:8), mas, logo a seguir ele será lançado
definitivamente “...para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram
não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de
noite, pelos séculos dos séculos...” (Apocalipse 20:1,2,8,10,14,15
,14,15).

f) Não existe nenhuma ligação com o povo de Israel e suas instituições, pois todos os
fatos narrados, provavelmente aconteceram antes da fundação da nação de Israel;

g) Trata de um assunto tão antigo quanto à existência do mundo – a bondade e a


justiça de Deus, o mal e o sofrimento.

h) Propósito – Mostrar
strar a soberania de Deus e quão significativa é a Fé, e narra a
questão de: Por que o justo sofre?

i) Versículo-Chave – “...E disse o Senhor a Satanás: Observaste o meu servo Jó?


Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero e reto, temente
a Deus, desviando-se
se do mal, e que ainda retém a sua sinceridade, havendo-me
havendo
tu incitado contra ele, para o consumir sem causa...” (Jó 2:3)

j) Personagens-Chaves – Jó, Elifaz o temanita, Bildade o suíta, Zofar o naamatita, e


Eliú o buzita.

k) Característica Exclusiva
siva – Alguns crêem que Jó foi o primeiro livro da Bíblia a
ser escrito.

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Esboço:

1 – Prólogo (1:1 – 2:13).

2 – Primeira Série de Discursos (3:1 – 14:22).

3 – Segunda Série de Discursos (15:1 – 21:34).

4 – Terceira Série de Discursos (22:1 – 31:40).

5 – A Intervenção de Eliú (32:1 – 37:24).

6 – Os Discursos de Deus e a Resposta de JÓ (38:1 – 42:6).

7 – Epílogo (42:7-17).

Composição Textual de Jó.

Pontos Importantes do livro de Jó:

a) Doutrina – Fala de Deus como Soberano e Todo-poderoso,


Todo poderoso, de Satanás que “na
terra, é o inspetor de Deus junto dos homens; no céu, o adversário dos homens
junto de Deus” 2, do homem, da justiça, da disciplina, do pecado, da fé, e da
criação;

b) Revelação – Trata de acontecimentos divinos e sobrenaturais feitos por Deus, no


controle
ntrole total sobre Satanás, e Sua misericórdia, e recompensa no final sobre Jó;

c) Esperança – Quando se lê os primeiros capítulos do livro, parece que tudo está


perdido, mas quando se ler os últimos capítulos vemos que a esperança estimula a
esperança.

O livro começa apresentando as circunstâncias em que se desenrola o drama de Jó e


dos quatro personagens que intervêm nele.

O personagem principal é Jó, é um homem rico (1:3) que vive, com sua família, em
Uz, povoado situado, segundo se crê, na região araméia
araméia que se estendia até o sudeste
da Palestina. Jó era um “...homem sincero, reto e temente a Deus; e desviava-se
desviava do
mal...” (1:1), Jó de uma hora para outra foi vítima de grandes desgraças que o
deixaram sem filhos, sem a fazenda, enfermo e reduzido a umauma condição miserável
(7:5). Apesar de todas as desgraças, “...Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a
Deus falta alguma...” (1:21), e ainda repreendeu as queixas da esposa perguntando-
perguntando
lhe: “...Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de d Deus e
não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios...” (2:10).

2
O Novo Comentário da Bíblia – 3ª edição – 1997 – Vida Nova - p.467
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Naquela situação “...Ouvindo,


Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo este mal que lhe
sobreviera, chegaram, cada um do seu lugar: Elifaz, o temanita, Bildade, o suíta,
e Zofar,, o naamatita; e combinaram ir juntamente condoer-se
condoer se dele e consolá-lo...”
consolá
(2:11).

Contestando os lamentos de Jó, os seus amigos pensavam que quando o sofrimento


vem sobre o homem é castigo por causa dos seus pecados; enquanto mais o homem
sofre, é a provaa de que muito pecou, o sofrimento também tem a função de revelar os
pecados ocultos.

Nos diálogos em formas de discursos entre Jó e seus três amigos mais velhos vemos:
onze (11) discursos de Jó, e doze (12) discursos de seus amigos mais velhos: três (3)
de Elifaz, três (3) de Bildade,
Bildade dois (2) de Zofar, e quatro (4) discursos do mais jovem
amigo de Jó Eliú.

Os onze (11) discursos de Jó:

1º. (capítulo 3:1-26).


26). Jó amaldiçoa o seu nascimento e lamenta a sua miséria;
2º. (capítulos 6:1–7:21).
7:21). Jó justifica as suas queixas, e pede para Deus o deixar em
paz;
3º. (capítulos 9:1–10:22).
10:22). Jó confessa a justiça de Deus e pede alívio para a sua
miséria, mas reconhece que não tem condições de obrigar Deus a ser justo;
4º. (capítulos 12:1–14:22).
14:22). Jó defende-se
defende das acusações de seus amigos, confia em
Deus e deseja conhecer os seus pecados, e roga o favor de Deus por causa da
brevidade, miséria da vida humana, e também destaca a sabedoria dos amigos e a
justiça de Deus;
5º. (capítulos 16:1–17:16).
17:16). Jó acusa a seus amigos de de falta de compaixão e
misericórdia;
6º. (capítulos 19:1-29).
29). Jó queixa-se
queixa se da obstinação e dureza dos seus amigos;
7º. (capítulo 21:1-34).
34). Jó mostra que os ímpios, muitas vezes, gozam prosperidade
nesta vida e o justo sofre;
8º. (capítulos 23:1–24:25).
24:25). Jó deseja apresentar-se
apres se perante Deus e confia na sua
misericórdia, e contesta que os ímpios, muitas vezes, ficam sem castigo nesta vida;
9º. (capítulo 26:1-14).
14). Jó repreende Bildade e exalta o poder de Deus;
10º. (capítulos 27:1–28:28).
28:28). Jó sustenta sua integridade e sinceridade, e o homem tem
ciência das coisas da terra, mas a sabedoria é dom de Deus;
11º. (capítulos 29:1–31:40).
31:40). Jó se lamenta lembrando-se
lembrando se do seu primeiro estado, e
descreve o estado miserável em que caiu.

Os três (3) discursos Elifaz:


1º. (capítulos 4-5). Elifaz aconselha a Jó que se volte para Deus, e se arrependa para
cessar seus sofrimentos;
2º. (capítulo 15). Elifaz acusa Jó de ser homem impiedoso, e presunçoso;

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3º. (capítulo 22). Elifaz fala contra a maldade de Jó, principalmente como trata
cruelmente os pobres.

Os três (3) discursos Bildade:


1º. (capítulo 8). Bildade fala que as palavras de Jó são como “...vento impetuoso ou
forte...” (8:2). e continua acusando que o sofrimento de Jó é um castigo merecido,
por causa de algum pecado;
2º. (capítulo 18). Bildade acusa Jó, de uma pessoa irada, presunçosa e impaciente,
cruel, e desumano;
3º. (capítulo 25). Bildade foi breve em suas palavras apenas insistindo na grandeza de
Deus.

Os dois (2) discursos de Zofar:

1º. (capítulo 11). Zofar fala da sabedoria de Deus, e acusa Jó de mentiroso,


mentiros e o
convida a libertar-se
se do pecado, para assim desfrutar das bênçãos divinas;
2º. (capítulo 20). Zofar explica a doutrina conhecida: O perverso receberá o castigo
merecido.

Quando parecia que os discursos haviam acabado, aparece repentinamente Eliú e


começa a discursar.

Os quatro (4) discursos do mais jovem amigo de Jó Eliú:

1º. (capítulos 32:1 – 33:33). Eliú repreende Jó e os seus três amigos, e acusa Jó de se
opor a Deus e de entender mal os seus caminhos;
2º. (34:1-37). Eliú acusa Jó de falar injustamente de Deus;
3º. (35:1-16). Eliú diz que o bem e o mal não podem afetar a Deus, mas algumas
vezes, por falta de fé dos aflitos, não os ouve, por isso Jó não deveria ter
reclamado, mas apelado a Deus;
4º. (capítulos 36:1–37:24). Eliú justifica a Deus e diz a Jó que o seu pecado estorva a
bênção dele, e o homem, por conhecer as obras de Deus e a sua sabedoria, deve
temê-lo.

Após esses diálogos em forma de discursos dos três amigos mais velhos de Jó (Elifaz,
Bildade, e Zofar), e o amigo mais jovem (Eliú), começa a resposta de Deus a Jó
através de dois discursos:

1º. Discurso-resposta
resposta de Deus (capítulos 38:1–40:2). Deus fala mostrando a Sua a
grandeza como Criador e Governador do mundo, e foi interrompido pelas palavras
de arrependimento e humilhação pronunciadas por Jó (40:3-5);
(40:3
2º. Discurso-resposta
resposta de Deus (capítulos 40:6–41:34). Deus mostra a Jó o Seu Poder e
a Sua Grandeza; e vê-se
se que mesmo que o ser humano sofra ou venha a sofrer, não
quer dizer que Deus é injusto.

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Por fim Jó reconhece o poder e soberania de Deus e a sua própria incapacidade de


compreender os intentos, planos, e projetos de Deus (42:1-6).
(42:1

Aproximando-se se do final deste acontecimento dramático Deus pronuncia o Seu


julgamento divino repreendendo os três amigos mais
mais velhos de Jó por não terem falado
a verdade a Seu respeito, e encarregou Jó para orar por eles (42:7-9).
(42:7 9). Essa intercessão
nos faz crer que Jó realmente era sacerdote, não apenas de sua família (1:5), e que a
oração de um justo age com muita eficiência no sentido de desviar dos ímpios da “Ira
de Deus” (Gênesis 18:23-33).
33). Esta atitude de Deus é a prova plena da inocência e
integridade de Jó.

Finalmente Deus elogia a fidelidade de Jó e lhe restaura em dobro aquilo que havia
perdido (42:10-17).

Olhando parara a história de Jó, que resposta tem aqueles que temem e servem a Deus e
são atacados por Satanás? Será que os que temem e servem a Deus temem e servem
em vão? A resposta é NÃO. Jamais alguém deve servir a Deus visando somente os
benefícios da riqueza, e da saúde “...Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os
mais miseráveis de todos os homens...” (1ª Coríntios 15:19). Devemos confiar em
Deus que faz todas as coisas corretamente, mesmo que percamos tudo que possuímos.
Contudo ainda possuímos a Deus.

Resumo para a Avaliação Intermediária 2

Textos:

Descreva ou Responda com suas Palavras:

1. Como se deve encarar o mistério de Satanás ao se apresentar diante de Deus?


2. As provas que a Bíblia dá de que os personagens do livro de Jó são verídicos?
3. Quando o ser humano está passando por algum sofrimento ele está sendo punido
(a) por algum pecado?
4. Elifaz, Bildade, Zofar, Eliú)) foram rigorosos com ele quanto as
Os amigos de Jó (Elifaz
suas análises diante do sofrimento dele:
5. O que você entende das suas reações?
6. Eles se tornaram desumanos?
7. Será que vale apena ter amigos como os de Jó? Sim ou Não?
8. As perdas de Jó nos ajuda a entender a diferença entre servir a Deus sem nenhum
interesse material visando somente o bem celestial?
celestial Ou devemos servir a Deus para
ficarmos rico, ou nos livrar dos problemas e dificuldades?
9. Nesta
esta história dramática de Jó como realmente devemos cultuar a Deus conforme
Romanos 12:1.

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10. O que dizer de se fazer cultos voltados para satisfazer unicamente o ser humano
com campanhas para se adquirir bens
be e sucesso material?

ANOTAÇÕES:

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II – Salmos – O Hinário de Israel.

Introdução.

O livro de Salmos é o primeiro livro na terceira divisão da Bíblia hebraica, conhecida


como ketuvim ou Escritos. Jesus Cristo no que diz respeito às profecias a seu respeito
no Antigo Testamento ele resumiu que tudo estava “na Lei de Moisés, e nos Profetas,
e nos Salmos” (Lucas 24:44).

O título dos “Salmos” em português vem da tradução grega, Septuaginta (LXX),


Psalmoi,, é um termo grego que significa “cânticos” ou “cânticos sagrados”. O título
hebraico é Tehillim,, que significa
signi “Cânticos de Louvor”.

Os Salmos têm uma grande importância na Bíblia. “Lutero descreveu esse livro como
‘uma Bíblia em miniatura’. Calvino o descreveu como ‘uma anatomia de todas as
partes da alma’, visto que, como explicou, ‘não existe emoção que não nã é
representada aqui como em um espelho’. Johannes Arnd escreveu: ‘O que o coração
é para o homem, os Salmos são para a Bíblia’. W. O. E. Oesterley descreve os Salmos
como ‘a maior sinfonia de louvor a Deus que já foi escrita na terra’”.3

O livro de Salmos
os é um dos mais importantes da Bíblia e um dos mais lidos nas
Igrejas. Normalmente os Salmos são usados pelos cristãos para expressarem sua
adoração ao Deus Criador; quando estão atravessando e enfrentando terríveis crises de
dúvidas ou perseguições. Os Salmos
Salmos é o livro do Antigo Testamento mais citado no
Novo Testamento.

Propósito – Os Salmos são como uma amostra de diários espirituais, como cartas
pessoais dirigidas a Deus. Eles dão exemplos de pessoas comuns, lutando para
harmonizar sua fé com sua experiência
experiência cotidiana. Os salmos oferecem uma mistura
revigorante de realismo e esperança. Os salmos não tentam abrandar a raiva por meio
da racionalização, nem dão conselhos abstratos sobre a dor; em vez disso, manifestam
as emoções de forma clara e audível, direcionando seus sentidos principalmente a
Deus. Eles nos ensinam que temos o direito de levar a Deus qualquer tipo de
sentimento. Não preciso disfarçar. Não há áreas proibidas: inclua Deus em todas as
áreas da sua vida! Eles também nos ensinam a adorar e louvar. Louvor é o “bem-estar
“bem
se audível” com espontaneidade afetuosa.4
interno fazendo-se

Autores: – Davi – 73, Asafe – 12, Filhos de Coré – 11, Salomão – 2 (72 e 127), Etã
(89), e Moisés (90) – 1 cada; e os outros 50 são anônimos.

Data – Escritos entre os tempos de Moisés (cerca de 1440 a.C.), e o cativeiro de Israel
Reino Sul na Babilônia (cerca de 586 a.C.).

3
BEACOM COMENTÁRIO BÍBLICO – VOLUME-3 – Jó a Cantares de Salomão. p.103
4
A Bíblia que Jesus Lia - Philip Yancey – p.48
23
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Versículo-Chave – “...Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao


Senhor!...” (Salmo 150:6)

Personagem-Chave – rei Davi.

Regras básicas para a interpretação dos Salmos:

1) Se houver uma circunstância histórica que determinou a composição de um Salmo,


ela deve ser cuidadosamente estudada. Exemplos: Salmos 3,32,51 e 63.

2) O Elemento psicológico – Estudar o caráter do poeta e o seu estado mental


ment quando
compôs o salmo.

3) Há vários tipos de Salmos (Lamentação, Imprecatório, Instrutivo ou Didático,


Louvor, Natureza, etc.).

4) Cada um dos Salmos dirige sua visão a uma determinada função na vida de Israel.

5) Reconhecer os vários
rios padrões dentro dos Salmos.

6) Cada Salmo deve ser lido


ido como uma unidade literária.

Composição Textual de Salmos.

O nome hebraico do livro dos Salmos é Tehillim,, que significa “Cânticos de Louvor”.

Estamos no século XXI, e os Salmos são atualíssimos devidos, à sua espiritualidade,


pelo fato de os seus autores serem unânimes em adorar a Deus, independentemente do
“modo, motivo ou variedade de circunstâncias”.5 Os hinos e a orações são expressões
de uma vida de comunhão com Deus.

Existem três temas principais nos Salmos:


Sa

1. Deus é real e se encontra com as pessoas.


pessoas

2. Deus é: Soberano, Sábio, e Criador do Universo.


Universo

3. Israel foi uma nação escolhida por Deus para executar uma missão especial,
bondosa, e abençoadora entre os homens (cf. 48; 74; 78; 81; 105; 106; 114).

Quando os israelitas instituíram o culto a Jeová, as outras nações já possuíam muitas


poesias de cunho religioso. “Isto
“Isto é indicado pelas tábuas de Ras Shamra e está
implícito nos cânticos de júbilo e de maldição entoados pelos Siquemitas no tempo de
Abimeleque
eque (Juízes 9:27). É a este período que devemos atribuir a poesia israelita

5
Novo Comentário da Bíblia – Vida Nova – p.497
24
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como o Cântico de Moisés (Êxodo 15) e o Cântico de Débora (Juízes 5)”.6

Muitos questionam até que ponto os Salmos são composições que podem ser usadas
nos cultos públicos? Os motivos
motivos são vários, mas quero citar apenas dois: alguns
salmos são muitos pessoais (51, 139), e outros expressam a missão messiânica de
Jesus Cristo (22).

Títulos

Pelo menos 66,66% dos Salmos são de origem precedente à Septuaginta e por isso
merecem ser tratados com muito respeito por causa da sua origem e antiguidade. “Os
títulos não são indicações segura de autoria, porque no hebraico “de”, “a” e “para”,
são uma sóó preposição. Um salmo “de” Davi pode ser de sua autoria, ou pode ter sido
escrito “para” Davi, ou “a” ele dedicado”.7

Interpretação.

Ser livre ou liberto tem sido inevitavelmente uma necessidade comum a todo ser
humano. Este motivo nos salmos é falado através
através de cânticos que o ser humano faz a
Deus, rogando o Seu auxílio divino. Aquele que está se sentindo pressionado pelo
perigo, pela ansiedade, pela preocupação, por um sentimento de reclamação, e até
mesmo pela necessidade de um reavivamento, dobra-se
dobra diante de Deus humildemente.
hu

Quem interpreta os Salmos precisa ter conhecimento contextual da sociedade israelita


em sua ampla história econômica, social, política, prática de fé, religiosidade e de suas
experiências com Deus ao longo dos séculos.

Muitos cristãos quando ler o livro dos Salmos fatalmente acham dificuldades
dificuldade em
harmonizar: o Amor, a Misericórdia, a Bondade, a Justiça, de Deus, com algumas
orações imprecatórias nos Salmos – pedir a Deus ou a poder superior que envie sobre
alguém males ou bens – (comparar com Tiago 3:9-11),
3:9 outros o consideram como um
livro de “moralidade veterotestamentária”,
veterotestamentária”, que é condenada e que caiu em desuso
através da revelação de Deus em Jesus Cristo.

Há algumas razões que as justificativas acima não satisfazem:

1. Quem escreveu os Salmos imprecatórios vivia sob a lei, e esta ensinava a doutrina
da retribuição que se chamou posteriormente a “lei de talião” (Êxodo 21:23-25;
21:23
Provérbios 17:13 comparar com 2º Samuel 12:10). Estas orações invocavam males
contra os inimigos, principalmente
incipalmente daquele que escreveu o Salmo (35, 58, 59, 109);

2. O sentido desta oração imprecatória não tinha a intenção de rogar desgraças contra
alguém, ou sinal de vingança por parte do salmista.

6
Novo Comentário da Bíblia – Vida Nova – p.497
7
Halley, Henry H. – Manual Bíblico – Vida Nova – p. 226
25
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Diante das ofensas feitas ao salmista, sua oração imprecatória


imprecatória era uma reação de
entregar o assunto nas mãos de Deus para que Ele entrasse com providência, sendo
assim essa oração podia até se tornar literal.

3. Não se deve interpretar nem ler as palavras dos Salmos imprecatórios com
qualquer espírito de rancor ou crueldade. Também não podemos ser hipócritas
como os Fariseus, dizendo que jamais as pessoas boas desejam que o mal seja
punido;

4. Embora estas orações imprecatórias


imprecatórias não estejam aprovadas no sentido espiritual do
Evangelho de Jesus Cristo no Novo Testamento (Mateus 5:38-42),
5:38 42), contudo não se
pode negar que tais sentimentos estejam manifestados no Novo Testamento através
de palavras duras, ásperas, ou desagradáveis aos ouvidos, através do próprio Jesus
Cristo (Mateus 11:20-23;
23; 13:50; 23:13-33;
23:13 33; 25:46); e dos apóstolos (Atos 13:8-11;
13:8
Gálatas 1:8,9; 2ª Tessalonicenses 1:6-9).
1:6

O Novo Testamento condena as vinganças, e as retaliações por parte dos homens,


mas ensina a Lei
ei Moral da Semeadura e da Colheita (Gálatas 6:2-10
6:2 comparar
Mateus 7:22,23; 2ª Coríntios 5:10).

III. Entendendo Corretamente os “Salmos Imprecatórios”.

As emoções boas e más se encontram no ser humano e não importa quão feliz ou
infeliz ele seja os salmos (principalmente
rincipalmente Davi) ajudam expressar profundamente essas
emoções caso seja necessário (cf. Salmos 98 ou 133 ou 23:5,6).

Se a pessoa está triste os salmos imprecatórios ajudam expressar profundamente essa


tristeza caso seja necessário (cf. Salmos 69:7-20
69:7 ou 88:3-9).
9). Os Salmos Imprecatórios
são as orações de petição a Deus que envie sobre alguém males através de uma
linguagem bem exagerada (hipérbole).
(hipérbo

É importante o cristão entender que a tristeza com seus resultados (ódio, amargura,
ira), e a alegria não são pecaminosas. O cristão deve tomar todo o cuidado para que o
ódio, a amargura e a ira não o leve a pensamentos e desejos maus, e produzam ações
pecaminosas, e a tentativa de ofender ou molestar alguém.

Com toda a certeza é melhor expressar a tristeza com seus resultados através de
la com seus resultados através de ações violentas.
palavras do que esvaziá-la violentas Alguns
Salmos nos ajudam como dirigir nossa tristeza para Deus e através de Deus dizendo-
Lhe palavras, ao invés de dizer para alguém ou contra alguém, ou cometer ações
pecaminosas, e a tentativa de ofender ou molestar alguém.

Os Salmos que contêm exposições verbais diante de Deus da nossa tristeza com seus
resultados são chamados de Salmos imprecatórios.

É muita hipocrisia o cristão negar que às vezes tem pensamentos negativos a respeito

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de alguém. Através dos Salmos imprecatórios e também do Novo Testamento, Deus


faz o um convite (cf. Salmo 4:4; Efésios 4:26).

A Palavra de Deus não diz que o cristão nunca deve sentir irritação, mas ensina que ele
deve saber controlar de maneira conveniente,
conveniente, por intermédio de falar tudo que sente
diretamente para Deus e através d’Ele, ao invés de retribuir o mal a quem nos fez mal
(Romanos 12:17,18). Os Salmos Imprecatórios
Imprecat põe sob dependência a tristeza com
seus resultados e nos ajudam a dizer diante de Deus o que sentimos sem causar
nenhum mal a alguém, não devemos fazer justiça com as nossas mãos “pois a Deus
pertence a vingança” (cf. Deuteronômio 32:35; Romanos 12:19).
12:1

É Deus quem realmente escuta as palavras encolerizadas (cf. Salmo 137:7-9).


137:7 Só assim
podemos entender que os Salmos Imprecatórios podem nos ajudar a nos manter longe
de fazermos justiça com nossas próprias mãos e também nos manter longe do pecado.

Os Salmos Imprecatórios não desmentem os o ensinos:


s: do Antigo Testamento no
Pentateuco “...Se encontrares desgarrado o boi do teu inimigo ou o seu jumento,
lho reconduzirás. (...) Se vires prostrado debaixo da sua carga o jumento daquele
que te aborrece, não o abandonarás, mas ajudá-lo-ás
ajudá a erguê-lo...”
lo...” (Êxodo 23:4,5),
no livro sapiencial de Provérbios “...Se o que te aborrece tiver fome, dá-lhedá pão
para comer; se tiver sede, dá-lhe
dá água para beber, (...) porque assim amontoarás
brasas vivas sobre a sua cabeça,
cabeça e o Senhor te retribuirá (...) Quando cair o teu
inimigo, não te alegres, e não se regozije o teu coração quando ele tropeçar...”
(Provérbios 25:21,22; 24:17), no Novo Testamento na pessoa de Jesus Cristo “...amai
os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem...” (Mateus 5:44 comparar com
Lucas 19:33-36),, e do apóstolo Paulo “...Pelo
Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome,
dá-lhe
lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe
dá lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás
brasas vivas sobre a sua cabeça. (...) Não te deixes
ixes vencer do mal, mas vence o mal
com o bem...” (Romanos 12:20,21). Jamais se pode nivelar o “amor” que as
Escrituras Sagradas deseja que o cristão exerça de maneira funcional com “uma
disposição enérgica para com alguém”.
alguém”

Não se trata tanto de como o cristão se sente acerca de alguém, mas, sim, o que ele faz
em favor dele que demonstra amor (cf. Lucas 10:25-37).
10:25 O fato de Jesus Cristo ter
ordenado “...amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem...” trata-se de
uma questão volitiva (vontade) e não institiva (natural); amar “inimigos” e orar por
“perseguidores’ não faz parte da natureza humana de nenhum cristão, e ele só faz isso
quando está revestido de uma graça vinda diretamente de Deus e do agir do Espírito
Snto agir na sua vida.

O mandamento nto bíblico de Jesus Cristo é praticar o amor – por volição – e não
simplesmente sentir amor – por instinto. Oss Salmos Imprecatórios ajudam-nos
ajudam a
sentir ira e não praticar a ira “...Não deixem que o mal vença vocês, mas vençam o
mal com o bem...” (Romanos 10:21 - NTLH). Eis aqui a causa da maioria das
inquietações humanas: Pessoas querendo fazer justiça com suas próprias mãos, usando
a “ira” para punir ou vingar-se
vingar se a si mesmas. A vingança ou a retribuição faz parte da

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nossa nautreza.

Em Romanos 12:192:19 Paulo diz: “...mas dai lugar à ira...” o que quer isto dizer? O que
Paulo está dizendo é “mas
mas deixem com Deus a ira”,
ira”, deixe a sua “ira” por si só morrer,
um dia Deus acertará todas as contas. A nossa “ira” nunca conquistará o coração de
um inimigo, mas,s, o nosso amor poderá penentrar no seu coração e na sua consciência.
Os Salmos imprecatórios imploram a vingança de Deus contra perseguidores
perversos. O teólogo e pregador anglo-irlandês
anglo JOHN NELSON DARBY disse: “Jamais
permitirei que outro homem estrague
estrag minha vida fazendo-me odiá-lo”. lo”.8

O cristão deve ter consciência que serve a um Deus Justo e Soberano, um Deus que
prometeu vingar as injustiças daqueles que são maltratados neste mundo. Cultivar ou
manifestar ira contra alguém é algo que o cristão deve evitar (Mateus 5:22).

Os Salmos Imprecatórios potencialmente se acham nas lamentações ou queixas


individuais (cf. Salmos 12, 35, 58, 59, 69, 70, 83, 109, 137, 140).

Além dos Salmos imprecatórios existem outros tipos de Salmos:

Os salmos Instrutivos ou Didáticos (1, 15, 50, 94 e outros).

Os salmos onde vemos os anseios de uma alma arrependida que fala com muita
intensidade. O mais clássico destes salmos é o Salmo 51 onde Davi fala abertamente
os seus sentimentos confessando os seus pecados de uma maneira
maneira tão forte que nos
versículos 1 e 2 ele dá aos seus pecados um triplo realce: “...transgressão...
iniquidade... pecado...”, depois Davi em atitude de humilhação e fé, se volta a Deus,
entende e exclama “...Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado
quebran e
salva os contritos de espírito...” (Salmo 34:18). Outros salmos de Arrependimento ou
Penitência (6, 38, 51, 102 e outros).

Os salmos de Louvor – pela colheita (Salmos 65), pela alegria (Salmo 95–100),
95 nas
festividades (Salmo 111–118),
118), os cantados na Páscoa pelos judeus que são os grandes
“halel” (Salmo 146–150),
150), alguns acham que Jesus cantou com os Seus discípulos estes
Salmos na Última Ceia (Mateus 26:30).

Os salmos de Gratidão que são cânticos de grande alegria, e gratidão a Deus como
seqüência natural de algum livramento (30, 75, 105, 106, 135–139,
135 139, e outros).

Os salmos da Natureza que expressam as obras da criação de Deus (8, 19:1-6;


19:1 29, 104
e outros).

8
Comentário Bíblico Popular – Novo Testamento – Autor: William MacDonald – p. 463 – Este
comentário foi tirado da nota
ota de rodapé em Romanos 10:21 de J. N. Darby em sua A New Translation –
tradução do Novo Testamento baseado no texto grego. J. N. Darby é o criador c da teoria do
“ARREBATAMENTO PRÉ-TRIBULACIONAL”. Essa teoria é compartilhada pela ICPB e o SETEPEB.
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Os salmos de Peregrinação ou Romagem, ou Cânticos dos Degraus que está associado


às peregrinações dos israelitas a Jerusalém ou Sião (120–134).
(120

Os salmos Históricos que relembram como Deus tratou Israel no passado (77, 81, 114,
137 e outros).

Os salmos de Súplicas ou Orações onde se rogam a Deus o auxílio divino (5, 17, 71,
86, 140–143 e outros).

Os salmos da Lei (19:7-14;


14; 119). O Salmo 119 também é classificado como acróstico,
acrós
numa série de oito versículos do alfabeto hebraico.

Os salmos Messiânicos escritos cerca de 1.000 anos antes de Cristo: Cristo como Rei
(2, 45, 72, 110 e outros).
s). Cristo sofredor, o salmo que mais se destaca nesse assunto é
o Salmo 22 que faz referências à morte de Jesus Cristo (69, 118 e outros). Aspecto
Messiânico (24, 50, 96, 98, 102 e outros). Através destes os salmistas revelam aspectos
do Messias.

Divisão dos Salmos:

O livro dos Salmos é divido em cinco livros, tanto na Septuaginta como no hebraico.

Livro – I Livro – II Livro – III Livro – IV Livro – V


Salmos Salmos Salmos Salmos Salmos
1 – 41 42 – 72 73 – 89 90 – 106 107 – 150
Devido a Semelhança de conteúdo entre os Cinco livros dos Salmos e o Pentateuco, alguns Rabinos o
chamam “O Pentateuco de Davi” representando os Cinco Livros do Pentateuco.
Gênesis Êxodo Levítico Números Deuteronômio
Destaque Doutrinário
Pecado Salvação Adoração Peregrinação Obediência

Os Salmos descrevem uma série de ideias


id ias e emoções humanas como: consolo, amor,
desespero, culpa, ódio, insatisfação, gratidão, etc., também explicam as reações dos
seres humanos perante Deus como: ação de graças, confissão, louvor, pedidos de
socorro, etc. Por isso que eles servem como um livro
li que orienta-nos
nos cultuar a Deus,
tanto em particular como em público. O cristão nunca deve se esquecer de que Deus é
Todo-poderoso
poderoso e Soberano sobre toda raça humana e sobre o Universo.

Através desta análise concisa, você estudante, ou seminarista reconheça


recon que o livro
dos Salmos é muito variado, assim como é um hinário de uma denominação
evangélica, e que estas considerações seja apenas o início que o leve a análises mais
profundas sobre cada Salmo.

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Resumo para a Avaliação Intermediária 3

Textos:

Descreva ou Responda com suas Palavras:

1. Os Salmos que apontam para Jesus Cristo.


Cristo
2. Como o cristão pode usar a primeira divisão do livro dos Salmos (Salmos 1 – 41)
para o crescimento espiritual.
3. Como a Igreja pode usar os Salmos para o seu culto congregacional ou coletivo.
4. Os Salmos que falam sobre a alma arrependida.
5. As mensagens doss Salmos de Peregrinação ou Romagem, ou Cânticos dos Degraus
(120–134).

ANOTAÇÕES:

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III – Provérbios – O Florilégio de Israel

Introdução.

O livro de Provérbios é uma antologia (coleçãoeção de textos em prosa) inspirada de


sabedoria hebraica. Esta sabedoria, no entanto, não é meramente intelectual ou secular.
E principalmente a aplicação dos princípios da fé revelada às tarefas da vida diária.
Nos Salmos temos o hinário dos hebreus; em Provérbios
Provérbios temos o seu manual para a
justiça diária. Neste último encontramos orientações práticas e éticas para a religião
pura e sem mácula. Jones e Walls dizem: “Os provérbios nesse livro não são tanto
ditos populares como a essência da sabedoria de mestres
mestres que conheciam a lei de Deus
e estavam aplicando os seus princípios à vida na sua totalidade [...] São palavras de
recomendação ao homem que está na jornada e que busca trilhar o caminho da
santidade”.9

Propósito – Ensinar as pessoas como adquirir sabedoria,


sabedoria, disciplina, e uma vida de
precaução ou cautelosa, e fazer o que é justo e certo.

Autores – Salomão escreveu a maior parte do livro (1:1–22:16);


(1:1 22:16); Os Sábios escreveram
duas coleções (22:17–24:22
24:22 e 24:23-34);
24:23 34); Salomão, copiados pelos homens de
Ezequias (capítulos 25–29);
29); Agur, filho de Jaque de Massá (capítulo 30); Rei Lemuel
de Massa ensinadas por sua mãe (capítulo 31).

Data – Provavelmente tenha sido logo após o retorno do cativeiro da Babilônia, e


“Esdras, o escriba” desempenhou um papel muito importante
importante à frente da nação de
Israel, fez com que o povo desejasse que “o temor do Senhor” exercesse domínio na
sua educação.

Versículo-Chave – “...O temor do Senhor é o princípio da ciência; os loucos


desprezam a sabedoria e a instrução...” (Provérbios 1:7).

Característica Exclusiva – As formas literárias são variadas: poemas, parábolas,


propostas através de perguntas, antíteses, comparações, etc.

Esboço:

1 – Introdução (1:1-7).

2 – Conselhos Acerca da Sabedoria (1:8 – 9:18).

3 – Provérbios de Salomão (10:1 – 22:16).

4 – O Livro dos Sábios (22:17 – 24:22).

5 – Palavras dos Sábios: Outra Coleção (24:23-34).


9
BEACOM COMENTÁRIO BÍBLICO – VOLUME-3 – Jó a Cantares de Salomão. p.355
p.
31
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6 – Provérbios de Salomão Transcritos na Corte de Ezequias (25:1 – 29:27).

7 – Palavras de Agur (30:1-33).


(30:1

8 – Palavras de Lemuel (31:1-9).


(31:1

9 – Conselhos como Encontrar a Esposa Perfeita (31:10-31).

Composição Textual de Provérbios.

A palavra “Provérbio” significa uma máxima ou uma sentença de caráter prático e


popular, expressada em poucas palavras e geralmente rica em produtos da imaginação.
imaginaçã

Lá no oriente, as pessoas dão muito valor a esse tipo de pensamentos, e o fixam nas
mentes como forma de sabedoria popular.

O livro de Provérbios pertence ao grupo “sapiencial”, isto é, “livro da sabedoria


divina”.. Ele é composto por máximas, refrãos, ditados, e poemas, que comunicam
sabedoria oriental.

A sabedoria popular legítima está fundamentada na experiência que as pessoas


adquirem e transmitem umas as outras, em forma de máximas, refrãos, ditados, e
poemas, que se aprende com facilidade por ser fácil de guardar na memória, a isso,
também podemos chamar de “Tradição”.

Essa sabedoria popular, muitas das vezes está enraizada a uma nação, a uma raça, a um
idioma, a uma religião, ou até mesmo aos usos e costumes, porém, há aquelas que se
transportam de um lugar para outro, ou de uma época para outra, nesse caso é um
conjunto de ideias de “valor universal”.
universal”

No livro de Provérbios também existe a ocorrência da sabedoria popular além das


fronteiras israelita que são: a mesopotâmica, a egípcia e de outros
outros povos do Antigo
Oriente Médio. Temos os exemplos nos capítulos 22:17–24:22
22:17 onde se acham alguns
paralelos com a literatura “sapiencial egípcia” (Ensinos de Amenemope por volta de
1000 a.C.) e aramaica (Palavras de Aicar).10

Vejamos abaixo alguns exemplos da literatura “sapiencial egípcia” (Ensinos de


Amenemope por volta de 1000 a.C.) semelhantes a Provérbios: Os textos de
Provérbios 22:17–23.11
23.11 apresentam uma semelhança muito grande com os provérbios
egípcios de Amenemope (Amenófis),.
(Am A semelhança torna-se
se mais forte quando se ler
Provérbios 22:20 na NTLH que diz: “...Tomei nota de trinta provérbios...”,
provérbios...” em lugar
de “...não te escrevi excelentes coisas...” na versão ARA.

10
Bíblia de Estudo Almeida – Comentário sobre Provérbios 22:17 – 24:22.
32
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11
Passagens ilustram paralelos entre Provérbios e as Instruções
Instruções de Amenemope:

Amenemope Provérbios – Versão (ARA)

Não roubes ao pobre, porque é pobre, nem


Guarda-te
te de roubar o oprimido E de
oprimas em juízo ao aflito, (...) porque o SENHOR
sobrecarregar o inválido, (cap. 11)
defenderá a causa deles... (22:22,23)
,23)
Inclina o ouvido, e ouve as palavras dos sábios, e
Dá teus ouvidos, ouve o que se diz, Dá teu
aplica o coração ao meu conhecimento. (...)
coração para compreendê-lo.
lo. Vale a pena colocá-
colocá
Porque é coisa agradável os guardares no teu
lo em teu coração, enquanto... (cap. 1)
coração... (Provérbios 22:17,18)
Não removas o marco dos limites da terra arável,
Nem perturbes a posição do cordão de medida; Não removas os marcos antigos, nem entres nos
Não cobices nenhum côvado de terra, nem campos dos órfãos (Provérbios 23:10)
ultrapasses os limites de uma viúva. (cap. 6)

...eles [os ricos] fizeram para si asas como que de Pois, certamente, a riqueza fará para si asas, como
gansos E voaram para os céus. (cap. 8) a águia que voa pelos céus (Provérbios 23:5b)

Quando te assentares a comer com um


Não comas diante de um nobre, Nem deposites
governador, atenta bem para aquele que está
primeiro em tua boca. Se estas satisfeito com
diante de ti; (...) mete uma faca à tua garganta, se
mastigações falsas elas são passatempo para tua
és homem glutão. (...) Não cobices os seus
saliva.
aliva. Olha para o copo diante de ti, Que ele te
delicados manjares, porque são comidas
supra as necessidades (cap. 23)
enganadoras (Provérbios 23:1-3)

A Sabedoria de Provérbios resume-se na habilidade de saber lidar com o dia-a-dia


adaptando-sese às circunstâncias e as pessoas. Sabedoria pode ser: a perícia do artesão
ou do artista (Êxodo 31:1-1111; 35:10-19,25-35; Isaías 40:20),
20), do governante ou do juiz
(lº Reis 3:1-28),
28), a sabedoria de vida (Provérbios 6:1-35),
6:1 35), em resumo,
resumo a sabedoria é o
saber adquirido tanto pelo conhecimento e pela experiência da vida, com a sabedoria é
possível lidar melhor com as circunstâncias e as pessoas, e também é possível entender
os sucessos, as derrotas, os fracassos e as atitudes.

Contudo a Sabedoria do povo de Israel é bem diferente das demais nações ao seu
ue Deus foi é referência quanto à busca da verdadeira sabedoria “...O
redor, porque
temor do Senhor é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a
instrução (...) O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e a ciência do Santo,
a prudência...” (1:7; 9:10).

O livro de Provérbios na sua maior parte não se refere às coisas religiosas como:
regulamentação cúltica, mandamentos ordenados por Deus ou assuntos religiosos, mas
se refere mais as questões da vida diária das pessoas em particular, e coletiva como:
família (12:4; 19:14; 21:9; 31:10-31),
31:10 adultério (6:20-34),
34), educação (13:24 comparar
3:12; 22:15; 23:13-14),
14), convivência entre pais e filhos (10:1; 28:24; 30:17), relações
entre os governantes e os governados (14:35; 16:12; 22:29; 25:6) retidão nos negócios
negóci

11
Introdução
ntrodução ao Antigo Testamento - William Lasor. Vida Nova, 1999 – p.508

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(11:1; 20:10,23), questões comuns como: a moral (12:17; 15:21), e a conduta social
(23:1-3; 25:17; 27:1).12

Em Provérbios, a “Doutrina da Retribuição” é óbvia, e dominou totalmente o


entendimento dos seus escritores, claramente se vê essa doutrina da seguinte
se forma: as
pessoas que praticam boas ações recebem “prêmio”, e as que praticam más ações
recebem “castigo” conforme se ler “...Eis que o justo é punido na terra; quanto
mais o ímpio e o pecador!...” (11:31 comparar 12:14; 17:5; 28:20). Porém no dia-a-
dia
dia, ou na prática experimental nem sempre quem pratica boas ações recebe
“prêmios”, e quem pratica más ações recebe “castigo” (Salmo 73:12; Jeremias
12.1,2; Habacuque 1:13), e isso tem deixado muitas pessoas inquietas, ao ponto de
duvidar se o mundo é realmente
almente governado por Deus com justiça. Parece que a
“Doutrina da Retribuição” entrou em estado de dúvidas e incertezas, isto é, o “bem”
e o “mal” entraram em colisão, mas os livros “sapienciais” de Jó, Provérbios, e
Eclesiastes, ensinam que o “bem”, o “amor”, e o “perdão”,, vencem o “mal”.

O termômetro de como eu e você nos relacionamos com Deus, é o modo de como nós
nos relacionamos com as outras pessoas, amando-as,
amando respeitando-as
as e confiando nelas.
O livro de Provérbios é um eterno desafio de fé, que nos ensina que a fé não pode estar
separada da vida cotidiana, porque seus problemas existem, e nos impõem uma
sabedoria prática, e espiritual, e devemos estar cientes que Deus é o SENHOR de tudo
que diz respeito à vida de todos nós.

Resumo para a Avaliação Intermediária 4

Textos:

Descreva ou Responda com suas Palavras:

1. O Propósito do Livro de Provérbios.


Provérbios
2. Ass formas literárias usadas no Livro de Provérbios.
Provérbios
3. O significado
nificado da palavra “Provérbio”.
4. O significado da palavra “Sapiencial”.
5. A Sabedoria Popular está enraizada somente a um local?
6. Qual a diferença entre a Sabedoria do povo de Israel e as demais nações?
7. Qual é o Termômetro do bom relacionamento da pessoa com Deus?

ANOTAÇÕES:

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12
Bíblia de Estudo Almeida – Introdução ao Livro de Provérbios.
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IV – Eclesiastes – Uma Indagação Minuciosa Sobre a Vida.

Introdução.

Eclesiastes juntamente com Ester, Cântico dos Cânticos, Rute, e Lamentações é


considerado pelos judeus como literatura de sabedoria, fazendo parte do “Megilloth”,
livros lidos liturgicamente, em algumas festas israelitas, e também nas Sinagogas (vide:
mais informações em Cântico dos Cânticos). Eclesiastes era lido na “Festa dos Tabernáculos”.
Tabernáculos”
O destaque que Eclesiastes dá sobre os prazeres da vida faz a sua leitura ser
indispensável nesta festividade. Assim, logo depois de seu aparecimento ele
conquistou boa reputação e passou a pertencer aos escritos com os quais aos poucos
foi-se
se formando a terceira parte do cânon da Bíblia Hebraica.

Eclesiastes é um livro que desafia o leitor e talvez este seja o principal motivo de ser
um dos livros da Bíblia menos lido. “Para seu autor, nada faz sentido; o mundo todo parece
desequilibrado e torto. Certamente, vivemos num mundo que ora se comporta conforme regras estruturadas,
ora se rende a contradições absurdas. Este é um livro muito atual, pois ainda não aprendemos suas lições mais
básicas. Estamos fascinados com as atrações e prazeres do mundo de hoje. Mas o livro serve de advertência
advertênc
clara contra a tentação de depender do sucesso e da prosperidade. É um livro escrito para nos tornar
13
realistas”.

Propósitos – Mostrar que a vida sem Deus não tem sentido, assim,
assim poupar as pessoas
de aprender pela própria experiência e buscar responder à pergunta: “Que proveito tem
sabedoria?” 14
o homem no trabalho e na sabedoria?”.

Autor – O capítulo inicial de Eclesiastes apresenta indiretamente que Salomão é seu


autor (1:1,12). Outras referências internas concordam com essa informação por referir-
referir
se à sua incomparável
arável sabedoria (1:16); suas oportunidades para o prazer carnal (2:3);
suas atividades de construtor (2:4-6);
(2:4 6); seu séqüito e sua prosperidade (2:7,8).

Data – Provavelmente entre


ntre 977-935
935 a.C., no fim da vida do rei Salomão em
Jerusalém.

Versículo-Chave – “...De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda
os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem...” (Eclesiastes
12:13).

Esboço:

1 – Introdução: A Colocação do Problema (1:1-11).


2 – Primeira Pregação: A Vaidade da Sabedoria Humana
Human (1:12 – 2:26).
3 – Segunda Pregação: O Homem em Face das Leis da Vida (3:1 – 5:20).
4 – Terceira Pregação: Os Bens Materiais não Satisfazem Plenamente (6:1 –
8:17).
5 – Quarta Pregação: As Injustiças Serão Julgadas por Deus (9:1 – 12:8).
13
A Bíblia que Jesus Lia - Philip Yancey – p.58,59
14
Bíblia de Estudo de Genebra, p. 768
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6 – Conclusão: O Verdadeiro Sentido da Vida (12:9-14).

Canonicidade – O livro de Eclesiastes era muito questionado entre os rabinos judeus


quanto a sua autoridade divina, por ser considerado um livro filosófico, por isso o
mesmo só foi reconhecido no Cânon
Cânon do Antigo Testamento a partir do Concílio de
Jamnia,
mnia, na Judéia oriental, cerca de 90 d.C., quando o Cânon do Antigo Testamento
ficou completo com 39 livros conforme conhecemos hoje.

Composição Textual de Eclesiastes.

O nome do livro origina-se se da versão


versão grega Septuaginta (LXX) Eclesiastes, que
significa “pregador”, o que fala a uma assembléia. Provavelmente é este o sentido do
título em hebraico Qõhelet, termo que significa “pregador” ou “preletor” e que nos
dá a ideia
ia de uma reunião de pessoas.

O termo Eclesiastes é considerado uma boa tradução visto que procede da palavra
grega ejkklhsiva (ekklēsia)
ēsia), “Assembléia”.

Com base nas suas experiências e reflexões o autor de Eclesiastes oferece um estudo
espiritual e filosófico não sistemático como os de Sócrates (470–399
399 a.C.), Aristóteles
(384–322
322 a.C.), Immanuel Kant (1724–1804
(1724 1804 d.C.) ou Georg Wilhelm Friedrich Hegel
1831 d.C.), mas muitíssimo atraente. Ele realmente fala como um “Qõhelet”
(1770–1831
ou “pregador”, as suas investigações e conclusões, estabelecendo
estabelecendo um estudo sobre a
vida em forma de prosa e poesia.

O autor nas suas reflexões sobre a vida usa enfaticamente frases como: “...debaixo do
sol...” 27 vezes (1:3,9,14; 2:11,17-20,22;
2:11,17 20,22; 3:16; 4:1,3,7,15; 5:13,18; 6:1,12; 8:9,15,17;
9:3,6,9,11,13; 10:5), “...Vaidade...”, ou “...Tudo é vaidade...”, ou “...Também isso é
vaidade...”, ou “...da tua vaidade...” 28 vezes (1:2,14; 2:1,11,15,17,19,21,23,26;
3:19; 4:4,7,8,16; 5:7,10; 6:2,9,11,12; 7:6,15; 8:10,14; 9:9; 11:8,10; 12:8).
“...Vaidade...”, ou “...Tudo é vaidade...”, ou “...Também isso é vaidade...”, ou
“...da tua vaidade...” são frases que se referem, as coisas ilusórias ou enganosas,
indicando que (tudo é vapor, ou hálito), isto é, frívolo, fútil, sem firmeza ou solidez,
que se vai com rapidez, como a névoa ou como o vento que sopra.

Mesmo em toda a sua sabedoria o escritor de Eclesiastes demonstra um conhecimento


limitado sobre o propósito de Deus para a vida do ser humano e faz a seguinte
pergunta: “...Que
Que vantagem tem o homem de todo o seu trabalho, que ele faz
debaixo do sol?...” (1:3). O autor dirige sua atenção ao mundo da natureza, e descobre
que a vida do ser humano também tem um período em que há intermináveis repetições
11). Continuando sua análise e busca pela sabedoria o Qõhelet (pregador)
(1:4-11).
descobre que no mundo nada existe de novo, e assim ele continua insatisfeito e triste
diante das coisas fúteis que acontece “...debaixo do sol...” (1:12-18).
18).

O Qõhelet (pregador) através de viver uma boa vida em suas mansões com belos
jardins, músicas, vinhos, e também ter uma ótima cultura, continuou na sua
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averiguação, e chegou à conclusão que os prazeres também são decepcionantes (2:1-


(2:1
11).

Há um paradoxo em buscar a sabedoria, mesmo que o homem seja sábio


sábio o seu futuro é
desconhecido, e aquele que é insensato (imbecil) tem um mesmo final, e daí vem à
pergunta: Por que não viver como o insensato (imbecil), que vive somente para o
presente? (2:12-23).

Depois o Qõhelet (pregador) entendeu os propósitos de tudo que Deus criou, e


determinou para o período da vida do ser humano, que são as alegrias da vida como:
“...comer, beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho...”, tudo isto é
para o homem desfrutar delas (2:24–3:15;
(2:24 5:18), e também fazê-lo
lo ser responsável
diante de Deus (3:16-22).

Que relação há entre a posição “sócio-econômico” do homem e a vida? Quem


goza ou se delicia mais da vida – aquele que é cumpridor das suas
responsabilidades que lhe foram confiadas (4.1-3),
(4.1 3), ou o aquele que é hábil
empresário, que busca riquezas e popularidade (4:4-16)?.
(4:4 . Por isso é preciso se ter
cuidado com os ganhos e os lucros da vida pois eles podem trazer grandes perdas,
todos devem depender de Deus pois Ele é quem tudo providencia (5:1–6:12).
(5:1

O Qõhelet (pregador)
dor) aconselha a moderação em tudo, porque nenhum ser humano
conseguirá atingir a sabedoria perfeita, e o modelo exemplar de vida equilibrada,
embora Deus criou o homem justo (7:1-29).
(7:1

Nenhum ser humano conhece o futuro. Quando a morte o chama – seja ele bom ou mal
– fica frágil, por isso todos devem temer a Deus (8:1-17).
(8:1

Segundo o Qõhelet (pregador) a morte mesmo sendo fatal, não deve impedir o ser
humano de desfrutar plenamente da sua vida (9:1-12).
(9:1 12). Todavia é importante aplicar a
sabedoria em todas as coisas, por isso ele chama a atenção para “...um homem pobre,
porém sábio, que livrou (sua cidade) pela sua sabedoria...” (9:13-18).18). A moderação
é algo que deve estabelecer regras para os deleites da vida por parte de todos. A falta
de entendimento traz muitas
uitas tristezas e privações (10:1-20).
(10:1

O Qõhelet (pregador) instrui que se deve conservar na mente determinadas regras e


práticas. Por exemplo: Praticar o bem lançando o pão “...sobre as águas, porque
depois de muitos dias o acharás (...) Reparte com sete e ainda com oito, porque
não sabes que mal sobrevirá à terra...”,
terra...”, embora você não saiba o seu o futuro (11:1-
(11:1
6). Ninguém deve ser epicurista – doutrina de Epicuro, filósofo materialista grego
(341–270 a.C.) – que só busca o bem presente.

Os jovens devem desfrutar bastante da vida, mas devem ter consciência de que Deus é
quem faz a avaliação e o julgamento final (11:7-10).
(11:7

Solenemente o Qõhelet (pregador) no último capítulo faz uma alegoria para que a

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mocidade se prepare para a velhice e para a morte, avisando


avisando que eles se lembrem de
Deus O Seu Criador, enquanto for jovem.

Há um perigo que nenhum ser humano escapa, atingindo a velhice, que é a


degeneração dos membros inferiores, superiores e viril do corpo, e de suas faculdades
facul
mentais, que pode se apoderar
apoder dele e torná-lo
lo incapacitado de levar Deus em conside-
conside
ração (12:1-7).

Finalmente o Qõhelet (pregador) (12:13,14) adverte a todos dizendo: “...De tudo o


que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos;
porque isto é o dever de todo homem. (...) Porque Deus há de trazer a juízo todas
as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más...”.

Deus julgará os homens pelos seus atos, até mesmo as coisas secretas,
secreta segundo o bem
ou mal, e no Seu grande trono branco para o destino eterno (Apocalipse
ocalipse 20:11-15).

V – Cântico dos Cânticos Shir Hashirim ou Cantares de Salomão – Deus


Ensinando Como as Pessoas Devem Desfrutar do Amor.

Introdução.

O nome do livro “Cântico dos Cânticos” se encontra no primeiro versículo do livro.


liv é
uma tradução literal do hebraico Shir Hashirim.. Cântico dos Cânticos pode ser
descrito como o melhor ou o mais excelente cântico.

Nas escrituras hebraicas, Cântico dos Cânticos é chamado de Megilloth –


transliteração da palavra hebraica, no plural, que significa “rolos”.. Os outros livros
que compõe o Megilloth são: Ester, Rute, Lamentações, Eclesiastes que na Bíblia
hebraica aparecem na seção intitulado hagiógrafos.

Estes livros são lidos liturgicamente, em algumas festas israelitas, e nas Sinagogas:

 Ester, lido na Festa de Purim;

 Cântico dos Cânticos,


Cânticos lido todos os anos na Páscoa, os judeus o chamam de
Shir Hashirim;

 Rute, lido na Sinagoga no segundo dia da Festa de Pentecostes (shavuót);


(

 Lamentações, lido na sinagoga dia 09 do mês Av (nome do quinto mês judaico


corresponde aproximadamente a julho–agosto)
julho agosto) durante a manhã e a noite em
comemoração do Tishá Be-av
Be (dia da destruição dos primeiro e segundo
Templos de Jerusalém em época diferentes);

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 Eclesiastes, lido aos sábados na Sinagoga durante a Festa das Cabanas (Sucot)
(
ou Festa dos Tabernáculos.

Propósito – Falar de um grande amor entre um homem e uma mulher.

Autor – Salomão.

Data – Provavelmente no início do reinado de Salomão.

Tema – O amor de Salomão por sua noiva Sulamita e da profunda afeição que ela tem
por ele.

Versículo-Chave – “...Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu; ele se


alimenta entre os lírios...” (Cântico dos Cânticos 6:3).

Personagens-Chave – Os principais são Salomão (1:1,5; 3:7,9,11; 8:11,12) e a jovem


Sulamita (6:13).

Personagens Secundárias – Filhas de Jerusalém (1:5; 2:7; 3:5,10; 5:8,16; 8:4);


Irmãos da Sulamita (1:6); O Pastor de Ovelhas (1:7); Outros Pastores de Ovelhas
companheiros do Pastor (1:7,8).

Canonicidade – Cântico dos Cânticos não foi incluído de imediato no Cânon da


Bíblia Hebraica porque havia muitas dúvidas quanto a sua autoridade divina, por ser
considerado erótico, por isso o mesmo só foi reconhecido no Cânon do Antigo
Testamento a partir do Concílio de Jamnia, na Judéia oriental, cerca de 90 d.C.,
quando o Cânon do Antigo Testamento ficou completo com 39 livros conforme
conhecemos hoje. Ele está entre os escritos Hagiógrafos (vide abaixo), sendo um dos
cinco Megilloth (vide abaixo). Após o livro ser incluído no Cânon, surgiu várias formas
de interpretações, e as mais destacadas são: a alegórica, e a literal.

Hagiógrafos – Vocábulo que vem do grego, ágios, “sagrado” + grapho, “escrever”,


significando então “escritos sagrados”. Os Escritos
Escritos Sagrados fazem parte da terceira
divisão do Cânon da Bíblia hebraica que tem os seguintes livros pela ordem: Salmos,
Provérbios, Jó, Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel,
Neemias e Crônicas.

Esboço:

1 – O amor mútuo dos que se amam verdadeiramente (1:2-2.7).


2 – A Busca e a descoberta dos amantes (2:8 – 3:5).
3 – O cortejo nupcial e o Casamento (3:6 – 5:1).
4 – O amor desprezado, mas reconquistado (5:2 – 6:9).
5 – A beleza e a humildade da sulamita (6:10 – 8:4).
6 – A aliança do amor ratificada no lar da sulamita (8:5-14).

40
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Composição Textual de Cântico dos Cânticos.

A autoria do livro está no primeiro versículo do livro de Cântico dos Cânticos que
apresenta Salomão corno seu único autor.

A Tradição e a Igreja reconhecem


hecem que Salomão é o autor de Cântico dos Cânticos. Até
mesmo críticos conservadores se juntaram aos liberais no exame deste livro e estão
inclinados a aceitar que realmente Salomão é o seu autor, por reconhecerem uma
estreita semelhança lingüística e de vocabulário com Eclesiastes que é comum aos dois
livros.

Todavia, existe um grupo de críticos que colocam a data de Cântico dos Cânticos no
período pós-exílico
exílico e até helenístico. Recentemente outros mais moderados
apresentam urna data pré-exílica
exílica para o livro.

Quanto ao estilo lingüístico evidencia-se


evidencia se que é de autoria de Salomão pelos seguintes
motivos: várias espécies de plantas, e animais, isso está em harmonia com a sabedoria
de Salomão que apresenta o rei corno conhecedor da flora e da fauna de seu tempo
t (1º
Reis 4:33). Há também uma relação entre a informação sobre a Cavalaria de Faraó
(1:9 comparar com 1º Reis 10:28). Além disso encontramos menção de muito luxo
real, produtos importados, produtos cosméticos, prata, ouro, púrpura, marfim, berilo,
etc.,., que se combinam muito bem com a época, e os costumes de Salomão.

O amor de ambos descritos com imagens fortes e sublimes retiradas do romantismo e


da sensibilidade, exposto com finas expressões de respeito, atenção, delicadeza numa
mutualidade exemplar,, que serve de modelo para o relacionamento conjugal de todo o
casal cuja união é fundamentada num amor puro e verdadeiro, em que também o amor
“Eros” tem o seu lugar.

Interpretação de Cantares:

A Interpretação Alegórica.

Era a interpretação mais aceita tanto por judeus como cristãos desde os tempos mais
antigos aos modernos. Essa interpretação serviu de base do período medieval até a
Reforma, atualmente possui poucos partidários.

Os judeus identificam Salomão com o Senhor, e a Sulamita com Israel, isto é, o amor
entre o Senhor e Israel, e os cristãos identificam Salomão com o Senhor Jesus Cristo, e
a Sulamita como a Igreja.

Dados secundários do livro foram encarados simbolicamente, como:

 O homem é Jesus Cristo, e a mulher é a Igreja;

 Os beijos do homem
em são a Palavra de Deus (1:2) e a pele morena da moça é o

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pecado (1:5);

 Os seios da moça é a doutrina que alimenta a Igreja (7:7), os lábios da moça é a


lei e o evangelho (4:11);

 O exército com bandeiras é a igreja como inimiga de Satanás (6:4);

 As 80 concubinas do rei Salomão seriam as oitenta heresias que iriam afligir a


Igreja (6:8).

O problema principal dessa interpretação é que ela estabelece uma base erótica para o
relacionamento de Cristo com a Igreja principalmente na Teologia paulina, e quando o
Novo Testamento fala da Igreja como a Noiva de Jesus Cristo não está fazendo
referência nenhuma ao livro Cântico dos Cânticos.

Não é cabível um cristão ou a Igreja louvar a Deus nos modos de (1:2,16; 5:10-16),
5:10
nem tampouco Jesus Cristo descrever Sua Igreja
Ig nos modos de (7:1-9).
9).

O escritor Bernard Ramm diz: “A Bíblia tratada alegoricamente, torna-se


torna massa mole
nas mãos do exegeta. Sistemas doutrinários diferentes poderiam surgir dentro do
esquema de hermenêutica alegórica [interpretação], e não haveria meio de
determinar qual seria a interpretação verdadeira [...]. O método alegórico ressalta o
subjetivo, e o triste resultado é o obscurecimento da Palavra de Deus”.

A Interpretação Literal.

Considera o livro como um cântico secular do amor, sem se tratar de uma mensagem
espiritual com opiniões teológicas.

Esta interpretação literal se subdivide em duas:

 A Hipótese do pastor, apresenta 3 personagens principais: Salomão, o rei (1:1,5;


3:7,9,11; 8:11,12), a jovem Sulamita (6:13); e o seu marido o Pastor
Pas de Ovelhas
(1:7) a quem ela permanece fiel, apesar das tentativas insinuantes do rei. Os
aderentes desta hipótese do pastor (Jacobi, Umbreit e Ewald) através de uma
opinião de capricho pessoal atribuem as declarações mais calorosas de amor à
jovem Sulamita
mita ao jovem pastor de ovelhas, e as declarações de uma maneira mais
convencional ao rei Salomão. Por exemplo: no capítulo 4:1- 4:1-15 existem duas
declarações de amor inconfundíveis: os Vv–1-77 são declarações atribuídas a
Salomão, e os Vv–8-15 15 são declarações atribuídas ao jovem Pastor de Ovelha
marido da Sulamita. Exegeticamente não há nada no texto de 4:1-154:1 que aponte
haver duas pessoas distintas declarando seu amor a jovem Sulamita de formas
diferentes.

NOTA: Eu professor pastor Isaac Pinto de Oliveira, adoto doto a posição de que
Cântico dos Cânticos somente conta com dois personagens-chavechave envolvidos
neste romance: Salomão (o rei) a jovem (a Sulamita). Os demais personagens são
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secundários.

 Hipótese erótica, descrita como uma coleção de trechos sobre canções de amor,
defendida por alguns estudiosos como Budde, Eissfeldt, Pfeiffer, e Dussaude.

O problema dessa interpretação é que a sua literalidade acaba por secularizar tanto o
amor que elimina qualquer base teológica que acaba por não justificar a sua existência
existê
no cânon (veja:: Cononicidade).

A Interpretação Típica.

Essa interpretação reconhece que realmente existiu um relacionamento entre o rei


Salomão e a jovem Sulamita que tinha um belo corpo e uma bela alma, mas que
mesmo sendo uma jovem simples ensinou ao rei o verdadeiro significado do amor e da
união monogâmica.

Esta interpretação eleva o amor a um nível ideal e pode-se pode se dizer até sagrado,
representando assim a uniãoo de Jesus Cristo com a Igreja.

O que nos ensina Cântico dos Cânticos?

a) Um belo cântico que descreve o amor entre um homem e uma mulher em termos
inspiradores, não só na questão prática do relacionamento físico como hoje se dá
com os mecanismos mos e técnicas
técnicas em termos de relação sexual, e que torna
desprezível este momento. Este cântico merece total atenção, porque não é errado
falar sobre as belezas do corpo humano (4:1-5; 5:10-16; 6:5-7;
7; 7:1-5);
7:1

b) A instrução e o cuidado familiar são importantes


impor (8:8-10). A família deve ser um
“muro” para manter longe os intrusos, e não uma “porta” de entrada para qualquer
um e, assim, prejudique nossa família;

c) O perigo da indiferença ou negligência entre os cônjuges (5:2-8);


(5:2

d) O perigo que causam as “raposas” e principalmente


principalmente as “raposinhas” (2:15)
“raposinhas” são as coisas que achamos insignificantes, mas que podem
po destruir o
casamento principalmente no seu início;

e) O verdadeiro amor não tem preço que o Dinheiro possa pagar (8:6,7).

Conclusão.

cos deve ser entendido sobre uma base Teológica correta, e


O livro Cântico dos Cânticos
que contém vários aspectos sobre o “Amor”.. Ele requer dos leitores, dos estudantes, e
dos apreciadores, maturidade no julgamento de todas as qualidades do Amor “Eros”,
“Philéo”, e “Ágape”, por isso os doutores da lei judaica (rabinos) criaram uma regra
de que o judeu só poderia ler Cântico dos Cânticos após os trinta anos de idade.

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Deus é maravilhoso, e Ele se interessou, e ainda se interessa pelo aspecto do


relacionamento físico. Afinal de contas, Ele nos fez sexuado. Como isso é uma parte
muito importante
portante na vida do ser humano, Deus providenciou
providenciou Cântico dos Cânticos
para falar sobre este assunto. Assim o amor descrito neste livro pode ser transformado
na grande mensagem do amor “Eros” que em nenhuma huma parte da Bíblia é descrito com
tanta realidade e beleza.

O relacionamento conjugal precisa do amor “Eros”, esse é o amor entre o homem e a


mulher que abrange o “anseio” e o “desejo”.. É o amor que se expressa sexualmente, é
romântico e sensual. É inspirado
inspirado na estrutura biológica da natureza humana criada por
Deus. No casamento, marido e mulher devem amar-seamar se romântica e eroticamente. O
pleno prazer dos “cânticos” entoados neste livro está na beleza do corpo e nos desejos
sensuais aqui expressados.

lacionamento conjugal precisa do amor “Philéo”, que é o amor fraternal, esse


O relacionamento
amor inclui a “preocupação”, o “cuidado”, e a “hospitalidade”, bem como o amor
às coisas no sentido de “gostar de”. É o amor amizade que significa
“companheirismo”, “comunicação”, e “cooperação”. No casamento, marido e
mulher são também amigos.

O relacionamento conjugal precisa muito mais do amor superior de Deus que é o


Amor “Ágape”.. Esse amor é a virtude suprema, pois esse amor é a base de todas as
virtudes cristãs, mais importantes
importa que a “fé”, ou a “esperança” (1ª Coríntios 13:13;
14:1a; 16:14). O amor “Ágape” é entrega. É amor sacrificial. É aquele sentimento que
permanece igual, quando “Eros” e “Philéo” tornam-se se incapazes. “Ágape” é
bondade, é natureza solidária, é atencioso, é sensível para com as necessidades do ser
amado. “Ágape” é satisfação, é perdoador, é a prova máxima da espiritualidade de um
casal no casamento.

Mas como é importante entendermos que o próprio Deus nos fez capaz não somente de
um relacionamento com Ele proporcionado pelo Seu Amor “Ágape”,
“Ágape” ou com o nosso
próximo, pelo amor “Philéo”, mas nos fez para termos um amor “Eros” uma relação
erótica, cheia de “anseios”, “desejos”, e “sensibilidade” com quem amamos, em
cumprimento ao Seu projeto divino-familiar
divino e à Sua vontade, para sermos uma só
carne “...E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne;
esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. (...) Portanto, deixará o
varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á
apegar à sua mulher, e serão
erão ambos uma
carne...” (Gênesis 2:23,24).

Só Cântico dos Cânticos fala espontaneamente, francamente, sinceramente desse amor


“Eros” que é também dádiva de Deus para o deleite do ser humano e a perpetuação da
sua espécie.

O amor conjugal é restrito, fechado.


fechado. Em termos de amor sexual, cada cônjuge deve
permanecer como um “...Jardim fechado... manancial fechado, fonte selada...”

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(4.12).

Todos os cristãos devem conhecer o tempo certo de Deus para a intimidade sexual. O
amor não deve ser despertado até que esteja pronto (2:7; 3:5; 8:4). A sociedade que
não teme ao Senhor diz: “em qualquer tempo, em qualquer lugar”.
lugar” Deus diz: “em
meu tempo, em meu lugar”.
lugar”

Este livro é um canto poético, e sapiencial. Esse livro jamais se pode deixar de lado,
principalmente nesta época de “amor sem compromisso”.

Resumo para a Avaliação Intermediária 5

Textos:

1. Descreva ou Responda com suas palavras Sobre Eclesiastes:

a) De onde vem o termo Eclesiastes.


Eclesiastes
b) Oss nomes que o Livro de Esclesiastes recebe.
recebe
c) As frases que o autor de Eclesiastes usa nas suas reflexões sobre a vida.
vida
d) O conhecimento limitado dodo escritor de Eclesiastes sobre o propósito
propós de Deus
para a vida do ser humano.
e) Que tipo de vida que tinha o Qõhelet (pregador)?
f) Qual o Paradoxo que existe entre o homem sábio e o insensato (imbecil)?
(imbecil)
g) Mesmo a morte sendo fatal isso impede desfrutarmos plenamente da vida?
h) Como o corpo humano reage quando se atinge a velhice?
i) Qual a Advertência final de Eclesiastes?

2. Descreva ou Responda com suas palavras Sobre Cântico dos Cânticos:

a) Qual a dificuldade encontrada para o livro de Cântico dos Cânticos ser


canonizado?
b) Qual o texto que prova que Salomão é o autor do livro?
c) Qual o estilo linguístico
ístico evidente que o livro é de autoria de Salomão?
d) Qual o problema que a Interpretação Alegórica estabelece para o
relacionamento de Cristo com a Igreja?
e) Ass subdivisões da Interpretação Literal.
Literal
f) Como o amor conjugal
conjuga ou sexual deve permanecer e de que maneira?

ANOTAÇÕES:

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IV.Adendo
V. Entendendo Corretamente os “Salmos Imprecatórios”.

Há milênios que os Salmos exercem grande atração para ambos os povos de Deus
(judeus e cristãos).

As emoções boas e más se encontram no ser humano e não importa quão feliz ou
infeliz ele seja os salmos (principalmente
( Davi)) ajudam expressar profundamente essas
emoções caso seja necessário (cf. Salmos 98 ou 133 ou 23:5,6).

Se a pessoa está triste os salmos imprecatórios ajudam expressar profundamente essa


tristeza caso seja necessário (cf. Salmos 69:7-20
69:7 ou 88:3-9).

Os Salmos Imprecatórios são as orações de petição a Deus que envie sobre alguém
males através de uma linguagem bem exagerada (hipérbole).
(

ristão entender que a tristeza com seus resultados (ódio,


É importante o cristão ódio, amargura, ira),
ira e
a alegria não são pecaminosas. O cristão deve tomar todo o cuidado para que o ódio, a
amargura e a ira não o leve a pensamentos e desejos maus, e produzam ações
pecaminosas, e a tentativa
ntativa de ofender ou molestar alguém. Com toda a certeza é
melhor expressar a tristeza com seus resultados através de palavras do que esvaziá-la
esvaziá
com seus resultados através de ações violentas.

Certamente alguns Salmos nos ajudam como dirigir nossa tristeza


tristeza com seus resultados
para Deus e através de Deus dizendo-Lhe
Lhe palavras, ao invés de dizer para alguém ou
contra alguém, ou cometer ações pecaminosas,
pecaminosas, e a tentativa de ofender ou molestar
alguém. Os Salmos que contêm exposições verbais diante de Deus da nossano tristeza
com seus resultados são chamados de Salmos imprecatórios.

É muita hipocrisia o cristão negar que às vezes tem pensamentos negativos a respeito
de alguém. Através dos Salmos imprecatórios e também do Novo Testamento, Deus
faz o seguinte convite: “...Irai-vos
“...Irai vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração
e sossegai (...) Irai-vos
vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira...”
(Salmo 4:4; Efésios 4:26).

A Palavra de Deus não diz que o cristão nunca deve sentir irritação, mas ensina que ele
deve saber controlar de maneira conveniente,
conveniente, por intermédio de falar tudo que sente
diretamente para Deus e através d’Ele, ao invés de retribuir o mal a quem nos fez mal
(Romanos 12:17,18). Os Salmos Imprecatórios põe sob dependência a tristeza com
seus resultados e nos ajudam a dizer diante de Deus o que sentimos sem causar
nenhum mal a alguém, pois não devemos fazer justiça com as nossas mãos “pois a
Deus pertence a vingança” (cf. Deuteronômio 32:35; Romanos 12:19).
12:19).

Os Salmos Imprecatórios potencialmente se acham nas lamentações ou queixas


individuais (cf. Salmos 12, 35, 58, 59, 69, 70, 83, 109, 137, 140).

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Exemplo de uma Seção de um Salmo Imprecatório (Salmo 137:7-9):


137:7

7) Contra os filhos de Edom, lembra-te,


(v-7) lembra Senhor, do dia de Jerusalém, pois
diziam: Arrasai, arrasai-a,
a, até aos fundamentos.

8) Filha da Babilônia, que hás de ser destruída, feliz aquele que te der o pago
(v-8)
do mal que nos fizeste.

Esta é uma lamentação pelo sofrimento padecido por Judá (Reino Sul S de Israel)
quando estava no cativeiro babilônico, Jerusalém sua capital tinha sido destruída e sua
terra lhes fora tirada pelos babilônios, ajudados e encorajados pelos edomitas país dos
descendentes de Esaú (Números 20:18-21)
20:18 21) que ficava ao sul do mar Morto,
M eram
inimigos tradicionais de Judá (Reino Sul de Israel) que fizeram acordo com o império
babilônico como informantes e ajudadores para invadir Jerusalém e depois celebraram
a derrota de Judá (Obadias Vv-10-15;
Vv Ezequiel 25:12-14; 35:15).

(v-9) Feliz aquele que pegar teus filhos e esmagá-los


esmagá los contra a pedra.

Esta prática fazia parte dos atos de guerra daqueles tempos (cf. Isaías 13:16; Oséias
10:14; Naum 3:10).

Em obediência à Palavra de Deus: “...A mim me pertence a vingança, a retribuição,


a seu tempo,
mpo, quando resvalar o seu pé; porque o dia da sua calamidade está
próximo, e o seu destino se apressa em chegar...” (Deuteronômio 32:35; cf.
Romanos 12:19. Hebreus 10:30) o salmista desta lamentação pede o julgamento de
acordo com as maldições da Lei a Antiga
An Aliança (Deuteronômio 32:25; 19:11-13;
19:11
Números 35:16-21).

É Deus quem realmente escuta as palavras encolerizadas (Salmo 137:7-9).


137:7 Só assim
podemos entender que os Salmos Imprecatórios podem nos ajudar a nos manter longe
de fazermos justiça com nossas próprias mãos e também nos manter longe do pecado.

Os Salmos Imprecatórios não desmentem o ensino de Jesus Cristo “...amai os vossos


inimigos e orai pelos que vos perseguem...” (Mateus 5:44). Jamais se pode nivelar o
“amor” que Jesus Cristo quer que o cristão
cristão exerça de maneira funcional com “uma
disposição enérgica para com alguém”.
alguém”. Não se trata tanto de como você se sente
acerca de alguém, mas, sim, o que você faz em favor dela, que demonstra amor (cf.
Lucas 10:25-37).

O mandamento bíblico de Jesus Cristo é praticar o amor e não simplesmente sentir


amor. E os Salmos Imprecatórios ajudam-nos
ajudam a sentir ira e não praticar a ira “...Não
deixem que o mal vença vocês, mas vençam o mal com o bem...” (Romanos 10:21 -
NTLH).

almo 139:21,22 Davi diz: “...Não aborreço eu, Senhor, os que te aborrecem? E
No Salmo
não abomino os que contra ti se levantam? (...) Aborreço-os
Aborreço os com ódio consumado;

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para mim são inimigos de fato...” O termo “ódio” nos Salmos tem sido comumente
mal compreendido. Essese ódio que Davi sentia por seus inimigos vinha de seu zelo por
Deus, porque ele via seus inimigos como inimigos de Deus. Assim o ódio que Davi
sentia era um desejo pela justiça de Deus e não por vingança pessoal.

Em Malaquias 1:3 diz de Deus o seguinte: “...porém aborreci a Esaú...”. A palavra


“odiar” ou “aborrecer” (Malaquias 1:3, cf. Romanos 9:13), expressa rejeição, e não
aversão persistente; má vontade, rancor pessoal pois Deus disse: “...Não aborrecerás
o edomita, pois é teu irmão...” (Deuteronômio 23:7). Deus permitiu Esaú ser pai da
nação de Edom, que se tornou uma das principais nações inimigas de Israel depois da
divisão do reino (2º Reis 12:1-20;
12:1 2º Crônicas 10:1-15). Se analisarmos a frase que diz
que diz que Deus “aborreceu a Esaú” (Malaquias 1:2, :2, cf. Romanos 9:13) pensando
de outra forma fazemos de Deus um pecador.

O cristão deve ter consciência que serve a um Deus Justo e Soberano, um Deus que
prometeu vingar as injustiças daqueles que são maltratados neste mundo. Cultivar ou
manifestar ira contra alguém é algo que o cristão deve evitar (Mateus 5:22).

BIBLIOGRAFIA

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A BÍBLIA. 2ª Edição – Volume-


Volume 4 – Os Livros Sapienciais – São Paulo: Abril S/A.
Cultural e Industrial.

BÍBLIA HEBRAICA. Tradução: David Gorodovits e Jairo Fridlin. Baseada no


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COMENTÁRIO BÍBLICO ANTIGO TESTAMENTO MATTHEW HENRY – Jó a


Cantares de Salomão – Tradução de: Tradução Degmar Ribas Júnior Marcelo Siqueira
Gonçalves Maria Helena Penteado Aranha Paulo José Benício.
Benício. Rio de Janeiro: CPAD,
1ª Edição/2010.

COMENTÁRIO BÍBLICO BEACON – VOLUME-3 – Jó a Cantares de Salomão. Salomão


Tradução deste volume: Valdemar Kroker e Haroldo Janzen.. Rio de Janeiro: CPAD, 1ª
Edição/2005.

DICIONÁRIO INTERNACIONAL DE TEOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO.


R. Laird Harris Ph.D; Gleason L. Archer, Jr., Ph.D; Bruce K. Waltke, Th.D., Ph.D.
tradução Márcio Loureiro Redondo, Luiz Alberto T. Sayão,
Sayão, Carlos Osvaldo C. Pinto.
1ª edição: 1998. São Paulo: Edições Vida Nova, Reimpressão: 2001.

DICIONÁRIO BRASILEIRO DE TEOLOGIA. Organizador: Fernando Bortolleto


Filho – São Paulo: ASTE, 2008.

iLúmina Gold, A Bíblia do Século XXI. São Paulo e Orlando, FL. (USA). Sociedade
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Bíblica do Brasil, 2008.

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Lucy Yamakami, Hans Udo Fuchs e Robson Malkomes. São Paulo: vida Nova, 2001.

MANUAL DA BÍBLIA HEBRAICA INTRODUÇÃO AO TEXTO MASSORÉTICO


GUIA INTRODUTÓRIO PARA A BÍBLIA HEBRAICA STUTTGARTENSIA –
Edson de Faria Francisco – 3ª edição revisada e ampliada – São Paulo: Vida Nova,
2008 – p. 442-444.

O NOVO COMENTÁRIO DA BÍBLIA. Editado por F. Davidson; colaboradores A.


M. Stibbs,
tibbs, E. F. Kevan; editado em português pelo Dr. Russel P. Shedd. – 3ª edição –
São Paulo: Edições Vida Nova, 1997. Reimpressão: 2000.

O NOVO DICIONÁRIO INTERNACIONAL DE TEOLOGIA DO NOVO


TESTAMENTO. Lothar Coenen (Editor Geral da Edição em Alemão) e Colin
Coli Brown
(Editor Geral). Tradução: Gordon Chown. Revisão: Júlio Paulo Tavares Sabatiero –
São Paulo: Vida Nova, 1981 – Reimpressão, 1989.

TORÁ. Tradução: do rabino Meir Matzliah Melamed Z”L. Enriquecida pelos


comentários do rabino Menahem Mendel Diesendruck Z”L. Inclui a tradução das Cinco

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Meguilot por David Gorodovits e Ruben Najmanovich. São Paulo: Editora e Livraria
Sêfer Ltda, 2001.

____ APOSTILAS ESTUDOS ANTIGO TESTAMENTO – IV. Autor Professor:


Walmir Vargas. Campinas: STBI, 2º Semestre de 2002.
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ANDERSEN, Francis I. M.A., B.D., M.Se., Ph.D., D.D. Jó Introdução e Comentário.


Comentário
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