Avaliação Do Rainer
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3. Feminismo no Brasil
a. Trajetória do feminismo desde a busca pela liberdade na época colonial.
b. Destaque para figuras como Nísia Floresta e Bertha Lutz nas fases iniciais do
feminismo.
4. Conquistas e Desafios
a. Marco histórico de 1928: primeiro voto feminino autorizado.
b. Contribuições de mulheres como Carlota Pereira de Queiróz para a representação
política.
6. Desafios Atuais
a. Persistência de desafios, incluindo violência de gênero, disparidade salarial e sub-
representação em cargos de liderança.
b. Diversidade de vozes no feminismo brasileiro e sua busca por uma sociedade mais
justa.
7. Conclusão
a. Síntese da narrativa de resistência, conquistas e contribuições das mulheres
brasileiras.
b. Destaque para o papel do empreendedorismo feminino e do ativismo feminista na
construção de um Brasil mais inclusivo e igualitário.
INTRODUÇÃO:
A história do empreendedorismo feminino no Brasil tem raízes profundas, remontando aos tempos
coloniais, onde as Quitandeiras, mulheres negras e muitas vezes escravizadas, foram pioneiras
ao dar passos significativos no mundo empreendedor em meio a um cenário desafiador. Desde
então, as mulheres brasileiras têm desempenhado papéis fundamentais em diversos setores,
lutando por direitos, conquistando espaços na sociedade e contribuindo significativamente para o
desenvolvimento do país. Além disso, o feminismo no Brasil, marcado por diversas fases e
conquistas, destaca-se como uma força propulsora na busca pela igualdade de gênero e pela
garantia de direitos.
Conquistas e Desafios: O marco histórico de 1928 trouxe consigo o primeiro voto feminino
autorizado, com Celina Guimarães Viana em Mossoró-RN, no mesmo ano em que Alzira Soriano
de Souza foi eleita a primeira prefeita do país, em Lajes-RN. Embora esses atos tenham sido
anulados, abriram um precedente significativo para a discussão sobre os direitos de cidadania
das mulheres.
Em 24 de fevereiro de 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, foi garantido o sufrágio
feminino pelo Código Eleitoral Provisório, uma conquista plenamente reconhecida apenas na
Constituição de 1946. Carlota Pereira de Queiróz, eleita em 1933, tornou-se a primeira deputada
federal brasileira, contribuindo para uma representação feminina mais robusta na política.
AS PIONEIRAS NO EMPRENDEDORISMO BRASILEIRO
As primeiras empreendedoras no Brasil foram as Quitandeiras, mulheres negras, mulheres
escravizadas. A prova de que a injustiça pode calar uma alma, mas não impossibilita a
sobrevivência e a ação de uma vida em busca de seus sonhos. Empoderamento feminino é causa
com representante antiga no Brasil.
O empreendedorismo é uma ação. E não apenas uma ideia do que poderia ser feito. É uma ação
em busca de viabilizar um negócio, gerar renda, buscar estabilidade. É a busca em desenvolver
novos negócios ou apenas sustentar uma atividade já existente.
O melhor exemplo de empreendedorismo no Brasil foram as Quitandeiras.
Foram elas as primeiras mulheres a dar passos concretos no mundo empreendedor no Brasil.
Diante de um cenário realmente crítico. Os negros eram escravizados e, no decorrer da história,
foram "libertados" para que tivessem a vida que quisessem. Se a condição dos negros fosse de
trabalhadores diante de seus patrões - os fazendeiros da época, poderíamos dizer que a primeira
crise de desemprego aconteceu naquele período. E os negros teriam sido dispensados com seus
direitos, teriam uma rescisão de contrato com benefícios. E nem precisariam pagar por suas
cartas de alforria. E não teríamos as dificuldades sociais e culturais, a desigualdade que temos
atualmente.
Ocorreram ações desumanas e injustas. E mesmo com tantos atos descabíveis, os negros não
abaixaram a cabeça e nem se acomodaram. No caso, as negras lideraram a situação.
Feminismo no Brasil
O feminismo no Brasil tem suas raízes na busca pela liberdade durante o período colonial,
evoluindo para a luta pela educação feminina, direito ao voto e abolição dos escravos no Brasil
Colônia (1500-1822). Durante o Império (1822-1889), Nísia Floresta se destaca como fundadora
da primeira escola para meninas, tornando-se uma grande ativista pela emancipação feminina.
O movimento feminista brasileiro diversificou-se no início do século XX, abrangendo desde
correntes mais conservadoras até abordagens mais incisivas. Bertha Lutz, liderando a Federação
Brasileira para o Progresso Feminino (FBPF), foi uma destacada defensora do sufrágio feminino.
Em 1928, Celina Guimarães Viana conquistou o primeiro voto feminino, e Alzira Soriano de Souza
tornou-se a primeira prefeita do país. Embora esses atos tenham sido anulados, abriram caminho
para a discussão sobre os direitos das mulheres. Em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas,
o sufrágio feminino foi garantido no Código Eleitoral Provisório.
A década de 80 marcou a criação do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) com a
volta da democracia. As mulheres ganharam destaque na Assembleia Constituinte, incorporando
leis que favoreciam a igualdade jurídica, licença maternidade e normas protetoras ao trabalho
feminino.
AS MULHERES BRASILEIRAS
têm uma história rica e diversa, que envolve lutas, conquistas, desafios e resistências. Desde os
tempos coloniais até os dias atuais, elas participaram ativamente da construção do país, seja na
política, na cultura, na economia, na educação ou na sociedade. Aqui está um breve resumo
sobre as mulheres brasileiras ao longo da história.
No período colonial, as mulheres indígenas viviam em diferentes sociedades, com diferentes
costumes, papéis e direitos. Algumas eram guerreiras, outras eram agricultoras, outras eram
curandeiras. Elas sofriam com a violência dos colonizadores, que as escravizavam, as
estupravam e as catequizavam. As mulheres africanas também foram trazidas como escravas
para o Brasil, e enfrentaram a exploração, a opressão e a resistência. Elas se organizaram em
quilombos, como o de Tereza de Benguela, que liderou uma comunidade de negros e indígenas
no Mato Grosso. As mulheres brancas, por sua vez, viviam sob o domínio dos homens, que
controlavam sua sexualidade, sua educação e seu patrimônio. Elas eram vistas como seres
inferiores, que precisavam ser vigiadas e castigadas. Muitas delas recorriam à magia, à medicina
e à religião para lidar com seus problemas e desejos.
No século XIX, o Brasil passou por diversas transformações políticas, sociais e econômicas, que
afetaram a vida das mulheres. A independência, a abolição da escravatura, a proclamação da
República e a imigração europeia foram alguns dos eventos que marcaram esse período. As
mulheres participaram de movimentos revolucionários, como a Guerra dos Farrapos, em que se
destacou Anita Garibaldi, que lutou ao lado do marido Giuseppe Garibaldi pela liberdade do Rio
Grande do Sul. Elas também se envolveram em causas abolicionistas, como Maria Tomásia
Figueira Lima, que fundou a Sociedade Abolicionista das Senhoras Libertadoras no Ceará. As
mulheres também começaram a ter mais acesso à educação, à literatura, à imprensa e ao
trabalho remunerado, principalmente nas áreas urbanas. No entanto, elas ainda enfrentavam
muitas restrições e preconceitos, como a falta de direitos políticos, a violência doméstica, a
discriminação no mercado de trabalho e a repressão à sua sexualidade.
No século XX, as mulheres brasileiras conquistaram importantes avanços, mas também
enfrentaram novos desafios. A primeira conquista foi o direito ao voto, em 1932, após uma intensa
campanha liderada por Bertha Lutz, que fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino.
As mulheres também se destacaram na arte, na ciência, na cultura e na política, como Cecília
Meireles, Clarice Lispector, Maria da Penha, Zilda Arns, Chiquinha Gonzaga, Carmen Miranda,
Nise da Silveira, Ruth Cardoso, entre outras. As mulheres também se engajaram em movimentos
sociais, como o feminismo, o sindicalismo, o ambientalismo e os direitos humanos, lutando por
mais igualdade, liberdade e justiça. No entanto, elas também sofreram com a ditadura militar, que
as perseguiu, torturou e matou, como Dilma Rousseff, que foi presa e torturada pelo regime, e
depois se tornou a primeira mulher presidente do Brasil. As mulheres também enfrentaram as
mudanças econômicas, tecnológicas e culturais, que trouxeram novas oportunidades, mas
também novas demandas e conflitos, como a dupla jornada de trabalho, a violência de gênero, o
racismo, a homofobia e a pobreza.
No século XXI, as mulheres brasileiras continuam a lutar por seus direitos, sua voz e seu espaço
na sociedade. Elas são maioria na população, na escolaridade e no eleitorado, mas ainda são
minoria nos cargos de poder, nos salários e na representação midiática. Elas são diversas,
plurais, criativas e resilientes, mas também são vulneráveis, invisíveis, silenciadas e violentadas.
Elas são protagonistas da história, mas também são vítimas da história. Elas são, enfim, mulheres
brasileiras, que fazem parte de uma nação complexa, contraditória e desigual, mas que também é
rica, diversa e potente.