Pantoja, Mss.
Pantoja, Mss.
Pantoja, Mss.
São Carlos
2019
MARIA DO SOCORRO SOUZA PANTOJA
São Carlos
2019
“Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial desse trabalho, por qualquer meio
convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.”
Ficha catalográfica elaborada pelo Programa de Geração Automática da Secretaria Geral de Informática (SIn).
DADOS FORNECIDOS PELO(A) AUTOR(A)
Bibliotecário(a) Responsável: Ronildo Santos Prado – CRB/8 7325
DEDICATÓRIA
preciso e mereço. Sem teu amparo, não teria alcançado mais esse
Muito obrigada!
“As criaturas que habitam esta terra em que vivemos, sejam elas
seres humanos ou animais, estão aqui para contribuir, cada uma
com sua maneira peculiar, para a beleza e prosperidade do
mundo.”
Dalai Lama
PANTOJA, Maria do Socorro Souza. E viável uma proposta de audiolivro para o
autocuidado de idosos com pé diabético? Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-
Graduação em Gerontologia, Universidade Federal de São Carlos – PPGGero,
UFSCar. São Carlos, 2019, 122p.
RESUMO
A maioria das pessoas com Diabetes Mellitus (DM) corre risco aumentado para
desenvolver problemas nos pés em decorrência de baixa adesão aos tratamentos. As
complicações tanto da DM quanto de pessoa com pés diabéticos causam impacto na
qualidade de vida. Os idosos têm destaque entre as pessoas com maior acometimento
da doença e de suas complicações. As estratégias de cuidado na atenção primária
são importantes para a prevenção e promoção do cuidado, e o uso de recursos
tecnológicos associados a realidade sociocultural da população podem facilitar.
Objetivo: Conhecer os idosos com Diabetes tipo 2 e pé diabético de uma Unidade
Básica de Saúde e verificar como realizam o autocuidado. Metodologia: Estudo com
abordagem qualiquantitativa, descritivo, exploratória e com ênfase na análise de
conteúdo temático. Todos os princípios éticos foram aplicados. O estudo foi
desenvolvido em uma cidade do interior paulista com sete idosos, entre os meses de
setembro de 2017 a março de 2018. Foi desenvolvido e aplicado um questionário
semiestruturado para coleta de dados, caracterizando o perfil da pessoa idosa e o
processo do cuidado. Os critérios de inclusão foram: ser usuário da UBS, ser idoso
com DM2 e ter pé diabético (aplicou-se o MEEM e o Teste do Sussurro). Resultados:
Os participantes foram 4 mulheres e 3 homens, mediana de idade de 63 e 73 anos
respectivamente. Ambos com baixa escolaridade e maioria casados. Os participantes
indicam o banheiro e a sala como os locais mais usados para efetuar o autocuidado.
Usam sabonete, escova e hidratantes como materiais principais, e têm disponíveis em
casa rádio e televisão enquanto equipamentos de suporte tecnológico que podem usar
para ouvir e receber orientações para o cuidado. Todos desconhecem o que é, e como
utilizar um audiolivro, e tem pouco acesso à aquisição, ao uso e ao manuseio de
equipamentos mais tecnológicos. A proposição inicial de construir um audiolivro
enquanto ferramenta de auxílio na educação à saúde dos participantes foi inviável.
Conclusão: A inviabilidade da proposta inicial do audiolivro enquanto ferramenta de
auxílio ao cuidado para este grupo foi verificada e confirmada por profissionais da área
de imagem e som. Optou-se, enquanto uma alternativa de proposta para este estudo,
utilizar os recursos disponíveis pelos participantes, rádio e televisão, e organizou-se
com a rádio local uma sequência de seis programas de orientações sobre o tema de
estudo, no sentido de abranger a população do estudo e de outras pessoas com
similaridades com DM2 e com complicações de pé diabético.
Palavras-chave: Idoso. Diabetes Mellitus. Pé Diabético. Educação em Saúde.
Autocuidado. Atenção Primária a Saúde. Tecnologia Biomédica.
PANTOJA, Maria do Socorro Souza. Is it practicable to offer an audiobook for self-care
for the elderly with diabetic foot? Master's Dissertation, Graduate Program in
Gerontology, Federal University of São Carlos – PPGGero. UFSCar. São Carlos, 2019,
122p.
ABSTRACT
Most people with Diabetes Mellitus (DM) are at increased risk for developing foot
problems due to poor treatment adherence. Complications of both DM and person with
diabetic feet impact the quality of life. The aged are prominent among with the greatest
involvement of the disease and its complications. Care strategies in primary care are
important for the prevention and promotion of care, and the use of technological
resources associated with the sociocultural reality of the population can facilitate.
Objective: To know the seniors with Diabetes type 2 and diabetic foot of a Basic Health
Unit and to verify how they perform the self-care. Methodology: A study with a
qualitative, descriptive, exploratory approach and with emphasis on the analysis of
thematic content. All ethical principles have been applied. The study was carried out in
a city in the state of São Paulo with seven seniors, between September 2017 and
March 2018. A semi-structured questionnaire for data collection was developed and
applied, characterizing the senior’s profile and the care process. The inclusion criteria
were: to be a UBS user, to be elderly with DM2 and to have diabetic foot (the MMSE
and the Whispering Test were applied). Results: The participants were 4 women and 3
men, median age 63 and 73 years respectively. Both with low schooling and mostly
married. Participants indicate the bathroom and living room as the most commonly
used sites for self-care. They use soap, brush and moisturizers as their primary
materials, and have available home radio and television as technological support
equipment they can use to listen and receive care guidelines. Everyone is unaware of
what it is, and how to use an audiobook, and has little access to the acquisition, use
and handling of more technological equipment. The initial proposition of constructing an
audiobook as a tool to aid the participants' health education was not practicable.
Conclusion: The impossibility of the initial proposal of the audiobook as a care aid tool
for this group was verified and confirmed by professionals in the area of image and
sound. It was decided as an alternative proposal for this study to use the available
resources of the participants, radio and television, and a sequence of six programs of
orientation on the subject of study was organized with local radio to cover the study
population and others with similarities with DM type 2 and with diabetic foot
complications.
Key words: Aged. Diabetes Mellitus. Diabetic Foot. Health Education. Self-care.
Primary Health Care. Biomedical Technology.
LISTAS DE FIGURAS
Atenção Básica AB
Atividades Básicas da Vida Diária ABVD
Associação Americana de Diabetes ADA
Atenção Primária à Saúde CNS - Conselho Nacional de Saúde APS
Certificado de Apresentação para Apreciação Ética CAAE
Comitê de Ética em Pesquisa CEP
Doença Arterial Periférica DAP
Doenças Crônicas Não Transmissíveis DCNTs
Diabetes Mellitus DM
Diabetes Mellitus / Tipo 1 DM1
Diabetes Mellitus / Tipo 2 DM2
Diabetes Mellitus Gestacional DMG
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE
International Diabetes Federation IDF
International Working Group on the Diabetic Foot IWGDF
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS
Ministério da Saúde MS
Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line MEDLINE
Neuropatia Diabética ND
Organização Mundial de Saúde OMS
Organização Panamericana de Saúde OPAS
Política Nacional de Atenção Básica PNAB
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD
Rede de Atenção à Saúde RAS
São Paulo SP
Sociedade Brasileira de Diabéticos SBD
Scientific Electronic Library Online SCIELO
Sistema Único de Saúde SUS
Tecnologia Educacional TE
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE
Televisão TV
Unidade Básica de Saúde UBS
Unidade de Pronto Atendimento UPA
Universidade Federal de São Carlos UFSCar
Úlcera do Pé Diabético UPD
Unidade de Pronto Atendimento UPA
World Health Organization WHO
APRESENTAÇÃO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 21
2 OBJETIVOS .............................................................................................. 43
3 METODOLOGIA ....................................................................................... 43
4. RESULTADOS ............................................................................................ 59
5. DISCUSSÃO ............................................................................................... 77
7. REFÊRENCIAS ............................................................................................ 90
21
De acordo com Ervatti, Borges e Jardim (2015, p.140), a transição
demográfica é uma das principais transformações que a sociedade enfrenta, e
22
Gráfico 1. Pirâmide etária absoluta – Brasil - Ano de 2010
23
Gráfico 3. Pirâmide etária absoluta – Brasil - Projeção para o ano de 2040
24
Para o ano de 2060 as projeções do IBGE (2018) sinalizam que haverá
em torno de 228,3 milhões de habitantes, e um quarto da população deverá ter
mais de 65 anos. Para este ano, as pessoas acima de 60 anos passarão de
aproximadamente 10% para quase 26%, isto significa uma estimativa de que
um em cada quatro brasileiros será idoso. Para o ano de 2034, as pessoas
idosas alcançarão 15% da população, e ultrapassará a marca de 20% para o
ano de 2046 (BRASIL 2050; 2017; IBGE, 2018a).
A projeção do total da população em 2018 é de 208,5 milhões de
pessoas, e haverá um crescimento da população até o ano de 2047, para um
contingente de 233,2 milhões, sendo que para o ano de 2048 é entendido
como um marco em que a população deixará de crescer podendo atingir em
torno de 228,3 milhões em 2060, similar ao ano de 2034. O Gráfico 5 ilustra o
volume da população em alguns estados brasileiros em que a população
começará a diminuir, e destaque no país para o ano de 2047.
25
Outro elemento significativo de transformação agregado ao
envelhecimento da população refere-se à idade mediana da população
brasileira. O ano de 2010 indicava a idade mediana de 29,2 anos. As projeções
indicam que em 2037 estará acima de 40 anos, podendo chegar em 2060
próximos dos 46 anos. Essa transformação impactará em indicações de novas
medidas relativas ao mercado de trabalho e ao comportamento populacional no
que diz respeito à prestação de serviços e desenvolvimento de produtos
(BRASIL 2050, 2017).
Em relação à expectativa de vida do brasileiro, verifica-se que, ao
nascer, essa expectativa aumentou de 25 anos da década de 60 para 73,4
anos no ano de 2010, e a projeção para o ano de 2060 será de 82 anos (IBGE,
2015, 2012; WHO, 2015; BRASIL 2050, 2017).
Frente à diversidade regional que o país apresenta, verifica-se em
relação à expectativa de vida do brasileiro uma tendência, nas regiões sul e
sudeste, de taxas mais elevadas quando comparadas a outras regiões. A idade
média do brasileiro em 2018 é de 76,2 anos, e no estado de São Paulo esta
expectativa de vida é acrescida de 3 anos (Gráfico 6).
26
A transformação demográfica brasileira sob a perspectiva de gênero
reflete a feminização da velhice. No Brasil, a maioria dos idosos é mulher
(55,5%), com idade entre 60 e 64 anos (31,9%); declarantes da raça branca
(53,4%) e com média de 4,6 anos de estudos. Quanto à moradia, a maioria
vive na área urbana (83,9%) e sozinha (17,8%) (IBGE, 2003, 2015). O Gráfico
6 também mostra a feminização da velhice, o qual destaca que mulheres no
Brasil vivem em média um pouco mais de sete anos em relação aos homens.
Especialistas afirmam que existem fatores que potencializam a
feminização da velhice brasileira, tais como: as mortes violentas (assassinatos
e acidentes) ocorrem na sua maioria entre os homens ainda jovens, em mais
de 90% dos casos; e o acompanhamento médico contínuo é maior entre as
mulheres do que entre os homens ao longo de suas vidas (CAMARANO;
KANSO; FERNANDES, 2013; IBGE, 2015, 2018a).
O ritmo acelerado de envelhecimento traz desafios para a sociedade
contemporânea no que diz respeito ao suporte e ao cuidado à pessoa idosa. O
ganho da longevidade trouxe mudanças em diferentes âmbitos à saúde integral
da pessoa. Os avanços nas tecnologias auxiliaram no controle de doenças
infectocontagiosas. Por outro lado, as doenças crônicas não transmissíveis
(DCNTs) são as mais prevalentes na atualidade, e se tornaram destaque
enquanto tema de trabalhos contínuos em saúde pública nos últimos anos
(IBGE, 2003, 2012; WHO, 2015).
As DCNTs em sua maioria podem vir acompanhadas de disfunções e/ou
dependências variadas em grau e intensidade, as quais necessitam de
tratamentos contínuos farmacológicos e não farmacológicos (WHO, 2015;
BRASIL 2050, 2017).
Nos Estados Unidos e Canadá as DCNTs destacam-se entre a
população, e estão presentes em 85% dos idosos nos Estados Unidos e 76%
no Canadá. Nesses países, as doenças relacionadas ao aparelho circulatório
nesses países estão em primeiro lugar entre as mortes dos idosos, tanto para
as mulheres quanto para os homens. Doenças do aparelho respiratório e as
neoplasias seguem entre os outros grupos de causas de morte, assim como,
as doenças endócrinas e do metabolismo tiveram destaque entre as mulheres
(WHO, 2015; BRASIL 2050, 2017).
27
O desafio de controle e ações sobre os fatores de risco de DCNTs é
enorme. Os quatro grupos de maior impacto mundial, incluindo o Brasil são:
doenças do aparelho circulatório, Diabetes Mellitus (DM), câncer e doenças
respiratórias. Os fatores de riscos desses quatro grupos em comum são:
tabagismo, inatividade física, alimentação não saudável e álcool (BRASIL 2050,
2017; WHO, 2015; BRASIL, 2014).
Figura 1. Relação entre 10 adultos em 2015 e projeções para 2040 com DM,
sendo a proporção primeira de 1 para 11, e a segunda de 1 para 10.
28
O DM também é uma doença com desdobramentos limitantes à vida das
pessoas, perda de produtividade no que diz respeito à sua funcionalidade.
Desta forma, esta doença ganha importância significativa em um país com
crescente envelhecimento, e o número de pessoas afetadas por DM vem
aumentando consideravelmente no contexto mundial, na América Latina e no
Brasil (BRASIL, 2014; IDF, 2016).
O envelhecimento populacional e o DM são considerados temas de
estudos prioritários no século XXI devido às novas demandas de saúde
pública, tanto nos países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Fatores
comportamentais como dietas altamente calóricas, estresse, sedentarismo,
tabagismo e consumo de álcool de maneira abusiva, predispõem a inúmeras
doenças, como, por exemplo, a DM e a hipertensão arterial (HENRIQUE et al.,
2015; SILVA; FOSSÁ, 2015; WHO, 2017).
Em 2010, o (SUS) Sistema Único de Saúde gastou com internações
hospitalares por doença crônica o equivalente a 2,4 bilhões de reais (68% do
total de gastos) e 1,2 bilhões (32%) com tratamento ambulatorial. Os custos
dos agravos proporcionados às pessoas com estas doenças são bem maiores
do que aqueles destinados à prevenção das mesmas (HENRIQUE et al., 2015).
Os cuidados dispensados às pessoas com DM mostram-se onerosos. Em
2015, o Brasil gastou cerca de US$ 21.8 bilhões em cuidados aos portadores
de DM (IDF, 2016).
Estimativas de 2015 apontaram que 415 milhões de pessoas adultas e
idosas em todo mundo foram afetadas pela DM, 46,5% da população ainda não
foram diagnosticadas e, cerca de 53,4% de óbitos por diabetes são em
pessoas com idade acima de 60 anos. Para o ano de 2040 estima-se que o
número de pessoas com DM será na ordem de 642 milhões (IDF, 2016).
No Brasil, a estimativa de casos de DM foi de 11 milhões em 2013 e
mais de 14 milhões em 2015, com previsão para 2035 de mais de 19 milhões
de pessoas com DM (GUARIGUATA et al., 2014; IDF, 2016).
A consciência do impacto social e econômico do DM nos países ainda é
incipiente. Os países em ascensão econômica como é o caso dos países da
América do Sul, encontram-se com maior dificuldade de controle e prevenção.
O Brasil tem um elevado número de pessoas com DM, cerca de 14,2 milhões o
29
que aumenta a necessidade de políticas de cuidados preventivos ao
desenvolvimento e ao controle do DM, e também de atenção às complicações
que podem surgir aos já portadores (IDF, 2016).
30
insulina são requeridas, e a DM1 representa cerca 15% de todos os casos de
DM (BRASIL, 2014; NETTO, 2011; SBD, 2016).
O DM tipo 2 (DM2) é definido por desordens metabólicas e
hiperglicemia. É o resultado da deficiência na secreção ou ação da insulina e
na regulação da produção hepática de glicose. É uma doença crônica que afeta
pessoas idosas, e corresponde a 90% dos casos. Cerca de 80% das pessoas
com DM2 são obesas em virtude de maus hábitos alimentares, sedentarismo e
stress da vida urbana, e está associada à hipertensão e dislipidemia (SBD,
2016; PENA, 2017).
No DM2, há presença de insulina, porém sua ação é dificultada pela
obesidade, o que é conhecida como resistência insulínica, ou seja, uma das
causas de hiperglicemia. Geralmente ela é assintomática, e na maioria das
vezes, permanece por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento
favorecendo principalmente no idoso a ocorrência de complicações micro e
macro vasculares (FREITAS, 2011; BRASIL, 2013; SBD, 2016).
Outros tipos específicos de diabetes envolvem:
os defeitos genéticos das células β (por exemplo: ‘maturity onset
diabetes of the young’-MODY),
os defeitos genéticos na ação da insulina (por exemplo: defeitos
genéticos do receptor da insulina),
doenças do pâncreas exócrino (por exemplo: pancreatite crônica),
endocrinopatias (por exemplo: síndrome de Cushing,
acromegalia),
diabetes quimicamente induzido ou induzido por drogas (por
exemplo: glicocorticóides),
infecções, formas incomuns de diabetes imunomediado e outras
síndromes genéticas, algumas vezes, associadas ao diabetes
(SBD, 2016).
O Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é identificado no começo da
gravidez ou no decorrer dela. Pode ocorrer em 1% a 14% das gestações e
tende a aumentar com o avanço da obesidade em mulheres com gravidez
tardia com riscos de 10% a 63% de desenvolver DM2. O DMG é definido como
uma intolerância no metabolismo dos carboidratos, resultando em hiperglicemia
31
diagnosticada na gestação, advindo da diminuição da sensibilidade à insulina,
parcialmente explicada pela presença de hormônios diabetogênicos, tais como
a progesterona, o cortisol, a prolactina e o hormônio lactogênico placentário
(BRASIL, 2014; SBD, 2016; PENA, 2017).
O diagnóstico e tratamento dos tipos de DM ainda se encontram em fase
de fortalecimento, uma vez que grande parte da população, em torno de 50%,
é portadora da doença e desconhece esta condição. Os fatores indicativos de
maior risco, segundo o Ministério da Saúde são:
“• Idade > 45 anos.
• Sobrepeso (Índice de Massa Corporal IMC >25).
• Obesidade central (cintura abdominal >102 cm
para homens e >88 cm, para mulheres, medida na
altura das cristas ilíacas).
• Antecedente familiar (mãe ou pai) de diabetes.
• Hipertensão arterial (> 140/90 mmHg).
• Colesterol HDL =35 mg/dL e/ou triglicerídeos
=150 mg/dL.
• História de macrossomia ou diabetes
gestacional.
• Diagnóstico prévio de síndrome de ovários
policísticos.
• Doença cardiovascular, cerebrovascular ou
vascular periférica definida.”
(BRASIL, 2014a).
32
glicêmico para valores abaixo de 70mg/dl e apresenta sintomas como fraqueza,
dor de cabeça, fome, confusão mental, taquicardia, apreensão, sudorese
tremor, convulsão, e ao seu extremo pode levar ao coma (BRASIL, 2013,
2014a,b).
As complicações crônicas das condições do DM classificam-se em
macrovasculares, microvasculares e neuropáticas. As complicações
macrovasculares relacionam-se ao acidente vascular encefálico, cardiopatia
isquêmica e doença vascular periférica. As microvasculares se manifestam em
retinopatia e nefropatia diabética. A neuropatia favorece as úlceras dos pés
(pé diabético) e podem avançar para a condição de amputação de
extremidades ganhando destaque entre as complicações de maiores
gravidades e relevância (BRASIL, 2013, 2014a,b; MELO, 2017;PENA, 2017).
O pé diabético é definido pelo International Working Group on the
Diabetic Foot (IWGDF) como “infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos
moles associadas a alterações neurológicas e vários graus de doença arterial
periférica (DAP) nos membros inferiores” (BAKKER et al apud SBD, 2016,
p.137).
Carlesso, Gonçalves e Moreschi Júnior (2017; p 114) apontaram que:
33
devem a diferenças socioeconômicas, tipo de calçados usados e cuidados, que
não são padronizados em escala nacional nesses países (SBD, 2016).
O DM e seu agravamento é a causa mais comum de internações
prolongadas. O pé diabético compreende 25% das admissões hospitalares nos
Estados Unidos e implica custos elevados: 28 mil dólares por admissão por
ulceração, enquanto na Suécia 18 mil dólares (sem amputação) e 34 mil
dólares (com amputação). No Brasil é estimada uma população de 7,12
milhões de pessoas com DM2, 484.500 úlceras, 169.600 admissões
hospitalares e 80.900 amputações, das quais para 21.700 o desfecho seria a
morte (SBD, 2016).
A Neuropatia Diabética (ND) afeta as pessoas em seu processo de viver.
Pode estar presente antes da detecção da perda da sensibilidade protetora,
resultando em maior vulnerabilidade a traumas, além de acarretar um risco de
ulceração aumentado. Na prática clínica, as alterações nos pés do paciente
diabético refletem dois tipos de neuropatia: a neuropatia sensitivo-motora e a
neuropatia autonômica (BORBA et al., 2012; SCHULZ et al., 2016).
A neuropatia sensitivo-motora acarreta perda gradual da sensibilidade
tátil e dolorosa, denominada “perda da sensação protetora”, e a neuropatia
autonômica (lesão do sistema nervoso autônomo, em particular dos nervos
simpáticos) causa a perda do tônus vascular, levando à vasodilatação com o
aumento da abertura de comunicações arteriovenosas e, consequentemente,
passagem direta de fluxo sanguíneo da rede arterial para a venosa, reduzindo
a nutrição aos tecidos. Com isso, pode-se dizer que pessoas com DM
enfrentam um risco de amputação vinte e cinco vezes maior do que em
pessoas sem DM (SCHULZ et al., 2016).
Nesse sentido, trata-se de uma evidência que poderia ser minimizada ou
mesmo evitada, se considerar a relevância da assistência multiprofissional às
pessoas com DM para a prevenção das internações e diminuição dos riscos de
amputação. A atenção básica orientada e capacitada se faz eficaz na vigilância
e controle da doença (BRASIL, 2014; SBD, 2016).
34
A Sociedade Brasileira de Diabetes, por meio de suas diretrizes, aponta
as principais estratégias de tratamento e cuidado com o pé diabético. Também,
destaca a importância na prevenção e a necessidade de intensificar estratégias
para o tratamento, potencializando o incentivo e orientação às intervenções
acerca do autocuidado (BRASIL, 2014; SBD, 2016).
Os cuidados com o pé diabético contribuem para a redução de
morbidade e a mortalidade. Os profissionais que se dedicam a este cuidado
devem realizar a investigação dos pés sempre na primeira consulta como
estratégia de reconhecimento preventivo e orientação para que a pessoa faça o
mesmo diariamente. Caso não tenha essa possibilidade, um familiar ou
cuidador deverá fazê-lo ou auxiliá-lo. A assistência regular de um podólogo
poderá evitar maiores complicações, por meio do uso de técnicas mais
adequadas e orientações quanto ao autocuidado dos pés (NETTO, 2011; SBD,
2016).
O trabalho preventivo junto ao cuidado e orientação ao portador de pé
diabético é primordial. O conhecimento das experiências prévias quanto ao
comportamento que os diabéticos apresentam em relação aos cuidados, e de
como desenvolver uma postura proativa em relação ao seu autocuidado se faz
necessário. Esses caminhos são promissores ao auxílio, ao trabalho preventivo
e de educação à saúde (BRASIL, 2014a,b, 2016; CARLESSO; GONCALVES;
MORESCHI JUNIOR, 2017).
Como salienta Caldas e Lindolpho (2017, p. 2845) “o cuidado primário
em saúde é basicamente o autocuidado”. Neste sentido, as ações na atenção
primária se caracterizam primordiais e essenciais.
O Ministério da Saúde (MS), em 2014, redefine a rede de atenção à
saúde das pessoas com doenças crônicas no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS) e estabelece diretrizes para a organização das suas linhas de
cuidado, por meio da Portaria nº 483/2014. Discorre em seu Art. 4º os objetivos
da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas:
35
pontos de atenção, através da realização de
ações e serviços de promoção e proteção da
saúde, prevenção de agravos, diagnóstico,
tratamento, reabilitação, redução de danos e
manutenção da saúde; e
36
de possíveis complicações, em particular os relacionados à hipoglicemia e
desidratação (ANDRADE et al., 2010; BRASIL, 2013, 2014a,b, 2016).
As intervenções precoces de educação em saúde e medidas de
prevenção somam-se enquanto elementos que potencializam evitar a
proporção de amputações do pé diabético. Destacam-se também
possibilidades de resultados mais satisfatórios quando o trabalho é
acompanhado pela equipe interdisciplinar. Em vista destes riscos é importante
que as pessoas com diabetes examinem seus pés regularmente (ANDRADE et
al., 2010; IDF, 2016).
Embora a composição da equipe das UBS não contenha o profissional
podólogo como membro mínimo da mesma, observa-se em pesquisas
empíricas que a presença deste profissional, com as especificidades de seu
trabalho, amplia as possibilidades de integração de cuidados diferenciados à
população com pés diabéticos (FERREIRA et al., 2014).
A participação do podólogo junto a uma equipe nas UBS pode fortalecer
estratégias educativas e de prevenção, por meio de conhecimento das
afecções podálicas. Também pode estimular o autocuidado com os pés e
identificar possíveis fatores de risco para o desenvolvimento das úlceras nos
pés; bem como potencializar ações preventivas com as pessoas com DM e
seus familiares ou cuidadores (FERREIRA et al., 2014).
O podólogo é o profissional da área da saúde, que dentre suas
habilidades e competências, compreende o funcionamento do corpo humano e
suas necessidades biopsicossociais. Atua no campo da prevenção e da
promoção da saúde, com ênfase nos membros inferiores, contribuindo para o
tratamento em si ou para orientações preventivas (BEGA, 2006; EVEN, 2016).
A avaliação, correção e ajustes no tratamento podológico são peças
chaves a cada consulta. A educação terapêutica em saúde visa proporcionar
autonomia para o paciente realizar o autocuidado e manter a integridade de
seus pés, acompanham o desenvolvimento e habilidade destes pacientes
(EVEN, 2016).
Para o autocuidado do diabético, existem algumas medidas que devem
ocorrer diariamente como a análise dos pés para a detecção precoce de
lesões, observá-los quanto à presença de micoses principalmente entre
37
espaços interdigitais e as unhas, secá-los sempre que necessário, manter
constante hidratados os pés, e efetuar o corte das unhas em formato reto. Usar
um calçado apropriado e confortável contribui para a saúde, tendo o cuidado de
observar antes de calçá-lo, e sempre verificar a presença de objeto dentro dos
calçados que possa agredir a região dos pés (BRASIL, 2016).
A discussão sobre o autocuidado data desde 1959 por Orem (2001), e
discorre sobre o autocuidado enquanto
38
A utilização de instrumento que avalia o conhecimento de pessoas com
DM tem-se constituído enquanto recurso importante nas ações educativas, por
meio do entendimento do autocuidado e do uso de recursos disponíveis para a
ação. Essa forma de compreender o fazer, e orientar como fazer, pode
contribuir para conhecer as necessidades de aprendizagem e redirecionar as
estratégias de forma a atender e alcançar o cuidado apropriado (BRASIL,
2014).
As práticas do autocuidado adotadas pelas pessoas são fundamentais no
tratamento e controle da doença. É necessário à realização de ações
educativas para o controle das taxas glicêmicas, prevenção de complicações
do DM que considera mudanças no comportamento tais como: monitorização
glicêmica, dieta alimentar adequada, uso de medicamentos, prática de
exercícios físicos e cuidados com os pés (COELHO, 2013; ADA, 2017).
A ação educativa em saúde é uma ferramenta que contribui com as
mudanças paulatinamente e se constitui em uma das funções essenciais da
equipe interdisciplinar em toda a rede de cuidados progressivos à saúde (ADA,
2017).
A criação de recursos tecnológicos didáticos faz-se necessária para
reforçar o autocuidado, em especial para pessoas idosas com baixa
escolaridade, assim como, com comprometimentos advindos de doenças
crônicas cujos fatores podem dificultar o uso de certas tecnologias. Faz-se
necessário conhecer com maior profundidade como essas pessoas idosas
fazem seu autocuidado e o que utilizam, no sentido de indicar alternativas que
alcancem melhores resultados.
Desse modo, tecnologias educativas desenvolvidas cientificamente, que
possam favorecer o conhecimento, assimilação e incorporação dos cuidados
adequados para prevenção de complicações relacionadas aos pés de pessoas
com DM, são necessárias, levando-se em conta a adequação dos mesmos
frente ao contexto cultural e social de aplicação.
39
O termo tecnologia tem origem grega: O prefixo techné derivou-se da
palavra “técnica, arte” e tem como significado o saber fazer e o sufixo Logia
que significa “estudo”. Nesse sentido, a palavra tecnologia significa estudo
voltado para a prática (saber fazer). Desse modo, enquanto as técnicas são os
meios e os processos de atuação na realidade, as tecnologias são os
conhecimentos onde esses meios e processos de atuação se apoiam
(VERASZTO et al., 2008; JESUS, 2013).
Com o advento da Revolução Industrial foi possível perceber um
empático avanço tecnológico e, também, a valorização da ciência em
detrimento do homem e de seus valores. Na saúde, os avanços tecnológicos
puderam ser percebidos com o uso da informática e de aparelhos modernos,
os quais concorreram para a descoberta, melhora e/ou cura dos problemas de
saúde e da qualidade de vida das pessoas (BARRA et al., 2006).
Os avanços tecnológicos constituem uma forte influência sobre a prática
dos serviços de saúde, por outro lado ainda não contempla alcance do uso e
disponibilidade a toda sociedade ( BAGGIO et al., 2013; MELO, 2017),
O conceito de tecnologia em saúde abrange qualquer intervenção que
possa ser utilizada na promoção da saúde, e esse conceito não inclui apenas
as tecnologias que possam interagir de forma direta com os pacientes, tais
como: medicamentos e equipamentos, procedimentos médicos como
anamnese, as técnicas cirúrgicas e as normas técnicas de uso de
equipamentos. Também inclui os sistemas organizacionais e de suporte, nos
quais os cuidados da saúde são oferecidos e desenvolvidos (AMORIM et al.,
2010).
As tecnologias estão inseridas no cotidiano das organizações de saúde
fazendo parte do sistema de trabalho dos profissionais. Essas tecnologias
envolvidas no trabalho em saúde podem ser classificadas como: duras, leve-
duras e leve (MESQUITA ARAÚJO et al., 2017).
Neste contexto, reitera-se que as habilidades necessárias aos
profissionais que cuidam dependem da utilização da tecnologia dura, que pode
ser entendida como equipamentos, complementada pela tecnologia leve
correspondendo aos aspectos éticos, humanos, sociais, morais, contextuais e
familiares, e, pela tecnologia leve-dura que corresponde aos saberes científicos
40
estruturados, essenciais para o conhecimento das necessidades de saúde das
pessoas (MORAES DE SABINO et al., 2016; MESQUITA ARAÚJO, et al.,
2017).
Deste modo, é necessário refletir que a inclusão de novas tecnologias no
processo de trabalho produz cuidados em saúde mais resolutivos, desenvolve
ferramentas de qualidade satisfazendo as necessidades de saúde, integrando
nas diferentes dimensões do cuidado em saúde e permitindo a organização
dos serviços, seja na assistência, na gestão e também na educação em saúde
(CARVALHO et al., 2018).
A presença da tecnologia nos serviços de saúde permeia as ações
concretas, no que diz respeito aos procedimentos técnicos e à autopercepção
dos profissionais enquanto tecnologia de cuidado no processo e atendimento
às pessoas. Por outro lado, apesar dos benefícios obtidos por meio do
emprego da tecnologia em saúde, sua aplicação por vezes é dificultada, pois
certos gestores podem não compreender a necessidade de manutenção das
tecnologias ocasionando obstáculos ao desenvolvimento das ações (MORAES
DE SABINO et al., 2016; CARVALHO et al., 2018).
Intervir em saúde com objetivo de promover a prática de autocuidado em
pessoas com diabetes é uma ação que deve englobar os aspectos subjetivos e
emocionais, buscando compreender de maneira profunda os fatores que de
alguma forma interferem no tratamento (CECILIO et al., 2016).
Dentre as possibilidades de aplicação de tecnologias que podem ser
utilizadas para a compreensão dos aspectos relacionados ao autocuidado em
diabetes, acredita-se que o recurso auditivo que explicasse o processo de
cuidar de pés diabéticos em pessoas idosas, por meio de um audiolivro, possa
ser agregador. Também este recurso poderia auxiliar enquanto uma ferramenta
tecnológica facilitadora na prevenção das complicações do DM.
O audiolivro é um livro em áudio, também chamado de áudio book
conhecido e utilizado de forma satisfatória por videntes e pessoas com
deficiências visuais contribuindo com a educação inclusiva, desenvolvimento
social e intelectual, resgatando e incentivando a leitura auditiva (MENEZES,
2008; BARBOSA, 2017).
41
Esse meio de comunicação tem sido utilizado para atingir uma
audiência, otimizar o tempo, assim como enquanto tecnologia de auxílio para
pessoas que possam ter baixa acuidade visual (PALETTA; WATANABE;
PENILHA, 2008). Paletta (2008, p.1) indica sobre audiolivro como sendo:
42
Para tanto, o pressuposto apresentado baseia-se em estudos que
mostram de que este tipo de tecnologia pode contribuir com a formação
educacional, e no aprendizado, por meio de indicações de passo a passo na
execução de procedimentos e na organização de insumos necessários.
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
2.2 Específicos
3 METODOLOGIA
44
O material foi explorado e codificado pelas regras supracitadas,
escolhendo a unidade temática e pela unidade de contexto, por meio das falas
dos participantes. Em seguida, as categorias foram definidas e classificadas de
acordo com seus conteúdos.
Todos os critérios éticos estabelecidos na Resolução 466/2012 pelo
Conselho Nacional de Saúde foram aplicados (BRASIL, 2012). A coleta foi
efetuada após todos os princípios éticos serem cumpridos: anuência do
CEP/UFSCar (parecer N. 2.239.516, em 25/08/2017), CAAE
N.70080117.9.0000.5504 (Anexo 1); autorização da Secretaria Municipal de
Saúde (Apêndice 1) do município e respectivos responsáveis pela Unidade
Básica de Saúde em que o estudo aconteceu.
Os participantes da pesquisa foram esclarecidos sobre o seu propósito,
por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido-TCLE (Apêndice 2).
Após o consentimento dos participantes idosos deste estudo, cada TCLE foi
assinado para continuidade do mesmo, e todos receberam uma via do Termo
(BRASIL, 2012).
45
desenvolvimento urbano deste município está associado à presença da ferrovia
inaugurada em 1884 que favoreceu sua inserção na vigorosa economia
cafeeira paulista (SÃO CARLOS, 2017).
São Carlos também é conhecida como a capital da tecnologia, por sua
força acadêmica e tecnológica. Possui universidades e centros de pesquisa
que são reconhecidos pela diversidade e excelência. A Universidade de São
Paulo (USP) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) têm destaque
dentre as universidades públicas, as quais oferecem ensino gratuito e de
qualidade. A inserção dos resultados da integração entre universidade e
comunidade também é destaque neste município, por meio de suas
contribuições à ciência e à capacitação profissional (SÃO CARLOS, 2017).
Na área da saúde, São Carlos se destaca por ser um município de
abrangência quase próxima aos 100% de assistência à população. Atualmente
o município conta com 12 Unidades Básica de Saúde (UBS). As UBS têm por
objetivo a promoção da saúde, acompanhamento e o desenvolvimento humano
atendendo pacientes agendados em regime de rotina (não urgência) em várias
especialidades. Os atendimentos de urgências e emergências são realizados
nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). A cidade conta também com um
Hospital Universitário-HU, uma Santa Casa da Misericórdia, e dois Hospitais do
sistema privado (SÃO CARLOS, 2017).
Dentre a população idosa aproximadamente 16% está classificada
dentro de padrões de classe socioeconômica média e alta; predominantemente
residem em áreas urbanas, e em sua maioria são mulheres viúvas morando
sozinhas ou acompanhadas de filhas ou filhos solteiros (IBGE, 2018c).
A UBS em que este estudo foi desenvolvido é a UBS Drº Ernesto Pereira
Lopes (mais conhecida como UBS da Cidade Aracy), e foi fundada no fim do
ano de 1999. Atua na atenção primária à saúde com as pessoas procedentes
do bairro e entorno. Possui dez consultórios para o atendimento nas áreas de
ginecologia, pediatria, clínico geral, odontologia, psicologia, terapia
ocupacional, serviço social, e fisioterapia. Há salas para consulta clínica,
coleta de exames, vacinação, procedimento curativo, organização e
dispensação de medicamentos (farmácia), esterilização de equipamentos e
almoxarifado (SÃO CARLOS, 2017).
46
A UBS da Cidade Aracy tem como particularidade ser um dos campos
de atuação do setor público com o ensino superior (Universidades e
Faculdades) proporcionando cenários de prática supervisionada nas áreas de
enfermagem, medicina, fisioterapia e gerontologia. Também, é campo de
atuação e desenvolvimento de projetos de extensão e de pesquisa (SÃO
CARLOS, 2017).
Dentre as 12 Unidades Básicas de Saúde disponíveis neste município, a
UBS Aracy é a única que possui um atendimento de podologia integrada aos
cuidados de pessoas com DM. Por esse motivo essa UBS foi selecionada para
o desenvolvimento deste projeto.
O atendimento de podologia é efetuado pelo profissional podólogo. Este
profissional atua na Unidade Básica de Saúde da Cidade Aracy por meio do
projeto de extensão denominado “Pés Bem Cuidado” desde o ano de 2016. O
projeto vem demonstrando a fragilidade do autocuidado de pessoas diabéticas
e o agravamento da doença ao longo do tempo. Também, é observado que as
pessoas idosas com DM2 indicam agravamento e complicações de pés
diabéticos. Formas e estratégias que fortaleçam o autocuidado devem ser
implementadas para potencializar um cuidado mais efetivo para este grupo.
O projeto que o referido profissional desenvolve inclui o atendimento a
pacientes diabéticos e não diabéticos. Executa atendimento podológico para
assepsia dos pés, assim como orientação educativa para todas as pessoas que
são encaminhadas para este projeto.
As pessoas que chegam ao projeto voluntário de podologia são
encaminhadas pela equipe médica, programa HIPERDIA e do serviço de
curativo da unidade. Todas são avaliadas pela profissional. Registros em seus
prontuários são efetuados acerca do atendimento e procedimentos efetuados.
O trabalho desenvolvido é bastante aceito tanto pelos profissionais da
UBS que apoiam a profissional auxiliando-a na divulgação do serviço e fazendo
os agendamentos das pessoas para o atendimento na Unidade, como pela
população que faz uso dela. Após o agendamento a pessoa passa inicialmente
por uma avaliação, e na sequência é direcionada para os atendimentos
necessários, dentre eles para o atendimento e procedimento podológico.
47
Para as pessoas com DM é realizado o exame físico a fim de reconhecer
fatores de risco para o desenvolvimento de pé diabético, identificar suspeita da
presença e da gravidade de complicações.
No exame físico é avaliada a anatomia do pé considerando que a
neuropatia diabética predispõe a deformidades. Também se verifica a
existência de: proeminências ósseas, dedos em garra, dedos em martelo,
joanetes, perda de arco plantar (artropatia de Charcot). A hidratação da pele
dos pés (xerodermia que predispõe às fissuras e ulcerações), assim como a
coloração e temperatura (pele arroxeada, vermelha, pálida e fria são sinais de
alterações vasculares arteriais) também são elementos observados. A
integridade de unhas e pele (unhas quebradiças, encravadas, atrofias,
micoses, distrofias ungueais, corte das unhas, calosidades) é verificada com
propriedade para composição de uma avaliação mais detalhada.
Além disso, efetua-se a avaliação neurológica por meio do teste com
monofilamento de 10 gramas de Semmes-Weinstem, cujo objetivo principal é
identificar elementos de sensibilidade protetora dos pés e posterior
classificação de risco e prevenção de complicações. Este é um dos métodos de
escolha recomendado como exame para rastreamento de neuropatia diabética
por possuir boa relação custo-benefício, alta reprodutibilidade confirmada e
elevada especificidade.
Outros três testes também são realizados, a avaliação da Sensibilidade
Vibratória com Diapazão de 128 Hz, Avaliação do Reflexo Tendíneo Aquileu, e
avaliação vascular, técnica palpatória para identificação de pulsos arteriais.
Em algumas situações, a pessoa com DM que passa pelo atendimento
neste projeto do podólogo é acompanhada por seus cuidadores, ou por seus
familiares. Entretanto, observam-se nos atendimentos semanais, que algumas
pessoas chegam sozinhas para o atendimento, e este número mostra-se
expressivo, embora não se tenha registro deles.
48
Ser usuário da Unidade Básica de Saúde deste estudo, de acordo
com a organização geográfica da Secretaria de Saúde do mesmo
município.
Ser pessoa idosa (60 anos e mais) de ambos os sexos, com DM2
e pé diabético, de acordo diagnóstico médico já encaminhado
junto à Unidade.
49
Para a avaliação geral da capacidade cognitiva foi aplicado o Mini
Exame do Estado Mental-MEEM (BERTOLUCCI et al., 1994; BRUCKI et al.,
2003; FOLSTEIN; FOLSTEIN; MCHUGH, 1975) (Anexo 2 ).
O MEEM é um teste neuropsicológico criado por FOLSTEIN e
colaboradores em 1975, cuja validação e adaptação foram efetuadas para a
população brasileira. É um teste utilizado para rastrear a função cognitiva, o
qual se mostra rápido, de fácil aplicação e que não requer material específico.
Pode ser utilizado apenas como instrumento de rastreio, pois não deve ser
usado com critério diagnóstico (BRUCKI et al., 2003).
O MEEM utiliza a escolaridade dos avaliados para estabelecer a nota de
corte. Neste estudo foi adotado a pontuação recomendada por Brucki et al.,
(2003). Foram consideradas as seguintes notas de corte: 17 para analfabetos;
22 para pessoas entre um e quatro anos de escolaridade; 24 para pessoas
entre cinco e oito anos de escolaridade, e 26 para as pessoas com nove anos
ou mais de escolaridade.
Para cada domínio do MEEM uma pontuação é atribuída: orientação
temporal e espacial (cinco pontos), memória imediata e de evocação (três
pontos), linguagem-nomeação, repetição, compreensão, escrita (oito pontos),
copia de desenho (um ponto). A pontuação abaixo da nota de corte é indicativa
de possibilidade de alterações cognitivas. O exame não deve ser utilizado
como diagnóstico, mas sim para nortear que certas funções precisam de outras
investigações (BRUCKI et al., 2003).
50
Ambos os instrumentos escolhidos para este estudo, para fundamentar
os critérios de inclusão, são indicados enquanto ferramentas de rastreio
mínimo básico para pessoas idosas nas Unidades Básicas de Saúde (BRASIL,
2016) (Anexos 2 e 3).
Este estudo foi organizado em quatro fases. Cada uma delas descreve o
caminho metodológico aplicado e logo em seguida, são indicados os resultados
do estudo.
51
Figura 2. Ilustração do caminho percorrido para aprofundamento bibliográfico
DESCRITORES
52
Na sequência foram aplicadas diferentes combinações utilizando o
operador booleano que sinaliza a intersecção de descritores selecionados
recuperando os produtos científicos cujos títulos ou temas contivessem tais
palavras. As combinações aplicadas foram a partir dos descritores: idoso AND
pé diabético; idoso AND autocuidado; idoso AND diabetes mellitus tipo 2 (DM2)
e idoso AND tecnologia em saúde. Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) AND pé
diabético; diabetes mellitus tipo 2 (DM2) AND autocuidado e diabetes mellitus
tipo 2 AND tecnologia em saúde. Pé diabético AND autocuidado e pé diabético
AND tecnologia em saúde, representados na Figura 3.
PÉ
DIABÉTICO
AUTOCUIDAD
AN
IDOSO O
D TECNOLOGIA
EM SAÚDE
DIABETES
MELLITUS
2(DM2)
PÉ
AN DIABÉTICO
DIABETES
D AUTOCUIDA
MELLITUS 2
DO
TIPO TECNOLOGIA
2(DM2) EM SAÚDE
AUTOCUIDA
AN
PÉ D
DO
TECNOLOGIA
DIABÉTICO
EM SAÚDE
53
Os critérios para a seleção dos artigos foram: indexação nas bases de
dados especificadas, textos em inglês, português e/ou espanhol, e artigos
disponíveis na íntegra no período dos últimos cinco anos (2014 a 2018). Na
sequência foram selecionados os artigos cujos títulos mais se aproximavam do
objeto de estudo da presente pesquisa. A busca por este modelo de
procedimento é justificada pelo fato de se conseguir explorar com maior
propriedade o que se desenvolve na literatura científica sobre o assunto. Deste
modo, apresenta-se um funil de seleção de descritores, para cercar a
quantidade e o período de produção dos temas.
54
questionário, o mesmo foi lido para o participante do estudo, no sentido de
confirmação dos dados anotados em sua íntegra acerca do relato.
A primeira versão (Apêndice 3.1) foi elaborada pelas pesquisadoras
deste estudo a partir de experiências prévias anteriores e estudos anteriores
similares (VAROTO, 2005; ANDRADE et al., 2010; FERREIRA et al., 2014).
Essa versão foi enviada a quatro especialistas em gerontologia e em interface
com o tema de estudo. Eles foram convidados a participar do estudo e
utilizaram-se alguns critérios para a seleção destes especialistas: ter doutorado
ou mestrado na área do estudo e/ou gerontologia, ter alguma experiência
acadêmica, e/ou de pesquisa e da prática profissional no atendimento com
pessoas com DM.
A versão final da ficha (Apêndice 3) foi elaborada por meio de processo
de aprimoramento e envolvimento de especialistas da área de gerontologia em
interface ao tema de estudo.
O envio deste material foi efetuado on-line (via e-mail do pesquisador)
constando:
carta convite (Apêndice 4) com explicações detalhadas da atividade de
apoio e indicações de sugestões para ajuste ou não do questionário.
Também foi enviado parte do projeto constando a metodologia aplicada,
visando esclarecimentos sobre ele,
TCLE para os pesquisadores que contribuíram nesta etapa do projeto
(Apêndice 5), e
no momento da devolutiva do material com as sugestões dos
especialistas, foi enviada uma declaração de participação no estudo
(Apêndice 6).
Após a devolutiva de todos os participantes especialistas (de quatro
convidados, três aderiram à participação), e cumpridos todos os critérios éticos,
os documentos com as sugestões dos três especialistas foram analisados
pelas responsáveis desta pesquisa por meio de análise de conteúdo temático,
e os itens sugeridos foram incluídos no questionário, a fim de atender às
necessidades e expectativas a que se propõe o estudo.
Com a incorporação das sugestões dos especialistas foi elaborado o
questionário final, versão 2 que também se manteve inalterado após ter
55
aplicado o teste piloto (Apêndice 3). Pequenas alterações foram efetuadas, de
acordo com as sugestões dos especialistas, e os itens alterados se encontram
em destaque (cor amarela) no apêndice correspondente (Apêndice 3.1). Vale
ressaltar que as alterações efetuadas foram de cunho para melhor escrita de
frases para compreensão da pergunta, e foi introduzido uma pergunta no item 2
(Características do autocuidado da pessoa idosa com DM e pés diabéticos);
subitem 2.1 (O que o(a) Sr(a) entende por autocuidado com seus pés?).
A pergunta incorporada, de acordo com as sugestões dos especialistas
foi avaliada como muito pertinente, no sentido de coletar informações sobre o
entendimento da pessoa idosa acerca do autocuidado com seus pés.
Antes da aplicação do questionário piloto, a pesquisadora recebeu
treinamento para a aplicação dos instrumentos (Anexos 1 e 2) pela orientadora
e uma pesquisadora do grupo de pesquisa Direito, Cidade e Envelhecimento
vinculado ao Departamento de Gerontologia/UFSCar. Este treinamento ocorreu
no Departamento de Gerontologia na UFSCar com aprofundamento de
conteúdo teórico e prática ativa entre os participantes para o treino dos
instrumentos.
Prosseguindo o trabalho, realizou-se o estudo piloto, no qual foi aplicado
pela pesquisadora a cinco idosos com DM 2 e pés diabéticos, selecionados
aleatoriamente na comunidade do relacionamento da prática profissional da
pesquisadora. Esses idosos não têm acesso a UBS em que a pesquisa foi
efetuada, mas demostram características similares aos que iriam ser avaliados
na UBS (pessoa idosa, com diagnóstico de DM2 com pé diabético que tenha
sido diagnosticado pelo seu médico), assim como de contexto socioeconômico.
A confirmação do diagnóstico deste grupo foi coletada com a indicação médica
também, com verificação de prescrição médica sobre a doença, e do auto
relato. Nesse grupo a coleta foi efetuada no domicílio da pessoa idosa
participante após todos os princípios éticos aplicados e assinados o TCLE
(Apêndice 7), assim como foi explicado acerca dos riscos e benefícios. O
tempo médio de cada entrevista deste grupo durou em torno de 30 minutos.
Ressalta-se que nesta etapa do piloto, não houve alteração em sua
estrutura, mantendo-se o apresentado no Apêndice 3. Durante este
56
procedimento, não se observou dificuldade alguma de compreensão acerca
das perguntas do questionário.
Todos os itens relacionados ao cumprimento ético em pesquisa foram
aplicados e a coleta de dados ocorreu após aprovação do parecer do
CEP/UFSCar (Apêndices 1 e 2).
Vale ressaltar que em cumprimento ao CEP/UFSCar foi indicada a
construção e aplicação dos Termos de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE) aos participantes do estudo piloto (Apêndice 7), que não participaram
da coleta na UBS, assim como, para os especialistas na área da gerontologia
(Apêndice 5), que opinaram sobre a “Ficha de caracterização das pessoas
idosas com DM tipo 2 e com pé diabético”, os quais não foram previstos
quando submetido ao comitê.
57
Vale ressaltar que nesta fase do estudo, todas as questões abertas
foram registradas e lidas na íntegra para os participantes, no sentido de obter a
confiabilidade do que se registrou em relação às falas dos participantes e seus
significados, e perguntando-se novamente ao entrevistado se estava de acordo
com o que havia sido registrado (MINAYO, 2014).
58
Inclui nesta fase do estudo a consulta a um profissional da área de
tecnologia de imagem e som, visando fundamentar estratégias de assessoria
acerca da tecnologia a ser mais adequada para a proposição do
desenvolvimento do audiolivro em interface com o material analisado a luz do
referencial teórico sobre o tema. Esta consulta foi organizada com
agendamento prévio, com um docente do curso de imagem e som da
Universidade Federal de São Carlos. Para este encontro foi organizado parte
da análise do estudo que retratasse os elementos de equipamentos
tecnológicos que os participantes possuem, sabem usar e algumas
informações de conhecimento de outros equipamentos que pudessem agregar
a proposta deste estudo.
4. RESULTADOS
Os resultados estão apresentados em conformidade com as fases
indicadas deste estudo.
59
Figura 4. Ilustração da quantidade de artigos, teses e dissertações identificadas a partir dos descritores principais do estudo (idoso, pé
diabético, DM2 e tecnologia em saúde)
DESCRITORES
Artigos Teses Dissertações Artigos Teses Dissertações Artigos Teses Dissertações Artigos Teses Dissertações
UFSCAR 02 11 07 0 38 41 02 01
60
Na sequência foram selecionados os artigos, teses e dissertações
utilizando o operador booleano “and”, e verificou-se um número restrito acerca
do tema de estudo. Esse procedimento utilizou o refinamento dos exemplares
identificados, com leitura de todos os resumos e identificação dos mesmos com
aproximação acerca de processo do autocuidado para pessoas idosas com
DM2 e pé diabético. A Figura 5 sinaliza a quantidade de exemplares
identificados de acordo com as bases investigadas.
Tabela 2c
IDOSO
AND
DM2 PÉ DIABETICO
AND AND
61
adequação dos critérios de seleção. Em seguida, buscou-se o texto na íntegra,
a fim de verificar a adequação aos critérios de inclusão e exclusão. Excluiu-se
107 exemplares por não abordarem a temática e artigos repetidos, que na sua
maioria foram estudos relacionados a temas com aproximação da área médica,
vinculados a investigações e procedimentos de tratamento farmacológico.
Foram incluídos neste estudo, 19 estudos que versavam com maior
propriedade sobre o tema estudado, com interface da pessoa idosa com DM2 e
algum tipo de procedimento relacionado ao autocuidado e mecanismos de
educação em saúde. Neste sentido, o resultado dessa busca, que subsidiou a
discussão desse estudo, resume-se a: 17 artigos, 1 tese e 1 dissertação;
representados na Quadro 1.
Foi possível observar a escassez de trabalhos científicos sobre o tema
proposto. Também, a baixa produção sobre o tema em teses e dissertações no
banco de dados das bibliotecas da USP e UFSCar, visto que ambas as
Universidades operam em áreas do conhecimento que tratam do tema deste
estudo.
62
Quadro 1. Listagem do levantamento final da fase 1 deste estudo, resultando em 17 artigos, 1 tese e 1 dissertação.
Diabetes Mellitus ANJOS, V. A. DOS; Artigo 2016 Analisar o conhecimento do Pouco conhecimento sobre a doença foi
conhecimento da doença MONTANHA, D. (Brasil) indivíduo diabético sobre a adquirido por informações de amigos,
e ações para prevenção doença e as ações para folhetos e programas de televisão.
do pé diabético. prevenção do pé diabético.
Evaluation of diabetic PEREIRA Artigo 2017 Avaliar o conhecimento da Existe uma falta de aprendizado das
patients’ knowledge CARLESSO, G. et (Brasil) população diabética das medidas preventivas, mesmo nos
about preventive care of al. Unidades Básicas de Saúde pacientes com algum nível de instrução,
the diabetic foot, in (UBS) de Maringá (PR) sobre o que induz a uma prática deficiente de
Maringá, PR. a prevenção do PD. cuidados.
Quality of life and CORRÊA, K. Artigo 2017 Avaliar a associação entre Com exceção do tempo de diagnóstico
characteristics of et al. (Brasil) qualidade de vida, variáveis e sexo, as demais variáveis que
diabetic patients. clínicas e sociodemográficas influenciaram na qualidade de vida dos
em pacientes diabéticos tipo 2, diabéticos foram fatores modificáveis.
após iniciarem tratamento na
Atenção Primária e
Especializada.
Comportamentos de DIAS, E. G. et al. Artigo 2017 Analisar os comportamentos Necessidade dos portadores de DM2
Pacientes com Diabetes (Brasil) adotados pelos usuários serem conscientizados sobre a
Tipo 2 sob a Perspectiva portadores de Diabetes importância de desenvolver práticas de
do Autocuidado Mellitus Tipo 2 em relação ao autocuidado diário
autocuidado.
Educar para prevenir: a LIMA, I. G. et al Artigo 2017 Identificar alterações Reforça a necessidade de orientar e
importância da (Brasil) dermatológicas nos pés e incentivar a prática do autocuidado
informação no cuidado oferecer informações e como forma de reduzir essa
do pé diabético recomendações ao diabético complicação
para prevenção do pé
diabético
63
Quadro 1. Listagem do levantamento final da fase 1 deste estudo, resultando em 17 artigos, 1 tese e 1 dissertação. (Continua)
Tratamiento de las EVEN, N. Artigo 2016 Avaliar a importância do A educação terapêutica tem por
ulceraciones diabéticas en (Brasil) trabalho do pedicuro-podólogo finalidade proporcionar ao paciente
la consulta del pedicuro- nas ulcerações diabéticas e autonomia para o cuidado integral dos
podólogo, acompañamiento sua prevenção. pés, de maneira simplificada em cada
y prevención. atendimento.
Care manual for diabetic PADILHA, A. P. Artigo 2017 Construir um manual O método possibilitou a construção do
people with diabetic foot: et al. (Brasil) educativo para pessoas com manual que resultou em um produto de
construction by scoping diabetes mellitus com pé enfermagem para uso na educação em
study diabético saúde, para o cuidado da pessoa com
diabetes com pé diabético.
Teamwork and collaborative PEDUZZI Artigo 2018 Apresentar os conceitos atuais A colaboração envolve profissionais que
practice in Primary Health HELOISE (Brasil) de trabalho interprofissional, querem trabalhar juntos para prover
Care FERNANDES problematizando-os no melhor atenção à saúde comunitária e
AGRELI, M. contexto da Atenção Primária eficácia do tratamento.
à Saúde
Treatment Adherence and PERWITASARI, Artigo 2016 Avaliar a adesão ao A qualidade do atendimento, sexo e
Quality of Life in Diabetes D. A.; (Indo- tratamento no DM em relação idade podem predizer a adesão e a
Mellitus Patients in URBAYATUN, nésia) à qualidade de vida e avaliar qualidade de vida dos pacientes.
Indonesia. S. fatores associados à adesão e
qualidade de vida.
Conhecimento, atitudes e POLICARPO, N. Artigo 2014 Identificar o conhecimento, as É necessário desenvolver estratégias
práticas de medidas DE S. et al. (Brasil) atitudes e as práticas voltadas educativas para sensibilizar, os
preventivas sobre pé à prevenção diabéticos e os profissionais de saúde,
diabético. do pé diabético em pacientes para a eficaz prevenção do pé diabético.
com diabetes mellitus tipo 2.
O autocuidado de membros ROQUE, A. R. Artigo 2017 Identificar o conhecimento de Observou-se adesão à prática e
inferiores entre usuários et al. (Brasil) usuários acerca da prática do empoderamento dos usuários o que
diabéticos insulinizado. autocuidado com os pés. acarreta promoção de qualidade de vida
do indivíduo.
64
Quadro 1. Listagem do levantamento final da fase 1 deste estudo, resultando em 17 artigos, 1 tese e 1 dissertação. (Continua)
Diferenças entre mulheres e ROSSANEIS, Artigo 2016 Investigar as diferenças no Diferenças de gênero no autocuidado
homens diabéticos no M. A. et al. (Brasil) autocuidado com os pés e no com os pés e no estilo de vida permite à
autocuidado com os pés e estilo de vida entre mulheres e equipe de enfermagem direcionar
estilo de vida homens diabéticos atividades educacionais e intervenções
nos fatores de risco à ulceração dos
pés.
A trajetória da produção de ROCHA, G. D. Artigo 2018 Relatar a trajetória da Tecnologia educacional voltada aos
uma tecnologia S.; OLIVEIRA, (Brasil) produção de uma tecnologia cuidados domiciliares para idosos, pode
Educacional: cuidados A. P. P. DE; educacional para orientação contribuir como estratégia de educação
domiciliares ao idoso pós- TEIXEIRA, E. dos cuidados domiciliares em saúde.
neurocirurgia. dispensados à pessoa idosa
pós-neurocirurgia.
A importância do uso de SANTOS, A. A. Artigo 2018 Revisar as produções Percebeu-se que os idosos conseguem
tecnologias no S. et al. (Brasil) cientificas acerca do uso de se comunicar e expressar os
desenvolvimento cognitivo tecnologia no desenvolvimento sentimentos, construindo vínculos e
dos idosos cognitivo dos idosos tonando essa atividade prazerosa para
a vida.
Estratégias para a SCHULZ, R. D. Artigo 2016 Caracterizar as ações Os pacientes devem ser motivados a
prevenção do pé diabético: S. et al. (Brasil) educativas utilizadas na participarem ativamente do tratamento,
revisão integrativa. prática clínica com paciente de por meio de orientações e
pé diabético a partir de conscientização sobre a doença, como
produções científicas. promoção, prevenção e recuperação da
saúde.
Conhecimento do diabetes SILVA, S. A. Artigo 2018 Relacionar o conhecimento do Os participantes conseguiram promover
tipo 2 e relação com o DA; ALVES, S. (Brasil) participante sobre o DM tipo 2 mudanças em costumes cristalizados há
comportamento de adesão H. DE S. e comportamento de adesão algum tempo sem alto custo de resposta
ao tratamento. ao tratamento. e apresentaram adesão para o
autocuidado
65
Quadro 1. Listagem do levantamento final da fase 1 deste estudo, resultando em 17 artigos, 1 tese e 1 dissertação. (Continua)
Angiologia e cirurgia FERREIRA, V. Artigo 2014 Caracterizar dados A doença arterial periférica, a
vascular consulta et al. (Brasil) epidemiológicos, e resultados insuficiência renal e a dependência de
multidisciplinar do pé da intervenção dos utentes da terceiros são fatores de mau
diabético-avaliação dos consulta multidisciplinar do pé prognóstico das úlceras do pé diabético.
fatores de mau prognóstico. diabético
O papel do alfabetismo em SOUZA, L.G. Tese 2017 Investigar a associação entre Observada relação entre alfabetismo
saúde no controle de (Brasil) alfabetismo em saúde com em saúde funcional e controle
diabetes em idosos. controle glicêmico e lesões em glicêmico, e desfechos relacionados ao
órgãos-alvos em idosos diabetes.
diabéticos 2, e avaliar as
relações entre suporte social,
alfabetismo em saúde e
controle glicêmico.
Tecnologia de reabilitação FERREIRA, J. Dissertação 2018 Desenvolver e validar o Pode ser uma ferramenta eficaz para
no cuidado do diabetes S. S. P. (Brasil) conteúdo de um software livre facilitar o auto monitoramento e o
mellitus: desenvolvimento e e de fácil utilização que autocuidado, e tem potencial para ser
validação de um software personaliza uma rotina de inserido no Sistema de saúde pública
que personaliza a evolução exercícios para os pés e voltados a atenção primária e
de exercícios para pés e tornozelos, segundo secundaria.
tornozelos capacidades físicas individuais
para pessoas com DM.
66
4.2 Resultados da fase 2: organização e construção de documentos
67
grupo, duas idosas se enquadram em nível escolar do ensino básico
incompleto, e uma com ensino superior completo. Todas têm história de DM2
há mais de 15 anos, e todas fazem uso de tratamento farmacológico oral e
controle nutricional. Uma delas faz uso de medicação injetável (insulina).
Quanto ao processo do cuidado, relataram que recebem ajuda de
familiares e a idosa que mora só, recebe ajuda de profissionais da área de
cuidados com os pés. Todas indicam o cuidado efetuado no ambiente do
banheiro e utilizavam água, sabão, lixa, escova, toalhas e cremes hidratantes.
As mulheres têm no ambiente domiciliar os recursos: TV, computador,
DVD, CD player, rádio, porém indicam que a utilização é restrita à TV, rádio e
CD player. Todas desconheciam o significado do audiolivro.
Esta fase do estudo indicou, neste grupo reduzido, que as mulheres se
mostram mais acometidas em relação aos homens em tempo de diagnóstico
de doença e de uso de tratamento farmacológico. Em relação aos cuidados,
observou-se que a maioria deste grupo conta com ajuda de membros da
família e poucos recebem apoio e orientação de profissionais qualificados. O
apoio informal parece ser mais efetivo para este grupo em relação ao apoio
formal.
O conhecimento e esclarecimentos acerca do que é um audiolivro ainda
se mostra muito tímido neste grupo. O momento das entrevistas pôde
proporcionar explicações sobre ele, como puderam ser fornecidos alguns
exemplos sobre este tipo de recurso.
As entrevistas junto a este grupo foram positivas no sentido de
verificação dos itens do questionário semiestruturado construído neste estudo,
cuja verificação da compreensão das perguntas foi satisfatória, e não foi
observada dificuldade ou estranheza das perguntas e respostas durante as
entrevistas. Desta forma, confirmou-se a não necessidade de alteração na
estrutura e conteúdo do mesmo.
68
encaminhadas ao projeto de cuidados com os pés 180 pessoas (36%), todas
com DM, diagnóstico comprovado pelos prontuários, encaminhadas pela
Unidade para o atendimento junto ao profissional da área de podologia. Figura
6 abaixo ilustra os resultados.
69
4.3.1 Destaque na amostra deste estudo: idosos com DM2 e pé diabético
Dentre os 40 idosos com DM2, foram identificados 12(30%) idosos com
pé diabético, sendo 8 mulheres (67%) e 4 homens (33%). Foram aplicados o
MEEM e o teste do Sussurro para os 12 idosos, sendo que 5 deles foram
excluídos da pesquisa de acordo com os critérios inclusivos. Resultaram 7
idosos com DM2 e pé diabético, sendo 3 homens (52,8%) e 4 mulheres
(57,2%).
Os 5 idosos excluídos obtiveram escores abaixo da nota de corte no
MEEM (2 idosos) e no teste do Sussurro (3 idosos). Dos 5 idosos excluídos da
pesquisa, 4 eram mulheres (2 foram excluídas pelo MEEM e 2 pelo teste do
sussurro), e 1 homem (excluído pelo teste do sussurro). Todos foram
encaminhados para outro setor da UBS, registrado os dados no prontuário
deles, e com a indicação relativa as avaliações efetuadas para providências de
uma avaliação mais aprofundada.
A Figura 7 abaixo representa um fluxograma acerca dos critérios de
seleção da amostra a partir dos 40 idosos com DM2.
Amostra final
(7 idosos)
70
A amostra final deste estudo foi de 7 pessoas idosas com DM2 e pé
diabético, sendo 4 mulheres (média de idade de 63,7 anos), e 3 homens
(média de idade de 73,6 anos).
Na sequência são apresentados dados sobre os resultados, organizados
em tabelas que retratam as questões do Apêndice 3 sobre as características
gerais dos participantes, sobre o tempo de DM2 e sobre aspectos do
autocuidado.
O número mínimo de filhos por participantes do sexo feminino variou
de dois a dez, e a média foi de 5,25 filhos (±3,04). Para os participantes do
sexo masculino a variação foi de zero a onze filhos, com média de 5,67 (±5,50).
Em relação ao arranjo familiar 66,7% (n=2) dos homens residiam com esposa e
os filhos e 33,3% (n=1) declarou residir com familiares, entre as mulheres todas
residiam com os familiares, sendo que 50% (n=2) relatou residir com marido e
filhos ou netos.
A Tabela 1 apresenta os dados de caracterização sociodemográfica dos
participantes.
Variável Participantes
Homens (N=3) Mulheres (N=4)
Média de idade (anos) 73,6 (7,23) 63,7 (6,85)
Escolaridade (média em anos) 1,66 (2,08) 2,00 (2,70)
Estado civil % (n)
Casado 66,7% (2) 50% (2)
Divorciado - 50% (2)
Solteiro 33,3% (1) -
Tem filhos % (n)
Sim 66,7% (2) 100% (4)
Não 33,3% (1) -
Fonte: (Elaboração própria, 2018).
71
Sobre o histórico dos participantes foram coletadas informações que
descrevem o tipo de tratamento utilizado, tempo de doença e como soube que
tinha DM2. Tais dados podem ser visualizados na Tabela 2.
Variável Participantes
Homens (N=3) Mulheres (N=4)
72
Tabela 3. Caracterização do autocuidado com os pés, ambiente e os materiais que
usa os participantes (N=7), São Carlos (SP), 2017 - 2018
Variável Participantes
Homens Mulheres
(N=3) (N=4)
73
recebem ajuda da filha e o outro da esposa. Entre as mulheres a ajuda vem por
parte do marido e de uma manicure. Quanto ao recebimento de orientações
para os procedimentos de cuidado por parte dos que ajudam o cuidado, dois
participantes indicaram que sim (uma mulher e um homem).
Os resultados sobre o procedimento do autocuidado foram organizados
a partir das quatro perguntas disparadoras acerca do autocuidado,
resumidamente em:
1. O que entende?
2. Como cuida?
3. Onde realiza?
4. O que usa? E na sequência foram organizadas categorias que
agregam as respostas anteriores, por meio da análise de
conteúdo.
74
esse cuidado, passo a passo. Seguem algumas descrição desta categoria,
entre os homens e mulheres:
“Pego uma cadeira e coloco meu pé em cima, vou escovando com água
e sabão. Seco com uma toalha. Depois limpo o ferimento do meu dedo com
soro fisiológico, passo medicamento rifocina. Ponho gaze e prendo com
esparadrapo, ou atadura. Uso creme hidratante nos pés somente a noite para
não escorregar”. (idoso 1)
“Eu deito na cama. Lavam o meu pé com água e sabão e cortam minha
unha ou lixam. O curativo - lavado com água e sabão, seca com gaze
esterilizada. Passa a pomada e às vezes óleo de girassol. Coloca gaze e põe
faixa, isso é feito uma vez ao dia”. (idoso 2)
“Pego uma bacia com água e sabão, coloco meu pé nessa água para
ficar um pouco de molho, passo escova nas unhas e no calcanhar. Passo
pedra pomes. Lavo entre os dedos. Seco bem, depois uso pomada nas fissuras
e creme hidratante no resto do pé”. (idosa 2)
75
Nesta categoria, a pergunta efetuada foi referente onde o autocuidado
era realizado. Entre os homens não foram identificadas semelhanças entre as
respostas, uma vez cada um realizava o autocuidado em locais distintos.
“Banheiro” (idoso 1);
“Quarto” (idoso 2) e
“Sala” (idoso 3).
Em relação as mulheres, verificou-se maior semelhança entre as
respostas.
“Realizo o cuidado no banheiro” (idosa 1);
“No banheiro ou na sala” (idosa 2);
“Banheiro ou sala” (idosa 3).
“Na área de serviço” ( idosa1).
76
Gráfico 8. Ilustração dos materiais utilizados para o cuidado pelas mulheres. São
Carlos (SP), 2017 – 2018
5. DISCUSSÃO
77
Janaúba-MG, com pacientes com DM2, considera que a baixa escolaridade
pode restringir o acesso às informações, de modo provável, pelo
comprometimento das habilidades da fala, da leitura, da escrita e da
compreensão dos multíplices mecanismos da doença e do tratamento. Estes
indicativos sinalizam alguns desafios que uma equipe interdisciplinar de saúde
pode enfrentar no dia a dia de trabalho, em relação às estratégias que devem
ser adotadas ao apoio e à adesão ao tratamento (DIAS et al., 2017; LIMA et al,
2017; LIMA et al., 2016).
Por outro lado, em um estudo efetuado em Maringá foi destacado que o
nível de escolaridade deve ser mais explorado em estudos, visto que metade
dos participantes do estudo (40 pessoas) possuía ensino fundamental completo
e o restante acima deste nível. Verificou-se que independentemente do nível de
escolaridade, o baixo nível de acesso às informações necessárias sobre a DM2
foi encontrado, e fatores limitantes que a doença pode causar (CARLESSO;
GONÇALVES, MORESCHI JUNIOR, 2017).
Em relação à caracterização acerca da DM2 dos participantes, a
pergunta sobre como ficaram sabendo sobre o diagnóstico da diabetes foi o
disparador para as respostas relativas à doença. Todos responderam que o
diagnóstico se deu por meio de exames laboratoriais.
Em consonância ao atual estudo, outra pesquisa realizada em 2018,
com pessoas com DM2, residentes no Distrito Federal, aponta o diabetes como
uma doença silenciosa com ausência de sintomas, o que impede que as
pessoas entendam a importância de mudanças para a vida. Os entrevistados
expuseram que souberam ser portadoras de DM2 por meio de consultas de
rotina, solicitação de exames clínicos e confirmação por meio deles (SILVA;
ALVES, 2018).
Os homens deste estudo estão diagnosticados há mais tempo com DM2,
em relação às mulheres (em torno de 2 anos a mais). As mulheres idosas com
DM2 e com pé diabético parecem aderir ao tratamento medicamentoso, e
parecem ter um comprometimento maior, pois elas utilizam mais o tratamento
medicamentoso (oral e injetável) em relação aos homens, e elas associavam
outros tratamentos não medicamentosos. Esses elementos podem se
relacionar ao fato de que mulheres buscam os serviços de saúde com maior
78
regularidade que os homens, o que aumentam as chances de diagnóstico
precoce ao contrário dos homens que normalmente procuram atendimento
quando as alterações clínicas encontram-se na fase aguda (EVEN, 2016;
FERREIRA et al., 2014; CARLESSO; GONÇALVES, MORESCHI JUNIOR,
2017; PERWITASARI; URBAYATUN, 2016; SBD, 2016). Também outra
explicação pode ser explicada em detrimento dos homens deste estudo terem
em torno de dez anos a mais que as mulheres, e certamente foram
diagnosticados a mais tempo que elas.
Em relação ao tipo de tratamento medicamentoso utilizado para o
diabetes, observa-se que os participantes do estudo utilizam antidiabéticos
orais e injetáveis, sendo as mulheres as maiores usuárias de insulina e
adquirem na farmácia da UBS. A respeito do tratamento não medicamentoso
que utilizavam para a DM2, eles indicaram a dieta alimentar, seguido de
exercícios físicos e uma minoria o controle glicêmico diário.
O tratamento medicamentoso tem como principal objetivo manter os
níveis glicêmicos controlados, prevenir sintomas e posteriores complicações
acerca da doença, pois, além de uma dieta alimentar adequada, prática de
exercícios físicos, o tratamento para a pessoa com DM2 poderá ser
medicamentoso com uso de insulina, antidiabéticos ou associação de ambos.
Os medicamentos são utilizados principalmente quando o tratamento não
medicamentoso não é suficiente para deixar o nível glicêmico o mais perto do
desejável (POLICARPO et al., 2014).
Um estudo no Distrito Federal realizado com cinco portadores de DM2
com mediana de idade de 60 anos foram avaliados uma boa adesão ao
tratamento da doença após intervenção educativa, e mostrou que o uso do
medicamento para o controle do DM2 foi de antidiabéticos orais. Nenhum
participante fez uso de insulina, porém a mediana da idade pode ter sido um
fator de relevância para este grupo (SILVA; ALVES, 2018).
No presente estudo a prática de exercícios físicos em conjunto a dieta
alimentar é indicada entre a maioria dos homens. Compreende-se que essa
prática, enquanto um tratamento não medicamentoso contribui para minimizar
cronicidade da doença. Estudos recentes mostraram que praticar exercícios
físicos diariamente, alimentação adequada e terapias integrativas (como
79
aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia,
hipnoterapia, acupuntura, ozonioterapia, terapia florais e fitoterapia) são
conjuntos de atitudes que complementam o tratamento medicamentoso nas
DCNTs e podem trazer mudanças ao cotidiano da pessoa com diabetes
(BRASIL, 2018; CORRÊA et al., 2017; FEIJÓ et al., 2012; GÓIS, 2007).
A utilização de práticas alternativas traz inúmeros benefícios, dentre eles
o baixo custo. Tendo em vista o alto número de idosos brasileiros, e o alto
consumo de medicação, é importante que se tenha um maior investimento na
capacitação dos profissionais para oferecer medidas alternativas que possam
minimizar custos e aumentar a eficácia do tratamento, principalmente em
serviços de atenção primária. Em março de 2018, durante o Congresso de
Práticas Integrativas e Saúde Pública, o Ministério da Saúde anunciou a
inclusão de 10 novas práticas integrativas no SUS, onde aumentou a oferta de
29 terapias alternativas para a população, dentre elas: apiterapia,
aromaterapia, imposição de mãos, constelação familiar (BRASIL, 2018; SILVA;
ALVES, 2018).
Promover o autocuidado a partir do diagnóstico é fundamental para que
ocorram mudanças no estilo de vida, e uma rotina diária evitará danos maiores.
Neste sentido, quando se verificou sobre a caracterização do autocuidado com
os pés dos participantes, observou-se que os participantes deste estudo
parecem ter um equilíbrio com algumas orientações dadas pelos profissionais
de saúde.
Ao serem questionados acerca da observação de seus pés com
frequência, a maioria dos participantes informou que examinava os pés
continuamente. O exame periódico dos pés das pessoas com DM2 auxilia para
identificar de maneira precoce possíveis alterações e permite o tratamento
favorável combatendo o desenvolvimento de complicações (ADA, 2017;
SCHULZ et al., 2016; BRASIL, 2017b).
Um dos participantes homens, e duas mulheres desempenhavam o
autocuidado dos pés sozinhos. Dois homens e duas mulheres tinham ajuda de
familiares e de manicure para os cuidados com os pés. E sobre receber
orientação para o cuidado com profissionais, um homem e uma mulher
indicaram que não, porém eles participam das atividades e consultas da UBS e
80
certamente receberam informações dessa unidade. Verifica-se neste estudo
que alguns participantes necessitavam de ajuda para execução do cuidado, e
quem os ajudam é alguém da família. Em se tratando dos cuidados de pessoas
idosas, com alguma fragilidade, ainda se identifica que são membros da família
que atuam como o principal apoio e auxílio para as atividades de cuidado
(DUARTE; D´ELBOU; BERZINS, 2017).
Acerca da compreensão desse grupo sobre o que é o autocuidado com
os pés, verificou-se que esse entendimento tende a ser restrito e subjetivo, mas
quando questionados o significado, tiveram dificuldade em responder com
maior detalhamento. Por exemplo, dois dos homens indicam não saber qual o
significado do autocuidado.
Entre as mulheres houve a resposta predominante sobre a compreensão
do autocuidado, indicando relação direta com o cuidar dos pés. O autocuidado
com os pés é parte fundamental da educação para diabéticos. É de suma
importância que os profissionais de saúde continuem a inovar com as
estratégias de educação, e promover a divulgação de informações que
orientem com maior efetividade o cuidado. Uma pesquisa realizada em uma
USF de Curitiba com 63 participantes com DM2, identificou que a maioria não
recebeu orientações sobre cuidados com os pés, e que após receber
orientações pelos profissionais da UBS, houve melhora na adesão ao
tratamento o que sugeriu a efetivação das orientações passadas (ROQUE;
CAUDURO; MORAES, 2017).
Os cuidados com a higiene dos pés têm influência direta na saúde
individual e coletiva de pacientes com DM2 e pé diabético. No que se refere em
qual ambiente da casa costumavam fazer o autocuidado dos pés, nos homens
foi observado que cada um realizava o autocuidado em locais distintos, tendo o
destaque para o ambiente do banheirm quarto e sala. Entre as mulheres deste
estudo, o ambiente de maior uso era o banheiro e sala.
A escolha do ambiente para a execução do autocuidado deve ter
condições mínimas de higiene, segurança e funcionalidade. Também, uma boa
iluminação facilita o procedimento a ser executado. No que diz respeito à
posição (sentado) é indicada como a mais adequada, no sentido de
proporcionar segurança e equilíbrio ao alcance dos pés (BRASIL; 2016, 2018).
81
Quando questionados sobre quais materiais utilizavam no cuidado com
os pés, a escova, o sabonete e a toalha eram utilizados por todos os
participantes, de forma praticar a escovação nas unhas durante o banho e a
secagem dos interdigitos. As mulheres deste estudo, também tinham o hábito
da hidratação dos pés.
Observa-se que as pessoas utilizavam materiais adequados para o
autocuidado, e basicamente o uso da escova e sabão para a escovação. O uso
do cortador de unhas era utilizado por apenas um participante, mas, é
recomendado usar o alicate de ponta reta para o corte das unhas, para não
machucar e para que não encravem. O material deve ser higienizado para
evitar contaminação (BRASIL, 2016, 2018).
No procedimento em si para o autocuidado, verificou-se de forma geral
que é restrito aos aspectos de higiene de lavagem diária realizada durante o
momento do banho ou finalizando o cuidado logo após o banho. Duas
mulheres indicam o uso de pomada cicatrizante, denotando a essas uma
cronicidade maior dos pés, provavelmente em decorrência de complicações da
DM2 e pé diabético. Entretanto entre os sete participantes, identificou-se que
os pés diabéticos não se mostravam com complicações mais relevantes, como
por exemplo, úlceras de dimensão mais crônica.
O estudo de Rossaneis et al. (2016) com pessoas com DM, verificou que
dentre os 1.515 participantes, 63% mulheres, e mediana de idade de 66 anos
para mulheres e homens, foi observado que os homens têm maiores déficts de
cuidados em relação às mulheres. Essas correlações não se mostraram
evidentes para o grupo neste estudo junto à UBS, uma vez que tanto um
quanto o outro indicam no momento do procedimento cuidados básicos diário.
Estudos mostram que, as mulheres tendem a apresentar maior adesão
aos cuidados com os pés, considerando os procedimentos de higiene e
inspeção diária, constituindo medidas preventivas para ulcerações nos
membros inferiores (ANJOS; MONTANHA, 2016; LEAL, 2017; ROSSANEIS et
al., 2016; SCHULZ et al., 2016).
A inserção do profissional podólogo na UBS deste estudo, por meio de
um projeto de extensão, tem se mostrado relevante enquanto mais uma
estratégia em que se agrega diferente área do conhecimento para os cuidados
82
da DM para todos os usuários da Unidade. A inclusão deste profissional
especializado poderia ser uma estratégia a nível federal para a inserção em
todas as Unidades. O podólogo pode auxiliar na prevenção e na identificação
de indícios de complicações nos pés, assim como, algum tipo de anormalidade
em fase precoce, que com medidas preventivas e de tratamento pode
minimizar complicações. O estudo de Schulz et al (2016) salienta que o
acompanhamento com profissional especializado pode motivar os pacientes na
adesão ao tratamento. Também destaca que as orientações sobre o cuidado, e
a conscientização sobre a doença, podem promover avanços consideráveis na
recuperação da saúde.
Neste estudo, verificou-se que a concepção do autocuidado é frágil,
entretanto identificou-se que as práticas dos cuidados desenvolvidas
diariamente indicam procedimentos básicos aplicados. Neste sentido, com
medidas simples que incluem a inspeção dos pés, a higiene e a hidratação
diária, é possível evitar agravos significativos do pé diabético (BRASIL, 2016).
A educação em saúde para o autocuidado dos pés é essencial. O
autocuidado deve envolver a inspeção e higiene diária, corte correto das
unhas, secar os espaços interdigitais dos pés reduzem infecções fúngicas e
bacterianas. Evitar retirada de calos por meio de pérfuro cortantes
inadequados, raspagem de calosidades por meio de giletes ou lâminas. Os
calçados devem ser confortáveis a ponto de não causar qualquer ferimento ou
incômodo aos pés (DIAS et al, 2017; LIMA et al, 2017).
Ainda sobre o autocuidado com os pés, a hidratação diária constitui
medida importante na preservação de condições da pele não ressecada e evita
fissuras leves, ou em casos mais extremos, as profundas. Estudos nacionais
e internacionais confirmam que cuidados integrais na higiene com os pés são
necessários e aconselham que profissionais de saúde adotem estratégias
educativas no cotidiano de trabalho para alcançar melhor eficiência nos
objetivos da educação em saúde (PEDUZZI, AGRELI, 2018; LAVERY; LA
FONTAINE; KIM, 2013; BRASIL, 2016; PÉREZ RODRÍGUEZ et al., 2013).
A recuperação de um pé diabético caminha no sentido positivo quando
medidas de orientação são incorporadas ao tratamento, evitando-se
complicações mais drásticas, por exemplo, amputações. Programas
83
desenvolvidos pelo Ministério da Saúde, em atenção aos portadores de
diabetes, destacam que a atenção básica tem papel fundamental para o
acompanhamento, tratamento e medidas preventivas à saúde das pessoas
(BRASIL, 2014a,b, 2016, 2017b; CARLESSO; GONÇALVES; MORESCHI
JUNIOR, 2017; SILVA; ALVES, 2018).
O programa HIPERDIA, geralmente desenvolvido nas UBS, objetiva o
suporte e orientação dos hipertensos e diabéticos. Também monitora o
tratamento geral, evitando os agravos e controlando os fatores de risco
(BRASIL, 2013, 2014a). Este tipo de programa foi identificado na Unidade em
que este estudo ocorreu, sendo que foi implementado, porém a
operacionalização diária dele parece fragilizada, de acordo com relato da
equipe.
Todos os membros da equipe de saúde devem estar preparados para
reconhecer qualquer dificuldade à adesão para o autocuidado com o
conhecimento qualificado, no sentido de intervir, prevenir ou minimizar
potenciais agravos da doença. É de grande importância que profissionais de
saúde continuem buscando estratégias para motivar as pessoas a efetuar
ações de autocuidado e superar eventuais obstáculos, assim como, integrar
neste cuidado a família que, muitas vezes, atua enquanto cuidador informal.
Vale ressaltar a importância de acompanhamento ambulatorial periódico na
atenção básica, em vistas ao controle da DM2 e do pé diabético (DIAS et al.,
2017; DUARTE; D´ELBOU; BERZINS, 2017).
O estudo realizado com pessoas com DM2 residentes município de
Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em acompanhamento ambulatorial
verificou que pessoas com DM2 que realizam práticas de autocuidado com os
pés, observando o uso de calçados, corte correto das unhas, higiene
interdigital, hidratação e inspeção dos pés, indicaram sucesso mais efetivo no
tratamento. Essas práticas foram indicadas aos participantes deste estudo, e
também são consideradas essenciais para minimizar o agravo do pé diabético
ou como preventivo dos mesmos, e está em concordância com diretrizes
preconizadas pelo Ministério da Saúde para autocuidado da pessoa com DM2
(BRASIL, 2016; SCHULZ et al., 2016; LEAL, 2017).
84
No presente estudo, os participantes indicaram ter recebido orientações
sonoras sobre cuidados com os pés utilizando o equipamento televisão, por
meio de programas educativos à saúde. Sobre o conhecimento do audiolivro
todos responderam que nunca ouviram e não sabiam do que se tratava.
Os participantes deste estudo indicaram conhecimento, uso e acesso
restrito às tecnologias disponíveis atualmente (computador, celular e seus
aplicativos, MP3) e até mesmo CDplayer (que já é uma tecnologia mais
utilizada há décadas passadas). Uma possível explicação para a fragilidade de
conhecimento e acesso desses equipamentos pode ser explicada pela baixa
escolaridade deste grupo, e/ou a fatores socioculturais do contexto em que
vivem (FERNANDES; SILVA; SOARES, 2011; ROCHA; OLIVEIRA; TEIXEIRA,
2018).
Estudos no estado do Amazonas e Minas Gerais realizado com idosos
apontam alguns exemplos de tecnologias educativas em saúde desenvolvidas,
como: cartilhas, folders e vídeos. Esses exemplos foram efetivos enquanto
mecanismos de apoio e suporte a orientações sobre a doença. Deve-se
considerar em qualquer âmbito de educação em saúde, os aspectos da
realidade de cada grupo, seus costumes e sua cultura, no sentido de agregar
com potencialidade tecnologias educativas mais efetivas, assim como, na
adaptação delas. No entanto, parece que as tecnologias leves ainda são mais
evidenciadas em alguns grupos em detrimento de outros (FERNANDES;
SILVA; SOARES, 2011; ROCHA; OLIVEIRA; TEIXEIRA, 2018).
Estudos recentes indicam que a tecnologia se mostra cada vez mais
presente na vida dos idosos. Utilizada na busca de informações, de lazer, e
enquanto instrumento de trabalho diário, as tecnologias podem contribuir para
aprimorar ou adquirir novos conhecimentos em diferentes áreas. Também pode
contribuir na construção de novos vínculos e oferecer suporte à vida das
pessoas em diferentes situações. As tecnologias educacionais podem
dinamizar as atividades de educação em saúde, agregando relevância e
apoiando mudança em estilos de vida e no autocuidado (PADILHA et al., 2017;
SANTOS et al., 2018).
Os serviços de saúde estão ampliando a adesão a recursos tecnológicos
proporcionando melhorias no monitoramento e aderência dos pacientes, além
85
de diminuir o acesso às unidades. Conhecida como e-health, a tecnologia
facilita que o paciente possa realizar atividades no ambiente de sua
preferência, diminuindo o excesso dos centros de saúde. A criação de recursos
como softwares, Websites e alguns aplicativos, são exemplos que podem ser
utilizados em computadores ou dispositivos móveis, e se constituem meios
para que as pessoas se automonitorem. Essas tecnologias também podem
minimizar níveis de dependência e de necessidades da assistência presencial
de outras pessoas. Ainda, que em movimento inicial para este tipo de adesão,
pode ser entendida como uma tendência em sociedade mais tecnológica e
globalizada (FERREIRA, 2018).
O audiolivro, enquanto um tipo de tecnologia auditiva surgiu no Brasil
durante a década de 1970. Este tipo de tecnologia foi utilizado na década de
70 prioritariamente por deficientes visuais. Sua distribuição era gratuita
realizada por instituições de caráter filantrópico, onde eram produzidos livros
em Braille, livros falados e-ou chamados de audiolivros, com gravações de
livros didáticos e de romance (MENEZES, 2008).
O audiolivro proposto neste estudo, enquanto um instrumento educativo
para o autocuidado de pessoas idosas com pé diabético mostrou-se inviável
frente às limitações identificadas entre os participantes. O desconhecimento
sobre o que é um audiolivro, a identificação de outros equipamentos de suporte
ao uso do audiolivro, de disponibilidade de acesso e uso de alguns
equipamentos nas casas dos participantes, comprovou a inviabilidade desta
proposta. A hipótese inicial, que atualmente, na maioria das populações, o uso
da tecnologia é um meio facilitador e pode promover possibilidades de suporte
ao tratamento de doenças, se faz emergente e expansão. No entanto, este
estudo indicou que este uso, para o grupo do estudo, a disponibilidade de
acesso de equipamentos tecnológicos ainda é restrita.
A consulta com profissionais da área de imagem e som, e em discussão
com os resultados identificados deste estudo, foi possível confirmar a
inviabilidade da proposta inicial. Entretanto, estudos similares poderão ser
multiplicados em outros contextos, e em uma abrangência maior, por exemplo,
em todas as UBS dos municípios brasileiros, no sentido de identificar com
maior abrangência se este tipo de proposta seria viável.
86
Todos os participantes responderam que possuíam televisão e sabiam
utilizar este equipamento. Também o uso e manipulação do rádio foram
identificados. Neste sentido, optou-se por realizar orientações por meio de um
programa de rádio (Rádio UFSCar FM), integrando ao programa já estruturado
desta rádio. Houve então a organização de uma sequência de programas (seis
ao todo) que compilasse toda a informação adquirida com o grupo deste
estudo.
De acordo com os resultados deste estudo, foi possível aplicar
orientações acerca dos cuidados com os pés, para pessoas com DM2 por meio
da organização de programas educativos da rádio citada. Levaram-se em
consideração os resultados encontrados, e integrando indicações
aprofundadas do Ministério da Saúde e dos estudos identificados. Priorizou-se
ampliar o mecanismo tecnológico leve, e leve-dura com recursos disponíveis e
viáveis aos participantes deste estudo: estrutura de orientações faladas,
divulgadas por meio sonoro, utilizando a tecnologia e toda a estrutura de uma
rádio local.
Na rádio local, por meio do programa denominado “Papo de Geronto”, foi
abordado seis temas desenvolvidos entre o período de março a julho de 2019.
Os temas foram:
Diabetes Mellitus e pé diabético,
Organização do local: Qual local da minha casa cuido dos meus pés,
O que eu uso no cuidado com meus pés,
Como efetuar o cuidado em si,
Papel da Unidade de Saúde no acompanhamento da pessoa com
diabetes, e
Suporte multiprofissional para o cuidado da pessoa com DM.
87
número reduzido de trabalhos científicos que trate do tema central deste estudo
que integrasse aspectos da tecnologia indicada (audiolivro) para o autocuidado.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo teve como objetivo desenvolver uma proposta de um
audiolivro para orientações de autocuidado de pessoas idosas portadoras de
DM2 com pés diabéticos. Os resultados deste estudo apontaram para
inviabilidade no uso de tal tecnologia para a população estudada em virtude
deste grupo não ter disponível qualquer outro equipamento que viabilizasse o
seu uso. A restrição do uso, e disponibilidade do recurso na casa dos idosos
deste grupo, se restringiu em televisão e rádio.
Observou-se que a aquisição de equipamentos como computadores,
celulares e outros que pudessem integrar ao uso de um audiolivro mostram-se
restritos para a população deste estudo, muito provavelmente em virtude da
condição sócio cultural e da baixa escolaridade. Esses elementos podem ser
melhorados com o envolvimento de educação continuada, de possibilidades
em inclusão digital, mas sabe-se que este tipo de educação é mais efetivo a
médio e longo prazo.
Ações interdisciplinares na atenção primária podem potencializar
orientações para o autocuidado para este grupo como também a população
geral. Neste estudo, a inviabilidade da proposta foi identificada, e confirmada
pela consulta a profissionais da área de imagem e som. Desta forma, optou-se
em oferecer uma devolutiva para a comunidade por meio de orientações em
educação em saúde sobre o autocuidado, utilizando os recursos disponíveis
por eles: rádio ou televisão.
A parceria com uma rádio local, e vinculada à própria Universidade
Federal de São Carlos-UFSCar, foi possível organizar uma resposta imediata à
comunidade, minimizando custos e planejando. Foi organizada uma sequência
de seis programas que retratassem um pouco do que este estudo verificou.
Também, acredita-se que por este meio a possibilidade de atingir o maior
número de pessoas da população com características similares ao do estudo
seria mais efetiva no momento.
88
A devolutiva deste estudo, e todo material produzido com divulgação
prévia dos programas na rádio local, foi formalizada junto a Secretaria
Municipal de Saúde, a UBS em que o estudo foi produzido, e a todos os
participantes deste estudo (Apêndice 8).
Por outro lado, o resultado desta pesquisa permite considerar que para a
eficácia de novas tecnologias e efetividade no autocuidado para pessoas
diabéticas são necessários. Sugere-se que para outros estudos, centralizar os
participantes em pessoas adultas maduras com DM2, e quem sabe os
resultados e a aplicação de um audiolivro possam ser mais positivos e viáveis.
Para um grupo mais jovem, como sugerido, talvez se possa cuidar das
dificuldades da DM2 mais cedo, ampliar reflexões sobre essa temática, e por
fim, possa haver maior efetividade do cuidar em si sem maiores complicações
futuras.
Pessoas idosas podem apresentar algumas dificuldades associadas à
idade. Elas podem apresentar algumas doenças que geram incapacidades, e o
fator do baixo nível de escolaridade pode limitar orientações sobre o cuidado. O
uso de tecnologias (leve-dura) como as websites, softwares, pode não ser o
mais apropriado para um grupo com essas características, mas a associação
de outras estratégias pode ser favorável, como: manuais de orientação que
auxiliam para o monitoramento do autocuidado, simulações de como cuidar, e
o envolvimento constante de familiares que dão suporte ao cuidado.
Embora não se tenha conseguido fazer a proposta do audiolivro, para
este grupo do estudo, os resultados fortalecem indicações de que pessoas na
comunidade precisam de mais apoio e oportunidades para a inserção no
mundo mais tecnológico, e ter condições para isso.
Grupos como HIPERDIA, direcionados ao suporte e orientação dos
hipertensos e diabéticos, parecem não funcionar inteiramente na unidade
básica em relação às orientações e monitoramento contínuo dos pacientes nos
seus agravos e fatores de risco, como relatado pela equipe. A educação é
parte importante no tratamento do DM, pois é por meio dela que pacientes são
orientados para realizar o gerenciamento da sua doença.
Cuidados diários das pessoas com DM2 e pé diabético são enfrentados
enquanto destaque na saúde pública. Mudanças de comportamentos de vida
89
diária, associados ao tratamento farmacológico ao não farmacológico
compõem medidas importantes para o tratamento e evitam possíveis
complicações.
7. REFÊRENCIAS
90
IPEA , 2016.
91
BARBOSA, R, O. Ouvidos para ler: contextualizando audiolivro, leitura e
entretendimento. Revista Brasileira de História da Mídia, v.6, n.1,p.231-
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8. ANEXO:
104
105
106
107
108
Anexo 2: MEEM – Mini-Exame do Estado Mental
(BRUCKI, et al., 2003; BERTOLUCCI, et al., 1994; FOLSTEIN, et al., 1975)
__________________________________________________________
109
110
Anexo 3: Teste do Sussurro
(LACHS; FEINSTEIN; COONEY JR, et al., 1990).
__________________________________________________________
AVALIAÇÃO DA AUDIÇÃO
A audição pode ser avaliada por meio do uso de algumas questões simples
listadas a seguir ou ainda pela utilização do Teste do Sussurro (whisper) já validade em
relação à audiometria.
Questões:
• Compreende a fala em situações sociais? ( ) Sim ( ) Não
• Consegue entender o que ouve no rádio ou televisão? ( ) Sim ( ) Não
• Tem necessidade que as pessoas repitam o que lhe é falado? ( ) Sim ( ) Não
• Sente zumbido ou algum tipo de barulho no ouvido ou cabeça? ( ) Sim ( ) Não
• Fala alto demais? ( ) Sim ( ) Não
• Evita conversar? Prefere ficar só? ( ) Sim ( ) Não
TESTE DO SUSSURRO: O examinador deve ficar fora do campo visual da pessoa idosa, a
uma distância de aproximadamente 33cm e “sussurrar”, em cada ouvido, uma questão breve
e simples como, por exemplo, “qual o seu nome?”
Objetivo: avaliação da acuidade auditiva.
Avaliações dos resultados: se a pessoa idosa não responder, deve-se examinar seu conduto
auditivo para afastar a possibilidade de cerume ser a causa da diminuição da acuidade
auditiva.
Providências com os achados/resultados: não sendo identificados obstáculo nos condutos
auditivos externos, deve-se solicitar audiometria em ambulatório especializado.
111
9. APÊNDICE:
112
113
Apêndice 2: TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para os Idosos da
UBS / São Carlos
_______________________________________________________________
114
g. Os dados não serão divulgados de forma a possibilitar sua identificação. Serão utilizados
apenas para contribuição científica. Serão utilizados exclusivamente para a finalidade
prevista.
8. O(A) Sr(a) não terá algum custo ou quaisquer compensações financeiras. Os riscos relacionados
à sua participação nesta pesquisa envolvem alguma situação pessoal de desconforto ao responder
as questões da entrevista e que poderá ser suspensa a qualquer momento caso avalie que queira
não continuar.
9. O(A) Sr(a) receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e o endereço do pesquisador
principal, podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto e sua participação, agora ou a qualquer
momento.
10. No momento em que a pesquisa estiver pronta, os resultados serão retornados a você e a sua
instituição para seu conhecimento e para a divulgação dos resultados, assim como poderão ser
apresentados em eventos e publicados em revistas científicas.
_____________________________________
Profa. Dra. Vania Aparecida Gurian Varoto
___________________________________ Maria do Socorro Souza Pantoja
Profa. (pesquisadora responsável)
__ Dra. Vania Aparecida Gurian Varoto Mestranda do Programa de Pós-Graduação em
Terapeuta Ocupaciona
(pesquisadora
Profa. Dra. Vaniaresponsável)
Aparecida Gurian Gerontologia - PPGGero / DGero / UFSCar-São
PPGGero / DGero / UFSCar-São Carlos Carlos
PPGGero / DGeroVaroto
/ UFSCar-São Carlos
Fones (16) 3306-6677 – (16) 99766-5436 Fones (16) 3306-6745
Fones (16) 3306-6677 –responsável)
(pesquisadora (16) 99766-5436
E-mail: [email protected] E-mail: [email protected]
E-mail:
PPGGero [email protected]
/ DGero / UFSCar-São Carlos
Fones (16) 3306-6677 – (16) 99766-5436
________________________________________
Assinatura / N. de documento (RG ou CPF)
São Carlos, _____ /______ / _________
115
Apêndice 3: Versão final da Ficha de caracterização das pessoas idosas com DM tipo
2 e com pé diabético
______________________________________________________________________
Ficha de caracterização das pessoas idosas com DM tipo 2 e com pé diabético
Local: UBS / Cidade Aracy
Quanto tempo o(a) Sr(a) utiliza esta Unidade? ____(anos/meses)
Entrevistador:__________________
Dia: ____/_____/_____
______________________________________________________________________
1-Características gerais da pessoa idosa com DM e pés diabéticos:
1.1 Nome: _______________________________
1.2 Data de Nascimento: _____ / _____ / ______
1.3 Natural de:____________________________
1.4 Gênero:
( ) Homem ( ) Mulher ( ) Outros:________________________
1.5 Estado civil:
( ) Solteiro(a) ( ) Casado(a) ( ) Viúvo(a)
( ) Divorciado(a) ( ) Outros: ___________________________________
1.6 Quantos anos estudou?: _______
Até que série estudou? ______________________________________________
1.7 Com quem você mora? ________________________________________________
1.8 Tem filhos
( ) Sim. Quantos: ______________Idades: ___________________________
( ) Não
1.9 Quanto tempo o(a) Sr(a) sabe que tem diabetes? ______ (anos) __________(meses)
2.0 Como o(a) Sr (a) ficou sabendo que tem diabetes?___________________________
______________________________________________________________________
2.1 .Qual o tipo de tratamento medicamentoso utiliza para o diabetes?
( ) oral (qual:_________________________ / Como adquire:____________)
( ) injetável (qual:_____________________ / Como adquire:____________)
( ) Outros: _____________________________________________________
2.2 Qual o tipo de tratamento não medicamentoso que o(a) Sr(a) faz?
( ) controle de dieta alimentar,
( ) exercício(s) físico(s). Quais:_________________________________
( ) outros: __________________________________________________
2.3 Você verifica ou observa seus pés com frequência?
( ) Sim, Como: ________________________________________________
( ) Não
2.4 Você cuida do seu pé sozinho(a) ou tem alguém que ajuda?
( ) Sozinho
( ) Tenho ajuda.
De quem? __________________________
Grau de relacionamento:_______________
Ela(e) recebeu orientação de alguém para executar os cuidados?
( ) Sim. De quem?____________________________
( ) Não
2.5 Você procura algum profissional para o cuidado dos seus pés?
( ) Sim. Qual profissional e onde: _________________________________
( ) Não
2.6 Alguma vez recebeu orientações de como cuidar dos seus pés?
116
( ) Sim. De quem? _______________________________________________
Onde foi essa orientação? ________________________________________
O que recebeu de orientação? _____________________________________
( ) Não
2.7 Alguma vez já recebeu algum tipo de orientação de cuidados com os pés por meio
de recursos de som, por exemplo, em rádios, fitas, por telefone, CD, TV?
( ) Sim. Qual:___________________________________________________
( ) Não
2.8 O(A) Sr(a) já ouviu falar sobre livro falado (também conhecido por áudio livro ou
áudio book)?
( ) Sim. Onde: __________________ Explique o que é: ________________
( ) Não
2.9 Na sua casa o que o(a) Sr(a) tem disponível que consegue ouvir informações por
meio de recursos de som, por exemplo:
( ) gravador
( ) computador
( ) TV
( ) DVD
( ) rádio
( ) CD player
( ) MP3
( ) tablet (computador de mão)
( ) outros. Quais _________________________________________________
2.10 Dos recursos e objetos que o(a) Sr(a) citou acima, quais o(a) Sr(a) utiliza, ou sabe
utilizar? _______________________________________________________________
117
( ) Hidratantes (exemplo: cremes)
( ) Outros. Quais _________________________________________________
2.4 Descrição do cuidado com os pés:
Instruções: “Agora quero que o(a) Sr(a) me conte como faz para cuidar dos seus pés.
O(A) Sr(a) pode me mostrar também, mas gostaria que me explicasse falando passo a
passo de como faz este cuidado”
(OBS.:
-Poderá ser indicado para que o entrevistado mostre no momento que descreve a forma que cuida dos pés,
no intuito de facilitar sua descrição,
- após ter descrito o auto cuidado a entrevistadora poderá perguntar sobre aspectos do auto cuidado como:
como lava os pés? Como realiza o corte das unhas? Como o(a) Sr.(a) faz quando tem uma coceira ou
machucado nos pés?
- a entrevistadora registrará a descrição verbal na íntegra, e depois fará a leitura do texto registrado para
verificar se o que anotou foi o que o entrevistado relatou.
118
Apêndice 3.1: Primeira versão do questionário semi-estruturado
(Ficha de caracterização das pessoas idosas com DM tipo 2 e com pé diabético)
______________________________________________________________________
Ficha de caracterização das pessoas idosas com DM tipo 2 e com pé diabético
Local: UBS / Cidade Aracy
Quanto tempo é usuário desta Unidade? ____(anos/meses)
Entrevistador:__________________
Dia: ____/_____/_____
______________________________________________________________________
1-Características gerais da pessoa idosa com DM e pés diabéticos:
1.5 Nome: _______________________________
1.6 Data de Nascimento: _____ / _____ / ______
1.7 Natural de:____________________________
1.8 Gênero:
( ) Homem ( ) Mulher ( ) Outros:________________________
1.5 Estado civil:
( ) Solteiro(a) ( ) Casado(a) ( ) Viúvo(a)
( ) Divorciado(a) ( ) Outros: ___________________________________
1.6 Qual o seu nível de escolaridade: ____ (em anos)
Até que série estudou? ______________________________________________
1.7 Com quem você mora? ________________________________________________
1.8 Tem filhos
( ) Sim. Quantos: ______________Idades: ___________________________
( ) Não
1.9 Quanto tempo o(a) Sr(a) sabe que tem diabetes? ______ (anos) __________(meses)
2.0 Como o(a) Sr (a) ficou sabendo que tem diabetes?___________________________
______________________________________________________________________
2.1 .Qual o tipo de tratamento medicamentoso utiliza para o diabetes?
( ) oral
( ) injetável
( ) Outros: _____________________________________________________
2.2 Faz outro tipo de tratamento que não o de medicamentos?
( ) Sim, quais? __________________________________________________
( ) Não
2.3 Você examina seus pés com que frequência?
( ) Sim, Como: ________________________________________________
( ) Não
2.4 Você cuida do seu pé sozinho(a) ou tem alguém que ajuda?
( ) Sozinho
( ) Tenho ajuda. De quem? ________________________________________
2.5 Você procura o profissional de saúde quando apresenta algum problema nos pés?
( ) Sim. Qual profissional e onde: _________________________________
( ) Não
2.6 Alguma vez recebeu orientações de como cuidar dos seus pés?
( ) Sim. De quem? _______________________________________________
Onde foi essa orientação? ________________________________________
119
( ) Não
2.7 Alguma vez já recebeu algum tipo de orientação de cuidados com os pés por meio
de recursos de som, por exemplo, em rádios, fitas, por telefone, CD, TV?
( ) Sim. Qual:___________________________________________________
( ) Não
2.8 O(A) Sr(a) já ouviu falar sobre livro falado, ou áudio livro, ou áudio book?
( ) Sim. Onde: __________________ Explique o que é: ________________
( ) Não
2.9 Na sua casa o que o(a) Sr(a) tem disponível que consegue ouvir informações por
meio de recursos de som, por exemplo:
( ) gravador
( ) computador
( ) TV
( ) DVD
( ) rádio
( ) CD player
( ) MP3
( ) tablet (computador de mão)
( ) outros. Quais _________________________________________________
3.0 Dos recursos e objetos que o(a) Sr(a) citou acima, quais o(a) Sr(a) utiliza, ou sabe
utilizar? _______________________________________________________________
120
( ) Outros. Quais _________________________________________________
2.3 Descrição do cuidado com os pés:
Instruções: “Agora quero que o(a) Sr(a) me conte como faz para cuidar dos seus pés.
O(A) Sr(a) pode me mostrar também, mas gostaria que me explicasse falando passo a
passo de como faz este cuidado”
(OBS.: Poderá ser indicado para que o entrevistado mostre no momento que descreve a forma que cuida
dos pés, no intuito de facilitar sua descrição, mas a entrevistadora registrará a descrição verbal, e depois
fará a leitura na integra do texto registrado para verificar se o que anotou foi o que o entrevistado relatou).
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
121
Apêndice 4: Carta convite aos especialistas
______________________________________________________________________
122
Apêndice 5: TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido aos
Especialistas da Área
___________________________________________________________________
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
123
8. O(A) Sr(a) não terá algum custo ou quaisquer compensações financeiras. Os riscos relacionados
à sua participação nesta pesquisa envolvem alguma situação pessoal de desconforto para a
organização do desenvolvimento da atividade prevista, no que diz respeito a opinar sobre o
questionário desenvolvido, e em situações extrema em responder criticamente sobre as questões
do questionário, e que poderá ser suspensa a qualquer momento caso avalie que queira não
continuar.
9. O(A) Sr(a) receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e o endereço do pesquisador
principal, podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto e sua participação, agora ou a qualquer
momento.
10. No momento em que a pesquisa estiver pronta, os resultados serão retornados a você e a sua
instituição para seu conhecimento e para a divulgação dos resultados, assim como poderão ser
apresentados em eventos e publicados em revistas científicas.
_____________________________________
_________________________________
Profa. Dra. Vania Aparecida Gurian Varoto
Maria do Socorro Souza Pantoja
(pesquisadora responsável)
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em
PPGGero / DGero / UFSCar-São Carlos
Gerontologia - PPGGero / DGero / UFSCar-São
Fones (16) 3306-6677 – (16) 99766-5436
Carlos
E-mail: [email protected]
Fones (16) 3306-6745
E-mail: [email protected]
==========================================================================
Declaro que entendi os objetivos, riscos e benefícios de minha participação na pesquisa e concordo em
participar. O(s) pesquisador(es) me informou(ram) que o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em
pesquisa em seres Humanos da UFSCAR que funciona na Pró- Reitoria de Pós-Graduação e pesquisa da
Universidade Federal de São Carlos, localizada na Rodovia Washington Luiz,Km.235- Caixa Postal 676-
CEP 13.565-905- São Carlos – SP-Brasil. Fone (0160) 3351-8110. Endereço eletrônico:
[email protected]. APROVADO: N. 2.239.516 em 25 ago. 2017.
____________________________________________
(Assinatura do participante e No documento/RG ou CPF)
São Carlos._____de _____de______
124
Apêndice 6: Declaração de participação na pesquisa para os especialistas
___________________________________________________________________
125
Apêndice 7: TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido para os
Idosos – Parte Piloto
______________________________________________________________________
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
126
9. O(A) Sr(a) receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e o endereço do pesquisador
principal, podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto e sua participação, agora ou a qualquer
momento.
10. No momento em que a pesquisa estiver pronta, os resultados serão retornados a você para seu
conhecimento e para a divulgação dos resultados, assim como poderão ser apresentados em
eventos e publicados em revistas científicas.
_____________________________________ _____________________________________
Profa. Dra. Vania Aparecida Gurian Varoto Maria do Socorro Souza Pantoja
(pesquisadora responsável) Mestranda do Programa de Pós-Graduação em
PPGGero / DGero / UFSCar-São Carlos Gerontologia - PPGGero / DGero / UFSCar-São
Fones (16) 3306-6677 – (16) 99766-5436 Carlos
E-mail: [email protected] Fones (16) 3306-6745
E-mail: [email protected]
===========================================================================
Declaro que entendi os objetivos, riscos e benefícios de minha participação na pesquisa e concordo em
participar. O(s) pesquisador(es) me informou(ram) que o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em
pesquisa em seres Humanos da UFSCAR que funciona na Pró- Reitoria de Pós-Graduação e pesquisa da
Universidade Federal de São Carlos, localizada na Rodovia Washington Luiz,Km.235- Caixa Postal 676-
CEP 13.565-905- São Carlos – SP-Brasil. Fone (0160) 3351-8110. Endereço eletrônico:
[email protected]. APROVADO: N. 2.239.516 em 25 ago. 2017.
127
Apêndice 8: Divulgação dos programas da rádio local, junto a Secretaria
Municipal de Saúde, a UBS em que o estudo foi produzido.
______________________________________________________________________
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