Apostila de Experimentos 2024 - 7500017 VF

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 30

Química geral experimental – uma

introdução ao mundo da química

Apostila de Experimentos de Química Geral

Disciplina - 7500017 – Química Geral Experimental

São Carlos, 2024


Prefácio

A química geral é vista como a porta de entrada dos estudantes de ensino superior para o mundo da
química, em que os alunos têm contato e exploram diversos conceitos relativos às várias subáreas da
química que lhe permitem entender um pouco mais dos fenômenos da natureza. Dado o caráter
introdutório da química geral, a escolha dos experimentos em uma disciplina de caráter experimental
é críticaao explorar conceitos relevantes e fundamentais de química ao mesmo tempo que necessita
de abordagem simples e direta.

Dentro desse contexto e em vista dos mais diferentes cursos a que os conceitos de química geral são
trabalhados, este material apresenta uma proposta concisa de um rol de experimentos a serem
ministrados nas disciplinas de química geral ministradas para estudantes que não cursam bacharelado
ou licenciatura em química, consistindo de cinco experimentos comuns a todos os cursos de química
geral (blococomum – experimentos 1 a 5), abordando conceitos básicos de química, e um experimento
com contexto mais voltado para o curso a que a disciplina é ministrada (bloco específico), com sugestão
de aplicação conforme o curso de ingresso do estudante.

Este material também propõe folhas de atividades pré-laboratório e relatório em anexo aos
experimentos como forma de agilizar a elaboração de material a ser avaliado, mas ainda provendo uma
apresentação adequada e concisa dos resultados experimentais, com direcionamento dos aspectos
fundamentais de cada prática. As folhas pré-laboratório são organizadas a estimular uma preparação
prévia do estudante para o experimento em questão, provendo contexto e fundamentos relativos às
atividades desenvolvidas durante às práticas. As folhas de relatório têm o intuito de prover ao estudante
um espaço próprio de organização dos dados experimentais coletados em um primeiro momento, com
a entrega de uma cópia mais bem elaborada como forma de avaliação, estruturada como relatório
dirigido.

Ao final do curso, espera-se prover aos estudantes a capacidade de coletar e analisar resultados
experimentais, estabelecendo correlações com os aspectos teóricos dos conceitos abordados, assim,
construindo uma fundação sólida para outras disciplinas com caráter experimental.

Professores da disciplina 7500017 - Química Geral Experimental


Sumário

Noções de laboratório e segurança 4

PARTE II – PRÁTICAS DE LABORATÓRIO 13

Experimento 1 - Aferição de material de laboratório: erros e medidas 13

Experimento 2 - Equilíbrio Químico e constante de equilíbrio 16

Experimento 3 – Sistemas redox 21

Experimento 4: Termodinâmica Química - Calorimetria 23

Experimento 5 - Relógio de Iodo: cinética química 27

Para saber mais sobre os assuntos... 30

Para auxiliar na compreensão dos conceitos envolvidos nas práticas a seguir, sugere-se acessar o link:
http://extensao.iqsc.usp.br/atividades-didaticas-complementar
Experimento 1 – Aferição volumétrica de material de laboratório: erros e medidas
Experimento 2 – Equilíbrio ácido-base
Experimento 2 – Equilíbrio ácido-base: estudo complementar
Experimento 3 – Relógio de Iodo: Cinética Química
Experimento 4 – Sistemas redox

3
Noções de laboratório e segurança
Introdução

Os laboratórios são ambientes essenciais para o desenvolvimento de pesquisas científicas, análises e


experimentos em diversas áreas do conhecimento, como química, biologia, física, medicina e
engenharia, entre outras. Esses espaços são projetados para oferecer condições controladas e seguras,
permitindo a manipulação de substâncias, o uso de equipamentos especializados e a realização de
observações precisas. Nas últimas décadas, os avanços tecnológicos e científicos têm impulsionado
ainda mais a importância dos laboratórios, tornando-os centros vitais para o progresso e a inovação em
diversas áreas. No entanto, para que as atividades laboratoriais sejam conduzidas de forma eficiente e
segura, é fundamental compreender algumas noções gerais relacionadas a esses espaços.

Este texto explora algumas das noções gerais de laboratório, abordando questões como a organizaçãodo
espaço, os equipamentos básicos encontrados em laboratórios, os protocolos de segurança e boas
práticas, além de ressaltar a importância do trabalho em equipe e da documentação adequada dos
experimentos. É importante ressaltar que, em um laboratório, a precisão e a exatidão são fundamentais
para obter resultados confiáveis. Portanto, aspectos como a calibração dos equipamentos, a
padronização das soluções e a corretamanipulação dos reagentes devem ser considerados em todas as
etapas de um experimento.

Além disso, a segurança é uma prioridade nos laboratórios, pois muitas substâncias e equipamentos
podem representar riscos à saúde e ao meio ambiente. Conhecer e seguir as normas de segurança,
como a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados e a correta manipulação e
descarte de materiais perigosos, são aspectos essenciais para garantir a integridade física dos
pesquisadores e evitar acidentes. Por fim, a colaboração e o trabalho em equipe são aspectos-chave no
ambiente laboratorial. A troca de conhecimento, a discussão de resultados e a cooperação entre os
membros de uma equipe contribuem para a resolução de problemas complexos e o avanço da ciência.

Em resumo, compreender as noções gerais de laboratório é fundamental para obter resultados


precisos, garantir a segurança e promover a colaboração entre os pesquisadores. A aplicação desses
conhecimentos contribui para a excelência científica e o desenvolvimento de soluções inovadoras nas
mais diversas áreas do conhecimento.

Noções de segurança

No laboratório, existem normas que visam garantir um ambiente seguro para todos os alunos. Além
dessas normas, é importante utilizar a intuição e o bom senso para identificar possíveis perigos. É
essencial familiarizar-se com os equipamentos de segurança presentes no laboratório, como extintores
de incêndio, cobertores para abafar fogo, chuveiros de emergência, lava-olhos e caixas de primeiros
socorros. Recomenda- se perguntar ao responsável pelo laboratório sobre a localização e o
funcionamento desses equipamentos.

1) O fogo representa um perigo constante em um ambiente laboratorial. É crucial que você esteja ciente
da localização dos extintores de incêndio mais próximos e saiba como utilizá-los corretamente. Além
disso, o laboratório deve estar equipado com um chuveiro de emergência e um cobertor para extinguiro
fogo. Em caso de incêndio em suas roupas ou cabelo, apague as chamas cobrindo-as com um cobertor
4
ou utilizando o chuveiro de emergência para se molhar. É estritamente proibido fumar no
laboratório e é importante evitar deixar frascos contendo substâncias inflamáveis próximo a fontes de
calor ou chamas.
2) É recomendado evitar o uso de calçados muito abertos em laboratórios. Isso se deve ao fato de que
vidros quebrados e produtos químicos, como ácidos concentrados, podem cair no chão ou formar
poças. Para a proteção adequada, é exigido o uso de um avental, preferencialmente longo e com
mangas compridas, para cobrir as pernas e os braços. Isso ajuda a minimizar os riscos associados a
possíveis acidentes ou respingos de substâncias.
3) O uso de óculos de proteção é obrigatório em todos os momentos durante o trabalho no laboratório.
Não é recomendado o uso de lentes de contato, mesmo com o uso dos óculos de segurança. Em casode
contato de qualquer reagente químico com os olhos, é importante lavá-los imediatamente com água
em abundância. Essas medidas visam garantir a segurança dos olhos e minimizar os riscos associados a
possíveis danos oculares.
4) É importante ter cuidado com ferimentos expostos ao entrar em contato com reagentes químicos,
pois eles podem causar irritação e permitir que substâncias entrem na corrente sanguínea.
5) Os vapores de muitas soluções são altamente tóxicos e podem causar irritação ou danos à mucosa
nasal e à garganta. Ao lidar com essas soluções, é recomendado direcionar os vapores com a mão longe
do rosto. A abertura e manipulação de frascos contendo substâncias que produzem vapores devem ser
feitas dentro de uma câmara de exaustão, conhecida como capela. Reações que liberem gases
venenosos devem ser realizadas apenas na capela.
6) Evite ingerir reagentes químicos e não coma ou beba no laboratório. É essencial lavar bem as mãos
antes de sair do laboratório.
7) Sempre utilize um pipetador (ou pera) ao retirar líquidos de frascos com uma pipeta. Nunca utilize a
boca para sugar líquidos em nenhuma circunstância.
8) Nunca adicione água a ácidos. Sempre adicione o ácido à água, seguindo essa ordem específica.
9) Nunca realize experimentos não autorizados e evite trabalhar sozinho no laboratório. Sempre siga
asorientações e supervisão adequadas.
10) Tenha cuidado ao lidar com materiais de vidro quentes. Ao remover objetos de uma estufa,
utilizeluvas apropriadas e permita que esfriem por alguns minutos antes de manipulá-los com
segurança.
11) Não descarte material sólido ou reagentes nas pias. O descarte e a disposição adequada de
reagentesdevem ser feitos em recipientes apropriados e identificados para posterior tratamento.
Figura 1. Paramentos para uso em laboratório

5
Técnicas de laboratório

O comportamento no laboratório desempenha um papel fundamental na segurança e no


desenvolvimento eficiente dos experimentos. Para realizar as atividades laboratoriais de maneira
organizada,é necessário estudar previamente o roteiro da aula e planejar uma estratégia de trabalho,
que inclua, por exemplo, cálculos para preparação de soluções e considerações sobre a toxicidade das
substâncias envolvidas.É importante manter o local de trabalho sempre limpo, evitando a presença de
obstáculos desnecessários ao redor e próximo aos sistemas ou equipamentos em uso. Ao montar um
sistema experimental, é recomendado chamar o responsável pelo laboratório para realizar uma
verificação final antes de iniciar o experimento. Aprender a limpar o próprio material antes e após o uso
é essencial, sempre levando em consideração as normas de segurança do laboratório. A seguir, serão
descritos alguns dos utensílios mais comumente utilizados em laboratórios, bem como algumas técnicas
de manipulação geralmente empregadas.

Utensílios de vidro

Antes de utilizar qualquer material de vidro, é importante verificar se ele não está quebrado ou
apresenta trincas. Vidros quebrados podem causar cortes profundos, e frascos trincados, quando
aquecidos, podem quebrar de forma imprevisível. Todo material de vidro danificado deve ser entregue
ao responsável pelo laboratório para possível recuperação. O procedimento mais comumente
recomendado para a limpeza de materiais de vidro é lavá-los cuidadosamente com uma escova e
detergente, enxaguá-los com água corrente e, em seguida, enxaguá-los com água destilada. Após a
lavagem, deixe a água escorrer colocando o objeto com a boca voltada para baixo ou seque-o em uma
estufa. Quando for necessário utilizar o material imediatamente, enxágue-o duas a três vezes com
pequenas porções da solução a ser utilizada. Tenha cuidadoao usar soluções de limpeza que contenham
ácidos ou álcalis, pois os respingos podem danificar suas roupas e causar queimaduras graves. Não
utilize essas soluções sem a supervisão do responsável pelo laboratório.

A Figura 2 representa uma ilustração dos materiais de vidro mais comumente utilizados em um
laboratório.

6
Figura 2. Utensílios de vidro usados em laboratório

Béquer Erlenmeyer Balão volumétrico Proveta Tubo de ensaio

Vidro de relógio Kitassato Bureta Pipeta volumétrica Placa de Petri

Balão de Funil de
Bastão de vidro Dessecador Picnômetro
destilaçã decantaç
o ão

*Importante ressaltar que a vidraria graduada e volumétrica não deve ser seca na estufa, uma vez
que oaquecimento seguido de resfriamento pode deformar o vidro, comprometendo as medidas
subsequentes.

Utensílios de porcelana

A Figura 3 apresenta uma ilustração dos utensílios mais comumente encontrados em laboratórios,
feitos de porcelana.

Figura 3. Utensílios de porcelana usados no laboratório.

Triângulo de
Cadinho Almofariz e pistilo Cápsula Funil de Buchner
porcelana

7
3.3 Utensílios de metal

Existem vários utensílios metálicos comumente utilizados em um laboratório de química, e alguns


deles sãorepresentados na Figura 4.

Figura 4. Utensílios metálicos usados no laboratório

Pinças de Mohr e de
Tripé Espátula Mufa Pinça
Hofmann
metálica

3.4 Outros materiais

Diversos outros materiais utilizados no laboratório são apresentados na


Figura 5.

Figura 5. Outros utensílios usados no laboratório

Pinça de madeira Pipetador ou pera Pisseta Trompa de água

8
3.5 Manuseio de sólidos

Para remover um sólido, seja em forma de pó ou grânulos, de um frasco, é utilizado uma espátula
previamente limpa com cuidado, a fim de evitar contaminações. Se o frasco tiver uma abertura estreita
que impeça a introdução da espátula, é necessário transferir primeiro o sólido para um pedaço de papel
ou um recipiente de vidro. Após o uso, certifique-se de fechar bem o frasco para evitar a contaminação
do reagentepor poeira ou umidade excessiva. Isso ajudará a preservar a qualidade e a integridade do
reagente para futurasutilizações.

3.6 Manuseio de líquidos

Ao realizar a transferência de líquidos, é importante evitar que eles escorram externamente, pois isso
pode danificar os rótulos de identificação e dificultar a leitura do nome da substância. Antes de despejar
um líquido, incline o frasco de maneira a molhar o gargalo, o que ajudará a evitar que o líquido escorra
de forma abrupta. Ao verter um líquido em um recipiente, utilize um funil ou um bastão de vidro pelo
qual o líquido possa escorrer de forma controlada. Isso auxiliará na precisão do despejo e minimizará o
risco de derramamentos.

Sob nenhuma circunstância, deve-se inserir bastões de vidro, pipetas ou qualquer outro material
diretamente nos frascos de reagentes. Para pipetar, é recomendado transferir uma porção do líquido
para umfrasco limpo e seco e realizar a operação a partir dele. É importante lembrar de nunca devolver
o líquido não utilizado ao frasco de reagente. Retire apenas a quantidade necessária e armazene o
excesso em um frasco separado para uso futuro ou para recuperação. Além disso, evite colocar líquidos
aquecidos em frascos volumétricos, pois o processo de expansão e contração causado pelo aquecimento
e resfriamento pode alterara calibração desses frascos.

3.7 Aquecimento de substâncias

Os utensílios mais frequentemente utilizados para o aquecimento de substâncias são o bico de Bunsen,
a chapa aquecedora e a manta aquecedora.

3.7.1. Bico de Bunsen

Ao realizar o aquecimento de substâncias utilizando um bico de Bunsen (Figura 5), é importante


observar alguns cuidados:

1) Nunca utilize uma chama para aquecer substâncias inflamáveis.


2) Evite aquecer substâncias em frascos volumétricos, pois isso pode alterar suas propriedades.
3) Não aqueça substâncias em recipientes totalmente fechados para evitar o aumento da
pressãointerna.
4) Inicie o aquecimento suavemente, garantindo um aquecimento uniforme em todo o
conteúdo,aumentando gradualmente a intensidade após alguns segundos.
5) Ao aquecer líquidos em tubos de ensaio, evite aquecer o fundo do tubo. Posicione a chama na
alturado nível do líquido.
6) Utilize uma pinça de madeira para segurar o tubo de ensaio.
7) Não aponte a boca do tubo de ensaio em sua direção ou na direção de outras pessoas.

9
8) Após o uso do gás, verifique se todos os registros estão corretamente fechados, evitando
qualquerrisco de vazamento.

Essas precauções garantem um uso seguro do bico de Bunsen (Figura 6) e minimizam os riscos duranteo
aquecimento de substâncias.

Figura 6. Bico de Bunsen.

Para acender o bico de gás, é importante fechar a entrada de ar e posicionar o queimador longe de
objetos inflamáveis. Em seguida, o gás deve ser aberto e o queimador pode ser acendido. A chama
resultante é visível e apresenta uma cor amarela brilhante. Essa chama é considerada "fria" e não
adequada para uso rotineiro, pois a mistura de gás e ar é pouco oxidante. Para obter uma chama mais
quente, é necessário permitir gradualmente a entrada de ar no sistema. À medida que a quantidade de
ar aumenta, a coloração dachama se torna azulada e menos visível (Cuidado!). Nesse estágio, é possível
observar duas regiões cônicas distintas, conforme ilustrado na Figura 6: a zona interna, mais fria,
chamada de zona redutora, e a zona externa, quase invisível, conhecida como zona oxidante. A região
mais quente, com temperatura em torno de1560 °C, está localizada logo acima do cone interno.

Essas características da chama do bico de gás são importantes para compreender o seu funcionamentoe
garantir o uso adequado no laboratório.

3.7.2. Placa de aquecimento

Este equipamento deve ser utilizado com extrema cautela. A placa de aquecimento pode ficar quente
durante o funcionamento. Ao contrário da chama, não haverá nenhuma evidência visual de calor,
portanto, é necessário redobrar a atenção. A placa de aquecimento funciona por meio de uma
resistência elétrica, por isso, não é adequado utilizá-la para aquecer solventes inflamáveis. É importante
ter cuidado especial ao aquecer líquidos intensamente, pois eles podem atingir temperaturas acima do
ponto de ebulição sem entrar propriamente em ebulição. Caso seja necessário atingir o ponto de
ebulição, é recomendado utilizar pedras de ebulição, que ajudarão a induzir esse fenômeno. É essencial
seguir essas orientações para garantir a segurança durante o uso da placa de aquecimento no
laboratório.

10
3.7.3. Mantas de aquecimento

O funcionamento deste equipamento também é baseado no uso de uma resistência elétrica, mas sua
forma permite a acomodação de balões de vidro de fundo redondo. Para evitar o superaquecimento
sem a ocorrência da ebulição, também é necessário utilizar pedras de ebulição. Esse equipamento é
adequado para aquecer líquidos em conjunto com o uso de condensadores (conforme mostrado na
Figura 1.20), o que evita a evaporação do líquido para o ambiente. Isso é especialmente útil em
procedimentos de refluxo, onde o solvente retorna ao balão durante o aquecimento, ou em destilação,
onde o condensado é coletado de forma controlada e sequencial. Essa montagem permite o
aquecimento seguro de solventes inflamáveis, desde quese certifique de que a água de resfriamento
esteja em fluxo. Esse fluxo de água pode ser em um sistema de circuito fechado ou por meio de água
corrente. Ao seguir essas orientações e garantir um fluxo adequado de água de resfriamento, é possível
utilizar esse equipamento de forma segura e eficiente no laboratório.

3.8 Destinação de resíduos químicos

Esse conceito está intrinsecamente ligado às práticas e paradigmas adotados pelos profissionais da área
ambiental. Dessa forma, uma formação adequada trará benefícios não apenas do ponto de vista técnico,
mas também cidadão.

Atualmente, há uma preocupação crescente com a redução da geração de resíduos e com a destinação
racional dos mesmos. Essa conscientização é essencial não apenas para empresas que utilizam ou
modificamsubstâncias químicas, mas também para laboratórios de pesquisa, controle e ensino. Nesse
sentido, os princípios da química verde têm sido cada vez mais aplicados.

O tratamento de resíduos é uma parte essencial em qualquer laboratório de química. O gerenciamento


adequado de resíduos é fundamental para o desenvolvimento profissional no campo da química.
Associado à minimização do descarte, busca-se a otimização do uso de reagentes e solventes, o queé
uma preocupação fundamental para contribuir na redução do impacto ambiental negativo.

Na sociedade, o "verde" é considerado sinônimo de sustentabilidade e é reconhecido como um fator


determinante para o desenvolvimento social e econômico, garantindo a preservação dos recursos
naturais e do meio ambiente.

A classificação de resíduos envolve a identificação do processo ou atividade que originou o resíduo. A


separação dos resíduos na fonte geradora com base em suas características químicas e a identificação
de suaorigem são partes essenciais dos relatórios de classificação. Uma descrição clara e precisa das
matérias- primas, dos insumos e do processo no qual o resíduo foi gerado é considerada fundamental
para garantir o tratamento e a destinação segura dos resíduos.

De acordo com as normas ABNT (NBR 12809 e 10004), os resíduos são categorizados da seguinte
forma:

a) Classe I - Resíduos Perigosos;


b) Classe II - Resíduos Não perigosos;
b1) Classe II A - Resíduos Não inertes;

11
b2) Classe II B - Resíduos Inertes.

Do ponto de vista conceitual, a periculosidade é atribuída a substâncias ou organismos vivos que, devido
a suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, podem representar risco para a saúde
pública, resultando em mortalidade, incidência de doenças ou agravamento de seus índices, bem como
riscospara o meio ambiente.

De acordo com essas normas, os resíduos que não são classificados como perigosos podem ser tratados
como lixo comum e, portanto, podem ser descartados em lixeiras ou sistemas de esgoto urbano. No
entanto, no caso de resíduos químicos, é necessário tomar precauções e cuidados especiais. A melhor
opção é nunca descartar esses resíduos no lixo ou na rede de esgoto, mas sempre buscar alternativas
como recuperação, reciclagem ou doação.

Para entender o significado de periculosidade, o diagrama de Hommel (também conhecido como


diamante do perigo), representado na Figura 6, auxilia na classificação de produtos químicos.

Figura 6. Diagrama de Hommel (NFPA (National Fire Protection Association) 704)

É bom lembrar que o lema é sempre o da não geração de resíduos.


Pergunta: como se chama um tambor de resíduos perigosos com uma gota de champanhe?
Resposta: Resíduo perigoso!
Pergunta: Como se chama um tambor de champanhe com uma gota de resíduos perigosos?
Resposta: Resíduo perigoso!

____________________________________________________________________________________

No Campus USP São Carlos, o responsável pelo tratamento de resíduos químicos é o Laboratório de
Resíduos Químicos, coordenado prla Dra. Maria Cecília Tavares.
http://www.ccsc.usp.br/residuos/laboratorio/index.html.

12
PARTE II – PRÁTICAS DE LABORATÓRIO

Experimento 1 - Aferição de material de laboratório: erros e medidas


Objetivo Geral

Explorar os principais aspectos relacionados à aferição volumétrica de materiais de laboratório,


abordando tanto os erros sistemáticos quanto os aleatórios. Serão discutidas as principais fontes de erro,
as estratégias para minimizá-los e as boas práticas a serem adotadas durante a medição volumétrica.

Contexto

A medição precisa e confiável de volumes é um aspecto fundamental em qualquer laboratório, pois muitas
vezes é necessário quantificar reagentes, preparar soluções e executar experimentos com base em
volumes específicos. No entanto, todas as medições estão sujeitas a erros, sejam eles sistemáticos ou
aleatórios, e compreender esses erros é essencial para garantir a exatidão e a precisão dos resultados
obtidos.

A aferição volumétrica é o processo de determinar o volume exato de líquidos em equipamentos de


laboratório, como buretas, pipetas e balões volumétricos. A correta aferição desses instrumentos é crucial
para minimizar os erros de medição e obter resultados confiáveis.

Neste contexto, é fundamental compreender os principais tipos de erros que podem ocorrer durante a
aferição volumétrica. Os erros sistemáticos estão associados a falhas inerentes ao equipamento, como
desvios de calibração ou vazamentos. Esses erros tendem a ocorrer de maneira consistente e podem levar
a resultados enviesados, que se afastam do valor verdadeiro. Já os erros aleatórios são causados por
variaçõesimprevisíveis durante a medição, como imprecisão no posicionamento do menisco ou na leitura
do volume. Esses erros podem afetar a precisão dos resultados, introduzindo variações em repetições da
mesma medida.

Além disso, é importante considerar as medidas corretivas que podem ser adotadas para minimizar os
erros na aferição volumétrica. A calibração regular dos equipamentos é essencial para garantir sua precisão,
bem como a utilização de técnicas adequadas de manipulação e leitura dos volumes. A utilização de
materiaisadequados, como ponteiras descartáveis para pipetas, também pode contribuir para a redução
dos erros.
Materiais
Água destilada; balança analítica; Balão volumétrico de 100 mL; Béquer de 50 mL; Bureta de 50 mL; 4
Erlenmeyer de 125 mL; Pipeta volumétrica de 25 mL;
Termômetro.

Procedimento para aferição volumétrica de vidraria


1. Pesar um erlenmeyer de 125 mL, o qual deverá estar seco, e pipetar 25 mL de água (em equilíbrio
térmico com o ambiente).

13
2. Pesar novamente o mesmo erlenmeyer (agora cheio de água). Por diferença de massa, calcular a
massa de água escoada pela pipeta;
3. Repetir o procedimento mais uma vez, utilizando o mesmo erlenmeyer. A massa do erlenmeyer
vazio será diferente pois agora ele não estará seco, e sim úmido. Pesar úmido, pipetar 25mL de água e pesar
novamente.
4. Pesar um segundo erlenmeyer de 125 mL, o qual deverá estar seco, e transferir o conteúdo de 50
mL de uma bureta neste frasco;
5. Pesar novamente este segundo erlenmeyer (agora cheio de água). Por diferença de massa, calcular
a massa de água escoada pela bureta;
6. Repetir o procedimento mais uma vez, utilizando o mesmo erlenmeyer utilizado no item 4. A massa
do erlenmeyer vazio será diferente pois agora ele não estará seco, e sim úmido. Pesar úmido, transferir
50mL de água da bureta e pesar novamente.
7. Pesar um terceiro erlenmeyer seco de 125 mL e transferir o conteúdo de 40 mL de um béquer neste
frasco;
8. Pesar novamente o mesmo erlenmeyer (agora cheio de água). Por diferença de massa, calcular a
massa de água escoada pelo béquer;
9. Repetir o procedimento mais uma vez, utilizando o mesmo erlenmeyer. A massa do erlenmeyer
vazio será diferente pois agora ele não estará seco, e sim úmido. Pesar úmido, transferir 40mL de água do
béquer e pesar novamente.
10. Pesar um quarto erlermeyer de 125 mL seco e transferir o conteúdo de 100 mL de um balão
volumétrico neste frasco;
11. Pesar novamente o mesmo erlenmeyer (agora cheio de água). Por diferença de massa, calcular a
massa de água escoada pelo balão volumétrico;
12. Repetir o procedimento mais uma vez, utilizando o mesmo erlenmeyer. A massa do erlenmeyer
vazio será diferente pois agora ele não estará seco, e sim úmido. Pesar úmido, transferir 100mL de água do
balão e pesar novamente.
13. Medir a temperatura da água usada na calibração e verificar o valor da densidade da água tabelado
de acordo com a temperatura obtida;
Conhecendo-se a massa de água escoada e a sua densidade na temperatura da experiência, pode-se
calcular o volume da pipeta pela equação d = m/ V. A densidade pode ser expressa por g mL-1 (sólidos) ou
g cm-3 (líquidos).
Recomendações
1. Como a aferição da pipeta é feita pela pesagem da quantidade de água que dela é escoada, antes
de ser lavada e secada para sua calibração é necessário que o seu tempo de escoamento seja observado.
Para uma pipeta de 25,00 mL este tempo é de 25 segundos, aproximadamente.

14
2. Observar se há alguma anormalidade na ponta da pipeta, caso haja, isto poderá influenciar na
aferição da mesma.

15
Experimento 2 - Equilíbrio Químico e constante de equilíbrio
Objetivo Geral

Dada uma equação química para um determinado equilíbrio químico, explicar e predizer, com base no
princípio de LeChatelier, a direção de um deslocamento de um equilíbrio quando o mesmo é perturbado
com a alteração da concentração de um dos componentes. Determinação da constante de equilíbrio.

Contexto Químico

Algumas reações químicas prosseguem até a conclusão, isto é, até que uma espécie reagente é, para
todos os fins práticos, completamente consumida. Um exemplo de tal reação é a precipitação de íons
Cl da solução:

Ag+(aq) + Cl-(aq) → AgCl(s) (2.1)

Quando a concentração de Cl é praticamente zero, a reação está completa. Essa é a percepção que
temos quando olhamos um sistema como esse, em que a reação se desloca muito mais para a formação
de AgCl(s). Entretanto, ainda que não seja possível perceber mudanças visualmente percepitiveis a olho
nu, uma pequena fração de sólido dissolve, atingindo um equilíbrio no sistema. Em virtude disso, o a
reação acima é um equilíbrio dinâmico, representado corretamente da seguinte maneira:

Ag+(aq) + Cl-(aq) ⇋ AgCl(s) (2.2)

Outras reações são mais facilmente percebidas como reversíveis. Isso significa que, quando osreagentes
são introduzido no recipiente de reação, a reação começará, mas assim que os produtos da reação
começam a se acumular, eles vão reagir uns com os outros para produzir algumas das espécies iniciais
em maior quantidade. A todo momento, duas reações são ocorrendo, uma indo na direção direta e
outra na direção reversa. Para exemplo, considere a ionização do ácido acético em água:

CH3COOH(aq) + H2O(l) ⇌ CH3COO-(aq) + H3O+(aq) (2.3)

Enquanto algumas moléculas neutras de ácido acético estão reagindo com a água, alguns dos íons
hidrônio (H3O+) e íons acetato (CH3COO-) formados pela ionização (reação direta) estão se recombinando
paraproduzir o ácido não dissociado ou molecular (reação inversa). As duas flechas indicam a ocorrência
simultânea de duas reações, tanto no sentido direto (direção à direita) quanto no sentido inverso
(direção à esquerda). Quando a velocidade direta é exatamente igual à velocidade da reação inversa, é
dito que o sistema está em equilíbrio, e nenhuma mudança perceptível ocorre. Esta condição não
significa que todas as reações cessaram, mas apenas que ambas as reações ocorrem na mesma
velocidade.

Considerando o equilíbrio geral,

A+B⇌C+D (2.4)

Quando a concentração de uma das espécies de um sistema em equilíbrio se altera, o equilíbrio químico
é perturbado e um deslocamento irá ocorrer, a fim de reestabelecer uma nova condição de equilíbrio
após a perturbação. O sistema atua de maneira a contrabalancear a perturbação promovida, se
deslocando na direção de um reagente que foi removido ou na direção contrária caso o mesmo
reagente tenha sido introduzido no sistema, de acordo com o princípio de LeChatelier.

16
A relação entre produtos e reagentes envolvidos no sistema bem como a sua proporção é estabelecida
por uma constante, denominada constante de equilíbrio. Considerando o equilíbrio,

aA + bB ⇌ cC + dD (2.5)

A constante de equilíbrio é
definida por:
[𝐶]𝑐.[𝐷]𝑑
𝐾[𝐵]𝑏.[𝐴]𝑎 (2.6)
𝑒
𝑞

17
Considerando o princípio de LeChatelier e o equilíbrio apresentado pela equação 2.4, ao se acrescentar
o reagente A ao sistema em equilíbrio, o sistema se desloca para a direita, direção oposta de A, a fim de
produzir mais produtos e reestabelecer o equilíbrio. Quando A é removido do sistema, o equilíbrio
químico se desloca para a esquerda, afim de compensar a ausência de A reestabelecendo o equilíbrio
que foiperturbado. Quando há o deslocamento do equilíbrio envolvido pela alteração da concentração
de uma das espécies envolvidas como o caso exemplificado anteriormente, o fenômeno recebe o nome
de efeito do íon comum.

Neste experimento, você irá observar qualitativamente e quantitativamente o princípio do equilíbrio


químico, considerando o princípio de LeChatelier e o efeito do íon comum.

Equilíbrio ácido-base

Parte I - Preparo e padronização de solução de NaOH 0,1 mol L-1

Objetivos
Demonstrar a importância da padronização das soluções, suas aplicações na quantificação de substâncias
por meio de reações químicas. Calcular a concentração analítica da solução por meio dos dados
experimentais obtidos.

Materiais
Água destilada; balança analítica; balão volumétrico de 500 ml; bastão de vidro; béquer de 50 ml; béquer
de 100 ml; bureta; erlenmeyer de 250 ml; proveta de 25 ml; pipeta pasteur; ftalato ácido de potássio
[C6H4(COOH)(COOK)]; hidróxido de sódio (NaOH); indicadores: verde de bromocresol, fenolftaleína e
timolftaleína; solução de NH4OH 0,1 mol L-1; solução de ácido acético (H3CCOOH) 0,1 mol L-1; solução de HCl
0,1 mol L-1 papel indicador; soluções dos sais presentes na Tabela 1; tubos de ensaio.

Procedimento
A – Preparo da solução de NaOH
1. Pesar cerca de 2,1 g de NaOH em pastilhas em um béquer de 100 mL;
2. Dissolvê-las em água destilada com o auxílio do bastão de vidro. Observe que a reação é exotérmica.
3. Transferir a solução para um balão volumétrico de 500 mL e completar o volume até a marca do menisco
com o auxílio, se necessário, de um conta-gotas.

B – Padronização da solução de NaOH


4. Às amostras de ftalato ácido de potássio já contidas nos erlenmeyers, contendo aproximadamente 0,400
e 0,500 g, acrescente 25 mL de água destilada e agite com cuidado até a dissolução total do sal;
5. Anote as massas recebidas;
6. Adicione a cada Erlenmeyer contendo a solução de ftalato ácido de potássio, 1 gota de fenolftaleína;
7. Encha a bureta com a solução de NaOH recém-preparada em A;
8. Titule cada amostra com a solução de NaOH, até o aparecimento de uma leve coloração rosada
persistente. Este é o ponto final da titulação. Anote o volume de solução de NaOH. Particularmente nas
proximidades do ponto de equivalência as adições da solução de NaOH deverão ser lentas;
9. Repita o procedimento com a outra massa de ftalato ácido de potássio.

10. Para a discussão: (a) pesquise e descreva no relatório as características desejadas de uma substância
definida como padrão primário. (b) deve-se evitar excesso de indicador; pesquise por quê. (c) Soluções de
NaOH são armazenadas em frascos de vidro ou de plástico?

18
Recomendações
1. Identificar na estrutura do ácido ftálico os grupos relevantes de Brønsted-Lowry a fim de apresentar a
reação química envolvida. Em função dos coeficientes estequiométricos, apresentar também a equação
matemática que permita prever o provável volume da solução de NaOH necessário para reagir
quantitativamente com a respectiva massa de ácido ftálico.

Parte II - Padronização de solução de HCl 0,1 mol L-1

Objetivos
Padronizar solução de HCl, demonstrar a importância da padronização das soluções, suas aplicações na
quantificação de substâncias por meio de reações químicas e o cuidado ao trabalhar com ácidos fortes.
Calcular a concentração analítica da solução por meio dos dados experimentais obtidos.

Procedimento

A – Padronização da solução de HCl


1. Pipetar 25,00 mL do ácido clorídrico 0,1mol L-1 e transferir para um Erlenmeyer. Adicionar cerca de 25
mL de água e 1 gota de solução de fenolftaleína.
2. Titular com a solução de NaOH padronizada na parte I, até o aparecimento da primeira
coloração rosa claro persistente;
3. Anotar o volume gasto, calcular a concentração analítica da solução de HCl em mol L -1, apresentando a
reações químicas envolvidas;
4. Repetir o procedimento mais uma vez.

Parte III – Reações envolvendo equilíbrios ácido-base (fortes e fracos)

Objetivos
Demonstrar a diferença entre as titulações envolvendo ácidos e bases fortes e fracas. Determinar a
concentração das soluções ácidas e básicas analisadas.

Procedimento
A – Titulação base forte/ácido fraco
1. Pipetar 25,00 mL de solução de ácido acético 0,1 mol L-1 para um erlermeyer;
2. Adicionar 3 gotas do indicador timolftaleína;
3. Encher a bureta de 50 mL com solução de NaOH 0,1 mol L-1 e realizar a titulação até o aparecimento
da primeira coloração persistente;
4. Anotar o volume gasto, calcular a conc. analítica do ácido (mol L-1);
5. Repetir o procedimento.

B – Titulação base fraca/ácido forte


1. Pipetar 25,00 mL de solução de HCl 0,1 mol L-1 padronizada anteriormente para um erlermeyer;
2. Adicionar 3 gotas do indicador verde de bromocresol;
3. Encher a bureta de 50 mL com solução de NH4OH 0,1 mol L-1 e realizar a titulação até o
aparecimento da primeira coloração persistente;
4. Anotar o volume gasto e calcular a concentração analítica de NH4OH em mol L-1;
5. Repetir o procedimento.

Parte IV - Hidrólise de sais e solução tampão


19
Objetivo
Compreender os equilíbrios envolvidos nas reações das soluções tampão e hidrólise de sais. Determinar os
valores de pH das soluções analisadas.

Procedimento
1. Numerar 3 tubos de ensaio de 1 a 3 e acrescentar cerca de 5 mL de água destilada em cada tubo.
Aos tubos 2 e 3 acrescentar 2 gotas de solução saturada dos sais previamente preparados. Estimar o pH do
conteúdo de cada tubo, utilizando uma fita de papel indicador, conforme tabela. Anotar os valores.

Tabela 1 – Valor de pH aproximado da água e das soluções

Sistema pH aproximado
1. H2O
2. Na2HPO4
3. NaCl
4. H2O + 3 gotas de NaOH
5. H2O + 3 gotas de HCl
6. tampão de ácido acético/acetato de sódio
7. tampão de ácido acético/acetato de sódio + 3
gotas de solução de NaOH
8. tampão de ácido acético/acetato de sódio + 3
gotas de solução de HCl

2. Adicionar 5 mL de água destilada a 2 tubos de ensaio, numerados como 4,


e 5. Ao tubo de ensaio 4 adicionar 3 gotas de solução de NaOH e ao tubo de ensaio 5 adicionar 3 gotas de
solução de HCl, de acordo com a Tabela 1. Estimar o pH do conteúdo de cada tubo, utilizando uma fita de
papel indicador, conforme tabela. Anotar os valores.

3. Adicionar 5 mL de solução tampão de ácido acético/acetato de sódio


0,10 mol L-1 a 3 tubos de ensaio, numerados como 6, 7 e 8. Ao tubo de ensaio 7 adicionar 3 gotas de solução
de NaOH e ao tubo de ensaio 8 adicionar 3 gotas de solução de HCl, de acordo com a Tabela 1. Estimar o
pH do conteúdo de cada tubo, utilizando uma fita de papel indicador, conforme tabela. Anotar os valores.

Parte V – Equilíbrio de precipitação: Determinação do teor de cloreto em amostra de água de torneira

Objetivo
Compreender os equilíbrios envolvidos nas reações de precipitção.

Procedimento

1. Pipetar exatamente 100 mL de água de torneira e adicionar 5 gotas de indicador cromato de potássio;
2. titular a solução com nitrato de prata 0,1 mol L-1 até mudança de coloração de amarelo para castanho.

20
Experimento 3 – Sistemas redox
Parte I - Reações redox: permanganometria

Objetivos
Compreensão de reações redox; determinar a concentração de íons Fe(II) na amostra desconhecida.

Materiais
Água destilada; béquer 50mL; bureta; erlenmeyer de 250 mL; proveta 50 mL; pipeta volumétrica de 10mL;
pipeta graduada de 10mL; solução de ácido sulfúrico; solução de permanganato de potássio.

A - Permanganometria
A1. Determinação de íons Fe (II) em amostra desconhecida com solução padronizada de KMnO4

1- Coloque 10 mL da amostra contendo Fe (II) em um erlenmeyer de 250 mL,


2- No mesmo erlenmeyer, acrescente 50 mL de água destilada e 10 mL de ácido sulfúrico 1 mol L-1.
3- Titule com a solução padronizada de KMnO4 0,02 mol L-1.
4- Repetir o procedimento mais uma vez.

OBS: A solução passará por uma coloração amarelada, mas o ponto final é rosa claro. Calcular a
concentração analítica da amostra desconhecida.

Tabela 1 – Tabela de resultados – Parte A1

V KMnO4 gasto (mL)

Recomendações
1. CUIDADO: permanganato de potássio pode manchar roupas e queimar a pele!!!!!!

Parte II - Estudo da interação entre metais

Objetivos
Verificar o comportamento de reações redox espontâneas. Construir uma tabela redox com os pares
eletroquímicos estudados.

Materiais
Pedaços de cobre, zinco e ferro; solução de FeCl2 (recém preparada); solução de Zn(NO3)2; solução de
CuSO4; tubo de ensaio.

Procedimento
B – Cu, Zn e Fe e seus íons

21
1. Os tubos de ensaio já estão com os metais e devidamente identificados (sendo o mesmo metal em
dois tubos diferentes);

2. Adicionar, a cada tubo, solução suficiente para cobrir os metais: TUBO 1: Cu + Zn2+; TUBO 2: Cu +
Fe ; TUBO 3: Zn + Cu2+; TUBO 4: Zn + Fe2+; TUBO 5: Fe + Cu2+; TUBO 6: Fe + Zn2+;
2+

3. NÃO ESQUECER DE IDENTIFICAR OS TUBOS ADEQUADAMENTE, INDICANDO METAL E ÍON


ADICIONADO!!!!!!!

4. Observar o que ocorre e determinar qual metal é o agente redutor mais forte e qual é o mais fraco;

5. Estabelecer também quais são os íons que apresentam características de agente oxidante mais
forte e mais fraco;

6. Construir uma série redox com esses pares.

22
Experimento 4: Termodinâmica Química - Calorimetria

Objetivos

Neste experimento iremos trabalhar com um calorímetro de copo descartável de isopor. O calorímetro
será utilizado para determinar os calores específicos das reações. As relações entre os calores das
reações serão investigadas.

Contexto químico

Um calorímetro ideal pode ser projetado isolando completamente as soluções reagentes do ambiente
circundante e, portanto, permitindo que todo o calor liberado pela reação seja utilizado para elevar a
temperatura da solução reacional no calorímetro. A partir da temperatura da solução antes do início da
reaçãoe da temperatura da solução após o final da reação, a variação de temperatura pode ser medida.
Cálculos baseados na Primeira Lei da Termodinâmica (o calor gerado pela reação é igual ao calor
absorvido pela solução) podem ser realizados nessa situação ideal sem levar em consideração a energia
requerida para aquecer o calorímetro e o ambiente ao seu redor. Por exemplo, poderiam ser feitos os
seguintes cálculos:

∆𝐻𝑟𝑒𝑎çã𝑜 = −∆𝐻𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜

O calorímetro ideal não existe. O calorímetro que utilizaremos neste experimento não evita
completamente a perda de calor para o ambiente circundante. Essas perdas de calor podem ser
mensuradas através de um valor de capacidade térmica para cada calorímetro específico (𝐶𝑐𝑎𝑙). A
capacidade térmica do calorímetro é o calor absorvido pelo calorímetro e/ou perdido para o ambiente
por grau (°C ou K) de aumentode temperatura. O valor da capacidade térmica do calorímetro pode ser
determinado experimentalmente misturando em um calorímetro uma massa conhecida de água (𝑚𝑎𝑚𝑏)
à temperatura ambiente (𝑇𝑎𝑚𝑏) com uma massa (𝑚𝑒𝑏𝑢𝑙) e temperatura (𝑇𝑒𝑏𝑢𝑙) conhecidas de água em
ebulição, e determinando a temperatura da mistura resultante (𝑇𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙). Neste experimento, será
investigado os calores de várias reações usando o mesmo calorímetro. Serão utilizadas quantidades
semelhantes de solução em cada determinação, e estaremos principalmente interessados nas
diferenças de calores das reações. Portanto, o calor absorvido pelo calorímetro será pequeno e
praticamente igual em cada determinação. Durante este experimento, o calor absorvido pelo
calorímetro e o calor perdido para o ambiente serão ignorados.

Para cada reação neste experimento, todas as quantidades do lado direito da equação devem ser
conhecidas ao final do experimento, e a entalpia da reação poderá ser calculada da seguinte forma:

∆𝐻𝑟𝑒𝑎çã𝑜 = −[𝑚𝑠𝐶𝑠(𝑇𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑇𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙)]

23
A entalpia da reação realizada com quantidades conhecidas de reagentes pode ser calculada utilizandoas
seguintes informações:

∆𝐻𝑟𝑒𝑎çã𝑜 Entalpia da reação com quantidades conhecidas de reagentes.

𝑚𝑠 Massa da solução no calorímetro (considerar densidade da solução de


1,02 𝑔 𝑚𝐿−1).
𝐶𝑠 Calor específico da solução (3,97 𝐽 𝑔−1 °𝐶−1 para as soluções que serão
utilizadas neste experimento).
𝑇𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 Temperatura da solução antes da reação (extrapolada para o momento que
ocorre a mistura).
𝑇𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 Temperatura da solução após a reação instantânea (extrapolada para o
momento que ocorre a mistura). Isso também é chamado de temperatura máxima.

Lembrando que todas as unidades devem ser coerentes para garantir que o resultado esteja na unidade
desejada (por exemplo, Joules, J). De uma forma geral, o experimento utiliza conceitos de
estequiometria, reações sequenciais e transferência de energia. Será demonstrado a utilização de um
calorímetro simples para predizer os calores das reações.

Procedimento Experimental

Precauções e descarte de resíduos.

• Soluções de hidróxido de sódio básicas reagem com a pele (ou olhos), dando sensação de toque
escorregadio. Caso isso ocorra, lave o local abundantemente com água até que a sensação desapareça.
Manuseie as soluções ácidas com cuidado. O uso de óculos de proteção é obrigatório, uma vez que a
solução de base pode cegar em contato com os olhos.

24
Determinação de entalpia de reação

Como calorímetro, serão utilizados copos de isopor descartáveis. Pese o copo em uma balança
analítica.

I. Entalpia A. Pese o calorímetro vazio e anote a sua massa. Utilizando


uma proveta,coloque 100 mL de água destilada no calorímetro. Pese
da dissolução o calorímetro com a água e anote a massa. Calcule a massa de água
transferida.
Na(OH)(s) → NaOH(aq)
B. Pesar 1.5 a 2.0 g de NaOH. Anotar com precisão a massa
medida. Suspender um termómetro na água do calorímetro;
C. Efetuar cinco leituras de temperatura a intervalos de 20
segundos; e à sexta leitura, adicionar o NaOH sólido. Agitar
suavemente a solução e efetuar pelo menos outras 15 leituras de
temperatura a intervalos de 20 segundos, anotando quando todo o
NaOH se dissolver.
D. Se 15 leituras adicionais não forem suficientes até total
dissolução do NaOH, adicione mais 10 leituras (ou quantas forem
necessárias) até o momento em que todo o NaOH se dissolver.
Atenção, continue a recolher dados até ter pelo menos 10 leituras
após a dissolução do último grão de NaOH sólido.
E. Esvazie o calorímetro jogando a solução na pia. Lave o
calorímetro comágua destilada e seque dentro e fora.

B) Entalpia do HCl(aq) + NaOH(s)

A. Pese o calorímetro sem a solução e anote a massa. Com uma


proveta,meça 100 ml de solução de HCl 1M, transferindo todo o volume da proveta para o calorímetro.
Anote a massa total do calorímetro e calcule a massa de solução de ácido transferida.
B. Utilize a balança e pese 1,50 a 2,00 g de NaOH. Registar a massa exata
com uma aproximação de 0,01 g. Suspender um termómetro no ácido contido no calorímetro;
C. Efetuar 5 leituras de temperatura com intervalos de 20 segundos; e na
6ª leitura, adicionar o NaOH sólido. Agitar suavemente a solução e efetuar pelo menos mais 15 leituras
de temperatura com intervalos de20 segundos, anotando quando todo o NaOH se dissolver.
D. Se 15 leituras adicionais não forem suficientes até total
dissolução do NaOH, adicione mais 10 leituras (ou quantas forem necessárias) até o momento em que
todo o NaOH se dissolver. Atenção, continue a recolher dados até ter pelo menos 10 leituras após a
dissolução do último grão de NaOH sólido. Esvazie a solução do calorímetro e lave-o com água destilada.
Secar o calorímetro pordentro e por fora.

25
C) Entalpia do HCl(aq) + NaOH(aq) A. Pese o calorímetro sem a solução e
anote a massa. Com uma proveta,
meça 100 ml de solução de HCl 1M, transferindo todo o volume da proveta para o calorímetro. Anote
a massa total do calorímetro e calcule a massa de solução de ácido transferida. do ácido diluído seja
transferido. Lavar a proveta graduada e secar.
B. Em outra proveta graduada limpa e seca, verter 50 mL de solução de
NaOH 1M e repetir o procedimento de aferição como descrito acima. O ácido clorídrico e a solução de
hidróxido de sódio devem ter a mesma temperatura. Esta condição é satisfeita quando os frascos de
armazenamento estão no laboratório há várias horas.
C. Suspender um termómetro no ácido contido no calorímetro; efetuar 5
leituras de temperatura com intervalos de 20 segundos; e na 6ª leituraadicionar à solução de NaOH.
Agitar suavemente a solução e efetuar mais 15 leituras de temperatura a intervalos de 20 segundos.
D. Esvazie a solução do calorímetro e lave-o com água destilada. Secar o
calorímetro por dentro e por fora.

26
Experimento 5 - Relógio de Iodo: cinética química

Objetivos
Avaliar o efeito da concentração na velocidade de uma reação química; demostrar o efeito da temperatura na
velocidade de uma reação química e ilustrar o método de obtenção de uma curva de calibração e usá-la para
determinar a concentração de uma solução desconhecida.

INTRODUÇÃO

Todas as reações químicas se desenvolvem com uma velocidade definida que depende da natureza dos reagentes,
de suas concentrações, da temperatura, da superfície exposta dos reagentes e da presença de catalisadores. Muitas
reações, como a explosão de uma mistura de oxigênio e hidrogênio, ocorrem tão rapidamente que a medida de sua
velocidade é extremadamente difícil. Outras, como a oxidação de ferro (formação de ferrugem), são tão vagarosas
que as medidas de velocidade são também difíceis. Porém, existem muitas reações incluindo aquela que será
realizada nesta pratica, que ocorrem a velocidades fáceis de serem calculadas. Chama-se cinética química o estudo
das velocidades das reações. Quanto à natureza dos reagentes, observa-se que as reações iônicas geralmente
tendem a ser mais rápidas do que as reações que envolvem a quebra de ligações covalentes. Considerando-se a
estrutura submicroscópica da matéria, uma reação química pode ocorrer somente quando os átomos, íons ou
moléculas dos reagentes entram em contato através das colisões. Assim, a velocidade de uma dada reação
dependerá da frequência com a qual as partículas colidem. Porém, nem todas as colisões produzem uma reação
química, porque elas não têm as condições energéticas necessárias (Figura 1) ou porque não apresentam as
orientações relativas adequadas (Figura 2).

De qualquer modo, qualquer mudança de condições que aumente o número de colisões entre as partículas,
aumentará a velocidade de uma reação química. Experimentalmente observa-se que as seguintes mudanças
aumentam a velocidade de uma reação:

a) Aumento de concentração do reagente, com isto aumenta o número de partículas num dado volume e, portanto,
as colisões serão mais frequentes. b) Aumento da temperatura. Isto acelera as partículas e por isso ocorrem mais
colisões por unidade de tempo. A velocidade de reação também aumenta porque mais moléculas terão energia
suficiente para vencer a barreira de energia para esta reação. Muitas vezes a velocidade de reação dobra para cada
aumento de temperatura de 10 0C. c) Aumento da área superficial das partículas. Um pedaço de carvão requer
certo tempo para queimar, enquanto que o carvão pulverizado pode produzir uma explosão por causa do aumento
da área superficial. d) catalisadores aumentam a velocidade de reação. Inibidores podem ser usados para
desacelerar velocidades de reações. Os catalisadores atuam diminuindo a barreira energética (energia de ativação).

27
Muitas vezes para uma reação ocorrer são necessários vários estágios elementares sucessivos antes que haja
formação de produto final. O conjunto destes estágios é definido como mecanismo de uma reação e a velocidade
de reação é então determinada pelas velocidades individuais de todos estes estágios. Se um deles for mais lento
que os demais, a velocidade de reação
dependerá da velocidade deste único estagio mais lento, que é, portanto, o determinante da velocidade. As reações
que ocorrerão nesta prática são as seguintes:

Enquanto houver íons sulfito, o iodo molecular, I2, formado conforme a equação 2, será reduzido a iodeto como
descrito pela equação 3.

Ao se acumular iodo molecular, ele formará um aduto de cor azul com o amido, equação 4, indicando com precisão
o final da reação, possibilitando uma medida do tempo de reação. A fim de verificar-se o efeito da concentração
dos reagentes sobre a velocidade de uma reação, será construído um gráfico a partir dos dados dos experimentos
conduzidos a partir de cinco (5) soluções contendo concentrações diferentes de iodato. A concentração
desconhecida de iodato de uma solução pode então pode ser determinada a partir do gráfico construído. Nesta
prática, pode-se construir um gráfico de leitura fácil, colocando-se o inverso do tempo no eixo das ordenadas e a
concentração molar no eixo das abcissas. O inverso do tempo é proporcional à velocidade média de reação. Para
verificar o efeito da temperatura sobre a velocidade de uma reação, serão mantidas as concentrações das soluções
dos reagentes e variada a temperatura.

Materiais
Balão volumétrico de 50 mL; Bastão de vidro; Béquer de 50 mL, 100 mL e 150 mL; Bureta; Cronômetro; Pipeta
Pasteur; Solução desconhecida; Termômetro.

Procedimento
A – Influência da concentração na velocidade da reação
1. Solução 1: 4,28 g de KIO3 em 1 L de solução (Solução pronta);
2. Solução 2: 0,852 g NaHSO3, 4 mL de H2SO4 conc a 50 mL de suspensão de amido, em 1 L de solução (Solução
pronta);
3. Condicionar a bureta (identificada como 1) com pequenas porções da solução 1 e a bureta (identificada como
2) com a solução 2;
4. Colocar as buretas no suporte vertical e completar seus volumes com as soluções 1 e 2, até a marca zero;
5. Preparar as soluções de A até E conforme indicado na Tabela 1, do seguinte modo: no balão volumétrico de
50 mL marcado 1, colocar, diretamente da bureta, a quantidade indicada na Tabela 1. Acrescentar água
destilada até a marca de volume do balão volumétrico. Agitar bem. Para o balão volumétrico 2, repita a
operação com a Solução 2. Não esquecer de utilizar a pipeta Pasteur para ajustar o menisco do balão.
6. Para efetuar a reação, transferir a solução 1 para um béquer de 150mL. Colocar um bastão de vidro nessa
solução. Transferir a solução 2 para outro béquer de 100mL;
28
7. Colocar a solução 2 na solução 1 e disparar imediatamente o cronômetro. Agitar a mistura com o bastão de
vidro durante 2 ou 3 segundos. Anotar o tempo necessário para o aparecimento da cor azul;
8. Repetir esse procedimento para cada solução (de B até E). Entre cada uso, lavar os béqueres com água
destilada;
9. Usando uma solução desconhecida no lugar da Solução 1, proceder à mistura conforme a Tabela 1 usando o
mesmo procedimento das anteriores. Anotar o tempo.

Tabela 1 – Modo de preparo das soluções 1 e 2 e tempo de reação

Amostra Solução 1 Solução Tempo de Tempo Concentração molar


(mL) 2 (mL) reação (s) recíproco após a mistura (Vf =
(s-1) 100 mL)

KIO3 NaHSO3

A 5,00 10,00

B 10,00 10,00

C 15,00 10,00

D 20,00 10,00

E 25,00 10,00

Amostra desconhecida 10,00

10. Fazer o gráfico padrão colocando a concentração de KIO3 no eixo horizontal e o tempo recíproco no eixo
vertical. Traçar a melhor reta entre os pontos experimentais;
11. Use o gráfico como padrão para determinar a concentração da solução desconhecida.

B – Influência da temperatura na velocidade da reação


1. Colocar no balão volumétrico marcado 1, 15,0 mL da solução 1, completar o volume com água destilada até
50 mL;
2. Colocar no balão volumétrico marcado 2, 10,0 mL de solução 2, completar o volume com água destilada até
50 mL;
3. Transferir as soluções 1 e 2 dos balões para os béqueres 1 e 2, respectivamente, e coloque os béqueres
dentro de um banho de gelo e espere as soluções atingirem 15oC. Colocar um termômetro em cada béquer.
Lembre-se que a temperatura deve ser medida no meio da solução;
4. Colocar a solução do béquer 2 no béquer 1 para efetuar a reação marcando o tempo como na experiência
anterior, fora do banho;
5. Anotar o tempo e a temperatura no momento da reação;
6. Efetuar os cálculos e comparar com o resultado obtido na amostra C do experimento anterior;
7. Repetir o procedimento anterior com a temperatura da solução entre 4 e 6oC;

Anote a temperatura ambiente para poder comparar seus resultados com os


descritos na Tabela 1.
29
Para saber mais sobre os assuntos...
Listamos aqui uma série de referências bibliográficas para aprofundamento dos conhecimentos
teóricos relativos a todas as práticas elecadas no bloco de experimentos gerais

ADAMSOM, A. W. Química Física. Barcelona: Reverté,1979.

ATKINS, P. W. , DE PAULA, J., Físico-Química, 2017 10ªEd., LTC -Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos

ATKINS, P.; JONES, L.; Princípios de Química, questionando a vida moderna e o meio ambiente;
7ª Ed,Bookman Companhia Ed., 2018

APOSTILA do Curso de Pós-Graduação em Saneamento Ambiental da Universidade Mackenzie.

APOSTILA de Análises de Físico-Química para Controle de Estações de Tratamento de Esgoto, Engo Manuel
O.
S. Á. da Silva - CETESB

APOSTILA de Laboratório de Físico-Química, Profa Dra Sonia B. Faldini – Universidade Mackenzie, 2000.

BARROW, G. M. Physical Chemistry. Singapore: McGraw-Hill, 1988.

BRADY, J. E,; RUSSEL, J. W.; HOLUM, J. R.; Química, a matéria e suas transformações, vol. 1 e 2, 3ª
Ed., LTC,2002

BROWN, T. L.; LEMAY JR., H. E.; BURSTEN, B. E.; BURDGE, J. R.; Química a ciência central; 9ª ed.;
PearsonPrentice Hall do Brasil, 2008

BUENO, W. A . e DEGRÈVE, L. Manual de Laboratório de Físico-Química. São Paulo: McGraw-Hill, 1980.

CASTELLAN, G. W. Fundamentos de Físico-Química. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1995.

CROCKFORD, H. B. and KNIGHT, S. B. Fundamentos de Físico-Química. Rio de Janeiro: Livros


Técnicos eCientíficos, 1977.

DANIELS, F. ET ALLI. Experimental Physical Chemistry. 8 ed. Tokyo: McGraw- Hill, 1970.

LEVINE, I. N. Physical Chemistry. Singapore: McGraw-Hill, 1988.

GLASSTONE, S. Tratado de Química-Física. 5 ed. Madrid: Aguilar, 1976

KOTZ, J. C.; TREICHEL Jr., P. M.; TOWNSEND, J. R.; Treichel, D. A., Química e reações químicas, Vol 1
(10ª ed,2023) e vol. 2(3ª edição, 2015) Cengage Learning

MAHAN, B. H. Química um Curso Universitário. São Paulo: Edgard Blücher, 1970.

MOORE, W. J. Físico-Química. 4 ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1976. 2v.

MORRIS, J. G. Físico-Química para Biólogos. Barcelona: Reverté, 1976.

RANGEL, R. N. Práticas de Físico-Química. 2 ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1997.

RUSSEL. J. B.; Química Geral; vol. 1 e 2, Makron, 1996.

SHAW, D. J. Introdução a Química dos Colóides e de Superfícies. 2 ed. São Paulo: EDUSP, 1975.

30

Você também pode gostar