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Kaila Bissolotti

ILUMINAÇÃO NATURAL ZENITAL EM QUADRAS


POLIESPORTIVAS: ANÁLISE DE DIFERENTES SISTEMAS
EM FLORIANÓPOLIS / SC

Dissertação submetida à
Universidade Federal de Santa
Catarina como requisito exigido
pelo Programa de Pós-
Graduação em Engenharia Civil
para obtenção do Título de
MESTRE em Engenharia Civil.
Orientador: Prof. PhD Fernando
Oscar Ruttkay Pereira.

Florianópolis
2019
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor,
através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária da UFSC.

Bissolotti, Kaila
Iluminação natural zenital em quadras
poliesportivas : análise de diferentes sistemas em
Florianópolis/SC / Kaila Bissolotti ; orientador,
Fernando Oscar Ruttkay Pereira, 2019.
271 p.

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de


Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós
Graduação em Engenharia Civil, Florianópolis, 2019.

Inclui referências.

1. Engenharia Civil. 2. Luz natural. 3. Sistema


zenital. 4. Quadra poliesportiva. 5. Ofuscamento.
I. Pereira, Fernando Oscar Ruttkay. II.
Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de
Pós-Graduação em Engenharia Civil. III. Título.
Kaila Bissolotti

ILUMINAÇÃO NATURAL ZENITAL EM QUADRAS


POLIESPORTIVAS: ANÁLISE DE DIFERENTES SISTEMAS
EM FLORIANÓPOLIS / SC

Esta Dissertação foi julgada adequada para obtenção do título de


“Mestre em Engenharia Civil” e aprovada em sua forma final pelo
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil.

Florianópolis, 05 de abril de 2019.

________________________
Prof. Roberto Lamberts, Dr.
Coordenador pro tempore PPGEC/UFSC

_______________________________
Prof. Fernando Oscar Ruttkay Pereira, PhD (Orientador)
Universidade Federal de Santa Catarina

Banca Examinadora:

_______________________________
Prof. Roberto Lamberts, Dr
Universidade Federal de Santa Catarina

_______________________________
Prof. Veridiana Atanasio Scalco, Dra
Universidade Federal de Santa Catarina

_______________________________
Prof. Roberta Vieira Gonçalves de Souza, Dra (videoconferência)
Universidade Federal de Minas Gerais
Este trabalho é dedicado aos meus
queridos pais, em especial a memória
do meu amado pai que pôde estar e
comemorar comigo o início dessa
trajetória.
AGRADECIMENTOS

À minha mãe, Idione, pelo amor incondicional, pelos incentivos


diários, por entender a minha ausência e por acreditar tanto em mim;
À minha irmã, Katielen, pelo exemplo, pelo amor e pelo
encorajamento em sempre ir mais longe;
Ao meu recém-nascido sobrinho Théo, por ascender minhas forças
na reta final;
Ao meu orientador, Prof. Fernando O. R. Pereira, por compartilhar
seu vasto conhecimento comigo, por toda paciência, pelos importantes
conselhos e por todo apoio do início ao fim;
A todos os professores que estive em contato ao longo dos últimos
anos, por todo conhecimento compartilhado;
À Gabriela Goedert, por acreditar em mim desde o primeiro
momento em que decidi começar essa jornada, por toda ajuda, por todos
os conselhos, pelo enorme carinho e incentivo;
À Luciana Motta, por toda ajuda, pelo enorme carinho e pela
parceria inexplicável;
À Raquel Sousa, por todo incentivo, suporte e ajuda nas correções;
À Franciele Almeida, pelo incrível e fundamental apoio ao longo
do último ano;
Aos amigos do Labcon, pelos aprendizados e companheirismo,
pelos momentos de descontração e por terem tornado tudo mais leve;
A todos os queridos amigos e amigas que estiveram por perto;
À CAPES pela bolsa de estudos, que tornou tudo isso possível.
“Mesmo um espaço destinado a ser escuro deve
receber luz suficiente através de alguma
abertura misteriosa para nos dizer o quão escuro
ele realmente é.”
(Louis Khan)
RESUMO

O projeto arquitetônico é a principal forma de prever o controle da


qualidade e quantidade de luz natural. Esta, quando bem controlada, pode
proporcionar os níveis adequados de iluminação, a correta reprodução das
cores, distribuição espectral, economia de energia e inúmeros benefícios
biológicos, fisiológicos e psicológicos aos usuários. Potencializar o seu
uso é desejável, mas deve ser feito com precaução. Em quadras
poliesportivas fechadas, devido às grandes dimensões, os projetos
requerem uma preocupação especial para manter níveis homogêneos de
iluminância por todo espaço, evitando ofuscamentos, altos contrastes,
reflexões ou perda de visibilidade momentânea ao usuário. Além disso, a
complexidade também está na grande variabilidade de direções e
atividades visuais, além da existência de mais de uma modalidade
esportiva em uma mesma instalação. Essa pesquisa objetivou avaliar o
aproveitamento da luz natural em quadras poliesportivas fechadas em
Florianópolis (SC) com base na disponibilidade da luz e na probabilidade
de ocorrência de perturbações visuais nos usuários, através de três
sistemas zenitais: claraboias, sheds e lanternins. As análises ocorreram
por meio de simulação computacional de três etapas de avaliação: das
medidas dinâmicas de sUDI[300-2.000lux,50%h] (Spatial Useful
Daylight Illuminances), ASE[1.000lux,250h] (Annual Sunlight
Exposure) e do índice DGP (Daylight Glare Probability) com a
ferramenta Annual Glare. Através da ponderação dos resultados
encontrados foi possível concluir que dos duzentos sistemas zenitais
avaliados, trinta e seis sistemas atenderam aos critérios de análise
estabelecidos neste estudo, onde o sistema zenital lanternim foi o que
obteve os melhores resultados.

Palavras-chave: iluminação natural, zenital, simulação computacional.


ABSTRACT

Architectural design is the main contributing factor to predict daylighting


quantity and quality control of buildings. When well conducted, can
provide appropriate lighting, balanced spectrum and distribution colors,
energy savings and biological, physiological and psychological benefits
to users. Increase its use is desirable, but it must be carefully done. In
sports facilities, due to the large surfaces, the design takes special cares
to maintain homogeneous levels of illuminance throughout the space,
avoiding excessive glare, high contrasts, reflections or momentary vision
loss to users. In addition, there is also a large variability of visual activities
and directions, as well as sports type in the same facility. The objective
of this research was to evaluate daylight in sport halls in Florianópolis
(SC) based on daylight availability and the daylight glare probability in
users, through three toplighting systems: skylights, saw tooth and
monitors. Analyzes was performed with computer simulation in three
evaluation phases: dynamic measurements of sUDI [300-2000lux, 50%
h] (Spatial Useful Daylight Illuminances), ASE [1.000lux, 250h] (Annual
Sunlight Exposure) and DGP index (Daylight Glare Probability) with
Annual Glare tool. By considering the results found, it was possible
conclude the two hundred toplighting systems evaluated, thirty six met
the analysis criteria established, where the monitors system was the one
obtained the best results.

Keywords: daylighting, skylight system, computational simulation,


sports facilities.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Instalações desportivas nas escolas municipais em 2016..... 28


Figura 2 – Instalações desportivas nas escolas estaduais em 2016. ...... 29
Figura 3 - Ginásio Saul Oliveira em Capoeiras em Florianópolis, SC. . 30
Figura 4 - Quadra do Colégio Catarinense em Florianópolis, SC. ........ 30
Figura 5 – Esquema da estrutura global da pesquisa. ............................ 33
Figura 6 – Campo visual binocular. ...................................................... 37
Figura 7 – Tipologias convencionais de zenitais, onde a abertura útil é
representada pela dimensão ‘d. ............................................................. 41
Figura 8 – Mapa de iluminância com Daylight Autonomy (DA) para
planos horizontais (a) e verticais (b). .................................................... 44
Figura 9 – Resultados gráficos de UDI ................................................. 45
Figura 10 – Mapas de iluminâncias de DA e UDI. ............................... 46
Figura 11 – Resultado de Annual Sunlight Exposure. ........................... 47
Figura 12 – Resultado de Annual Glare do plugin Diva for Rhino. ...... 49
Figura 13 – Resultados de DA de um ginásio em Syracuse (USA). ..... 57
Figura 14 – Resultado comparativo das avaliações de brilho. .............. 58
Figura 15 - Esquema geral dos procedimentos metodológicos. ............ 62
Figura 16 – Modelo-base com os sistemas zenitais e o mesmo fator de
abertura.................................................................................................. 66
Figura 17 – Critérios de variação para cada sistema zenital.................. 67
Figura 18 – Referência de distribuição das claraboias para o cálculo do
fator de abertura. ................................................................................... 68
Figura 19 - Critérios de variação por disposição, quantidade e fator de
abertura.................................................................................................. 69
Figura 20 – Síntese esquemática das etapas de avaliação ..................... 73
Figura 21 – Planta baixa do modelo-base de quadra poliesportiva. ...... 82
Figura 22 – Corte esquemático modelo-base de quadra poliesportiva .. 83
Figura 23 – Modelo-base tridimensional de quadra poliesportiva. ....... 83
Figura 24 – Pontos de análise de luminâncias. ...................................... 85
Figura 25 – Corte esquemático com pontos de análise de luminâncias. 85
Figura 26 – Visualização tridimensional representativa das direções
visuais de cada posição de análise. ........................................................ 86
Figura 27 – Representação da orientação geográfica dos sistemas. ...... 88
Figura 28 – Resultado gráfico de iluminâncias de F4.3-Z1-L1-NS ...... 90
Figura 29 – Resultado gráfico de UDI(300-2.000lux,50%h) e corte
esquemático: .......................................................................................... 92
Figura 30 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T3.1-N...... 96
Figura 31 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T4.1-N...... 97
Figura 32 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T5.1-N...... 97
Figura 33 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T3.1-S ...... 98
Figura 34 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T4.1-S ...... 98
Figura 35 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T5.1-S ...... 99
Figura 36 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T3.2-S ...... 99
Figura 37 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T4.2-S .... 100
Figura 38 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T5.2-S .... 100
Figura 39 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T3.1-L .... 101
Figura 40 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T4.1-L .... 101
Figura 41 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T5.1-L .... 101
Figura 42 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T3.2-L .... 102
Figura 43 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T4.2-L .... 102
Figura 44 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T5.2-L .... 102
Figura 45 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T3.1-O ... 103
Figura 46 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T4.1-O ... 103
Figura 47 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T5.1-O ... 103
Figura 48 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T3.2-O ... 104
Figura 49 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T4.2-O ... 104
Figura 50 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T5.2-O ... 104
Figura 51 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-L2-LO .... 106
Figura 52 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T3.1-NS . 107
Figura 53 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T4.1-NS . 107
Figura 54 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T3.2-NS . 108
Figura 55 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T4.2-NS . 108
Figura 56 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T5.2-NS . 109
Figura 57 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-L1-NS .... 109
Figura 58 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-L2-NS .... 110
Figura 59 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T3.1-LO . 110
Figura 60 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T4.1-LO . 110
Figura 61 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T5.1-LO . 111
Figura 62 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T3.2-LO . 111
Figura 63 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T4.2-LO . 111
Figura 64 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T5.2-LO . 112
Figura 65 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z2-T3.1-L .. 115
Figura 66 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z2-T4.1-L .. 115
Figura 67 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z2-T5.1-L .. 115
Figura 68 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z2-T3.1-S .. 116
Figura 69 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z2-T4.1-S .. 116
Figura 70 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z2-T5.1-S .. 117
Figura 71 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z2-T3.2-S .. 117
Figura 72 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z2-T4.2-S .. 118
Figura 73 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z2-T5.2-S .. 118
Figura 74 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-L1-LO .. 120
Figura 75 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-L2-LO .. 121
Figura 76 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T3.1-NS 121
Figura 77 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T4.1-NS 122
Figura 78 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T5.1-NS 122
Figura 79 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T3.2-NS 123
Figura 80 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T4.2-NS 123
Figura 81 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T5.2-NS 124
Figura 82 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-L1-NS .. 124
Figura 83 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-L2-NS .. 125
Figura 84 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T3.1-LO 125
Figura 85 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T4.1-LO 125
Figura 86 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T5.1-LO 126
Figura 87 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T3.2-LO 126
Figura 88 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T4.2-LO 126
Figura 89 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T5.2-LO 127
Figura 90 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z2-T3.1-S .. 130
Figura 91 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z2-T4.1-S .. 130
Figura 92 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z2-T5.1-S .. 131
Figura 93 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z2-T3.2-S .. 131
Figura 94 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z2-T4.2-S .. 132
Figura 95 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z2-T5.2-S .. 132
Figura 96 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z3-L1-LO .. 134
Figura 97 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z3-L2-LO .. 135
Figura 98 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z3-T3.1-NS 135
Figura 99 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z3-T4.1-NS 136
Figura 100 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T5.1-NS .. 136
Figura 101 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T3.2-NS .. 137
Figura 102 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T4.2-NS .. 137
Figura 103 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T5.2-NS .. 138
Figura 104 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-L1-NS ..... 138
Figura 105 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-L2-NS ..... 139
Figura 106 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T3.1-LO .. 139
Figura 107 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T4.1-LO .. 139
Figura 108 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T5.1-LO .. 140
Figura 109 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T3.2-LO .. 140
Figura 110 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T4.2-LO .. 140
Figura 111 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T5.2-LO .. 141
Figura 112 – Pontos de análise de luminâncias. .................................. 144
Figura 113 – Resultados de Annual Glare de F4.3-Z1-L1-NS............ 144
Figura 114 – Resultados de Annual Glare de F4.3-Z2-T3.2-N ........... 148
Figura 115 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T3.1-N........... 152
Figura 116 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T3.1-L ........... 154
Figura 117 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T3.2-L ........... 157
Figura 118 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T3.1-O........... 161
Figura 119 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T3.2-O........... 163
Figura 120 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T4.1-N........... 165
Figura 121 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T4.1-L ........... 168
Figura 122 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T4.2-L ........... 171
Figura 123 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T4.1-O........... 175
Figura 124 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T4.2-O........... 177
Figura 125 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T5.1-N........... 179
Figura 126 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T5.1-L ........... 181
Figura 127 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T5.2-L ........... 184
Figura 128 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T5.1-O........... 188
Figura 129 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T5.2-O........... 190
Figura 130 – Resultados de Annual Glare de F12.9-Z2-T3.1-L ......... 194
Figura 131 – Resultados de Annual Glare de F12.9-Z2-T4.1-L ......... 197
Figura 132 – Resultados de Annual Glare de F12.9-Z2-T5.1-L ......... 201
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Classificação da prática de atividades por faixa etária. ........ 27


Tabela 2 – Análise subjetiva da relação ofuscamento e índice DGP. ... 48
Tabela 3 – Recomendações de Iluminância para Esportes pela IES. .... 51
Tabela 4 – Recomendações de Iluminância para Esportes pela CIBSE.52
Tabela 5 – Índice de brilho pela CIBSE. ............................................... 53
Tabela 6 - Recomendações de Iluminância para Esportes pela CIBSE. 53
Tabela 7 - Recomendações para Construções Educacionais da ABNT 54
Tabela 8 – Cálculo de referência dos fatores de abertura. ..................... 68
Tabela 9 – Parâmetros Radiance para simulações de iluminâncias. ..... 71
Tabela 10 - Parâmetros do Radiance para simulações de luminâncias. 72
Tabela 11 – Esquema de desenvolvimento dos objetivos. .................... 74
Tabela 12 – Resultado do levantamento de padrões construtivos das
quadras poliesportivas fechadas de Florianópolis, SC. ......................... 78
Tabela 13 – Características padrões adotadas para o modelo-base. ...... 84
Tabela 14 – Resultados das CLARABOIAS fator de abertura 4,3%. ... 89
Tabela 15 – Resultados dos SHEDS fator de abertura 4,3%. ................ 91
Tabela 16 – Resultados dos LANTERNINS fator de abertura 4,3%. ... 93
Tabela 17 – Resultados das CLARABOIAS fator de abertura 8,6%. ... 94
Tabela 18 – Resultados dos SHEDS fator de abertura 8,6%. ................ 95
Tabela 19 - Resultados dos LANTERNINS fator de abertura 8,6%. .. 105
Tabela 20 – Resultados das CLARABOIAS fator de abertura 12,9%. 112
Tabela 21 - Resultados dos SHEDS fator de abertura 12,9%. ............. 114
Tabela 22 – Resultados dos LANTERNINS fator de abertura 12,9%. 119
Tabela 23 – Resultados das CLARABOIAS fator de abertura 17,2%. 128
Tabela 24 – Resultados dos SHEDS fator de abertura 17,2%. ............ 129
Tabela 25 - Resultados dos LANTERNINS fator de abertura de 17,2%.
............................................................................................................. 133
Tabela 26 – Relação de sistemas satisfatórios quanto às etapas de
avaliação de iluminâncias.................................................................... 141
Tabela 27 – Relação de sistemas satisfatórios. .................................... 210
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


A’ Altura
ANSI American National Standards Institute
ASE Annual Sunlight Exposure
B’ Beiral
CBDM Climate-based Daylight Modelling
CBFS Confederação Brasileira de Futebol de Salão
CIBSE Chartered Institution of Building Services Engineers
CIE International Commission of Illumination
CGI CIE Glare Index
DA Daylight Autonomy
DGP Daylight Glare Probability
EPE Empresa de Pesquisa Energética
GR Glare Ratio
HDR High Dynamic Range
IES Illuminating Engineering Society
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IWEC International Weather for Energy Calculations
L’ Largura
Longit. Longitudinal
sDA Spatial Daylight Autonomy
SLL Society of Light and Lighting
sUDI Spatial Useful Daylight Illuminances
SWERA Solar and Wind Energy Resource Assessment
Transv. Transversal
UDI Useful Daylight Illuminances
UGRL CIE Unified Glare Rating Limit
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................... 25
1.1 PROBLEMÁTICA ........................................................................ 26
1.2 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO ESTUDO ..................... 27
1.3 OBJETIVOS .................................................................................. 31
1.3.1 Objetivo Geral ....................................................................... 31
1.3.2 Objetivos Específicos ............................................................ 32
1.4 ESTRUTURA DA PESQUISA ..................................................... 32
2. REFERENCIAL TEÓRICO .............................................. 35
2.1 IMPORTÂNCIA DA LUZ NATURAL E DO PROJETO
ARQUITETÔNICO DE EDIFICAÇÕES DESPORTIVAS ....................... 35
2.2 O SISTEMA VISUAL HUMANO PARA ALVOS DINÂMICOS
37
2.3 SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO NATURAL ............................... 39
2.3.1 Sistemas Zenitais ................................................................... 40
2.4 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA LUZ NATURAL .................. 42
2.4.1 Medidas de Avaliação ........................................................... 43
2.4.1.1 Medidas de Iluminâncias ....................................................... 43
2.4.1.2 Medidas de Luminâncias ....................................................... 47
2.4.2 Normativas e Recomendações Técnicas Existentes .............. 49
2.4.3 Ferramentas computacionais ................................................. 54
2.5 ESTUDOS RELACIONADOS COM AMBIENTES ESPORTIVOS
55
2.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS DA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 58
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................... 61
3.1 IDENTIFICAÇÃO DE PADRÕES CONSTRUTIVOS ................ 63
3.2 DEFINIÇÃO E CRIAÇÃO DO MODELO-BASE........................ 64
3.2.1 Modelo-base tridimensional .................................................. 64
3.2.2 Características dos materiais internos – Refletâncias ............ 64
3.3 DEFINIÇÃO DAS DIRETRIZES PARA SIMULAÇÃO
COMPUTACIONAL .................................................................................. 65
3.3.1 Localização e Orientação geográfica..................................... 65
3.3.2 Sistemas Zenitais ................................................................... 65
3.3.3 Parâmetros de Avaliação ....................................................... 70
3.3.3.1 Medidas dinâmicas de Iluminâncias ...................................... 70
3.3.3.2 Distribuição das Luminâncias ............................................... 72
3.4 SÍNTESE METODOLÓGICA....................................................... 74
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................... 77
4.1 PADRÕES CONSTRUTIVOS ...................................................... 77
4.2 MODELO-BASE TRIDIMENSIONAL ........................................ 82
4.3 PONTOS DE ANÁLISE DE LUMINÂNCIAS ............................. 84
4.4 MEDIDAS DE AVALIAÇÃO....................................................... 87
4.4.1 Disponibilidade de luz natural: Iluminâncias ........................ 87
4.4.1.1 Fator de abertura 4,3% .......................................................... 88
4.4.1.2 Fator de abertura 8,6% .......................................................... 94
4.4.1.3 Fator de abertura 12,9% ...................................................... 112
4.4.1.4 Fator de abertura 17,2% ...................................................... 127
4.4.2 Avaliação de brilho: Luminâncias ....................................... 141
4.4.2.1 Sistema claraboia F4.3-Z1-L1-NS ....................................... 143
4.4.2.2 Sistema shed F4.3-Z2-T3.2-N ............................................. 148
4.4.2.3 Sistema shed F8.6-Z2-T3.1-N ............................................. 152
4.4.2.4 Sistemas sheds F8.6-Z2-T3.1-L e F8.6-Z2-T3.2-L ............. 154
4.4.2.5 Sistemas sheds F8.6-Z2-T3.1-O e F8.6-Z2-T3.2-O............. 161
4.4.2.6 Sistema shed F8.6-Z2-T4.1-N ............................................. 165
4.4.2.7 Sistemas sheds F8.6-Z2-T4.1-L e F8.6-Z2-T4.2-L ............. 168
4.4.2.8 Sistemas sheds F8.6-Z2-T4.1-O e F8.6-Z2-T4.2-O............. 175
4.4.2.9 Sistema shed F8.6-Z2-T5.1-N ............................................. 179
4.4.2.10 Sistemas sheds F8.6-Z2-T5.1-L e F8.6-Z2-T5.2-L ............. 181
4.4.2.11 Sistemas sheds F8.6-Z2-T5.1-O e F8.6-Z2-T5.2-O............. 188
4.4.2.12 Sistema shed F12.9-Z2-T3.1-L ............................................ 193
4.4.2.13 Sistema shed F12.9-Z2-T4.1-L ............................................ 197
4.4.2.14 Sistema shed F12.9-Z2-T5.1-L ............................................ 201
4.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS DOS RESULTADOS
ENCONTRADOS ..................................................................................... 204
5. CONCLUSÕES ................................................................. 207
5.1 Conclusões acerca dos procedimentos metodológicos ................. 207
5.2 Sistemas e tipologias zenitais estudados ...................................... 208
5.3 Considerações finais ..................................................................... 211
5.3.1 Limitações da pesquisa ........................................................ 211
5.3.2 Sugestões para pesquisas futuras ......................................... 212
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................. 213
APÊNDICE A .......................................................................................... 219
25

1. INTRODUÇÃO

Até a década de 1940, a luz natural era a principal fonte de luz nas
edificações, sendo complementada pelo sistema de iluminação artificial.
Nos anos subsequentes, a eletricidade e a iluminação artificial passaram
a transformar os ambientes atendendo a maioria dos requisitos de
iluminação dos ocupantes (EDWARDS e TORCELLINI, 2002). No
entanto, se a sua admissão for bem controlada, a luz natural pode
proporcionar níveis adequados de iluminação para as mais variadas
atividades humanas, além da correta reprodução do espectro da luz e
temperatura das cores (DIDONÉ e PEREIRA, 2009; EDWARDS e
TORCELLINI, 2002). A luz natural possui uma série de efeitos não
visuais e que podem trazer inúmeros benefícios biológicos, fisiológicos e
psicológicos aos usuários, desempenhando um papel essencial na
regulação do ciclo circadiano do nosso organismo (ANDERSEN, 2015;
BOYCE, HUNTER e HOWLETT, 2003). Este ciclo controla muitos
aspectos fisiológicos, metabólicos e comportamentais, como a produção
de alguns hormônios, níveis de melatonina, produção de urina, regulação
da temperatura corporal, ciclos de sono, atividades do córtex,
desempenho do organismo, entre outras funções (CZEISLER e
GOOLEY, 2007; EDWARDS e TORCELLINI, 2002; BOYCE, 2014).
Os benefícios da iluminação natural se estendem, inclusive, na
economia de energia elétrica. As recentes preocupações com o consumo
de energia e o meio ambiente resgatam a importância da luz natural no
desenho dos edifícios. As crises do setor energético têm demandado a
adoção de novas e urgentes estratégias para reduzir significativamente o
consumo das edificações, de forma a torná-las mais eficientes. Em 2016,
o consumo de energia elétrica das edificações brasileiras correspondeu a
51,1% do consumo do país, sendo 25,5% somente nos setores comercial
e público (EPE, 2017). Os sistemas de condicionamento de ar e de
iluminação representam a maior parcela do consumo de energia elétrica
destes setores (LAMBERTS, DUTRA e PEREIRA, 2014) evidenciando
a importância da adoção de estratégias de iluminação natural e controle
solar na redução do consumo energético (IHM, NEMRI e KRARTI,
2009).
A principal forma de prever o controle da qualidade e quantidade
de luz natural dentro de uma edificação é pelo projeto arquitetônico. A
forma, a orientação, o layout dos espaços internos, a localização e o
tamanho das aberturas, o uso de dispositivos de sombreamentos fixos ou
móveis e a escolha dos materiais podem impactar significativamente na
admissão e distribuição da iluminação natural dentro da edificação
26

(KWAN, 2009). Potencializar o seu uso integrado ao sistema de


iluminação artificial é uma das importantes questões que devem ser
pensadas nas primeiras fases do projeto de uma edificação.
Estas respostas arquitetônicas caminham paralelamente à
preocupação com as condições de conforto visual dos ambientes, a fim de
proporcionar melhoria da qualidade de vida e bem-estar dos usuários. Se
bem aproveitada, a luz natural pode propiciar espaços visualmente
confortáveis e as respostas visuais passam a ser influenciadas pela
natureza dinâmica dessa fonte de luz. A característica primária da luz
natural é a sua variabilidade em função da magnitude, do conteúdo
espectral, das variações climáticas e das condições atmosféricas, além da
posição solar e latitude em diferentes períodos do dia e do ano
(ROCKCASTLE, AMUNDADOTTIR e ANDERSEN, 2016; BOYCE,
2014). Este dinamismo da luz natural ocasiona variações e intensidades
que produzem diversas composições de luz e sombra dentro dos
ambientes. Estes contrastes são importantes para melhorar a visibilidade
e o desempenho das tarefas, pois permitem identificar com maior clareza
a aparência dos elementos do campo visual e do seu entorno imediato, por
meio da diferença de luminâncias (brilho) (PEREIRA e SOUZA, 2005).
Estudos demonstraram que quando os valores de contraste de luminância
são inferiores a 40%, o tempo de resposta de desempenho da tarefa
aumenta, agravando a perda tanto da velocidade quanto da sua precisão
de execução (REA, 1981 apud BOYCE, HUNTER e HOWLETT, 2003).
Em contrapartida, valores muito elevados de contrastes de luminância
podem produzir ofuscamentos ou reflexões desconfortáveis aos usuários
(BOYCE, 2014). O conforto visual está também relacionado a diversas
outras variáveis ambientais e padrões comportamentais ligados às
percepções subjetivas de cada usuário.
Portanto, potencializar o uso da luz natural é desejável, mas deve
ser feito com precaução, já que a luz natural em excesso ou mal
distribuída pode gerar ganhos desnecessários de calor, excessos de brilho,
perturbações visuais e perda de visibilidade ao usuário. (ANDERSEN,
2015; KHANIE, JIA, et al., 2015).

1.1 PROBLEMÁTICA

Para projetos de instalações desportivas, integrar a luz do dia é


natural e eficiente do ponto de vista energético, mas tem tido enorme
resistência pelos problemas causados pelo excesso de brilho, que é um
subproduto de projetos de iluminação natural mal concebidos (CULLEY
e PASCOE, 2009). Definir as variáveis da admissão de luz natural com
27

precisão é uma das grandes dificuldades encontradas nos processos de


avaliação dessa tipologia de ambiente, principalmente por se tratarem de
parâmetros subjetivos e que variam com a necessidade do usuário de olhar
em diferentes direções em momentos subsequentes. A preocupação em
considerar o olhar de forma dinâmica se iniciou em estudos recentes com
ambientes de trabalho, onde foi proposto um modelo de conforto visual
adaptativo em que os usuários podem alterar a direção da visão para evitar
desconforto, criando uma “zona de adaptação” (JAKUBIEC e
REINHART, 2011). Nos estudos existentes até então, o usuário
permanece estático e a direção do olhar é integrada pelos movimentos de
rotação do corpo, da cabeça e dos olhos (KHANIE, et al., 2011, 2013,
2015 apud GOEDERT, 2017). Até o momento, faltam estudos que
demonstrem a relação entre o movimento dos olhos e o contexto visual
quando o usuário é dinâmico e permanece em constante movimento,
como ocorre nos ambientes desportivos.

1.2 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO ESTUDO

Um levantamento publicado em 2016 pelo Ministério do Esporte


(BRASIL, 2016) indica que cerca de 54% da população brasileira
praticou algum tipo de esporte ou atividade física no ano de 2013 e,
destes, 61% foram realizados em algum tipo de instalação desportiva. O
estudo também indicou e é interessante apontar que quase 50% dos
brasileiros que praticaram esportes ou atividades em instalações
desportivas o fizeram em instituições públicas ou de acesso gratuito. Este
mesmo estudo trouxe um panorama geral por faixa etária (Tabela 1) com
a porcentagem de desportistas e usuários ativos, que praticaram qualquer
tipo de atividade física.

Tabela 1 - Classificação da prática de atividades por faixa etária.


Faixa Total
15-19 20-24 25-34 35-44 45-54 55-64 65-74
etária (%)
Esportivo
44,9 38,6 31,7 22,2 16,4 9,6 5,1 25,6
(%)
Ativo (%) 22,4 23,3 27,6 31,3 30,1 33,9 30,5 28,5
Total (%) 67,3 61,9 59,3 53,5 46,5 43,5 35,6 54,1
Sedentário
32,7 38,1 40,7 46,4 53,5 56,5 64,4 45,9
(%)
Fonte: Ministério do Esporte (BRASIL, 2016).
28

Os resultados evidenciam que existe uma maior participação dos


jovens em atividades desportivas e que esta participação decresce com o
aumento da idade. Este índice, relativamente expressivo entre jovens e
adolescentes, demonstra que é latente a influência da escola com relação
à prática esportiva e à promoção da continuidade do usuário no âmbito
desportivo. É expressivo também o número de instalações deste tipo no
Brasil: em 2016, 96,4% dos municípios declararam a existência de
instalações desportivas de propriedade da prefeitura, totalizando 41.641
instalações. Conforme demonstram as Figuras 1 e 2, deste total, 1.795
escolas das redes públicas estaduais possuem 2.017 instalações
desportivas, das quais 67,7% (1.366) são ginásios. Além das escolas
estaduais, nas 3.971 escolas das redes públicas municipais existem 4.190
instalações desportivas, das quais os ginásios representam 78,1% (3.270)
(IBGE, 2017). Atualmente, a existência de quadras poliesportivas nas
escolas públicas brasileiras não é obrigatória, no entanto, foi criado em
2016 o Projeto de Lei 6757/16 aprovado pela Comissão de Educação da
Câmara de Deputados que segue em processo de análise pelas outras
comissões, e determina a obrigatoriedade na construção de quadras
poliesportivas em todos os novos estabelecimentos públicos de ensino
fundamental e médio, indicando que esse índice tende a crescer cada vez
mais.

Figura 1 – Instalações desportivas nas escolas municipais em 2016.


Campo Piscina Pista de Atletismo
de 6,3% 1,0%
Futebol
14,6%

Ginásio
78,1%

Fonte: IBGE (IBGE, 2017).


29

Figura 2 – Instalações desportivas nas escolas estaduais em 2016.


Campo
de
Futebol
21,7%

Ginásio
67,7%

Fonte: IBGE (IBGE, 2017).

Estes indicativos demonstram a relevância em avaliar o potencial


uso da iluminação natural em quadras poliesportivas fechadas, tanto para
a redução do consumo energético com iluminação artificial quanto para
melhoria do conforto visual e térmico e do bem-estar dos desportistas.
Contudo, para o caso de quadras poliesportivas, a complexidade está na
grande variabilidade de direções de visão dos usuários para as distintas
atividades visuais (espectadores, jogadores etc), além da possibilidade de
prática de diversas modalidades esportivas (voleibol, basquetebol,
futebol, handebol etc.) em uma mesma instalação. Durante partidas de
voleibol ou basquetebol, por exemplo, os jogadores costumam olhar com
maior frequência para o teto e para as laterais da quadra, enquanto em
jogos de futebol, o olhar dos jogadores se mantém principalmente no nível
do solo, o que evidencia a grande complexidade introduzida pela
necessidade de o usuário olhar em diferentes direções em momentos
subsequentes. Além disso, deve-se atentar também à qualidade visual dos
espectadores, uma vez que a presença destes demonstra a existência de
atividades visuais diferentes no mesmo ambiente. Devido a estes fatores
e às grandes dimensões das instalações desportivas, os projetos de
iluminação natural requerem uma preocupação especial para manter
níveis homogêneos e adequados de iluminância por todo espaço evitando
ofuscamentos, altos contrastes, reflexões ou perda de visibilidade
momentânea (CULLEY e PASCOE, 2009).
Como exemplos dessas instalações na cidade de Florianópolis
(SC), a Figura 3 ilustra o resultado insuficiente da iluminação natural
30

proveniente das pequenas aberturas laterais próximas à cobertura,


enquanto a Figura 4 demonstra a existência de reflexões nas superfícies
internas decorrentes de suas aberturas zenitais e laterais.

Figura 3 - Ginásio Saul Oliveira em Capoeiras em Florianópolis, SC.

Fonte: Acervo pessoal.

Figura 4 - Quadra do Colégio Catarinense em Florianópolis, SC.

Fonte: Colégio Catarinense. Disponível em:


www.colegiocatarinense.g12.br, acessado em set/2017.

Neste contexto, cabe avaliar os diferentes sistemas para o melhor


aproveitamento e distribuição uniforme da iluminação natural. Os
sistemas de iluminação natural podem ser classificados resumidamente
31

em laterais e zenitais (CABUS, 1997; PHILLIPS, 2004) e podem permitir


a entrada de luz solar direta ou indireta, através de espaços de transição
ou de combinações diversas (ROBBINS, 1986). A iluminação lateral
costuma ser mais adequada a ambientes com atividades próximas às
janelas e/ou ambientes pouco profundos (PHILLIPS, 2004). Por sua vez,
a iluminação zenital fornece, em geral, uma maior uniformidade na
distribuição da luz, além de captar três vezes mais luz da abóbada celeste
quando comparada a sistemas laterais com a mesma área de abertura
(ENERGY RESEARCH GROUP, 1994 apud CABUS, 1997). Tanto
anual quanto diariamente, as aberturas zenitais recebem
significativamente mais luz diurna do que as janelas verticais, e esta maior
disponibilidade de luz permite que as aberturas possam ser menores, o
que pode contribuir para a melhora na eficiência energética da edificação
(IES, 2011). Portanto, com relação a espaços de grandes dimensões,
inclusive em altura, a utilização da luz natural zenital é a estratégia de
projeto mais adequada, por serem ambientes que exigem boa
uniformidade e quantidade de luz. Além disso, para espaços amplos com
iluminação zenital, não é conveniente utilizar iluminação lateral
complementar, já que sua contribuição não é significativa para o nível
final de uniformidade da iluminação. Outra justificativa é o fato da
iluminação lateral estar presente na direção visual dos desportistas com
maior frequência se comparado à iluminação zenital, podendo ocasionar
maiores problemas de perturbação visual por contraste (CULLEY e
PASCOE, 2009; CIBSE, 1999; VIANNA e GONÇALVES, 2001).
Contudo, até o momento poucos estudos aprofundam o
comportamento da luz de sistemas zenitais correlacionados à ambientes
desportivos. Deste modo, justifica-se a relevância de avaliar a influência
de sistemas zenitais de iluminação natural na busca por respostas
arquitetônicas que qualifiquem espaços destinados às práticas
desportivas, evitando possíveis perturbações visuais aos usuários. De
forma geral, a presente pesquisa busca responder à pergunta: qual o
potencial dos sistemas zenitais de iluminação em quadras poliesportivas
fechadas?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Avaliar o aproveitamento da luz natural em quadras poliesportivas


fechadas na cidade de Florianópolis (SC) com base na disponibilidade da
32

luz e na probabilidade de ocorrência de perturbações visuais nos usuários,


utilizando sistemas de iluminação zenitais.
1.3.2 Objetivos Específicos

o Levantar o contexto de quadras poliesportivas fechadas em


Florianópolis (SC) a fim de identificar padrões construtivos;
o Definir e criar um modelo-base tridimensional
representativo para simulação;
o Avaliar por meio de simulação computacional o
comportamento luminoso de diferentes sistemas zenitais de
iluminação natural com base na disponibilidade de luz
determinada pela orientação e coordenadas geográficas
(latitude e longitude);
o Avaliar por meio de simulação computacional os efeitos da
distribuição das luminâncias e a probabilidade de ocorrência
de perturbações visuais nos desportistas;
o Realizar análise combinada para caracterizar os padrões de
sistemas zenitais de iluminação natural adequados à redução
da probabilidade de ofuscamento e ao melhor
aproveitamento da luz natural disponível.

1.4 ESTRUTURA DA PESQUISA

Esta pesquisa divide-se em cinco capítulos principais. O primeiro


capítulo consiste em uma introdução geral contendo a justificativa, a
relevância e os objetivos da proposta de estudo. Na sequência, o segundo
capítulo apresenta os referenciais teóricos que serviram de embasamento
para o desenvolvimento da pesquisa. O terceiro capítulo expõe a
metodologia empregada no estudo, apresentando os procedimentos
realizados e materiais utilizados. O quarto capítulo descreve os resultados
encontrados e discussões pertinentes, e por fim, o quinto capítulo expõe
as conclusões da pesquisa. A Figura 5 apresenta de forma esquemática a
estrutura global desta pesquisa.
33

Figura 5 – Esquema da estrutura global da pesquisa.


34
35

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Este capítulo apresenta a revisão bibliográfica utilizada como


embasamento para pesquisa, abordando a importância da iluminação
natural integrada ao projeto arquitetônico e abordando, ainda, o sistema
visual, as tecnologias de medição, os estudos relacionados, as normativas
existentes, entre outros temas.

2.1 IMPORTÂNCIA DA LUZ NATURAL E DO PROJETO


ARQUITETÔNICO DE EDIFICAÇÕES DESPORTIVAS

A iluminação é reconhecida como um fator-chave na satisfação e


na ergonomia dos ambientes (ANDERSEN, 2015). Uma boa iluminação,
seja natural ou artificial, propicia aos usuários a visualização do ambiente,
permitindo que as pessoas se movimentem com segurança e
desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, precisa e segura, sem
causar fadiga visual, desconforto ou perturbações visuais (ABNT NBR
ISO/CIE 8995-1, 2013). No entanto, além dos benefícios visuais, o ser
humano tem necessidades fisiológicas de exposição à luz natural e por
isso precisa estar em ambientes que propiciem à promoção da saúde.
Recentes pesquisas permitiram a compreensão dos efeitos não visuais da
luz natural a partir da descoberta de um fotorreceptor nas células
ganglionares do nosso olho contendo um pigmento sensível à luz
chamado melanopsina, responsável por sincronizar nosso relógio
circadiano interno 1 (ANDERSEN, 2015). No organismo, os receptores
que regulam este ciclo são mais sensíveis ao espectro visível de curto
comprimento de onda, que são muito abundantes na luz do dia (IES,
2011). Além de regular nosso ciclo circadiano, a luz induz a uma série de
respostas físicas e comportamentais diretas e não visuais, incluindo, entre
outras, a produção hormonal, alerta e desempenho cognitivo

1
Relógio circadiano é um ciclo constituído de 24 horas que caracteriza as
mudanças no comportamento dos seres vivos. É alicerçado de dias e noites
regulares, onde o sono e a vigília são o ritmo circadiano mais evidente nos seres
humanos (BOYCE, 2014). Os ritmos circadianos são conduzidos no hipotálamo
anterior da região cerebral que funciona como relógio interno de cada indivíduo,
onde o nível hormonal de melatonina passa a ser o indicador principal nos seres
humanos. Os estímulos externos como a luz são capazes de colocar o ritmo
circadiano em movimento e estimulam o sistema imunológico através da
regulação da melatonina (ENGWALL, FRIDH, et al., 2015).
36

(AMUNDADOTTIR, ROCKCASTLE, et al., 2017), tornando a luz


natural um elemento essencial da vida saudável.
O uso da luz natural engloba, de uma forma geral, diversos
aspectos qualitativos e quantitativos. Ela pode revelar experiências,
relacionando o clima, o tempo, o lugar e a atividade; pode revelar formas,
com a visualização dos materiais e das estruturas; revelar o espaço, por
meio dos limites e orientações; como pode ainda carregar significados,
sejam contemplativos, metafóricos ou simbólicos (MILLET, 1996). Sua
relação direta com o clima permite uma variação em nível e composição
espectral com o tempo, demonstrando ser imprescindível o conhecimento
do clima local no estudo das variáveis de iluminação natural para um
projeto de edificação desportiva. Deve ser considerado o modo e a
quantidade das manifestações climáticas locais, a fim de explorar uma
forma de obter o máximo conforto com o mínimo consumo de energia
possível. Em países com enorme disponibilidade de luz natural, como o
Brasil, o ingresso da luz deve ser equilibrado sabiamente e este recurso,
muitas vezes, acaba sendo subutilizado ou utilizado de maneira
equivocada, gerando problemas para os edifícios (AMORIM, 2002).
A admissão de luz natural nos ambientes internos deve ser
analisada com base no trajeto da luz através das aberturas e no uso dos
espaços. As características do espaço arquitetônico são importantes, pois
impactam na forma como os ambientes são experimentados e nas
percepções dos usuários com relação à luz do dia, tanto para os jogadores
quanto para os espectadores. Enquanto a posição do sol está
intrinsicamente ligada à latitude e ao tempo, o tipo de céu é sensível a
condições climáticas e atmosféricas produzindo diversas composições de
luz e sombra. A percepção destas diferenças de luminosidade, justapostas
no espaço ou no tempo, é o que denominamos contraste (ABNT NBR
5461 TB-23, 1991), e se faz necessário para que o usuário seja capaz de
diferenciar objetos estáticos ou em movimento e identificar a
profundidade espacial de forma adequada (AMUNDADOTTIR,
ROCKCASTLE, et al., 2017). Portanto, tanto o espaço como a condição
do céu, têm efeitos significativos nas respostas de excitação e estimulação
dos usuários, confirmando o vínculo existente entre as medidas
quantitativas de contraste e as percepções humanas na composição da luz
do dia e seus variados efeitos ao longo do tempo (ROCKCASTLE,
AMUNDADOTTIR e ANDERSEN, 2016).
Em virtude da iluminação natural de um ambiente ser diretamente
influenciada pelas variações externas, ela também deve ser pensada de
forma integrada ao sistema de iluminação artificial, levando em conta os
aspectos térmicos e garantindo os níveis adequados de conforto e
37

qualidade visual e térmica aos usuários. Com o controle adequado, a


iluminação natural pode reduzir o uso de energia em até 60%, levando a
economia de custos e menores emissões de carbono.
Percebe-se, portanto, o importante papel da luz natural, do
planejamento espacial e da adequada seleção dos materiais no projeto
arquitetônico de edificações desportivas, que exige uma abordagem de
desenho integrada para atender simultaneamente o conforto dos
desportistas e dos espectadores, a qualidade da iluminação e a eficiência
energética em uma gama de condições solares e climáticas.

2.2 O SISTEMA VISUAL HUMANO PARA ALVOS


DINÂMICOS

Para que se possa perceber a luz e seus efeitos, o sistema visual de


um ser humano é operado pelo trabalho conjunto dos olhos e do cérebro
(BOYCE, 2014) captando e assimilando o campo visual existente. A
extensão do campo visual humano pode ser dividida em duas porções: a
monocular, através de um olho, e a binocular, através dos dois olhos. A
sobreposição dos campos monoculares de cada olho forma o campo visual
binocular com um ângulo central de 120º, representado pela área central
branca da Figura 6. As porções laterais cinzas representam os campos
visuais isolados de cada olho, direito ou esquerdo, e a porção preta
representa o que não pode ser percebido, limitado pelas testa, face e nariz
(ABNT NBR 15215-4, 2005).

Figura 6 – Campo visual binocular.

Fonte: (ABNT NBR 15215-4, 2005).


38

Dentro desse campo de visão, o conforto visual de um usuário é


afetado pela variação na distribuição das luminâncias (brilhos) na direção
da visão. O brilho é o aspecto de percepção dos reflexos luminosos de
objetos como se estivessem superpostos à superfície, devido às
propriedades direcionais seletivas de cada uma delas (ABNT NBR 5461
TB-23, 1991). A correta distribuição dessas luminâncias no campo de
visão é o que controla o nível de adaptação dos olhos e que afeta
diretamente a visibilidade das tarefas. Uma adaptação bem balanceada é
necessária para ampliar a acuidade visual 2, a sensibilidade ao contraste 3
e a eficiência das funções oculares (ABNT NBR ISO/CIE 8995-1, 2013).
Portanto, as luminâncias de todas as superfícies são importantes. Estas
são determinadas pela refletância e pela iluminância – quantidade de luz
por unidade de área que incide sobre elas. A iluminância deve alterar-se
gradualmente fazendo com que a área de tarefa ou atividade se mantenha
iluminada o mais uniformemente possível. Recomendações normativas
(ABNT NBR ISO/CIE 8995-1, 2013) indicam que essa uniformidade não
pode ser menor que 70% no plano de tarefa ou atividade e 50% no seu
entorno imediato. Indicam também que as faixas de refletâncias úteis para
as superfícies internas devem variar entre 0,6 e 0,9 para tetos; 0,3 e 0,8
para paredes, 0,2 e 0,6 para planos de trabalho e 0,1 e 0,5 para os pisos
(IES, 2011). Convém então evitar luminâncias ou contrastes de
luminâncias muito baixos, que podem resultar em ambientes sem
estímulos ou tediosos, e muito altos, que podem causar fadiga visual
devido à continua readaptação dos olhos ou levar ao ofuscamento (ABNT
NBR ISO/CIE 8995-1, 2013). Ofuscamento é uma sensação visual
produzida por áreas excessivamente brilhantes dentro do campo de visão
(ABNT NBR 5461 TB-23, 1991) e pode ser classificado como
desconfortável ou inabilitador. O ofuscamento desconfortável é aquele
que causa apenas desconforto visual, sem necessariamente enfraquecer a
visão, já o ofuscamento inabilitador enfraquece a visão dos objetos, sem
necessariamente causar desconforto. Além destes, o ofuscamento também

2
Acuidade visual é a capacidade de ver distintamente finos detalhes que possuem
uma separação angular muito pequena, ou seja, identificar qual é o menor
caractere visível em preto sobre branco. É uma função fisiologicamente limitada
pelo tamanho da pupila, córnea e cristalino. (ABNT NBR 5461 TB-23, 1991;
ZIMMERMAN, LUST e BULLIMORE, 2011).
3
Sensibilidade ao contraste é a capacidade de detectar objetos de baixo contraste
de vários tamanhos. Essa função depende da luminância e das condições de
observação (ABNT NBR 5461 TB-23, 1991; ZIMMERMAN, LUST e
BULLIMORE, 2011).
39

pode ocorrer por reflexões em superfícies especulares, conhecido como


ofuscamento refletido ou reflexões velantes (ABNT NBR ISO/CIE 8995-
1, 2013). Este ocorre quando as imagens refletidas aparecem na mesma
direção ou próxima do objeto observado, mascarando total ou
parcialmente os detalhes pela diminuição do contraste. No que diz
respeito aos critérios de visibilidade para desportistas, qualquer tipo de
ofuscamento dentro do campo visual pode ser prejudicial podendo
interferir no desempenho dos atletas.
O sistema visual humano pode processar uma enorme
variabilidade dessas informações, mas não pode processar todas ao
mesmo tempo (BOYCE, 2014). Para lidar com esta ampla gama de
luminâncias e iluminâncias a qual é exposto, ele muda sua sensibilidade
através de um processo chamado de adaptação visual. Este é um processo
contínuo que envolve três mudanças distintas: o tamanho da pupila, a
adaptação neural e a adaptação fotoquímica. O tempo que leva para
adaptar a retina depende da magnitude, da extensão e da direção da
mudança (BOYCE, 2014).
Para o caso de desportistas, em que é necessário determinar a
trajetória e o tempo de contato com objeto esportivo, olhar no lugar e no
momento certo é particularmente importante. O tempo de resposta da
adaptação visual e da acuidade visual dinâmica podem ser as medidas
mais relevantes, já que a grande maioria dos esportes desafia o
participante a localizar e rastrear objetos e indivíduos em movimentação
rápida. Para o atleta, é essencial que além de detectar alvos rapidamente
ele tenha capacidade de discriminar diferenças sutis (ZIMMERMAN,
LUST e BULLIMORE, 2011). Atualmente, não existe um método
amplamente aceito ou padronizado para avaliar a acuidade visual
dinâmica, onde todos os componentes sejam estudados, como velocidade,
tempo de apresentação, orientação, tamanho do alvo etc., porém, já está
estabelecido que à medida que a velocidade do alvo dinâmico aumenta, a
acuidade visual do indivíduo diminui e a duração do estímulo tem efeito
sobre a acuidade visual (LABY, ROSENBAUM, et al., 1996). Essa
avaliação do sistema visual para alvos dinâmicos é, portanto, uma área de
investigação em potencial e em desenvolvimento.

2.3 SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO NATURAL

Os sistemas de iluminação natural são configurações físicas de


abertura que permitem a entrada de luz natural até os ambientes internos
em um projeto arquitetônico. Estes sistemas buscam prover o ambiente
interno com uma determinada quantidade de luz onde e conforme houver
40

necessidade, assim como promover um bom desempenho visual gerando


os contrastes adequados para se atingir o conforto visual. De forma geral,
eles podem ser classificados com base em critérios de iluminação
diferentes, podendo ser: lateral, zenital, inclinado, com luz direta do sol,
indireto, através de espaços de transição (átrios, pátios, reentrâncias etc)
e/ou por uma combinação de mais de um deles (ROBBINS, 1986).
Dado que o objeto de estudo dessa pesquisa são quadras
poliesportivas fechadas, a utilização da luz natural zenital é a estratégia
de projeto mais adequada, por se tratar de grandes áreas que exigem boa
uniformidade e quantidade de luz.

2.3.1 Sistemas Zenitais

A utilização de sistemas zenitais para iluminação natural é uma


técnica que permite que a luz penetre no ambiente através de pequenas ou
grandes aberturas criadas na cobertura de uma edificação. Este tipo de
abertura costuma ser frequentemente usado em casos onde o desenho ou
os critérios de iluminação tornam as aberturas laterais inapropriadas.
A distribuição da luz interior de um local iluminado zenitalmente
depende fundamentalmente de dois fatores: a forma das aberturas e a
altura entre o plano visual e o elemento zenital (VIANNA e
GONÇALVES, 2001; PHILLIPS, 2004). Estabelecer zonas de
iluminação para aberturas zenitais é similar ao fazer para aberturas
verticais, a diferença é que as zonas primárias de iluminação estão
localizadas abaixo das aberturas, distantes do perímetro do ambiente ou
da edificação. Neste caso, a zona primária de iluminação para cada
abertura costuma frequentemente ser consideravelmente maior do que a
zona correspondente para aberturas laterais (ROBBINS, 1986).
Conforme pode ser observado na Figura 7, as tipologias
convencionais de aberturas zenitais são: claraboia, claraboia tubular,
domo ou cúpula, shed, lanternim e dupla inclinação.
Claraboias são aberturas de iluminação natural
predominantemente horizontais na face da cobertura. Elas fornecem
níveis relativamente uniformes de iluminância pelo espaço e permitem o
uso das luzes do sol e do céu como iluminantes, embora o uso da luz do
sol deva ser evitado (ROBBINS, 1986). Esta estratégia carrega
desvantagens significativas considerando o comportamento térmico, por
que os ângulos solares de verão são maiores, portanto, o ganho de calor
no verão é maior que o ganho de calor no inverno. Para alguns casos, o
controle do brilho e distribuição da luz requer também o uso de vidros
difusores, perdendo muitos benefícios psicológicos da conexão visual
41

com o céu. O maior benefício das claraboias, no entanto, é que uma


grande quantidade de luz pode ser trazida para dentro da edificação com
uma mínima quantidade de área envidraçada (SCHILER, 1992). São
consideradas claraboias os sistemas completamente horizontais ou
levemente inclinados. As cúpulas ou domos são claraboias com uma
abóbada hemisférica ou esferoide na parte superior. Têm-se ainda as
claraboias tubulares que possuem tubos internos reflexivos que conduzem
a luz natural da cobertura até o ambiente a ser iluminado. Este sistema é
recomendado e utilizado em áreas que possuem coberturas distantes do
ambiente e/ou em retrofits de espaços existentes.

Figura 7 – Tipologias convencionais de zenitais, onde a abertura útil é


representada pela dimensão ‘d.

Sheds são aberturas com superfícies iluminantes verticais a 90º ou


inclinadas. A iluminação natural através de sheds fornece iluminâncias
uniformes por todo o espaço com pequenas variações nos padrões de
brilho. As configurações de altura, profundidade e espaçamento das séries
de sheds afetam o padrão de distribuição e a quantidade de luz natural no
espaço. Usualmente são posicionados voltados à direção com menor
insolação: sul no hemisfério sul e norte no hemisfério norte, permitindo
receber luz natural sem incidência direta de raios solares. Este tipo de
sistema fornece uma iluminação em torno de três quartos do valor obtido
com a mesma superfície iluminante sobre um teto horizontal, como as
claraboias, por exemplo (ROBBINS, 1986; SCHILER, 1992).
42

Lanternins são aberturas com superfícies iluminantes verticais a


90º ou inclinadas compostas por, no mínimo, duas faces opostas e
iluminantes. Estes são costumeiramente projetados com duas direções, no
entanto, podem também ser desenhados com vidros nas quatro faces da
saliência na cobertura, chamado de four-way lanternim (ROBBINS,
1986), ou ainda de forma circular. Para qualquer um deles, deve-se atentar
para o desenho correto das saliências sobre as superfícies de abertura
(SCHILER, 1992), evitando, quando possível, a incidência de radiação
solar direta dentro do ambiente.
Aberturas de iluminação de dupla inclinação são similares às
claraboias, com a diferença que o fechamento da abertura horizontal na
cobertura é composto por dois ou quatro planos inclinados adjacentes e
opostos, formando um triângulo ou uma pirâmide. Este sistema possui a
mesma eficiência das claraboias horizontais em termos do fluxo luminoso
útil sobre o plano de trabalho para uma mesma superfície iluminante
zenital. Da mesma forma que as claraboias, não deve ser utilizado com
grandes áreas de abertura com relação à projeção da área de cobertura ou
piso, devido ao maior ganho de calor e, portanto, problemas térmicos,
maior desconforto para o usuário, incremento do uso de condicionamento
de ar e, consequentemente, maior consumo de energia elétrica.

2.4 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA LUZ NATURAL

O estudo da iluminação nos projetos arquitetônicos deve ser


desenvolvido ainda na sua fase de concepção, visto que é ainda nesta fase
que é definida grande parte das variáveis relacionadas ao aproveitamento
da luz natural nos ambientes, como a orientação e o posicionamento do
edifício e a orientação e o tamanho das aberturas (LIMA e
CHRISTAKOU, 2007). Os instrumentos existentes para avaliar o projeto
de iluminação podem ser divididos em três categorias: através de modelos
em escala, ferramentas de projeto simplificadas ou através do uso de
ferramentas computacionais. Dentre elas, a simulação computacional tem
se provado atualmente uma eficiente ferramenta para estudar o
desempenho ambiental, tanto térmico, luminoso, acústico, energético etc,
já que permite avaliar os espaços por meio dos seus aspectos quantitativos
e qualitativos (LIMA e CHRISTAKOU, 2007). Os modelos
computacionais podem prever o comportamento da luz natural no interior
da edificação definindo um coeficiente de correlação entre a luz externa
disponível e a luz interna correspondente.
43

Para realização desse tipo de análise qualitativa e quantitativa


foram sendo criadas medidas de avaliação de desempenho da luz para
aferir as condições reais existentes.

2.4.1 Medidas de Avaliação

As medidas mais atuais de simulação do desempenho da luz


natural permitem avaliações dinâmicas denominadas Climate-based
daylight modelling (CBDM), que utilizam condições de sol e céu
derivadas de conjuntos de dados meteorológicos padrões. Este tipo de
simulação baseado no clima proporciona a previsão de valores de
iluminação mais próxima da realidade, variando conforme a localidade e
a orientação do ambiente de análise. Os dados são inseridos nas
simulações por meio de arquivos climáticos que são derivados das
condições prevalecentes medidas no local ao longo de um período de
tempo e estruturadas para representar as médias e intervalos de variação
em que normalmente ocorrem (MARDALJEVIC, 2015;
MARDALJEVIC, HESCHONG e LEE, 2009).

2.4.1.1 Medidas de Iluminâncias

Com relação à admissão e distribuição da luz natural, o Daylight


Autonomy (DA) é a medida de referência mais básica para análise de
iluminâncias. Ela fornece uma avaliação sintética de desempenho anual
baseada no clima local (ANDERSEN, GOCHENOUR e LOCKLEY,
2013) onde determina a porcentagem das horas ocupadas por ano em que
a iluminância no plano de análise atinge um valor previamente estipulado
apenas com a luz natural (JAKUBIEC e REINHART, 2011). A Figura 8
mostra um exemplo de mapa de iluminância utilizando Daylight
Autonomy (DA) para planos horizontais e verticais, onde é possível
observar a porcentagem de ocorrência de uma determinada quantidade de
iluminâncias com base em uma escala de cores, que vai do azul
representando 0% de tempo, ao amarelo representando 100% das horas
do ano.
Associadamente, há também a medida Spatial Daylight Autonomy
(sDA) que expressa a porcentagem da área de análise que alcança o nível
mínimo de iluminância anual para uma fração específica de horas de
operação. Em 2012, a Illuminating Engineering Society (IES) publicou
um guia (IES, 2012) em que recomenda valores de referência para
avaliações de sDA. Nele, os resultados que alcançam 75% ou mais de
sDA indicam espaços no qual a luz do dia é avaliada pelos ocupantes
44

como “favorável" ou “preferida", visto que estes seriam capazes de


trabalhar confortavelmente sem o uso de iluminação artificial. Enquanto
que, para que um espaço seja classificado como “neutro” ou
“nominalmente aceitável”, os valores de sDA devem permanecer entre
55% e 74%.

Figura 8 – Mapa de iluminância com Daylight Autonomy (DA) para


planos horizontais (a) e verticais (b).

Fonte: (ANDERSEN, GOCHENOUR e LOCKLEY, 2013).

No entanto, tanto as medidas de DA quanto as de sDA não


determinam limites superiores para avaliação da luz natural, sua avaliação
limita-se a um valor inferior mínimo, o que dificulta a identificação de
pontos com admissão excessiva de luz que pode estar gerando
desconforto ao usuário (NABIL e MARDALJEVIC, 2006). Neste caso, a
medida Useful Daylight Illuminances (UDI) é a que se apresenta mais
completa, pois estabelece limites úteis mínimos e máximos para admissão
de luz natural. O UDI resulta em três dados de desempenho: um inferior
de 100 lux, que identifica as áreas que estão recebendo pouca luz; um
superior de 2.000 lux, que detecta as áreas com excesso de luz natural; e
o intervalo útil em que o UDI alcança entre 100 lux e 2.000 lux. (NABIL
e MARDALJEVIC, 2005; NABIL e MARDALJEVIC, 2006). Os
resultados gráficos dos três dados de UDI podem ser verificados, por
exemplo, na Figura 9 que considerou o intervalo de análise de 300 a
2.000lux.
45

Figura 9 – Resultados gráficos de UDI


(a) UDI < 300 lux; (b) UDI entre 300-2.000lux; (c) UDI > 2.000 lux.
(a) (b)

(c)

Da mesma forma como para o DA, também pode-se avaliar a


medida UDI de forma espacial, utilizando o Spacial Useful Daylight
Illuminances (sUDI) a fim de buscar a porcentagem da área de análise
que alcança o nível de iluminância útil anual para uma fração específica
de horas de operação.
De forma resumida, deve-se ter claro que as medidas DA e UDI
avaliam a iluminação com relação ao tempo, enquanto as medidas sDA e
sUDI avaliam pela porcentagem de área do ambiente.
Como exemplo, na Figura 10, o primeiro e o segundo mapas
representam a porcentagem de horas em que cada quadrante alcançou ao
longo do ano, respectivamente, 300 lux ou mais (DA) e entre 100 e 2.000
lux (UDI).
46

Figura 10 – Mapas de iluminâncias de DA e UDI.

Fonte: (CARTANA, PEREIRA e MAYER, 2017).

Em 2012, a LM-83 (IES, 2012) introduziu uma nova medida,


denominada Annual Sunlight Exposure (ASE), para avaliação do
potencial desconforto visual de um ambiente a partir de dados de
iluminância. Essa medida considera a luz solar direta como potencial
fonte de desconforto visual, medindo a porcentagem da área que excede
um nível de iluminância de luz solar direta por um número determinado
de horas anuais, sem considerar a operação de dispositivos de
sombreamento.
As configurações recomendadas de ASE determinam que o
percentual da área de análise exposto a mais de 1.000 lux de luz solar
direta não deve exceder 250 horas por ano, considerando a inexistência
de dispositivos de sombreamento, para o mesmo período de análise que o
sDA e utilizando métodos de simulação comparáveis. Segundo as
pesquisas de apoio relatadas na LM-83, porcentagens excedentes de 10%
ou mais de área indicam haver conforto visual insatisfatório, 7% resultam
em ambientes neutros, enquanto 3% em ambientes claramente aceitáveis.
Apesar disso, a LM-83 informa que 250 horas de luz solar não se destinam
a um limite absoluto de tolerância, mas sim a um valor indicador útil que
pode ser usado para comparar o desempenho dos espaços. A porcentagem
resultante desta medida deve ser considerada como um valor relativo,
onde uma porcentagem de área iluminada menor deve ser entendida como
preferível, enquanto áreas progressivamente maiores devem ser mais
preocupantes.
A Figura 11 demonstra um exemplo de mapa gráfico resultante da
medida ASE: os quadrantes representados pela cor rosa excedem 250
horas anuais com iluminâncias maiores de 1.000 lux de luz solar direta,
enquanto os quadrantes brancos estão abaixo de 250 horas anuais.
47

Figura 11 – Resultado de Annual Sunlight Exposure.

Contudo, a introdução desta nova medida de avaliação ainda é


muito recente e a literatura atual indica uma necessidade iminente de
maior aprofundamento. A pesquisa de apoio não incluiu uma variedade
suficiente de padrões de penetração do sol por várias orientações, tipos de
espaço, tipos de dispositivos de sombreamento ou zonas climáticas para
entender completamente como as preferências dos ocupantes variam de
acordo com esses fatores. Mais informações e estudos são necessários
para entender melhor a faixa de tolerância à penetração da luz solar nos
espaços, bem como quais esforços são mais bem-sucedidos ou
malsucedidos em melhorar o conforto dos ocupantes. A IES reconhece
também que existem outras fontes de brilho que podem vir a causar
desconforto visual além da luz direta do sol e que não estão abrangidas
pela ASE.

2.4.1.2 Medidas de Luminâncias

Quanto às análises de brilho através de luminâncias, o Daylight


Glare Probability (DGP) é um dos índices mais atuais, desenvolvido para
quantificar a magnitude da probabilidade de ocorrência de perturbações
visuais nos usuários. O DGP é a avaliação de brilho que considera a
maioria dos fatores que contribuem para o desconforto visual. Seu
diferencial com relação às formas de avaliação anteriormente
desenvolvidas, está no acréscimo, dentro da sua equação, do cálculo da
iluminação vertical do ponto de visualização (Ev) e do ajuste empírico de
alguns parâmetros. Esta equação, que atualmente é a mais completa,
permite prever o desconforto visual em cenas extremamente brilhantes
mesmo sem um contraste visual significativo (JAKUBIEC e
REINHART, 2011).
48

Contudo, até o momento, não existem estudos para o cálculo do


DGP em ambientes desportivos, os estudos existentes provém de
avaliações subjetivas de usuários em ambientes de trabalho, como
escritórios e salas de pesquisa (WIENOLD e CHRISTOFFERSEN, 2006;
GOEDERT, 2017). No entanto, apesar de possuir fragilidades para
avaliação em ambientes desportivos, o DGP ainda é considerado o índice
com resultados mais plausíveis para qualquer contexto da luz natural
(JAKUBIEC e REINHART, 2011). Para todos os casos, os valores
resultantes possuem recomendações de análise conforme demonstrado na
Tabela 2, baseados em avaliações subjetivas de desconforto por brilho
(WIENOLD e CHRISTOFFERSEN, 2006).

Tabela 2 – Análise subjetiva da relação ofuscamento e índice DGP.


Escala de brilho Limite superior
Imperceptível 0,352
Perceptível 0,398
Desconfortável 0,448
Intolerável 0,590
Média 0,352
Fonte: (WIENOLD e CHRISTOFFERSEN, 2006).

O índice DGP pode ser obtido tanto por simulação computacional


como por medições no local de análise. Atualmente, para as medições in
loco é recomendada a técnica HDR (High Dynamic Range) com o auxílio
de uma câmera digital, que é um procedimento para obtenção dos dados
de luminância por meio de múltiplas fotografias tiradas em sequência com
diferentes níveis de exposição. O agrupamento das imagens em uma única
imagem HDR permite identificar os verdadeiros valores da cena através
dos pixels (DEBEVEC e MALIK, 2008). Essa técnica tem sido muito
utilizada por que reduz os erros e incertezas de medição, além do tempo
necessário se comparado às técnicas tradicionais (GOEDERT, 2017). No
entanto, ela só pode ser realizada em ambientes construídos, enquanto
que, para avaliação das luminâncias durante as fases projetuais, recorre-
se à simulação computacional. Dentre os softwares desenvolvidos,
destaca-se a medida Annual Glare obtida através do plugin de simulação
Diva for Rhino e que permite uma avaliação do índice DGP ao longo de
todo o ano, simulando as condições de conforto visual para uma direção
de visão específica do usuário. Com este plugin, é possível ainda alterar
o modo de visualização padrão para o tipo Cylindrical Panorama, a fim
de ampliar o campo visual de análise para capturar a direcionalidade do
49

brilho. A Figura 12 apresenta um exemplo de Annual Glare resultante


para uma determinada direção visual, onde as colunas do gráfico
representam os meses do ano e as linhas representam as horas do dia;
abaixo do gráfico encontra-se a legenda que utiliza cores para identificar
os resultados de DGP da escala de brilho criada por WIENOLD &
CHRISTOFFERSEN (2016).

Figura 12 – Resultado de Annual Glare do plugin Diva for Rhino.


MESES DO ANO
HORAS DO DIA

2.4.2 Normativas e Recomendações Técnicas Existentes

A Illuminating Engineering Society (IES) é uma organização


internacional sem fins lucrativos que desenvolve e publica padrões
aprovados pela American National Standards Institute (ANSI) para
promover uma uniformidade de informações com relação à iluminação.
É da IES o documento de referência mais importante na área de
iluminação, o The Lighting Handbook (IES, 2011), agora em sua 10ª
edição. Este guia, traz um capítulo específico para ambientes esportivos
e de recreação (Lighting for Sports and Recreation) onde trata
principalmente de recomendações de iluminação artificial, com poucas
indicações para projetos de luz natural. Para as recomendações de
iluminação de ambientes esportivos, a IES classifica a iluminação em
classes de competição, por que existe uma correlação entre o tamanho de
uma instalação e o nível de jogo. De uma forma geral, à medida que o
nível de agilidade aumenta, os jogadores e os espectadores exigem um
ambiente luminoso melhor e mais adequado. Por outro lado, um nível de
habilidade elevado atrai um maior número de espectadores,
consequentemente, à medida que o número de espectadores aumenta a
distância de visualização da superfície de jogo aumenta e há, portanto,
50

necessidade de aumentar a iluminância para ver os jogadores e as


atividades. Segundo a IES, de maneira geral, quatro são as classes que
devem ser consideradas:
o Classe I - Jogo de competição de 5.000 a 10.000 espectadores;
o Classe II - Jogo de competição com instalações para até 5.000
espectadores;
o Classe III - Jogo de competição com algumas instalações de
espectadores;
o Classe IV - Competição ou jogo recreativo (sem previsão de
espectadores).
Sendo esta pesquisa voltada para quadras poliesportivas
recreativas, segundo as classificações da IES, as recomendações adotadas
devem seguir a classe IV, se enquadrando na categoria de esportes aéreos
multidirecionais, em que os jogadores e os espectadores veem o objeto de
jogo de várias posições e ângulos de visão. Estes esportes exigem além
da correta iluminação horizontal ao nível do solo, uma iluminação vertical
crítica sobre o alto de toda a área de jogo. Devido à existência de mais de
uma modalidade esportiva em quadras poliesportivas, foram levantados
todos os valores recomendados para cada uma das modalidades
existentes, conforme apresentado na Tabela 3.
Entre as organizações internacionais, a Society of Light and
Lighting (SLL), parte integrante da Chartered Institution of Building
Services Engineers (CIBSE), também possui recomendações de
iluminação voltadas principalmente para projetos de iluminação artificial.
A CIBSE possui um guia específico para ambientes esportivos, o Lighting
Guide 4: Sports Lighting (CIBSE, 2006) onde, de forma geral, classifica
as modalidades desportivas em três classes:
o Classe I – Competições internacionais e nacionais; grande capacidade
de espectadores com longas distâncias de visão; treinamento
supervisionado de alto nível;
o Classe II – Competições de nível médio, clubes principais e
competições regionais, capacidade de espectadores média com
distância de visão média;
o Classe III – Competições de baixo nível, competições de clubes locais
ou pequenos, com número mínimo ou nenhum de espectadores,
ambientes para treinamento geral, esportes escolares e atividades
recreativas.
Para o caso de estudo desta pesquisa, as recomendações adotadas
devem seguir a classe III. Assim como a IES, a CIBSE também
recomenda valores por modalidade esportiva conforme apresentado na
Tabela 4.
51

Tabela 3 – Recomendações de Iluminância para Esportes pela IES.


Recomendações de Iluminância Média Mantida para os Planos (lux)
Planos horizontais
Planos verticais (Ev) Uniformidade dos
(Eh)
Planos sobre a área de
Idade visual dos Idade visual dos
cobertura
observadores observadores
CV
25 - 25 - Máx: %m
<25 >65 <25 >65 Máx
65 65 (1) Mín (2) (3)
Basquetebol
300 300 300 100 100 100 0.3 4:1 40%
(Classe IV)
Handebol
Esportes Indoor

(Classe III 500 500 500 150 150 150 0.25 4:1 40%
(4)
)
Futebol
500 500 500 50 50 50 0.3 4:1 40%
(Classe IV)
Voleibol
300 300 300 100 100 100 0.3 4:1 40%
(Classe IV)
(1) CVmáx = Coeficiente de Variação Máximo: Cálculo da proporção do desvio padrão para
os valores de iluminância sobre o valor médio de iluminância encontrado. É o método mais
apropriado para iluminação de instalações desportivas.
(2) Máx:Mín = Máximo ao Mínimo. É a proporção recomendada de iluminância máxima para
a iluminância mínima encontrada. Essa proporção é atribuída a situações em que muita
variação na iluminância é considerada indesejável.
(3) %m = Porcentagem de Média que define o Mínimo. Recomenda-se que deve ser mantida
uma iluminância mínima em toda a superfície de jogo, onde este mínimo deve ser uma fração
da iluminância média.
(4) A IES não recomenda valores para a classe IV, então foram considerados os valores da
Classe III.
* A altura dos planos horizontais foi considerada 3’ (polegadas) acima da superfície da
competição.
** Os índices de uniformidade são apenas para os planos horizontal.
Fonte: (IES, 2011).
52

Tabela 4 – Recomendações de Iluminância para Esportes pela CIBSE.


Recomendações de Iluminância Média Mantida para
os Planos (lux)
Planos Uniformidade
horizontais dos Planos Ra (1) GR (2)
Emédia (lux) Emin / Emédia
Basquetebol 20
200 0.5 55 (3)
(Classe III)
Futebol (Five-a- 20
Esportes Indoor*

200 0.5 -
side) (Classe III)
Futebol (Classe 20
75 0.5 55
III)
Handebol (Classe 20
200 0.5 -
III)
Voleibol (Classe 20
200 0.5 -
III)
(1) Ra = Índice de Reprodução de Cor Mínimo.
(2) GR = Índice de Brilho (Glare Rating).
(3) Somente para quadras externas.
* Os valores de refletância das laterais das quadras não devem ser superiores a 0,5
para paredes e 0,6-0,9 para tetos. Cores de fundo azul e verde são preferíveis.
** O nível de referência de iluminância horizontal é no nível do solo (Z = 0) e 1 (um)
metro acima do nível do solo para a iluminância vertical.
Fonte: (CIBSE, 2006).

Nesta última tabela, há referência do índice Ra, chamado Índice de


Reprodução de Cor Mínimo. Este índice é uma avaliação quantitativa do
grau de aproximação entre a cor psicofísica de um objeto iluminado pelo
iluminante de referência (ABNT NBR 5461 TB-23, 1991). É importante
tanto para o desempenho visual quanto para a sensação de conforto e bem-
estar para que as cores do ambiente, dos objetos e da pele humana sejam
reproduzidas natural e corretamente, de modo que façam com que as
pessoas tenham uma aparência atrativa e saudável (ABNT NBR ISO/CIE
8995-1, 2013). Nota-se que este é um índice criado e adotado para
projetos de iluminação artificial e não é utilizado para iluminação natural,
uma vez que a luz natural é usada como iluminante de referência para
correta reprodução das cores.
Já a classificação de brilho GR adotada pela CIBSE especificada
para determinar o maior grau de brilho sobre a superfície de jogo, deriva
da CIE 112:1994 (Glare Evaluation System for use within Outdoor Sports
and Area Lighting) que é específica para iluminação de esportes ao ar
livre, não sendo considerada para ambientes internos. Para este índice,
deve ser adotado o valor máximo obtido de brilho (Glare Rating) e quanto
menor o valor de GR, melhor será a restrição de brilho. A classificação
53

de brilho resultante é expressa entre 10 e 90 com interpretação conforme


a Tabela 5.

Tabela 5 – Índice de brilho pela CIBSE.


Índice de brilho - Glare Rating (GR) Interpretação
10 Imperceptível
30 Perceptível
50 Admissível
70 Desconfortável
90 Intolerável
Fonte: (CIBSE, 2006).

A CIBSE possui ainda uma publicação de 2012 que indica critérios


gerais de iluminação (CIBSE, 2012) para ginásios e ambientes esportivos
de construções educacionais, conforme valores indicados na Tabela 6.

Tabela 6 - Recomendações de Iluminância para Esportes pela CIBSE.


Recomendações de Iluminância Mantida
Ēm (lux) UGRL (1) Uo (2) Ra (3)
Salões esportivos, ginásios e
300 22 0.60 80
piscinas de natação
(1) UGRL = Unified Glare Rating Limit
(2) Uo = Uniformidade de iluminância mínima
(3) Ra = Índice de reprodução de cor mínimo
Fonte: (CIBSE, 2012).

O índice UGRL recomendado na tabela acima, é o valor máximo


permitido do nível de ofuscamento unificado para uma instalação. Este
índice é uma definição originada da CIE (International Commission of
Illumination), detalhado na CIE 117:1995 e recomendado para sistemas
de iluminação artificial, visto que seu cálculo considera índices e valores
específicos de luminárias e dados de iluminação artificial.
No campo das normas brasileiras que regulamentam e normalizam
a iluminação e o conforto visual, a ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013
possui o item Salas de Esportes, Ginásios e Piscinas, dentro da Seção de
Construções Educacionais (Tabela 7), onde recomenda valores de
iluminância mantida (Ēm) de 300 lux, UGRL (Unified Glare Rating
Limit) de 22, índices mínimos de reprodução de cores (Ra) de 80 e
observa que para instalações de acesso público, deve-se seguir as
recomendações da CIE 58:1983 e CIE 62:1984. Esta norma, no entanto,
além de observar recomendações de normas internacionais antigas, é
54

específica para iluminação em ambientes de trabalho, gerando


discordância de informações.

Tabela 7 - Recomendações para Construções Educacionais da ABNT


Tipo de ambiente, Ēm
UGRL Ra Observações
tarefa ou atividade (lux)
28. Construções educacionais
Para as instalações de
Salas de esportes,
300 22 80 acesso público, ver CIE
ginásios e piscinas
58:1983 e CIE 62:1984.
Fonte: (ABNT NBR ISO/CIE 8995-1, 2013).

Nas normativas brasileiras, pode-se citar ainda a ABNT NBR


5461:1991 que define todos os termos relacionados à iluminação e a
ABNT NBR 15215:2005 que é dividida em 4 partes, onde: a primeira
parte aborda os conceitos básicos e definições sobre a iluminação natural;
a segunda parte define os procedimentos de cálculo para a estimativa da
disponibilidade de luz natural; a terceira parte define o método gráfico
para estimar a iluminação nos ambientes; e a quarta parte prescreve
métodos para a verificação experimental das condições de iluminação
interna de edificações.
Para todas as recomendações normativas encontradas, os requisitos
numéricos de iluminação e uniformidade foram desenvolvidos e testados
nos campos por um longo período de tempo, porém os critérios
quantitativos foram desenvolvidos principalmente para projetos de
iluminação artificial, para satisfazer os requisitos dos jogadores e dos
espectadores, bem como para obter melhores resultados na transmissão
televisiva de jogos à noite. O estudo de recomendações para luz natural
em ambientes desportivos internos é, portanto, um campo em potencial.

2.4.3 Ferramentas computacionais

Como a luz do dia é uma fonte dinâmica a complexidade da


previsão do seu desempenho necessita de um método que possa avaliar
um espaço ao longo do tempo e com diversas posições do sol para
comunicar os impactos variáveis da luz e das sombras, e, por isso, como
consequência, os avanços para avaliação do seu desempenho por meio de
softwares de simulação computacionais se multiplicaram nas últimas
décadas. A simulação computacional passou a ser uma poderosa
55

ferramenta que permite avaliar o projeto em diversos aspectos, inclusive


prever os impactos das decisões projetuais logo nas primeiras fases.
Introduzido em 1994 por Greg Ward no Lawrence Berkeley
National Laboratory (LBNL) (RADSITE, 2013), o Radiance é um dos
softwares de simulação de iluminação mais relevantes na literatura e que
é utilizado também como base para diversos outros softwares de
simulação. É uma ferramenta baseada em linha de comando que requer
um alto conhecimento, pois permite total controle sobre todos os
parâmetros inseridos dentro da simulação. Este tipo de simulação utiliza
técnicas de raytracing para calcular valores de radiação, isto é, calcula a
quantidade de luz que passa por um ponto específico em uma direção
específica; tendo sido diversas vezes validado, apresentando resultados
de alta precisão quando combinado com o modelo de céu de Perez
(REINHART e WALKENHORST, 2001; REINHART e ANDERSEN,
2006; MARDALJEVIC, 1995; RADSITE, 2013). Além disso, seus
resultados podem ser apresentados tanto como imagens como através de
dados numéricos.
Um plug-in do software de modelagem Rhinoceros que usa o
Radiance como base de cálculo é o Diva (Design Iterate Validate Adapt),
desenvolvido entre 2009 e 2011 pela Graduate School of Design of
Harvard University e administrado atualmente pela Solemma LLC. Outra
ferramenta de simulação que também utiliza o Radiance, é o plugin de
edição de algoritmos gráficos e modelagem paramétrica Grasshopper que
também funciona integrado ao software de modelagem Rhinoceros. A
vantagem de utilização destes plug-ins se dá pela facilidade de
manipulação das ferramentas de simulação através de interfaces de
usuário mais amigáveis e simples se comparadas à base original do
Radiance.

2.5 ESTUDOS RELACIONADOS COM AMBIENTES


ESPORTIVOS

Pesquisas foram desenvolvidas ao longo dos anos na busca por


avaliar se os índices recomendados pelas normas internacionais podem
ser devidamente aplicados aos ambientes esportivos. Uma destas
pesquisas (KWAN, 2009) avaliou os resultados anuais de simulação de
luz natural utilizando Daylight Autonomy em trinta e um ginásios
esportivos, com o objetivo de propor uma nova forma de avaliação para
os níveis de autonomia de luz natural neste tipo de instalação interna. A
Figura 13 mostra como exemplo o resultado obtido nesta pesquisa
em uma das instalações analisadas: logo acima está o nome do arquivo
56

(filename); a localização do ginásio (location) em Syracuse, NY, USA; o


arquivo climático utilizado (weather data) do aeroporto de Syracuse, NY;
as condições do céu no momento de medição (climate) como sendo
encoberto/nublado (cloudy); informa também o uso do ginásio (use) como
sendo de uma escola de ensino médio; informa que este possui a extensão
(grid extent) de duas quadras de basquetebol; a estratégia de iluminação
natural adotada (daylight strategy) se dá por aberturas em 2 paredes
laterais e 8 zenitais de iluminação; e a classificação (class) em que se
enquadra pelas normas é a III, onde deve alcançar o mínimo de 500 lux e
índice de uniformidade (UR) máximo menor ou igual a 3.0. Abaixo
seguem as imagens do ambiente de análise e na sequência os resultados
gráficos encontrados.
Nos trinta e um ginásios esportivos analisados, os resultados
demonstraram que os melhores dados de uniformidade da luz acontecem
com aberturas contínuas em fita próximas ao telhado ou na cobertura. Em
espaços profundos em que a luz do dia não consegue penetrar muito
longe, adicionar sistemas de aberturas zenitais demonstrou ser a
alternativa mais coerente para aumentar as iluminâncias gerais e melhorar
as distribuições de luz. O estudo demostrou também que paredes
envidraçadas e janelas laterais sem persianas ou fechamentos aumentam
a autonomia de luz natural de uma forma geral, mas apresentam extrema
irregularidade na distribuição da luz (KWAN, 2009).
De forma geral, os resultados deste estudo demostraram que o
padrão de iluminação da IES, combinado com medições dinâmicas
baseadas no clima, é capaz de descrever pelo menos dois aspectos da
qualidade da iluminação do espaço interno: adequação e uniformidade
ambiente.
Outro estudo realizado por pesquisadores japoneses
(KAWAKAMI, KOHKO e UOZUMI, 1999) investigou se o sistema de
avaliação de brilho para instalações desportivas ao ar livre recomendado
pela CIE 112:1994 poderia ser aplicado em instalações desportivas
internas. As recomendações presentes nessa normativa eram baseadas em
um método apresentado na CIE 20 (VAN BOMMEL, TEKELENBURG
e FISCHER, 1983), onde foram realizadas avaliações de percepções de
brilho em 140 campos ao ar livre na Holanda. Estas medições levantaram
valores de iluminâncias horizontais, que variaram de 50 a 1.500 lux, e
luminâncias de reflexões de velamento equivalente de todos os campos,
que derivaram uma fórmula empírica para obter o fator de brilho (Glare
Fator - GF) dos dados. A CIE 112:1994 converte esse fator de brilho (GF)
em relação de brilho (Glare Ratio - GR).
57

Os autores concluíram no estudo que a fórmula de cálculo de brilho


(GR) demonstrou-se universal e aplicável às instalações internas sem
qualquer modificação, como demonstra o gráfico comparativo resultante
(Figura 14).

Figura 13 – Resultados de DA de um ginásio em Syracuse (USA).

Fonte: (KWAN, 2009).


58

Figura 14 – Resultado comparativo das avaliações de brilho.

Fonte: (KAWAKAMI, KOHKO e UOZUMI, 1999).

2.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS DA REVISÃO


BIBLIOGRÁFICA

Para projeto de iluminação natural a localização de aberturas


possui critérios diferentes da localização de luminárias em projeto de
iluminação artificial, no entanto, há uma série de questões que podem ser
bastante semelhantes. Uma parede totalmente envidraçada, por exemplo,
poderia aumentar a incidência de luz natural dentro de um ginásio, mas
se as arquibancadas estiverem orientadas para ela, os espectadores
provavelmente estariam vendo um plano de fundo magnífico, ao mesmo
tempo que estariam vendo somente as silhuetas dos jogadores. O brilho
causado pode ser uma fonte de desconforto visual e está fortemente
relacionado à linha de visão e às percepções visuais do usuário. As
recomendações de iluminação atuais reconhecem a dificuldade e
inadequação na avaliação quantitativa do desconforto para o esporte, pois
as atividades por si só, em geral, envolvem um grande número de direções
visuais, tanto do ponto de vista dos jogadores quanto dos espectadores.
Estas recomendações buscam fornecer diretrizes qualitativas para evitar
o brilho direto, localizando as luminárias ou fontes de luz longe da linha
de visão normal, que, igualmente, são recomendações pertinentes também
para as condições de luz natural.
Como a luz do dia é uma fonte dinâmica, a complexidade da
previsão do seu desempenho necessita de um método que possa avaliar
um espaço ao longo do tempo e com diversas posições do sol para prever
os impactos da luz e das sombras, e, por isso, a simulação computacional
59

passou a ser uma poderosa ferramenta de avaliação, possibilitando prever


os impactos das decisões projetuais antes de sua execução. Estas
ferramentas computacionais passaram a ser comumente utilizadas para
avaliar o risco de iluminação e brilho, no entanto, para avaliações de
simulação dinâmica ainda existem poucos métodos bem estabelecidos
que avaliam os aspectos perceptivos da composição da luz do dia e seus
efeitos potenciais nos projetos arquitetônicos (ROCKCASTLE,
AMUNDADOTTIR e ANDERSEN, 2016).
Logo, considerando a importância da avaliação do conforto
luminoso citada por diversos autores e o reduzido número de estudos
realizados em instalações desportivas, propôs-se desenvolver a presente
dissertação a partir de simulações de cenários específicos de ambientes
desportivos. O método desenvolvido serve como contribuição para esse
campo de forma a complementar as pesquisas existentes. A busca por
respostas arquitetônicas concordantes serve ainda como orientação inicial
no processo de desenvolvimento de projetos com uso da luz natural.
60
61

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Neste capítulo estão apresentados os procedimentos


metodológicos desta pesquisa que tem como objetivo avaliar os sistemas
zenitais de iluminação natural em quadras poliesportivas fechadas
buscando o melhor aproveitamento da luz natural. A distribuição e a
tipologia dos sistemas são analisadas com base no comportamento
luminoso e na probabilidade de ocorrência de perturbações visuais.
O método divide-se em três etapas descritas a seguir e
esquematizadas na Figura 15, sendo: levantamento e identificação de
padrões construtivos, definição e criação do modelo-base e definição de
diretrizes para simulação computacional.
62

Figura 15 - Esquema geral dos procedimentos metodológicos.


63

3.1 IDENTIFICAÇÃO DE PADRÕES CONSTRUTIVOS

Devido à grande quantidade de instalações desportivas construídas


no Brasil, optou-se por verificar a possibilidade de existência de padrões
construtivos em quadras poliesportivas fechadas. A identificação dessas
características teve como objetivo auxiliar na criação de um modelo
padrão efetivo para a realização das simulações e análises.
A fim de viabilizar essa etapa, foi adotada a cidade de
Florianópolis (SC) como referência, onde, por meio de pesquisa
documental, foram identificadas 74 quadras poliesportivas fechadas
instaladas em instituições de ensino municipais, estaduais, federais e
privadas, além de outras instituições esportivas públicas e privadas.
A pesquisa documental ocorreu principalmente por meio da
investigação de informações digitais disponíveis na internet. As
instituições escolares foram levantadas a partir da base de dados do
Cadastro de Unidade Escolar disponível no Portal da Educação (SED/SC,
2018) e por meio de investigações fotográficas das quadras poliesportivas
existentes.
Após a pesquisa documental foram realizadas visitas a campo em
algumas instalações de interesse, onde foram realizadas coletas de dados,
medições e registros fotográficos. As principais características coletadas
foram:
o Dimensões gerais da quadra poliesportiva (largura e comprimento);
o Dimensões gerais do ambiente (largura, comprimento e pé-direito);
o Existência de arquibancadas e dimensões gerais para cálculo da
capacidade (largura, comprimento e pé-direito);
o Principais materiais e acabamentos internos das paredes, pisos e
tetos;
o Quantidade total, tipologia e localização das aberturas de iluminação;
o Existência de aberturas zenitais;
o Outras informações construtivas relevantes ao estudo.
Além das características construtivas, também foram levantadas
informações gerais de utilização do espaço, como:
o Turnos do dia e dias da semana, para identificação da frequência de
uso;
o Modalidades esportivas mais frequentes;
o Público-alvo;
o Frequência de uso da iluminação artificial durante o período diurno.
64

3.2 DEFINIÇÃO E CRIAÇÃO DO MODELO-BASE

3.2.1 Modelo-base tridimensional

Para realizar simulações computacionais com diferentes sistemas


zenitais foi adotado um modelo padrão de quadra poliesportiva. As
características físicas deste modelo-base se basearam nos resultados
encontrados nas medições e levantamentos descritos na etapa 3.1.
Devido à variabilidade dos tamanhos de quadra poliesportiva, o
tamanho padrão da quadra foi definido com base nas dimensões oficiais
da Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS, 2018) por ser a
quadra de futsal a que possui a maior dimensão dentre as modalidades
esportivas presentes (handebol, voleibol, basquetebol etc). Segundo a
CBFS, a quadra oficial deve possuir 40 metros de comprimento por 20
metros de largura com área de escape de no mínimo 1,50 metros.
As demais características como pés-direitos, afastamentos laterais
de circulação, altura, largura e quantidade de arquibancadas, entre outros,
foram resultantes dos valores médios identificados nos levantamentos
realizados.
Intencionalmente, este trabalho visa avaliar somente a iluminação
natural zenital buscando a melhor uniformidade na distribuição da luz
pelo espaço, por isso não foram consideradas aberturas laterais
associadas, visto que estas demandariam um estudo aprofundado das
diferentes possibilidades de tipologias, alturas, peitoris etc.
O modelo-base utilizado para as simulações foi elaborado pelo
plugin de edição de algoritmos gráficos e modelagem paramétrica
Grasshopper integrado às ferramentas de modelagem 3D do software
Rhinoceros.

3.2.2 Características dos materiais internos – Refletâncias

A refletância, a transmitância, a especularidade e a difusão são


características das superfícies que se relacionam diretamente com a
luminância (GODOY, FONSECA e VARGAS, 2004), já que o modo
como a luz interage com uma superfície é definido com base nos
materiais, suas texturas e cores. As luminâncias são determinadas pela
refletância dos materiais e pela quantidade de luz (iluminância) que chega
até eles. Portanto, as características de todas as superfícies são
importantes para determinar os efeitos da distribuição da iluminação no
ambiente interno.
65

A escolha das características visuais dos materiais do modelo-base


embasou-se nos resultados encontrados nas medições e levantamentos
descritos na etapa 3.1, levando em consideração a distribuição equilibrada
das luminâncias de acordo com as recomendações existentes, onde tetos
devem possuir refletâncias de 70 a 90% ou mais, paredes de 50 a 60% ou
mais e pisos de 20% ou mais (IES, 2011).

3.3 DEFINIÇÃO DAS DIRETRIZES PARA SIMULAÇÃO


COMPUTACIONAL

3.3.1 Localização e Orientação geográfica

Sabendo-se que a variação de latitude e longitude difere nos níveis


de radiação solar incidente em um ambiente, foi definida para simulação
a cidade de Florianópolis (SC) que possui latitude de 27º sul e longitude
48º oeste.
Quando relevante, de acordo com a tipologia de sistema zenital,
também foram realizadas simulações para diferentes orientações solares,
a fim de avaliar o efeito do comportamento luminoso para cada uma delas.
Nestes casos, foram adotadas quatro orientações solares: norte, sul, leste
e oeste.
Em vista disso, destaca-se a importância da correta inserção dos
dados climáticos de entrada nas simulações através do arquivo climático.
Para todas as simulações realizadas, a fim de obter maior confiabilidade
nos resultados, definiu-se a utilização do arquivo climático de formato
*.epw da base de dados SWERA (Solar and Wind Energy Resource
Assessment). A escolha desta base baseou-se na sua adequabilidade, visto
que o arquivo climático SWERA foi o que apresentou as menores
variações entre os dados de irradiância e os dados presentes no Atlas
Solarimétrico de pesquisas já realizadas (FONSECA, FERNANDES e
PEREIRA, 2017; SCHELLER, SORGATO, et al., 2015).

3.3.2 Sistemas Zenitais

Nesta etapa foram definidas as variações e as tipologias de


sistemas zenitais simulados e analisados. Dentre as tipologias existentes
foram adotados três sistemas para estudo, sendo: claraboias, sheds e
lanternins.
A fim de verificar a influencia na distribuição da luz natural interna
para cada uma das tipologias, foram adotados dois critérios primordiais:
a porcentagem de área de abertura da cobertura e o posicionamento das
66

aberturas. A porcentagem de área de abertura é importante por que


possibilita avaliar de forma comparativa os diferentes sistemas zenitais,
enquanto o posicionamento das aberturas influencia na forma de
distribuição da luz pelo espaço.
Aos valores percentuais de área de abertura da cobertura
atribuímos a denominação fator de abertura. Estes fatores foram
calculados considerando a área total da cobertura e as dimensões variáveis
das aberturas zenitais. A Figura 16Figura 17 exemplifica um modelo com
os diferentes sistemas zenitais para o mesmo fator de abertura, onde a área
de abertura está representada pela cor vermelha.

Figura 16 – Modelo-base com os sistemas zenitais e o mesmo fator de


abertura
(1) claraboia, (2) shed e (3) lanternim.
(1) (2)

(3)

Para isso, foram definidos os critérios de variação e


dimensionamento de cada tipologia de sistema zenital a fim de manter o
mesmo fator de abertura para as análises comparativas, conforme
demonstra a Figura 17, em que ‘x’ representa a largura útil de abertura.
O objetivo de analisar a variação da largura útil, variando o fator
de abertura, é verificar como esse aumento ou diminuição influencia na
distribuição da luz interna para cada um dos sistemas.
67

Figura 17 – Critérios de variação para cada sistema zenital.

Para a determinação de valores padrões para os fatores de abertura,


foi adotado o sistema zenital do tipo claraboia como referência,
considerando 04 zenitais transversais com 04 larguras úteis de abertura
diferentes: 0,50; 1,00; 1,50; e 2,00 metros, conforme representado pela
Figura 18. Portanto, através destas larguras de referência foram
calculados os fatores de abertura resultantes para serem adotados em
todas as tipologias de sistemas zenitais, conforme Tabela 8 e Equação 1.
68

Figura 18 – Referência de distribuição das claraboias para o cálculo do


fator de abertura.

Tabela 8 – Cálculo de referência dos fatores de abertura.


Largura da claraboia 0,50m 1,00m 1,50m 2,00m Cobertura
(x) total
Área (m²) 68 136 204 272 1.581
Fator de abertura (%) 4,3 8,6 12,9 17,2 100

Equação 1 – Cálculo do fator de abertura


( x . n ) . 34
Fator de abertura = . 100 [%]
1.581

A seguir, na Figura 19, estão exemplificadas as variações de


distribuição e quantidade de zenitais para cada um dos fatores de abertura
definidos. De forma resumida, foram definidas três tipologias de sistemas
zenitais com quatro variações no fator de abertura, onde as zenitais foram
dispostas longitudinal ou transversalmente na cobertura, em quantidades
de uma até cinco vezes.
69

Figura 19 - Critérios de variação por disposição, quantidade e fator de


abertura.
70

3.3.3 Parâmetros de Avaliação

Para analisar o comportamento luminoso dos sistemas zenitais e


seus efeitos nos usuários, foram utilizadas medidas dinâmicas de
verificação das iluminâncias e das luminâncias.

3.3.3.1 Medidas dinâmicas de Iluminâncias

Na primeira etapa de avaliação dos sistemas zenitais foram


simuladas as iluminâncias, buscando alcançar os valores recomendados
pelas organizações internacionais. As iluminâncias foram simuladas com
uso da medida dinâmica sUDI (Spatial Useful Daylight Illuminances)
avaliando a porcentagem da área de iluminação dentro do intervalo
mínimo de 300 lux e máximo de 2.000 lux, pela fração de horas de
operação das quadras poliesportivas definido das 08 às 18 horas todos os
dias da semana. Para este estudo, a utilização desta medida se apresentou
ser mais completa, pois permitiu estabelecer limites úteis para admissão
de luz natural, identificando um limite superior de iluminação que detecta
as áreas com excesso de luz natural dentro no ambiente.
Para fins de estudo, este trabalho considerou como critério de
avaliação para os resultados de sUDI[300-2.000lux,50%h] que, para o
ambiente analisado ser considerado como “neutro” ou “nominalmente
aceitável”, ele deve ter pelo menos 50% da área com iluminação natural
dentro do intervalo de 300-2.000lux,50%h ao longo do ano para as horas
de operação determinadas.
Para gerar os resultados da medida sUDI, foram realizadas
simulações computacionais da métrica UDI pelo plugin de edição de
algoritmos gráficos e modelagem paramétrica Grasshopper utilizando o
Diva for Grasshopper, ambos integrados às ferramentas de modelagem
3D do software Rhinoceros, e as análises espaciais para cálculo da área
(sUDI) foram realizadas com o software editor de planilhas Excel através
dos dados numéricos resultantes após a simulação.
Nos resultados das simulações da medida UDI feitas pelo plugin
Diva for Grasshopper, também foi possível auferir dois dados
interessantes para este estudo: a média de valores de iluminância que
estiveram abaixo da iluminância mínima de 300 lux (Average Useful
Daylight Illuminances under 300 lux - UDI[<300lux]) e média de valores
que estiveram acima da iluminância máxima de 2.000 lux (Average
Useful Daylight Illuminances over 2.000 lux - UDI[>2.000lux]). Ou seja,
através destes dois dados, é possível compreender também se o ambiente
71

está recebendo muita luz excessiva ou está recebendo luz insuficiente


quando não está atendendo a iluminação útil UDI[300-2.000lux,50%h].
Na segunda etapa de avaliação dos sistemas zenitais foram
analisados os resultados da medida dinâmica ASE (Annual Sunlight
Exposure), com o intuito de auxiliar na investigação do potencial de
desconforto visual de cada uma das tipologias. Os resultados dessa etapa
determinaram a porcentagem do ambiente que excedeu 1.000 lux de luz
solar direta por mais de 250 horas anuais, dentro do período de operação
definido das 08 às 18 horas.
Neste estudo, como critério de avaliação para os resultados de
ASE, para um ambiente ser considerado como tendo conforto visual
insatisfatório, considerou-se ampliar a porcentagem máxima da área
recomendada pela LM-83 (IES, 2012) de 10% para 30%, a fim de avaliar
se valores maiores também podem estar associados à perturbações
visuais, visto que esta recomendação da IES ainda não inclui uma
variedade suficiente de estudos para entender melhor as faixas de
tolerância nos espaços.
Os dados obtidos de ASE foram resultantes das simulações
realizadas na primeira etapa pelo plugin Diva for Grasshopper.
Para todas as análises de iluminância foram definidos pontos de
medição dentro do ambiente de metro a metro e os parâmetros do
Radiance foram ajustados conforme as necessidades determinadas. Os
parâmetros ajustados podem ser observados na Tabela 9.

Tabela 9 – Parâmetros Radiance para simulações de iluminâncias.


Parâmetros Código Valor utilizado
Ambient accuracy -aa 0.2
Ambient bounces -ab 7
Ambient divisions -ad 1024
Ambient resolution -ar 256
Ambient super-samp. -as 256
Direct jitter -dj 0
Direct relays -dr 2
Direct sampling -ds 0.2
Max. ray reflections -lr 6
Min. ray reflections -lw 0.004
Specular threshold -st 0.15
Specular sampling -ss 1
72

3.3.3.2 Distribuição das Luminâncias

Na terceira etapa de avaliação foram simuladas as luminâncias dos


sistemas zenitais que atenderam aos requisitos das duas etapas anteriores
de avaliação das iluminâncias: sUDI[300-2.000lux,50%h] ≥ 50% área da
área e ASE[1.000lux,250h] ≤ 30% da área.
Esse estudo das luminâncias visa avaliar a probabilidade de
ocorrência de perturbações visuais aos desportistas em posições e
direções visuais determinadas. Como em quadras poliesportivas o usuário
é dinâmico e permanece em constante movimento, foram definidas mais
de uma posição de análise dentro do ambiente para aproximação do
aspecto dinâmico.
As avaliações de luminâncias foram realizadas com a ferramenta
Annual Glare que está incluída no Radiance e calcula todas as variáveis
para obtenção do índice DGP (Daylight Glare Probability). Este índice é
considerado atualmente um dos mais plausíveis e próximos da realidade
de percepção visual dos usuários para condições de luz natural
(JAKUBIEC e REINHART, 2011; GOEDERT, 2017).
As simulações da ferramenta Annual Glare e do índice DGP foram
realizadas pelo plugin Diva for Rhino, integrado às ferramentas de
modelagem 3D do software Rhinoceros.
Para as simulações de luminâncias os parâmetros do Radiance
foram ajustados conforme as necessidades determinadas, o que permitiu
ajustar também o modo de visualização para o tipo Cylindrical
Panorama, ampliando o campo visual para capturar a direcionalidade do
brilho. Os parâmetros ajustados podem ser observados na Tabela 10.

Tabela 10 - Parâmetros do Radiance para simulações de luminâncias.


Parâmetros Código Valor utilizado
Ambient accuracy -aa 0.2
Ambient bounces -ab 7
Ambient divisions -ad 1024
Ambient resolution -ar 256
Ambient super-samp. -as 256
View type -vt c
View vertical size -vv 150
View horizontal size -vh 360

De forma sintética, as etapas de avaliação aplicadas a todos os


sistemas zenitais estudados encontram-se resumidas na Figura 20.
73

Figura 20 – Síntese esquemática das etapas de avaliação


74

3.4 SÍNTESE METODOLÓGICA

A metodologia apresentada se compõe de etapas com diferentes


procedimentos, visando obter todas as informações necessárias para
correlação dos dados. De forma resumida, estão organizados na Tabela
11 os objetivos da pesquisa, os procedimentos metodológicos e os
softwares utilizados.

Tabela 11 – Esquema de desenvolvimento dos objetivos.

Objetivo Geral
Avaliar o aproveitamento da luz natural em quadras poliesportivas fechadas na
cidade de Florianópolis (SC) com base na disponibilidade da luz e na
probabilidade de ocorrência de perturbações visuais nos usuários, utilizando
sistemas de iluminação zenitais
75

Parâmetros
Objetivos Específicos Método Softwares
de análise
Pesquisa documental
Levantar o contexto de quadras
e visitas a campo
poliesportivas fechadas em
para coletas de
Florianópolis (SC) a fim de
dados, medições e
identificar padrões construtivos;
registros fotográficos
Definir e criar um modelo-base Modelagem Grasshopper
representativo para simulação; tridimensional Rhinoceros
Avaliar o comportamento
luminoso de diferentes sistemas
sUDI
zenitais de iluminação natural
(Spatial Grasshopper
com base na disponibilidade de Simulação
Useful Diva
luz determinada pela orientação computacional
Daylight Rhinoceros
geográfica e coordenadas
Illuminance)
geográficas (latitude e
longitude);
ASE (Annual
Avaliar por meio de simulação
Sunlight
computacional os efeitos da
Exposure) Grasshopper
distribuição das luminâncias e a Simulação
DGP Diva
probabilidade de ocorrência de computacional
(Daylight Rhinoceros
perturbações visuais nos
Glare
desportistas;
Probability)
Ponderação dos
Realizar análise combinada para resultados
caracterizar os padrões de encontrados do
sistemas zenitais de iluminação comportamento
natural adequados à redução da luminoso e dos
probabilidade de ofuscamento e efeitos da
ao melhor aproveitamento da distribuição das
luz natural disponível. luminâncias.
76
77

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Neste capítulo são expostos os resultados obtidos com a aplicação


da metodologia proposta e analisados de acordo com os valores
ponderados de iluminância e luminância encontrados. Posteriormente às
analises serão feitas as considerações finais dos resultados.

4.1 PADRÕES CONSTRUTIVOS

De forma resumida, a Tabela 12 sintetiza as características


resultantes dos levantamentos realizados para a verificação da
possibilidade de existência de padrões construtivos em quadras
poliesportivas fechadas. O Apêndice A apresenta os dados levantados
para todas as quadras encontradas na cidade de Florianópolis (SC). A
identificação dessas características teve como objetivo auxiliar na criação
de um modelo padrão efetivo para a realização das simulações e análises.
Pelos resultados encontrados é possível perceber que, das quadras
poliesportivas fechadas existentes, 53% possuem aberturas zenitais, onde,
destas, 79% das instalações adotaram aberturas zenitais do tipo claraboia.
Percebe-se ainda que existem dois tipos de cobertura predominantes:
coberturas de duas águas com 47% de predominância e coberturas curvas
com 45%. Quanto à existência de arquibancadas, 51% das instalações
comportam arquibancadas de pequeno, médio ou grande público.
78

Tabela 12 – Resultado do levantamento de padrões construtivos das


quadras poliesportivas fechadas de Florianópolis, SC.
79

Tabela 12 (Continuação) - Resultado do levantamento de padrões


construtivos das quadras poliesportivas fechadas de Florianópolis, SC.
80

Tabela 12 (Continuação) - Resultado do levantamento de padrões


construtivos das quadras poliesportivas fechadas de Florianópolis, SC.
81

Tabela 12 (Continuação) - Resultado do levantamento de padrões


construtivos das quadras poliesportivas fechadas de Florianópolis, SC.
82

4.2 MODELO-BASE TRIDIMENSIONAL

Para realização das simulações computacionais com diferentes


sistemas zenitais, foi adotado um modelo padrão de quadra poliesportiva
baseado nos resultados encontrados nas medições e levantamentos
realizados. Os resultados demonstraram que das 74 quadras levantadas,
51% (38 quadras) apresentaram aberturas zenitais, onde destas 82% eram
compostas de zenitais do tipo claraboia. Além disso, 47% (35 quadras)
possuíam cobertura de duas águas e 57% possuíam arquibancadas. As
Figura 21, 22 e 23 representam de forma simplificada o modelo-base
resultante.

Figura 21 – Planta baixa do modelo-base de quadra poliesportiva.


83

Figura 22 – Corte esquemático modelo-base de quadra poliesportiva

Figura 23 – Modelo-base tridimensional de quadra poliesportiva.

Levando-se em consideração os materiais e acabamentos


encontrados nas medições e levantamentos realizados, a Tabela 13
apresenta quais características foram adotadas para as simulações. Posto
isto, assume-se que a refletância do teto adotado para as análises está
abaixo dos 70% recomendados, visto que este tipo de cobertura, em telha
de aço galvanizado natural aparente, correspondeu a 85,1% dos resultados
encontrados nas quadras analisadas.
84

Tabela 13 – Características padrões adotadas para o modelo-base.


Superfície Material ou Acabamento Refletância*
Teto Telha de aço galvanizado natural 65%
aparente
Parede Reboco pintado na cor branca gelo ou 55%
palha (bege claro)
Piso Piso de concreto com revestimento 30%
epóxi na cor azul

Superfície Material ou Acabamento Transmitância*


Vidro Vidro comum 88%
* Valores de refletância e transmitância derivados dos materiais e cores de
referência (IES, 2011; IES, 2012; PEREIRA e SOUZA, 2005; CASTRO,
LABAKI, et al., 2001; FERREIRA e PRADO, 2003; AKUTSU e VITTORINO,
1999).

4.3 PONTOS DE ANÁLISE DE LUMINÂNCIAS

Como em quadras poliesportivas o usuário é dinâmico e permanece


em constante movimento, foram definidas várias posições de análise
dentro do ambiente para aproximação do aspecto dinâmico. Ao todo
definiram-se 17 pontos para análise, conforme indicado pela Figura 24,
dos quais 13 estão localizados dentro da quadra poliesportiva,
configurados a 1,70m de altura, considerando a altura média de um
jogador em pé; e 4 pontos estão localizados nas arquibancadas,
configurados também a 1,70m de altura com relação ao nível da quadra,
indicando a altura aproximada de um espectador sentado na arquibancada,
conforme indicado pela Figura 25. A nomenclatura dos pontos de análise
foi determinada pela malha indicada, onde cada ponto de análise possui
também a representação de uma seta indicando a direção de visão
considerada neste estudo. Cada uma das direções pode ser observada de
forma representativa e tridimensional na Figura 26.
85

Figura 24 – Pontos de análise de luminâncias.

Figura 25 – Corte esquemático com pontos de análise de luminâncias.


86

Figura 26 – Visualização tridimensional representativa das direções


visuais de cada posição de análise.
(1) A2 (2) A4

(3) A6 (4) B1

(5) B3 (6) B5

(7) B7 (8) C2

(9) C4a (10) C4b

(11) C6 (12) D1
87

(13) D3 (14) D5

(15) D7 (16) E2

(17) E4 (18) E6

4.4 MEDIDAS DE AVALIAÇÃO

4.4.1 Disponibilidade de luz natural: Iluminâncias

Os resultados das iluminâncias foram separados por fator de


abertura para possibilitar a compreensão e avaliação comparativa entre os
diferentes sistemas zenitais estudados. Nos resultados apresentados é
importante compreender que os valores de sUDI[300-2.000lux,50%h] e
ASE[1.000lux,250h] estão relacionados à análise da área de iluminação e
são parte integrante das etapas de avaliação descritas na metodologia,
enquanto os dados de UDI[<300lux] e UDI[>2.000lux] estão
relacionados ao tempo médio de ocorrência das iluminâncias e servem de
auxílio para compreensão de iluminações insatisfatórias ou excessivas
ocorrendo no ambiente ao longo do ano.
Para facilitar a compreensão da orientação geográfica dos
resultados gráficos de cada sistema, deve-se ter claro que a orientação
norte estará sempre voltada para cima, portanto, o modelo sofrerá rotação
para cada orientação, como indicado na Figura 27.
88

Figura 27 – Representação da orientação geográfica dos sistemas.

4.4.1.1 Fator de abertura 4,3%

A tipologia de sistema zenital claraboia obteve os resultados


apresentados na Tabela 14 para o fator de abertura 4,3%.
O código de cada uma das simulações representa de forma sintética
a descrição dos sistemas, onde: F indica o fator de abertura; Z indica o
tipo de sistema zenital, sendo Z1 claraboia, Z2 shed e Z3 lanternim; L ou
T indicam a disposição longitudinal ou transversal dos sistemas na
cobertura seguido do número de sistemas presentes na cobertura; e N, S,
L e O indicam as orientações geográficas dos sistemas, norte, sul, leste e
oeste respectivamente. Como exemplo, o código F4.3-Z1-L1-NS
descreve um sistema com fator de abertura 4.3%, com 01 claraboia
dispostas longitudinalmente na cobertura orientada a norte e sul. Para
melhor compreensão, o valor genérico ‘x’ que representou a largura útil
no cálculo do fator de abertura, é apresentado nos resultados por L’ e A’
indicando a largura de abertura e a altura de cada sistema
respectivamente.
Através dos resultados encontrados para este fator de abertura, é
possível perceber que na primeira etapa de avaliação da medida
sUDI[300-2.000lux,50%h ≥ 50% área] todas as claraboias analisadas
alcançaram porcentagens de área satisfatórias, iguais ou próximos ao
valor máximo de 100%, indicando que o ambiente apresenta uma boa
disponibilidade de luz natural para todos os casos. No entanto, na segunda
etapa de avaliação da medida ASE[1.000lux,250h ≤ 30%] somente um
sistema (F4.3-Z1-L1-NS) ficou aquém do parâmetro máximo requerido,
indicando que os demais ambientes geraram iluminâncias maiores de
1.000lux por mais de 250 horas anuais. Estes sistemas, portanto, podem
89

indicar ambientes com probabilidade de gerar perturbações visuais aos


usuários.

Tabela 14 – Resultados das CLARABOIAS fator de abertura 4,3%.

Entretanto, ao analisar na Figura 28 o resultado gráfico da


disponibilidade de luz natural com relação ao tempo de incidência para o
sistema F4.3-Z1-L1-NS, voltado para a orientação geográfica norte e sul,
percebe-se que há uma redução na distribuição da luz pelos perímetros da
edificação onde estão localizadas as arquibancadas apresentam de um
lado áreas significativas em que há pouca incidência de iluminação ao
longo do ano, representada pela cor azul, enquanto a área central,
representada pela cor laranja, indica haver incidência solar em
praticamente 100% do tempo. Já os resultados gráficos de
ASE[1.000lux,250h] demonstram haver uma concentração unilateral da
área com incidência solar direta por mais de 250h ao longo do ano,
ocupando parte da quadra e toda a arquibancada.
90

Figura 28 – Resultado gráfico de iluminâncias de F4.3-Z1-L1-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].

A tipologia de sistema zenital shed obteve os resultados


apresentados na Tabela 15 para o fator de abertura 4,3%.
Através dos resultados encontrados para este fator de abertura, é
possível perceber que na primeira etapa de avaliação da medida
sUDI[300-2.000lux,50%h ≥ 50% área] a maior parte dos sheds analisados
alcançaram porcentagens de área de iluminância muito baixas, dentre as
quais dezoito obtiveram resultados iguais ou próximos a zero e somente
uma simulação (F4.3-Z2-T3.2-N) ultrapassou os 50%. É interessante
notar que os outros modelos orientados a norte não alcançaram os valores
determinados por que para se manter o mesmo fator de abertura, ao passo
que a quantidades de zenitais na cobertura aumenta a largura útil de
abertura do sistema diminui, o que diminui a área de penetração da luz no
espaço. A análise combinada destes resultados em conjunto com os
resultados de UDI [<300lux] e UDI [>2.000lux] indica que estes sistemas
não proporcionam uma boa disponibilidade de luz natural dentro do
ambiente.
Na segunda etapa de avaliação da medida ASE[1.000lux,250h ≤
30%] o sistema F4.3-Z2-T3.2-N satisfez o parâmetro máximo de 30%
requerido, indicando não haver porcentagens de área no ambiente
recebendo mais de 250 horas anuais de luz solar direta.
Ao analisar na Figura 29Figura 28 os resultados gráficos da
disponibilidade de luz natural com relação ao tempo de incidência para
os sistemas F4.3-Z2-T3.1-N e F4.3-Z2-T3.2-N, por exemplo, é
interessante notar o aumento no tempo de incidência e distribuição da luz
pelo ambiente com o aumento da largura interna do shed para o mesmo
fator de abertura. Entretanto, percebe-se também que o resultado gráfico
do sistema que satisfez os critérios das duas primeiras etapas de avaliação
(F4.3-Z2-T3.2-N), resultou em perímetros da edificação apresentam áreas
91

significativas em que há pouca incidência de iluminação ao longo do ano,


representada pela cor azul, e a área central, representada pela cor amarela,
indica haver incidência solar em aproximadamente 50% do tempo.

Tabela 15 – Resultados dos SHEDS fator de abertura 4,3%.

Além disso, é interesse notar que todas as simulações voltadas à


orientação geográfica sul obtiveram valores de ASE[1.000lux,250h] de
92

0%, o que indica não haver incidência de luz solar direta para esta
orientação geográfica. Isto se deve fundamentalmente às coordenadas de
latitude e longitude da cidade de estudo (Florianópolis, SC), localizada no
hemisfério sul.

Figura 29 – Resultado gráfico de UDI(300-2.000lux,50%h) e corte


esquemático:
(a) F4.3-Z2-T3.1-N; (b) F4.3-Z2-T3.2-N.

(a) (b)

A tipologia de sistema zenital lanternim obteve os resultados


apresentados na Tabela 16 para o fator de abertura 4,3%.
Através dos resultados encontrados para este fator de abertura, é
possível perceber que na primeira etapa de avaliação da medida
sUDI[300-2.000lux,50%h ≥ 50% área] nenhum dos lanternins analisados
alcançou porcentagens de área de iluminância satisfatórias, com
resultados iguais ou próximos a zero. A análise combinada destes
resultados em conjunto com os resultados de UDI [<300lux] e UDI
[>2.000lux] indica que estes sistemas não proporcionam uma boa
disponibilidade de luz natural dentro do ambiente.
93

Dentre os lanternins analisados, não houveram, sistemas


satisfatórios para a segunda etapa de avaliação da medida
ASE[1.000lux,250h ≤ 30%].

Tabela 16 – Resultados dos LANTERNINS fator de abertura 4,3%.


94

4.4.1.2 Fator de abertura 8,6%

Para o fator de abertura 8,6%, a tipologia de sistema zenital


claraboia obteve os resultados apresentados na Tabela 17.
Através dos resultados encontrados para este fator de abertura, é
possível perceber que na primeira etapa de avaliação da medida
sUDI[300-2.000lux,50%h ≥ 50% área] quase todas as claraboias
analisadas alcançaram porcentagens de área de iluminância satisfatórias,
indicando que, com exceção de dois sistemas, os demais proporcionam
uma boa disponibilidade de luz natural para o ambiente.
No entanto, na segunda etapa de avaliação da medida
ASE[1.000lux,250h ≤ 30%] todos os sistemas obtiveram valores acima
dos 30% assumidos como máximo, indicando que estes ambientes podem
estar gerando perturbações visuais aos usuários por haver incidência
direta de luz solar em mais de 250 horas anuais.

Tabela 17 – Resultados das CLARABOIAS fator de abertura 8,6%.

Para o fator de abertura 8,6%, a tipologia de sistema zenital shed


obteve os resultados apresentados na Tabela 18.
Através dos resultados encontrados para este fator de abertura, é
possível perceber que na primeira etapa de avaliação da medida
sUDI[300-2.000lux,50%h ≥ 50% área] todos os sheds analisados
alcançaram porcentagens de área de iluminância satisfatórias, com
95

resultados iguais ou próximos a 100%, indicando que o ambiente recebe


uma boa disponibilidade de luz natural para todos os casos.

Tabela 18 – Resultados dos SHEDS fator de abertura 8,6%.

Na segunda etapa de avaliação da medida ASE[1.000lux,250h ≤


30%] somente três sistemas não atenderam ao parâmetro máximo de 30%,
indicando haver porcentagens de área recebendo mais de 250 horas anuais
96

de luz solar direta. Ao todo, portanto, vinte e um sistemas atenderam aos


requisitos de iluminância estabelecidos, dos quais as simulações voltadas
à orientação geográfica sul obtiveram valores de ASE[1.000lux,250h] de
0%, indicando não haver incidência de luz solar direta.
As Figuras 30 a 50 apresentam os resultados gráficos da
disponibilidade de luz natural com relação ao tempo de incidência para
os sistemas satisfatórios. Nota-se que, de forma geral, quinze sistemas
apresentaram uma distribuição uniforme de luz pelo ambiente, enquanto
os outros seis, todos voltados para a orientação geográfica sul, apresentam
perímetros da edificação com pouca incidência de luz anual, representada
pela cor azul. Para os resultados de ASE[1.000lux,250h], os sistemas que
demonstraram ter iluminação solar direta incidente, ocorreram de forma
linear e distribuída ao longo do ambiente interno, sem concentrações
periféricas com altas taxas de iluminância.

Figura 30 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T3.1-N


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
97

Figura 31 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T4.1-N


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 32 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T5.1-N


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
98

Figura 33 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T3.1-S


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 34 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T4.1-S


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
99

Figura 35 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T5.1-S


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 36 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T3.2-S


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
100

Figura 37 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T4.2-S


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 38 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T5.2-S


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
101

Figura 39 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T3.1-L


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 40 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T4.1-L


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 41 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T5.1-L


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
102

Figura 42 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T3.2-L


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 43 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T4.2-L


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 44 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T5.2-L


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
103

Figura 45 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T3.1-O


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 46 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T4.1-O


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 47 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T5.1-O


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
104

Figura 48 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T3.2-O


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 49 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T4.2-O


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 50 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z2-T5.2-O


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
105

Para o fator de abertura 8,6%, a tipologia de sistema zenital


lanternim obteve os resultados apresentados na Tabela 19.

Tabela 19 - Resultados dos LANTERNINS fator de abertura 8,6%.

Através dos resultados encontrados para este fator de abertura, é


possível perceber que na primeira etapa de avaliação da medida
sUDI[300-2.000lux,50%h ≥ 50% área] somente um dos lanternins
analisados não obteve porcentagens de área de iluminância acima dos
106

50%, indicando que em todos os outros casos o ambiente está recebendo


uma boa disponibilidade de luz natural.
Na segunda etapa de avaliação da medida ASE[1.000lux,250h ≤
30%] todos os sistemas apresentaram resultados bem abaixo dos 30%,
indicando praticamente não haver porcentagens de área no ambiente
recebendo mais de 250 horas anuais de luz solar direta. Ao todo, onze
simulações atenderam às etapas de análise de iluminâncias.
As Figuras 51 a 64 apresentam os resultados gráficos da
disponibilidade de luz natural com relação ao tempo de incidência para
os sistemas que atenderam as duas etapas de avaliação. Nota-se que, de
forma geral, todos os sistemas apresentaram uma redução na
disponibilidade de luz nos perímetros da edificação, apresentando áreas
em que há pouca incidência de iluminação ao longo do ano, representada
pela cor azul, enquanto a área central, representada pelas cores amarelo e
laranja, indica haver incidência solar por mais de 50% do ano. É
interessante notar também que o aumento da quantidade de zenitais
distribuídas igualmente ao longo da cobertura aumenta a quantidade de
tempo de incidência da iluminação útil no ambiente e a distribuição da
luz pelo espaço.
Os resultados de ASE[1.000lux,250h], quando presentes,
ocorreram de forma pontual e em áreas muito pequenas dentro do
ambiente interno.

Figura 51 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-L2-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
107

Figura 52 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T3.1-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 53 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T4.1-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
108

Figura 54 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T3.2-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 55 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T4.2-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
109

Figura 56 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T5.2-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 57 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-L1-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
110

Figura 58 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-L2-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 59 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T3.1-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 60 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T4.1-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
111

Figura 61 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T5.1-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 62 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T3.2-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 63 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T4.2-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
112

Figura 64 – Resultado gráfico de iluminâncias de F8.6-Z3-T5.2-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

4.4.1.3 Fator de abertura 12,9%

Para o fator de abertura 12,9%, a tipologia de sistema zenital


claraboia obteve os resultados apresentados na Tabela 20.

Tabela 20 – Resultados das CLARABOIAS fator de abertura 12,9%.

Através dos resultados encontrados para este fator de abertura, é


possível perceber que na primeira etapa de avaliação da medida
sUDI[300-2.000lux,50%h ≥ 50% área] nenhuma das claraboias
analisadas alcançou porcentagens de área de iluminância satisfatórias. A
análise combinada destes resultados em conjunto com os resultados de
113

UDI [<300lux] e UDI [>2.000lux] indica que estes sistemas


proporcionam um tempo de incidência de luz excessiva dentro do
ambiente ao longo do ano, acima de 2.000 lux.
Dentre as claraboias analisadas, não houveram, portanto, sistemas
satisfatórios para a segunda etapa de avaliação da medida
ASE[1.000lux,250h ≤ 30%].

Para o fator de abertura 12,9%, a tipologia de sistema zenital shed


obteve os resultados apresentados na Tabela 21.
Através dos resultados encontrados para este fator de abertura, é
possível perceber que na primeira etapa de avaliação da medida
sUDI[300-2.000lux,50%h ≥ 50% área] todos os sheds analisados
alcançaram porcentagens de área de iluminância satisfatórias, indicando
que os ambientes recebem uma boa disponibilidade de luz natural para
todos os casos.
Na segunda etapa de avaliação da medida ASE[1.000lux,250h ≤
30%] somente nove sistemas atenderam ao parâmetro máximo de 30%,
indicando não haver porcentagens de área do ambiente recebendo mais
de 250 horas anuais de luz solar direta. Dentre estes, todos os sistemas
voltados à orientação geográfica sul obtiveram valores de
ASE[1.000lux,250h] de 0%, indicando não haver incidência de luz solar
direta nesta orientação geográfica.
As Figuras 65 a 73 apresentam os resultados gráficos da
disponibilidade de luz natural com relação ao tempo de incidência para
os sistemas que atenderam as duas etapas de avaliação. Nota-se que todos
os sistemas apresentaram uma distribuição uniforme de luz pelo ambiente
ao longo do ano, e onde há pequenas porções de área com a cor azul.
Pode-se perceber também que os sistemas orientados a leste que tiveram
resultados de ASE[1.000lux,250h] próximos a 30% da área, ocorreram de
forma distribuída ao longo de toda o ambiente.
114

Tabela 21 - Resultados dos SHEDS fator de abertura 12,9%.


115

Figura 65 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z2-T3.1-L


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 66 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z2-T4.1-L


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 67 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z2-T5.1-L


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
116

Figura 68 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z2-T3.1-S


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 69 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z2-T4.1-S


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
117

Figura 70 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z2-T5.1-S


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 71 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z2-T3.2-S


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
118

Figura 72 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z2-T4.2-S


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 73 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z2-T5.2-S


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
119

Para o fator de abertura 12,9%, a tipologia de sistema zenital


lanternim obteve os resultados apresentados na Tabela 22.

Tabela 22 – Resultados dos LANTERNINS fator de abertura 12,9%.

Através dos resultados encontrados para este fator de abertura, é


possível perceber que na primeira etapa de avaliação da medida
sUDI[300-2.000lux,50%h ≥ 50% área] todos os lanternins analisados
obtiveram porcentagens de área de iluminância satisfatórias, próximas à
120

100%, indicando que em todos os casos o ambiente está apresentando


uma boa disponibilidade de luz natural.
Na segunda etapa de avaliação da medida ASE[1.000lux,250h ≤
30%] todos os sistemas apresentaram resultados abaixo dos 30%
máximos determinados, indicando não haver porcentagens de área no
ambiente recebendo mais de 250 horas anuais de luz solar direta.
As Figuras 74 a 89 apresentam os resultados gráficos da
disponibilidade de luz natural com relação ao tempo de incidência para
os sistemas que atenderam as duas etapas de avaliação. Nota-se, de forma
geral, que todos os sistemas apresentaram uma distribuição uniforme de
luz pelo ambiente ao longo do ano, exceto os sistemas com uma única
zenital longitudinal (F12.9-Z3-L1-NS e F12.9-Z3-L1-LO) que
apresentaram perímetros da edificação em que há pouca incidência de
iluminação ao longo do ano, representada pela cor azul. Os resultados
gráficos de ASE[1.000lux,250h] demonstram também que os baixos
valores de iluminância, quando presentes, ocorreram de forma distribuída
e pontual ao longo do ambiente.

Figura 74 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-L1-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
121

Figura 75 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-L2-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 76 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T3.1-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
122

Figura 77 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T4.1-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 78 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T5.1-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
123

Figura 79 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T3.2-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 80 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T4.2-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
124

Figura 81 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T5.2-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 82 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-L1-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
125

Figura 83 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-L2-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 84 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T3.1-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 85 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T4.1-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
126

Figura 86 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T5.1-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 87 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T3.2-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 88 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T4.2-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
127

Figura 89 – Resultado gráfico de iluminâncias de F12.9-Z3-T5.2-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

4.4.1.4 Fator de abertura 17,2%

Para o fator de abertura 17,2%, a tipologia de sistema zenital


claraboia obteve os resultados apresentados na Tabela 23.
Através dos resultados encontrados para este fator de abertura, é
possível perceber que na primeira etapa de avaliação da medida
sUDI[300-2.000lux,50%h ≥ 50% área] nenhuma das claraboias
analisadas alcançou porcentagens de área de iluminância satisfatórias. A
análise combinada destes resultados em conjunto com os resultados de
UDI [<300lux] e UDI [>2.000lux] indica que estes sistemas
proporcionam um tempo de incidência de luz excessiva dentro do
ambiente ao longo do ano, acima de 2.000 lux.
Dentre as claraboias analisados, não houveram, portanto, sistemas
satisfatórios para a segunda etapa de avaliação da medida
ASE[1.000lux,250h ≤ 30%].
128

Tabela 23 – Resultados das CLARABOIAS fator de abertura 17,2%.

Para o fator de abertura 17,2%, a tipologia de sistema zenital shed


obteve os resultados apresentados na Tabela 24.
Através dos resultados encontrados para este fator de abertura, é
possível perceber que na primeira etapa de avaliação da medida
sUDI[300-2.000lux,50%h ≥ 50% área] somente três dos sheds analisados
não alcançaram porcentagens de área de iluminância satisfatórias, onde,
para nos três casos os sistemas zenitais estão orientados a norte.
No entanto, na segunda etapa de avaliação da medida
ASE[1.000lux,250h ≤ 30%] somente os sistemas voltados para a
orientação geográfica sul foram satisfatórias, indicando 0% da área do
ambiente recebendo luz solar direta.
As Figuras 90 a 95 apresentam os resultados gráficos da
disponibilidade de luz natural com relação ao tempo de incidência para
os sistemas que atenderam as duas etapas de avaliação. Nota-se que todos
os sistemas apresentaram uma distribuição uniforme de luz pelo ambiente
ao longo do ano.
129

Tabela 24 – Resultados dos SHEDS fator de abertura 17,2%.


130

Figura 90 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z2-T3.1-S


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 91 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z2-T4.1-S


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
131

Figura 92 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z2-T5.1-S


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 93 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z2-T3.2-S


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
132

Figura 94 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z2-T4.2-S


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 95 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z2-T5.2-S


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
133

Para o fator de abertura 17,2%, a tipologia de sistema zenital


lanternim obteve os resultados apresentados na Tabela 25.

Tabela 25 - Resultados dos LANTERNINS fator de abertura de 17,2%.

Através dos resultados encontrados para este fator de abertura, é


possível perceber que na primeira etapa de avaliação da medida
sUDI[300-2.000lux,50%h ≥ 50% área] todos os lanternins analisados
obtiveram porcentagens de área de iluminância satisfatórias, próximas à
100%, indicando que em todos os casos o ambiente está recebendo uma
boa disponibilidade de luz natural.
134

Na segunda etapa de avaliação da medida ASE[1.000lux,250h ≤


30%] todos os sistemas apresentaram resultados abaixo dos 30%
máximos determinados, próximos ou iguais a 0%, indicando não haver
porcentagens de área no ambiente recebendo mais de 250 horas anuais de
luz solar direta.
As Figuras 96 a 111 apresentas os resultados gráficos da
disponibilidade de luz natural com relação ao tempo de incidência para
os sistemas que atenderam as duas etapas de avaliação. Pode-se perceber
que os sistemas que apresentaram uma distribuição uniforme de luz pelo
ambiente ao longo do ano também apresentaram áreas pequenas com
incidência de luz solar direta por mais de 250h anuais -
ASE[1.000lux,250h].

Figura 96 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z3-L1-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
135

Figura 97 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z3-L2-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 98 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z3-T3.1-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
136

Figura 99 – Resultado gráfico de iluminâncias de F17.2-Z3-T4.1-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 100 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T5.1-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
137

Figura 101 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T3.2-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 102 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T4.2-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
138

Figura 103 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T5.2-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 104 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-L1-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
139

Figura 105 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-L2-NS


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 106 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T3.1-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 107 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T4.1-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
140

Figura 108 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T5.1-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 109 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T3.2-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

Figura 110 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T4.2-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)
141

Figura 111 – Resultado gráfico de iluminâncias F17.2-Z3-T5.2-LO


(a) UDI[300-2.000lux,50%h]; (b) ASE[1.000lux,250h].
(a) (b)

4.4.2 Avaliação de brilho: Luminâncias

Pelas duas primeiras etapas de avaliação de iluminâncias, 81


sistemas satisfizeram os critérios estabelecidos, conforme exposto na
Tabela 26. Dentre estes, foram escolhidos 20 sistemas que apresentaram
os valores mais altos de ASE[1.000lux,250h], destacados em negrito, para
serem realizadas as simulações e análises de brilho através do índice
DGP. Destes, é interessante notar que 9 sistemas estão voltados à
orientação geográfica leste, 6 para orientação oeste, 4 para norte e 1 para
norte e sul, enquanto 15 sistemas possuem fator de abertura da cobertura
de 8,6%, 3 possuem fator de abertura 12,9%, 2 apresentam fator 4,3%.
A adoção destes sistemas zenitais buscou analisar a probabilidade
de ocorrência de perturbações visuais aos usuários para aqueles que
receberam as maiores quantidades de luz solar direta ao longo do ano.

Tabela 26 – Relação de sistemas satisfatórios quanto às etapas de


avaliação de iluminâncias.
142

Tabela 26 (continuação) – Relação de sistemas satisfatórios quanto às


etapas de avaliação de iluminâncias.
143

Tabela 26 (continuação) – Relação de sistemas satisfatórios quanto às


etapas de avaliação de iluminâncias.

A seguir estão os resultados individuais de cada um dos 20


sistemas analisados. Para todos os resultados, 04 simulações representam
as direções visuais de expectadores na arquibancada, sendo: (4) B1; (7)
B7; (12) D1; (15) D7; enquanto as demais representam direções visuais
dos jogadores dentro na quadra poliesportiva, conforme Figura 112.

4.4.2.1 Sistema claraboia F4.3-Z1-L1-NS

O sistema zenital F4.3-Z1-L1-NS, com uma claraboia longitudinal


de fator 4,3% orientada norte-sul, apresentou, na segunda etapa de
avaliação de iluminâncias, 29,16% de porcentagem da área para a medida
ASE[1.000lux,250h] indicando iluminação solar direta com mais de
1.000lux em mais de 250 horas ao longo do ano. Nesta terceira etapa de
avaliação, a Figura 113 apresenta os resultados do índice DGP através da
ferramenta Annual Glare para as direções visuais escolhidas, buscando
compreender a probabilidade perturbações visuais decorrentes deste
sistema ao longo do tempo.
Através dos resultados encontrados, é interessante notar que ocorre
probabilidade de haver perturbações visuais em todas as direções
escolhidas durante, aproximadamente, os mesmos períodos de meses e
horas do ano, de maio a abril e julho e agosto no período da manhã. Nota-
se também, em 04 direções visuais (A4, B5, D5 e E4) haver uma
frequência de perturbação maior e constante ao longo das horas do dia e
de alguns meses do ano.
144

Figura 112 – Pontos de análise de luminâncias.

Figura 113 – Resultados de Annual Glare de F4.3-Z1-L1-NS


Meses do ano
(1) A2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
145

Meses do ano
(2) A4
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Horas do dia 0

24
(3) A6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(4) B1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(5) B3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(6) B5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(7) B7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
146

Meses do ano
(8) C2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(9) C4a 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(10) C4b 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(11) C6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(12) D1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(13) D3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
147

Meses do ano
(14) D5
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Horas do dia 0

24
(15) D7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(16) E2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(17) E4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(18) E6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
148

Analisando todos os resultados realizados para este sistema de


forma combinada, é perceptível que, mesmo considerando o menor fator
de abertura estudado (4,3%), a existência de apenas uma claraboia
disposta de forma longitudinal na cobertura orientada a norte-sul, permite
incidir luz solar direta no piso em períodos constantes ao longo do ano e
que podem resultar em probabilidade de perturbações visuais, tanto para
os expectadores como para os jogadores, em várias posições dentro do
ambiente.

4.4.2.2 Sistema shed F4.3-Z2-T3.2-N

Nesta terceira etapa de avaliação, a

Figura 114 apresenta os resultados de DGP para o sistema F4.3-


Z2-T3.2-N, com três sheds transversais de fator 4,3% orientado a norte,
que apresentou nas etapas anteriores um resultado de
ASE[1.000lux,250h] de 12,72%.
Através dos resultados encontrados, é interessante notar que ocorre
probabilidade de haver perturbações visuais em todas as direções
escolhidas. Do total, 13 direções visuais (B3, B5, C2, C4a, C4b, C6, D1,
D3, D5, D7, E2, E4 e E6) obtiveram o mesmo padrão de brilho excessivo,
incidente nos meses de março e setembro entre as 09h e as 15h por curtos
intervalos de tempo. Outras 03 simulações (A2, A4 e A6) obtiveram
padrão similar de brilho excessivo, incidente nos últimos dias de fevereiro
até metade de abril e entre final de agosto e metade de outubro, em
períodos intercalados das 09h às 17h. Duas simulações (B1 e B7)
obtiveram padrão similar de brilho excessivo, mais frequente, de março a
setembro entre as 09h e 17h, com maior frequência após as 13h.
É interessante salientar também que as duas simulações que
apresentaram os maiores padrões de brilho excessivo estão localizadas
nas arquibancadas, representando espectadores.

Figura 114 – Resultados de Annual Glare de F4.3-Z2-T3.2-N


Meses do ano
(1) A2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
149

Meses do ano
(2) A4
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Horas do dia 0

24
(3) A6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(4) B1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(5) B3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(6) B5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(7) B7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
150

Meses do ano
(8) C2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(9) C4a 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(10) C4b 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(11) C6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(12) D1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(13) D3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
151

Meses do ano
(14) D5
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(15) D7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(16) E2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(17) E4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(18) E6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24

Analisando todos os resultados realizados para este sistema de


forma combinada, tem-se que, a existência de três sheds dispostos
transversalmente na cobertura orientados a norte, aumentou a
disponibilidade e distribuição de luz no ambiente somente com o aumento
152

da largura interna do shed, no entanto, devido ao pequeno fator de


abertura desde sistema estudado (4,3%), há ainda uma ineficiente
uniformidade da luz distribuída pelo espaço, além de poder resultar em
probabilidade de perturbações visuais em curtos períodos de hora ao
longo de alguns meses do ano.

4.4.2.3 Sistema shed F8.6-Z2-T3.1-N

Nesta terceira etapa de avaliação, a

Figura 115 apresenta os resultados de DGP para o sistema F8.6-


Z2-T3.1-N, com três sheds transversais de fator 8,6% orientado a norte,
que apresentou nas etapas anteriores um resultado de
ASE[1.000lux,250h] de 28,2%.
Através dos resultados encontrados, é interessante notar que não
houve, na maior parte das direções visuais, brilho desconfortável ou
intolerável (os gráficos ausentes apresentaram resultados de DGP abaixo
de 0.35, considerado imperceptível). Somente 05 (D1, D7, E2, E4 e E6)
das 18 direções visuais apresentaram brilho excessivo em algum período
do ano. Destas, 03 (E2, E4 e E6) obtiveram padrão similar de brilho
excessivo, incidente nos últimos dias de fevereiro até metade do mês de
abril e entre final de agosto e metade de outubro, em períodos intercalados
das 09h às 14h ou das 10h às 17h. As 02 outras simulações (D1 e D7)
obtiveram padrão similar de brilho excessivo, com maior frequência, de
março a setembro entre as 13h e 17h ou entre as 08h e 12h. Deve-se
ressaltar que, neste caso, somente uma destas simulações (D7) está
localizada na arquibancada, representando espectadores.

Figura 115 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T3.1-N

Meses do ano
(12) D1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
153

Meses do ano
(15) D7
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(16) E2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(17) E4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(18) E6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24

* os gráficos ausentes apresentaram resultados de DGP < 0.35, considerado


imperceptível.

Analisando todos os resultados realizados para este sistema de


forma combinada, tem-se que, aumentando o fator de abertura para 8,6%,
a existência de três sheds dispostos transversalmente na cobertura
orientados a norte, mesmo com a menor largura interna do shed aumentou
a disponibilidade e uniformidade de distribuição da luz pelo espaço, no
entanto, também resultou em maiores períodos de tempo ao longo do ano
com probabilidade de ocorrência de perturbações visuais, distribuídas por
várias áreas de todo o ambiente.
154

4.4.2.4 Sistemas sheds F8.6-Z2-T3.1-L e F8.6-Z2-T3.2-L

As Figuras 116 e 117 apresentam os resultados de DGP para os


sistemas F8.6-Z2-T3.1-L e F8.6-Z2-T3.2-L respectivamente, com três
sheds transversais de fator 8,6% orientados a leste, que apresentaram nas
etapas anteriores ASE[1.000lux,250h] de 11,96% e 17,9%.
Através dos resultados encontrados, pode-se notar que há em todas
as direções visuais para os dois sistemas, períodos de tempo em que pode
haver brilho desconfortável (0,45 > DGP ≥ 0,4) ou intolerável (DGP ≥
0,45). Percebe-se também que todos os casos de perturbação visual
ocorrem no período matutino de forma intercalada entre as 7h e 11h. Para
o primeiro sistema que possui largura útil interna do shed menor, 06
direções visuais (A2, A4, A6, B1, B3 e B5) tiveram frequências maiores
de repetição ao longo do ano, e essa frequência aumentou em todas as
direções visuais do segundo sistema, que possui largura útil interna maior.

Figura 116 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T3.1-L


Meses do ano
(1) A2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(2) A4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(3) A6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
155

Meses do ano
(4) B1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Horas do dia 0

24
(5) B3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(6) B5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(7) B7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(8) C2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(9) C4a 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
156

Meses do ano
(10) C4b
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(11) C6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(12) D1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(13) D3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(14) D5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(15) D7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
157

Meses do ano
(16) E2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(17) E4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(18) E6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24

Figura 117 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T3.2-L


Meses do ano
(1) A2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(2) A4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
158

Meses do ano
(3) A6
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(4) B1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(5) B3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(6) B5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(7) B7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(8) C2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
159

Meses do ano
(9) C4a
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Horas do dia 0

24
(10) C4b 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(11) C6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(12) D1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(13) D3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(14) D5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
160

Meses do ano
(15) D7
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(16) E2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(17) E4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(18) E6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24

Analisando todos os resultados realizados para os dois sistemas de


forma combinada, tem-se que, com um fator de abertura de 8,6%, a
existência de três sheds dispostos transversalmente na cobertura
orientados a leste, independentemente da largura interna do shed,
permitiu uma boa disponibilidade e uniformidade de distribuição da luz
natural pelo espaço, no entanto, também resultou em curtas horas de
forma constante ao longo dos meses do ano em que ocorre probabilidade
de ocorrência de perturbações visuais, sendo que estas encontram-se
distribuídas por toda a área das quadras.
161

4.4.2.5 Sistemas sheds F8.6-Z2-T3.1-O e F8.6-Z2-T3.2-O

As Figuras 118 e 119 apresentam os resultados de DGP para os


sistemas F8.6-Z2-T3.1-O e F8.6-Z2-T3.2-O respectivamente, com três
sheds transversais de fator 8,6% orientados a oeste, que apresentaram nas
etapas anteriores ASE[1.000lux,250h] de 17,77% e 29,09%.
Através dos resultados encontrados, pode-se notar que 09 (A2, A4,
A6, B1, B3, B5, C2, C4b e C6) e 08 direções visuais (A2, A4, A6, B1,
B3, B5, C4b, C6) respectivamente, não apresentaram probabilidade de
ocorrência de perturbações visuais. Das simulações que obtiveram níveis
de brilho perceptível ou excessivo, percebe-se que, para os dois sistemas,
todas acontecem no turno da tarde em períodos curtos das 16h às 17h ou
intercalados entre as 14h e 18h. Ao todo, 04 direções visuais (D1, D5, D7
e E6) tiveram perturbações frequentes nos meses de verão, entre o final
de outubro e início de março, duas correspondentes a visibilidade dos
espectadores nas arquibancadas.

Figura 118 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T3.1-O


Meses do ano
(7) B7
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(9) C4a 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(12) D1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
162

Meses do ano
(13) D3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(14) D5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(15) D7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(16) E2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(17) E4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(18) E6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
163

* os gráficos ausentes apresentaram resultados de DGP < 0.35, considerado


imperceptível.

Figura 119 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T3.2-O


Meses do ano
(7) B7
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(8) C2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(9) C4a 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(12) D1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(13) D3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
164

Meses do ano
(14) D5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(15) D7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(16) E2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(17) E4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(18) E6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24

* os gráficos ausentes apresentaram resultados de DGP < 0.35, considerado


imperceptível.
165

Analisando todos os resultados realizados para os dois sistemas de


forma combinada, tem-se que, da mesma forma como ocorreu para a
orientação leste, para o fator de abertura de 8,6%, os três sheds dispostos
transversalmente na cobertura orientados a oeste, independentemente da
largura interna do shed, permitiu uma boa disponibilidade e uniformidade
de distribuição da luz natural pelo espaço, no entanto, também resultou
em curtos períodos de horas e meses ao longo do ano em que ocorre
probabilidade de ocorrência de perturbações visuais, distribuídas por toda
a área da quadra.

4.4.2.6 Sistema shed F8.6-Z2-T4.1-N

A Figura 120 apresenta os resultados de DGP para o sistema F8.6-


Z2-T4.1-N, com quatro sheds transversais de fator 8,6% orientados a
norte, que apresentou nas etapas anteriores ASE[1.000lux,250h] de
29,67%.
Os resultados gráficos dessa simulação demonstram haver 07
direções visuais (A2, A4, A6, B1, B7, C4a e C4b) em que não há
probabilidade de ocorrer perturbações visuais. Das simulações que
obtiveram níveis de brilho perceptível ou excessivo, pode-se perceber que
05 direções visuais (D3, D5, E2, E4 e E6) obtiveram similaridade na
frequência de ocorrência de forma intercalada entre o final da manhã até
o início e meio da tarde, do final de janeiro ao início de março e de outubro
ao início de novembro, ou de março ao início de abril e setembro ao início
de outubro. Nota-se ainda que 02 direções visuais (D1 e D7) apresentaram
maior frequência de ocorrência ao longo de quase todos os meses do ano,
com exceção dos meses de alto verão: novembro, dezembro e janeiro.

Figura 120 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T4.1-N


Meses do ano
(5) B3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
166

Meses do ano
(6) B5
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(8) C2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(11) C6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(12) D1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(13) D3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(14) D5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
167

Meses do ano
(15) D7
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Horas do dia 0

24
(16) E2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(17) E4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(18) E6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24

* os gráficos ausentes apresentaram resultados de DGP < 0.35, considerado


imperceptível.

Analisando todos os resultados realizados para este sistema de


forma combinada, resultou-se que, mantendo o mesmo fator de abertura
de 8,6% e aumentando para 04 a quantidade de sheds dispostos
transversalmente na cobertura e orientados a norte, o que diminui a altura
de abertura de cada um dos sistemas, mesmo com a menor largura interna
do shed, ainda houve ocorrência de curtos intervalos de tempo ao longo
168

do ano com probabilidade de ocorrência de perturbações visuais,


distribuídas por várias áreas de todo o ambiente.

4.4.2.7 Sistemas sheds F8.6-Z2-T4.1-L e F8.6-Z2-T4.2-L

As Figuras 121 e 122 apresentam os resultados de DGP para os


sistemas F8.6-Z2-T4.1-L e F8.6-Z2-T4.2-L respectivamente, com quatro
sheds transversais de fator 8,6% orientados a leste, que apresentaram nas
etapas anteriores ASE[1.000lux,250h] de 12,40% e 17,07%.
Os resultados gráficos dessa simulação demonstram haver em
todas as direções visuais para os dois sistemas, períodos de tempo com
probabilidade de brilho desconfortável (0,45 > DGP ≥ 0,4) ou intolerável
(DGP ≥ 0,45). Para todos os casos, a ocorrência de perturbações se deu
no período da manhã, no entanto, com frequências intercaladas e
constantes ao longo dos meses do ano.

Figura 121 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T4.1-L


Meses do ano
(1) A2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(2) A4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(3) A6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
169

Meses do ano
(4) B1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Horas do dia 0

24
(5) B3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(6) B5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(7) B7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(8) C2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(9) C4a 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
170

Meses do ano
(10) C4b
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(11) C6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(12) D1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(13) D3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(14) D5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(15) D7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
171

Meses do ano
(16) E2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Horas do dia 0

24
(17) E4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(18) E6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24

Figura 122 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T4.2-L


Meses do ano
(1) A2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(2) A4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
172

Meses do ano
(3) A6
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(4) B1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(5) B3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(6) B5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(7) B7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(8) C2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
173

Meses do ano
(9) C4a
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(10) C4b 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(11) C6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(12) D1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(13) D3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(14) D5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
174

(15) D7 Meses do ano


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(16) E2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(17) E4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(18) E6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24

Analisando todos os resultados realizados para os dois sistemas de


forma combinada, obteve-se que, para este fator de abertura de 8,6%, a
existência de quatro sheds dispostos transversalmente na cobertura
orientados a leste, independentemente da largura interna do shed,
proporcionou uma boa disponibilidade e uniformidade de distribuição da
luz natural pelo espaço, no entanto, também resultou em intervalos de
horas constantes ao longo dos meses do ano em que há probabilidade de
ocorrer perturbações visuais, sendo que, estas, encontram-se distribuídas
por toda a área das quadras.
175

4.4.2.8 Sistemas sheds F8.6-Z2-T4.1-O e F8.6-Z2-T4.2-O

As Figuras 123 e 124 apresentam os resultados de DGP para os


sistemas F8.6-Z2-T4.1-O e F8.6-Z2-T4.2-O respectivamente, com quatro
sheds transversais de fator 8,6% orientados a oeste, que apresentaram nas
etapas anteriores ASE[1.000lux,250h] de 17,58% e 26,85%.
Os resultados gráficos destas simulações demonstram haver
direções visuais em que não houve probabilidade de ocorrer perturbações
visuais. Das simulações que obtiveram níveis de brilho perceptível ou
excessivo, 10 direções visuais (A2, A4, A6, B1, B3, B5, C4b, C6, D1 e
E6) obtiveram similaridade na frequência de ocorrência, apresentando
incidência próximo às 14h da tarde durante alguns dias dos meses de
fevereiro, março e outubro. As demais simulações apresentaram
probabilidade de ocorrência de perturbações visuais frequentemente no
início do período da tarde, com maior e menor frequência ao longo do
ano.

Figura 123 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T4.1-O


Meses do ano
(7) B7
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(9) C4a 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(12) D1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
176

Meses do ano
(13) D3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(15) D7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(16) E2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(17) E4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(18) E6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24

* os gráficos ausentes apresentaram resultados de DGP < 0.35, considerado


imperceptível.
177

Figura 124 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T4.2-O


Meses do ano
(7) B7
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(8) C2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(9) C4a 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(10) C4b 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(13) D3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(14) D5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
178

Meses do ano
(15) D7
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(16) E2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(17) E4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(18) E6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24

* os gráficos ausentes apresentaram resultados de DGP < 0.35, considerado


imperceptível.

Analisando todos os resultados realizados para os dois sistemas de


forma combinada, tem-se que, da mesma forma como ocorreu para a
orientação leste, para o fator de abertura de 8,6%, os quatro sheds
dispostos transversalmente na cobertura orientados a oeste,
independentemente da largura interna do shed, houve uma boa
disponibilidade e uniformidade de distribuição da luz natural pelo espaço,
179

no entanto, também resultou em períodos de horas e meses ao longo do


ano em que há probabilidade de ocorrência de perturbações visuais,
distribuídas por toda a área do ambiente.

4.4.2.9 Sistema shed F8.6-Z2-T5.1-N

A Figura 125 apresenta os resultados de DGP para o sistema F8.6-


Z2-T5.1-N, com cinco sheds transversais de fator 8,6% orientados a norte,
que apresentou nas etapas anteriores ASE[1.000lux,250h] de 28,77% com
luz solar direta de mais de 1.000lux em mais de 250 horas ao longo do
ano.
Através dos resultados encontrados, é interessante notar que
houveram 11 direções visuais (A2, A4, A6, B1, B3, B7, C4a, C4b, D3,
D5 e E4) em que não há probabilidade de ocorrer perturbações visuais.
Das simulações que obtiveram níveis de brilho perceptível ou excessivo,
percebe-se que 02 (B5 e C2) obtiveram similaridade na frequência de
ocorrência, apresentando incidência das 8h às 9h da manhã dos meses de
abril a maio e julho a agosto. Já a direção visual C6 apresentou
similaridade na frequência ao longo dos meses do ano, no entanto,
ocorrendo no período da tarde, das 16h às 17h. Além disso, 04 direções
visuais (D1, D7, E2 e E6) apresentaram probabilidade frequente de
ocorrência de perturbações visuais nos meses de inverno.

Figura 125 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T5.1-N


Meses do ano
(6) B5
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(8) C2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
180

Meses do ano
(11) C6
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(12) D1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(15) D7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(16) E2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(18) E6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24

* os gráficos ausentes apresentaram resultados de DGP < 0.35, considerado


imperceptível.
181

Analisando todos os resultados realizados para este sistema de


forma combinada, percebeu-se que, mantendo o mesmo fator de abertura
de 8,6% e aumentando para 05 a quantidade de sheds dispostos
transversalmente na cobertura orientados a norte, diminuindo a altura de
abertura de cada um dos sistemas, ainda houveram direções visuais com
intervalos de tempo ao longo do ano com probabilidade de ocorrência de
perturbações visuais, distribuídas por várias áreas de todo o ambiente,
mesmo com a menor largura interna do shed.

4.4.2.10 Sistemas sheds F8.6-Z2-T5.1-L e F8.6-Z2-T5.2-L

As Figuras 126 e 127 apresentam os resultados de DGP para os


sistemas F8.6-Z2-T5.1-L e F8.6-Z2-T5.2-L respectivamente, com cinco
sheds transversais de fator 8,6% orientados a leste, que apresentaram nas
etapas anteriores ASE[1.000lux,250h] de 13,30% e 17,33%.
Através dos resultados encontrados, é interessante notar que, para
os dois sistemas, houve probabilidade de ocorrer perturbações visuais em
todas as direções visuais. Todas as simulações obtiveram níveis de brilho
perceptível ou excessivo similares, apresentando incidência intercalada e
frequente no período da manhã ao longo do ano, com exceção dos meses
de inverno para o primeiro sistema de zenitais.

Figura 126 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T5.1-L


Meses do ano
(1) A2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(2) A4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
182

Meses do ano
(3) A6
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(4) B1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(5) B3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(6) B5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(7) B7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(8) C2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
183

Meses do ano
(9) C4a
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Horas do dia 0

24
(10) C4b 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(11) C6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(12) D1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(13) D3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(14) D5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
184

(15) D7 Meses do ano


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(16) E2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(17) E4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(18) E6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24

Figura 127 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T5.2-L


Meses do ano
(1) A2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
185

Meses do ano
(2) A4
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Horas do dia 0

24
(3) A6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(4) B1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(5) B3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(6) B5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(7) B7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
186

(8) C2 Meses do ano


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(9) C4a 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(10) C4b 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(11) C6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(12) D1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(13) D3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
187

(14) D5 Meses do ano


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(15) D7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(16) E2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(17) E4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(18) E6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24

Analisando todos os resultados realizados para os dois sistemas de


forma combinada, obteve-se que, para este fator de abertura de 8,6%, a
existência de cinco sheds dispostos transversalmente na cobertura
188

orientados a leste, independentemente da largura interna do shed,


proporcionou uma boa disponibilidade e uniformidade de distribuição da
luz natural pelo espaço, no entanto, ainda resultou em longos intervalos
de horas ao longo dos meses do ano em que há probabilidade de ocorrer
perturbações visuais.

4.4.2.11 Sistemas sheds F8.6-Z2-T5.1-O e F8.6-Z2-T5.2-O

As Figuras 128 e 129 apresentam os resultados de DGP para os


sistemas F8.6-Z2-T5.1-O e F8.6-Z2-T5.2-O respectivamente, com cinco
sheds transversais de fator 8,6% orientados a oeste, que apresentaram nas
etapas anteriores ASE[1.000lux,250h] de 18,61% e 26,6%.
Através dos resultados encontrados, é interessante notar que, no
primeiro sistema 7 direções visuais não apresentaram probabilidade de
ocorrer perturbações visuais, enquanto no segundo sistema zenital, a
probabilidade de ocorrência aconteceu em todas as direções visuais.
No primeiro sistema, das simulações que obtiveram níveis de
brilho perceptível ou excessivo, pode-se perceber que 03 direções visuais
(D1, D7 e E6) obtiveram similaridade na frequência de ocorrência,
apresentando incidência entre 16h e 17h durante os meses de verão: de
novembro a fevereiro. As demais simulações apresentaram probabilidade
de ocorrência de perturbações visuais também no início da tarde, com
maior e menor frequência ao longo dos meses do ano.
Já no segundo sistema, 10 direções visuais (A2, A4, A6, B1, B3,
B5, B7, C6, D5 e D7) obtiveram ocorrências muito curvas às 13h do final
de janeiro a início de março. As demais obtiveram níveis de brilho
perceptível ou excessivo intercalados e frequentes no período da tarde ao
longo dos meses do ano.

Figura 128 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T5.1-O


Meses do ano
(8) C2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
189

Meses do ano
(12) D1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Horas do dia 0

24
(13) D3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(15) D7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(16) E2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(17) E4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(18) E6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
190

* os gráficos ausentes apresentaram resultados de DGP < 0.35, considerado


imperceptível.

Figura 129 – Resultados de Annual Glare de F8.6-Z2-T5.2-O


Meses do ano
(1) A2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(2) A4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(3) A6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(4) B1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(5) B3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
191

(6) B5 Meses do ano


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(7) B7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(8) C2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(9) C4a 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(10) C4b 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(11) C6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
192

Meses do ano
(12) D1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(13) D3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(14) D5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(15) D7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(16) E2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(17) E4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
193

Meses do ano
(18) E6
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24

Analisando todos os resultados realizados para os dois sistemas de


forma combinada, tem-se que, da mesma forma como ocorreu para a
orientação leste, para o fator de abertura de 8,6%, os cinco sheds dispostos
transversalmente na cobertura orientados a oeste, independentemente da
largura interna do shed, apresentaram uma boa disponibilidade e
uniformidade de distribuição da luz natural pelo espaço, no entanto,
também resultaram em períodos de horas e meses ao longo do ano em que
há probabilidade de ocorrência de perturbações visuais, distribuídas por
toda a área do ambiente

4.4.2.12 Sistema shed F12.9-Z2-T3.1-L

A Figura 130 apresenta os resultados de DGP para o sistema F12.9-


Z2-T3.1-L, com três sheds transversais de fator 12,9% orientados a leste,
que apresentou nas etapas anteriores ASE[1.000lux,250h] de 27,43% com
luz solar direta de mais de 1.000lux em mais de 250 horas ao longo do
ano.
Os resultados gráficos dessa simulação demonstram que
aumentando o fator de abertura da cobertura para 12,9%, a existência de
três sheds orientados para leste, gerou períodos longos e frequentes com
probabilidade de ocorrer perturbações em todas as direções visuais, com
maior frequência ao longo dos meses de verão, no período da manhã.
194

Figura 130 – Resultados de Annual Glare de F12.9-Z2-T3.1-L


Meses do ano
(1) A2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(2) A4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(3) A6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(4) B1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(5) B3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(6) B5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
195

Meses do ano
(7) B7
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(8) C2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(9) C4a 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(10) C4b 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(11) C6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(12) D1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
196

Meses do ano
(13) D3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(14) D5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(15) D7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(16) E2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(17) E4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(18) E6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
197

Analisando todos os resultados realizados para este sistema de


forma combinada, percebeu-se que, conforme houve um aumento do fator
de abertura, todas as direções visuais apresentam maiores intervalos de
tempo ao longo do ano com probabilidade de ocorrência de perturbações
visuais, distribuídas por várias áreas de todo o ambiente, mesmo com a
menor largura interna do shed, visto que este sistema de três sheds
dispostos transversalmente à leste já apresentava a probabilidade de
ocorrência de perturbações visuais com menores fatores de abertura.

4.4.2.13 Sistema shed F12.9-Z2-T4.1-L

A .Figura 131 apresenta os resultados de DGP para o sistema


F12.9-Z2-T4.1-L, com quatro sheds transversais de fator 12,9%
orientados a leste, que apresentou nas etapas anteriores
ASE[1.000lux,250h] de 27,17% com luz solar direta de mais de 1.000lux
em mais de 250 horas ao longo do ano.
Os resultados gráficos dessa simulação demonstram haver
probabilidade de ocorrer perturbações em todas as direções visuais, com
frequência longas nos meses do ano no período da manhã.

Figura 131 – Resultados de Annual Glare de F12.9-Z2-T4.1-L


Meses do ano
(1) A2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(2) A4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
198

Meses do ano
(3) A6
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(4) B1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(5) B3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(6) B5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(7) B7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(8) C2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
199

Meses do ano
(9) C4a
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(10) C4b 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(11) C6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(12) D1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(13) D3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(14) D5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
200

Meses do ano
(15) D7
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(16) E2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(17) E4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(18) E6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24

Analisando todos os resultados realizados para este sistema de


forma combinada, percebeu-se que, conforme houve um aumento do fator
de abertura, todas as direções visuais apresentam maiores intervalos de
tempo ao longo do ano com probabilidade de ocorrência de perturbações
visuais, distribuídas por várias áreas de todo o ambiente, mesmo com a
menor largura interna do shed, visto que este sistema de quatro sheds
dispostos transversalmente à leste já apresentava a probabilidade de
ocorrência de perturbações visuais com menores fatores de abertura.
201

4.4.2.14 Sistema shed F12.9-Z2-T5.1-L

A Figura 132 apresenta os resultados de DGP para o sistema F12.9-


Z2-T5.1-L, com cinco sheds transversais de fator 12,9% orientados a
leste, que apresentou nas etapas anteriores ASE[1.000lux,250h] de
15,45% com luz solar direta de mais de 1.000lux em mais de 250 horas
ao longo do ano.
Os resultados gráficos dessa simulação demonstraram haver
probabilidade de ocorrer perturbações em todas as direções visuais no
período da manhã, com grande frequência ao longo dos meses do ano,
com exceção dos meses de inverno.

Figura 132 – Resultados de Annual Glare de F12.9-Z2-T5.1-L


Meses do ano
(1) A2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(2) A4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(3) A6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(4) B1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
202

Meses do ano
(5) B3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Horas do dia 0

24
(6) B5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(7) B7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(8) C2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(9) C4a 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(10) C4b 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
203

Meses do ano
(11) C6
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(12) D1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(13) D3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(14) D5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(15) D7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(16) E2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
204

Meses do ano
(17) E4
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24
(18) E6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
Horas do dia

24

Analisando todos os resultados realizados para este sistema de


forma combinada, percebeu-se que, com o aumento do fator de abertura,
todas as direções visuais apresentam intervalos de tempo ao longo do ano
com probabilidade de ocorrência de perturbações visuais, distribuídas por
várias áreas de todo o ambiente, mesmo com a menor largura interna do
shed, visto que este sistema de cinco sheds dispostos transversalmente à
leste já apresentava a probabilidade de ocorrência de perturbações visuais
com menores fatores de abertura.

4.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS DOS RESULTADOS


ENCONTRADOS

Esta pesquisa, através da metodologia proposta, analisou três


tipologias de sistemas zenitais diferentes: claraboias, sheds e lanternins,
onde cada uma das tipologias abrangeu variações quanto às dimensões e
à porcentagem de abertura para penetração da luz no espaço.
Através dos resultados encontrados pôde-se notar que dentre todos
os sistemas analisados a tipologia de sistema zenital lanternim foi a que
obteve os melhores resultados, onde, dos 64 lanternins analisados, 43
sistemas atenderam às etapas de avaliação de iluminâncias, o que
correspondeu a 53% dos 81 sistemas que obtiveram resultados
satisfatórios. Além disso, este foi o único sistema que não passou pela
205

terceira etapa de avaliação, visto que seus resultados de


ASE[1.000lux,250h] foram nulos ou inferiores a 5% da área.
Já a tipologia de sistema zenital shed apresentou 37 sistemas, dos
96 analisados, que atenderam aos parâmetros requeridos de iluminância,
o que correspondeu a 46% do total de resultados satisfatórios das duas
primeiras etapas de avaliação. No entanto, esta tipologia também
apresentou a maior quantidade de sistemas para as análises de brilho
através do índice DGP, ao todo foram 19 sistemas analisados. É
interessante notar aqui que, os 18 sistemas que não foram para terceira
etapa de avaliação, apresentarem ASE[1.000lux,250h] de 0% da área e
possuem orientação geográfica sul.
Por sua vez, a tipologia de sistema zenital claraboia resultou em
somente 1 sistema dos 40 analisados, que atendeu aos parâmetros de
iluminância das duas primeiras etapas de avaliação, o que correspondeu a
1% do total de sistemas satisfatórios, onde este também foi analisado pelo
índice de probabilidade de ocorrência de perturbações visuais.
206
207

5. CONCLUSÕES

Definir com precisão as variáveis da admissão de luz natural em


projetos de instalações desportivas é uma das grandes dificuldades
encontradas nos processos de avaliação dessa tipologia de ambientes.
Integrar a luz do dia nos espaços internos é natural, saudável e eficiente,
mas tem tido enorme resistência pelos problemas causados pelo excesso
de brilho e calor, que é um subproduto de projetos arquitetônicos mal
concebidos. Além disso, a avaliação da iluminação para essa tipologia
arquitetônica sofre a influência da variabilidade e dinamicidade do olhar
dos usuários. Este dinamismo envolve ainda questões subjetivas que
podem influenciar na adaptação do sistema visual e nos níveis de
tolerância com relação aos brilhos.
Dessa forma, o principal objetivo dessa pesquisa foi investigar a
influência da adoção de tipologias de sistemas zenitais em projetos
arquitetônicos para quadras poliesportivas fechadas, mensurando o
impacto de cada tipologia sobre o comportamento luminoso nesses
ambientes e seus possíveis efeitos sobre os usuários.
Neste capítulo, portanto, são apresentadas as conclusões obtidas
através das simulações e análises dos resultados, bem como as limitações
encontradas no desenvolvimento da pesquisa e sugestões para estudos
futuros.

5.1 Conclusões acerca dos procedimentos metodológicos

De forma geral, a metodologia empregada foi adequada para


fundamentar as formas de avaliação das simulações computacionais
realizadas. A etapa de identificação e levantamento de padrões
construtivos em ambientes reais na cidade de Florianópolis (SC),
demandou um tempo maior do que o previsto, no entanto, foi fundamental
pois permitiu ampliar o conhecimento inicial da quantidade de quadras
poliesportivas que já adotavam sistemas zenitais, além de permitir a
criação de um modelo-base com as características construtivas mais
frequentes, aproximando os resultados desse estudo da realidade
construtiva desse tipo de instalação.
Já o emprego de simulações computacionais permitiu a análise
dinâmica do ambiente luminoso ao longo de todo o ano, o que seria
inviável através de mapeamentos reais. As simulações, no entanto,
sofreram, ao longo do estudo, alterações quanto aos softwares e plugins
utilizados, onde concluiu-se que:
208

o O plugin de modelagem paramétrica Grasshopper otimizou o tempo


de modelagem dos sistemas e suas variações;
o O plugin de simulação Diva for Grasshopper foi satisfatório para
realização dos cálculos de iluminância de todos os modelos. No
entanto, dificultou as simulações de luminância pelo tempo de
simulação demandado para cada um dos sistemas, inviabilizando a
sua utilização. Este tempo esteve atrelado à forma como os resultados
são expostos após a simulação, gerando imagens separadas para cada
hora do dia, para todos os dias do ano, para cada direção visual
determinada.
o Diante deste entrave, todos os modelos foram exportados para o
software Rhinoceros e suas luminâncias simuladas pelo plugin de
simulação Diva for Rhino, o que permitiu alcançar o mesmo resultado
esperado com o índice DGP através de um único gráfico anual,
reduzindo para aproximadamente 1/5 o tempo de simulação de cada
modelo.

5.2 Sistemas e tipologias zenitais estudados

Esta pesquisa, através da metodologia proposta, analisou três


tipologias de sistemas zenitais diferentes: claraboias, sheds e lanternins,
onde cada uma das tipologias abrangeu variações quanto às dimensões e
à porcentagem de abertura para penetração da luz no espaço.
Para analisar o comportamento luminoso dos sistemas zenitais e
seus efeitos nos usuários, foram utilizadas medidas dinâmicas de
verificação das iluminâncias e das luminâncias, onde estabeleceu-se
como critérios: sUDI[300-2.000lux,50%h] ≥ 50% área da área e
ASE[1.000lux,250h] ≤ 30% da área.
De forma geral, para a tipologia de sistema zenital claraboia, todos
os 40 sistemas estudados resultaram insatisfatórios pelos critérios
estabelecidos. Foi possível notar que as claraboias com fator 4,3% e 8,6%
obtiveram valores suficientes de sUDI[300-2.000lux,50%h], porém
alcançaram valores de ASE[1.000lux,250h] acima do requerido, onde
somente uma das simulações alcançou o resultado de
ASE[1.000lux,250h] dentro dos critérios determinados. Neste caso, este
fato se deve, principalmente, pelo material do sistema analisado - vidro
transparente - que permitiu ocorrer incidência solar direta no plano de
análise. Ao analisar os dados de DGP deste modelo percebe-se haver
probabilidade de ocorrência de perturbações em todas as direções visuais
estudadas. Já os fatores 12,9% e 17,2% demonstraram, em sua maioria,
resultados de sUDI[300-2.000lux,50%h] acima de 2.000 lux. Esta
209

estratégia carrega desvantagens significativas por que os ângulos solares


de verão são maiores permitindo entrada de luz solar direta por um tempo
maior.
Para a tipologia de sistema zenital shed, dos 96 sistemas estudados,
somente 12 obtiveram resultados satisfatórios dentre os critérios
estabelecidos, sendo 6 sistemas com fator de abertura 12,9% e 6 sistemas
com fator 17,2%. Nos sistemas insatisfatórios, foi possível notar que os
de fator 4,3%, 8,6% e 12,9% apresentaram áreas perimetrais do ambiente
com pouca luz incidente ao longo do ano. A orientação sul foi a que
apresentou a maior quantidade de luz útil incidente com resultados de
ASE[1.000lux,250h] iguais a zero, no entanto, também apresentou uma
distribuição desuniforme da luz. Já o fator 17,2% apresentou uma boa
uniformidade na distribuição de luz pelo ambiente, no entanto, percebeu-
se que este fator de abertura associado à maior largura interna do shed
resultou em quantidades de luz acima de 2.000 lux, quando comparado ao
sistema com largura interna menor.
Das duas primeiras etapas de análises de iluminâncias, 37
simulações foram satisfatórias e 19 passaram pela etapa de análise de
probabilidade de ocorrência de perturbações visuais, onde pôde-se
identificar que não houve relação entre a probabilidade de ofuscamento
das direções visuais com a porcentagem de ASE[1.000lux,250h]
resultante, visto que valores resultantes de ASE[1.000lux,250h] próximos
aos 30% obtiveram probabilidade de ofuscamento em um número menor
de direções visuais, enquanto valores mais baixos de
ASE[1.000lux,250h], entre 10% e 20%, obtiveram perturbações visuais
em todas as direções analisadas. Para a maioria dos sistemas, os meses de
verão foram os que apresentaram maior probabilidade de ocorrência de
perturbações. Notou-se também que em todos os sistemas orientados a
leste, as probabilidades de perturbações visuais ocorreram somente no
período da manhã, enquanto para os sistemas orientados a oeste
ocorreram no período da tarde. Este fato se deve, principalmente, pelo
material do sistema analisado - vidro transparente - que permitiu ocorrer
incidência solar direta no plano de análise.
De forma geral, para a tipologia de sistema zenital lanternim, dos
64 analisados, 24 sistemas obtiveram resultados satisfatórios dentro dos
critérios estabelecidos, sendo 12 sistemas com fator de abertura 12,9% e
12 sistemas com fator 17,2%. Foi possível notar que os valores de
iluminâncias de sUDI[300-2.000lux,50%h] de fator 4,3% foram
insatisfatórios para os critérios propostos, onde todos os modelos
resultaram abaixo dos 300 lux, demonstrando haver iluminação
insuficiente independentemente da quantidade de zenitais existentes. Para
210

o fator de abertura 8,6%, somente uma das simulações não alcançou os


critérios determinados de sUDI[300-2.000lux,50%h] e
ASE[1.000lux,250h], enquanto que, para os fatores 12,9% e 17,2%, todas
as simulações se apresentaram satisfatórias com valores de sUDI[300-
2.000lux,50%h] acima de 50%, valores de ASE[1.000lux,250h] abaixo
de 30% e com uma distribuição da luz uniforme pelo ambiente, com
exceção dos sistemas longitudinais de 12,9%. Para estes casos, foi
interessante notar que o aumento da quantidade de zenitais aumentou a
quantidade de iluminação útil no ambiente (sUDI[300-2.000lux,50%h]),
no entanto, a diferença na quantidade de zenitais impactou principalmente
na uniformidade de distribuição da luz pelo espaço. Além disso, é
importante ressaltar que esta foi a única tipologia de sistema zenital que
não passou pela terceira etapa de avaliação, visto que seus resultados de
ASE[1.000lux,250h] na segunda etapa de avaliação foram nulos ou
inferiores a 5% da área.
Portanto, de forma a concluir este estudo, dos 200 sistemas zenitais
avaliados quanto ao comportamento luminoso em quadras poliesportivas
fechadas, 36 sistemas, relacionados na Tabela 27, atenderam aos critérios
estabelecidos, sendo 12 sistemas zenitais tipo shed e 24 sistemas zenitais
tipo lanternim. Isso ocorreu pelo fato destas tipologias de sistemas
reduzirem ou bloquearem a incidência direta de luz solar no ambiente
interno devido às características construtivas dos dois sistemas,
permitindo uma penetração satisfatória da luz natural.

Tabela 27 – Relação de sistemas satisfatórios.


FATOR DE ABERTURA 12,9%
Nº Código Tipologia Orientação geográfica
113 F12.9-Z2-T3.1-S Shed S: Sul
114 F12.9-Z2-T3.2-S Shed S: Sul
121 F12.9-Z2-T4.1-S Shed S: Sul
122 F12.9-Z2-T4.2-S Shed S: Sul
129 F12.9-Z2-T5.1-S Shed S: Sul
130 F12.9-Z2-T5.2-S Shed S: Sul
139 F12.9-Z3-T3.1-NS Lanternim NS: Norte e Sul
140 F12.9-Z3-T3.2-NS Lanternim NS: Norte e Sul
141 F12.9-Z3-T3.1-LO Lanternim LO: Leste e Oeste
142 F12.9-Z3-T3.2-LO Lanternim LO: Leste e Oeste
143 F12.9-Z3-T4.1-NS Lanternim NS: Norte e Sul
144 F12.9-Z3-T4.2-NS Lanternim NS: Norte e Sul
145 F12.9-Z3-T4.1-LO Lanternim LO: Leste e Oeste
146 F12.9-Z3-T4.2-LO Lanternim LO: Leste e Oeste
211

Tabela 27 (continuação) – Relação de sistemas satisfatórios.


FATOR DE ABERTURA 12,9%
Nº Código Tipologia Orientação geográfica
147 F12.9-Z3-T5.1-NS Lanternim NS: Norte e Sul
148 F12.9-Z3-T5.2-NS Lanternim NS: Norte e Sul
149 F12.9-Z3-T5.1-LO Lanternim LO: Leste e Oeste
150 F12.9-Z3-T5.2-LO Lanternim LO: Leste e Oeste
SISTEMA DE ABERTURA 17,2%
Nº Código Tipologia Orientação geográfica
179 F17.2-Z2-T3.1-S Shed S: Sul
180 F17.2-Z2-T3.2-S Shed S: Sul
185 F17.2-Z2-T4.1-S Shed S: Sul
186 F17.2-Z2-T4.2-S Shed S: Sul
187 F17.2-Z2-T5.1-S Shed S: Sul
188 F17.2-Z2-T5.2-S Shed S: Sul
189 F17.2-Z3-T3.1-NS Lanternim NS: Norte e Sul
190 F17.2-Z3-T3.2-NS Lanternim NS: Norte e Sul
191 F17.2-Z3-T3.1-LO Lanternim LO: Leste e Oeste
192 F17.2-Z3-T3.2-LO Lanternim LO: Leste e Oeste
193 F17.2-Z3-T4.1-NS Lanternim NS: Norte e Sul
194 F17.2-Z3-T4.2-NS Lanternim NS: Norte e Sul
195 F17.2-Z3-T4.1-LO Lanternim LO: Leste e Oeste
196 F17.2-Z3-T4.2-LO Lanternim LO: Leste e Oeste
197 F17.2-Z3-T5.1-NS Lanternim NS: Norte e Sul
198 F17.2-Z3-T5.2-NS Lanternim NS: Norte e Sul
199 F17.2-Z3-T5.1-LO Lanternim LO: Leste e Oeste
200 F17.2-Z3-T5.2-LO Lanternim LO: Leste e Oeste

5.3 Considerações finais

5.3.1 Limitações da pesquisa

No decorrer da pesquisa algumas limitações influenciaram no


andamento e na análise dos resultados. Estas limitações estão exportas a
seguir:
Com relação à criação do modelo-base:
o Algumas características construtivas das quadras poliesportivas
levantadas apresentaram diferenças pequenas na quantidade de
amostras com relação ao total levantado, como nos tipos de cobertura
ou na existência de arquibancadas dentro da instalação, o que,
portanto, demandaria a análise de uma amostragem maior de quadras
em outras cidades para determinar a maior frequência padrão; ou
deveria ser considerado o estudo de mais de um aspecto, gerando
212

mais de um modelo-base. Ambos demandariam um tempo maior


dentro desta pesquisa proposta e comprometeriam o tempo de
execução dos procedimentos metodológicos seguintes.

Com relação às diretrizes de simulação adotadas:


o O número de tipologias diferentes de sistemas zenitais foi estipulado
em somente três para viabilizar o estudo de maiores variações para
cada sistema;
o O material analisado para todos os sistemas foi somente o vidro
transparente;
o A quantidade de simulações de luminâncias com o índice DGP
precisou ser reduzido, devido ao tempo demandado para conclusão
de cada simulação.

5.3.2 Sugestões para pesquisas futuras

A partir desse estudo, sugere-se temas para pesquisas futuras que


podem complementar os resultados obtidos e continuar as análises
realizadas:
o Analisar além do vidro transparente, outros materiais para as
aberturas zenitais propostas, como vidros translúcidos,
policarbonatos, fibra de vidro, etc;
o A análise de outros tipos de cobertura, como curvas, planas ou de
múltiplas águas, para avaliar a forma de distribuição da iluminação
natural interna;
o Realização de simulações associadas a sistemas de controle da luz
solar direta;
o A realização de simulações térmicas, para avaliar o impacto
combinado de cada estratégia projetual.
213

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218
219

APÊNDICE A

Relação de quadras poliesportivas fechadas na cidade de


Florianópolis (SC)

Identificação QM01
Esfera Administrativa Municipal
Instituição Creche Celso Ramos
Rua Professor Aldo Câmara da Silva, 180
Endereço
- Centro
220

Identificação QM02
Esfera Administrativa Municipal
Instituição Ginásio Carlos Alberto Campos
Endereço Rua Vereador Gercino Silva, 100 - Canto
221

Identificação QM03
Esfera Administrativa Municipal
Instituição Escola Desdobrada Osvaldo Galupo
Rua Antônio Carlos Ferreira, 1110 -
Endereço
Agronômica
222

Identificação QM04
Esfera Administrativa Municipal
Instituição Escola Básica Vitor Miguel de Souza
Endereço Rua Vítor Miguel de Souza, 186 - Itacorubi
223

Identificação QM05
Esfera Administrativa Municipal
Instituição Escola Beatriz De Souza Brito
Rua Deputado Antônio Edu Vieira, 600 -
Endereço
Pantanal
224

Identificação QM06
Esfera Administrativa Municipal
Escola Básica Municipal José do Valle
Instituição
Pereira
Endereço Rodovia João Paulo, 1268 - João Paulo
225

Identificação QM07
Esfera Administrativa Municipal
Instituição Escola Básica Osmar Cunha
Rodovia Tertuliano Brito Xavier, 661 -
Endereço
Canasvieiras

Identificação QM08
Esfera Administrativa Municipal
Instituição Escola Básica Herondina Medeiros Zeferino
Servidão Três Marias, 1072 - Ingleses do Rio
Endereço
Vermelho
226

Identificação QM09
Esfera Administrativa Municipal
Escola Básica Municipal Professor Anísio
Instituição
Teixeira
Rua João Câncio Jacques, s/n - Costeira do
Endereço
Pirajubaé

Identificação QM10
Esfera Administrativa Municipal
Escola Básica Municipal João Gonçalves
Instituição
Pinheiro
Rua Silvio Lopes Araújo, s/n - Rio Tavares
Endereço
227

Identificação QM11
Esfera Administrativa Municipal
Escola Básica Municipal Brigadeiro
Instituição
Eduardo Gomes
Endereço Av. Pequeno Príncipe, 2939 - Campeche

Identificação QM12
Esfera Administrativa Municipal
Instituição Escola Básica José Amaro Cordeiro
Rodovia Francisco Thomaz dos Santos,
Endereço
1691 - Morro das Pedras
228

Identificação QM13
Esfera Administrativa Municipal
Instituição Escola Básica Municipal Batista Pereira
Rodovia Baldicero Filomeno, 3000 -
Endereço
Ribeirão da Ilha
229

Identificação QE14
Esfera Administrativa Estadual
Instituto Estadual de Educação - Ginásio
Instituição
Rozendo Lima Vasconcelos
Endereço Avenida Hercílio Luz, 418 - Centro
230

Identificação QE15
Esfera Administrativa Estadual
Instituição Colégio Estadual Presidente Roosevelt
Endereço Rua Pascoal Simone, 80 - Coqueiros
231

Identificação QE16
Esfera Administrativa Estadual
Instituição CEFID - UDESC
Endereço Rua Pascoal Simone, 358 - Coqueiros
232

Identificação QE17
Esfera Administrativa Estadual
Escola de Educação Básica Pero Vaz de
Instituição
Caminha
Endereço Rua Irmã Bonavita, 954 - Capoeiras
233

Identificação QE18
Esfera Administrativa Estadual
Instituição Escola de Educação Básica José Boiteux
Endereço Rua Marechal Câmara, 182 - Estreito
Informações Gerais de Utilização
Turnos do dia
■ Manhã ■ Tarde ■ Noite
Dias da semana
■ Segunda ■ Terça ■ Quarta ■ Quinta ■ Sexta ■ Sábado ■ Domingo
Modalidades
■ Voleibol ■ Futsal ■ Basquetebol ■ Handebol Outro: Hóquei
Frequência de uso da iluminação ARTIFICIAL durante o período
DIURNO
□ Sempre □ Frequentemente □ Às vezes ■ Raramente □ Nunca
Características Físicas
Cobertura: duas águas com iluminação zenital
Existe arquibancada? ■ Sim □ Não
Capacidade aprox. arquibancada: 300
Público-alvo da quadra: Estudantes
Materiais e acabamentos principais
Paredes: Alvenaria pintada na cor bege claro
Piso: Concreto alisado e pintado na cor azul, verde e laranja
Teto: Telha metálica aparente com telhas translúcidas
Arquibancadas: concreto alisado
Aberturas de iluminação: Tijolos vazados nas quatro faces, com
duas alturas diferentes, aprox. 1,2m altura
234

Registros Fotográficos e Desenhos Esquemáticos


235

Identificação QE19
Esfera Administrativa Estadual
Escola de Educação Básica Irineu
Instituição
Bornhausen
Rua Vereador Batista Pereira, 306 -
Endereço
Estreito
Informações Gerais de Utilização
Turnos do dia ■ Manhã ■ Tarde ■ Noite
Dias da semana
■ Segunda ■ Terça ■ Quarta ■ Quinta ■ Sexta □ Sábado □ Domingo
Modalidades
■ Voleibol ■ Futsal ■ Basquetebol ■ Handebol Outro: Hóquei,Tênis
Frequência de uso da iluminação ARTIFICIAL durante o período
DIURNO
■ Sempre □ Frequentemente □ Às vezes □ Raramente □ Nunca
Características Físicas
Cobertura: duas águas com iluminação zenital em somente uma das
águas
Existe arquibancada? ■ Sim □ Não
Capacidade aprox. arquibancada: 300
Público-alvo da quadra: Estudantes
Materiais e acabamentos principais
Paredes: Alvenaria pintada na cor bege claro
Piso: Concreto alisado e pintado na cor azul, verde e amarelo
Teto: Telha metálica aparente com telhas translúcidas
Arquibancadas: concreto alisado
Aberturas de iluminação: Tijolos vazados em duas laterais, uma
lateral com duas alturas diferentes, aprox. 1,5m altura
236

Registros Fotográficos e Desenhos Esquemáticos


237

Identificação QE21
Esfera Administrativa Estadual
Escola de Educação Básica Aderbal Ramos
Instituição
da Silva
Endereço Rua Coronel Pedro Demoro - Balneário
238

Identificação QE22
Esfera Administrativa Estadual
Escola de Educação Básica Rosa Torres de
Instituição
Miranda
Endereço Rua Melvin Jones, 389 - Jardim Atlântico
Informações Gerais de Utilização
Turnos do dia ■ Manhã ■ Tarde □ Noite
Dias da semana
■ Segunda ■ Terça ■ Quarta ■ Quinta ■ Sexta □ Sábado □ Domingo
Modalidades
■ Voleibol ■ Futsal ■ Basquetebol ■ Handebol
Frequência de uso da iluminação ARTIFICIAL durante o período
DIURNO
■ Sempre □ Frequentemente □ Às vezes □ Raramente □ Nunca
Características Físicas
Cobertura: curva, sem iluminação zenital
Existe arquibancada? ■ Sim □ Não
Capacidade aprox. arquibancada: 600
Público-alvo da quadra: Estudantes
Materiais e acabamentos principais
Paredes: Tijolo aparente
Piso: Concreto alisado e pintado na cor azul e laranja
Teto: Telha metálica pintada na cor branca
Arquibancadas: concreto alisado e pintado na cor amarelo
Aberturas de iluminação: Tijolos vazados nas duas extremas aprox.
1m altura e janelas pequenas em uma das laterais atrás do palco.
Registros Fotográficos e Desenhos Esquemáticos
239
240

Identificação QE23
Esfera Administrativa Estadual
Escola de Aprendizes Marinheiros de Santa
Instituição
Catarina
Avenida Marinheiro Max Schramm, 3028 -
Endereço
Jardim Atlântico
241

Identificação QE24
Esfera Administrativa Estadual
Escola de Educação Básica América Dutra
Instituição
Machado
Endereço Rua Joaquim Nabuco, 2875 - Monte Cristo
Informações Gerais de Utilização
Turnos do dia ■ Manhã ■ Tarde □ Noite
Dias da semana
■ Segunda ■ Terça ■ Quarta ■ Quinta ■ Sexta □ Sábado □ Domingo
Modalidades
■ Voleibol ■ Futsal ■ Basquetebol ■ Handebol
Frequência de uso da iluminação ARTIFICIAL durante o período
DIURNO
■ Sempre □ Frequentemente □ Às vezes □ Raramente □ Nunca
Características Físicas
Cobertura: duas águas, sem iluminação zenital
Existe arquibancada? □ Sim ■ Não
Público-alvo da quadra: Estudantes
Materiais e acabamentos principais
Paredes: Tijolo aparente
Piso: Concreto alisado e pintado na cor verde e laranja
Teto: Telha metálica aparente
Aberturas de iluminação: Tijolos vazados nas duas extremas aprox.
1,2m altura
Registros Fotográficos e Desenhos Esquemáticos
242
243

Identificação QE25
Esfera Administrativa Estadual
Instituição Escola de Educação Básica Padre Anchieta
Endereço Rua Rui Barbosa, 327 - Agronômica

Identificação QE26
Esfera Administrativa Estadual
Instituição Escola Básica Hilda Teodoro Vieira
Endereço Rua Lauro Linhares, 560 - Trindade
244

Identificação QE27
Esfera Administrativa Estadual
Colégio Policial Militar Feliciano Nunes
Instituição
Pires
Avenida Madre Benvenuta, 265 - Trindade
Endereço
245

Identificação QE28
Esfera Administrativa Estadual
Escola de Educação Básica Simão José
Instituição
Hess
Endereço Avenida Madre Benvenuta, 463 - Trindade
246

Identificação QE29
Esfera Administrativa Estadual
Instituição Corpo de Bombeiros de Santa Catarina
Avenida Professor Henrique da Silva
Endereço
Fontes, 970 - Trindade
247

Identificação QE30
Esfera Administrativa Estadual
Escola Básica Prefeito Acácio Garibaldi
Instituição
São Thiago
Rua Altamiro Barcelo Dutra 1195, Barra da
Endereço
Lagoa

Identificação QE31
Esfera Administrativa Estadual
Instituição Escola Estadual Jacó Anderle
Rua Francisco Faustino Martins, s/n -
Endereço
Vargem de Fora
248

Identificação QE32
Esfera Administrativa Estadual
Instituição Escola de Educação Básica Getúlio Vargas
Rua João Motta Espezim, 499 - Saco dos
Endereço
Limões

Identificação QE33
Esfera Administrativa Estadual
Instituição Escola Básica Júlio da Costa Neves
Endereço Avenida Jorge Lacerda, 2990 - Carianos
249

Identificação QE34
Esfera Administrativa Estadual
Escola de Educação Básica Porto do Rio
Instituição
Tavares
Endereço Rodovia SC-405, 356 - Rio Tavares
250

Identificação QE35
Esfera Administrativa Estadual
Escola de Educação Básica Dom Jaime de
Instituição
Barros Câmara
Rodovia Baldicero Filomeno, 7821 -
Endereço
Ribeirão da Ilha
251

Identificação QF36
Esfera Administrativa Federal
Instituição Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC
Endereço Avenida Mauro Ramos, 950 - Centro
252

Identificação QF37
Esfera Administrativa Federal
Universidade Federal de Santa Catarina –
Instituição
UFSC
Campus Reitor João David Ferreira Lima,
Endereço
s/n - Trindade
253

Identificação QP38
Esfera Administrativa Privada
Instituição Colégio Catarinense
Endereço Rua Esteves Júnior, 711 - Centro
254

Identificação QP39
Esfera Administrativa Privada
Instituição Colégio Bom Jesus Coração de Jesus
Endereço Rua Herman Blumenau, 102 - Centro

Identificação QP40
Esfera Administrativa Privada
Instituição Colégio Marista Lucia Mayvorne
Endereço Rua General Vieira da Rosa, 1050 - Centro
255

Identificação QP41
Esfera Administrativa Privada
Instituição Educandário Imaculada Conceição
Endereço Rua São Francisco, 148 - Centro

Identificação QP42
Esfera Administrativa Privada
Instituição Colégio Santa Catarina
Endereço Rua Frei Evaristo, 91 - Centro
256

Identificação QP43
Esfera Administrativa Privada
Instituição Escola Dinâmica
Endereço Rua Alves de Brito, 236 - Centro
257

Identificação QP44
Esfera Administrativa Privada
Instituição SESC Prainha
Endereço Travessa Siryaco Atherino, 100 - Centro
258

Identificação QP45
Esfera Administrativa Privada
Instituição Lira Tênis Clube
Endereço Rua Felipe Schmidt, 636, Centro
259

Identificação QP46
Esfera Administrativa Privada
Instituição Colégio Visão
Rua Desembargador Ferreira Bastos, 48 -
Endereço
Coqueiros
260

Identificação QP47
Esfera Administrativa Privada
Associação Atlética Banco do Brasil –
Instituição
AABB
Rua Desembargador Pedro Silva, 2809 -
Endereço
Coqueiros
261

Identificação QP48
Esfera Administrativa Privada
Instituição Ginásio de Esportes Saul Oliveira
Avenida Governador Ivo Silveira, 2.929 -
Endereço
Capoeiras
Informações Gerais de Utilização
Turnos do dia ■ Manhã ■ Tarde ■ Noite
Dias da semana
■ Segunda ■ Terça ■ Quarta ■ Quinta ■ Sexta □ Sábado □ Domingo
Modalidades
■ Voleibol ■ Futsal ■ Basquetebol ■ Handebol
Frequência de uso da iluminação ARTIFICIAL durante o período
DIURNO
■ Sempre □ Frequentemente □ Às vezes □ Raramente □ Nunca
Características Físicas
Cobertura: Estrutura metálica plissada
Existe arquibancada? ■ Sim □ Não
Capacidade aprox. arquibancada: 1200
Público-alvo da quadra: Estudantes e Atletas/Campeonatos
Materiais e acabamentos principais
Paredes: Alvenaria pintada na cor branco e vermelho
Piso: Madeira pintada verde e vermelho
Teto: Telha metálica aparente
Arquibancada: Concreto pintado na cor cinza médio
Aberturas de iluminação: Tijolos vazados nas quatro faces próximo
a cobertura, aprox. 0,6m altura
Registros Fotográficos e Desenhos Esquemáticos
262
263

Identificação QP49
Esfera Administrativa Privada
Colégio Salvatoriano Nossa Senhora de
Instituição
Fátima
Endereço Rua Afonso Pena, 1264 - Estreito

Identificação QP50
Esfera Administrativa Privada
Instituição Colégio Criativo
Rua Vidal Gregório Pereira, 350 - Jardim
Endereço
Atlântico
264

Identificação QP51
Esfera Administrativa Privada
Instituição SEST SENAT
Avenida Marinheiro Max Schramm,
Endereço
3635 - Jardim Atlântico
Informações Gerais de Utilização
Turnos do dia ■ Manhã ■ Tarde ■ Noite
Dias da semana
■ Segunda ■ Terça ■ Quarta ■ Quinta ■ Sexta ■ Sábado ■ Domingo
Modalidades
■ Voleibol ■ Futsal ■ Basquetebol ■ Handebol Outra: Patinação
Frequência de uso da iluminação ARTIFICIAL durante o período
DIURNO
■ Sempre □ Frequentemente □ Às vezes □ Raramente □ Nunca
Características Físicas
Cobertura: curva, sem iluminação zenital
Existe arquibancada? ■ Sim □ Não
Capacidade aprox. arquibancada: 300
Público-alvo da quadra: Estudantes
Materiais e acabamentos principais
Paredes: Bloco de concreto pintado na cor amarelo claro, pilares e
aberturas cor cinza médio
Piso: Madeira envernizada e com pinturas na cor laranja
Teto: Telha metálica pintada na cor branca
Arquibancadas: concreto alisado e pintado na cor cinza escuro
Aberturas de iluminação: Tijolos vazados nas quatro faces,
proporcional a ½ da altura lateral.
Registros Fotográficos e Desenhos Esquemáticos
265
266

Identificação QP52
Esfera Administrativa Privada
Instituição Colégio Geração
Endereço Rua São João Batista, 60 - Agronômica
267

Identificação QP53
Esfera Administrativa Privada
Instituição Escola Internacional de Florianópolis
Rua Professora Maria Flora Pausewang,
Endereço
413 - Trindade
268

Identificação QP54
Esfera Administrativa Privada
Instituição Paula Ramos Esporte Clube
Avenida Madre Benvenuta, 340 -
Endereço
Trindade
269

Identificação QP55
Esfera Administrativa Privada
Instituição Sociedade Amigos do Curió
Rua Osmarino de Deus Cardoso, 101 -
Endereço
Trindade
270

Identificação QP56
Esfera Administrativa Privada
Instituição ELASE Clube Desportivo e Social
Avenida César Seara, 560 - Saco dos
Endereço
Limões
271

Identificação QP57
Esfera Administrativa Privada
Instituição Colégio Logosófico Gonzalez Pecotche
Rua Deputado Antônio Edu Vieira, 150 -
Endereço
Pantanal
272

Identificação QP58
Esfera Administrativa Privada
Instituição Colégio Jardim Anchieta
Endereço Rua Abílio Costa, 69 - Córrego Grande
273

Identificação QP59
Esfera Administrativa Privada
Instituição Escola Autonomia
Rua Salvatina Feliciana dos Santos, 1 -
Endereço
Itacorubi
274

Identificação QP60
Esfera Administrativa Privada
Instituição ASTEL Associação Esportiva e Social
Rua Eduardo Gonçalves DÁvila, 150 -
Endereço
Itacorubi
275

Identificação QP61
Esfera Administrativa Privada
Instituição Colégio Cruz e Souza
Rodovia José Carlos Daux SC-401,
Endereço
9301, m 10 - Santo Antônio de Lisboa

Identificação QP62
Esfera Administrativa Privada
Instituição Colégio Motivação Junior
Rodovia Virgílio Várzea, 3227 -
Endereço
Vargem Pequena
276

Identificação QP63
Esfera Administrativa Privada
Associação da Caixa Econômica
Instituição
Federal de Santa Catarina
Endereço Al. César Nascimento, 700 - Jurerê

Identificação QP64
Esfera Administrativa Privada
Instituição Colégio Santa Terezinha
Servidão Safira, 148 - Ingleses do Rio
Endereço
Vermelho
277

Identificação QP65
Esfera Administrativa Privada
Instituição Colégio da Lagoa
Rua Hyppólito do Valle Pereira, 121 -
Endereço
Lagoa da Conceição
278

Identificação QP66
Esfera Administrativa Privada
Instituição Colégio Estimoarte
Avenida Jorge Lacerda, 1759 - Costeira
Endereço
do Pirajubaé
279

Identificação QP67
Esfera Administrativa Privada
Instituição Escola da Fazenda
Endereço Rua Jaborandi, 324 - Campeche

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