Cap. 5 - Marketing Digital
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Digital Influencers Página 2
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
5 DIGITAL INFLUENCERS
Esse pessoal está com tudo e não é à toa que eles fazem sucesso.
Com certeza, você já ouviu falar no digital influencers ou foi impactado por um
deles em algum momento da sua vida. A verdade é que, hoje, os influenciadores
digitais (para “aportuguesar” o jargão) estão em todos os lugares e já alcançaram o
status de grandes estrelas da publicidade – e parece que isso não vai mudar tão cedo.
Mas, wait a minute, quem são, de onde vêm e para onde vão essas pessoas
que aparentemente surgiram “do nada” e passaram a valer milhões?
Figura 5.2 – Doug The Pug arrasando nas fotos e fantasias que posta todos os dias
Fonte: Instagram (2020)
Mas você deve estar se perguntando: como essas pessoas (ou bichinhos)
conseguiram sair das redes sociais e representar uma marca?
Figura 5.5 – Luccas Neto e Felipe Neto, irmãos e dois dos maiores youtubers do mundo
Fonte: Google Imagens (2021)
Então, já viu, né? Pessoas “normais” passaram a fazer sucesso por falar sobre
as coisas de que gostavam (ou por ter um jeito de se comunicar que chamava a
atenção), passando a representar outras milhares de pessoas que se sentiam da
mesma forma, numa onda de identificação sem precedentes. Uma coisa muito bonita
de se ver – e com uma força que ninguém imaginava.
Figura 5.7 – PewDiePie: o maior youtuber do mundo é sueco e vive no Reino Unido
Fonte: Instagram (2020)
Antes de tudo, é preciso deixar uma coisa bem clara: SIM, o marketing de
influência é uma realidade sem volta. Para se ter uma ideia, daremos uma olhadinha
em alguns dados que evidenciam como os influenciadores digitais podem ser chave
para resultados mais relevantes:
Bom, já entendemos a maneira como esses seres surgem em nossa vida, né?
Agora, precisamos saber #comofaz para incluí-los nas nossas ações de marketing.
Mas vamos primeiro recorrer ao clássico Kotler (dando uma repaginada em algumas
coisinhas) para dar uma conceituada, nada muito aprofundado!
Mas, peraí, não eram Ps? Pois é, quem já estudou o assunto provavelmente
dedicou uma parcela do seu tempo para entender o significado dos 8 Ps do Marketing.
Porém, neste momento, precisamos focar em outra letra do alfabeto: o “C”, que vai
dar uma ideia de como iniciar o pensamento entre marca e influencer.
• O segundo C é o da competência
Conhecer, ver e ser visto, usando as relações como forma de criar mais acesso
entre as pessoas e fortalecer os laços entre as partes. Ainda mais que, uma vez que
Figura 5.10 – A youtuber Hel Mother, influencer “família”, fazendo campanha para o iFood
Fonte: Instagram (2018)
Figura 5.12 – Gracyanne Barbosa fazendo publicidade para Aguimar Ferreira Chocolateria
Fonte: Instagram (2020)
Figura 5.13 – Camila Coutinho, dona do Garotas Estúpidas, fazendo propaganda para Trident
Fonte: Instagram (2020)
Tudo isso para dizer que escolher um influenciador vai muito além do “gostar
dele” ou “achar que faz sentido”. É preciso saber o que quer e buscar quem pode
entregar aquilo da melhor forma.
Figura 5.14– Julia Tolezano é conhecida pelo seu canal no YouTube, JoutJout Prazer
Fonte: G1 (2018)
Então, depois de pensar seriamente nessas duas regras sobre como escolher
influenciadores (que englobam muitas coisas), você estará pronto para fazer sua ação
com influenciadores e colher os resultados dela!
Pois é, pessoal, um novo tempo traz também um novo problema. Assim como
as fake news, hoje vivemos uma grande questão com os fake influenciadores:
pessoas que compram fãs e likes para aumentar sua presença nas redes sociais e
aparecer como “relevantes” para a sociedade e as marcas.
Figura 5.16 – Matéria que saiu na revista Exame sobre compra de likes e fãs
Fonte: Exame (2020)
Outro perfil que ficou famoso nas redes foi o do restaurante THE SHED AT
DULWICH, supostamente localizado em Londres e que chegou a ser o mais
recomendado no site TripAdvisor – guia de viagens com base em dicas e avaliações.
O local foi criado pela plataforma de conteúdo VICE a fim de mostrar justamente como
é fácil chegar ao topo por meio de fotos e reviews fakes, deixando todo mundo
boquiaberto com o resultado.
Figura 5.19 – A farsa saiu em diversos meios de comunicação e expôs a fragilidade com que
construímos e aceitamos nossos “influenciadores” de hoje
Fonte: Infomoney (2017)
Figura 5.20 – Amostra de como eram criados os “pratos” do restaurante: tudo fake
Fonte: Infomoney (2017)
O tempo todo surgem listas de canais mais influentes que usam como base o
número de seguidores. Mas, como comentou Ana Paula Passarelli (a PASSA),
estrategista em negócios digitais, em artigo para o YOUPIX: “O problema não é ter
listas, mas, sim, criar rankings que definem o que é e quem está na frente de quem,
quando a subjetividade impera. Mesmo quando usamos o engajamento como
metodologia, ainda fica frágil, porque sabemos que um like ou um comentário podem
ser comprados.”
Daí, começa a briga, porque até existem maneiras de se proteger desse mundo
fake, mas elas ainda não são tão eficazes. Algumas empresas se oferecem para fazer
o serviço de busca de influencers e construir seu planejamento de comunicação, o
que pode ajudar um pouco a amenizar o problema, mas mesmo elas podem ser
automatizadas demais e deixar passar um ou outro profissional que na verdade não
é.
Sobre isso, a Ana Paula também completa: “Nada de errado em ter lugares
para fazer negócio, mas é importante olhar a forma como os negócios são conduzidos.
Marketplace de influenciadores [...] é um excelente ponto de partida ou instrumento
de validação, mas nenhum [ainda] é capaz de avaliar qualitativamente”.
Figura 5.23 – Felipe Neto, hoje é uma das celebridades que mais influenciam o mundo digital
Fonte: Instagram (2020)
conteúdo. Então, saber diferenciar alguém real de outro que apenas inventou sua
reputação é condição primordial.
Por conta disso, a ABRADI fez aquele código (que citamos antes). Nele estão
10 recomendações do órgão para que uma ação de comunicação funcione bem para
todo mundo. Então, vamos todos ler, hein?
Figura 5.24 – Quatro das dez recomendações feitas pela ABRADI sobre campanhas com influencers
Fonte: Abradi (2018)
Nem por isso não temos uma parcela de responsabilidade sobre eles. Tudo que
vemos, lemos e, principalmente, compartilhamos no maravilhoso mundo da Internet
contribui para dar ainda mais força aos discursos que vemos por aí. Todos nós somos
influenciadores dentro do microcosmo em que vivemos e precisamos ficar de olho na
mensagem que passamos.
E quanto mais conhecidos no meio digital, maior deve ser a consciência de que
nossos atos exercem poder e podem influenciar muitas outras pessoas. Essa
importância nunca esteve tão evidente quanto no ano de 2020, desde o início da
pandemia e da quarentena. Muitos influenciadores sentiram na pele o impacto que
suas ações (e a divulgação delas!) podem causar nas pessoas. Um exemplo disso —
e mais famoso também — é o da influenciadora fitness Gabriela Pugliesi. Durante a
pandemia, ela fez uma festa em sua casa com alguns amigos e postou vários vídeos
nos stories do Instagram. Pouco tempo depois, houve uma grande repercussão
negativa na internet e como resultado várias marcas suspenderam ou cancelaram
contratos que tinham com a influenciadora.
Nesse sentido, a frase “você é o que você compartilha” faz todo sentido — e
tentar entender cada mensagem é fundamental não só para as marcas com que a
gente trabalha (ou consome), mas também para a sociedade que queremos construir.
Portanto, sempre alerta, bora mandar bem seguindo e valorizando quem vale
realmente a pena!
Dica: A Youpix é uma plataforma que estuda e acompanha como os jovens usam
a Internet e, anualmente, faz um evento com influenciadores, profissionais do
mercado de marketing e vários insights sobre o tema. Depois do evento, eles
compilam esse material, e consultá-lo é muito bom para ter ideia do que está
rolando (ou ainda está por vir). Aqui você pode ver o conteúdo de 2019 😊.
<https://tag.youpix.com.br/reportyoupixsummit2019>
• Uma das principais dúvidas é: Para ter sucesso no meio digital, eu preciso
ter uma ação com influenciador digital?
A resposta é não, ninguém é obrigado a ter ações desse tipo para estar “in”
com a Internet. Existem marcas que bombam no digital sem esse tipo de associação.
Até porque essa personificação da marca tem seus riscos, concorda? As pessoas não
perdoam nada e estão aí para fuçar cada vez mais a Internet atrás de brechas... e
elas encontram. Desde coisas que fazem parte do passado questionável do
influenciador até coisas do tipo “Phelps patrocinado pela Under Armour posando com
calça da Nike para a capa de uma revista”. É um cenário difícil de controlar totalmente.
E aí temos pessoas da área de marketing que questionam a necessidade e a eficiência
dos influenciadores digitais em campanhas.
• E para uma ação dessas vale mais a pena contratar um influenciador com
muitos seguidores ou vários pequenos?
Bem, mais uma vez isso depende do tanto de dinheiro que você tem para
investir e como você atingiria melhor seu público. Quem eles seguem dos pequenos
e dos grandes? Quanto tempo vai levar sua campanha e com qual frequência você
quer impactar seus possíveis clientes? Quer dar um tiro de canhão ou ter mais
frequência de impacto para públicos mais distribuídos? Tudo isso precisa ser bem
pensado antes de começar a ação.
Bem, se você não tem experiência com isso, aceite a ajuda de uma agência
especializada nesse tipo de ação. Eles ajudam a fazer o contato com os
influenciadores, passar o briefing da ação, alinhar e revisar os posts ou vídeos e até
medir resultado. Então, não precisa se descabelar, certo? No entanto, acompanhe
tudo bem de perto!
uma vez que geralmente são muitos criativos e já trabalharam com escassez de
recursos. Ou seja, ele não precisa “mostrar a cara” junto ao seu produto. Pode ser um
coautor na geração de conteúdo para seu público.
Muito bem, é isso! Esperamos que você tenha gostado da aula de hoje. Se
gostou, comente lá no fórum, fale de suas experiências com influencers, e indique
para seus amigos.
Ah, e não desapareça. O papo estava bom, mas a gente vai ter que voltar a
falar de coisa muito séria, por exemplo, SEO. Lá vem!
REFERÊNCIAS
RAPPA, M. Felipe Neto: falta ética à publicidade digital no Brasil. Veja. 2017.
Disponível em: <https://veja.abril.com.br/entretenimento/felipe-neto-falta-etica-a-
publicidade-digital-no-brasil/>. Acesso em: 15 abr. 2021.
VAYNERCHUK, Gary. Crushing it! Nova York: Harper Business USA, 2018.