Poema "SE"
Poema "SE"
Poema "SE"
Poema “O V da serra”
Ponto de pontaria- o “V” da Serra
Deriva- tanto, tanto. Apontar.
A bateria a se aprestar p`ra guerra
Os cadetes ativos, a vibrar.
Assim gerecinó amanhecia,
Sob um sol escaldante, a fervilhar.
Era belo de ver- se a artilharia.
No campo de instrução, a trabalhar
Estender linhas... A topografia...
A cavalaria indócil, bem tratada.
Cozinhas fulmegando a retaguarda.
Granadas, tiros, marchas e mais tiros.
E depois, no regresso, a alegria
Da canção entoada.
Tempos do realengo, já distantes.
Os cadetes de então- que ali viveram
Uma fase feliz, tantos instantes
De grandeza viril- não esqueceram.
Hoje, passados vinte e cinco anos
Desse período lindo e radioso,
Podem afirmar com ardor,
O quanto lhes valeu o esforço honroso.
E apreciando a majestosa AMAN,
Que a glória militar, ciosa, encerra,
Guardado na alma nobre o mesmo “élan”,
Os antigos cadetes artilheiros
Tremem de entusiasmo, ao recordar
Aquele “V” da serra...
Poema “O canhão”
Guardando uma expressão da austera
Indiferença
Por tudo que o circunda, atento no infinito,
Queda-se a meditar no destino maldito,
Que prende a sua glória a uma tragédia
Imensa.
Não há poder algum que tão de vez
Convença:
Traz sempre a boca aberta a sugerir um grito,
Deixando, em toda a parte, um pânico
Inaudito,
- sinistro núncio, que é, da máxima sentença.
Mal resiste no peso ao bélico transporte,
Na inversão do seu fim, como que, por
Encanto,
Lembrando um condenado a rastros para a
Morte.
E parece, afinal, compenetrar-se tanto
Do seu delito atroz, que, em repulsão mais
Forte,
Quando atira, recua, enchendo-se de espanto!